Você está na página 1de 131

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO
ENGENHARIA CIVIL

EDUARDO ALVES COLA


JULIANO DO AMARAL MENEGUELLI

DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA NO EXCEL PARA VERIFICAÇÃO DE


TERÇAS EM PERFIL U DE AÇO FORMADO A FRIO

VITÓRIA
2022
EDUARDO ALVES COLA
JULIANO DO AMARAL MENEGUELLI

DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA NO EXCEL PARA VERIFICAÇÃO DE


TERÇAS EM PERFIL U DE AÇO FORMADO A FRIO

Projeto de Graduação apresentado em


cumprimento às exigências curriculares do
Centro Tecnológico da Universidade
Federal do Espírito Santo, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.
Orientadora: Profª. Drª. Adenilcia Fernanda
Grobério Calenzani

VITÓRIA
2022
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, eu agradeço ao meu Deus, o Senhor Jesus Cristo, porque eu não
posso fazer nada sem Ele. Agradeço a Ele pela minha vida, pela família, amigos e
todas as pessoas e circunstâncias que Ele me deu, assim como pela oportunidade
de estudar nesta Universidade. Também agradeço a Ele por sempre estar do meu
lado e nunca desistir de mim, apesar de mim. Agradeço a todos da minha família
que me ajudaram de alguma forma nesta caminhada, em especial: ao meu pai, que
sempre cuidou e nunca desistiu de mim, sempre me dando força e palavra de ânimo;
à minha mãe, que sempre foi amiga e me ajudou nos momentos de dificuldade, em
vários aspectos; à minha mãedrasta, que me tem como filho e ora, me ajuda e torce
por mim; à minha avó Maria Delira, que me acolheu nos momentos em que precisei;
aos meus irmãos que sempre me apoiam, me dão carinho e estão comigo,
destacando minha irmã Esther que sempre me cobra e me incentiva pela conclusão
dos meus objetivos neste curso e na vida; à minha tia Guadalupe, que me ajudou
com equipamento na conclusão do curso; à minha tia Sandra, que me ajudou com
materiais de estudo e me orientou no início do meu curso. Aos meus amigos Aline,
Juliana e Juliano, pela companhia e apoio, são amigos que fiz neste curso; à minha
orientadora, professora Fernanda, pelo cuidado, paciência, orientação e motivação
dados; a todos os meus professores do curso, que me fizeram chegar aqui; a todos
os meus professores até hoje, que me fizeram chegar aqui, em especial minhas
professoras de matemática Ivanete Valani e Eva Fim. A todos que me ajudaram.
Tudo seja para o Louvor, a Honra e a Glória do meu Senhor e Salvador Jesus Cristo,
a Quem eu dedico e dou todas as minhas vitórias e conquistas.
Eduardo Alves Cola

Agradeço à minha família, que sempre me apoiou durante toda esta graduação,
mesmo em momentos de desânimo; agradeço aos professores da UFES pelo ensino
passado em todas as disciplinas; agradeço à professora Fernanda pela dedicação e
paciência durante todo o processo do Projeto de Graduação; agradeço aos meus
amigos e colegas de curso, que muitas vezes me ajudaram ao longo desta trajetória;
e, principalmente, agradeço a Deus por ter posto todas essas pessoas ao meu lado,
pela oportunidade de estudar na UFES e pela conclusão do curso de Engenharia
Civil.
Juliano do Amaral Meneguelli
RESUMO

Terças de cobertura são elementos estruturais que suportam as cargas atuantes nas
telhas da cobertura, podendo também fazer parte dos quadros de contraventamento
que estabilizam o plano da cobertura. As terças metálicas são preferencialmente
confeccionadas com perfis formados a frio, uma vez que estes são ideais para
pequenos carregamentos, como é o caso de coberturas. Dada a sua importância e
grande utilização nas edificações de estruturas metálicas, propôs-se neste trabalho,
desenvolver uma ferramenta de cálculo para o dimensionamento eficiente desses
elementos. Para isso, será utilizado o Método da Resistência Direta, previsto na
NBR 14762:2010, que considera os estados-limites últimos relacionados a momento
fletor e à flexo-compressão, levando em consideração as instabilidades global, local
e distorcional. Além disso, prevê-se o estado-limite último relacionado ao esforço
cortante. Outrossim, é previsto o estado-limite de serviço pelo deslocamento da
flecha. Todos os perfis considerados são padronizados pela NBR 6355:2012 e os
resultados da ferramenta desenvolvida demonstraram-se satisfatórios, consideradas
a literatura nacional e as normas vigentes.

Palavras-chaves: Terças de cobertura, Estrutura metálica, Dimensionamento, Aço,


Perfis formados a frio.
ABSTRACT

Roof purlins are structural elements that support the load from the roof and can
function as a bracing structure. Metal purlins are preferably made from cold-formed
profiles, as these are ideal for small loads, such as roofs. Given its importance and
use in the construction of metallic structures, it is proposed to develop a calculation
tool for the efficient design of these elements. For this, the Direct Strength Method
will be used, provided for the Brazilian standard NBR 14762:2010, which considers
the ultimate limit states by global, local and distortional buckling. In addition, the
ultimate limit state of shear is predicted. Furthermore, the service limit state is
predicted by the displacement of the arrow. All profiles considered are standardized
by the Brazilian standard NBR 6355:2012 and the results of the developed tool
proved to be satisfactory, considering the literature and current standards.

Keywords: Purlins, Steel structure, Design, Cold formed profiles.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Terças e travessas de tapamento. ........................................................................ 17


Figura 2: Perfis U enrijecidos formados a frio....................................................................... 18
Figura 3: Perfis Z simples formados a frio ............................................................................ 19
Figura 4: Exemplo de uma prensa dobradeira utilizada no processo de fabricação. ............ 23
Figura 5: Exemplo de uma perfiladeira utilizada no processo de fabricação. ....................... 24
Figura 6: Modo global obtido pelo software CUFSM. ........................................................... 28
Figura 7: Modo local obtido pelo software CUFSM. ............................................................. 28
Figura 8: Obtenção do fator de carga local por meio do software CUFSM. .......................... 30
Figura 9: Modo Distorcional obtido pelo software CUFSM. .................................................. 31
Figura 10: Obtenção do fator de carga distorcional por meio do software CUFSM. ............. 32
Figura 11: Simbologia das variáveis citadas nos Quadros 4 e 5. ......................................... 37
Figura 12: Comparação entre os dados de teste e as resistências axiais nominais calculadas
pelo MRD para colunas de extremidade de pino carregadas concentricamente. ................. 42
Figura 13: Comparação entre os dados de teste e as resistências à flexão nominais
calculadas pelo MRD para vigas reforçadas lateralmente. ................................................... 43
Figura 14: Indicação das dimensões, distâncias e eixos das seções. .................................. 50
Figura 15: Valores dos coeficientes de ponderação das ações ............................................ 57
Figura 16: Valores dos fatores de combinação e de redução para as ações variáveis ......... 58
Figura 17: Dados de entrada e resultados finais da planilha de cálculo ............................... 66
Figura 18: Ações e esforços solicitantes .............................................................................. 67
Figura 19: Parte 1 de Esforços Resistentes da planilha de cálculo ...................................... 67
Figura 20: Parte 2 de Esforços Resistentes da planilha de cálculo ...................................... 68
Figura 21: Cálculo de flecha da planilha .............................................................................. 69
Figura 22: Guia “Tabela U-Ue” da planilha de cálculo .......................................................... 70
Figura 23: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue
250x100x25x2,65 ................................................................................................................ 71
Figura 24: CUFSM – Flambagem local para o perfil Ue 250x100x25x2,65 axialmente
comprimido .......................................................................................................................... 73
Figura 25: CUFSM – Flambagem distorcional para o perfil Ue 250x100x25x2,65 axialmente
comprimido .......................................................................................................................... 74
Figura 26: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue
250x85x25x2,65 .................................................................................................................. 75
Figura 27: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue
250x85x25x2,65 .................................................................................................................. 77
Figura 28: CUFSM – Flambagem distorcional para o perfil Ue 250x85x25x2,65 fletido ....... 78
Figura 29: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue
250x85x25x2,65, conforme NBR 6355:2012 ........................................................................ 79
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Comparativo entre os métodos de fabricação (continua) ..................................... 25


Quadro 2: Designações das séries comerciais dos perfis estruturais U e Ue ....................... 32
Quadro 3: Chapas finas de aço especificadas por Normas Brasileiras para uso estrutural .. 34
Quadro 4: Tolerâncias nas formas e dimensões dos perfis obtidos por dobramento............ 35
Quadro 5: Tolerâncias nas formas e dimensões dos perfis obtidos por conformação contínua
............................................................................................................................................ 36
Quadro 6: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U simples (continua) ... 51
Quadro 7: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U enrijecidos (continua)
............................................................................................................................................ 52
Quadro 8: Valores aplicados aos exemplos numéricos ........................................................ 84
Quadro 9: Comprimentos da terça e números de tirantes .................................................... 85
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Comparação dos resultados com o exemplo de validação de compressão axial . 81


Tabela 2: Comparação dos resultados com o exemplo de validação de flexão (continua) ... 82
Tabela 3: Comparação dos resultados com o exemplo de validação de flexão de perfil
normatizado ......................................................................................................................... 83
Tabela 4: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 6 metros .............. 86
Tabela 5: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 6,5 metros............ 86
Tabela 6: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 7 metros .............. 86
Tabela 7: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 7,5 metros............ 86
Tabela 8: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 8 metros .............. 87
Tabela 9: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 8,5 metros............ 87
Tabela 10: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 9 metros............. 87
Tabela 11: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 9,5 metros .......... 87
Tabela 12: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 10 metros........... 88
Tabela 13: Massas lineares dos perfis mais econômicos ..................................................... 88
LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AISI – American Iron and Steel Institute

ASTM – American Society for Testing and Materials

CUFSM – Constrained and Unconstrained Finite Strip Method

ELS – Estado-limite de serviço

ELU – Estado-limite último

MLE – Método da Largura Efetiva

MRD – Método da Resistência Direta

MSE – Método da Seção Efetiva

NBR – Norma Brasileira Registrada

VBA – Visual Basic for Application


LISTA DE SÍMBOLOS

Ue - U enrijecido

m - metro

mm - milímetro

fy - tensão de escoamento

fu - tensão de ruptura

bw - largura da alma

bf - largura da aba

tn - espessura do perfil

D - largura do enrijecedor

MPa - Megapascal

NRd - força axial de compressão resistente de cálculo

MRd - momento fletor resistente de cálculo

Nl - força axial de flambagem local elástica

Ndist - força axial de flambagem distorcional elástica

Ne - força axial de flambagem global elástica

Ml - momento fletor resistente associado à flambagem local

Mdist - momento fletor resistente associado à flambagem distorcional

Me - momento fletor resistente associado à flambagem global

Nc,Rk - valor característico da força axial de compressão resistente

Nc,Re - valor característico da força axial de compressão resistente, associado à


flambagem global

Nc,Rl - valor característico da força axial de compressão resistente, associado à


flambagem local

Nc,Rdist - valor característico da força axial de compressão resistente, associado à


flambagem distorcional
Nc,Rd - força axial de compressão resistente de cálculo

γ - coeficiente de ponderação das ações e das resistências, em geral

λ0 - índice de esbeltez reduzido associado à flambagem global

A - área da seção bruta

λl - índice de esbeltez reduzido associado à flambagem local

λdist - índice de esbeltez reduzido associado à flambagem distorcional

MRk - valor característico do momento fletor resistente

MRe - valor característico do momento fletor resistente, associado à flambagem


global

MRl - valor característico do momento fletor resistente, associado à flambagem


local

MRdist - valor característico do momento fletor resistente, associado à flambagem


distorcional

W - módulo resistente elástico

Ney - força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo y

E - módulo de elasticidade

Iy - momento de inércia em torno do eixo y

KyLy - comprimento efetivo de flambagem global em relação ao eixo y

Nexz - força axial de flambagem global elástica por flexo-torção

Nex - força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo x

Nez - força axial de flambagem global elástica por torção

x0 - distância do centro de torção ao centroide, na direção do eixo x

r0 - raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção

Ix - momento de inércia em torno do eixo x

KxLx - comprimento efetivo de flambagem global em relação ao eixo x

Cw - constante de empenamento da seção

KzLz - comprimento efetivo de flambagem global por torção


G - módulo de elasticidade transversal

J - momento de inércia polar (ou à torção)

rx - raio de giração da seção bruta em relação ao eixo principal x

ry - raio de giração da seção bruta em relação ao eixo principal y

y0 - distância do centro de torção ao centroide, na direção do eixo y

Cb - fator de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme

Cs - fator empregado no cálculo do momento fletor de flambagem global elástica

Cm - fator empregado no cálculo do momento fletor de flambagem global elástica

j - parâmetro empregado no cálculo do momento fletor de flambagem global


elástica

𝛽𝑊 , 𝛽𝑓 e 𝛽𝑙 - parâmetros empregados no cálculo do momento fletor de flambagem


global elástica

am - largura da alma referente à linha média da seção

xm - distância do centroide em relação à linha média da alma, na direção do eixo


x

bm - largura da mesa referente à linha média da seção

cm - largura do enrijecedor de borda referente à linha média da seção

Ief - momento de inércia efetivo

Ief - momento de inércia da seção bruta

MRser - momento fletor resistente, calculado substituindo o produto Wfy por Mn

Mn - momento fletor solicitante calculado considerando as combinações de ações


para os estados-limites de serviço

kN - kilonewton

kNm - kilonewton-metro

VRd - força cortante resistente de cálculo

kv - coeficiente de flambagem local por cisalhamento

Fd - força de cálculo
γg - coeficiente de ponderação das ações permanentes

FG,k - valor característico da ação permanente

γq - coeficiente de ponderação das ações variáveis

FQ,k - valor característico da ação

Ψ0 - fator de combinação

Fser - força de cálculo para o estado-limite de serviço

Ψ1 - fator de redução

NSd - força axial de tração solicitante de cálculo

Mx,Sd - momento fletor solicitante de cálculo em relação ao eixo principal x

Mx,Rd - momento fletor resistente de cálculo em relação ao eixo principal x

My,Sd - momento fletor solicitante de cálculo em relação ao eixo principal y

My,Rd - momento fletor resistente de cálculo em relação ao eixo principal y

cm - centímetro

Mx - momento fletor em relação ao eixo x

q - carga distribuída

L - vão teórico entre apoios

My+ - momento fletor positivo em relação ao eixo y

My- - momento fletor positivo em relação ao eixo y

VSd - força cortante solicitante de cálculo

δ - deslocamento, flecha, em geral

xcg - distância da extremidade inferior ao centro de gravidade do perfil

N - Newton

σl - tensão de flambagem elástica local

σdist - tensão de flambagem elástica distorcional

kNcm - kilonewton-centímetro
kg - kilograma
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17
1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS...................................................................................... 17
1.2 TERÇAS DE COBERTURA........................................................................................ 17
1.3 OBJETIVO ................................................................................................................. 19
1.4 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 19
1.5 METODOLOGIA......................................................................................................... 20
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................... 20
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 22
2.1 COMPORTAMENTO MECÂNICO DE PERFIS FORMADOS À FRIO ........................ 22
2.1.1 Generalidades .................................................................................................... 22
2.1.2 Processo de Fabricação e influência do trabalho a frio .................................. 23
2.2 INSTABILIDADE EM PERFIS DE AÇO FORMADOS A FRIO .................................... 26
2.2.1 Instabilidade dos perfis formados a frio .......................................................... 26
2.2.1.1 Instabilidade global ........................................................................................ 27
2.2.1.2 Instabilidade local .......................................................................................... 28
2.2.1.3 Instabilidade distorcional ............................................................................... 30
2.3 PERFIS U SIMPLES E U ENRIJECIDO (Ue) CONFORME NORMA BRASILEIRA..... 32
2.3.1 Aços para perfis ................................................................................................. 33
2.3.2 Tolerâncias ......................................................................................................... 34
2.3.3 Aspectos superficiais ........................................................................................ 37
2.3.4 Modo de fazer a encomenda ............................................................................. 37
2.3.5 Identificação e acondicionamento .................................................................... 38
2.3.6 Inspeção ............................................................................................................. 39
2.4 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE AÇO FORMADOS A FRIO ............................ 39
2.4.1 Métodos de dimensionamento .......................................................................... 39
2.4.2 Método da Resistência Direta ........................................................................... 41
2.4.2.1 Força axial de compressão resistente de cálculo........................................... 46
2.4.2.2 Momento fletor resistente de cálculo em torno do eixo de maior inércia ........ 47
2.4.2.3 Momento fletor resistente de cálculo em torno do eixo de menor inércia ....... 48
2.4.2.4 Consideração sobre o cálculo dos deslocamentos pelo MRD ....................... 50
2.4.3 Forças Normais e Momentos Fletores Críticos ............................................... 51
2.4.4 Força cortante .................................................................................................... 54
2.4.5 Estados-limites .................................................................................................. 55
2.4.5.1 Estado-limite último (ELU) ............................................................................. 55
2.4.5.2 Estado-limite de serviço (ELS)....................................................................... 56
2.4.5.3 Valores dos coeficientes de ponderação (γg e γq) e dos fatores de combinação
(Ψ0) e de redução (Ψ1) .............................................................................................. 56
2.4.6 Inequação de interação ..................................................................................... 58
3. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL .............................................................. 59
3.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 59
3.2 A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ..................................................................... 59
3.3 SOBRE A PLANILHA ................................................................................................. 59
3.3.1 Valores máximos de momento fletor e esforço cortante solicitantes ............ 60
3.3.2 Flecha máxima calculada e flecha máxima permitida ..................................... 61
3.4 LIMITAÇÕES E ABRANGÊNCIAS DA PLANILHA ..................................................... 62
3.5 FLUXOGRAMAS DE CÁLCULOS .............................................................................. 62
3.6 APRESENTAÇÃO DA PLANILHA .............................................................................. 66
3.7 EXEMPLOS PARA VALIDAÇÃO DO PROGRAMA .................................................... 70
3.7.1 Exemplos de validação ...................................................................................... 70
3.7.1.1 Exemplo 1 – Perfil axialmente comprimido .................................................... 70
3.7.1.2 Exemplo 2 – Perfil fletido ............................................................................... 74
3.7.1.3 Exemplo 3 – Perfil fletido (Exemplo 2 modificado) ......................................... 78
3.8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 81
3.8.1 Perfil submetido à compressão centrada ........................................................ 81
3.8.2 Perfil submetido à flexão em torno da maior inércia ....................................... 82
4. APLICAÇÕES NUMÉRICAS ................................................................................ 84
4.1 DADOS DE ENTRADA DAS TERÇAS ANALISADAS NAS APLICAÇÕES
NUMÉRICAS .................................................................................................................... 84
4.2 RESULTADOS E ANÁLISES ..................................................................................... 85
4.2.1 Resultados ......................................................................................................... 85
4.2.2 Análises .............................................................................................................. 88
4.2.3 Notas sobre os apêndices ................................................................................. 90
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 91
5.1 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 91
5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................................... 92
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 93
APÊNDICE A ............................................................................................................ 95
APÊNDICE B .......................................................................................................... 104
APÊNDICE C .......................................................................................................... 113
ANEXO I.................................................................................................................. 122
ANEXO II................................................................................................................. 127
17

1. INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os perfis de aço formados a frio, obtidos pelo dobramento de chapas planas de aço,
em função da grande variedade de formas de seções transversais que podem ser
obtidas e da boa relação massa/resistência, alcançaram lugar de destaque entre as
estruturas metálicas, principalmente em obras de menor porte, que possuem, em
geral, pequenos vãos e carregamentos de baixa intensidade. Nesse tipo de obra, a
utilização dos outros tipos de perfis (laminados ou soldados) resulta, na maioria das
vezes, em um alto custo da estrutura em relação ao custo total necessário à obra.
(Javaroni, 2015)

De acordo com Javaroni (2015), o uso dos perfis de aço formados a frio como
estrutura principal dá-se em edifícios de pequena altura, residências e galpões.
Fôrmas para concretagem, andaimes e escoramentos, longarinas, armações para os
forros e terças – este último é o objeto deste trabalho – são outros exemplos que
ilustram a versatilidade desses perfis na construção civil.

1.2 TERÇAS DE COBERTURA

Figura 1: Terças e travessas de tapamento.

Fonte: Fakury et al (2016)


18

Terças são utilizadas para suportar os elementos de fechamento da cobertura e


todas as ações que incidem sobre esses elementos (Fakury et al., 2016).

As terças (Figura 1) são perfis sujeitos a cargas gravitacionais, isto é, peso próprio,
peso da cobertura, sobrecarga etc., e também a ações do vento. São estruturas
biapoiadas ou contínuas, sendo a primeira a que será analisada neste trabalho,
utilizada para pequenos vãos.

Como as terças são elementos dispostos no plano inclinado das coberturas, as


ações gravitacionais são decompostas nas duas direções, perpendicular e
paralelamente à alma do perfil, causando momentos fletores, em torno dos eixos de
maior e de menor inércia. O vento causa flexão em torno do eixo de maior inércia
apenas. Adicionalmente, quando as terças fazem parte da estrutura de
contraventamento da cobertura, ações horizontais do vento incidente nos
fechamentos frontal e de fundo, provocam esforços axiais. Em suma, no caso mais
geral, as terças devem ser dimensionadas à flexo-compressão e aos esforços
cortante nas duas direções.

As terças mais comumente utilizadas, quando se trata de perfis formados a frio, são
os perfis em seção U e Z (Figuras 2 e 3), com atributos atraentes, como facilidade de
pré-fabricação e instalação, versatilidade e alta eficiência estrutural (Pham et al.,
2014). Deste modo, serão objetos de análise, cálculo e dimensionamento as terças
biapoiadas em perfil U.

Figura 2: Perfis U enrijecidos formados a frio


19

Figura 3: Perfis Z simples formados a frio

1.3 OBJETIVO

O objetivo geral deste trabalho é propor uma ferramenta computacional para a


análise estrutural e a verificação de terças biapoiadas em perfis de aço formados a
frio de seção U simples e U enrijecido.
Os objetivos específicos são:
 Analisar os critérios e métodos de dimensionamento prescritos nas normas
brasileiras aplicáveis a perfis formados a frio;
 Propor fluxogramas de cálculo para facilitar a implementação computacional
da verificação de terças de cobertura;
 Determinar perfis de seção U de menor massa linear em função do vão das
terças para condição de carregamento típica;
 Avaliar a eficiência do uso de tirantes e sua quantidade em terças de
cobertura.

1.4 JUSTIFICATIVA

A construção em perfil formado a frio atende às exigências da construção civil, que


se encontra em crescente avanço tecnológico, visto que esta tecnologia proporciona
alta razão entre a resistência e peso próprio do elemento estrutural, medidas mais
precisas que as das tecnologias tradicionais, e um maior custo-benefício para
construções de menor nível de carregamento.
As terças de cobertura são elementos esbeltos, mas que são longos e se repetem
muitas vezes em uma edificação, sendo mais uma carga permanente a ser
20

sustentada por pórticos e pela fundação, por isso devem ser dimensionadas da
maneira mais eficiente possível para evitar custos financeiros e ambientais
desnecessários tanto para a cobertura quanto para a fundação.
O desenvolvimento da ferramenta computacional que é apresentada neste projeto
torna-se necessário, dado ao interesse dos projetistas, fabricantes e consumidores
da construção civil em projetos mais eficientes, considerando que a eficiência das
coberturas construídas com seções U de aço formado a frio depende da correta
aplicação dos perfis.

1.5 METODOLOGIA

Para alcançar os objetivos deste trabalho, serão cumpridas as etapas descritas a


seguir:
• Estudar o dimensionamento de terças de cobertura com base em literaturas
nacional e internacional;
• Estudar o dimensionamento de perfis de aço estrutural, em especial os formados a
frio;
• Estudar métodos de dimensionamento de perfis formados a frio, em especial o
Método da Resistência Direta (MRD);
• Desenvolver fluxogramas de cálculo com base no MRD;
• Implementar o cálculo pelo MRD em software de planilha eletrônica, Microsoft
Excel;
• Resolver exemplos de dimensionamento para validação da planilha, comparando
os resultados com os obtidos pelo programa desenvolvido;
• Fazer aplicações numéricas para análise de resultados.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

O Capítulo 1 faz uma apresentação geral acerca do tema deste trabalho. Ele traz
uma introdução sobre estruturas de perfis de aço formados a frio e das seções U
simples e U enrijecido. Além disso, são abordados fatores relevantes sobre os
sistemas construtivos, até chegar às terças de cobertura, assunto chave do texto.
Por fim, são listados os objetivos, justificativa e a metodologia deste trabalho.
21

O Capítulo 2 destina-se à revisão bibliográfica, em que são abordados conceitos


intrínsecos à compreensão das partes que compõem o sistema e do método de
cálculo utilizado: o Método da Resistência Direta. Enfoque especial é dado ao
comportamento mecânico de perfis formados a frio dos tipos U simples e U
enrijecido.

O Capítulo 3 apresenta as disposições gerais e específicas da ferramenta de


cálculo desenvolvida, introduzindo a planilha e sua implementação. Em seguida,
apresenta-se a planilha, sua aplicação, os dados de entrada e saída e os
fluxogramas de cálculo desenvolvidos para facilitar a implementação. Por fim, o
capítulo apresenta exemplos de validação da ferramenta.

O Capítulo 4 traz aplicações numéricas da ferramenta no dimensionamento de


terças de cobertura variando-se o comprimento do vão e o número de tirantes,
trazendo como resultado a solução mais adequada de perfil, do ponto de vista
econômico, para cada caso estudado.

O Capítulo 5 reserva-se à conclusão, em que são delineados os principais


resultados do estudo, e sugestões para trabalhos futuros.

A bibliografia elenca as bibliografias utilizadas neste projeto de graduação.

Os apêndices trazem os resultados encontrados nas aplicações numéricas.

No final do trabalho está o anexo com os perfis U e Ue padronizados pela NBR


6355:2012.
22

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 COMPORTAMENTO MECÂNICO DE PERFIS FORMADOS À FRIO

2.1.1 Generalidades

Atualmente os elementos constituídos de aço formados a frio são empregados


habitualmente em diversas classes de indústrias. Sua utilização, dentro do contexto
brasileiro, por exemplo, cresce de forma significativa. As indústrias automobilística,
aeronáutica, de transportes, da agroindústria e de estocagem já utilizam
componentes de aço formados a frio. No segmento da construção civil nacional,
voltada às estruturas metálicas, dentre as aplicações de interesse destacam-se:
galpões industriais, coberturas, casas, estruturas secundárias de pontes,
reservatórios e estruturas mistas (Almeida, 2007).

Os perfis de aço formados a frio são cada vez mais viáveis para uso na construção
civil, em vista da rapidez e economia exigidas pelo mercado. Esse elemento
estrutural pode ser eficientemente utilizado em galpões de pequeno e médio porte,
coberturas, mezaninos, em casas populares e edifícios de pequeno porte (Silva et
al., 2014).

Como toda estrutura feita de aço, a construção pré-fabricada com perfis formados a
frio possui um tempo reduzido de execução. Sendo compostos por chapas finas,
possuem leveza, facilidade de fabricação, de manuseio e de transporte, facilitando e
diminuindo o custo de sua montagem – menor gasto com transporte, além de não
necessitar maquinários pesados para içamento (Silva et al, 2014).

O termo conformação a frio se deve ao fato de o processo de dobramento dos perfis


ser realizado em temperatura ambiente. Como consequência disso, as propriedades
mecânicas dos perfis de aço formados a frio são diferentes daquelas das lâminas,
chapas ou tiras de aço antes da conformação (aço virgem). Isto se deve ao fato de
que a operação de dobramento aumenta o limite de escoamento e a resistência à
tração, enquanto, ao mesmo tempo, diminui a ductilidade do aço quando comparada
às propriedades do aço virgem (Javaroni, 2015).
23

O aumento na resistência à tração é inferior ao aumento observado no limite de


escoamento com uma consequente redução na amplitude entre esses valores.
Como o material dos cantos da seção transversal está sujeito a um trabalho de
dobramento maior que o do material das partes planas, as propriedades mecânicas
são diferentes ao longo da seção transversal. Por essa razão, a flambagem local ou
o escoamento sempre tem início na porção plana da seção, pois nesta região a
resistência ao escoamento permanece com valor próximo ao do aço virgem
(Javaroni, 2015).

2.1.2 Processo de Fabricação e influência do trabalho a frio

São utilizados dois processos para a conformação a frio dos perfis. O primeiro
consiste no dobramento de chapas a frio por meio de prensas dobradeiras, conforme
a Figura 4. Trata-se de uma máquina que executa operações de dobramento em
chapas de diversas dimensões e espessuras, previamente cortadas em guilhotina
nas medidas adequadas (Javaroni, 2015).

Figura 4: Exemplo de uma prensa dobradeira utilizada no processo de fabricação.

Fonte: https://www.sorg.com.br/dobradeira#LINHAPSS - Acessado em 18/12/2020

A máquina possui uma barra de pressão na qual acopla-se um estampo com


movimento vertical e uma matriz localizada na base inferior da máquina, sobre a
qual coloca-se a chapa a ser dobrada. O dobramento de diferentes seções
transversais é feito por meio da seleção de punções e matrizes adequadas
(Javaroni, 2015).
24

Para o dobramento pelo processo descontínuo utiliza-se uma prensa dobradeira,


Figura 4, sendo a chapa de aço prensada contra a mesma, o que resulta na
dobragem da chapa. A operação é repetida quantas vezes forem necessárias para
que se obtenha a seção desejada do perfil. Segundo Javaroni, as prensas dobram
tiras com comprimento de 3 a 6 m, excepcionalmente 12 m. As alturas podem
chegar a 450 mm, com espessura de mesa de 85 mm. A espessura da tira depende
da capacidade do equipamento, podendo-se dobrar chapas com até 12,5 mm de
espessura.

Como o comprimento do perfil está limitado à largura da prensa, é comum que o


processo seja indicado para a fabricação de pequenas quantidades (Sena, 2017).
Este é o processo geralmente empregado na fabricação de perfis U.

O segundo método utilizado consiste na conformação contínua em conjunto de


matrizes rotativas, conforme a Figura 5. A conformação se dá a partir de bobinas
laminadas a frio ou a quente, revestidas ou não. O equipamento pode ser composto
tanto por uma simples perfiladeira de 3 rolos quanto por um conjunto de vários rolos
dispostos numa pista de produção. Os rolos obtidos nesse processo têm
comprimentos de 6 m a 9 m, em geral (Javaroni, 2015).

Figura 5: Exemplo de uma perfiladeira utilizada no processo de fabricação.

Fonte: http://www.zikeli.com.br/en/portfolio/special-roll-formers/ - Acessado em 18/12/2020


25

Segundo Sena (2017), o deslocamento longitudinal de uma chapa de aço sobre os


roletes da perfiladeira, os quais vão moldando gradualmente a chapa, resulta na
forma desejada do perfil. Ao final, este é cortado no comprimento de interesse. O
processo é indicado para fabricação em série, sendo ilustrado pela Figura 5.

Em ambos os processos de dobramento algumas propriedades do aço são


alteradas, resultando no aumento das resistências ao escoamento (fy) e à ruptura
(fu), com consequente redução de ductilidade, significando assim uma menor
capacidade do material se deformar (Sena, 2017).

Deve ser tomado um cuidado especial com o tamanho do raio de dobramento em


conformidade com a espessura da chapa, de modo que evite o aparecimento de
fissuras e comprometa o comportamento esperado do aço. Para isso a NBR
6355:2012 trata de padronizar uma série de perfis estruturais formados a frio,
recomendando características geométricas e tolerâncias de fabricação (Sena, 2017).

O Quadro 1 mostra um comparativo entre os métodos de fabricação de perfis


formados a frio. Características como o custo do equipamento, distribuição das
tensões residuais, variedade de seções transversais e quantidade de mão de obra
são comparadas.

Quadro 1: Comparativo entre os métodos de fabricação (continua)

DOBRADEIRA PERFILADEIRA

Muita flexibilidade para produzir Pouca flexibilidade para produzir


diversas formas de perfis diversas formas de perfis

Com poucas ferramentas se produz Cada tipo de perfil necessita de um


uma série grande de perfis trem de perfilação

Menor custo de equipamentos Maior custo de equipamento

Regulagem simples do equipamento Regulagem complexa do equipamento

Tensões residuais menos distribuídas Tensões residuais mais distribuídas ao


no contorno da seção (mais longo da seção (distribuição mais suave
concentradas nos cantos dos perfis) nos cantos)
26

Quadro 1: Comparativo entre os métodos de fabricação (conclusão)

DOBRADEIRA PERFILADEIRA

Perfis curtos (máx. 12,5 m) Perfis com comprimento ilimitado

Razoável mão-de-obra envolvida Pouca mão-de-obra envolvida


Fonte: Almeida (2007) - Adaptado

2.2 INSTABILIDADE EM PERFIS DE AÇO FORMADOS A FRIO

2.2.1 Instabilidade dos perfis formados a frio

As barras fletidas, ou simplesmente vigas, caracterizam-se por receber forças


perpendiculares ao seu eixo, originando os esforços de flexão: momento fletor e
força cortante. Outros esforços podem aparecer em conjunto, como o momento fletor
nos dois eixos de flexão (flexão oblíqua) (Javaroni, 2015).

Os momentos fletores de flambagem elástica local, distorcional e global, para flexão


simples, devem ser calculados por meio de análise de estabilidade elástica. No caso
de a barra não apresentar um dos três modos de flambagem, basta que o cálculo do
esforço resistente respectivo não seja levado em consideração (Silva et al., 2014).

A capacidade resistente dos perfis de aço formados a frio pode ser melhorada com a
utilização de seções transversais enrijecidas, porém, o comportamento estrutural do
perfil é alterado. Em perfis com seção transversal sem enrijecedores de borda os
modos de flambagem se resumem ao local e ao global. Perfis com seções
enrijecidas podem apresentar o modo distorcional. Dependendo da geometria da
seção transversal, o modo distorcional pode governar o dimensionamento do perfil
de aço formado a frio, pois a força crítica associada ao modo distorcional pode ser
inferior à força crítica que provoca a flambagem local (Silva et al., 2014).

Por meio da análise de uma curva de assinatura, gráfico que relaciona o


comprimento com o fator de carga, pode-se observar os pontos mínimos para cada
modo de instabilidade do perfil, conforme ilustrado no Gráfico 1 obtido pelo programa
computacional CUFSM (Constrained and Unconstrained Finite Strip Method). O
primeiro ramo corresponde à instabilidade local, o segundo corresponde à
27

instabilidade distorcional, e o terceiro corresponde à instabilidade global. Segundo


Javaroni (2015), esse fator de carga multiplicado pelo valor de tensão inicialmente
atribuído fornece a tensão crítica para o modo respectivo.

Gráfico 1: Comprimento x Fator de carga obtido pelo software CUFSM.

2.2.1.1 Instabilidade global

Para o modo de instabilidade global a seção não apresenta deformação ou


distorção, mas ocorre a flexão e/ou torção da barra. A natureza do modo está
associada à geometria da seção transversal e ao comprimento do perfil, o que faz o
modo se dividir ainda em flexão, torção pura ou flexo-torção (Sena, 2017).

Segundo Silva et al. (2014), o aumento da esbeltez da barra diminui sua capacidade
para resistir aos esforços solicitantes. Isso significa que a máxima tensão que
poderá atuar num elemento de chapa será a tensão crítica de flambagem global
elástica e não mais a resistência ao escoamento do aço.

Em peças excessivamente esbeltas, a tensão crítica de flambagem global é muito


pequena, sendo menor que a flambagem local. Nesses casos, é a instabilidade
global que determina o esforço resistente do perfil.

O modo global em perfis de comprimento excessivamente longo muito


possivelmente será o modo crítico. Perfis monossimétricos, como o perfil U, podem
sofrer flexão em torno do eixo que não é o de simetria ou flexo-torção (torção
combinada com flexão em torno do eixo de simetria), ver Figura 6. Perfis
assimétricos flambam globalmente somente por flexo-torção. Barras submetidas à
28

flexão estão sujeitas à flambagem lateral com torção, quando não contidas
lateralmente (Sena, 2017).

Figura 6: Modo global obtido pelo software CUFSM.

2.2.1.2 Instabilidade local

O modo de instabilidade local, Figura 7, caracteriza-se pela deformação dos


elementos apoiados sob tensão de flexão da seção transversal de um perfil,
enquanto que o encontro entre os elementos (cantos ou dobras) permanecem sem
transladar, sofrendo apenas rotação (Sena, 2017).

Figura 7: Modo local obtido pelo software CUFSM.


29

O fenômeno da flambagem local está presente em todos os elementos planos sob


tensões de compressão, que podem ser oriundas dos esforços de compressão axial,
do momento fletor ou do cisalhamento (Javaroni, 2015).

Conforme explicam Yu e Laboube (2010), uma vez que os elementos individuais do


perfil de aço conformado a frio são geralmente muito finos em relação às suas
larguras, esses elementos finos podem flambar em níveis de tensão menores do que
a tensão de escoamento quando sujeitos a compressão, cisalhamento e flexão. A
flambagem local de tais elementos é, portanto, uma das principais considerações de
projeto.

De acordo com Silva et al. (2014), em peças curtas, as forças críticas da flambagem
global são altíssimas e o esforço resistente do perfil é determinado pela instabilidade
local considerando-se a resistência do material (aço). O uso de enrijecedores de
borda, assim como intermediários, tem o objetivo de elevar a tensão crítica local.
Contudo, ao se utilizar enrijecedores de borda o perfil torna-se sujeito à ocorrência
do modo crítico distorcional, que será discutido mais adiante. Logo, o
dimensionamento destes enrijecedores deve ser feito de forma adequada, buscando
uma melhor eficiência (Sena, 2017).

Para este projeto foram utilizados as forças e os momentos fletores críticos,


disponibilizados por Pierin et al. (2013), que utiliza o programa Instab, desenvolvido
pelos próprios autores, conforme Quadros 6 e 7 dispostos na seção 2.4.3.
Entretanto, o programa computacional CUFSM é muito utilizado para a obtenção do
fator de carga local, como mostra a Figura 8. Este programa é adotado nos
exemplos do capítulo 3.
30

Figura 8: Obtenção do fator de carga local por meio do software CUFSM.

É bem sabido que os elementos que compõem a seção do perfil não


necessariamente falham quando sua tensão de flambagem é alcançada e
frequentemente suportarão aumento de carga acima daquela sob a qual há a
primeira ocorrência de flambagem local (Yu e Laboube, 2010).

Javaroni (2015) explica que, diferentemente do que acontece com os elementos


lineares, os elementos planos – no caso, as chapas – possuem certa reserva de
resistência depois de ocorrida a sua flambagem. Essa reserva de resistência nos
elementos planos delgados pode ser quantificada e sua consideração em projeto se
faz necessária.

2.2.1.3 Instabilidade distorcional

O modo de flambagem distorcional apresenta como configuração deformada a flexão


da alma do perfil, enquanto as mesas e enrijecedores de bordo sofrem deformação
de torção, permitindo assim o deslocamento do canto dobrado, Figura 9,
diferenciando o modo distorcional do modo de flambagem local. Estes cantos
dobrados também sofrem rotação (Sena, 2017).
31

Figura 9: Modo Distorcional obtido pelo software CUFSM.

Quando os elementos são submetidos à flexão, ocorre a flambagem da parte


comprimida da alma juntamente com a aba, podendo haver translação da seção na
direção normal à alma. Para um perfil fletido, a distorção ocorre apenas na mesa
comprimida (Javaroni, 2015).

Conforme Silva et al. (2014), pode ocorrer instabilidade por distorção para uma faixa
de esbeltez intermediária da barra, não excessivamente esbelta ou curta. Há
probabilidade de ocorrência desse fenômeno em perfis com seções enrijecidas, que
estão travados contra o deslocamento lateral ou por torção.

Segundo Silva et al. (2014), o modo distorcional se torna mais evidente quando:

(i) o aço que constitui o perfil é de alta resistência; (ii) a largura do enrijecedor de
bordo é pequena; (iii) o perfil é formado por chapa de maior espessura, com
elementos pouco esbeltos e (iv) a relação mesa/alma é próxima de 1,0 (apud Sena,
2017).

De acordo ainda com Javaroni (2015), neste modo de falha há uma mudança na
forma da seção transversal, diferenciando-a substancialmente do modo local de
flambagem de chapa. Nota-se também que não existe reserva de resistência pós-
flambagem, caracterizando, em razão disso, a falha do perfil na carga crítica.

Como foi dito, para este projeto foram utilizados as forças e os momentos fletores
críticos disponibilizados por Pierin et al. (2013), que utiliza o programa Instab.
Contudo, como apresentado anteriormente, um programa computacional muito
32

utilizado para a obtenção do fator de carga distorcional é o CUFSM, como mostra a


Figura 10.

Figura 10: Obtenção do fator de carga distorcional por meio do software CUFSM.

2.3 PERFIS U SIMPLES E U ENRIJECIDO (Ue) CONFORME NORMA BRASILEIRA

Os perfis de aço estruturais de aço formados a frio, U e Ue, e suas respectivas


designações são apresentados no Quadro 2.

Quadro 2: Designações das séries comerciais dos perfis estruturais U e Ue

Fonte: NBR 6355:2012.


33

2.3.1 Aços para perfis

A Norma NBR 14762:2010 recomenda o uso de aços com qualificação estrutural e


que possuam propriedades mecânicas adequadas para receber o trabalho a frio.
Devem apresentar a relação entre a resistência à ruptura e a resistência ao
escoamento fu/fy maior ou igual a 1,08 e o alongamento após ruptura não deve ser
menor que 10 % para base de medida igual a 50 mm ou 7 % para base de medida
igual a 200 mm, tomando-se como referência os ensaios de tração conforme ASTM
A370. O Quadro 3 apresenta os valores nominais mínimos da resistência ao
escoamento (fy) e da resistência à ruptura (fu) de aços relacionados por Normas
Brasileiras referentes a chapas finas para uso estrutural. Não são relacionados os
aços com resistência ao escoamento inferior a 250 MPa, por não estarem sendo
utilizados na prática.

A utilização de aços sem qualificação estrutural para perfis é tolerada se o aço


possuir propriedades mecânicas adequadas para receber o trabalho a frio. Não
devem ser adotados no projeto valores superiores a 180 MPa e 300 MPa para a
resistência ao escoamento fy e a resistência à ruptura fu, respectivamente (NBR
14086:2010).
34

Quadro 3: Chapas finas de aço especificadas por Normas Brasileiras para uso estrutural

Fonte: NBR 14086:2010

2.3.2 Tolerâncias

As tolerâncias nas formas e dimensões dos perfis estão indicadas no Quadro 4, para
o caso de perfis obtidos por dobramento, e no Quadro 5, para o caso de perfis
obtidos por conformação contínua. A Figura 11 apresenta a simbologia das variáveis
citadas nos Quadros 4 e 5.
35

Quadro 4: Tolerâncias nas formas e dimensões dos perfis obtidos por dobramento

Fonte: ABNT NBR 6355:2012


36

Quadro 5: Tolerâncias nas formas e dimensões dos perfis obtidos por conformação contínua

Fonte: ABNT NBR 6355:2012


37

Figura 11: Simbologia das variáveis citadas nos Quadros 4 e 5.

Fonte: ABNT NBR 6355:2012.

2.3.3 Aspectos superficiais

Os perfis estruturais formados a frio devem estar isentos de defeitos que possam
comprometer sua eficiência estrutural e a fabricação das estruturas, como rebarbas
de corte e marcas profundas de ferramentas. São admitidas pequenas imperfeições
inerentes aos processos de formação a frio, como por exemplo, traços ou raias
provenientes do contato da chapa com as matrizes rotativas, ou desprendimento de
carepa de laminação, exceto nas chapas revestidas (NBR 6355:2012).

2.3.4 Modo de fazer a encomenda

Nos pedidos de perfis segundo a Norma NBR 6355:2012, o consumidor deve indicar:

a) número da Norma NBR 6355:2012;


38

b) quantidade de perfis;

c) designação dos perfis cuja série se enquadre no Quadro 2;

d) comprimento dos perfis, informando se padrão ou ajustado;

e) especificação do aço, conforme norma correspondente;

f) tipo de inspeção e ensaio;

g) padrão de tolerância;

h) outros requisitos, quando solicitados (NBR 6355:2012).

2.3.5 Identificação e acondicionamento

Os perfis devem ser identificados pelo fabricante com os seguintes dados:

a) número NBR 6355:2012;

b) designação dos perfis cuja série se enquadre no Quadro 2;

c) especificação do aço, conforme norma correspondente;

d) processo de conformação;

e) marca do fabricante;

f) outros dados, quando solicitados (NBR 6355:2012).

Os dados indicados devem ser pintados ou gravados nos perfis, ou ainda anotados
em etiquetas fixadas ao lote dos perfis, de maneira que não possam ser danificadas
durante o manuseio e transporte. Outras formas de identificação também são
aceitas, desde que acordado entre o fabricante e o consumidor. Os perfis devem ser
acondicionados de forma a não sofrerem danos em seu armazenamento, manuseio
e transporte (NBR 6355:2012).
39

2.3.6 Inspeção

A amostra deve ser definida em comum acordo entre o fabricante e o comprador. Na


ausência de tal definição, deve-se tomar no mínimo:

a) conformação contínua: um perfil para cada 100 perfis do lote, respeitando-


se o mínimo de dois perfis (NBR 6355:2012);

b) dobramento: um perfil para cada 50 perfis do lote, respeitando-se o mínimo


de dois perfis (NBR 6355:2012).

Os perfis, no todo ou por amostragem, devem ser submetidos à inspeção visual para
análise de aspectos superficiais. Também, os perfis, no todo ou por amostragem,
devem ser submetidos à verificação das dimensões e formas. O fabricante deve
fornecer o certificado de qualidade do produto (perfil). Quando solicitado pelo
consumidor, deve ser fornecido também o certificado de qualidade da matéria-prima.
Todo perfil que não atender às normas, em seu recebimento ou durante sua
utilização, deve ser separado. O lote deve ser identificado e o fabricante deve ser
notificado. O fabricante pode reparar o perfil recusado, estando este sujeito à nova
inspeção (NBR 6355:2012).

2.4 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE AÇO FORMADOS A FRIO

2.4.1 Métodos de dimensionamento

Para dimensionamento dos perfis considerando as possíveis instabilidades


abordadas no item 2.3, existem diferentes métodos de cálculo, sendo que a NBR
14762:2010 prevê três métodos: Método da Largura Efetiva (MLE), Método da
Seção Efetiva (MSE) e Método da Resistência Direita (MRD).

De acordo com Winter (1959) apud Javaroni (2015), no MLE, o cálculo da área
efetiva é baseado nas larguras efetivas dos elementos planos que compõem a seção
transversal, método utilizado no dimensionamento dos perfis formados a frio desde
os primeiros estudos desenvolvidos para a aplicação desses perfis na construção
civil. O MLE foi concebido como um modelo físico aproximado para representar a
resistência última de placas longas e delgadas (L⪢b), com largura b e comprimento
40

L sob compressão longitudinal e uniforme e condição de contorno simplesmente


apoiada, obtida com a redução da rigidez da placa por supressão parcial apropriada
de sua área de seção transversal (Batista, 2010).

Conforme Javaroni (2015), de forma a simplificar o trabalho de cálculo das larguras


efetivas elemento por elemento e, principalmente, considerar a interação entre os
elementos planos que compõem uma mesma seção transversal, o MSE considera o
comportamento global da seção transversal da barra quando à flambagem local,
considerando a interação entre seus elementos planos (Batista, 2010). Ou seja, em
vez de considerar um coeficiente de flambagem local para cada elemento, utiliza-se
um coeficiente de flambagem local para toda a seção (Javaroni, 2015).

Ainda, conforme definições dadas na NBR 14762:2010 (adaptado):

a) Método da largura efetiva (MLE): a flambagem local é considerada por meio de


propriedades geométricas efetivas (reduzidas) da seção transversal das barras,
oriundas do cálculo das larguras efetivas dos elementos totalmente ou parcialmente
comprimidos. Adicionalmente, deve ser considerada a flambagem distorcional.

b) Método da seção efetiva (MSE): a flambagem local é considerada por meio de


propriedades geométricas efetivas (reduzidas) da seção transversal das barras,
calculadas diretamente. Adicionalmente, deve ser considerada a flambagem
distorcional.

Os Métodos da Largura Efetiva e da Seção Efetiva foram citados apenas a título de


informação e exemplo de métodos utilizados para o cálculo e dimensionamento de
perfis formados a frio, entretanto, como não se trata da ênfase deste trabalho, não
será aqui aprofundado.

O terceiro e alternativo método apresentado no Anexo C da NBR 14762:2010 é o


Método da Resistência Direta (MRD), que por ser o método base para o cálculo de
dimensionamento dos perfis formados a frio neste trabalho, será detalhado no
próximo item.
41

2.4.2 Método da Resistência Direta

O Método da Resistência direta tem se mostrado bastante eficiente no cálculo da


resistência das barras comprimidas e fletidas. Assume-se neste procedimento que
os modos de flambagem local e distorcional podem ser previstos utilizando-se as
tensões de flambagem local elástica e as propriedades geométricas da seção
transversal bruta da barra. Para isso curvas de resistências devidamente ajustadas a
partir de resultados experimentais devem ser utilizadas. Tais resultados são
coletados de diversos pesquisadores e sua principal vantagem é permitir a interação
da flambagem local e global em uma única expressão (Javaroni, 2015).

As curvas têm como base a obtenção da força ou do momento fletor de flambagem


local elástica, utilizando-se as propriedades da seção bruta e depois a utilização de
curvas de resistências devidamente ajustadas (Schafer e Peköz, 1998).

O MRD fornece expressões para determinar a resistência em função da flambagem


elástica para um modo de placa local semelhante à largura efetiva, mas também
para os modos distorcional e global. Ele estende a expressão de projeto para largura
efetiva a todos os modos (Yu e Laboube, 2010). O MRD foi desenvolvido no início
dos anos 2000 sob a supervisão do subcomitê AISI de Comportamento do Elemento.

Com base nos resultados reais da flambagem elástica do membro conformado a frio,
o Método de Resistência Direta foi desenvolvido, proposto e finalmente incluído no
Apêndice 1 da última versão da especificação Norte-Americana (Batista, 2010).

Conforme elenca Batista (2010), o MRD representa um importante aprimoramento


das regras de projeto de membros formados a frio porque:

a) é um processo de projeto muito mais compreensível, permitindo visualizar os


resultados computacionais dos modos de flambagem e suas cargas críticas mínimas
e/ou momentos fletores;

b) é baseado em estratégias e equações de força menos complexas se comparado


com o Método da Largura Efetiva;

c) e finalmente converge para resultados de força teórica mais precisos do que o


MLE, quando comparado com resultados experimentais.
42

Finalmente, o MRD obriga os projetistas a acessarem ferramentas computacionais


como, por exemplo, o CUFSM e o GTUL, para obter as cargas de flambagens local e
distorcional.

Conforme declarado no Guia de Projeto de Yu e Laboube (2010), as vantagens


práticas do MRD são:

a) Nenhum cálculo de largura efetiva;

b) Nenhuma interação é necessária; e

c) São usadas as propriedades da seção transversal bruta.

As vantagens teóricas são:

a) Método de projeto explícito para flambagem distorcional;

b) Inclui a interação de elementos; e

c) Explora e inclui todos os estados-limites de estabilidade.

Boas concordâncias entre os dados de teste disponíveis e as resistências das barras


calculadas a partir do MRD são mostradas na Figura 12 para colunas e na Figura 13
para vigas (Yu e Laboube, 2010).

Figura 12: Comparação entre os dados de teste e as resistências axiais nominais calculadas pelo
MRD para colunas de extremidade de pino carregadas concentricamente.
43

Fonte: Yu e Laboube (2010)

Figura 13: Comparação entre os dados de teste e as resistências à flexão nominais calculadas pelo
MRD para vigas reforçadas lateralmente.

Fonte: Yu e Laboube (2010)

A Norma Brasileira NBR 14762:2010 prevê o dimensionamento pelo MRD


(adaptado):

Conforme Anexo C, com base nas propriedades geométricas da seção bruta e em


análise geral de estabilidade elástica que permita identificar, para o caso em análise,
todos os modos de flambagem e seus respectivos esforços críticos. Esse método
pode ser empregado como alternativa aos Métodos da Largura Efetiva e da Seção
Efetiva para cálculo da força axial resistente de cálculo NRd, do momento fletor
resistente de cálculo MRd e dos deslocamentos.

Conforme prescreve essa Norma Brasileira, as forças axiais de compressão e os


momentos fletores de flambagem elástica local, distorcional e global,
respectivamente para barras sob compressão centrada, Nl, Ndist, Ne ou flexão
simples, Ml, Mdist, Me devem ser calculados por meio de análise de estabilidade
elástica. No caso de a barra não apresentar um dos três modos de flambagem,
basta que o cálculo do esforço resistente respectivo não seja levado em
consideração.

Para o caso de barras submetidas à compressão centrada, o valor característico da


força axial de compressão resistente Nc,Rk deve ser tomado como o menor valor
44

calculado para flambagem global, local e distorcional, Nc,Re, Nc,Rl, Nc,Rdist,


respectivamente, os quais devem ser calculados conforme a seguir. A força axial de
compressão resistente de cálculo Nc,Rd é dada por Nc,Rk / γ, onde γ é igual a 1,20.

I. Flambagem global da barra por flexão, torção ou flexo-torção

2
𝑁𝑐,𝑅𝑒 = (0,658𝜆0 )𝐴𝑓𝑦 para 𝜆0 ≤ 1,5 (1)

0,877
𝑁𝑐,𝑅𝑒 = ( ) 𝐴𝑓𝑦 para 𝜆0 > 1,5 (2)
𝜆20

onde
𝐴𝑓𝑦 0,5
𝜆0 = ( ) (3)
𝑁𝑒

II. Flambagem local

𝑁𝑐,𝑅𝑙 = 𝑁𝑐,𝑅𝑒 para λl ≤ 0,776 (4)

0,15 𝑁𝑐,𝑅𝑒
𝑁𝑐,𝑅𝑙 = (1 − ) para λl > 0,776 (5)
𝜆0,8
𝑙 𝜆0,8
𝑙

onde

𝑁𝑐,𝑅𝑒 0,5
λl = ( ) (6)
𝑁𝑙

III. Flambagem distorcional

𝑁𝑐,𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝐴𝑓𝑦 para λdist ≤ 0,561 (7)

0,25 𝐴𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = (1 − ) para λdist > 0,561 (8)
𝜆1,2
𝑑𝑖𝑠𝑡 𝜆1,2
𝑑𝑖𝑠𝑡

onde

𝐴𝑓𝑦 0,5
λdist = (𝑁 ) (9)
𝑑𝑖𝑠𝑡

Para barras submetidas à flexão simples, o valor característico do momento fletor


resistente MRk deve ser tomado como o menor valor calculado para flambagem
global, local e distorcional, MRe, MRl, MRdist, respectivamente, os quais devem ser
45

calculados conforme apresentado a seguir. O momento fletor resistente de cálculo


MRd é dado por MRk / γ, onde γ é igual a 1,10.

I. Flambagem lateral com torção

𝑀𝑅𝑒 = 𝑊𝑓𝑦 para 𝜆0 ≤ 0,6 (10)

𝑀𝑅𝑒 = 1,11(1 − 0,278𝜆20 )𝑊𝑓𝑦 para 0,6 < 𝜆0 < 1,336 (11)

𝑊𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑒 = ( ) para 𝜆0 ≥ 1,336 (12)
𝜆20

onde

1
𝑊𝑓 2
λ0 = ( 𝑀𝑒𝑦) (13)

II. Flambagem local

𝑀𝑅𝑙 = 𝑀𝑅𝑒 para λl ≤ 0,776 (14)

0,15 𝑀𝑅𝑒
𝑀𝑅𝑙 = (1 − ) para λl > 0,776 (15)
𝜆0,8
𝑙 𝜆0,8
𝑙

onde

𝑀 0,5
λl = ( 𝑀𝑅𝑒 ) (16)
𝑙

III. Flambagem distorcional

𝑀𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝑊𝑓𝑦 para λdist ≤ 0,673 (17)

0,22 𝑊𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = (1 − 𝜆 )𝜆 para λdist > 0,673 (18)
𝑑𝑖𝑠𝑡 𝑑𝑖𝑠𝑡

onde

𝑊𝑓𝑦 0,5
λdist = (𝑀 ) (19)
𝑑𝑖𝑠𝑡
46

De forma a facilitar a visualização do passo a passo dos cálculos pelo MRD, no


capítulo 3 será disponibilizado um fluxograma de cálculo das formulações acima
descritas.

2.4.2.1 Força axial de compressão resistente de cálculo

As forças axiais de flambagem local e distorcional, NRl e NRdist, respectivamente,


serão encontradas por análise elástica, conforme discorrido na seção 2.4.1. Neste
trabalho, serão utilizadas as forças críticas disponibilizados por Pierin et al. (2013),
que utilizou o programa Instab.

A força axial de flambagem global elástica Ne de um perfil com seção


monossométrica, cujo eixo x é o eixo de simetria, é o menor valor dentre os obtidos
por a) e b):

a) Força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo y:

𝜋²𝐸𝐼𝑦
𝑁𝑒𝑦 = 2 (20)
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 )

b) Força axial de flambagem global elástica por flexo-torção:

𝑥 2
𝑁𝑒𝑥 +𝑁𝑒𝑧 4𝑁𝑒𝑥 𝑁𝑒𝑧 [1−( 0 ) ]
[1 − √1 −
𝑟0
𝑁𝑒𝑥𝑧 = 𝑥 2 (𝑁𝑒𝑥 +𝑁𝑒𝑧 )2
] (21)
2[1−( 0 ) ]
𝑟0

Onde:

E é o módulo de elasticidade;
KxLx é o comprimento efetivo de flambagem global por flexão em relação ao eixo x;
KyLy é o comprimento efetivo de flambagem global por flexão em relação ao eixo y;
KzLz é o comprimento efetivo de flambagem global por torção. Quando não houver
garantia de impedimento ao empenamento, deve-se tomar Kz igual a 1;
Nex é a força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo
principal x:

𝜋²𝐸𝐼𝑥
𝑁𝑒𝑥 = (𝐾 2
(22)
𝑥 𝐿𝑥 )
47

Nez é a força axial de flambagem global elástica por torção:

1 𝜋²𝐸𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑧 = 𝑟 2 [(𝐾 2
+ 𝐺𝐽] (23)
0 𝑧 𝐿𝑧 )

Cw é a constante de empenamento da seção;


G é o módulo de elasticidade transversal;
J é a constante de torção da seção;
r0 é o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção, dado por:
r0 = [rx² + ry² + x0² +y0²]0,5 (24)
x0 é a distância do centro de torção ao centróide, na direção do eixo principal x.

Caso o eixo y seja o eixo de simetria, substituir y por x em a); x por y e x 0 por y0 em
b).

2.4.2.2 Momento fletor resistente de cálculo em torno do eixo de maior inércia

Conforme já discorrido, os momentos fletores de flambagem local e distorcional, MRl


e MRdist, respectivamente, são encontrados por análise elástica com auxílio de um
programa computacional. Novamente, os momentos críticos disponibilizados por
Pierin et al. (2013) serão utilizados. Já o momento de flambagem global, para flexão
em torno do eixo de maior inércia da seção U (ou U e), será encontrado por análise
elástica conforme a NBR 14762:2010 apresenta:

𝑀𝑒 = 0,5𝐶𝑏 𝑟0 (𝑁𝑒𝑦 𝑁𝑒𝑧 )0,5 (25)

Desta expressão, tem-se:

Cb é o fator de modificação para momento fletor não uniforme, que a favor da


segurança pode ser tomado igual a 1,0 ou calculado pela seguinte expressão:

12,5|𝑀𝑚á𝑥|
𝐶𝑏 = ≤ 3,0 (26)
2,5|𝑀𝑚á𝑥 |+3|𝑀𝐴 |+4|𝑀𝐵 |+3|𝑀𝐶 |

Ney é a força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo
principal y, dada por:

𝜋2 𝐸𝐼𝑦
𝑁𝑒𝑦 = (27)
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 )2
48

Nez força axial de flambagem global elástica por torção, dada por:
1 𝜋2 𝐸𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑧 = [ ] + 𝐺𝐽 (28)
𝑟02 (𝐾𝑧 𝐿𝑧 )2

Nessa expressão, r0 é o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro


de torção, dado por:

𝑟0 = [𝑟𝑥2 + 𝑟𝑦2 + 𝑥02 + 𝑦02 ]0,5 (29)

rx e ry são os raios de giração da seção bruta em relação aos eixos principais de


inércia x e y, respectivamente;

x0 e y0 são as distâncias do centro de torção ao centroide, na direção dos eixos


principais x e y, respectivamente.

Nas expressões acima, a Norma recomenda adotar K, que é o coeficiente que


considera o comprimento de flambagem, igual a 1, podendo ser adotado K menor
que 1 quando devidamente justificado. Em todo caso, como se tratará aqui de
elementos biapoiados de viga, o valor de K é 1, conforme mostrado em Fakury et al.
(2016).

2.4.2.3 Momento fletor resistente de cálculo em torno do eixo de menor inércia

A NBR 14762:2010 disponibiliza procedimento para cálculo do momento de


flambagem global, Me, para perfis monossimétricos sujeitos à flexão em torno do
eixo perpendicular ao eixo de simetria. O momento é dado por:

𝐶𝑠 𝑁𝑒𝑥 𝑁
𝑀𝑒 =
𝐶𝑚
[𝑗 + 𝐶𝑠 √𝑗 2 + 𝑟02 (𝑁𝑒𝑧 )] (30)
𝑒𝑥

Cs = +1 se o momento fletor causar compressão na parte da seção com coordenada


x negativa, ou seja, do mesmo lado que o centro de torção (Ver Figura 14);

Cs = -1 se o momento causar tração na parte da seção com coordenada x negativa,


ou seja, do mesmo lado que o centro de torção (Ver Figura 14);

Cm = 0,6 – 0,4(M1/M2) (31)


49

Sendo que M1 e M2 são, respectivamente, o menor e o maior dos dois momentos


fletores solicitantes de cálculo nas extremidades do trecho sem travamento lateral.
Quando houver momento fletor maior que M2 em seção intermediária, deve-se
adotar Cm = 1,0.

Para seções U simples, U enrijecido e cartola, pode ser empregada a seguinte


expressão para j:

1
𝑗= (𝛽𝑊 + 𝛽𝑓 + 𝛽𝑙 ) + 𝑥0 (32)
2𝐼𝑦

Os parâmetros βw e βf são dados por:

3
𝑡𝑥𝑚 𝑎𝑚 3
𝛽𝑤 = −[ + 𝑡𝑥𝑚 𝑎𝑚 ] (33)
12

𝑡 2
𝑡𝑎𝑚
𝛽𝑓 = [(𝑏𝑚 − 𝑥𝑚 )4 − 𝑥𝑚
4]
+ [(𝑏𝑚 − 𝑥𝑚 )2 − 𝑥𝑚
2]
(34)
2 4

am e bm são larguras referentes à linha média da seção (Ver Figura 14);

t é a espessura;

xm é distância do centroide em relação à linha média da alma, na direção do eixo x


(Ver Figura 14).

O parâmetro βl e as distâncias xm e x0 são dados por:

a) Para seção U simples

βl = 0 (35)

2
𝑏𝑚
𝑥𝑚 = (36)
𝑎𝑚 +2𝑏𝑚

2 𝑏
3𝑎𝑚 𝑚
𝑥0 = 𝑏𝑚 ( 3 +6𝑎 2 𝑏 ) + 𝑥𝑚 (37)
𝑎𝑚 𝑚 𝑚

b) Para seção U enrijecido

2 𝑎𝑚 3 𝑎𝑚 3
𝛽𝑙 = 2𝑐𝑚 𝑡(𝑏𝑚 − 𝑥𝑚 )3 + 𝑡(𝑏𝑚 − 𝑥𝑚 ) [( ) −( − 𝑐𝑚 ) ] (38)
3 2 2
50

𝑏𝑚 (𝑏𝑚 +2𝑐𝑚 )
𝑥𝑚 = (39)
𝑎𝑚 +2𝑏𝑚 +𝑐𝑚

2 𝑏 +𝑐 (6𝑎 2 −8𝑐 2 )
3𝑎𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
𝑥0 = 𝑏𝑚 [ 3 +6𝑎 2 𝑏 +𝑐 (8𝑐 2 −12𝑎 𝑐 +6𝑎 2 ) ] + 𝑥𝑚 (40)
𝑎𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚

cm é a largura do enrijecedor de borda referente à linha média da seção (Ver Figura


14).

Figura 14: Indicação das dimensões, distâncias e eixos das seções.

2.4.2.4 Consideração sobre o cálculo dos deslocamentos pelo MRD

O cálculo de deslocamentos em barras submetidas à flexão deve ser feito


considerando um momento de inércia efetivo da seção Ief dado por:

𝑀𝑅,𝑠𝑒𝑟
𝐼𝑒𝑓 = 𝐼𝑔 ( ) ≤ 𝐼𝑔 (41)
𝑀𝑛

Em que:

Mn é o momento fletor solicitante calculado considerando as combinações de ações


para os estados-limites de serviço;

MRser é o momento fletor resistente, calculado conforme apresentado neste item,


porém substituindo o produto Wfy por Mn;

Ig é o momento de inércia da seção bruta.


51

2.4.3 Forças Normais e Momentos Fletores Críticos

Como visto na seção anterior, há a necessidade de utilização de programas


computacionais para encontrar-se os valores críticos referentes às forças axiais e
momentos fletores de flambagem local e distorcional.

Pierin et al. (2013) apresentaram uma série de valores de esforços críticos para
perfis comerciais normatizados pela NBR 6355:2003. Embora essa Norma tenha
sido atualizada para a NBR 6355:2012, os perfis U e Ue padronizados mantiveram-
se os mesmos. Foi utilizado o programa Instab, desenvolvido pelos próprios autores.
Os valores encontrados estão elencados nos Quadros 6 e 7 abaixo:

Quadro 6: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U simples (continua)
Mℓ,x Mℓ,y U Mℓ,x Mℓ,y
U Nℓ (Kn) Nℓ (Kn)
(kNm) (kNm) (kNm) (kNm)
50 x 25 x 1,20 36,36 0,76 0,70 125 x 75 x 6,30 1742,15 88,10 124,99
50 x 25 x 1,50 70,77 1,48 1,37 125 x 75 x 8,00 3567,25 179,68 252,94
50 x 25 x 2,00 167,75 3,48 3,22 150 x 50 x 2,00 67,65 5,67 1,99
50 x 25 x 2,25 238,02 4,95 4,57 150 x 50 x 2,25 96,09 8,07 2,83
50 x 25 x 2,65 387,52 8,06 7,43 150 x 50 x 2,65 156,98 13,16 4,62
50 x 25 x 3,00 560,29 11,63 10,69 150 x 50 x 3,00 227,22 19,10 6,70
75 x 40 x 1,20 22,81 0,70 0,76 150 x 50 x 3,35 315,63 26,56 9,32
75 x 40 x 1,50 44,55 1,38 1,49 150 x 50 x 3,75 441,67 37,21 13,03
75 x 40 x 2,00 105,60 3,25 3,52 150 x 50 x 4,25 641,39 54,10 18,91
75 x 40 x 2,25 149,78 4,63 5,00 150 x 50 x 4,75 893,29 75,43 26,32
75 x 40 x 2,65 244,71 7,54 8,14 150 x 50 x 6,30 2049,02 174,63 60,56
75 x 40 x 3,00 355,05 10,94 11,77 150 x 50 x 8,00 4103,06 354,33 121,49
75 x 40 x 3,35 494,37 15,19 16,34 150 x 75 x 2,65 130,52 8,17 7,59
75 x 40 x 3,75 690,82 21,24 22,81 150 x 75 x 3,00 189,37 11,85 11,00
75 x 40 x 4,25 1005,63 30,82 33,04 150 x 75 x 3,35 263,68 16,51 15,32
75 x 40 x 4,75 1398,62 42,89 45,74 150 x 75 x 3,75 368,58 23,09 21,45
100 x 40 x 1,20 21,08 0,99 0,54 150 x 75 x 4,25 536,55 33,61 31,17
100 x 40 x 1,50 41,18 1,92 1,05 150 x 75 x 4,75 749,07 46,92 43,46
100 x 40 x 2,00 97,35 4,55 2,49 150 x 75 x 6,30 1741,67 108,88 100,57
100 x 40 x 2,25 138,61 6,48 3,53 150 x 75 x 8,00 3553,93 221,71 203,95
100 x 40 x 2,65 225,85 10,57 5,77 200 x 50 x 2,00 48,91 7,92 1,39
100 x 40 x 3,00 327,68 15,31 8,34 200 x 50 x 2,25 69,65 11,27 1,98
100 x 40 x 3,35 455,05 21,32 11,57 200 x 50 x 2,65 113,53 18,42 3,23
100 x 40 x 3,75 636,57 29,79 16,19 200 x 50 x 3,00 164,35 26,70 4,67
100 x 40 x 4,25 921,66 43,29 23,46 200 x 50 x 3,35 228,34 37,16 6,50
100 x 40 x 4,75 1283,24 60,21 32,54 200 x 50 x 3,75 319,57 52,08 9,10
100 x 40 x 6,30 2937,03 138,69 74,25 200 x 50 x 4,25 463,12 75,70 13,21
100 x 50 x 1,20 18,18 0,76 0,71 200 x 50 x 4,75 643,65 105,60 18,36
100 x 50 x 1,50 35,51 1,48 1,38 200 x 50 x 6,30 1478,01 245,05 42,26
100 x 50 x 2,00 84,16 3,51 3,26 200 x 50 x 8,00 2936,15 498,30 84,62
100 x 50 x 2,25 119,83 5,00 4,64 200 x 75 x 2,65 115,97 11,45 5,36
100 x 50 x 2,65 195,11 8,15 7,57 200 x 75 x 3,00 168,26 16,62 7,76
52

Quadro 6: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U simples (conclusão)
100 x 50 x 3,00 283,07 11,82 10,95 200 x 75 x 3,35 234,29 23,14 10,81
100 x 50 x 3,35 394,16 16,42 15,22 200 x 75 x 3,75 327,79 32,46 15,14
100 x 50 x 3,75 552,88 23,03 21,32 200 x 75 x 4,25 477,17 47,17 22,01
100 x 50 x 4,25 802,05 33,43 30,88 200 x 75 x 4,75 664,48 65,75 30,68
100 x 50 x 4,75 1119,74 46,54 42,97 200 x 75 x 6,30 1542,42 152,91 71,16
100 x 50 x 6,30 2594,42 107,37 98,64 200 x 75 x 8,00 3133,98 311,60 144,63
100 x 75 x 2,65 126,15 5,19 12,44 200 x 100 x2,65 97,89 8,17 7,61
100 x 75 x 3,35 254,84 10,48 25,03 200 x 100 x 3,00 142,02 11,85 11,02
100 x 75 x 3,75 357,46 14,69 35,05 200 x 100 x 3,35 197,76 16,51 15,34
100 x 75 x 4,25 520,36 21,26 50,85 200 x 100 x 3,75 277,39 23,15 21,52
100 x 75 x 4,75 721,63 29,68 70,87 200 x 100 x 4,25 403,80 33,70 31,27
100 x 75 x 6,30 1683,66 68,84 163,33 200 x 100 x 4,75 563,74 46,92 43,59
100 x 75 x 8,00 3447,49 139,26 328,48 200 x 100 x 6,30 1310,77 109,48 101,39
125 x 50 x 1,20 16,87 0,99 0,54 200 x 100 x 8,00 2683,95 222,94 206,25
125 x 50 x 1,50 32,94 1,92 1,05 250 x 100 x 2,65 90,83 10,63 5,80
125 x 50 x 2,00 78,09 4,56 2,49 250 x 100 x 3,00 131,78 15,39 8,41
125 x 50 x 2,25 110,89 6,49 3,54 250 x 100 x 3,35 183,49 21,43 11,72
125 x 50 x 2,65 181,17 10,59 5,78 250 x 100 x 3,75 257,37 30,06 16,44
125 x 50 x 3,00 262,85 15,36 8,38 250 x 100 x 4,25 374,66 43,76 23,89
125 x 50 x 3,35 365,02 21,35 11,65 250 x 100 x 4,75 521,67 61,09 33,29
125 x 50 x 3,75 512,00 29,90 16,29 250 x 100 x 6,30 1213,86 142,28 77,45
125 x 50 x 4,25 743,33 43,44 23,64 250 x 100 x 8,00 2478,86 290,29 157,88
125 x 50 x 4,75 1034,96 60,54 32,90 300 x 100 x 2,65 78,68 13,20 4,65
125 x 50 x 6,30 2388,68 140,23 75,69 300 x 100 x 3,00 114,15 19,15 6,73
125 x 75 x 2,65 130,25 6,63 9,46 300 x 100 x 3,35 158,95 26,66 9,37
125 x 75 x 3,00 188,98 9,63 13,72 300 x 100 x 3,75 222,95 37,35 13,14
125 x 75 x 3,35 263,13 13,40 19,08 300 x 100 x 4,25 323,78 54,38 19,10
125 x 75 x 3,75 369,09 18,73 26,72 300 x 100 x 4,75 452,03 75,91 26,68
125 x 75 x 4,25 537,29 27,26 38,83 300 x 100 x 6,30 1052,13 176,66 62,06
125 x 75 x 4,75 750,11 38,06 54,12 300 x 100 x 8,00 2144,08 361,28 126,28
Fonte: Pierin et al, 2013.

Quadro 7: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U enrijecidos (continua)
Mℓ,x Mdist,x
Ue Nℓ (kN) Ndist (kN) Mℓ,y (kNm)
(kNm) (kNm)
50 x 25 x 10 x 1,20 86,96 95,51 4,51 2,81 0,91
50 x 25 x 10 x 1,50 167,79 154,62 8,70 4,51 1,77
50 x 25 x 10 x 2,00 368,58 290,84 20,01 8,40 4,16
50 x 25 x 10 x 2,25 520,84 378,53 27,89 10,88 5,88
50 x 25 x 10 x 2,65 836,40 547,38 ‐ ‐ ‐ ‐ 15,62 9,54
50 x 25 x 10 x 3,00 1187,74 726,23 ‐ ‐ ‐ ‐ 20,60 13,72
75 x 40 x 15 x 1,20 55,27 89,68 4,27 3,88 0,98
75 x 40 x 15 x 1,50 107,75 143,66 8,29 6,18 1,90
75 x 40 x 15 x 2,00 254,45 265,86 19,44 11,34 4,50
75 x 40 x 15 x 2,25 360,94 343,33 27,49 14,57 6,39
75 x 40 x 15 x 2,65 586,37 490,11 44,30 20,70 10,41
75 x 40 x 15 x 3,00 847,53 645,28 63,26 27,11 15,05
100 x 40 x 17 x 1,20 37,17 98,93 5,48 5,27 0,71
100 x 40 x 17 x 1,50 72,46 130,03 10,66 8,41 1,39
100 x 40 x 17 x 2,00 170,82 240,76 25,11 15,45 3,28
100 x 40 x 17 x 2,25 242,78 310,64 35,58 19,87 4,67
100 x 40 x 17 x 2,65 394,49 444,88 57,60 28,27 7,58
100 x 40 x 17 x 3,00 569,22 584,89 82,67 37,03 10,96
53

Quadro 7: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U enrijecidos (continuação)
100 x 40 x 17 x 3,35 788,23 747,51 113,43 47,14 15,21
100 x 50 x 17 x 1,20 39,69 80,47 4,59 4,61 0,90
100 x 50 x 17 x 1,50 77,37 128,77 8,93 7,33 1,75
100 x 50 x 17 x 2,00 183,07 237,89 21,00 13,44 4,14
100 x 50 x 17 x 2,25 260,17 306,91 29,73 17,25 5,88
100 x 50 x 17 x 2,65 423,49 438,45 48,10 24,49 9,57
100 x 50 x 17 x 3,00 612,14 575,60 69,02 32,04 13,86
100 x 50 x 17 x 3,35 847,59 736,27 94,77 40,71 19,23
125 x 50 x 17 x 2,00 132,56 207,10 25,12 15,98 3,20
125 x 50 x 17 x 2,25 188,40 267,92 35,59 20,57 4,55
125 x 50 x 17 x 2,65 306,68 384,19 57,53 29,31 7,42
125 x 50 x 17 x 3,00 442,53 506,44 82,46 38,40 10,72
125 x 50 x 17 x 3,35 613,93 649,98 112,86 48,97 14,88
125 x 50 x 20 x 3,75 879,48 895,65 160,54 69,71 21,26
150 x 60 x 20 x 2,00 110,38 198,64 25,22 18,45 3,20
150 x 60 x 20 x 2,25 156,88 256,17 35,79 23,69 4,55
150 x 60 x 20 x 2,65 255,84 366,14 58,08 33,63 7,41
150 x 60 x 20 x 3,00 369,84 480,79 83,62 43,96 10,74
150 x 60 x 20 x 3,35 514,04 615,16 115,34 55,90 14,93
150 x 60 x 20 x 3,75 717,09 791,95 159,50 71,60 20,86
150 x 60 x 20 x 4,25 1038,13 1051,52 ‐ ‐ ‐ ‐ 94,49 30,26
150 x 60 x 20 x 4,75 1438,65 1358,58 ‐ ‐ ‐ ‐ 121,17 42,09
200 x 75 x 20 x 2,00 78,67 153,26 24,95 19,54 2,91
200 x 75 x 20 x 2,25 111,82 198,14 35,41 25,13 4,13
200 x 75 x 25 x 2,65 187,37 331,35 59,08 42,75 6,92
200 x 75 x 25 x 3,00 271,36 434,37 85,40 55,73 10,04
200 x 75 x 25 x 3,35 377,17 553,18 118,35 70,65 13,95
200 x 75 x 25 x 4,75 1063,56 1208,85 326,85 151,55 39,42
200 x 75 x 30 x 6,30 2515,66 2478,60 ‐ ‐ ‐ ‐ 317,57 93,21
200 x 100 x 25 x 2,65 205,11 319,40 48,32 34,40 9,29
200 x 100 x 25 x 3,00 297,04 417,29 69,81 44,77 13,48
200 x 100 x 25 x 3,35 412,85 530,58 96,74 56,68 18,74
200 x 100 x 25 x 3,75 578,02 679,90 134,75 72,22 26,29
200 x 100 x 25 x 4,25 839,86 896,06 194,04 94,74 38,19
200 x 100 x 25 x 4,75 1168,17 1150,73 267,50 120,73 53,23
250 x 85 x 25 x 2,00 61,33 143,87 24,80 25,41 2,64
250 x 85 x 25 x 2,25 87,17 185,49 35,25 32,61 3,76
250 x 85 x 25 x 2,65 142,17 264,86 57,41 46,23 6,13
250 x 85 x 25 x 3,00 205,90 347,93 83,04 60,35 8,87
250 x 85 x 25 x 3,35 286,19 444,61 115,15 76,67 12,33
250 x 85 x 25 x 3,75 399,99 572,03 160,62 98,07 17,27
250 x 85 x 25 x 4,25 580,19 759,67 231,69 129,20 25,09
250 x 85 x 25 x 4,75 805,62 980,44 319,24 165,44 34,90
250 x 85 x 30 x 6,30 1902,26 2075,83 ‐ ‐ ‐ ‐ 350,26 82,66
250 x 100 x 25 x 2,65 149,09 273,15 57,34 41,13 7,21
250 x 100 x 25 x 3,00 215,92 358,04 82,81 53,62 10,44
250 x 100 x 25 x 3,35 300,10 456,68 114,69 68,01 14,53
250 x 100 x 25 x 3,75 420,19 587,19 159,70 86,93 20,35
250 x 100 x 25 x 4,25 610,56 777,07 229,68 114,30 29,57
250 x 100 x 25 x 4,75 849,29 1001,18 315,51 146,13 41,21
300 x 85 x 25 x 2,00 47,88 ‐ ‐ ‐ ‐ 23,06 28,30 2,17
300 x 85 x 25 x 2,25 68,05 ‐ ‐ ‐ ‐ 32,77 36,40 3,08
300 x 85 x 25 x 2,65 110,78 ‐ ‐ ‐ ‐ 53,41 51,76 5,03
54

Quadro 7: Forças normais e momentos fletores críticos para perfis U enrijecidos (conclusão)
300 x 85 x 25 x 3,00 160,45 ‐ ‐ ‐ ‐ 77,25 67,78 7,28
300 x 85 x 25 x 3,35 222,63 ‐ ‐ ‐ ‐ 107,18 86,30 10,12
300 x 85 x 25 x 3,75 311,18 ‐ ‐ ‐ ‐ 149,60 110,73 14,14
300 x 85 x 25 x 4,25 450,58 ‐ ‐ ‐ ‐ 216,11 146,38 20,52
300 x 85 x 25 x 4,75 624,57 ‐ ‐ ‐ ‐ 298,38 188,02 28,49
300 x 85 x 30 x 6,30 1471,93 1639,62 ‐ ‐ ‐ ‐ 397,82 67,46
300 x 100 x 25 x 2,65 115,74 ‐ ‐ ‐ ‐ 56,14 47,04 5,89
300 x 100 x 25 x 3,00 167,62 ‐ ‐ ‐ ‐ 81,17 61,48 8,53
300 x 100 x 25 x 3,35 232,98 367,96 112,60 78,15 11,86
300 x 100 x 25 x 3,75 325,64 474,76 157,12 100,05 16,61
300 x 100 x 25 x 4,25 472,33 632,61 226,66 132,02 24,13
300 x 100 x 25 x 4,75 657,05 818,06 312,46 169,28 33,57
Fonte: Pierin et al., 2013.

Note-se que não há ocorrência do modo distorcional quando o momento é aplicado


em torno do eixo y (Pierin et al., 2013).

2.4.4 Força cortante

Conforme a NBR 14762:2010, a força cortante resistente de cálculo V Rd deve ser


calculada por:

Para h/t ≤ 1,08(Ekv/fy)0,5

𝑉𝑅𝑑 = 0,6𝑓𝑦 ℎ𝑡/𝛾 (42)

Para 1,08(Ekv/fy)0,5 < h/t ≤ 1,4(Ekv/fy)0,5

0,5
𝑉𝑅𝑑 = 0,65𝑡 2 (𝑘𝑣 𝑓𝑦 𝐸) /𝛾 (43)

Para h/t > 1,4(Ekv/fy)0,5

𝑉𝑅𝑑 = (0,905𝐸𝑘𝑣 𝑡 3 /ℎ)/𝛾 (44)

Em que:

t é a espessura da alma
h é a largura da alma (altura da parte plana)
kv = 5,0 para as aplicações aqui consideradas de perfis U para terças de cobertura.
γ = 1,10
55

2.4.5 Estados-limites

Conforme a ABNT NBR 14762:2010, serão considerados os estados-limites últimos


(ELU) e os estados-limites de serviço (ELS).

2.4.5.1 Estado-limite último (ELU)

A NBR diz que os estados-limites últimos estão relacionados com a segurança da


estrutura sujeita às combinações mais desfavoráveis de ações previstas em toda a
vida útil projetada, durante a construção ou quando atuar uma ação especial ou
excepcional.

De forma a não tornar este trabalho extenso e por não ser o escopo dele, solicita-se
que para aprofundamento sobre estados-limites, valores e combinações de ações,
busque-se literatura que trate do tema, dentre as quais sugerem-se a Norma
supracitada nesta seção e Fakury et al. (2016). Contudo, com o propósito de
justificar os valores utilizados no desenvolvimento deste projeto, indicar-se-ão os
cálculos e valores utilizados, de acordo com a Norma referida acima.

Para a combinação última normal, a ação de cálculo considerada é dada pela


expressão:
𝐹𝑑 = 𝛾𝑔 𝐹𝐺,𝑘 + 𝛾𝑞1 𝐹𝑄1,𝑘 + 𝛾𝑞 𝛹0 𝐹𝑄,𝑘 (45)

em que:

γg é o coeficiente de ponderação das ações permanentes; FG,k são os valores

característicos das ações permanentes; γq1 é o coeficiente de ponderação da ação

variável considerada principal para a combinação; FQ1,k é o valor característico da

ação variável considerada principal para a combinação; γq é o coeficiente de

ponderação das ações variáveis que podem atuar concomitantemente com a ação

variável principal; Ψ0 é o fator de combinação e FQ,k são os valores característicos

das ações variáveis que podem atuar concomitantemente com a ação variável
principal.
56

2.4.5.2 Estado-limite de serviço (ELS)

Ainda conforme a NBR 14762:2010, os estados-limites de serviço estão


relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais de utilização.

Para terças de cobertura, devem ser utilizadas as combinações raras, para a flecha
no sentido descendente, e os valores característicos das ações variáveis contrárias
à carga permanente, para a flecha no sentido ascendente. Assim, a ação de serviço
considerada para a flecha no sentido descendente, é dada pela expressão da
combinação rara:

𝐹𝑠𝑒𝑟 = 𝐹𝐺,𝑘 + 𝐹𝑄1,𝑘 + 𝛹1 𝐹𝑄,𝑘 (46)

onde Ψ1 é o fator de redução

2.4.5.3 Valores dos coeficientes de ponderação (γg e γq) e dos fatores de


combinação (Ψ0) e de redução (Ψ1)

Os valores dos coeficientes de ponderação (γg e γq) e dos fatores de combinação (Ψ

0) e de redução (Ψ1) constantes das equações dispostas nas seções 2.4.4.1 e

2.4.4.2 são indicados nas Figuras 15 e 16, retirados da NBR 14762:2010.


57

Figura 15: Valores dos coeficientes de ponderação das ações


58

Figura 16: Valores dos fatores de combinação e de redução para as ações variáveis

2.4.6 Inequação de interação

Por fim, o perfil deverá atender à seguinte inequação de interação:

𝑁𝑆𝑑 𝑀 𝑀
+ 𝑀𝑥,𝑆𝑑 + 𝑀𝑦,𝑆𝑑 ≤ 1 (47)
𝑁𝑅𝑑 𝑥,𝑅𝑑 𝑦,𝑅𝑑

onde NSd é a força axial solicitante de cálculo; NRd é a força axial resultante de
cálculo; Mx,Sd é o momento fletor solicitante de cálculo em torno do eixo x; Mx,Rd é o
momento fletor resultante de cálculo em torno do eixo x; My,Sd é o momento fletor
solicitante de cálculo em torno do eixo y e My,Rd é o momento fletor resistente de
cálculo em torno do eixo y.
59

3. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL

3.1 INTRODUÇÃO

Foi desenvolvida neste trabalho uma planilha para o dimensionamento de terças de


coberturas biapoiadas confeccionadas a partir de perfis U de aço formados a frio, de
acordo com o Método da Resistência Direta, normatizado pela NBR 14762:2010.

A planilha verifica os estados-limites últimos relacionados à flexão e ao cisalhamento


no caso de terças simples e relacionados à flexo-compressão no caso de terças que
compõem quadros de contraventamentos da cobertura. O estado-limite de serviço
de deslocamento excessivo também é verificado.

3.2 A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

A implementação computacional de fluxogramas de cálculo de terças foi realizada no


programa Microsoft Office Excel. A ferramenta utilizada para o desenvolvimento da
planilha foi escolhida pela facilidade de implementar as fórmulas e perceber erros. A
criação desta planilha também teve o objetivo de fornecer à comunidade acadêmica
e profissional uma planilha de fácil acesso e entendimento e que pudesse ser usada
em qualquer computador simples, que contenha o Excel.

3.3 SOBRE A PLANILHA

A planilha desenvolvida tem a função de automatizar a verificação dos estados-


limites últimos de momento fletor, esforço cortante e esforço axial e do estado-limite
de serviço de flecha, utilizando terças em perfil U simples ou enrijecidos de aço
formado a frio.

A partir da inserção dos dados de entrada pelo usuário, a planilha retorna se o perfil
atende ou não ao solicitado, informando, no segundo caso, por qual motivo não
atende, isto é, se a falha ocorre por flexão em torno dos eixos principais x ou y, por
compressão ou por força cortante ou ainda se não atende à equação de interação,
bem como indica se o deslocamento ultrapassa a flecha máxima permitida.

Os dados de entrada da planilha são:


60

● As ações: cargas permanentes (peso próprio da terça metálica, peso das telhas e
tirantes) e as ações variáveis (sobrecarga de uso e ocupação e ação do vento),
dadas em kN/m, para o caso dos esforços que atuam perpendicularmente ao eixo
da terça, e a força do vento que causa esforço axial no perfil, em kN, na situação
de terça de contraventamento;
● Características da edificação: comprimento do perfil destravado na direção x, em
cm, número de tirantes (esta informação é usada para calcular o comprimento de
flambagem das terças na direção y e z) e inclinação da terça, em graus;
● Perfil: perfil U simples ou U enrijecido (a informação pode ser digitada ou
escolhida de uma lista com todos os perfis, conforme a NBR 6355:2012);
● Propriedades do aço: Resistência ao escoamento (fy), Módulo de Elasticidade (E)
e Módulo de Elasticidade Transversal (G).

Os dados de saída da planilha são:

● Verificação dos estados-limites: o programa calcula a resistência à flexão em


torno dos eixos x e y, à compressão e à força cortante, bem como verifica a
equação de interação com os valores determinados de resistência e solicitação;
● Verificação das flechas: o programa calcula o deslocamento máximo da terça
biapoiada e verifica se esse atende o limite normativo.

3.3.1 Valores máximos de momento fletor e esforço cortante solicitantes

O valor do momento fletor máximo solicitante em torno do eixo x de maior inércia e


da força cortante máxima correspondente que atua na direção y são dados por:

𝑞𝑑 𝐿2
𝑀𝑥,𝑆𝑑 = (48)
8
𝑞𝑑 𝐿
𝑉𝑦,𝑆𝑑 = (49)
2

sendo qd a carga distribuída de cálculo, e L o comprimento do vão biapoiado da


terça.

Para o cálculo do momento fletor máximo solicitante em torno do eixo y de menor


inércia, utilizou-se expressões analíticas de vigas contínuas, uma vez que os tirantes
trabalham como um apoio na direção y. As expressões são obtidas do Manual Geral
61

para Dimensionamento – Polydeck 59S, da Perfilor, e com o auxílio do software


Ftool, a partir dos quais estabeleceu-se os momentos máximos de cálculo, positivo e
negativo e o esforço cortante máximo, conforme o número de tirantes, sendo que:

a) Quando não há tirantes:


𝑞𝐿2
𝑀𝑦,𝑆𝑑+ = (50)
8

𝑞𝑑 𝐿
𝑉𝑥,𝑆𝑑 = (51)
2

b) Quando há 1 tirante:
𝑀𝑦,𝑆𝑑+ = 0,07𝑞𝐿2 (52)
𝑞𝑑 𝐿2
𝑀𝑦,𝑆𝑑− = (53)
8

𝑉𝑥,𝑆𝑑 = 0,625𝑞𝑑 𝐿 (54)


c) Quando há 2 tirantes:
𝑀𝑦,𝑆𝑑+ = 0,08𝑞𝐿2 (55)
𝑞𝑑 𝐿2
𝑀𝑦,𝑆𝑑− = (56)
10

𝑉𝑥,𝑆𝑑 = 0,6𝑞𝑑 𝐿 (57)


d) Quando há 3 tirantes:
23𝑞𝑑 𝐿2
𝑀𝑦,𝑆𝑑+ = (58)
300
8𝑞𝑑 𝐿2
𝑀𝑦,𝑆𝑑− = (59)
75
91𝑞𝑑 𝐿
𝑉𝑥,𝑆𝑑 = (60)
150

Nas equações de flexão em torno do eixo y, o momento positivo significa tração da


alma do perfil e o negativo, sua compressão.

3.3.2 Flecha máxima calculada e flecha máxima permitida

A flecha máxima calculada, considerando o disposto na seção 2.4.5.2 quanto à força


calculada de serviço, é dada por:

5𝑞 𝐿4
𝑠
𝛿𝑚á𝑥 = 384𝐸𝐼 (61)
𝑥
62

sendo qs a carga distribuída de serviço. As flechas máximas permitidas, nos sentidos


descendente e ascendente são, respectivamente, L/180 e L/120, sendo L o vão
teórico entre apoios, de acordo com a NBR 14762:2010.

3.4 LIMITAÇÕES E ABRANGÊNCIAS DA PLANILHA

A planilha desenvolvida limita-se a calcular terças de cobertura a partir de perfis de


aço de tipo U simples ou enrijecidos, formados a frio. Ainda que seja possível
calcular a resistência de perfis U de forma genérica, as ações solicitantes
consideradas são as atuantes numa cobertura e os coeficientes de ponderação e de
combinação das ações nos cálculos internos da planilha consideram essas ações.

Além disso, a planilha se limita a calcular perfis normatizados, constantes da NBR


6355:2012, não sendo possível criar ou supor perfis hipotéticos ou fora da Norma.

3.5 FLUXOGRAMAS DE CÁLCULOS

Para explicitar de forma clara os procedimentos de cálculo realizados pela


ferramenta desenvolvida, os cálculos são ilustrados por meio de fluxogramas,
baseados no Método da Resistência Direta, quais sejam:
63

Fluxograma do Método da Resistência Direta

I. Barras submetidas à compressão centrada


i. Flambagem global da barra por flexão, torção ou flexo-torção

1
Afy 2 SIM 2
λ0 = ( ) λ0 ≤ 1,5 𝑁𝑐,𝑅𝑒 = (0,658λ0 )𝐴𝑓𝑦
Ne

NÃO

0,877
Nc,Re = ( ) Afy
λ20

ii. Flambagem local

1
Nc,Re 2 SIM
λl =( ) λl ≤ 0,776 𝑁𝑐,𝑅𝑙 = 𝑁𝑐,𝑅𝑒
Nl
NÃO

0,15 Nc,Re
Nc,Rl = (1 − ) 0,8
λ0,8
l λl
64

iii. Flambagem distorcional

1
Afy SIM
2
λdist = ( ) λdist ≤ 0,561 𝑁𝑐,𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝐴𝑓𝑦
Ndist

NÃO
0,25 Afy
Nc,Rdist = (1 − ) 1,2
λ1,2
dist λdist

II. Barras submetidas à flexão simples


i. Flambagem lateral com torção

1
Wfy 2 SIM
λ0 = ( ) λ0 ≤ 0,6 𝑀𝑅𝑒 = 𝑊𝑓𝑦
Me
NÃO

λ0 < 1,336 SIM


𝑀𝑅𝑒 = 1,11(1 − 0,278𝜆20 )𝑊𝑓𝑦
NÃO

Wfy
MRe = ( 2 )
λ0
65

ii. Flambagem local

1
M 2 SIM
λl = ( Re ) λl ≤ 0,776 𝑀𝑅𝑙 = 𝑀𝑅𝑒
Ml

NÃO
MRl = (1 −
0,15 MRe
) 0,8
λ0,8
l λl

iii. Flambagem distorcional

1 SIM
Wfy 2 λdist ≤ 0,673 𝑀𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝑊𝑓𝑦
λdist = ( )
Mdist
NÃO

0,22 Wfy
MRdist = (1 − )
λdist λdist
66

III. Cálculo de deslocamentos

SIM 𝑀𝑅,𝑠𝑒𝑟
𝑀𝑅,𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑀𝑆,𝑠𝑒𝑟 𝐼𝑒𝑓 = 𝐼𝑔 ( )
𝑀𝑆,𝑠𝑒𝑟
NÃO

𝐼𝑒𝑓 = 𝐼𝑔

3.6 APRESENTAÇÃO DA PLANILHA

Na primeira guia da planilha, chamada MRD, optou-se por colocar no início células
para preenchimento dos dados de entrada e ao lado os resultados finais, para o
caso de o usuário querer apenas visualizar os resultados de maneira rápida (figura
17). Abaixo da tabela inicial são dispostas as demais tabelas que mostram os
cálculos efetuados, para caso o usuário queira analisar ou até mesmo imprimir.

Figura 17: Dados de entrada e resultados finais da planilha de cálculo

Nessa guia da planilha, no título “Ações Solicitantes”, Figura 18, são apresentados
alguns dados de entrada, como ações solicitantes, comprimento da terça, número de
67

tirantes e inclinação do perfil. Assim são calculados automaticamente as


combinações de ações e os esforços solicitantes.

Figura 18: Ações e esforços solicitantes

Mais abaixo nessa guia da planilha, no título “Esforços resistentes”, Figura 19, são
mostradas as características do material, como fy, E e G, o perfil selecionado e suas
características, as características da terça e, finalmente, os resultados obtidos por
meio do Método da Resistência Direta, apresentando os esforços resistentes de
compressão, de flexão em torno dos eixos x e y e de cisalhamento em x e y, bem
como a equação de interação da flexo-compressão.

Figura 19: Parte 1 de Esforços Resistentes da planilha de cálculo


68

Ainda no item “Esforços resistentes”, Figura 20, pode ser visto de forma
pormenorizada a memória de cálculo detalhada, isto é, incluindo as considerações
das flambagens global, local e distorcional, a partir da compressão centrada, da
flexão em torno do eixo “x” e da flexão em torno do eixo “y”, sempre que aplicáveis.

Figura 20: Parte 2 de Esforços Resistentes da planilha de cálculo

Por fim, em “Flecha”, Figura 21, são apresentados os detalhes dos cálculos para a
obtenção das flechas total e máxima permitida, nos sentidos descendente e
ascendente.
69

Figura 21: Cálculo de flecha da planilha

As guias “Compressão Centrada”, “Flexão Simples” e “Deslocamentos” são


dedicadas a apresentar as definições dos símbolos e termos utilizados. A guia
“Aplicações Numéricas” apresenta exemplos numéricos comuns utilizados em terça
de cobertura, indicando os perfis mais econômicos a serem utilizados conforme o
caso.

Na guia “Tabela U-Ue”, Figura 22, foi digitalizada a tabela publicada no artigo Forças
Normais e Momentos Fletores Críticos de Perfis Formados de Pierin et al. (2013).
Para algumas seções que faltavam, foi usado o software CUFSM para obter os
resultados e completar a tabela com todos os perfis listados na Norma NBR
6355:2012.
70

Figura 22: Guia “Tabela U-Ue” da planilha de cálculo

3.7 EXEMPLOS PARA VALIDAÇÃO DO PROGRAMA

A validação da ferramenta computacional desenvolvida é realizada por meio de três


exemplos numéricos baseados nos exercícios propostos por Javaroni (2015), sendo
um de perfil axialmente comprimido e dois de perfil fletido em torno da maior inércia,
sendo que o terceiro exemplo é semelhante ao segundo, com alguns ajustes nas
características do perfil para os valores disponíveis na Norma.

As resoluções são feitas conforme o Método da Resistência Direta, apresentado pela


NBR 14762:2010, e na seção seguinte serão apresentados os resultados obtidos
pelo Método comparados aos valores determinados pela ferramenta computacional
desenvolvida.

3.7.1 Exemplos de validação

3.7.1.1 Exemplo 1 – Perfil axialmente comprimido

Javaroni (2015) utilizou o Método da Resistência Direta para determinar a força axial
de compressão resistente de cálculo de um banzo de treliça com seção transversal
tipo Ue 250x100x25x2,65, conforme dados apresentados na Figura 23.
71

Figura 23: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue 250x100x25x2,65


A = 12,79 cm²
Ix = 1.255,39 cm4
rx = 9,91 cm
xcg = 2,98 cm
x0 = 7,29 cm
Iy = 169,21 cm4
ry = 3,64 cm
J = 0,299 cm4
Cw = 21.574,59 cm4
r0 = 12,83 cm
KxLx = 600 cm
KyLy = 200 cm
KzLz = 200 cm
fy = 300 MPa

a. Flambagem global por flexão, torção ou flexo-torção:

Como a seção transversal da barra possui um único eixo de simetria, o valor da


força axial de flambagem elástica global Ne será obtido entre o menor valor de Ney e
Nexz, conforme descrito na seção 2.4.2.1:

𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 𝜋 2 𝑥20000𝑥169,21
𝑁𝑒𝑦 = 2 = = 835,02 𝑘𝑁 (62)
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 ) 2002

𝜋 2 𝐸𝐼𝑥 𝜋 2 𝑥20000𝑥1255,39
𝑁𝑒𝑥 = (𝐾 2
= = 688,34 𝑘𝑁 (63)
𝑥 𝐿𝑥 ) 6002

1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑧 = 𝑟 2 ( + 𝐺𝐽) (64)
0 𝐾𝑧 𝐿𝑧

1 𝜋 2 𝑥20000𝑥21574,59
𝑁𝑒𝑧 = 12,832 ( + 7700𝑥0,299) = 660,77 𝑘𝑁 (65)
2002

𝑥 2
𝑁𝑒𝑥 +𝑁𝑒𝑧 4𝑁𝑒𝑥 𝑁𝑒𝑧 (1−( 0 ) )
(1 − √1 −
𝑟0
𝑁𝑒𝑥𝑧 = 𝑥 2 (𝑁𝑒𝑥 +𝑁𝑒𝑧 )2
) (66)
2(1−( 0 ) )
𝑟0

7,29 2
688,34+660,77 4𝑥688,34𝑥660,77(1−( ) )
(1 − √1 −
12,83
𝑁𝑒𝑥𝑧 = 7,29 2 (688,34+660,77)2
) (67)
2(1−( ) )
12,83
72

𝑁𝑒𝑥𝑧 = 429,90 𝑘𝑁 (68)

Deste modo, Ne = 429,9 kN.

O Valor de Nc,Re é encontrado a partir do índice de esbeltez reduzido, conforme:

𝐴𝑓𝑦 12,79𝑥30
𝜆0 = √ =√ = 0,945 (69)
𝑁𝑒 429,9

Como λ0 < 1,5, o valor de Nc,Re será obtido por meio da Equação 1:

2 2
𝑁𝑐,𝑅𝑒 = (0,658𝜆0 )𝐴𝑓𝑦 = (0,6580,945 )𝑥12,79𝑥30 = 264,04 𝑘𝑁 (70)

b. Flambagem local:

Neste caso, para o cálculo da força axial de flambagem elástica local N l é utilizado o
programa computacional CUFSM, por meio do qual pode-se obter o valor da tensão
crítica de flambagem local, a qual, quando multiplicada pela área da seção
transversal da barra, fornece o valor da força desejada.
A Figura 24 apresenta a tela do programa após a análise do perfil. Obtém-se o fator
de carga igual a 1,1791. Este valor quando multiplicado pela tensão de referência
informada (100 N/mm²), fornece o valor da tensão de flambagem elástica local, ou
seja:

𝜎𝑙 = 1,1791 × 100 = 117,91 𝑀𝑃𝑎 (71)

𝑁𝑙 = 𝐴 × 𝜎𝑙 = 12,79 × 11,791 = 150,81 𝑘𝑁 (72)

𝑁𝑐,𝑅𝑒 264,04
𝜆𝑙 = √ = √150,81 = 1,323 (73)
𝑁𝑙

Como λ0 > 0,776, o valor de Nc,Re será obtido por meio da equação 5:

0,15 𝑁𝑐,𝑅𝑒 0,15 264,04


𝑁𝑐,𝑅𝑙 = (1 − ) 0,8 = (1 − 1,3230,8 ) 𝑥 1,3230,8 = 185,8 kN (74)
𝜆0,8
𝑙 𝜆𝑙
73

Figura 24: CUFSM – Flambagem local para o perfil Ue 250x100x25x2,65 axialmente comprimido

c. Flambagem distorcional:

Neste caso, para o cálculo da força axial de flambagem elástica por distorção, Ndist, é
utilizado o programa computacional CUFSM, por meio do qual pode-se obter o valor
da tensão crítica de flambagem distorcional, que, quando multiplicada pela área da
seção transversal da barra, fornece o valor da força desejada.

A Figura 25 apresenta a tela do programa após a análise do perfil. Obtém-se o fator


de carga igual a 2,0774. Este valor, quando multiplicado pela tensão de referência
informada (100 N/mm²), fornece o valor da tensão de flambagem elástica total, ou
seja:

𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡 = 2,077 × 100 = 207,7 𝑀𝑃𝑎 (75)

𝑁𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝐴 × 𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡 = 12,79 × 20,77 = 265,65 𝑘𝑁 (76)

𝐴𝑓𝑦 12,79𝑥30
𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡 = √ =√ = 1,202 (77)
𝑁𝑑𝑖𝑠𝑡 265,65

Como λdist > 0,561, o valor de Nc,Rdist será obtido conforme a Equação 8:

0,25 𝐴𝑓𝑦 0,25 12,79𝑥30


𝑁𝑐,𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = (1 − 1,2 ) = (1 − 1,2021,2 ) 𝑥 = 246,00 𝑘𝑁 (78)
𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡 𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡 1,2 1,2021,2
74

Dessa forma, a força axial de compressão resistente de cálculo Nc,Rd é:

𝑁𝑐,𝑅𝑘 185,76
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = = 154,8 𝑘𝑁 (79)
1,2 1,2

Figura 25: CUFSM – Flambagem distorcional para o perfil Ue 250x100x25x2,65 axialmente


comprimido

Adicionalmente, Javaroni (2015) apresentou os resultados de resistência à


compressão obtidos pelos três métodos de dimensionamento previstos na NBR
14.762:2010:

MÉTODO DA LARGURA EFETIVA (MLE): NC,Rd = 172 kN


MÉTODO DA SEÇÃO EFETIVA (MSE): NC,Rd = 152 kN
MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA (MRD): NC,Rd = 155 kN

3.7.1.2 Exemplo 2 – Perfil fletido

Javaroni (2015) utilizou o método da resistência direta para determinar o momento


fletor resistente de cálculo para uma viga com seção transversal tipo Ue
250x85x25x2,65, conforme dados apresentados na Figura 26.
75

Figura 26: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue 250x85x25x2,65


A = 11,99 cm²
Ix = 1.128,3 cm4
rx = 9,7 cm
xcg = 2,43 cm
x0 = 6,12 cm
Iy = 114,2 cm4
ry = 3,09 cm
J = 0,281 cm4
Cw = 14.699 cm4
r0 = 11,88 cm

a. Flambagem lateral com torção:

Primeiramente calculou-se o momento fletor de flambagem global em regime


elástico “Me”. Sendo uma seção monossimétrica, fletida em torno do eixo de
simetria, aqui considerado como eixo x, tem-se que Me:
𝑀𝑒 = 𝐶𝑏 𝑟0 √𝑁𝑒𝑦 𝑁𝑒𝑧 (80)

sendo Ney:

𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 𝜋 2 𝑥20000𝑥114,2
𝑁𝑒𝑦 = 2 = = 563,6 𝑘𝑁 (81)
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 ) 2002

e Nez:

1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤 1 𝜋 2 𝑥20000𝑥14699
𝑁𝑒𝑧 = 𝑟 2 ( + 𝐺𝐽) = 11,882 ( ) + 7700𝑥0,281 = 529,3 𝑘𝑁 (82)
0 𝐾𝑧 𝐿𝑧 2002

Como o momento é constante no trecho considerado, tem-se que Cb = 1,0.

Logo:

𝑀𝑒 = 1,0𝑥11,88𝑥√563,6𝑥529,3 = 6488,6 𝑘𝑁𝑐𝑚 (83)


76

Conforme procedimento explanado na seção 2.4.2.2 e fluxograma apresentado no


subitem 3.5, o momento fletor resistente associado à flambagem global M Re é
determinado após o cálculo da esbeltez 𝜆0 .

𝑊𝑥 𝑓𝑦 90,26𝑥34
𝜆0 = √( ) = √( ) = 0,688 (84)
𝑀𝑒 6488,6

Como 0,6 < λ0 ≤ 1,336, tem-se:

𝑀𝑅𝑒 = 1,11(1 − 0,278𝜆20 )𝑊𝑥 𝑓𝑦 (85)

𝑀𝑅𝑒 = 1,11(1 − 0,278𝑥0,6882 )90,26𝑥34 = 2958,53 𝑘𝑁𝑐𝑚 (86)

b. Flambagem local

Neste caso, para o momento fletor de flambagem elástica local M l será utilizado
novamente o programa computacional CUFSM, por meio do qual pode-se obter o
valor da tensão crítica de flambagem local para o perfil fletido, que, quando
multiplicada pelo módulo de resistência elástico da seção transversal da barra,
fornece o valor do momento fletor desejado.

A Figura 27 apresenta a tela do programa após a análise do perfil. Obtém-se o fator


de carga igual a 6,2125. Este valor, quando multiplicado pela tensão de referência
informada (100 N/mm²), fornece o valor da tensão de flambagem elástica local, ou
seja:

𝜎𝑙 = 6,2125 × 100 = 621,25 𝑀𝑃𝑎 (87)

Desta forma, temos que o momento fletor de flambagem local elástica M l:

𝑀𝑙 = 𝑊𝑥 × 𝜎𝑙 = 90,26 × 62,125 = 5.607,4 𝑘𝑁𝑐𝑚 (88)

𝑀𝑅𝑒 2958,53
𝜆𝑙 = √ = √ 5.607,4 = 0,726 (89)
𝑀𝑙

Como λl < 0,776, o valor de momento fletor de associado à flambagem local é dado
por:

𝑀𝑅𝑙 = 𝑀𝑅𝑒 = 2958,53 𝑘𝑁𝑐𝑚 (90)


77

Figura 27: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue 250x85x25x2,65

c. Flambagem distorcional:

Neste caso, para o cálculo do momento fletor de flambagem elástica por distorção
Mdist também será utilizado o programa computacional CUFSM, por meio do qual é
possível obter o valor da tensão crítica de flambagem distorcional, que, quando
multiplicada pelo módulo de resistência elástico da seção transversal da barra,
fornece o valor do momento fletor desejado.

A Figura 28 apresenta a tela do programa após a análise do perfil. Obtém-se o fator


de carga igual a 4,97. Este valor, quando multiplicado pela tensão de referência
informada (100 N/mm²), fornece o valor da tensão de flambagem elástica local, ou
seja:

𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡 = 4,97 × 100 = 497 𝑀𝑃𝑎 (91)

𝑀𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝑊𝑥 𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡 = 90,26𝑥49,7 = 4485,92 𝑘𝑁𝑐𝑚 (92)


𝑊𝑥 𝑓𝑦 90,26𝑥34
𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡 = √ = √ 4485,92 = 0,827 (93)
𝑀𝑑𝑖𝑠𝑡

Como λdist > 0,673, o valor de momento fletor resistente associado à flambagem
distorcional MRdist é dado por:

0,22 𝑊𝑥 𝑓𝑦 0,22 90,26𝑥34


𝑀𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = (1 − 𝜆 )𝜆 = (1 − 0,827) × = 2723,65 𝑘𝑁𝑐𝑚 (94)
𝑑𝑖𝑠𝑡 𝑑𝑖𝑠𝑡 0,827
78

Figura 28: CUFSM – Flambagem distorcional para o perfil Ue 250x85x25x2,65 fletido

Portanto, como visto na seção 2.4.2.2, o valor característico do momento fletor


resistente MRk é considerado tomando-se o menor dos momentos MRe, MRl, e MRdist:
2723,65 kNcm.

O momento fletor resistente de cálculo MRd é dado por MRk / 1,1:

𝑀𝑅𝑘 2723,65
𝑀𝑅𝑑 = = = 2476,05 𝑘𝑁𝑐𝑚 (95)
1,1 1,1

O resultado acima encontrado, contudo, leva em consideração as características do


perfil informadas na literatura da qual o exemplo foi obtido. Refar-se-á o mesmo
exemplo com as características informadas na NBR 6355-2012, conforme exemplo a
seguir.

3.7.1.3 Exemplo 3 – Perfil fletido (Exemplo 2 modificado)

Este exemplo é uma adaptação do exemplo anterior, ajustando-se as propriedades


do perfil àqueles estabelecidos pela NBR 6355:2021, que padroniza os perfis
estruturais de aço formados a frio, na qual o programa está baseado.

Conforme a norma supramencionada, que dispõe sobre a padronização dos perfis


estruturais de aço formados a frio, as propriedades do perfil considerado no exemplo
anterior são informadas na Figura 29:
79

Figura 29: Principais dimensões e características geométricas para o perfil Ue 250x85x25x2,65,


conforme NBR 6355:2012
A = 11,99 cm²
Ix = 1.133,79 cm4
rx = 9,72 cm
xcg = 2,43 cm
x0 = 6,02 cm
Iy = 114,13 cm4
ry = 3,08 cm
J = 0,28 cm4
Cw = 14.733,46 cm6
r0 = 11,84 cm

a. Flambagem lateral com torção:

Sendo uma seção monossimétrica, fletida em torno do eixo de simetria, aqui


considerado como eixo x, tem-se que Me:

𝑀𝑒 = 𝐶𝑏 𝑟0 √𝑁𝑒𝑦 𝑁𝑒𝑧 (96)

sendo Ney:

𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 𝜋 2 𝑥20000𝑥114,13
𝑁𝑒𝑦 = 2 = = 563,21 𝑘𝑁 (97)
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 ) 2002

e Nez:

1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑧 = 𝑟 2 ( + 𝐺𝐽) (98)
0 𝐾𝑧 𝐿𝑧

1 𝜋 2 𝑥20000𝑥14733,46
𝑁𝑒𝑧 = 11,842 ( + 7700𝑥0,28) = 534,03 𝑘𝑁 (99)
2002

Como o momento é constante no trecho considerado, temos que C b = 1,0.

Logo:

𝑀𝑒 = 1,0𝑥11,84𝑥√563,21𝑥534,03 = 6493,36 𝑘𝑁𝑐𝑚 (100)


80

Conforme procedimento já explicado no exemplo anterior, calcula-se o momento


fletor resistente associado à flambagem global MRe.

𝑊𝑥 𝑓𝑦 90,7𝑥34
𝜆0 = √( ) = √(6493,36) = 0,689 (101)
𝑀𝑒

Como 0,6 < λ0 ≤ 1,336, tem-se:

𝑀𝑅𝑒 = 1,11(1 − 0,278𝜆20 )𝑊𝑥 𝑓𝑦 (102)

𝑀𝑅𝑒 = 1,11(1 − 0,278𝑥0,6892 )90,7𝑥34 = 2971,09 𝑘𝑁𝑐𝑚 (103)

b. Flambagem local

O valor de tensão elástica local foi obtido no exemplo anterior, o qual foi transcrito
aqui:

𝜎𝑙 = 621,25 𝑀𝑃𝑎 (104)

Desta forma, temos que o momento fletor de flambagem local elástica M l:

𝑀𝑙 = 𝑊𝑥 𝜎𝑙 = 90,7 × 62,125 = 5.634,74 𝑘𝑁𝑐𝑚 (105)

𝑀𝑅𝑒 2971,11
𝜆𝑙 = √ = √5.634,74 = 0,726 (106)
𝑀𝑙

Como λl < 0,776, o valor de momento fletor de associado à flambagem local MRl é
dado por:

𝑀𝑅𝑙 = 𝑀𝑅𝑒 = 2971,11 𝑘𝑁𝑐𝑚 (107)

c. Flambagem distorcional:

Apresenta-se, novamente, o valor de tensão elástica distorcional obtido no exemplo


anterior, por meio do programa computacional CUFSM:

𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡 = 497 𝑀𝑃𝑎 (108)

𝑀𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝑊𝑥 𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡 = 90,7𝑥49,7 = 4507,79 𝑘𝑁𝑐𝑚 (109)

𝑊𝑥 𝑓𝑦 90,7𝑥34
𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡 = √ = √4507,79 = 0,827 (110)
𝑀𝑑𝑖𝑠𝑡
81

Como λdist > 0,673, o valor de momento fletor resistente associado à flambagem
distorcional MRdist é dado por:

0,22 𝑊𝑥 𝑓𝑦 0,22 90,7𝑥34


𝑀𝑅𝑑𝑖𝑠𝑡 = (1 − 𝜆 )𝜆 = (1 − 0,827) 𝑥 = 2736,93 𝑘𝑁𝑐𝑚 (111)
𝑑𝑖𝑠𝑡 𝑑𝑖𝑠𝑡 0,827

Portanto, o valor característico do momento fletor resistente MRk é considerado


tomando-se o menor dos momentos MRe, MRl, e MRdist. O momento fletor resistente
de cálculo MRd é dado por MRk / 1,1:

𝑀𝑅𝑘 2736,93
𝑀𝑅𝑑 = = = 2488,12 𝑘𝑁𝑐𝑚 (112)
1,1 1,1

Note-se que o resultado é praticamente o mesmo de Javaroni (2015), sendo apenas


ajustados os valores característicos dos perfis para adequarem-se à Norma vigente,
e, consequentemente, obter-se uma comparação mais precisa com o programa
desenvolvido.

3.8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados obtidos nos exemplos anteriores são abaixo dispostos em quadros-


resumo, a fim de facilitar a comparação de resultados com os obtidos no programa
desenvolvido, com os respectivos erros percentuais.

3.8.1 Perfil submetido à compressão centrada

Tabela 1: Comparação dos resultados com o exemplo de validação de compressão axial

Terça biapoiada com dois tirantes, submetida a compressão


Parâmetro Exemplo de validação Programa desenvolvido Erro

Ne 429,90 kN 429,92 kN 0,00%


Nc,Re 264,04 kN 264,09 kN 0,02%
Nc,Rl 185,76 kN 185,03 kN 0,39%
Nc,Rdist 246,00 kN 249,12 kN 1,27%
Nc,Rd 154,80 kN 154,19 kN 0,39%

Nota-se que a maior diferença percentual entre os valores da literatura e os


disponibilizados pelo programa é de 1,27%, no valor da força axial de compressão
82

resistente associada à flambagem distorcional. Essa pequena diferença ocorre


devido ao fato de se usar programas diferentes para a obtenção dos fatores de
carga de análise de estabilidade elástica. Enquanto o exemplo de validação
(Javaroni, 2015) utilizou o CUFSM, o programa é executado com os valores obtidos
com o programa Instab. Isso é percebido quando compara-se os valores que não
dependem da utilização de tais programas, como o Ne e o Nc,Re.

3.8.2 Perfil submetido à flexão em torno da maior inércia

Tabela 2: Comparação dos resultados com o exemplo de validação de flexão (continua)

Terça biapoiada com dois tirantes, submetida a flexão


Parâmetro Exemplo de validação Programa desenvolvido Erro

Me 6488,6 kNcm 6493,33 kNcm 0,07%

MRe 2958,53 kNcm 2971,09 kNcm 0,42%

MRl 2958,53 kNcm 2971,09 kNcm 0,42%


MRdist 2723,65 kNcm 2758,71 kNcm 1,29%
MRd 2476,05 kNcm 2507,91 kNcm 1,29%

Como no exemplo anterior, a maior diferença entre os valores característicos


encontrados no exemplo de validação e os obtidos no programa desenvolvido está
no momento fletor resistente associado à flambagem distorcional, com erro de
1,29%. Contudo, essa diferença provavelmente está associada a dois fatores: a
utilização de programas diferentes de análise de estabilidade elástica (CUFSM no
exemplo de validação Instab no programa desenvolvido), e ao fato de que as
propriedades do perfil utilizado na literatura e os valores adotados pelo programa
desenvolvido serem sutilmente diferentes.

A seguir, mostra-se o quadro-resumo do mesmo exemplo, porém, com os valores


das propriedades do perfil ajustadas aos valores descritos pela Norma NBR 6355-
2012, que são os mesmos utilizados na ferramenta computacional desenvolvida.
83

Tabela 3: Comparação dos resultados com o exemplo de validação de flexão de perfil normatizado
Terça biapoiada com dois tirantes, submetida a flexão
Parâmetro Exemplo de validação Programa desenvolvido Erro

Me 6493,36 kNcm 6493,33 kNcm 0,00%


MRe 2971,09 kNcm 2971,09 kNcm 0,00%
MRl 2971,09 kNcm 2971,09 kNcm 0,00%
MRdist 2736,93 kNcm 2758,71 kNcm 0,80%
MRd 2488,12 kNcm 2507,91 kNcm 0,80%

Observa-se que, ao se utilizarem as propriedades do perfil como dispostas na


Norma, isto é, tal como utilizado pela ferramenta computacional desenvolvida, o
maior erro percentual, ainda associado à flambagem distorcional, é de 0,80%,
provavelmente decorrente da utilização de programas diferentes de análise de
estabilidade elástica. Essa suposição é razoável porque que os valores que não
dependem de tais programas (Me e MRe) são praticamente iguais (erro 0% ou muito
próximo de 0%).

Uma observação é que o valores característicos do momento resistente associado à


flambagem local, embora também dependam dos programas de análise de
estabilidade elástica, igualaram-se. Isso acontece porque, de acordo com o Método
da Resistência Direta, para o índice de esbeltez reduzido associado à flambagem
local encontrado (λl = 0,726), tem-se Ml = MRe.
84

4. APLICAÇÕES NUMÉRICAS

Após a validação do programa, a planilha foi utilizada em cálculos práticos. Algumas


aplicações numéricas são apresentadas, indicando qual o perfil mais econômico a
ser utilizado para a respectiva situação, considerando o perfil com menor massa
linear. Para tanto, foram utilizados valores típicos de carregamento e considerados
as mesmas propriedades mecânicas do aço.

4.1 DADOS DE ENTRADA DAS TERÇAS ANALISADAS NAS APLICAÇÕES


NUMÉRICAS

No Quadro 8 apresentam-se os dados de entrada utilizados, comuns a todas as


aplicações numéricas:

Quadro 8: Valores aplicados aos exemplos numéricos

Dados de carregamento

Tipos de carga Valores característicos

Permanente (kN/m) 0,3125

Sobrecarga (kN/m) 0,625

Vento para baixo (kN/m) 0

Vento para cima (kN/m) 1,5

Contraventamento (kN/m) 0

Inclinação da terça

Inclinação (graus) 5,71

Propriedades do aço

fy (kN/cm²) 30

E (kN/cm²) 20000

G (kN/cm²) 7700

Os valores do Quadro 8 foram adotados a partir das seguintes considerações:

Carga permanente: foram considerados os valores do manual elaborado por


D’ALAMBERT (2012), no qual o peso estimado de terças e tirantes é tomado como
85

0,05 kN/m² e o das telhas variam entre 0,06 e 0,12 kN/m², sendo estimado um valor
dentro dessa faixa (0,075 kN/m²). Assim sendo, a carga permanente resulta em
0,125 kN/m². Adotando-se o valor de espaçamento de 2,5 m entre terças, obtém-se
0,3125 kN/m.

Sobrecarga: foi adotado o valor típico de 0,25 kN/m², resultando em uma carga
distribuída de 0,625 kN/m.

Vento: considerou-se a velocidade característica na região de Vitória de 35 m/s e


utilizou-se o software VisualVentos, da Universidade de Passo Fundo, obtendo-se
uma pressão dinâmica de sucção de 0,60 kN/m², o que resulta numa força
distribuída de 1,5 kN/m.

Inclinação da terça: tomada igual a 5,71°, valor comum na prática de projetos de


cobertura.

Valores das propriedades do aço: os valores dos módulos de elasticidade do aço,


longitudinal e transversal, estão de acordo com a NBR 8800:2008 e a resistência ao
escoamento adotada correspondente a um aço estrutural normatizado e
comercializado.

Variou-se o comprimento da terça e número de tirantes, a fim de analisar-se os


perfis adequados na faixa variável proposta, como mostrado no Quadro 9:

Quadro 9: Comprimentos da terça e números de tirantes

Terça e tirantes

Comprimento (m) 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10

Número de Tirantes 0 1 2 3

4.2 RESULTADOS E ANÁLISES

4.2.1 Resultados

Os resultados são apresentados nos Apêndices 1, 2 e 3, os quais mostram,


respectivamente, para cada caso, o perfil mais econômico simples, enrijecido e o
mais econômico entre ambos.
86

As Tabelas 4 a 12 resumem os resultados encontrados para cada aplicação, e a


Tabela 13 resume as massas lineares dos perfis mais econômicos encontrados.

Tabela 4: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 6 metros

Terça de 6 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 300x100x3,35 200x75x3,35 200x75x2,65 200x50x2,65

Enrijecido 300x100x25x3,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00

Geral (U ou Ue) Ue Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) 12,49 5,92 5,92 5,92

Tabela 5: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 6,5 metros

Terça de 6,5 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 250x100x4,75 250x100x2,65 200x75x2,65 200x75x2,65

Enrijecido 300x100x25x3,75 200x85x25x2,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00

Geral (U ou Ue) Ue Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) 15,46 7,17 5,92 5,92

Tabela 6: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 7 metros

Terça de 7 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 300x100x4,75 250x100x2,65 200x75x3,00 200x75x3,00

Enrijecido 300x100x25x4,75 200x85x25x2,00 200x75x20x2,25 200x75x20x2,25

Geral (U ou Ue) U Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) 18,06 7,17 6,63 6,63

Tabela 7: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 7,5 metros

Terça de 7,5 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 250x100x6,30 250x100x3,00 200x75x3,35 200x75x3,35

Enrijecido - 300x85x25x2,25 250x85x25x2,00 200x75x20x2,25

Geral (U ou Ue) U Ue Ue Ue
87

Massa linear (kg/m) 21,23 8,92 7,17 6,63

Tabela 8: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 8 metros

Terça de 8 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 200x100x8,00 300x100x3,35 200x100x3,35 200x75x3,35

Enrijecido - 200x75x25x3,00 250x85x25x2,00 250x85x25x2,00

Geral (U ou Ue) U Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) 23,25 8,96 7,17 7,17

Tabela 9: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 8,5 metros

Terça de 8,5 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 200x100x8,00 300x100x3,35 200x100x3,75 200x75x3,75

Enrijecido - 200x75x25x3,00 300x85x25x2,00 300x85x25x2,00

Geral (U ou Ue) U Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) 23,25 8,96 7,96 7,96

Tabela 10: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 9 metros

Terça de 9 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples 300x100x8,00 300x100x3,75 250x100x3,35 200x75x4,25

Enrijecido - 300x100x25x2,65 300x85x25x2,25 300x85x25x2,00

Geral (U ou Ue) U Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) 29,53 11,08 8,92 7,96

Tabela 11: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 9,5 metros

Terça de 9,5 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples - 300x100x4,25 300x100x3,35 250x100x3,35

Enrijecido - 300x100x25x3,35 250x100x25x2,65 300x85x25x2,25

Geral (U ou Ue) - Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) - 13,88 10,04 8,92


88

Tabela 12: Perfis tipo U formados a frio mais econômicos para terças de 10 metros

Terça de 10 metros

Perfil 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

Simples - 250x100x6,30 200x100x4,75 300x100x3,35

Enrijecido - 300x100x25x4,25 300x100x25x2,65 250x100x25x2,65

Geral (U ou Ue) - Ue Ue Ue

Massa linear (kg/m) - 17,42 11,08 10,04

Tabela 13: Massas lineares dos perfis mais econômicos

Massas lineares dos perfis mais econômicos, em kg/m

Comprimento 0 Tirante 1 tirante 2 tirantes 3 tirantes

6 metros 12,49 5,92 5,92 5,92

6,5 metros 15,46 7,17 5,92 5,92

7 metros 18,06 7,17 6,63 6,63

7,5 metros 21,23 8,92 7,17 6,63

8 metros 23,25 8,96 7,17 7,17

8,5 metros 23,25 8,96 7,96 7,96

9 metros 29,53 11,08 8,92 7,96

9,5 metros - 13,88 10,04 8,92

10 metros - 17,42 11,08 10,04

4.2.2 Análises

Para subsidiar as análises, é apresentado no Gráfico 2 a relação entre a massa


linear do perfil mais econômico e o comprimento do vão das terças para cada
quantidade de tirantes adotada.
89

Gráfico 2: Massa linear do perfil mais econômico versus comprimento do vão

35

30

m (kg/m) 25

20

15

10

0
6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10
Comprimento (m)

Tirante 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirante 3

Das análises feitas por meio das Tabelas 4 a 13 e do Gráfico 2, pode-se fazer as seguintes
observações:

a) De forma geral, não utilizar nenhum tirante torna a cobertura menos econômica,
fazendo com que se utilizem perfis com massa linear muito maior sem necessidade;
b) Quase sempre o perfil enrijecido é mais vantajoso que o perfil simples, com exceção
dos casos em que não existem perfis enrijecidos com dimensões ou espessura
grandes o suficiente para suportar os esforços solicitantes, que são os casos de
terças com mais de 7 metros de comprimento e sem nenhum tirante. Isso acontece
porque os perfis simples alcançam espessuras muito maiores – quando as
dimensões do perfil são grandes – que os perfis enrijecidos. Tendo em consideração
a observação da alínea “a”, que mostra que é mais econômico utilizar tirantes, o
perfil enrijecido é a opção mais vantajosa para terças de cobertura com perfis
formados a frio;
c) Para terças menores do que 9 metros, faz pouca ou nenhuma diferença, em termos
do perfil utilizado, usar 2 ou 3 tirantes;
d) Considerando o aço utilizado nas terças e nos tirantes, geralmente utilizar 2 tirantes
é a opção ideal para terças com comprimento entre 6 e 9 metros;
e) Da tabela de perfis analisada, não existe perfil que vença vãos maiores que 9 metros
sem tirantes;
f) À medida em que se aumenta o comprimento da terça, torna-se matematicamente
mais relevante o número de tirantes a serem utilizados;
g) Como é de se esperar, quanto maior o comprimento da terça, maior a massa linear
do perfil mais econômico a utilizar-se para um mesmo número de tirantes. Outrossim,
90

é evidente que quanto mais tirantes se utilizem, menor a massa linear do perfil mais
econômico a ser utilizado, ressalvados os casos em que não faz diferença aumentar
o número de tirantes para obter-se um perfil mais econômico.

4.2.3 Notas sobre os apêndices

Os apêndices 1, 2 e 3 indicam os perfis mais econômicos a serem utilizados em


cada caso analisado, sendo que:
 O Apêndice 1 indica o perfil do tipo U simples mais econômico a ser utilizado
em cada caso, destacando em verde se o perfil é mais vantajoso que o perfil
enrijecido, para o mesmo caso;
 O Apêndice 2 indica o perfil do tipo U enrijecido mais econômico a ser
utilizado em cada caso, destacando em verde se o perfil é mais vantajoso que
o perfil simples, para o mesmo caso; e
 O Apêndice 3 indica o perfil U mais econômico para cada caso, comparando
os perfis indicados nos apêndices 1 e 2.
91

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 CONCLUSÕES

Neste estudo foi desenvolvida uma ferramenta computacional para o cálculo de


terças em perfil U simples e U enrijecido, de acordo com as normas brasileiras
aplicáveis. Os cálculos das terças submetidas à flexo-compressão foram feitos pelo
Método da Resistência Direta, normatizado na NBR 14762:2010, utilizando valores
de momentos críticos e forças críticas obtidos pelo método das faixas finitas,
fazendo-se análise de estabilidade elástica, com o uso do software CUFSM e da
tabela publicada por Pierin et al (2013), confeccionada com o auxílio do software
Instab.

A ferramenta computacional oferece uma ampla possibilidade de dados de entrada


para o usuário. Além disso, o programa diferencia as cargas permanentes das
cargas variáveis de sobrecarga e do vento, adequando com os respectivos
coeficientes, gerando um dimensionamento preciso e econômico. Como dados de
saída, o programa indica se o perfil está apto a ser usado para determinada
situação.

A ferramenta computacional foi validada com exemplos numéricos da literatura


(Javaroni, 2015). Verificou-se pela validação que o programa traz resultados
satisfatórios e que as pequenas diferenças em relação aos valores da literatura,
quando houveram, foram devido a utilização de softwares distintos para obtenção
das cargas críticas, o que se espera haver sempre que um software diferente for
utilizado. Assim, pode-se atestar a praticidade e a segurança da ferramenta nos
cálculos e dimensionamento de terças.

É também importante salientar que as aplicações numéricas desenvolvidas neste


trabalho evidenciaram a importância da utilização de tirantes na cobertura e, além
disso, sua utilização na quantidade adequada à economia do projeto, tornando-o
mais eficiente.

Espera-se que esta ferramenta facilite e contribua para o trabalho dos projetistas.
92

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Há ainda muito o que se explorar sobre o assunto. A seguir estão algumas


sugestões para pesquisas e trabalhos futuros:

 Criar uma interface para o programa;


 Expandir o programa para perfis Z, muito utilizados em terças de cobertura;
 Automatizar a busca pelo perfil mais econômico, de acordo com a situação
apresentada, o que é possível por meio do VBA; e
 Expandir o programa para terças contínuas, que estão sendo cada vez mais
utilizadas.
93

BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Saulo José de Castro. Análise numérica de perfis de aço formados a


frio comprimidos considerando imperfeições geométricas iniciais. 2007. 216 f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) - Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Rio de Janeiro). NBR 6355


– Perfis estruturais de aço formados a frio – Padronização. Rio de Janeiro:
ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Rio de Janeiro). NBR 14762


– Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a
frio. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Rio de Janeiro). NBR 8800


– Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.

BATISTA, E. M. Effective section method: A general direct method for the


design of steel cold-formed members under local-global buckling interaction.
Thin-Walled Strcutures vol. 48 (4-5), p. 345-356. 2010.

D’ALAMBERT, F. Coletânea do Uso do Aço: Galpões em Pórticos com Perfis


Estruturais Laminados. 5ª ed. Gerdau. 2012.

FAKURY, Ricardo H.; SILVA, Ana Lydia R. Castro E; CALDAS, Rodrigo B.;
Dimensionamento de elementos estruturais de aço e mistos de aço e concreto.
1ª ed. Pearson: São Paulo, 2016.

Manual Geral para Dimensionamento - Polydeck 59S: Formas de Aço


Colaborantes para Lajes Mistas. Perfilor. 2015.

JAVARONI, C.E. Perfis de aço formados a frio submetidos à flexão: análise


teórico-experimental. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo, 2002.

JAVARONI, C.E. Estruturas de aço: Dimensionamento de perfis formados a frio.


1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2015.

PHAM, C. H.; DAVIS, A. F.; EMMETT, B. R. Numerical investigation of cold-


formed lapped Z purlins under combined bending and shear. Journal of
Constructional Steel Research, vol. 95, p. 116-125. 2014.

PIERIN, Igor; SILVA, Valdir Pignatta; ROVERE, Henriette Lebre La. Forças normais
e momentos críticos de perfis formados a frio. Revista da Estrutura de Aço, vol.
2, p. 21-40. 2013.
94

SCHAFER, B. W.; PEKOZ, T. Computational modeling of cold-formed steel:


characterizing geometric imperfections and residual stresses. Journal of
Constructional Steel Research 47. 1998.

SENA, Janderson Leitão. Análise da flambagem elástica de perfis de aço


formados a frio com seções assimétricas na compressão axial e na flexão
oblíqua. 2017. 211 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

SILVA, E. L.; PIERIN, I.; SILVA, V. P. Manual de construção em aço - Estruturas


compostas por perfis formados a frio – Dimensionamento pelo método das
larguras efetivas e aplicação conforme ABNT NBR 14762:2010 e ABNT NBR
6355:2012. Rio de Janeiro, 2014.

YU, Wei-Wen; LABOUBE, Roger A. Cold-Formed Steel Design. 4th ed. New
Jersey, 2010.
95

APÊNDICE A

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continua)

6 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 805,07 805,07 805,07 805,07

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 59,46 14,87 5,29 3,18

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 5,37 5,37 5,37 5,37

Cortante nas mesas (kN) 0,20 0,12 0,08 0,06

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 600 Normal (kN) 59,32 95,16 92,89 79,77

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1084,78 1132,7 1015,93 895,55

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 396,47 261,01 225,27 102,55

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 103,10 109,64 71,87 71,87

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 54,82 41,11 32,52 21,68

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,892 0,768 0,816 0,93

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,466 1,487 1,85 2,428

Flecha Máxima (cm) 5 5 5 5

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,0932 0,2974 0,37 0,4856

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,366 1,167 1,452 1,905

Flecha Máxima (cm) 3,333 3,333 3,333 3,333

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,109810981 0,350135014 0,435643564 0,571557156

Seção U mais econômica 300x100x3,35 200x75x3,35 200x75x2,65 200x50x2,65


96

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

6 ,5 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 944,84 944,84 944,84 944,84

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 69,79 17,45 6,2 3,73

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 5,81 5,81 5,81 5,81

Cortante nas mesas (kN) 0,21 0,13 0,09 0,07

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 650 Normal (kN) 66,56 86,88 86,46 97,74

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1277,74 1252,92 984,37 1077,51

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 559,60 359,54 222,74 225,27

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 194,32 61,24 71,87 71,87

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 77,73 43,36 32,52 32,52

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,864 0,803 0,988 0,893

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,713 1,231 2,549 2,549

Flecha Máxima (cm) 5,417 5,417 5,417 5,417

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,131622669 0,227247554 0,470555658 0,470555658

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,559 0,966 1,999 1,999

Flecha Máxima (cm) 3,611 3,611 3,611 3,611

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,154804763 0,267515924 0,553586264 0,553586264

Seção U mais econômica 250x100x4,75 250x100x2,65 200x75x2,65 200x75x2,65


97

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

7 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1095,79 1095,79 1095,79 1095,79

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 80,94 20,23 7,19 4,33

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 6,26 6,26 6,26 6,26

Cortante nas mesas (kN) 0,23 0,14 0,09 0,07

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 700 Normal (kN) 60,41 79,58 99,15 112,96

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1339,94 1191,68 1166,17 1296,57

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 569,55 353,49 247,35 253,64

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 230,92 61,24 92,11 92,11

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 77,73 43,36 36,82 36,82

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,960 0,977 0,969 0,862

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,629 1,656 3,052 3,052

Flecha Máxima (cm) 5,833 5,833 5,833 5,833

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,107834733 0,283901937 0,523229899 0,523229899

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,494 1,299 2,395 2,395

Flecha Máxima (cm) 3,889 3,889 3,889 3,889

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,127024942 0,334019028 0,615839547 0,615839547

Seção U mais econômica 300x100x4,75 250x100x2,65 200x75x3,00 200x75x3,00


98

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

7,5 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1257,93 1257,93 1257,93 1257,93

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 92,91 23,23 8,26 4,97

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 6,71 6,71 6,71 6,71

Cortante nas mesas (kN) 0,25 0,15 0,10 0,08

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 750 Normal (kN) 64,59 91,37 107,98 126,84

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1641,70 1388,81 1345,55 1520,18

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 792,94 410,21 271,39 281,73

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 257,73 88,85 109,64 109,64

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 103,09 49,09 41,11 41,11

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,883 0,962 0,965 0,845

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,982 1,939 3,654 3,631

Flecha Máxima (cm) 6,25 6,25 6,25 6,25

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,15712 0,31024 0,58464 0,58096

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,771 1,522 2,866 2,849

Flecha Máxima (cm) 4,167 4,167 4,167 4,167

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,185025198 0,36525078 0,687784977 0,683705304

Seção U mais econômica 250x100x6,30 250x100x3,00 200x75x3,35 200x75x3,35


99

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

8 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1431,24 1431,24 1431,24 1431,24

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 105,71 26,43 9,4 5,66

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 7,16 7,16 7,16 7,16

Cortante nas mesas (kN) 0,26 0,17 0,11 0,08

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 800 Normal (kN) 64,64 103,43 112,09 118,3

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1995,61 1573,77 1537,55 1488,96

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 1020,39 448,06 465,04 281,73

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 261,82 114,86 109,64 109,64

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 130,91 54,82 54,82 41,11

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,821 0,968 0,951 0,981

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 1,778 2,274 3,791 4,701

Flecha Máxima (cm) 6,667 6,667 6,667 6,667

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,266686666 0,341082946 0,568621569 0,705114744

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 1,395 1,784 2,974 3,688

Flecha Máxima (cm) 4,444 4,444 4,444 4,444

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,313906391 0,401440144 0,669216922 0,829882988

Seção U mais econômica 200x100x8,00 250x100x3,35 200x100x3,35 200x75x3,35


100

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

8,5 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1615,74 1615,74 1615,74 1615,74

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 119,34 29,83 10,61 6,38

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 7,60 7,6 7,60 7,6

Cortante nas mesas (kN) 0,28 0,18 0,11 0,09

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 850 Normal (kN) 57,26 104,31 119,81 119,6

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1866,63 1817,36 1811,86 1731,5

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 1015,04 466,69 511,21 311,75

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 261,82 103,1 122,73 122,73

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 130,91 54,82 61,36 46,02

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,983 0,953 0,913 0,954

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 2,305 1,893 4,352 5,402

Flecha Máxima (cm) 7,083 7,083 7,083 7,083

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,325427079 0,267259636 0,614428914 0,762671185

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 1,808 1,485 3,414 4,238

Flecha Máxima (cm) 4,722 4,722 4,722 4,722

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,382888607 0,314485388 0,722998729 0,897501059

Seção U mais econômica 200x100x8,00 300x100x3,35 200x100x3,75 200x75x3,75


101

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

9 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1811,41 1811,41 1811,41 1811,41

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 133,79 33,45 11,89 7,16

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 8,05 8,05 8,05 8,05

Cortante nas mesas (kN) 0,30 0,19 0,12 0,09

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 900 Normal (kN) 58,08 115,57 127,44 122,42

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 2205,38 2052,96 1935,99 1893,15

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 1073,77 513,24 487,02 348,64

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 392,73 143,93 114,86 139,09

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 130,91 61,36 54,85 52,16

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,946 0,948 0,96 0,977

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 1,091 2,163 3,624 6,061

Flecha Máxima (cm) 7,5 7,5 7,5 7,5

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,145466667 0,2884 0,4832 0,808133333

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,856 1,697 2,843 4,755

Flecha Máxima (cm) 5 5 5 5

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,1712 0,3394 0,5686 0,951

Seção U mais econômica 300x100x8,00 300x100x3,75 250x100x3,35 200x75x4,25


102

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

9,5 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 2018,27 2018,27 2018,27 2018,27

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 149,07 37,27 13,25 7,98

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 8,50 8,5 8,50 8,5

Cortante nas mesas (kN) 0,31 0,20 0,13 0,10

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 950 Normal (kN) - 118,35 139,1 138,37

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 2165,38 2370,77 2106,44

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 574,39 506,02 503,18

fy (kN/cm²) 30 Cortante (kN) - 184,87 103,10 114,86

E (kN/cm²) 20000 Cortante na alma (kN) 69,55 54,82 54,82

G (kN/cm²) 7700 Cortante nas mesas (kN) - 0,997 0,878 0,974

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 2,407 2,931 4,499

Flecha Máxima (cm) 7,917 7,917 7,917 7,917

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,304029304 0,370215991 0,56827081

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 1,888 2,299 3,529

Flecha Máxima (cm) 5,278 5,278 5,278 5,278

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,357711254 0,43558166 0,668624479

Seção U mais econômica - 300x100x4,25 300x100x3,35 250x100x3,35


103

PERFIS TIPO U SIMPLES FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (conclusão)

10 metros (Seção U)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 2236,31 2236,31 2236,31 2236,31

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 165,17 41,29 14,68 8,84

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 8,95 8,95 8,95 8,95

Cortante nas mesas (kN) 0,33 0,21 0,13 0,10

Dados da Barra Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 1000 Normal (kN) - 145,32 117,41 154,65

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 2826,64 2452,17 2622,87

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 836,63 619,45 513,66

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 257,73 155,45 103,1

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 103,09 77,73 54,82

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,841 0,936 0,87

Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 3,116 6,727 3,598

Flecha Máxima (cm) 8,333 8,333 8,333 8,333

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,373934957 0,807272291 0,431777271

Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 2,445 5,278 2,823

Flecha Máxima (cm) 5,556 5,556 5,556 5,556

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,440064795 0,949964003 0,508099352

Seção U mais econômica - 250x100x6,30 200x100x4,75 300x100x3,35


104

APÊNDICE B

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continua)

6 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 805,07 805,07 805,07 805,07

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 59,46 14,87 5,29 3,18

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 5,37 5,37 5,37 5,37

Cortante nas mesas (kN) 0,20 0,12 0,08 0,06

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 600 Normal (kN) 79,93 57,51 75,79 82,07

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1452,46 939,36 1113,99 1113,99

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 151,35 110,35 193,86 221,5

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 74,05 32,91 32,91 32,91

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 49,09 24,55 24,75 24,75

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,947 0,992 0,75 0,737

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,465 2,15 2,146 2,146

Flecha Máxima (cm) 5 5 5 5

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,093 0,43 0,4292 0,4292

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,365 1,687 1,684 1,684

Flecha Máxima (cm) 3,333 3,333 3,333 3,333

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,109510951 0,506150615 0,505250525 0,505250525

Seção U mais econômica 300x100x25x3,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00


105

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

6,5 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 944,84 944,84 944,84 944,84

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 69,79 17,45 6,2 3,73

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 5,81 5,81 5,81 5,81

Cortante nas mesas (kN) 0,21 0,13 0,09 0,07

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 650 Normal (kN) 82,30 67,6 70,92 77,81

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1595,54 1436,71 1113,99 1113,99

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 176,30 160,9 182,38 215,32

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 143,93 26,33 32,91 32,91

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 61,36 27,82 24,55 24,55

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,988 0,766 0,882 0,866

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,522 1,586 2,956 2,956

Flecha Máxima (cm) 5,417 5,417 5,417 5,417

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,096363301 0,292781983 0,545689496 0,545689496

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,41 1,244 2,319 2,319

Flecha Máxima (cm) 3,611 3,611 3,611 3,611

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,113541955 0,344502908 0,642204376 0,642204376

Seção U mais econômica 300x100x25x3,75 250x85x25x2,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00


106

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

7 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1095,79 1095,79 1095,79 1095,79

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 80,94 20,23 7,19 4,33

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 6,26 6,26 6,26 6,26

Cortante nas mesas (kN) 0,23 0,14 0,09 0,07

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 700 Normal (kN) 85,82 62,17 80,19 89,12

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) 1855,13 1369,47 1252,81 1299,79

Características do Aço Momento em Y (kNcm) 226,52 145,99 195,1 250,56

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) 230,92 26,33 46,86 46,86

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) 77,73 27,82 27,61 27,61

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração 0,948 0,939 0,912 0,86

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) 0,568 2,133 3,565 3,565

Flecha Máxima (cm) 5,833 5,833 5,833 5,833

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,097376993 0,365678039 0,611177782 0,611177782

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) 0,446 1,673 2,797 2,797

Flecha Máxima (cm) 3,889 3,889 3,889 3,889

Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,114682438 0,430187709 0,719208023 0,719208023

Seção U mais econômica 300x100x25x4,75 250x85x25x2,00 200x75x20x2,25 200x75x20x2,25


107

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

7,5 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1257,93 1257,93 1257,93 1257,93

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 92,91 23,23 8,26 4,97

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 6,71 6,71 6,71 6,71

Cortante nas mesas (kN) 0,25 0,15 0,10 0,08

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 750 Normal (kN) - 73,35 77,54 83,72

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 1781,17 1587,6 1299,79

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 157,73 219,3 241,75

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 31,24 26,33 46,86

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 31,3 27,82 27,61

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,853 0,83 0,988

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 1,636 2,81 4,698

Flecha Máxima (cm) 6,25 6,25 6,25 6,25

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,26176 0,4496 0,75168

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 1,284 2,205 3,685

Flecha Máxima (cm) 4,167 4,167 4,167 4,167

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,308135349 0,529157667 0,884329254

Seção U mais econômica - 300x85x25x2,25 250x85x25x2,00 200x75x20x2,25


108

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

8 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1431,24 1431,24 1431,24 1431,24

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 105,71 26,43 9,4 5,66

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 7,16 7,16 7,16 7,16

Cortante nas mesas (kN) 0,26 0,17 0,11 0,08

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 800 Normal (kN) - 78,76 73,45 81,14

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 1896,82 1570,48 1587,6

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 460,91 206,12 251,8

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 92,11 26,33 26,33

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 36,82 27,82 27,82

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,812 0,957 0,924

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 4,559 3,638 3,638

Flecha Máxima (cm) 6,667 6,667 6,667 6,667

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,683815809 0,545672716 0,545672716

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 3,576 2,854 2,854

Flecha Máxima (cm) 4,444 4,444 4,444 4,444

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,804680468 0,642214221 0,642214221

Seção U mais econômica - 200x75x25x3,00 250x85x25x2,00 250x85x25x2,00


109

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

8,5 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1615,74 1615,74 1615,74 1615,74

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 119,34 29,83 10,61 6,38

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 7,6 7,6 7,6 7,6

Cortante nas mesas (kN) 0,28 0,18 0,11 0,09

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 850 Normal (kN) - 69,76 75,31 83,96

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 1896,82 1763,39 1918,59

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 460,91 191,26 236,24

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 92,11 21,94 21,94

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 36,82 27,82 27,82

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,917 0,972 0,869

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 5,81 3,018 3,018

Flecha Máxima (cm) 7,083 7,083 7,083 7,083

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,820273895 0,42609064 0,42609064

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 4,558 2,367 2,367

Flecha Máxima (cm) 4,722 4,722 4,722 4,722

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,965268954 0,501270648 0,501270648

Seção U mais econômica - 200x75x25x3,00 300x85x25x2,00 300x85x25x2,00


110

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

9 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 1811,41 1811,41 1811,41 1811,41

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 133,79 33,45 11,89 7,16

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 8,05 8,05 8,05 8,05

Cortante nas mesas (kN) 0,30 0,19 0,12 0,09

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 900 Normal (kN) - 91,44 87,63 81,05

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 2172,75 2075,78 1894,79

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 219,5 215,29 229,46

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 51,04 31,24 21,94

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 43,36 31,3 27,82

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,986 0,928 0,987

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 2,671 3,393 3,93

Flecha Máxima (cm) 7,5 7,5 7,5 7,5

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,356133333 0,4524 0,524

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 2,096 2,662 2,976

Flecha Máxima (cm) 5 5 5 5

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,4192 0,5324 0,5952

Seção U mais econômica - 300x100x25x2,65 300x85x25x2,25 300x85x25x2,00


111

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (continuação)

9,5 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 2018,27 2018,27 2018,27 2018,27

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 149,07 37,27 13,25 7,98

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 8,5 8,5 8,5 8,5

Cortante nas mesas (kN) 0,31 0,20 0,13 0,10

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 950 Normal (kN) - 128,06 107,3 95,26

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 2496,75 2377,61 2259,71

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 255,15 375,35 268,4

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 103,1 61,24 31,24

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 54,82 43,36 31,3

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,954 0,884 0,923

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 2,662 5,023 4,212

Flecha Máxima (cm) 7,917 7,917 7,917 7,917

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,336238474 0,634457497 0,532019704

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 2,089 3,94 3,305

Flecha Máxima (cm) 5,278 5,278 5,278 5,278

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,395793861 0,746494884 0,626184161

Seção U mais econômica - 300x100x25x3,35 250x100x25x2,65 300x85x25x2,25


112

PERFIS TIPO U ENRIJECIDO FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – APLICAÇÕES PRÁTICAS (conclusão)

10 metros (Seção Ue)

Tipos de Carga Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes

Permanente (kN/m) 0,3125 Esforços Solicitantes Esforços Solicitantes

Sobrecarga (kN/m) 0,625 Normal (kN) 0 0 0 0

Vento para baixo (kN/m) 0 Momento em X (kNcm) 2236,31 2236,31 2236,31 2236,31

Vento para cima (kN/m) 1,5 Momento em Y (kNcm) 165,17 41,29 14,68 8,84

Contraventamento (kN/m) 0 Cortante na alma (kN) 8,95 8,95 8,95 8,95

Cortante nas mesas (kN) 0,33 0,21 0,13 0,11

Dados da Barra Esforços Resistentes Esforços Resistentes

Comprimento Destravado (cm) 1000 Normal (kN) - 154,04 115,27 114,58

Inclinação (graus) 5,71 Momento em X (kNcm) - 2899,2 2923,53 2377,61

Características do Aço Momento em Y (kNcm) - 308,72 363,31 465,47

fy (kN/cm²) 30 Cortante na alma (kN) - 184,87 51,04 61,24

E (kN/cm²) 20000 Cortante nas mesas (kN) - 69,55 43,36 43,36

G (kN/cm²) 7700 Equação de Iteração - 0,905 0,805 0,96

Flecha no Sentido Ascendente Flecha no Sentido Ascendente

Flecha Total (cm) - 2,621 4,031 6,166

Flecha Máxima (cm) 8,333 8,333 8,333 8,333

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,314532581 0,48373935 0,739949598

Flecha no Sentido Descendente Flecha no Sentido Descendente

Flecha Total (cm) - 2,056 3,162 4,838

Flecha Máxima (cm) 5,556 5,556 5,556 5,556

Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,370050396 0,569114471 0,870770338

Seção U mais econômica - 300x100x25x4,25 300x100x25x2,65 250x100x25x2,65


113

APÊNDICE C

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continua)

6 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 805,07 805,07 805,07 805,07
Momento em Y (kNcm) 59,46 14,87 5,29 3,18
Cortante na alma (kN) 5,37 5,37 5,37 5,37
Cortante nas mesas (kN) 0,20 0,12 0,08 0,06
Esforços Resistentes
Normal (kN) 79,93 57,51 75,79 82,07
Momento em X (kNcm) 1452,46 939,36 1113,99 1113,99
Momento em Y (kNcm) 151,35 110,35 193,86 221,5
Cortante na alma (kN) 74,05 32,91 32,91 32,91
Cortante nas mesas (kN) 49,09 24,55 24,75 24,75
Equação de Iteração 0,947 0,992 0,75 0,737
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 0,465 2,15 2,146 2,146
Flecha Máxima (cm) 5 5 5 5
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,093 0,43 0,4292 0,4292
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 0,365 1,687 1,684 1,684
Flecha Máxima (cm) 3,333 3,333 3,333 3,333
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,109510951 0,506150615 0,505250525 0,505250525
Seção U mais econômica 300x100x25x3,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00
114

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

6,5 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 944,84 944,84 944,84 944,84
Momento em Y (kNcm) 69,79 17,45 6,2 3,73
Cortante na alma (kN) 5,81 5,81 5,81 5,81
Cortante nas mesas (kN) 0,21 0,13 0,09 0,07
Esforços Resistentes
Normal (kN) 82,30 67,6 70,92 77,81
Momento em X (kNcm) 1595,54 1436,71 1113,99 1113,99
Momento em Y (kNcm) 176,30 160,9 182,38 215,32
Cortante na alma (kN) 143,93 26,33 32,91 32,91
Cortante nas mesas (kN) 61,36 27,82 24,55 24,55
Equação de Iteração 0,988 0,766 0,882 0,866
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 0,522 1,586 2,956 2,956
Flecha Máxima (cm) 5,417 5,417 5,417 5,417
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,096363301 0,292781983 0,545689496 0,545689496
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 0,41 1,244 2,319 2,319
Flecha Máxima (cm) 3,611 3,611 3,611 3,611
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,113541955 0,344502908 0,642204376 0,642204376
Seção U mais econômica 300x100x25x3,75 250x85x25x2,00 200x75x20x2,00 200x75x20x2,00
115

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

7 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 1095,79 1095,79 1095,79 1095,79
Momento em Y (kNcm) 80,94 20,23 7,19 4,33
Cortante na alma (kN) 6,26 6,26 6,26 6,26
Cortante nas mesas (kN) 0,23 0,14 0,09 0,07
Esforços Resistentes
Normal (kN) 60,41 62,17 80,19 89,12
Momento em X (kNcm) 1339,94 1369,47 1252,81 1299,79
Momento em Y (kNcm) 569,55 145,99 195,1 250,56
Cortante na alma (kN) 230,92 26,33 46,86 46,86
Cortante nas mesas (kN) 77,73 27,82 27,61 27,61
Equação de Iteração 0,960 0,939 0,912 0,86
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 0,629 2,133 3,565 3,565
Flecha Máxima (cm) 5,833 5,833 5,833 5,833
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,107834733 0,365678039 0,611177782 0,611177782
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 0,494 1,673 2,797 2,797
Flecha Máxima (cm) 3,889 3,889 3,889 3,889
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,127024942 0,430187709 0,719208023 0,719208023
Seção U mais econômica 300x100x4,75 250x85x25x2,00 200x75x20x2,25 200x75x20x2,25
116

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

7,5 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 1257,93 1257,93 1257,93 1257,93
Momento em Y (kNcm) 92,91 23,23 8,26 4,97
Cortante na alma (kN) 6,71 6,71 6,71 6,71
Cortante nas mesas (kN) 0,25 0,15 0,10 0,08
Esforços Resistentes
Normal (kN) 64,59 73,35 77,54 83,72
Momento em X (kNcm) 1641,70 1781,17 1587,6 1299,79
Momento em Y (kNcm) 792,94 157,73 219,3 241,75
Cortante na alma (kN) 257,73 31,24 26,33 46,86
Cortante nas mesas (kN) 103,09 31,3 27,82 27,61
Equação de Iteração 0,883 0,853 0,83 0,988
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 0,982 1,636 2,81 4,698
Flecha Máxima (cm) 6,25 6,25 6,25 6,25
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,15712 0,26176 0,4496 0,75168
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 0,771 1,284 2,205 3,685
Flecha Máxima (cm) 4,167 4,167 4,167 4,167
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,185025198 0,308135349 0,529157667 0,884329254
Seção U mais econômica 250x100x6,30 300x85x25x2,25 250x85x25x2,00 200x75x20x2,25
117

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

8 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 1431,24 1431,24 1431,24 1431,24
Momento em Y (kNcm) 105,71 26,43 9,4 5,66
Cortante na alma (kN) 7,16 7,16 7,16 7,16
Cortante nas mesas (kN) 0,26 0,17 0,11 0,08
Esforços Resistentes
Normal (kN) 64,64 78,76 73,45 81,14
Momento em X (kNcm) 1995,61 1896,82 1570,48 1587,6
Momento em Y (kNcm) 1020,39 460,91 206,12 251,8
Cortante na alma (kN) 261,82 92,11 26,33 26,33
Cortante nas mesas (kN) 130,91 36,82 27,82 27,82
Equação de Iteração 0,821 0,812 0,957 0,924
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 1,778 4,559 3,638 3,638
Flecha Máxima (cm) 6,667 6,667 6,667 6,667
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,266686666 0,683815809 0,545672716 0,545672716
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 1,395 3,576 2,854 2,854
Flecha Máxima (cm) 4,444 4,444 4,444 4,444
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,313906391 0,804680468 0,642214221 0,642214221
Seção U mais econômica 200x100x8,00 200x75x25x3,00 250x85x25x2,00 250x85x25x2,00
118

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

8,5 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 1615,74 1615,74 1615,74 1615,74
Momento em Y (kNcm) 119,34 29,83 10,61 6,38
Cortante na alma (kN) 7,60 7,6 7,6 7,6
Cortante nas mesas (kN) 0,28 0,18 0,11 0,09
Esforços Resistentes
Normal (kN) 57,26 69,76 75,31 83,96
Momento em X (kNcm) 1866,63 1896,82 1763,39 1918,59
Momento em Y (kNcm) 1015,04 460,91 191,26 236,24
Cortante na alma (kN) 261,82 92,11 21,94 21,94
Cortante nas mesas (kN) 130,91 36,82 27,82 27,82
Equação de Iteração 0,983 0,917 0,972 0,869
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 2,305 5,81 3,018 3,018
Flecha Máxima (cm) 7,083 7,083 7,083 7,083
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,325427079 0,820273895 0,42609064 0,42609064
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 1,808 4,558 2,367 2,367
Flecha Máxima (cm) 4,722 4,722 4,722 4,722
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,382888607 0,965268954 0,501270648 0,501270648
Seção U mais econômica 200x100x8,00 200x75x25x3,00 300x85x25x2,00 300x85x25x2,00
119

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

9 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 1811,41 1811,41 1811,41 1811,41
Momento em Y (kNcm) 133,79 33,45 11,89 7,16
Cortante na alma (kN) 8,05 8,05 8,05 8,05
Cortante nas mesas (kN) 0,30 0,19 0,12 0,09
Esforços Resistentes
Normal (kN) 58,08 91,44 87,63 81,05
Momento em X (kNcm) 2205,38 2172,75 2075,78 1894,79
Momento em Y (kNcm) 1073,77 219,5 215,29 229,46
Cortante na alma (kN) 392,73 51,04 31,24 21,94
Cortante nas mesas (kN) 130,91 43,36 31,3 27,82
Equação de Iteração 0,946 0,986 0,928 0,987
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) 1,091 2,671 3,393 3,93
Flecha Máxima (cm) 7,5 7,5 7,5 7,5
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,145466667 0,356133333 0,4524 0,524
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) 0,856 2,096 2,662 2,976
Flecha Máxima (cm) 5 5 5 5
Relação Flecha Total e Flecha Máxima 0,1712 0,4192 0,5324 0,5952
Seção U mais econômica 300x100x8,00 300x100x25x2,65 300x85x25x2,25 300x85x25x2,00
120

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (continuação)

9,5 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 2018,27 2018,27 2018,27 2018,27
Momento em Y (kNcm) 149,07 37,27 13,25 7,98
Cortante na alma (kN) 8,5 8,5 8,5 8,5
Cortante nas mesas (kN) 0,31 0,20 0,13 0,10
Esforços Resistentes
Normal (kN) - 128,06 107,3 95,26
Momento em X (kNcm) - 2496,75 2377,61 2259,71
Momento em Y (kNcm) - 255,15 375,35 268,4
Cortante na alma (kN) - 103,1 61,24 31,24
Cortante nas mesas (kN) - 54,82 43,36 31,3
Equação de Iteração - 0,954 0,884 0,923
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) - 2,662 5,023 4,212
Flecha Máxima (cm) 7,917 7,917 7,917 7,917
Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,336238474 0,634457497 0,532019704
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) - 2,089 3,94 3,305
Flecha Máxima (cm) 5,278 5,278 5,278 5,278
Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,395793861 0,746494884 0,626184161
Seção U mais econômica - 300x100x25x3,35 250x100x25x2,65 300x85x25x2,25
121

PERFIS TIPO U FORMADOS A FRIO MAIS ECONÔMICOS PARA


TERÇAS DE COBERTURA – GERAL (conclusão)

10 metros
Esforços e Flechas 0 Tirante 1 Tirante 2 Tirantes 3 Tirantes
Esforços Solicitantes
Normal (kN) 0 0 0 0
Momento em X (kNcm) 2236,31 2236,31 2236,31 2236,31
Momento em Y (kNcm) 165,17 41,29 14,68 8,84
Cortante na alma (kN) 8,95 8,95 8,95 8,95
Cortante nas mesas (kN) 0,33 0,21 0,13 0,10
Esforços Resistentes
Normal (kN) - 154,04 115,27 114,58
Momento em X (kNcm) - 2899,2 2923,53 2377,61
Momento em Y (kNcm) - 308,72 363,31 465,47
Cortante na alma (kN) - 184,87 51,04 61,24
Cortante nas mesas (kN) - 69,55 43,36 43,36
Equação de Iteração - 0,905 0,805 0,96
Flecha no Sentido Ascendente
Flecha Total (cm) - 2,621 4,031 6,166
Flecha Máxima (cm) 8,333 8,333 8,333 8,333
Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,314532581 0,48373935 0,739949598
Flecha no Sentido Descendente
Flecha Total (cm) - 2,056 3,162 4,838
Flecha Máxima (cm) 5,556 5,556 5,556 5,556
Relação Flecha Total e Flecha Máxima - 0,370050396 0,569114471 0,870770338
Seção U mais econômica - 300x100x25x4,25 300x100x25x2,65 250x100x25x2,65
122

ANEXO I

PERFIL U SIMPLES – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(continua)
123

PERFIL U SIMPLES – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(continuação)
124

PERFIL U SIMPLES – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(continuação)
125

PERFIL U SIMPLES – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(continuação)
126

PERFIL U SIMPLES – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(conclusão)
127

ANEXO II

PERFIL U ENRIJECIDO – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(continua)
128

PERFIL U ENRIJECIDO – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(continuação)
129

PERFIL U ENRIJECIDO – AÇO SEM REVESTIMENTO – DIMENSÕES, MASSAS E


PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS (PADRONIZADO PELA ABNT NBR 6355:2012)
(conclusão)

Você também pode gostar