Você está na página 1de 75

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

FABYANO SOUZA SANTOS

ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DE DIFERENTES FORMAS DE


COBERTURA

Palhoça
2019
FABYANO SOUZA SANTOS

ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DE DIFERENTES FORMAS DE


COBERTURA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Engenharia Civil
da Universidade do Sul de Santa Catarina
como requisito parcial à obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Roberto de Melo Rodrigues, Esp.

Palhoça
2019
Dedico este trabalho, em especial, à minha
família, amigos e aos mestres que me
ajudaram a chegar até aqui. Além de todos
aqueles que tiveram participação direta ou
indiretamente nesta jornada.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus, que permitiu tudo acontecesse ao longo da minha vida,


iluminou meus caminhos e me ajudou nas horas em que mais necessitei, permitindo
chegar até aqui.
Aos meus Pais, que cada um com sua maneira e esforços, fizeram-se presente
em cada etapa da minha vida e me proporcionaram esse mérito.
A minha Namorada, Amanda Rodrigues, por me auxiliar profundamente nessa
etapa, e simplesmente, por sua presença fazer dos meus dias melhores.
Ao meu Amigo e companheiro acadêmico, já formado Engenheiro Joao Carlos
Trierveiler, que iniciou o curso comigo, e com muita ajuda e esforços, contribuiu para
a minha chegada até aqui, sendo em momentos descontraídos nos corredores do
campus, ou em longas jornadas de estudos.
Ao professor orientador, Eng. Civil Roberto de Melo Rodrigues, pela orientação
deste trabalho, sendo mais do que um orientador, um amigo, compreendendo as
dificuldades e contratempos ao longo dessa caminhada, sendo paciente possibilitando
a conclusão dessa etapa com ênfase.
Ao professor Nelso Lucio Huber e ao Eng. Civil Fabio Cesário Pereira, por
aceitarem fazer parte da banca examinadora do meu trabalho de conclusão de curso.
Á todos os professores da UNISUL, que foram tão importantes em minha vida
acadêmica ao transmitir ensinamentos que, com certeza, irão contribuir por toda
minha jornada.
E, por fim, aos demais amigos e colegas pela amizade e apoio constantes.
"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos,
no mínimo fará coisas admiráveis." (José de Alencar)
RESUMO

A existência de uma variedade de telhados e coberturas no mercado, pode gerar uma


série de dúvidas, mas ressalta-se que cada tipo tem suas particularidades, e atende
uma necessidade específica. Escolher errado o material ou tipo de cobertura pode
trazer um problema enorme no futuro, por isso é preciso conhecer sua vida útil e suas
vantagens e desvantagens, para se ter uma escolha coerente. O presente estudo tem
como objetivo analisar e comparar três tipos de coberturas que serão adaptadas a um
projeto residencial de alto padrão, localizado no bairro Ponta de Baixo, município de
São José- Santa Catarina. O primeiro tipo de cobertura será o telhado convencional,
que tem como composições a estrutura de madeira, a telha, alvenaria de vedação e
por fim os coletores. O segundo tipo de cobertura será a platibanda com telhado
embutido, tendo como composições a platibanda, a estrutura de madeira do telhado,
a telha, e coletores. O terceiro tipo de cobertura será a platibanda com laje
impermeabilizada, tendo como composições a platibanda, a regularização, a manta
asfáltica e os coletores. As normas adotadas para a análise foram a NBR 7190/1997;
NBR 13858-1; NBR 13858-2; NBR 9952:2014. Para a realização do estudo, foi feito o
levantamento de materiais para cada tipo de cobertura, orçamentos reais do custo de
cada item, e pôr fim a comparação dos valores finais para cada execução.

Palavras-chave: Cobertura. Telhado. Manta.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Esquema de tipos de telhado ....................................................................... 16


Figura 2 - Platibanda com telhado embutido e uso de Calha e Rufo ......................... 17
Figura 3 - Laje Impermeabilizada .................................................................................. 18
Figura 4 - Telha Romana ............................................................................................... 19
Figura 5 - Telha americana ............................................................................................ 20
Figura 6 - Telha colonial................................................................................................. 21
Figura 7 - Telha italiana ................................................................................................. 21
Figura 8 - Telha de vidro e policarbonato ..................................................................... 22
Figura 9 - Telha de Zinco ............................................................................................... 23
Figura 10 - Telha Single ................................................................................................. 23
Figura 11 - Telha Germânica ......................................................................................... 24
Figura 12 - Telha Sanduíche ......................................................................................... 25
Figura 13 - Telhas de concreto ...................................................................................... 26
Figura 14 - Telhas de fibrocimento ................................................................................ 27
Figura 15 - Casa Branca - EUA ..................................................................................... 28
Figura 16 - Museu Britânico ........................................................................................... 29
Figura 17 - Imagem atualizada da obra de referência ................................................. 32
Figura 18 - Projeto adaptado com telhado convencional ............................................ 34
Figura 19 - Casa com telha em concreto – modelo plana ........................................... 35
Figura 20 - Viga treliçada de pinus tratado ................................................................... 36
Figura 21 - Componentes da estrutura do telhado convencional................................ 37
Figura 22 - Calha de alumínio - modelo moldura ou americana ................................. 39
Figura 23 - Rufo externo ................................................................................................ 40
Figura 24 - Projeto de cobertura com telhado embutido.............................................. 44
Figura 25 - Projeto adaptado à laje impermeabilizada ................................................ 49
Figura 26 - Etapas da impermeabilização com manta asfáltica .................................. 50
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Quantitativo e custos das telhas de concreto ............................................ 36


Quadro 2 - Cálculo do custo da estrutura do telhado convencional ........................... 38
Quadro 3 - Quantitativo e custos dos coletores ........................................................... 41
Quadro 4 - Quantitativo e custos da alvenaria de vedação ......................................... 42
Quadro 5 - Custo total do telhado convencional .......................................................... 42
Quadro 6 - Quantitativo e custos da alvenaria da platibanda...................................... 45
Quadro 7 - Quantitativo e custos da telha fibrocimento ............................................... 46
Quadro 8 - Quantitativo e custos da estrutura de madeira .......................................... 47
Quadro 9 - Quantitativo e custos das calhas, rufos e tubos de queda ....................... 48
Quadro 10 - Custo total da cobertura de platibanda com telhado embutido .............. 48
Quadro 11 - Quantitativo e custos da alvenaria - laje impermeabilizada ................... 52
Quadro 12 - Cálculo do contrapiso de regularização ................................................... 53
Quadro 13 - Cálculo da impermeabilização .................................................................. 53
Quadro 14 - Cálculo dos tubos de queda ..................................................................... 54
Quadro 15 - Custo total da cobertura de platibanda com laje impermeabilizada ...... 54
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO ........................................................................................ 11
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................. 12
1.3 JUSTIFICATIVAS ................................................................................................... 12
1.4 OBJETIVOS............................................................................................................ 13
1.4.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 13
1.4.2 Objetivos específicos........................................................................................ 13
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................................. 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................... 15
2.1 TIPOS DE COBERTURAS COMUMENTE UTILIZADOS ................................... 15
2.1.1 Telhado convencional ....................................................................................... 16
2.1.2 Platibanda com telhado embutido .................................................................. 17
2.1.3 Platibanda com laje impermeabilizada........................................................... 18
2.2 TIPOS DE TELHAS................................................................................................ 19
2.2.1 Telha romana ...................................................................................................... 19
2.2.2 Telha americana ................................................................................................. 20
2.2.3 Telha colonial ..................................................................................................... 20
2.2.4 Telha italiana ...................................................................................................... 21
2.2.5 Telha de vidro e policarbonato ........................................................................ 22
2.2.6 Telha de zinco .................................................................................................... 22
2.2.7 Telha Shingle ...................................................................................................... 23
2.2.8 Telha germânica................................................................................................. 24
2.2.9 Telha sanduíche ................................................................................................. 24
2.2.10 Telha de concreto .............................................................................................. 25
2.2.11 Telha de fibrocimento ....................................................................................... 26
2.3 HISTÓRIA DAS COBERTURAS ........................................................................... 27
2.3.1 Platibanda na história ....................................................................................... 27
2.3.2 Telhado convencional na história ................................................................... 29
3 METODOLOGIA DO TRABALHO .......................................................................... 31
4 ANÁLISE COMPARATIVA ...................................................................................... 32
4.1 TELHADO CONVENCIONAL ................................................................................ 33
4.1.1 Telha .................................................................................................................... 34
4.1.2 Composição da estrutura do telhado convencional .................................... 36
4.1.2.1 Levantamento de quantitativo e de custos da estrutura do telhado .............. 38
4.1.3 Calhas, condutores e rufos .............................................................................. 39
4.1.4 Alvenaria de vedação do telhado convencional ........................................... 41
4.2 PLATIBANDA COM TELHADO EMBUTIDO ........................................................ 43
4.2.1 Composição do sistema de Platibanda com telhado embutido ................ 44
4.2.1.1 Platibanda .......................................................................................................... 44
4.2.1.2 Telha de fibrocimento........................................................................................ 45
4.2.1.3 Estrutura do telhado .......................................................................................... 46
4.2.1.4 Rufos, calhas e coletores ................................................................................. 47
4.3 PLATIBANDA COM LAJE IMPERMEABILIZADA................................................ 48
4.3.1 Levantamento de quantitativo e de custos da manta asfáltica.................. 51
4.3.1.1 Platibanda .......................................................................................................... 51
4.3.1.2 Contrapiso de Regularização ........................................................................... 52
4.3.1.3 Manta Asfáltica .................................................................................................. 53
4.3.1.4 Tubos de Queda ................................................................................................ 54
4.4 COMPARATIVO DE CUSTOS DA EXECUÇÃO.................................................. 54
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................. 56
5.1 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 56
5.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ....................................... 56
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 57
APENDICE ..................................................................................................................... 61
ANEXOS ......................................................................................................................... 65
ANEXO A ........................................................................................................................ 66
11

1 INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil representa um dos setores econômicos com maior


significância para a maioria dos países, especialmente para aqueles em
desenvolvimento, como o Brasil, sendo considerada de extrema importância para a
transformação da sociedade moderna. Entretanto, com a crise financeira no Brasil,
tendo em vista os dados que diariamente enxergamos e vivemos no mercado, o
elevado gasto para a construção civil faz o Brasileiro buscar alternativas na diminuição
de custos da obra. A fim de amenizar tais problemas, passou-se a buscar, cada vez
mais, produtos com custo benefício, de forma a manter os padrões de qualidade e a
preocupação também com o meio ambiente que vêm sendo exigidos pela sociedade
e pela própria sobrevivência da indústria.
Para que se consiga acompanhar as mudanças que estão ocorrendo no mercado
da construção civil, é necessário observar o que a tecnologia tem apresentado ao
setor, adequar tais informações, ferramentas e métodos aos processos construtivos
e, principalmente, ser resiliente para se adaptar às transformações que a indústria
vem passando. Essa é uma das áreas mais beneficiadas por inovações que auxiliam
na redução de custos por meio da automação dos processos.
A cobertura das edificações tem como principal função a proteção do interior das
mesmas, ela é feita com estruturas e são utilizados captadores de água para o
escoamento. A inclinação de cada cobertura é definida pelo tipo de material utilizado,
pensando nos custos e na familiaridade do serviço de mão de obra com o material
proposto, faz necessário calcular os custos de cada um dos tipos de coberturas
propostas, os materiais utilizados e os métodos aplicados.

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Será feita uma análise comparativa entre três tipos de coberturas mais usuais.
A pesquisa visa comparar o custo de cada modelo de cobertura, aplicado em uma
casa de alto padrão construída no Município de São José – Santa Catarina.
12

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Qual será a melhor escolha, relacionando custo benefício e quantitativos entre


os três tipos de coberturas escolhidos? (Telhado convencional, Platibanda com
telhado embutido, e Platibanda com laje impermeabilizada).

1.3 JUSTIFICATIVAS

Pensar no modelo de telhado para a casa é uma das etapas mais importantes
da obra, não apenas pelo aspecto funcional, mas também pela função estética que a
estrutura oferece. Existem diversos modelos de telhados construídos com os mais
diversos materiais. Conhecer as particularidades de cada um é importante para ter
uma casa moderna por fora e por dentro. (BARRETO, 2016).
Toda edificação necessita de um sistema de cobertura para proteção de suas
estruturas, proteção dos sistemas de vedação e proteção térmica para a edificação.
(PUGLIESI, 2012).
Os sistemas utilizados, geralmente estão associados ao projeto arquitetônico, e
ao melhor custo benefício para a edificação. Para obter-se uma escolha ideal, algumas
perguntas terão que ser respondidas, dentre elas: Qual região está localizada a
edificação? Para que lado fica o norte? Será utilizado algum sistema solar para
aquecimento de água? Será utilizado sistema de captação de energia por método de
células fotovoltaicas? Será utilizado sistema de capitação de águas da chuva? Qual o
recuo utilizado entre os extremantes?
Preocupa-se com o custo antes do início da obra, a Caixa (2015) define custo
como sendo “tudo aquilo que onera o construtor; representa todo o gasto envolvido
na produção, ou seja, todos os insumos da obra, assim como toda a infraestrutura
necessária para a produção”. Para estimar esses custos na construção civil utiliza-se
o orçamento, que a partir de preços unitários, tabelas ou revistas especializadas
estimam preços de empreendimentos (DIAS, 2011).

A técnica orçamentária envolve a identificação, descrição, quantificação,


análise e valorização de uma grande série de itens, requerendo, portanto,
muita atenção e habilidade técnica. Como o orçamento é preparado antes da
efetiva construção do produto, muito estudo deve ser feito para que não
existam nem lacunas na composição do custo, nem considerações
descabidas. (MATTOS, 2006, p.22).
13

O orçamento contribui para outras aplicações na obra, como o levantamento de


materiais e serviços, obtenção de índices de serviços, dimensionamento de equipes,
capacidade revisão de valores e equipes, elaboração do cronograma físico-financeiro,
realização de simulações e analise de viabilidade econômica (MATTOS, 2006).
Com as informações corretas e com os dados de cada tipo de cobertura, é
possível analisar a melhor escolha para a edificação, justificando o custo do mesmo e
seus principais benefícios de acordo com o tipo de detalhamento da cobertura.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo geral

Com vistas à problematização descrita, tem-se por objetivo geral do presente


trabalho, fazer o levantamento quantitativo entre três diferentes formas de coberturas,
e compará-las.

1.4.2 Objetivos específicos

A fim de atingir o objetivo geral, têm-se como objetivos específicos:

a) Elaborar um resumo histórico da utilização das coberturas de telhado


convencional, platibanda com telhado embutido, e platibanda com
laje impermeabilizada;
b) Trazer informações pertinentes aos tipos de coberturas, de forma
científica, abordando vantagens e desvantagens de cada uma delas;
c) Demonstrar as informações do quantitativo de materiais utilizados
nos três tipos de cobertura, para posterior análise de custos;
d) Apontar tendências e sugestões de melhoria da utilização das
mesmas no contexto local.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho constitui-se por cinco capítulos, estruturados conforme a


sequência abaixo:
14

O primeiro capítulo apresenta algumas considerações sobre o tema do trabalho,


incluindo a metodologia utilizada; sua justificativa; os objetivos gerais e específicos; e
sua estruturação.
O segundo capítulo busca bibliografias referentes às características de cada tipo
de cobertura já supracitada, se aprofundando na variedade de tipos de telhas
encontradas no mercado.
O terceiro capítulo descreve o método de análise utilizada, e ressalta algumas
características do estudo.
No quarto capítulo será feito um aprofundamento nas características dos tipos
de coberturas em estudo, citando suas vantagens e desvantagens e demonstrando
as plantas adaptadas para cada tipo de cobertura. É neste capítulo que será
apresentado as tabelas de custos separadamente, e por fim a tabela comparativa.
O quinto e último capítulo contém as considerações finais acerca do tema de
pesquisa, e as recomendações para trabalhos futuros.
15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A função principal da cobertura é proteger os espaços interiores. Em residências


as formas mais encontradas são os convencionais e os com platibanda. Eles também
devem adequar-se à capacidade das paredes, ou estrutura, em absorver seu peso.
A forma da cobertura, bem como a sua construção devem garantir a adequada
recepção e encaminhamento da água da chuva. Ele deve possuir características que
garantam o conforto térmico e acústico no interior da edificação. O cuidado na
execução do telhado ou cobertura é de extrema importância para que sejam
evitadas infiltrações e a umidade, situações essas que podem comprometer a obra.
Atualmente, além dos cuidados já mencionados, o projeto de um telhado deve
considerar a interferência de elementos como: antenas, coletores de energia solar,
aquecedores, caixas d`água, entre outros. (PEREIRA, 2018).
Fazendo todas essas considerações, e tendo em vista que o custo do telhado
representa aproximadamente 6% do valor da obra, vemos a real importância da
escolha mais adequada, já que se diferenciam não só pela estética, mas também por
suas características técnicas. (GEROLLA, 2016).
Neste capítulo serão apresentados os conceitos e características encontrados na
literatura, referente as possibilidades de escolhas que o mercado oferece. A intenção
é fornecer embasamento teórico, para melhor entendimento da análise e resultados
do trabalho. A composição se dará pelos tópicos: Tipos de Coberturas Comumente
Utilizados; Tipos de Telhas; História da Cobertura.

2.1 TIPOS DE COBERTURAS COMUMENTE UTILIZADOS

O telhado é um dos principais detalhes do projeto de uma casa, pois seu


desenho influência diretamente no conceito arquitetônico da edificação. Em
residências, os dois tipos mais utilizados são: os convencionais, nos quais as telhas
ficam aparentes para quem observa a fachada; e os embutidos, que possuem
platibandas – molduras na parte superior de um edifício que têm a função de esconder
o telhado. (GONÇALVES, 2015).
16

2.1.1 Telhado convencional

Também são conhecidos como telhados de águas, termo esse designado aos
painéis inclinados, por onde escorrem as águas da chuva. Estes podem apresentar
uma, ou várias águas inclinadas. (SILVA, 2012).
A figura 1 apresenta a ilustração de alguns tipos de telhados convencionais,
demonstrando também o sentido de escoamento de cada painel.

A água de um telhado é o número de direção que a água da chuva vai escoar.


Por exemplo, o telhado de uma água possui caimento somente para um lado,
ou seja, toda a água coletada via ser encaminhada em uma única direção. Já
o telhado de duas águas possui inclinações em duas direções diferentes,
assim a água pode ser direcionada em direções distintas. (DALDEGAN,
2016).

A inclinação do telhado se torna um detalhe bem particular para cada projeto,


visto que, depende das condições climáticas e do tipo de telha utilizado. Por ser
simples e funcional, este é o tipo de telhado das casas mais tradicionais.
As suas principais vantagens se encontram nos beirais largos que protegem a
edificação das intempéries e dispensam o uso de calhas, além do bom
desempenho termoacústico das telhas cerâmicas e de concreto. (GONÇALVES,
2015).

Figura 1 - Esquema de tipos de telhado

Fonte: (CONSTRUINDO, 2018).

Pode-se ressaltar de que a escolha do número de águas influencia as


diferentes peças que compõem a estrutura, alterando assim o seu custo. Por isso,
17

quando o foco maior é o custo-benefício, é interessante adotar soluções mais simples.


(GONÇALVES, 2015).

2.1.2 Platibanda com telhado embutido

Para os projetos contemporâneos, os telhados embutidos têm ganho a


preferência. O seu design inovador que traz um ar de modernidade, remete a uma
aparência mais “clean”; e também se tem mais liberdade para trabalhar o jogo de
volumes das construções, do que com telhado aparente.
Sua constituição se dá pela platibanda, que nada mais é que a continuação da
parede externa da construção; pelas calhas e rufos. Geralmente, com cerca de 80 cm
de altura, a platibanda tem função de esconder o telhado. (DECORA, 2018).

As vantagens em relação ao telhado aparente estão no custo e na facilidade


de execução. Por ficar totalmente escondido atrás de platibandas, o telhado
embutido nos permite utilizar estrutura metálica leve e telhas onduladas,
sejam de fibrocimento ou metálicas, sem nenhum prejuízo estético. (CURTY
JUNIOR, 2015).

No corte apresentado na figura 2, podemos identificar alguns desses


componentes.

Figura 2 - Platibanda com telhado embutido e uso de Calha e Rufo

Fonte: (BARRETO, 2016).


18

2.1.3 Platibanda com laje impermeabilizada

Pereira (2018) descreve “Impermeabilização de lajes é o procedimento


utilizado para interceptar o fluxo de água de uma superfície e encaminhá-lo para os
dispositivos que irão realizar o seu devido descarte ou reaproveitamento.”
Ela pode ser aplicada em diferentes tipos de obras, mas respeitando algumas
particularidades, para cada uma é indicado um produto específico e uma técnica
adequada.

A impermeabilização de uma laje pode ser realizada para proteger a


superfície contra águas de chuvas, de banhos, de lavagens ou de qualquer
outra atividade que utilize água.
Essa proteção irá garantir que os elementos como o piso da laje e a estrutura
em que foi executado, não sejam afetados pela ação da água que pode
causar o desplacamento de pisos, corrosão da armadura utilizada no
concreto armado, aparecimento de fungos e bactérias, dentro outros.
Impermeabilizar uma laje pode ajudar a manter a estrutura em bom
funcionamento e aumentar a vida útil da edificação. (PEREIRA, 2018).

Basicamente, há dois tipos de impermeabilização: a rígida e a flexível. Cada


método tem sua especificação técnica e recomendações. Mas as primícias básicas
para ambas, é sempre ter uma superfície regularizada, limpa, com possíveis conexões
hidrossanitárias bem chumbadas, e por fim a conferencia com teste te estanqueidade.
(PEREIRA, 2018).
A figura 3, mostra a utilização da impermeabilização flexível com manta
asfáltica em uma cobertura.

Figura 3 - Laje Impermeabilizada

Fonte: (TECNOIMP, 2018).


19

2.2 TIPOS DE TELHAS

Diferentes tipos de telhas são utilizados para diferentes tipos de aplicações,


finalidades e gostos dos clientes. Atualmente, há uma grande variedade de tipos de
telhas disponíveis no mercado, o que dificulta um pouco na hora da escolha.
As primeiras características que devem ser analisadas, são o estilo e a finalidade
da construção, pois cada tipo de telha apresenta propriedades únicas. Então, para
decidir qual telha usar deve-se levar em conta fatores como o formato e a inclinação
desejada para a cobertura, conforto térmico, estética, entre outros. (PEREIRA, 2018).

2.2.1 Telha romana

As telhas romanas são conhecidas pelo seu design menos arredondado, sendo
cada peça uma peça única, que permite o encaixe e a cobertura corretamente. Na
figura 4 pode-se perceber esses detalhes.
Sua origem tem como fonte de inspiração as antigas construções romanas e
suas coberturas. Além das tradicionais telhas de cerâmica, atualmente existem
versões de vidro e plástico no mercado.
É o formato de telha que garante melhor estabilidade sobre a armação de
madeira que as sustentam. Tem um tamanho aproximado de 40cm x 21cm de largura,
e seu consumo médio é de 16 unidades/m², com peso médio de 2,70kg por peça. A
recomendação de fábrica é que a inclinação tenha entre 35% a 45%. (BARRETO,
2016).

Figura 4 - Telha Romana

Fonte: (BARRETO, 2016).


20

2.2.2 Telha americana

Essa telha tem um design inspirado no da telha portuguesa, mas com diversas
vantagens que permitem sua melhor eficácia. Na figura 5 se pode ver melhor os seus
detalhes.
Tem um tamanho aproximado de 43 cm por 26 cm de largura, seu consumo
médio é de 12 unidades/m², com peso médio de 3,00 kg por peça. A recomendação
de fábrica é que a inclinação tenha entre 35% a 45%.
Encontramos nas cores vermelha, pêssego, branca e cerâmica queimada.
Também encontramos telhas americanas esmaltadas, com um preço um pouco mais
elevado, elas possuem uma durabilidade maior e junta menos poeiras e limo.
(BARRETO, 2016).

Figura 5 - Telha americana

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.3 Telha colonial

A telha colonial tem ótima vazão pluvial, e é separada por duas partes iguais
denominadas capas e bicas. Na figura 6 pode-se ver melhor esses detalhes.
Necessita de uma inclinação mínima de 35%. Seu consumo médio é de 24
unidades/m², e suas medidas são 48cm de comprimento, 20cm a largura da ponta
superior e 15cm a largura da ponta inferior. Seu peso médio por peça é de 2,50kg.
(BARRETO, 2016).
21

Figura 6 - Telha colonial

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.4 Telha italiana

Trata-se de um modelo especialmente desenvolvido para neutralizar os efeitos


e variações diárias de temperatura. Além disso, as telhas italianas permitem a
utilização de peças especificas para acabamento lateral, evitando o uso de argamassa
e fornecendo um ótimo acabamento estético para o seu telhado. Na figura 7 pode-se
verificar os detalhes.
Com inclinação mínima de 30%, a telha italiana tem um rendimento de 13
peças/m² e um peso de 3,2kg por peça. Essa telha, por ser um pouco grande, utiliza-
se em telhados maiores. (BARRETO, 2016).

Figura 7 - Telha italiana

Fonte: (BARRETO, 2016).


22

2.2.5 Telha de vidro e policarbonato

A principal função delas é permitir a passagem de luz natural pela cobertura,


por isso, são utilizadas em ambientes com pouca luz ou em espaços externos, como
varandas e pergolados. Elas são combinadas com o uso de telhas de cerâmica ou
concreto, devido ao mesmo formato e modelos.
São telhas com boa durabilidade, porém, frágeis, então é necessário tomar
cuidado com grandes impactos, e durante a fixação na estrutura da cobertura.
O projeto de coberturas transparentes deve levar em consideração a
exposição à radiação solar, de forma a se obter a transparência e luminosidade
desejadas sem prejudicar o conforto térmico. Para desempenhar este papel, o vidro
laminado e o policarbonato são os mais indicados. (PEREIRO, 2018).
A Figura 8 mostra um exemplo de telhado de vidro e Policarbonato.

Figura 8 - Telha de vidro e policarbonato

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.6 Telha de zinco

A telha de zinco é um tipo de telha feito a partir de chapa de aço que passa por
processo químico para a aplicação de zinco sobre o aço, de modo a evitar que o aço
seja desgastado por corrosão. Na figura 9 pode-se visualizar sua forma.
Menos utilizada em residências, a telha de zinco não possui trincas e seu custo
é mais baixo e de fácil instalação, porém, por ser uma placa metálica traz desconforto
devido ao barulho da chuva e a absorção de calor. É uma boa opção para telhados
23

embutidos, já que sua aparência não agrega muito ao projeto. (BARRETO, 2016).

Figura 9 - Telha de Zinco

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.7 Telha Shingle

As telhas shingle são bem comuns nos EUA e Europa, e as poucos vem
ganhando seu espaço na arquitetura brasileira. A figura 10 apresenta uma casa norte
americana com telha shingle.
São produzidas a partir de massa asfáltica, coberta de rocha vulcânica e a cor
é dada a partir de pigmentação cerâmica. Portanto, é o telhado ideal para quem busca
uma ótima estética e grande durabilidade, resistindo à ventos e quebras.
A vantagem desta telha é a beleza e a durabilidade, mas seu custo é um pouco
mais elevado. (BARRETO, 2016).

Figura 10 - Telha Single

Fonte: (BARRETO, 2016).


24

2.2.8 Telha germânica

As telhas germânicas se destacam pelo seu design diferenciado. A sua


instalação é feita de baixo para cima e podem ser instaladas com alto nível de
inclinação. Uma característica peculiar, é que podem ser instaladas até em paredes.
Com inclinação mínima de 30% e máxima de 90%, as telhas germânicas são 6
vezes mais leves. Utiliza-se em média 40 peças por m² (BARRETO, 2016).
A Figura 11 mostra um exemplo de telhado com telha Germânica.

Figura 11 - Telha Germânica

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.9 Telha sanduíche

As telhas sanduíches são excelentes por serem termo acústicas, resistentes e


leves. É caracterizada por duas telhas convencionais preenchidas por material inerte
(poliuretano, isopor (EPS), lã de vidro ou lã de rocha) constituindo um “sanduíche” ou
simplesmente uma única telha metálica com revestimento inferior. (BARRETO, 2016).
Na figura 12 pode-se ver os detalhes deste tipo de telha.
25

Figura 12 - Telha Sanduíche

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.10 Telha de concreto

Este tipo de telha está entre as mais modernas do mercado, seu uso é bem
recente, mas já apresenta inúmeros benefícios. Entre eles, é possível destacar o
conforto térmico, durabilidade, e a variedade, tanto de cores quanto formatos. Na
figura 13 pode-se ver a ampla variedade de cores.
Os seus benefícios vão além da beleza arquitetônica das construções, elas
ainda são mais fortes e resistentes. A qualidade e resistência do concreto são
considerados superiores às da cerâmica graças aos materiais que são utilizados e as
formas que são projetadas, visto que são padronizadas, garantindo assim um melhor
encaixe e um alinhamento perfeito no telhado. A resistência de uma telha de concreto
é de no mínimo 240 kgf, enquanto as de cerâmica possuem apenas 130 kgf.
As telhas de concretos são produzidas através da mistura do cimento de alta
resistência, areia e agregados, e ainda adição de água, variando a quantidade
utilizada de acordo com o produto final desejado. Dentro desta mistura, que é
homogênea, são acrescentados os pigmentos coloridos, responsáveis pela coloração
das telhas. O molde é feito dentro de uma estufa de vapor, podendo ser feito da forma
que desejar.
São recomendadas para projetos de casas contemporâneas e casas com
telhado bastante inclinados. Uma boa vantagem destas telhas é que elas requerem
um menor investimento no madeiramento, o que acaba tornando os custos das obras
um pouco menor. Por outro lado, deve-se ressaltar o cuidado necessário com as
26

manutenções, que geralmente são anuais devido a porosidade da peça. Para auxiliar
na característica da superfície da telha, é necessário o uso de resina para ter uma
melhor impermeabilização.
Dentre suas especificações estão seu peso de 48kg/m² e consumo de 10 a 15
unidades/m². A inclinação mínima desses telhados também é entre 30% e 35%.
(MELLO, 2010).

Figura 13 - Telhas de concreto

Fonte: (BARRETO, 2016).

2.2.11 Telha de fibrocimento

As telhas de fibrocimento são constituídas de cimento e fibras sintéticas. Tem


o menor custo do mercado, mas em contrapartida, tem menor durabilidade. Essas
telhas normalmente são utilizadas em obras populares, comerciais (galpões e
indústrias) e em edifícios com telhado embutido, pois não apresentam boa estética.
Há diversos formatos e níveis de ondulação e elas podem ser utilizadas em
coberturas com pouca inclinação. A inclinação mínima dentro das opções disponíveis
no mercado é de 9%. A figura 14 mostra a ilustração desse tipo de telha.
Devido ao baixo peso, facilitam a montagem da cobertura, não sendo
necessário ter um madeiramento muito resistente como suporte. Elas são fixadas
através de parafusos, deve-se ter bastante cuidado durante a fixação para que não
haja problemas com o vento e a chuva futuramente. (CAIO, 2018).
27

Figura 14 - Telhas de fibrocimento

Fonte: Brasilit (2016).

2.3 HISTÓRIA DAS COBERTURAS

A história da cobertura de edificações esteve presente desde os primórdios da


civilização, afinal de contas, a própria caverna (a habitação mais rudimentar e básica
já conhecida) também apresenta uma característica de cobertura.
Desta forma, é difícil precisar uma data exata de quando o elemento cobertura
começou a ser usado e difundido ou, pelo menos, como este item começou a ser
classificado e denominado como tal. (TRINDADE, 2017).

2.3.1 Platibanda na história

A presença da platibanda como composição de cobertura, veio já na idade


moderna com o aparecimento da Arquitetura Neoclássica. Este movimento surgiu na
Europa, no final do século XVIII, em reação aos estilos da arquitetura renascentista.
Ele coincidiu com a Revolução Industrial e as artes Decó, Nouveau,
neogótico e eclético. Foi caracterizado por diferentes correntes internacionais,
conforme as tradições estabelecidas em cada país. Acabou se difundindo pela
Rússia, Estados Unidos e América Latina.
28

O neoclássico propõe uma retomada dos valores da cultura clássica. Por


exemplo, a racionalidade das formas e a gramática formal de elementos de
construção tradicionais, só que adaptados à realidade moderna. Esse
pensamento foi influenciado pelos iluministas, que desejavam redescobrir o
“natural”. Os significados de “razão” e “progresso” pareciam mudar, instigando
ideias de liberdade e valorização do indivíduo.
Observa-se, na arquitetura neoclássica, a tentativa dos projetistas em
resolver problemas da prática construtiva. Empregam-se materiais mais nobres,
como o mármore, e faz-se o uso do concreto e, posteriormente, do metal. São
características também as presenças de abóbadas de berço e de aresta, cúpulas,
pórticos colunados coríntias, frontões triangulares, balaústres, platibandas, entre
outros. (VivaDecora, 2018).
Nas figuras 15 e 16, pode-se visualizar exemplos da arquitetura
Neoclássica, já com a presença da platibanda.

Figura 15 - Casa Branca - EUA

Fonte: (VivaDecora, 2018).


29

Figura 16 - Museu Britânico

Fonte: (VivaDecora, 2018).

2.3.2 Telhado convencional na história

O telhado tem sua história ligada à própria telha, que por sua vez tem origem
na cerâmica.
Em eras passadas, descobriu-se que a argila possuía a propriedade de alterar
facilmente sua estrutura, conforme o avanço de sua secagem. Assim constatou-se
que a argila umedecida podia ser moldada com tranquilidade, endurecendo à medida
que se tornava mais seca. Com esta descoberta, a argila tornou-se a base para muitos
utensílios de armazenamento, e de transportes de líquidos e alimentos.
(PORTALEDUCAÇÃO, 2012).

“No final da Idade da Pedra, notou-se que este processo de endurecimento


da argila poderia ser acelerado se ele fosse realizado em temperaturas mais
altas. Assim, passaram a endurecer esse material em fornos por meio de
cozedura, proporcionando um material ainda mais resistente, que poderia ser
utilizado em muitas outras atividades, surgindo daí a cerâmica.
A utilização da cerâmica foi impulsionada pelos romanos que a aplicavam em
vários seguimentos, inclusive na construção civil, e isso não ficou restrito a
Roma, uma vez que tais conhecimentos foram difundidos em todo o seu
império. Outros povos buscaram outras formas de utilizar esse material e um
deles desenvolveu um novo sistema de cobertura de casas, substituindo
assim, as coberturas de colmos ou madeiras que não ofereciam muito
conforto, já que apodreciam com o tempo.
Em razão de vários povos de diferentes regiões conhecerem todo o processo
de cozimento da argila, torna-se impossível assegurar a origem das telhas.
No entanto, muitos historiadores atribuem a Kirinas, rei do Chipre, a sua
invenção, mas com ressalvas, pois também acreditam que os assírios já
30

conheciam sua aplicabilidade, muito tempo antes dos chiprianos. O fato é que
as telhas podem ser tão antigas quanto o uso de tijolos de barro.
Com o passar do tempo, as técnicas foram se modernizando e destacou-se
então, o modelo de telhas romanas que se manteve em uso na Europa,
durante muito tempo até ser substituída pela forma trapezoidal que se
adequava melhor às condições da região.
Da mesma forma, foram surgindo novos tipos de telhas, até que em 1841
surgiram as telhas de encaixe, fabricadas mecanicamente, o que
revolucionou o seu uso, uma vez que proporcionavam encaixes perfeitos e
telhados mais uniformes. Esta invenção se deve aos irmãos Gilardon
d'Altkirche, franceses, da Alsácia.” (PORTALEDUCAÇÃO, 2012).

Desde então as telhas vêm se modernizando constantemente, com diversos


materiais e formas.
Conforme Silva e Silva (2010), a história da telha de concreto começou em
1844, quando foi registrada a primeira patente por Adolf Kroher na Alemanha. Após
vinte anos da patente do cimento Portland é que surgiu a primeira iniciativa oficial para
a fabricação de uma telha a base de cimento.

“De 1844 até 1919 a produção das telhas era feita em máquinas de
prensagem manual, o que limita sua produtividade. A maior ruptura
tecnológica.
De 1844 até 1919 a produção das telhas era feita em máquinas de prensagem
manual, o que limita sua produtividade. A maior ruptura tecnológica ocorreu
em 1919, quando a primeira máquina operada mecanicamente, conhecida
como Ringsted, foi construída na Dinamarca. Esta máquina utilizava uma
esteira com formas de ferro fundido passando sobre um silo que lançava o
concreto dentro dos moldes.
Logo após estas máquinas serem introduzidas na Inglaterra, por volta de
1925, um jovem engenheiro chamado Willian Powell, desenvolveu uma nova
máquina, considerada um avanço em relação à máquina dinamarquesa. Em
1930 H.A. Wilkison, que era gerente na fábrica de seu pai na cidade de
Surrey, Inglaterra, decidiu eliminar o tedioso trabalho manual, ainda existente
na fabricação das telhas de concreto e desenvolveu o mais eficiente
equipamento de fabricação de telhas de concreto, introduzindo o sistema de
extrusão.
Daquela época até os dias de hoje, outras importantes melhorias tecnológicas
foram introduzidas na fabricação das telhas de concreto, o que proporcionou
o rápido crescimento desta indústria em todo o mundo.
No Brasil, a produção de telhas de concreto começou apenas em 1976, com
a implantação da fábrica em São Paulo.
Apesar de ser um material relativamente novo no mercado nacional, já
podemos contar com cerca de 50 fabricantes espalhados por todo território
nacional, produzindo telhas nos mais diversos formatos e cores e com
qualidade equiparada aos melhores fabricantes do restante do mundo, onde
a telha de concreto já é tradicional.
A primeira norma de telhas de concreto no Brasil foi publicada pela ABNT
em 1997 e revisada em 2006. A principal mudança foi em relação a
diferenciação da carga de ruptura em função do perfil da telha e a mudança
no ensaio de impermeabilidade.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Telhas Certificadas de Concreto
– ANFATECCO – surgiu por iniciativa de alguns fabricantes e atualmente
conta com apoio da ABCP para aprimoramento e fortalecimento e
conformidade dentro do segmento. ” (FERNANDES, 2012).
31

3 METODOLOGIA DO TRABALHO

O método escolhido, foi uma análise comparativa, pois é o mais adequado para os
objetivos do estudo. Nele há a necessidade de escolher temas que tenham
semelhanças e diferenças suficientes para poderem ser comparados de forma
significativa.
Seu processo se dá pela escolha dos tópicos a serem comparados, e pela
realização de pesquisas. A sua estruturação tem fatos, muitas vezes demonstrados
em tabelas e parágrafos bem organizados, a fim de passar ao leitor dados menos
passíveis de erros de interpretação. (WIKIHOW, 2013).
Projetando os três tipos de coberturas escolhidas, realizou-se o levantamento de
materiais e mão-de-obra para cada uma, e os respectivos valores gastos na execução
de cada modelo. Assim é possível concluir qual modelo tem o menor custo, e se torna
mais interessante entre os demais.
O levantamento de custo foi feito através de orçamentos reais que se encontram
no Anexo A.
32

4 ANÁLISE COMPARATIVA

A escolha do tipo de cobertura a ser usada, tem grande importância na projeção de


uma casa, pois além de ter função estética, é ela quem vai proteger a residência tanto
das chuvas como dos raios solares, proporcionando isolamento térmico e protegendo
de outras adversidades do clima.
Em seu planejamento, levamos em consideração o orçamento disponível, a
necessidade específica da construção e dos moradores, o clima em que a obra será
realizada, entre outros fatores.
Neste capítulo serão apresentadas as diferenças em relação a quantitativos e
custos de três opções de cobertura: telhado convencional, platibanda com telha
embutida, e platibanda com laje impermeabilizada. O estudo será feito se baseando
em um projeto real de uma casa de alto padrão, que se encontra em processo de
execução no município de São José - Santa Catarina. A figura 17 apresenta a etapa
construtiva na qual a obra se encontra.

Figura 17 - Imagem atualizada da obra de referência

Fonte: (AUTOR, 2019).


33

4.1 TELHADO CONVENCIONAL

O telhado convencional, ou telhado aparente, como o próprio nome diz é o


telhado que pode ser visto como um todo ou em partes; tem beirais projetados para
fora da edificação, o que protege contra umidades as paredes externas; e é o mais
tradicional no Brasil. Nele não há necessidade da utilização de calhas.
Os acabamentos variam muito, desde as tradicionais telhas de barro
avermelhadas, até modelos mais recentes que usam telhas de cerâmica ou de
concreto sobre uma base de madeira. (STUDIOCLASS, 2018).
Como na análise será considerada a utilização de calhas, a composição se dá
pela: estrutura, cobertura, condutores, e alvenaria de vedação.
 A estrutura consiste no elemento de apoio para a cobertura, com a função
de receber e distribuir as cargas verticais do restante da edificação;
 A cobertura é o elemento de proteção com função de vedação;
 Os condutores têm função de escoar as águas das chuvas;
 A alvenaria de vedação faz os fechamentos laterais dos telhados;

Abaixo foram listadas suas principais vantagens e desvantagens:

Vantagens:
 Modelo tradicional;
 Maior resistência e durabilidade;
 Maior conforto térmico;
 Maior isolamento acústico;
 Telha pesada, dificultando sua retirada com ventos fortes;
 Economia de energia;

Desvantagens:
 Maior tempo de execução;
 O custo final é alto, pois consome muita madeira e outros
materiais como massa de cimento;
 Surgimento de goteiras em caso de telhas quebradas;
34

Para fazer uma análise real com os demais tipos de cobertura, optou-se por
elementos estruturais com boa durabilidade e garantia, e telhas modernas. Na figura
18 vemos o projeto adaptado do telhado convencional. (ver também Apêndice .A)

Figura 18 - Projeto adaptado com telhado convencional

Fonte: (Autor, 2019).

A seguir será apresentado os itens com a descrição dos materiais escolhidos,


já com as devidas tabelas do estudo.

4.1.1 Telha

A construção de um telhado demanda uma boa escolha de telhas que, embora


disponíveis em diversos modelos, proporcionam funções e confortos diferentes.
Analisar combinações com o formato do telhado, e com o estilo da construção,
é o aspecto mais básico. Além disso, deve-se buscar evitar erros que futuramente
influenciem no controle de temperatura, umidade, sonoridade, resistência,
durabilidade, entre outras características.
35

Estudando o mercado e as tendências que englobam os projetos arquitetônicos


atuais, foi optado pela telha de concreto – modelo plana. Dentre suas características
estéticas, estão um aspecto mais moderno e um design plano, conforme modelo
mostrado na figura 19. (PAIVA, 2017).

Figura 19 - Casa com telha em concreto – modelo plana

Fonte: (PAIVA, 2017).

De acordo com a NBR 13858-1 e 13858-2, o fabricante Corabras Telhas de


Concreto, descreveu sua telha plana com as características a seguir:

 Dimensão real: 42 x 33 cm
 Dimensão útil: 32 x 30 cm
 Peso: 5,2kg
 Consumo 10,4 peças/m²
 Inclinação mínima: 50%
 Sobreposição mínima de 10cm
 Espessura de 25mm
 Resistencia a flexão superior a 250kg

Segundo NBR 13858-2, em casos de telhas de concreto, se utiliza um valor de


5 a 10% para perdas. Com esses dados, chegamos a um valor arredondado de 1941
telhas, conforme indica tabela 1.
36

Quadro 1 - Quantitativo e custos das telhas de concreto

Telhas
Tipo De Telha Concreto Plana

DESCRIÇÃO UNID QTD


Valor Unitário Valor Total
Inclinação Telhado % 50,00
Tamanho Útil Telha M² 0,095238095

Área Do Telhado com caimento M²


168,08

Quantidade de telhas Calculado Unit


1765
Quantidade telhas Real (com
Unit
Perdas) 1941 R$ 2,35 R$ 4.562,11
Comunheira Unit 35 R$ 12,00 R$ 420,00
Valor Total Geral 4982,1114
Fonte: (Autor, 2019).

4.1.2 Composição da estrutura do telhado convencional

A madeira escolhida para fazer a estrutura do telhado é o pinus tratado em


autoclave. Além de ser uma madeira de reflorestamento, ela tem inúmeras
características positivas, como a alta durabilidade, e seu baixo custo em relação a
uma madeira de lei. (CIADAOBRA, 2018).
Na figura 20, se tem a demonstração do seu uso em estruturas de coberturas.

Figura 20 - Viga treliçada de pinus tratado

Fonte: (CIADAOBRA, 2018).


37

A estrutura de madeiramento de um telhado é bem complexa, como


demonstrado na figura 21. Sua composição se dá por:

 Água: consiste nas faces inclinadas de um telhado;


 Beiral: é a projeção do telhado para fora do alinhamento da parede;
 Cumeeira: parte superior e horizontal do telhado, onde duas águas geralmente
se encontram;
 Espigão: lugar em que duas faces inclinadas do telhado se encontram,
formando um ângulo saliente e, consequentemente, definindo a inclinação da
cobertura;
 Rincão: quando duas águas perpendiculares do telhado (ângulo de 90° uma da
outra) se encontram em uma parte baixa;
 Rufo: é uma peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede;
 Fiada: se refere a sequência de telhas na direção de sua largura;
 Vértice: ponto de encontro de duas linhas (da linha cumeeira com uma linha de
espigão);
 Peça Complementar: componente cerâmico ou também de outros materiais
que permite a solução de detalhes do telhado.

Figura 21 - Componentes da estrutura do telhado convencional

Fonte: (PAIVA, 2016).


38

4.1.2.1 Levantamento de quantitativo e de custos da estrutura do telhado

Seguindo as recomendações do fabricante da telha de concreto – modelo


plana, e da NBR pertinente, utilizou-se na estrutura do telhado:

 Distanciamento entre ripas de 0,32m;


 Para caibros adotou-se espaçamento de 0,50m;
 Para terças um distanciamento de 1,2m;
 Optou-se por não utilizar tesouras, e as substituí-las por pontaletes, com um
distanciamento de 2m;
 Para finalizar o acabamento de todo o perímetro do beiral, foi instalado aba.

Na tabela 2, segue demonstração de cálculo da estrutura do telhado


convencional.

Quadro 2 - Cálculo do custo da estrutura do telhado convencional

Estrutura do telhado convencional - Pinus tratado


Tipo Madeira Pinus Auto Clave
DESCRIÇÃO UNID QTD Valor Unit Valor Total
Distância entre Ripas (0,03x0,015m) M 0,32
Distancia Entre Caibros (0,05x0,06m) M 0,5
Distância entre Terças (0,06x0,12m) M 1,2
Distancia Entre Pontaletes (0,08x0,16m) M 2
Ripas (0,03x0,015mx3,5m) Unit 210 R$ 1,00 R$ 210,00
Caibros (0,05x0,06m) Unit 148 R$ 15,75 R$ 2.331,00
Terças (0,06x0,12mx3,5m) Unit 67 R$ 33,90 R$ 2.271,30
Pontaletes (0,08x0,16mx3,5m) Unit 20 R$ 62,50 R$ 1.250,00
Aba M 30 R$ 6,60 R$ 198,00

Prego 19X29 Unit 6 R$ 10,90 R$ 65,40


Prego 17x27 Unit 10 R$ 12,90 R$ 129,00
Total R$ 6.454,70
Mao De Obra Para montagem Do telhado R$ 4.500,00
Valor Total R$ 10.954,70
Fonte: (Autor, 2019).
39

4.1.3 Calhas, condutores e rufos

As calhas são estruturas normalmente instaladas na extremidade do telhado


ou em outras posições, dependendo do design da estrutura, do posicionamento das
telhas e da quantidade de águas que o telhado apresenta.
Sua definição pode-se dar, como estruturas posicionadas horizontalmente, de
material resistente; com condutores verticais que levam a água da chuva para o seu
destino final. Sua função é a drenagem das águas pluviais, o que evita danos nas
paredes da construção, tais como rachaduras, infiltrações e umidade.
A inclinação mínima de uma calha deve ser de 1% na direção dos tubos de
queda ou correntes, promovendo a circulação da água e o transbordo dos canais.
Grelhas e ralos protetores podem ser instalados dentro das calhas, de modo que evite
a passagem de folhas e consequente o entupimento dos tubos. As calhas podem ser
encontradas em vários materiais, como: alumínio, galvanizadas, aço e PVC. A figura
22 mostra uma calha de alumínio - modelo moldura, um dos mais utilizados no telhado
convencional.
As calhas de PVC, de alumínio e de zinco, são as mais comuns em
construções, pois possuem grande durabilidade e resistência. (FAZFÁCIL, 2012).

Figura 22 - Calha de alumínio - modelo moldura ou americana

Fonte: (FazFácil, 2012).

Já os rufos são estruturas de instalação específica em alguma parte do telhado


que é propensa ao acúmulo de água, e servem fundamentalmente para realizar um
escoamento mais satisfatório e evitar poças que comprometem a estrutura da
construção. Eles podem ser:
40

 Rufos de encosto: Aplicados na junção entre a alvenaria e o telhado.


 Rufos de capa: Aplicados na junção entre as águas do telhado.

Para a análise, foi escolhido a calha de alumínio - modelo moldura/americana, com


150mm de diâmetro. Na vertical, tubos de queda com o mesmo material das calhas,
com 100mm de diâmetro.
Em relação a rufos, foi considerado, chapas galvanizadas dobradas com 10cm de
altura, com 20cm de largura. A figura 23 mostra o posicionamento de um rufo externo
já instalado.

Figura 23 - Rufo externo

Fonte: (FazFácil, 2012).

A demonstração do quantitativo e dos cálculos dos coletores, segue na tabela


3.
41

Quadro 3 - Quantitativo e custos dos coletores

Coletores
Calha

DESCRIÇÃO UNID QTD Valor Mão De Obra


Unitário Valor Total Por item
Calha em chapa de alumínio
M 35,00
150 mm R$ 40,00 R$ 1.400,00 Incluso
Tubos de alumínio 100mm x
M 15,00
6m (Vertical) R$ 32,00 R$ 480,00 Incluso
Rufo
Rufo 0,10mx0,20m M 32,00 R$ 30,00 R$ 960,00 Incluso
Valor Total R$ 2.840,00
Fonte: (Autor, 2019).

4.1.4 Alvenaria de vedação do telhado convencional

Alvenaria de vedação é o termo utilizado quando a alvenaria não é dimensionada


para resistir cargas verticais, além do seu peso próprio. (MARINOSKI, 2011).
No telhado convencional do projeto em estudo, foi preenchido o “oitão”, com
alvenaria de vedação em tijolos cerâmicos de 0,22m x 0,11m x 0,11m, assentados
com argamassa de assentamento com espessura de 1 cm, revestido com Reboco
apenas pelo lado de fora, com espessura de 2 cm, assim como acabamento e pintura.
Na tabela 4, segue demonstração de cálculo da alvenaria de vedação.
42

Quadro 4 - Quantitativo e custos da alvenaria de vedação

Alvenaria
DESCRIÇÃO UNID QTD
Altura Máxima do Oitão m 2,06
Comprimento m 17,31
Área Unitária por Tijolo (Com

assentamento) 0,04
Alvenaria em tijolo cerâmico
m² 14,83
furado
Valor Mao de Obra
Descrição UNID QTD Valor total
unitário (Empreitada)
Tijolos Vedação
(0,115mx0,19mx0,19m) Com Unit 389
Perdas 5% R$ 0,46 R$ 179,06
Chapisco m³ 0,07 R$ 340,00 R$ 25,21 R$ 32,62
Reboco m³ 0,30 R$ 450,00 R$ 133,46 R$ 207,61
Argamassa Assentamento m³ 0,16 R$ 400,00 R$ 65,09 R$ 222,44
Rendimento do Selador Por Litro
m² 6,66
Por demão
Rendimento de Tinta Por Litro
m² 21,11
Por demão
Selador L 6,68 R$ 6,66 R$ 44,49 R$ 37,07
Tinta L 2,11 R$ 19,43 R$ 40,95 R$ 51,90
R$ 488,26 R$ 551,65
Fonte: (Autor, 2019).

Após ser levantado o quantitativo de todos os itens necessários para a execução


do telhado convencional, e feito seus respectivos orçamentos, chegou-se no valor
descrito na tabela 5.

Quadro 5 - Custo total do telhado convencional

Valor Total Cobertura Com Telhado Convencional


Alvenaria R$ 1.039,91
Coletores R$ 2.840,00
Telhas R$ 4.982,11
Estrutura do telhado convencional - Pinus tratado R$ 10.954,70
Valor total R$ 19.816,72
Fonte: (Autor, 2019).
43

4.2 PLATIBANDA COM TELHADO EMBUTIDO

Telhado embutido é um modelo moderno, e virou tendência em projetos


contemporâneos. Ele possui uma liberdade maior para trabalhar com a volumetria e
seu resultado é uma aparência limpa, imponente e de estética diferenciada.
A ideia desse sistema de cobertura é esconder o telhado, possibilitando o uso
de telhas esteticamente não tão legais, mas com custo menor; como as de
fibrocimento e metálica. (TAVARES, 2018).
A seguir foram listadas algumas vantagens e desvantagens desse modelo:

Vantagens:
 Modelo moderno e contemporâneo;
 Menor tempo de execução;
 O custo do telhado é menor, pois necessitam de estruturas
menores;
 Usa menos madeira ou nenhuma (quando utilizada estrutura
metálica) e fica mais leve, quando usada telhas de fibrocimento e
modelo sanduíche.

Desvantagens:

 Embora o custo do telhado em si seja mais barato, há outros


custos como o mais uso de calhas e a construção de platibandas
para esconder o telhado;
 O telhado geralmente fica baixo, o que inviabiliza o acesso ao
interior dele para manutenção elétrica e outros;
 No caso de telhas de fibrocimento é necessário a colocação de
uma manta térmica em baixo da telha, pois este tipo de telha
aquece muito e pode transferir o calor para a laje e
consequentemente para dentro do ambiente.

A figura 24 apresenta o projeto utilizado para análise da cobertura em


Platibanda com telhado embutido. (ver também Apêndice .B)
44

Figura 24 - Projeto de cobertura com telhado embutido

Fonte: (Autor, 2019).

4.2.1 Composição do sistema de Platibanda com telhado embutido

Basicamente a composição do telhado embutido se dá pelos seguintes itens:


platibanda, telha, rufos, calhas e condutores (tubos de queda).

4.2.1.1 Platibanda

Utilizando um caimento de telhado com 12%, a platibanda será projetada com


uma altura de 1,30m. Ao todo a platibanda contornará 42,48 metros lineares, referente
ao perímetro da cobertura.
Será utilizado tijolo de vedação cerâmico, com dimensões de 0,115x0,19x0,19,
com área total de 0,04 m² aplicado chapisco e reboco com espessura de 2 cm, coberto
com selador e pintura em três demãos, sendo que a tinta escolhida, tem um
cobrimento de 380 m² por demão, e o selador escolhido, tem um rendimento de 120
m² por demão. A face superior da platibanda, será revestida com Granito.
Na tabela 6, segue demonstração de cálculo das Alvenarias da Platibanda.
45

Quadro 6 - Quantitativo e custos da alvenaria da platibanda

Alvenaria
DESCRIÇÃO UNID QTD
Altura Platibanda M 1,30
Altura Máxima do Oitão M 0,00
Comprimento M 44,78

DESCRIÇÃO UNID QTD Valor Mão De Obra Por


Unitário Valor Total item
Área Unitária por Tijolo (Com

assentamento) 0,04
Alvenaria em tijolo cerâmico
m² 58,21
furado
Tijolos Vedação
(0,115mx0,19mx0,19m) Com Unit 1528 R$ 0,46 R$ 702,93
Perdas 5%
Chapisco m³ 0,62 R$ 340,00 R$ 209,35 R$ 256,14
Reboco m³ 2,46 R$ 450,00 R$ 1.108,31 R$ 1.629,99
Argamassa Assentamento m³ 0,64 R$ 400,00 R$ 255,50 R$ 873,21
Rendimento do Selador Por Litro
m² 6,66
Por demão
Rendimento de Tinta Por Litro
m² 21,11
Por demão
Selador L 53,45 R$ 6,66 R$ 356,00 R$ 291,07
Tinta L 16,86 R$ 19,43 R$ 327,67 R$ 407,50
Granito com espessura de 2cm,
m 44,78 R$ 47,00 R$ 2.104,66 R$ 378,84
18 cm Largura
Total R$ 5.064,42 R$ 3.836,75
Valor Total Geral R$ 8.901,17
Fonte: (Autor, 2019).

4.2.1.2 Telha de fibrocimento

Optou-se pela telha de fibrocimento por ser leve, o que impacta diretamente no
tamanho da sua estrutura de madeiramento. Também por necessitar de uma
inclinação menor, reduzindo a altura da platibanda. E pela economia de tempo e
dinheiro na obra, pois cobrem uma maior área com menor custo.
A marca usada como referência foi a Brasilit, nas dimensões 1,10m x 2,44m,
com inclinação de 12%, com recobrimento Longitudinal de 0,20m, e largura Útil de
1,05m, tendo um cobrimento de 2,35 m²
46

A área plana do telhado, é de 119,02 m², e com caimento de 12%, passa a ter
uma área total de 121,08 m², sendo necessário 51,52 telhas para cobrimento da área.
Contando com recortes e perdas, o fornecedor recomenda um acréscimo de 5% na
quantidade, totalizando 55 telhas conforme indica na tabela 7.

Quadro 7 - Quantitativo e custos da telha fibrocimento

Telhas
Tipo De Telha Fibrocimento 1,10x2,44m
DESCRIÇÃO UNID QTD Valor
Inclinação Telhado % 12
Tamanho Da telha m 1,10x2,44
Área Útil Telha m² 2,352

Área Do Telhado com caimento m² 121,08

Quantidade de telhas Calculado Unit 52


Valor Unitário Valor Total
Quantidade telhas Real (com
Unit 55
Perdas) R$ 40,00 R$ 2.184,00
Valor Total Geral R$ 2.184,00
Fonte: (Autor, 2019).

4.2.1.3 Estrutura do telhado

As estruturas do telhado embutido são praticamente as mesmas do telhado


convencional, porém de uma forma mais simplificada. A madeira utilizada, será a
mesma do telhado convencional, o pinus tratado.
De acordo com especificações técnicas do fabricante, a telha de fibrocimento,
com dimensões de 2,44m x 1,10m, podem ter um balanço mínimo de 0,25m, e um
distanciamento máximo entre caibros de 1,69m, na qual adotamos um distanciamento
médio de 1,10 m, podendo variar de acordo com a geometria do telhado, e para terças
um distanciamento de 1,5m, não usaremos tesouras, e as substituímos por pontaletes,
com um distanciamento de 2m.
Na tabela 8, segue demonstração de cálculo da estrutura da cobertura
“Platibanda com telhado Embutido”.
47

Quadro 8 - Quantitativo e custos da estrutura de madeira

Madeiramento
Tipo Madeira Pinus Auto Clave
DESCRIÇÃO UNID QTD Valor Unit Valor Total
Distância entre Ripas (0,05x0,02m) M 0
Distancia Entre Caibros (0,05x0,06m) M 1,1
Distância entre Terças (0,06x0,12m) M 1,5
Distancia Entre Pontaletes (0,08x0,16m) M 2
Caibros (0,05x0,06mx3,5m) Unit 48 R$ 15,75 R$ 756,00
Terças (0,06x0,12mx3,5m) Unit 33 R$ 33,90 R$ 1.118,70
Pontaletes (0,08x0,16mx3,5m) Unit 15 R$ 62,50 R$ 937,50

Prego 19X29 Kg 6 R$ 10,90 R$ 65,40


Prego 17x27 Kg 10 R$ 12,90 R$ 129,00
Total R$ 3.006,60

Mao De Obra Para montagem Do telhado R$ 4.500,00


Valor Total R$ 7.506,60
Fonte: (Autor, 2019).

4.2.1.4 Rufos, calhas e coletores

O dimensionamento da calha ficou com 0,5m de largura, por 9,0m de


comprimento, sua impermeabilização será feita com manta asfáltica. Em uma
pequena parte, será usado calha de alumínio, com 0,15m de diâmetro e 4,00 de
comprimento. Os tubos de queda foram dimensionados com 150mm de PVC.
Em relação a Rufos, utilizamos chapas de alumínio de 100mm de altura, com
200 mm de largura, revestindo todo o perímetro da Platibanda.
Na tabela 9, segue demonstração de cálculo dos coletores.
48

Quadro 9 - Quantitativo e custos das calhas, rufos e tubos de queda

Coletores
Calha

DESCRIÇÃO UNID QTD Valor Mão De Obra Por


Unitário Valor Total item
Calha em chapa de alumínio
m 4,00
150 mm R$ 42,00 R$ 168,00 Incluso
Calha em manta Asfáltica 50
13,00
cm m R$ 60,00 R$ 390,00 Incluso
Tubos em PVC 150mm x 6m
m 5,00
(Vertical) R$ 133,90 R$ 669,50 Incluso
Rufo
Rufo (10cmx20cm) m 53,00 R$ 32,00 R$ 1.696,00 Incluso
Valor Total R$ 2.923,50
Fonte: (Autor, 2019).
Após ser levantado o quantitativo de todos os itens necessários para a
execução da cobertura de platibanda com telhado embutido, e feito seus respectivos
orçamentos, chegou-se no valor descrito na tabela 10.

Quadro 10 - Custo total da cobertura de platibanda com telhado embutido

Valor Total Cobertura de Platibanda Com telhado Embutido


Alvenaria R$ 8.901,17
Coletores R$ 2.923,50
Telhas R$ 2.184,00
Madeiramento R$ 7.506,60
Valor total R$ 21.515,27
Fonte: (Autor, 2019).

4.3 PLATIBANDA COM LAJE IMPERMEABILIZADA

A impermeabilização de lajes e coberturas têm como principal objetivo


promover a estanqueidade desses elementos e protegê-los contra a ação da água e
da umidade. Para que esse desempenho seja garantido, é necessário especificar
os impermeabilizantes de acordo com as características da área em que eles serão
aplicados.
49

Como a estrutura em estudo é uma cobertura, e está sujeita a movimentação


e/ou a contração térmica, temos as seguintes constatações que justificam a escolha
do método flexível – manta asfáltica aderida com maçarico.

 Área maior que 50m²


 Sujeito a movimentação

A figura 25 mostra o projeto adaptado a laje impermeabilizada. (Ver também


Apêndice .C)

Figura 25 - Projeto adaptado à laje impermeabilizada

Fonte: (Autor, 2019).

A manta asfáltica é fabricada por diversos fornecedores e comercializada em


rolos, geralmente com 1m de largura e 10m de comprimento, tendo espessura variável
de 3 a 5 mm.
Conforme visualizamos na figura 26, os procedimentos da laje impermeabilizada
com manta asfáltica seguem as seguintes etapas:
50

 Segundo especificações do método, após a execução da platibanda, é


necessário que a laje esteja regularizada e livre de detritos, após uma inspeção
e limpeza, aplica-se uma ou duas demãos de primer asfáltico.

 Depois de seco, inicia-se a aplicação da manta, caso já tenha caimento, inicia-


se pelo lado mais baixo da superfície, para que as emendas obedeçam ao
sentido de escoamento. Uso mais comum é de 10cm como medida de
sobreposição das mantas.

 Após o término da aplicação da manta asfáltica, recomenda-se fazer um teste


de estanqueidade por 72 horas para verificar possíveis infiltrações. Corrigir,
caso necessário.

 Depois vem a proteção da manta com um contrapiso de cimento e areia, que


pode servir ainda para dar caída para escoamento, caso ainda não tenha.

 Utilizar entre a manta e a argamassa um elemento separador, pode ser papel


kraft ou feltro asfáltico.

 É interessante utilizar uma tela para reforçar o contrapiso de proteção da manta


e evitar rachaduras.

Figura 26 - Etapas da impermeabilização com manta asfáltica

Fonte: (Autor, 2019).


51

4.3.1 Levantamento de quantitativo e de custos da manta asfáltica

Basicamente a composição do telhado embutido se dá pelos seguintes itens:


platibanda, contrapiso de regularização, manta asfáltica, calhas e condutores (tubos
de queda).

4.3.1.1 Platibanda

Para a cobertura com Laje Impermeabilizada, será considerado um caimento de


1%, onde a platibanda ficará com altura de 0,6 metros.
Será utilizado tijolo de vedação cerâmico, com dimensões de 0,115x 0,19x0,19,
com área total de 0,04 m² aplicado chapisco e reboco com espessura de 2 cm, coberto
com selador e pintura em três demãos, sendo que a tinta escolhida, tem um
cobrimento de 380 m² por demão, e o selador escolhido, tem um rendimento de 120
m² por demão. A face superior da platibanda, será revestida com Granito.
Na tabela 11, segue demonstração de cálculo das Alvenarias da Platibanda da
laje impermeabilizada.
52

Quadro 11 - Quantitativo e custos da alvenaria - laje impermeabilizada

Alvenaria
DESCRIÇÃO UNID QTD
Altura Platibanda m 0,60
Altura Máxima do Oitão m 0,00
Comprimento m 44,78
Valor Mão De Obra Por
DESCRIÇÃO UNID QTD Valor Total
Unitário item
Área Unitária por Tijolo (Com
assentamento) m² 0,04
Alvenaria em tijolo cerâmico
furado m² 26,87
Tijolos Vedação
(0,115mx0,19mx0,19m) Com
Perdas 5% Unit 705 R$ 0,46 R$ 324,43
Chapisco m³ 0,30 R$ 340,00 R$ 102,77 R$ 118,22
Reboco m³ 1,21 R$ 450,00 R$ 544,08 R$ 752,30
Argamassa Assentamento m³ 0,29 R$ 400,00 R$ 117,92 R$ 403,02
Rendimento do Selador Por

Litro Por demão 6,66
Rendimento de Tinta Por Litro
Por demão m² 21,11
Selador L 25,21 R$ 6,66 R$ 167,93 R$ 134,34
Tinta L 7,95 R$ 19,43 R$ 154,56 R$ 188,08
Granito com espessura de 2cm,
e 18 cm Largura m 45,00 R$ 47,00 R$ 2.115,00 R$ 81,00
Total R$ 1.411,69 R$ 1.595,96
Valor Total Geral R$ 3.007,65
Fonte: (Autor, 2019).

4.3.1.2 Contrapiso de Regularização

A regularização do contrapiso elimina irregularidades da superfície e dá


caimento aos ralos, além de fazer a transição entre o plano horizontal (laje) e vertical
(parede), arredondando cantos internos e externos para evitar que a manta seja
dobrada. Devem ser tomados os devidos cuidados para garantir a aderência da
argamassa de regularização à base, a sua adequada compactação, o devido
arredondamento e o acabamento da superfície, sem pontos salientes que possam
furar a manta.
53

Será feito um contrapiso de regularização com espessura de 4 cm, e


executaremos as bordas, com raio de 8 cm, onde da uma área de borda de 0,076
m²/m. Na tabela 12, segue demonstração de cálculo do contrapiso de regularização.

Quadro 12 - Cálculo do contrapiso de regularização

Contra piso de regularização


Contra piso de regularização (4cm) m² 119,02
Borda (raio 0,08 m, área de 0,0076m²) m 44,78
Contra piso de regularização (4cm) m³ 4,76
Borda m³ 0,34
Total m³ 5,10
Valor Concreto Usinado 20 MPA m³ R$ 260,00
Valor total Concreto Usinado R$ 1.326,29
Valor Mão de Obra Por empreitada R$ 1.666,28
Valor Total R$ 2.992,57
Fonte: (Autor, 2019).

4.3.1.3 Manta Asfáltica

De acordo com a NBR 9.952:2007, será utilizado a manta asfáltica de 3 mm que


suporta trações de até 80 N do tipo Manta Aluminada, pois não precisa de acabamento
final, e serve para áreas sem transito, e é aplicada com maçarico.
A manta será aplicada em toda área da laje, e executada conforme NBR
9.952:200, que indica impermeabilização de até 0,50 m na platibanda. Na tabela 13,
segue demonstração de cálculo das impermeabilizações.

Quadro 13 - Cálculo da impermeabilização

Impermeabilização
DESCRIÇÃO UNID QTD Valor (m²) Valor
Impermeabilização Da Cobertura m² 119,02 R$ 60,00 R$ 7.141,20
Impermeabilização Da platibanda m² 22,39 R$ 60,00 R$ 1.343,40
Total R$ 8.484,60
Fonte: (Autor,2019).
54

4.3.1.4 Tubos de Queda

O método utiliza declividade de 1%, onde destina a agua pluvial diretamente


para os tubos de queda de PVC, com diâmetro de 100mm. Na tabela 14, segue
demonstração de cálculo dos tubos de queda.

Quadro 14 - Cálculo dos tubos de queda

Coletores
Mao de Obra
Descrição UNID QTD Valor unitário Valor total
(Empreitada)
Tubos em PVC
Unit 12,00 R$ 48,90 R$ 586,80 R$ 450,00
(0,1mx 6m)
Valor Total R$ 1.036,80
Fonte: (Autor, 2019).

Após o levantamento do quantitativo de todos os itens necessários para a


execução da cobertura de platibanda com laje impermeabilizada, e feito seus
respectivos orçamentos, chegou-se no valor descrito na tabela 15.

Quadro 15 - Custo total da cobertura de platibanda com laje impermeabilizada

Valor Total Cobertura Com Laje Impermeabilizada


Impermeabilização R$ 8.484,60
Contra piso de regularização R$ 2.992,57
Alvenaria R$ 3.007,65
Coletores R$ 1.036,80
Valor total R$ 15.521,62
Fonte: (Autor, 2019).

4.4 COMPARATIVO DE CUSTOS DA EXECUÇÃO

Para analisar o estudo proposto, foram obtidos através de orçamentos feitos


entre o mês de março e maio de 2019, com os custos dos materiais e mão de obra de
cada item. Na comparação representada abaixo, será medido os efeitos dos custos
do levantamento de quantitativos das composições de estruturas necessárias para a
construção de cada tipo de cobertura. Através desse estudo, obtiveram-se os valores
globais para a Cobertura De Platibanda com Telhado Embutido, Cobertura De
55

Platibanda com Laje Impermeabilizada, e Cobertura com Telhado Convencional


representado na Tabela abaixo.

Quadro 16 – Comparativo de custos da execução

Comparativo De Custo Da Execução


Cobertura De
Cobertura de Cobertura Com
platibanda Com
Platibanda Com Telhado
Laje
telhado Embutido Convencional
Impermeabilizada
Alvenaria R$ 3.007,65 R$ 8.901,17 R$ 1.039,41
Coletores R$ 1.036,80 R$ 2.923,50 R$ 2.840,00
Telhas R$ 0,00 R$ 2.184,00 R$ 4.982,11
Estrutura telhado em Pinus tratado R$ 0,00 R$ 7.506,60 R$ 10.954,70
Impermeabilização R$ 8.484,60 R$ 0,00 R$ 0,00
Contra piso de regularização R$ 2.992,57 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 15.521,62 R$ 21.515,27 R$ 19.816,22
Fonte: (Autor, 2019).

Analisando a execução em cobertura de platibanda com Laje


impermeabilizada, tem um custo total da estrutura de R$ 15.521,62 onde a maior
porcentagem desse custo foi com a impermeabilização, correspondendo a 54,6%
desse total, representando o principal componente da estrutura. Esse mesmo
componente, não se aplica aos demais tipos de cobertura, com a impermeabilização,
não é necessário a estrutura de madeira da cobertura, e as telhas.
Em relação a cobertura de Platibanda com telhado embutido, e cobertura
com telhado convencional, teve grande diferença de valores na alvenaria, e na
estrutura do telhado, e telhas, e tendo valores próximos nos coletores. Cada um
satisfazendo exigências de projetos.
Com os dados obtidos, foi a Cobertura de Platibanda com Laje
impermeabilizada, teve o menor custo, sendo 27,85% inferior a cobertura com de
Platibanda com telhado embutido, e 21,67% inferior ao da Cobertura com telhado
convencional.
56

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Este trabalho teve como objetivo de estudo fazer um comparativo entre três tipos
de coberturas: telhado convencional, telhado embutido e laje impermeabilizada. Com
um projeto de referência, foi feita a adaptação conforme era necessário para cada
tipo, depois foi feito um levantamento de materiais necessários para atender as
execuções conforme as normas pertinentes; através de orçamentos reais foi feito o
levantamento de custos para cada cobertura, e por último foi feito um comparativo de
valores entre eles. O objetivo foi atendido e pode ser verificado como demonstrado no
item 4.4.

5.1 CONCLUSÕES

Para que fosse possível fazer o comparativo foi imprescindível fazer a adaptação
do projeto atendendo as especificações de cada cobertura analisada. As atividades
descritas nos objetivos específicos, foram executadas integralmente.
Primeiramente foram apresentadas as características, bem como as vantagens
e desvantagens de cada tipo de cobertura. Na sequência foi feito os levantamentos
de materiais para cada item, e realizadas suas respectivas análises de custos.
Com a obtenção dos dados referentes aos custos de execução de cada tipo de
cobertura, foram feitas suas comparações com o auxílio de uma planilha.

5.2 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

É importante ressaltar algumas considerações sobre o resultado obtido. Por se


tratar de uma análise comparativa, onde busca o menor custo entre três diferentes
formas de coberturas, em um projeto já em andamento, tivemos dificuldades para
adequação da nova estrutura proposta para a cobertura, onde seria muito mais
vantajoso, escolher o tipo de cobertura durante o projeto da edificação, assim
conseguiria otimizar custos, diminuindo mochetas, recortes de telhados, utilização de
telhas.
57

REFERÊNCIAS

A ADEMILA, Jesuíno.. Tabela com o percentual de gastos para cada etapa da


obra. 2013. Disponível em: https://www.ademilar.com.br/blog/construcao-civil/tabela-
percentual-gastos-obra/ Acesso em: 07 fev. 2013.

ALBUQUERQUE, A.T. Análise de alternativas estruturais para edifícios em


concreto armado. 1999.100f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas)
– Universidade de São Paulo, São Carlos, 1999.

ALTAARQUITETURA. Telhado-aparente-embutido-laje-impermeabilizada. 2015.


Disponível em: http://altaarquitetura.com.br/telhado-aparente-embutido-laje-
impermeabilizada/ Acesso em: 28 mar. 2019.

ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado. 2. ed. Rio Grande: DUNAS, 2014.

AVILA, Ricardo. Modelos de Calhas para Coleta de aguas de Chuva. 2016.


Disponível em: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/tipos-de-calhas-
chuva/2012/ Acesso em: 01 dez. 2018.

BARRETO, Nathália. 16 tipos de telhas para todos tipos de projeto. 2016.


Disponível em: <https://www.tuacasa.com.br/tipos-de-telhas/>. Acesso em: 06 nov.
2018.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. SINAPI: Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e


Índices da Construção Civil. Brasília: Caixa, 2015.

CARDOSO, Silvio. Como Escrever um Ensaio Comparativo. 2014. Disponível em:


https://pt.wikihow.com/Escrever-um-Ensaio-Comparativo Acesso em: 01 mar. 2019.

TECNOIMP. Asfáltica Quente para Impermeabilização de Lajes. 2016. Disponível


em: http://www.tecnoimp.com.br/impermeabilizacao/impermeabilizacao-com-asfalto-
quente/impermeabilizante-de-asfalto-a-quente-para-laje/manta-asfaltica-quente-para-
impermeabilizacao-de-lajes-valor-guaruja Acesso em: 20 maio 2019.

CALIL JUNIOR, C.; MOLINA, J. C. Cobertura em estruturas de madeira: exemplos


de cálculo. São Paulo: PINI, 2010.

CLASSARQ. Telhado aparente ou telhado embutido. 2018. Disponível em:


http://www.class.arq.br/telhado-aparente-ou-telhado-embutido/ . Acesso em: 01 de
maio 2019.

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA SE (Sergipe). Benefícios do uso da


telha de concreto. Disponível em: <http://www.crea-se.org.br/telhas-de-concreto-
podem-ser-uma-escolha-na-hora-da-construcao/>. Acesso em: 06 nov. 2018.

CONSTRUINDO. Telhados. Disponível em: <http://construindodecor.com.br/wp-


content/uploads/2014/06/como-fazer-um-telhado.png>. Acesso em: 08 nov. 2018.
58

CURTY JUNIOR, Carlos. Telhado aparente, embutido ou laje


impermeabilizada? 2015. Disponível em: http://altaarquitetura.com.br/telhado-
aparente-embutido-laje-impermeabilizada/ . Acesso em: 08 nov. 2018.

DALDEGAN, Eduardo. Como fazer um telhado: Dicas de planejamento e


construção. Disponível em: <https://www.engenhariaconcreta.com/como-fazer-um-
telhado-dicas-de-planejamento-e-construcao/>. Acesso em: 16 set. 2016.

DECORA, Viva. Platibanda: O Que É +40 Modelos de Casas para se


Inspirar. Maio, 2018. Disponível em: <https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/casa-e-
decoracao/viva-decora/platibanda-o-que-e-40-modelos-de-casas-para-se-
inspirar,4e2835182644be6a8013fd2e99046b9cqd5lln54.html>. Acesso em: 06 nov.
2018.

DECORFÁCIl. Telhado embutido: 60 modelos e projetos de casas. 2019.


Disponível em: https://www.decorfacil.com/telhado-embutido/ Acesso em: 28. Mar.
2019.

DIAS, V. R. P. Engenharia de Custo: metodologia de orçamentação para obras


civis. 9. ed. Rio de Janeiro: Martins, 2011.

FERNANDES, Idario; SILVA, Paola D. da. Telhas de concreto. 2012. Disponível


em: https://www.abcp.org.br/cms/products-page/telha-de-concreto/telhas-de-
concreto-producao-e-controle-de-qualidade/#.W-dBvtVKjDc . Acesso em: 04 nov.
2018.

FREIRE, A. M. Métodos executivos de impermeabilização de um


empreendimento comercial de grande porte. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em;
http://www.monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10011036.pdf Acesso em:
31. mar. 2019.

GEROLLA, Giovanny. Qual percentual médio do orçamento corresponde a cada


etapa da obra. 2016. Disponível em: https://universa.uol.com.br/listas/qual-
percentual-medio-do-orcamento-corresponde-a-cada-etapa-da-obra.htm Acesso
em: 30 abr. 2019.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed São Paulo:


Atlas, 2002. Disponível em:
https://professores.faccat.br/moodle/pluginfile.php/13410/mod_resource/content/1/c
omo_elaborar_projeto_de_pesquisa_-_antonio_carlos_gil.pdf Acesso em: 22 Out.
2018.

GOEDERT, Maria. VOCÊ CONHECE AS VANTAGENS DO PINUS


TRATADO? 2018. Disponível em: https://www.ciadaobra.com.br/blog/voce-conhece-
as-vantagens-do-pinus-tratado/ Acesso em: 22 abr. 2019.
59

HELLMEISTER, Joao Cesar. Utilização da madeira na construção da


habitação. Estruturas em Madeiras, Sao Paulo, 1977. Pg 27

LOPES, Santos . Platibanda: Uma solução moderna para esconder telhados. 2018.
Disponível em: https://www.lopes.com.br/blog/decoracao-paisagismo/platibanda/
Acesso em: 28 mar. 2019.

MARÇAL, A. R. Estudo de lajes de concreto armado: comparativo de cálculo entre


lajes treliçadas e maciças, utilizando método elástico. Santa Maria, 2014. Disponível
em:
http://coral.ufsm.br/engcivil/images/PDF/2_2014/TCC_ANA%20RUSSOWSKY%20M
ARCAL.pdf Acesso em: 28 mar. 2019.

MATCONSUPPLY. Telhados residenciais, estruturas de madeira ou metálica..


2017. Disponível em: http://matconsupply.com.br/telhados-residenciais-estrutura-de-
madeira-ou-metalica/ Acesso em: 21 mar. 2019.

MATTOS, D. A. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas,


estudos de caso, exemplos. São Paulo: Pini, 2006.

MOURA, V. S. Considerações de projeto e execução de coberturas em Light


Steel Frame. Goiânia ,2015. Disponível em:
https://www.eec.ufg.br/up/140/o/CONSIDERA%C3%87%C3%95ES_DE_PROJETO_
E_EXECU%C3%87%C3%83O_DE_COBERTURAS_EM_LIGHT_STEEL_FRAME.p
df Acesso em: 28 mar. 2019.

MORERIA, Carlos. Conceito de quantitativo. 2014. Disponível em:


https://conceito.de/quantitativo. Acesso em: 30 fev. 2019.

PAIVA, Mariana. Telhados. 2014. Disponível


em:https://www.tuacasa.com.br/telhados/. Acesso em: 20 abril 2019

PEDREIRA, F. L. A. B. Análise comparativa de soluções de coberturas


metálicas de grandes vãos em perfis tubulares. Rio de Janeiro, 2012. Disponível
em: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006787.pdf . Acesso em:
21 mar. 2019.

PEREIRA, Caio. Telhados. 2018. Disponível em: https://corabras.com.br/plana/


Acesso em: 20 maio 2018.

PICCHI, F. A. Impermeabilização de cobertura. São Paulo: Pini, 1986.

PUGLIESI, Nataly. Telhados: da escolha à execução. 2012. Disponível em:


https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/telhados-da-escolha-a-execucao_11966_0_1
Acesso em: 04 nov. 2018.

SANTOS, Rodrigo. Tudo o que você precisa saber sobre os estilos de arquitetura
que marcaram cada época. 2018. Disponível em:
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/estilos-de-arquitetura/ Acesso em: 30
abr. 2019.
60

SCHREIBER, P. A. A. Impermeabilização de lajes de cobertura: caracterização,


execução e patologias. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 2012.
Disponível em:
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-
9A4J2Y/09_09_2012__monografia_final.pdf?sequence=1. Acesso em: 28 mar. 2019.

SILVA, Everton Jose da; SILVA, Paola D. da (Comp.). A influência de pó de brita


substituindo areia e cimento na argamassa com vistas à produção de
telhas. 2012. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/280132546_A_influencia_de_po_de_brita_
substituindo_areia_e_cimento_na_argamassa_com_vistas_a_producao_de_telhas.
Acesso em: 04 nov. 2018.

SILVA, F. B. Execução de telhado com telha de concreto. 2010. Disponível em:


http://construcaomercado17.pini.com.br/negociosincorporacaoconstrucao/107/execu
cao-de-telhado-com-telha-de-concreto--299055-1.aspx. Acesso em: 28 mar. 2019.

SILVA, Mauro César de Brito e. Estrutura e Arquitetura: Fundamentos. 2. ed.


Goiania: Livre, 2012.

SOARES, F. F. A importância do projeto de impermeabilização em obras de


construção civil. Rio de Janeiro, Ago. 2014. Disponível em:
http://www.monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10012331.pdf. Acesso em:
31. mar. 2019.

TAVARES, Maria Clara. ARQUITETURA - Telhado aparente ou embutido? 2018.


Disponível em: https://www.olimpia24horas.com.br/noticias/arquitetura-telhado-
aparente-ou-embutido-/0/12898 Acesso em: 05 abr. 2019.

TOTAL CONSTRUÇÂO. Telhado Embutido: Custo, Como Fazer. 2019. Disponível


em: https://www.totalconstrucao.com.br/telhado-
embutido/#Estruturas_dos_telhados_embutidos . Acesso em: 28 mar. 2019.
61

APENDICE
62
63
64
65

ANEXOS
66

ANEXO A
67
68
69
70
71
72
73
74

Você também pode gostar