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MEMORIAL DE CÁLCULO

PROJETO MEMORIAL DE CÁLCULO LINHA VIDA - MEDLOG - BORIS


KAUFFMANN - SANTOS

VSR SERVIÇOS

September 28, 2023


Elaborado por: GERRISON LAGE VSR
EMPRESA: VSR SERVIÇOS LTDA

CLIENTE: MEDLOG
PROJETO MEMORIAL DE CÁLCULO LINHA VIDA - MEDLOG - BORIS
DESCRIÇÃO:
KAUFFMANN - SANTOS
CAPACIDADE
02 PESSOAS POR LINHA
MÁXIMA:
DATA: 28/ 09 / 2023

N° ART: ART -

N° MC: VSR - MEDLOG - LINH.VIDA – MC - 0001

N° DESENHO: VSR - MEDLOG - LINH.VIDA - 0001

1 – OBJETIVO

O presente documento tem por objetivo apresentar o memorial de cálculo de um sistema de


linha de vida horizontal para a realização de trabalho em altura, bem como definir
recomendações para a instalação do sistema.

2 – METODOLOGIA

O trabalho seguiu as seguintes etapas:


1. Levantamento dos desenhos.
2. Cálculo das estruturas e acessórios.

3 – MEMÓRIA DE CÁLCULO

O dimensionamento da linha de vida segue as seguintes premissas:


1. Reduzir a consequência de uma queda ou até mesmo eliminar o risco.
2. Possibilitar o deslocamento seguro dos trabalhadores durante a atividade.

4 - MEMORIAL DE CÁLCULO

• VARIÁVEIS DEFINIDAS:

➢ Cabo de Aço ABNT 6x19 AACI, classe 2160 KN (220kgf/mm2 – CIMAF) Ø = 5/16”
(8 mm) – Linha Principal (Horizontal)
➢ Massa: 0,343 Kg/m
➢ Flecha de mínima = 182,5 mm
➢ Capacidade máxima 1000 kg
➢ Cinto de Segurança Tipo Paraquedista
➢ Vão Máximo = 12.000mm para container de 40 pes e 6.000mm para container 20 pes
5 - REFERENCIAS

Norma OSHAS – 1926.502 – Fall protection systems criteria and practices. – Occupation
Safety and Health Administration.
Cabos de aço - Catálogo CIMAF/2000
Manual técnico de cabos de aço – CIMAF/2009
NORMA ABNT NBR 6327/ 2004 – Cabos de aço para uso geral – Requisitos mínimos.

➢ CÁLCULO DA REAÇÃO DEVIDO AO PESO PRÓPRIO DO CABO:

RC = m x L2
8xF

Onde RC é a reação devido ao peso do cabo, L é a distância entre os suportas que serão
montados os cabos, e F a flecha mínima em metros.
Então:
RC = 0,343 X 12000²
8 X 182,5
RC = 34 kgf

➢ CÁLCULO DA REAÇÃO NA HORIZONTAL:

Rh = N x P x ϕ
2 x Tg ɸ

Onde Rh é a reação na horizontal, N é o número de pessoas que trabalharão


simultaneamente na linha de vida, P é o peso do colaborador somando seu EPI e
ferramenta P 110 Kg, φ é o fator de impacto φ = 2 e ɸ é o ângulo formado entre
uma linha imaginária que passa pelos dois pontos de apoio e a inclinação da
estrutura.
Então:

Rh = 2 x 110 x 2
2 x (0,182/2)

Rh = 2.418 Kgf
➢ CÁLCULO DA TRAÇÃO NO CABO:

Tc = Rh + Rc
TC = 2.418 + 34

TC = 2.452 Kgf

➢ FATOR DE SEGURANÇA:

FS = tr
tc

Onde Tr é a tração de ruptura mínima e Tc é a tração no cabo.

Fs = 2,50

Fs = 2,50 ≥ 2 ⇒ Atende a norma OSHA 1926.502.

➢ CÁLCULO DA DEFORMAÇÃO NO CABO:

Para calculara deformação, utilizamos a equação de deformação do catálogo da CIMAF


outubro/2000:

∆L = P x L
E x Am

Onde ∆L é a deformação elástica, P é a carga aplicada, L é o comprimento do cabo, E


é o módulo de elasticidade (11.000 Kg/mm²) e Am a área metálica.

Am = F x d2

Onde, F é o fator de multiplicação que varia em função da construção do cabo de


aço divulgado pelo fabricante, d é o diâmetro nominal do cabo ou cordoalha em
milímetros.

Am = 66,924 mm²
Substituindo na equação da deformação, tem-se:
∆L = 2452 x 12000
11000 x 66,924

∆L = 40 mm

➢ CÁLCULO DA FLECHA MÁXIMA:

Primeiramente, deve-se calcular o tamanho real do cabo na montagem considerando a


flecha mínima de 182,5 mm. Portanto:

Sin ɸ = Fmin
Lc/2

tg ɸ = 182,5
12000
ɸ= 2,32°
Portanto:
Lc = 12.587 mm

Quando o cabo de aço dimensionado acima e solicitado conforme os parâmetros


utilizados para os cálculos, seu comprimento final se altera, de forma que:
Lf = Lc + ∆L
Lf = 12587 + 40
Lf = 12.627 mm

➢ CÁLCULO DA FLECHA MÁXIMA.

fmáx = √((Lf/2)² - (L/2)²)


fmáx = 796,46 mm
➢ 5 – CLIPAGEM DO CABO DE AÇO

A “clipagem” do cabo de aço será realizada com a base do grampo colocada no


trecho mais comprido do cabo (aquele que vai em direção ao outro olhal), conforme
ilustração abaixo:

GRAMPO
PESADO

SAPATILHA

LINHA
MORTA
LINHA VIDA

➢ N° mínimo de grampos = 3
➢ 6 – RECOMENDAÇÕES

Este projeto foi calculado levando em consideração 02 colaboradores


trabalhando na linha de vida PRINCIPAL (CABO 8mm) no vão de 12 metros,
ou seja, torna-se proibido o trabalho com mais de 02 colaborador conectados
à linha de vida simultaneamente, é importante que esta informação fique
clara para todos os colaboradores envolvidos na atividade.

No momento da montagem, deve-se conservar a flecha mínima de 182,5 mm,


pois se solicitado, a flecha atingirá um valor de 796,46 mm quando da queda do
colaborador. Portanto é importante verificar a distância dos anteparos até a
posição final que o cabo ficaria se solicitado, uma vez que o cinto de segurança
tem 1.000 mm de comprimento de talabart.

É importante também, não montar o cabo de aço com flecha menor que
182,5 mm porque assim é aumentada a tração no cabo, podendo
comprometer o projeto e a segurança dos colaboradores.
Nas permissões de trabalho deve ser contemplada a inspeção nos cabos guias e
sua instalação.
O acesso ao local de instalação da linha de vida deve ser feito de maneira
segura, atendendo aos requisitos legais, especialmente a NR 35.

Os cálculos de linhas horizontais são complexos e influenciados por vários


fatores, tais como: a zona livre de queda, a distância de frenagem e a
amplificação das forças atuantes nos cabos horizontais devido à amplitude da
flecha do cabo.

Além disso, é importante lembrar as responsabilidades do empregador e

trabalhador quando se tratar de trabalho em altura. O empregador e seus

prepostos são responsáveis civil e criminalmente por ordenar que o trabalhador

execute qualquer atividade em altura sem estar provido de meios que garantam
a sua total segurança. Por isso, é preciso criar uma consciência envolvendo a

engenharia, treinamentos especiais e um gerenciamento efetivo de todo o

processo.

Para desenvolver e implementar um sistema de linha de vida, é importante

considerar: a flecha do cabo, distância de queda livre, distância de frenagem e

zona livre de queda.

➢ CÁLCULO DA ZONA LIVRE DE QUEDA (ZLQ)

Um dos primeiros cálculos que se deve fazer para o projeto de linha de vida é da

zona livre de queda (ZLQ), com o intuito de saber se prossegue com o projeto ou

não, pois muitas vezes com a altura disponível na obra não é possível a instalação

de uma linha de vida flexível. Parte-se então para a linha rígida ou pontos de

ancoragem individual ou utilização de trava-quedas retrátil.

A zona livre de queda é a região compreendida entre o ponto de ancoragem e o


obstáculo inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em
caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior.

A seguir, imagem com ambiente-padrão para estudo de ZLQ.

Utilização de talabarte.
f3 = Flecha dinâmica de cálculo = 796 mm
a = Comprimento do talabarte = 1.000 mm
c = Distância do elemento de engate do cinturão até o pé da pessoa (1.500m).
Adotamos 1.800 mm para prevenir escorregamento do cinto.
d = Distância de segurança (1.000 mm; determinada nas normas NBR 14626,
14627, 14628, 14629, 15834).

ZLQ = f3 + a + c + d
ZLQ = 796 + 1000 + 1800 + 1000
ZLQ = 4.596 mm
Portanto nesse trabalho não utilizar o absorvedor de energia.

➢ FATORES E MECANISMOS DA QUEDA

O desconhecimento dos fatores de risco que têm potencial de causar queda


pode acarretar graves consequências ao trabalhador. A gravidade de uma
queda vem determinada por dois conceitos básicos: a força de impacto e o
fator de queda.

Fator 0 Fator de Queda < 1 IDEAL

Fator 1 Fator de Queda = 1 ATENÇÃO

Fator 2 Fator de Queda = 2 CUIDADO

Fator acima de 2 Fator de Queda > 2 NUNCA


A força de choque, força máxima ou força de parada é medida durante a etapa
de parada do ensaio de comportamento dinâmico. A normativa europeia fixa o
valor de 600 kgf como força de impacto máxima permitida a ser transmitida ao
trabalhador. A norma de todos os modelos de trava-quedas testa os produtos
dentro da pior situação possível e limitam a força de impacto gerada em 600
kgf.
O fator de queda é a razão entre a distância que o
trabalhador percorreria na queda e o comprimento
do equipamento que irá detê-lo. Quanto mais alta
Classificação dos Fatores de Queda estiver a ancoragem, menor será o fator de queda.
FATOR DE ALTURA DA QUEDA

QUEDA = COMPRIMENTO DO TALABARTE


➢ CABOS DE AÇO PARA LINHAS DE VIDA

Os cabos de aço recomendados neste guia para serem utilizados como linha de vida são os
cabos 6 x 19 AF (alma de fibra) ou 6 x 25 AF, uma vez que são cabos mais flexíveis e fazem
com que o laço seja menor nas extremidades.
Segue tabela da CIMAF que mostra informações sobre o cabo de aço do tipo 6 x 19 AF. Pela
tabela, a carga de ruptura de um cabo de aço 6 x 19 alma de fibra de 3/8” é de 3900 kgf.
1

➢ GRAMPOS PESADO

➢ SAPATILHAS PESADO
2

➢ DEFINIÇÃO DO TRAVA QUEDA PARA AS LINHAS VERTICAIS

Descrição

Trava quedas retrátil de cabo aço 03 metros e 06 metros fabricado em caixa de plástico de alta resistência.
1 Conector classe T dupla trava, abertura de 18±2mm com giro de 360° em aço e indicador de impacto, resistência de 21kN, 1
Conector classe B trava manual com rosca, abertura de 20±2mm, resistência 23kN, Cabo de aço galvanizado 6x19S A.F
Comprimento da linha retrátil: 6 metros, Diâmetro do cabo: 3/16 ou 4,8mm, Carga de Trabalho: 100kg, Resistência Estática:
1200kgf/12kN
Sistema de freio capaz de realizar o rápido travamento em caso de queda;
Dispositivo de amortecimento para absorção de energia em caso de queda;
Sistema de mola capaz de liberar e recolher o cabo automaticamente;
Certificação Nacional

Informação adicional
Peso 3590 g

Dimensões 0,39 × 0,27 × 0,14 m

Metragem 03m, 06m


3

➢ CÁLCULO DA ESTRUTURA PARA ANCORAGEM DA LINHA

• CÁLCULO DA VIGA DA ANCORAGEM:

RA = RB = 5000 / 2 = 2500 kg

• CÁLCULO DO MOMENTO DE FLEXÃO:

MFL = P x L² = 2500 x 1200² = 450.000 kgf x cm


8 = 8

• CÁLCULO DO MÓDULO DE RESISTÊNCIA:

W = MFL = 450000 = 321,43 cm³


π 1.400

Onde (π) tensão admissível do aço = 1.400

• DETERMINAÇÃO DA VIGA:

➢ TUBO QUADRADO 80 X 80 X 3
Wx = 22,861cm³
Ix = 91,445 cm⁴

• CÁLCULO DO PESO PROPRIO DA VIGA:

MFL = P x L² = 0,250 x 1200² = 45000kgf x cm


8
➢ MFL = 45000 kgf x cm

• CÁLCULO DE RESISTÊNCIA DO PROPRIO PESO DA VIGA:

W = MFL = 45000 = 18,75 cm³


π 2.400

➢ Wnec = 18,75 cm³


4

• CÁLCULO DA FLECHA MÁXIMA.

fmáx = L/200 = 2000 / 200 = 10 cm

f = P x L³ = 0,16 x 200³ = 0,032 cm


48 x E x I 48 x 2,05x10⁶ x 399

➢ F = 0,032 cm < 10 cm = OK

• CÁLCULO DA TENSÃO A RUPTURA DA VIGA


𝜕 = Pmax / A³ = 1250 / 1,73³ = 241 kgf

• CÁLCULO DA ÁREA NECESSARIA:

Onde (π) tensão admissível do aço = 1.200 kgf/cm²

➢ ϑ = F / A = A = 1300 / 1200 = 1,08 cm²

• · CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ:

➢ ⱱ = 300 / 1.3 = 231


➢ Flamb = 10 x 363000 / 2,31 = 1.571 kgf/cm²
➢ Tens.viga = 1300 / 2,88 = 451 kgf/cm²

• CÁLCULO DA INÉRCIA:

➢ Fmax = L / 300 = 300 / 300 = 1 cm


➢ Inec = 159 x mfl x L² / f = 159 x 1,3 x 300² / 1 = 18.603 cm⁴

• CÁLCULO DO PESO MÁXIMO NA COLUNA:


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➢ ϑFlamb = 1.571 x 2,31 = 3.629kg

F = Portanto CARGA MÁXIMA É DE 3.629 kg > 2.500 kg solicitado.

• DIMENSIONAMENTO DE OLHAIS

• CISALHAMENTO DO OLHAL
3. 𝐹. 𝐶
0,4𝜏 ≥ 105
4. 𝑒. (𝑅 − 𝑟)
3.4500.5
0,4𝜏 ≥ 105
4.20. (38 − 17.5)

𝟎, 𝟒𝝉 ≥ 𝟒. 𝟏𝟏𝟔 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²

onde,
τ = Tensão admissível ao cisalhamento, kgf/cm²;
F = Força exercida pelo cabo de içamento, T;
C = Coeficiente de segurança, adimensional;
e = Espessura da chapa do olhal, em mm;
R = Raio do olhal, mm;
r = Raio do furo, mm.

• ESMAGAMENTO DO PINO
𝐹. 𝐶 5
0,9𝜏 ≥ 10
𝑒. 𝑑𝑝

4,5.5 5
0,9𝜏 ≥ 10
20.22
𝟎, 𝟗𝝉 ≥ 𝟓, 𝟏𝟏𝟑 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²

onde,
τ = Tensão admissível ao cisalhamento, kgf/cm²;
F = Força exercida pelo cabo de içamento, T;
C = Coeficiente de segurança, adimensional;
e = Espessura da chapa do olhal, em mm;
dp = Diâmetro do pino da manilha, mm.
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• DIMENSIONAMENTO DA SOLDA DA CHAPA NO OLHAL

𝐶. 105 3𝑃𝑥2
0,75𝜎 ≥ .√ + 𝑃𝑦2
ℎ. 𝐿 2

5. 105 31,32𝑥
0,75𝜎 ≥ .√ + 1,52𝑦
6.300 2

𝟎, 𝟕𝟓𝝈 ≥ 𝟔. 𝟕𝟕𝟑 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²

onde,
σ = Tensão admissível à tração na solda, kgf/cm²;
Px = Componente de força exercida pelo cabo de içamento na direção horizontal, T;
Py = Componente de força exercida pelo cabo de içamento na direção vertical, T;
C = Coeficiente de segurança, adimensional;
h = Altura do cordão de solda, com penetração 45°, mm;
L = Comprimento do cordão de solda, mm.

• DIMENSIONAMENTO DA SOLDA DA CHAPA

𝐶. 105 3𝑃𝑥2
0,75𝜎 ≥ .√ + 𝑃𝑦2
ℎ. 𝐿 2

5. 105 31,32𝑥
0,75𝜎 ≥ .√ + 1,52𝑦
6.210 2

𝟎, 𝟕𝟓𝝈 ≥ 𝟓. 𝟏𝟏𝟒 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²

onde,
σ = Tensão admissível à tração na solda, kgf/cm²;
Px = Componente de força exercida pelo cabo de içamento na direção horizontal, T;
Py = Componente de força exercida pelo cabo de içamento na direção vertical, T;
C = Coeficiente de segurança, adimensional;
h = Altura do cordão de solda, com penetração 45°, mm;
L = Comprimento do cordão de solda, mm.
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• RESISTÊNCIA DE SOLDAS DE FILETE

As pernas da solda de filete devem ser o suficiente para suportar a carga aplicada, mas esta
medida não deve ser especificada com excesso para se minimizar a distorção e aumentar os
custos de soldagem. A AWS D 1.1 o Código de Soldagem Estrutural – Aço especifica o tamanho
mínimo de solda de filete para cada espessura de metal base: por ex. na tabela 1 o tamanho da
perna de 6 mm é indicado para espessuras acima de 12,7 até 19,0 mm. A AWS D1.1 também
especifica a convexidade máxima, porque a convexidade excessiva pode causar concentração de
tensão na margem da solda, o que pode resultar em falha prematura da junta.

Para o cálculo de juntas de topo com penetração parcial o código AWS indica a a
profundidade mínima do chanfro que deverá ser unido a tabela 2 indicam as dimensões.

Para o cálculo de juntas CJP sendo as ligações sujeitas a tensões de tração ou compressão
normal à área efetiva: resistência do metal base (AISC, ABNT) temos a fórmula:

Rd = 0,9 x A x σy
Onde:
l Rd: resistência de cálculo.
l Aw : área da solda (A = L x tw)
l tw: espessura da chapa ou profundidade de penetração.
l L: comprimento da solda.
l σy: tensão de escoamento do metal base.
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Para as ligações sujeitas a tensões de cisalhamento e tensões atuando em direções


perpendiculares ao eixo de solda (AISC, ABNT) temos as fórmulas indicadas para o metal base e
metal de adição:

b1) Metal base: Rd = 0,9 x Amb x 0,6 x σy

b2) Metal de solda: Rd = 0,75 x Aw x 0,6 x σw

Onde:

A: área da solda Aw= L x tw.

σw: tensão de ruptura do metal de solda (eletrodo, arame).

Se você tiver juntas PJP ou Juntas Combinadas (PJP + Filete) e quando as ligações forem sujeitas
a tensões de tração, compressão ou cisalhamento, atuando paralelas ou perpendiculares ao eixo
de solda (AISC, ABNT):

c1) Metal base: Rd = 0,9 x AMB x 0,6 x σy

c2) Metal de solda: Rd = 0,75 x Aw x 0,6 x σw

Onde:

AMB: área da solda (AMB = L x w) (w: perna da solda).

AW: área da solda (AW = L x tw) (tw garganta da solda = w X 0,707).

Para uma aplicação prática, elegemos uma situação simples de um olhal de içamento com carga
axial perpendicular de 1,3 ton. de carga.

Cálculo da seção resistente do metal base:

A_mb=93-60-26/2=20

=20∙12,7=254mm²

tω=94∙63,35∙0,707=422mm²
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tω=2 soldas=422=844mm²

Propomos duas situações de utilização de metais base um aço não qualificado como aço
estrutural SAE 1020 e outro aço qualificado com aço estrutural ASTM A 36, veja que para
resistir a ação da carga necessita-se de no mínimo 12,75 KN e o aço não especificado não atende
a solicitação, em seguida verifica-se a utilização de um eletrodo revestido E 7018 e o qual
supera em mais de 3x a resistência mínima exigida em um lado se fosse os dois lados com 2
soldas seriam aproximadamente 76,5 KN.

(Rd) _1020=0,9∙254∙0,6∙205=28KN = 2.855 kg

(Rd) _A36=0,9∙254∙0,6∙220=30KN = 3.059 kg

(Rw) _E7018=0,75∙422∙0,6∙485=92KN = 9.381 kg

OBS: ESSA LINHA DE VIDA SUPORTA 02 (DOIS) COLABORADOR ANCORADO POR LINHA, DE
HIPOTESE NENHUMA PODERÁ ANCORA MAIS QUE 02 COLABORADOR.

• DESENHO ESQUEMÁTICO
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• RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

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• ACESSÓRIO PARA MONTAGEM

CALÇO FRONTAL

CHAVE DE APERTO
13

CALÇO

FRONTAL

INSTALAR
CALÇO

CALÇO FRONTAL
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CHAVE DE APERTO

Conforme treinamento dado em campo, o procedimento de montagem deve ser


executado rigorosamente atendendo o passo a passo abaixo relacionado:
a) Inspecionar a condição básica do locker a ser montado o suporte;
b) Encaixar o suporte da linha de vida no locker do container e girar manualmente a
castanha em 90º para travar no container, retirar a folga com a mão e fazer o
aperto com uso da chave, no caso de montagem da linha de vida no frontal do
container, deve se instalar o calço de apoio frontal;
c) Após a montagem dos suportes dos dois lados, fixar o cabo com a manilha no
olhal de um dos dois suportes, após rosquear a porca montar a cupilha;
d) Em seguida fazer a montagem do cabo no suporte do outro lado com o esticador
todo aberto, rosquear a porca e fixar com a cupilha, em seguida retirar a folga de
montagem do cabo com o esticador;
e) No caso de movimentação operacional os suportes devem ser totalmente
desmontados antes da movimentação, para assim eliminar s riscos de colisão nos
suportes e estiramento dos cabos, caso haja alguma dessas duas ocorrências a
linha de vida fica terminantemente proibida de uso, havendo assim a necessidade
de uma nova inspeção e laudo de liberação por um profissional devidamente
habilitado.
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