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CLIENTE:

Gal Metalclara
OBRA:
Linha de Vida móvel

LINHA DE VIDA MÓVEL

PARA INSTALAÇÃO EM CAMINHÃO

Cliente: METALCLARA –Sete Lagoas – MG.

r. t. Engº. Edézio Antonio Beleigoli dezembro/2019


CREA-MG. 18828
edezioantoniob@gmail.com

CÁLCULO: APROVAÇÃO: DATA: FOLHA: REVISÃO:


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1) Descrição.

A presente memória de cálculo refere-se ao cálculo e dimensionamento da


linha de vida montada sobre carroceria de caminhão para a segurança do pessoal
em trabalho de carga e descarga de material.

A foto da figura 1, ilustra a instalação da linha de vida em caminhão.

Figura 1

2) Premissas de cálculo.

O cabo guia será ancorado em duas hastes verticais metálicas tubulares presas à
carroceria do caminhão e simplesmente apoiadas no piso. O cabo, esticado na horizontal, passa
pelas hastes e desce até ser fixado em outro ponto das hastes o que constitui sua amarração final,
Pois, no tôpo das hastes o cabo simplesmente toca a haste neste ponto superior e desce até o
gancho de amarração.

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Figura 2 – Pórtico – 2 hastes e um cabo


Linha vermelha = hastes ; linha azul = cabo.

3) Cargas:
Será considerado para dimensionamento a carga de dois homens
trabalhando simultaneamente e com o equipamento individual, talabarte , ligado
ao cabo guia. Será considerada a massa de 120kg para cada homem = 240kg.

4) Desenvolvimento do cálculo.
O conjunto hastes mais cabo, será dimensionado para a situação mais crítica
que é no caso de ocorrer a queda.

A altura total de queda, quando os homens estiverem sobre a carga será adotada
como sendo de 3.0m.
4.1) Força de impacto. (Fi)
A força de impacto que ocorre no caso de queda, entendendo que este
impacto não é com o solo como já foi explicado. Este impacto é um impedimento
da continuação da queda cuja força será transmitida ao cabo através dos acessórios
que interliga o homem ao cabo guia (talabarte mais extensão através de cabos).
Consideração: no caso de queda o homem não vai atingir o piso, já que o
propósito da linha de vida é evitar o impacto do corpo com o piso seja ele de
qualquer naureza (solo, pedra, asfalto, concreto, et.) pois neste caso em estudo, à
medida em que a carga vai diminuindo de altura o homem fica mais distante do
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cabo guia, portanto, na prática há que se prever esta compensação de distancia


instalando uma extensão do talabarte.

A força de impacto Fi, é dada pela seguinte expressão.

Fi = M . g . h / D (equação 1)

Conhecemos M = 240kg ; g = 10m/s2 aceleração da gravidade

H = altura de queda d = 3.0m

D = distancia percorrida pelo corpo em queda desde o inicio do


Impacto até o final (quando então o corpo vai parar e ficar
suspenso.

Figura 3 – deformação do cabo no caso de queda.

A distancia f da figura corresponde à distancia percorrida pelo corpo desde o


inicio do impacto quando o cabo o segurou, até o final do impacto.

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Figura 4 – Composição de forças

Estudando o equilíbrio do ponto A.

120kg . 4,375 – T2 . f = 0 ; O valor de T2 será condicionado a ser a carga


máxima a que um cabo Ø ½” polegada pode estar submetido.

A carga de rompimento do cabo é de 10400kg, cabo da classe 6x19, alma de aço


(cabo de uso geral), conforme tabela do fabricante CIMAF.

Adotando um coeficiente de segurança = 4,0 o valor de T2 = 10400kg / 4 =


2600kg.

Assim, 120kg . 4,374 – 2800kg . f ; f = 240kg . 4,375m / 2800kg = 0,187m =


18,7cm.

Voltando à equação 1.

Fi = M . g. h / D = 120kg . 10m/s² . 3.0m / 0,187 = 19251N = 1925kg.

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4.2) Modelo de cálculo.

No modelo de cálculo foi aplicado ao cabo a força de impacto Fi = 1920kg

Reações de apoio = 960kg em cada base.

Compressão nas hastes verticais = 960kg

Tração no cabo, segmento vertical = 2340kg

4.3) Dimensionamento do cabo de aço.

Tracão no cabo = 2340kg x coef. Segurança = 4 = 9360kg < 10400kg que é a


carga de ruptura do cabo de ½” – classe 6x19 – alma de aço. Com a aplicação do
coeficiente de segurança, a ruptura do cabo fica distante da carga de ruptura para
em relação a carga efetiva de 2340kg. A propósito, coeficiente de segurança é
para esta finalidade. Portanto o cabo está trabalhando em segurança.
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4.3) Dimensionamento das hastes verticais.

4.3.1 – Tubo interno. As hastes verticais serão num sistema telescópico com um
tubo interno “correndo” dentro da haste (tubo) externa e com regulagem através de
furos e pinos.

Para efeito de flambagem o comprimento de flambagem será considerado de 3m.

Adotando para o tubo interno um diâmetro = 88,9mm (3.1/2”) parede 5.0mm e


para o tubo externo 101,6mm (4”) parede 5.0mm

Dados do tubo interno, 3.1/2” x 5.0mm = área da seção = 13,2cm²


Raio de giração r = 2,97cm

Comprimento de flambagem 3m , porque isto, porque na direção perpendicular à


linha o perfil está travado dentro do tubo externo.

Assim, o índice de esbeltez é: Ÿ = 300cm / 2,97cm = 101,1 , e para esta esbeltez


a tensão admissível a compressão é de 903kg/cm².

A área necessária que o tubo deve ter, é: Anec = 960kg/903cm² = 1,063cm². A


área da seção do tubo é 13,2cm² > 1,063cm² - Ok.

A área de 13,2 cm² do tubo adotado 3.1/2” x 5.0mm , corresponde a um


coeficiente de segurança = 13,2/1,063 = 12,4 bem maior do que o coeficiente já
adotado, por exemplo para o cabo de aço que foi = 4,0. Assim o tubo atende aos
esforços solicitantes.

4.3.2) – Tubo externo.

O tubo externo diferentemente do tubo interno é destravado na sua extremidade


superior na direção perpendicular à linha de vida.
Desta forma com o comprimento real de 3m , seu comprimento de flambagem é:
2 . 3m = 6m = 600cm.

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Índice de esbeltez = 600cm / raio de giração = 600cm/3,42cm = 175

Para este índice, a tensão admissível de compressão = 343kg/cm²

A tensão efetiva é: 960kg/área da seção = 960/15,2 = 63kg/cm² < 343kg/cm² - OK

4.3.3) Dimensionamento do pino de regulagem.

Considerando o uso de um pino somente em cada posição de regulagem, embora


possa ser usado mais de um, vamos considerar a condição mais severa de trabalho
do pino.
O pino trabalha essencialmente ao cisalhamento sendo “cortado” em dois pontos
que é a parede do tubo interno que recebe a carga de 960kg do tubo interno.

Considerando um pino de ferro redondo em aço SAE-1020, que tem tensão limite
de resistência = 2400kg/cm² , e considerando um coeficiente de segurança = 4, a
tensão admissível será de 2440/4 = 600kg/cm².

A carga de corte em cada seção do pino (são 2 seções) = 960kg/2 = 480kg.

Assim a área da seção do tubo deve ser: A = 480kg / 600kg/cm² = 0,8cm² que
corresponde a um diâmetro = 1,0cm que na escala em polegadas seria 3/8”,
contudo será especificado um tubo ½” (12,7mm).

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