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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

ENGENHARIA CIVIL

ANANDA BARBOSA DE SOUZA

CAMILLA CARNEIRO DA SILVA CORDEIRO

CAROLINE ISABELE NEPOMUCENO

MARCELINO JOSÉ DE LIMA ANDRADE

MATHEUS SOARES CABRAL

RAMON GONÇALVES DOS SANTOS

SIMEIA ELIZAENE DOMINGOS DE OLIVEIRA

THIAGO ALEXANDRE ALVES DE LIMA

CONFECÇÃO, CÁLCULO E DIMENSIONAMENTO DE UMA PONTE DE


ESPAGUETE

Caruaru

2019
2

ANANDA BARBOSA DE SOUZA

CAMILLA CARNEIRO DA SILVA CORDEIRO

CAROLINE ISABELE NEPOMUCENO

MARCELINO JOSÉ DE LIMA ANDRADE

MATHEUS SOARES CABRAL

RAMON GONÇALVES DOS SANTOS

SIMEIA ELIZAENE DOMINGOS DE OLIVEIRA

THIAGO ALEXANDRE ALVES DE LIMA

Trabalho apresentado a disciplina de


Estabilidade das construções 1,
ministrada pela docente Larissa Ribas,
como requisito à obtenção da nota
referente a segunda unidade.

CARUARU
2019
3

Sumário
RESUMO.......................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................5
2. MATERIAIS UTILIZADOS......................................................................................6
2.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MASSA DO ESPAGUETE..........................6
3. METODOLOGIA.....................................................................................................7
3.1. ROTEIRO DE CONSTRUÇÃO...........................................................................7
4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.................................................................13
4.1. CÁLCULO DO NÚMERO DE FIOS SOB TRAÇÃO OU COMPRESSÃO.....13
4.1.1. BARRAS EM TRAÇÃO..................................................................................13
4.1.2. BARRAS EM COMPRESSÃO.......................................................................14
4.2. GEOMETRIA DA PONTE DE MACARRÃO.....................................................17
4.3. CÁLCULO DAS FORÇAS AXIAIS....................................................................17
4.4. NÚMEROS DE FIOS POR BARRA..................................................................18
4.5. MASSA DA PONTE........................................................................................211
5. CONCLUSÃO.....................................................................................................233
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................244
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RESUMO

Esta atividade consistiu no projeto, concepção, e elaboração de um protótipo


de uma ponte feita de macarrão, para a posterior competição entre diferentes
grupos, num ensaio destrutivo da mesma. No qual será realizado um teste de carga,
carregando gradativamente uma haste de ferro que deve estar contida na parte
central da ponte, até sua eventual ruptura.

Para confecção da ponte foram usados conhecimentos de análise estrutural e


resistência dos materiais, ressaltando os conhecimentos em estática, equilíbrio dos
corpos, esforços axiais, treliça e flambagem. Foram utilizados softwares que
facilitaram o desenvolvimento do projeto, como o Ftool, AutoCAD e o Excel.

A execução do protótipo baseou-se em duas etapas:

 Planejamento- Nesta etapa foram analisados diferentes tipos de modelos


para a estrutura treliçada, foram feitos os devidos cálculos estruturais após a
escolha da estrutura apropriada, e posteriormente uma espécie de
verificação/ experimentação com alguns softwares computacionais.
 Confecção- Nessa fase, foi colocado a “mão na massa”, conhecimentos e
teorias foram à prática com a montagem e fixação dos elementos que
compõem da estrutura.
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1. INTRODUÇÃO

A Competição de Pontes de Espaguete é uma atividade acadêmica realizada


em várias instituições de ensino no Brasil e no exterior. A observação de modelos
reduzidos de estruturas é um estilo de abranger melhor o comportamento de
sistemas estruturais, estando as treliças entre os modelos reduzidos mais utilizados
na engenharia. Uma treliça é uma armação reticulada que tem todas as ligações
entre barras articuladas, onde são utilizadas para estruturas que devem ter grandes
vãos livres (BENET, 2015). As forças entre os elementos de uma ponte de treliça
devem ser determinadas para que cada elemento de sua estrutura possa ser
desenvolvido adequadamente. A treliça é uma estrutura de elementos relativamente
delgados ligados entre si pelas extremidades (HIBBELER,2005).

Para projetar os elementos e as conexões de uma treliça, é necessário, em


primeiro lugar determinar a força desenvolvida em cada elemento quando a treliça é
submetida a um carregamento. Cada elemento de treliça atua como um elemento de
duas forças e, consequentemente, as forças em suas extremidades devem ser
direcionadas ao longo do seu próprio eixo. Se uma força tende a alongar o
elemento, é chamada de força de tração; enquanto, se ela tende a encurtar o
elemento, é chamada de força de compressão. No projeto real de uma treliça é
importante definir se a natureza da força é de tração ou de compressão. Com
frequência, os elementos sob compressão devem ser mais espessos que os
elementos sob tração, devido ao efeito de deformação de coluna que ocorre quando
um elemento está sob compressão.

O concurso das pontes de macarrão é uma atividade que proporciona um


entendimento consideravelmente mais amplo de estruturas tão importantes para a
engenharia como as pontes. Com o aluno tendo a oportunidade de pôr em prática os
conhecimentos teóricos adquiridos no estudo da resistência dos materiais e na
análise de estruturas.
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2. MATERIAIS UTILIZADOS

 Massa de espaguete
 Cola epóxi
 Durepóxi
 Ligas de cabelo
 Tesoura, alicate e estilete
 Escalímetro
 Lixa
 Papel
 Cano de PVC
 Barra de aço
 Esquadros
 Pincel

2.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MASSA DO ESPAGUETE

Marca utilizada: Barilla nº 7.

Os dados abaixo foram obtidos do estudo do Departamento de Engenharia Civil da


Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul:

DESCRITIVO QUANTITATIVO
Número médio de fios de espaguete em cada 500
pacote
Diâmetro médio 1,8 mm
Raio médio 0,9 mm
Área da seção transversal 2,545 ×10−2 c m2
Momento de inércia da seção 5,153 ×10−5 c m 4
Comprimento médio de cada fio 25,4 cm
Massa média de cada fio inteiro 1g
Peso linear 3,937 ×10−2 g/cm
Módulo de elasticidade longitudinal 3600 kgf /c m 2 ≈ 3600 MPa

3. METODOLOGIA

Na perspectiva de se obter a melhor e mais resistente geometria para ponte de


macarrão foram feitas pesquisas na literatura disponível e nos noticiários
acadêmicos sobre equipes de trabalho que conquistaram boas pesagens. Ao
verificar diferentes tipos de treliças que podem compor a ponte, a escolha da ponte
7

se deu pela simetria o mais semicircular possível pois apresenta propriedades de


alta resistência a esforços axiais formando um arco com boa distribuição da carga
estimada. Partindo da teoria que considera as barras da treliça são ligadas entre si
por meio de articulações sem atrito e que as cargas e reações aplicam-se apenas
nos nós da estrutura, o eixo de cada barra coincide com a reta que une os centros
das articulações (como nas estruturas lineares) e as barras da treliça só serão
solicitadas por essas forças normais.

3.1. ROTEIRO DE CONSTRUÇÃO

Com o projeto estrutural da ponte finalizado, foi definido um roteiro para


construção da ponte, sendo ele:

 Corte das barras nos tamanhos pré-determinados com os tamanhos das


barras já definidos no dimensionamento;
 Colagem das barras com cola epóxi;
 Montagem das barras;
 Colagem das barras externas com Durepoxi;
 Montagem final da ponte;

Figura 1- Contagem do número de fios

Inicialmente, fazendo uso do escalímetro para medição do tamanho na escala


real (1:100) e um alicate para cortes dos fios em tamanhos reduzidos, todos os
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macarrões necessários para a construção da ponte foram cortados nos tamanhos


projetados.

Figura 2- Fios dimensionados e separados por tamanho considerando as barras de compressão

Figura 3- Fios dimensionados e separados por tamanho considerando as barras de tração


9

Logo em seguida, os macarrões que faziam parte de uma única barra foram
fixados em suas extremidades para melhor aderência entre os fios. Além disso, foi
passada cola epóxi no espaçamento entre os espaçamentos de fios e deixado seco
ao ar livre.

Figura 4- Barra de compressão vazada

As barras submetidas a compressão foram feitas de forma vazada, uma vez


que verificamos pela teoria que um maior momento de inércia induz a uma maior
carga crítica. Podemos ter seções de mesma área e de diferentes inércias –
consequentemente, mesmo peso e mesmo preço. Como a força varia
proporcionalmente com a inércia, devemos usar, para resistir à flambagem, seções
que têm maior inércia. Por exemplo: em vez de uma seção circular maciça, uma
vazada de mesma área; do mesmo modo, uma retangular vazada. Assim, por
motivos econômicos, as colunas devem ter o valor maior possível de seu raio de
giração mínimo. A seção circular vazada é a ideal, mas possui o inconveniente da
sua ligação ser difícil e de difícil manuseio. Os perfis associados podem conduzir a
boas seções.
10

Figura 5- Monitoramento de possíveis falhas na colagem dos fios de macarrão

Com ajuda de anéis de gás de cozinha, foi feita a seção vazada equivalente
ao diâmetro externo da barra, embora fossem adicionados dois macarrões em
excesso. A quantidade projetada de macarrões em excesso foi colocada em torno
dos anéis, cada um em uma extremidade e envolto com ligas de cabelos para
prender bem, eles foram distribuídos uniformemente até termos um interior vazio. A
cola foi colocada no local entre os anéis e após a secagem, estes foram removidos
para a cola ser posta nas partes intermediárias também.
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Figura 6- Verificação dos dimensionamentos da ponte na folha A0

Figura 7- Disposição das barras na folha A4 para alinhamento das inclinações

Tendo todos os fios colados e bem organizados, foi realizada a colagem das
barras, lixando as extremidades delas antes. Após isso, a montagem de cada face,
com a massa epóxi para fixar as barras nos nós, foi realizada em cima de uma folha
12

A0 com a estrutura bem desenhada, para não haver erros de inclinação entre as
barras. Quando ocorreu a secagem da massa epóxi das faces, essas foram
interligadas pelos contraventos, também utilizando massa epóxi para fixar e haver
bons resultados de colagem. No nó central, ao invés do macarrão, foi colocado o
vergalhão, que servirá para distribuir uniformemente a carga centrada aplicada e na
parte inferior de cada extremidade da ponte foi fixado um tubo de PVC para água fria
de 1/2" de diâmetro para facilitar o apoio destas extremidades sobre as faces
superiores (planas e horizontais) de dois blocos colocados no mesmo nível.

Figura 8- Treliças tomando forma final


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Figura 9- Estrutura da ponte de macarrão finalizada

4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

4.1. CÁLCULO DO NÚMERO DE FIOS SOB TRAÇÃO OU COMPRESSÃO

Foi empregada a metodologia obtida a partir dos resultados de ensaios de


tração realizados pelo Prof. Inácio Morsch e de compressão de corpos de prova de
variadas dimensões sendo formados por diferentes números de fios de macarrão
realizados pelo Prof. Luis Alberto Segovia González e seus alunos, ambos membros
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi feito um roteiro de cálculo para o
dimensionar das barras das treliças das pontes disponível no acervo da instituição.
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4.1.1. BARRAS EM TRAÇÃO

Uma vez que carga de ruptura por tração de um fio é de 4,27 kgf submetido à
tração, basta dividir o Esforço Normal de tração calculado, pela resistência de cada
fio, obtendo o número de fios sob esse estado de solicitação estrutural com F sendo
a força de tração da barra:

4.1.2. BARRAS EM COMPRESSÃO

CONCEITO DE FLAMBAGEM

A flambagem ou encurvadura é um fenômeno que ocorre em peças esbeltas


(peças em que a área de seção transversal é pequena em relação ao
seu comprimento), quando submetidas a um esforço de compressão axial. A
flambagem acontece quando a peça sofre flexão transversalmente devido à
compressão axial. A flambagem é considerada uma instabilidade elástica, assim, a
peça pode perder sua estabilidade sem que o material já tenha atingido a sua tensão
de escoamento. Este colapso ocorrerá sempre em torno do eixo de menor momento
de inércia de sua seção transversal. A tensão crítica para ocorrer a flambagem não
depende da tensão de escoamento do material, mas sim de seu módulo de Young.

Pcr - carga crítica de flambagem: faz com que a peça comece a flambar.

 Equilíbrio estável:  P< Pcr  - não há flambagem


 Equilíbrio indiferente: P=P cr
 Equilíbrio instável:  P> Pcr - há flambagem

Quando a flambagem ocorre na fase elástica do material, a carga crítica ( Pcr ) é dada
pela fórmula de Euler:

π 2 EI
Pcr =
Lfl
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Sendo

E - módulo de elasticidade longitudinal do material

I - momento de inércia da seção transversal ao carregamento

Lfl  - comprimento de flambagem da peça

Devido a carga crítica ser inversamente proporcional ao índice de esbeltez do


elemento estrutural(que será citado posteriormente), decidimos utilizar nas barras
comprimidas de nossa ponte seção tubular vazada, o que faz o índice de esbeltez
diminuir e consequentemente obtermos uma carga crítica superior. Isso será
demonstrado mais a frente.

Para determinar se uma peça irá sofrer flambagem ou compressão, temos


que calcular o seu índice de esbeltez e compara-lo ao índice de esbeltez crítico.
Esse índice de esbeltez é padronizado para todos os materiais. Se o índice de
esbeltez crítico for maior que o índice de esbeltez padronizado do material, a peça
sofre flambagem, se for menor, a peça sofre compressão.

A determinação da quantidade de fios necessários considera que a flambagem


acontece em regime elástico e linear, seguindo a formulação de Euler. O ensaio de
flambagem e o seu comportamento foram ajustados em uma curva de flambagem
considerando-se a curva de Euler com um Módulo de Young E = 36000 kgf/cm 2 ou
3600 Mpa (N/mm2). Nas barras sobre compressão, assim sendo, adotou-se a
seguinte expressão de Euler, onde P CR é o esforço axial de compressão que a barra
deve suportar, A é a área da seção transversal, l é o índice de esbeltez da barra, l fl é
o comprimento de flambagem da barra, r é o raio de giração e I é o momento
principal central de inércia da seção.

Considerando a seção circular,


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Na treliça, os nós não são inteiramente rígidos entre as barras, estando elas
dentro de um limite entre a condição totalmente biarticulada e biengastada.
Considerando essa hipótese conservativa de que o comprimento de flambagem é
igual ao comprimento real ou a distância entre nós mesmo que haja a conexão das
barras apenas por colas, tem-se:

Figura 10- Curva de flambagem utilizando as especificações do macarrão

A curva relaciona o índice de esbeltez das barras comprimidas Lfl /r ( Lfl -


comprimento de flambagem elemento estrutural, r-raio de giração da seção
transversal) em função da tensão crítica de flambagem σ cr.Os dados são oriundos do
estudo do Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul sobre o comportamento dos macarrões
submetidos a diferentes esforços em distintas configurações.

O número de fios pode ser obtido dividindo-se a área necessária pela área de
cada fio de macarrão.
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Assim, substituindo as especificações do macarrão com parâmetros


dimensionais em centímetros e a força a ser considerada em quilogramas-força, a
equação final se torna:

4.2. GEOMETRIA DA PONTE DE MACARRÃO

Seguindo as normas requisitadas no regulamento da competição, a ponte foi


desenhada no AutoCAD em formato de arco dentro do limite mais circular, com um
eixo de simetria vertical.

Figura 11- Geometria da ponte do software AutoCAD com medidas em cm

4.3. CÁLCULO DAS FORÇAS AXIAIS


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A ponte, então, foi vinculada ao software Ftool com as coordenadas


determinadas na origem dos eixos do AutoCAD, onde foi realizado o cálculo das
forças de tração ou compressão em cada barra (Figura 3). O projeto consiste em
resistir a uma carga centrada de 40,8kgf em cada, mas utilizando um fator de
segurança de 1,5 os cálculos foram feitos com uma carga centrada de 61,18kgf.
Portanto, as duas faces devem resistir juntas a no mínimo uma carga de 40,8kgf.

Figura 12- Cálculo dos esforços de tração e compressão, em Newtons, para uam carga centrada de 60 kgf

4.4. NÚMEROS DE FIOS POR BARRA

Partindo das forças normais calculadas, foi utilizado o excel para construção de
uma planilha de referência para contabilizar o número de macarrões necessários por
barra e também o peso da ponte, de modo a não extrapolar a regulamentação. Foi
estipulado o número mínimo de 4 macarrões por barra e adicionado 30% de massa
ao resultado da planilha, consideração feita para contabilizar também as colas e
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massa durepóxi. Segue a tabela de resultados para inicialização do procedimento


manual de confecção da ponte.

No cálculo do peso dos contraventos, foram adotados 5 macarrões por


contravento e um comprimento de 0,05m, que é igual a espessura da ponte. Para o
cálculo do peso, foi desconsiderado o nó do vergalhão. Na tabela 2 encontra-se os
resultados referentes ao conjunto total massa-fio.

MEMORIAL DE CÁLCULO

NÚMERO
ESFORÇO ESFORÇOS DE FIOS COMPRIMENTO
NUMERAÇÃ COMPRIMENT
S DE DE ADOTADOS TOTAL DE FIOS
O DA BARRA O (m)
TRAÇÃO COMPRESSÃO POR POR BARRA
BARRA

1 0,2550 108,339   6 1,530

2 0,2550 108,339   6 1,530

3 0,2550 108,339   6 1,530

4 0,2550 108,339   6 1,530

5 0,1740   304,35 23 4,002

6 0,1780   304,93 24 4,272

7 0,1770   305,71 24 4,248

8 0,1783   306,01 24 4,279

9 0,1760   305,76 23 4,048

10 0,1783   306,01 24 4,279

11 0,1770   305,71 24 4,248

12 0,178   304,93 24 4,272

13 0,1740   304,35 23 4,002


20

14 0,2550 108,339   6 1,530

15 0,2550 108,339   6 1,530

16 0,2550 105,919   6 1,530

17 0,2538 105,919   6 1,523

18 0,2550 104,273   6 1,530

19 0,2527 104,273   6 1,516

20 0,2550 107,356   6 1,530

21 0,2531 107,356   6 1,519

22 0,2550 107,356   6 1,530

23 0,2531 107,356   6 1,519

24 0,2550 104,273   6 1,530

25 0,2527 104,273   6 1,516

26 0,2550 105,919   6 1,530

27 0,2538 105,919   6 1,523

28 0,2550 108,339   6 1,530

29 0,2550 108,339   6 1,530


Tabela 1- Planilha para estimativa do peso e do número de fios por barra

Devido à carga crítica ser inversamente proporcional ao índice de esbeltez do


elemento estrutural(que será citado posteriormente), decidimos utilizar nas barras
comprimidas de nossa ponte seção tubular vazada, o que faz o índice de esbeltez
diminuir e consequentemente obtermos uma carga crítica superior. Isso será
demonstrado mais a frente.
Como nossas barras comprimidas possuem quase o mesmo comprimento, foi
escolhida a que possui o maior carregamento para fazer o dimensionamento. As que
possuem o maior esforço axial são as barras de número 8 e 10, com 306,01 N de
carregamento axial. Elas são as que possuem o maior comprimento entre as barras
tubulares do arco, com 17,8 cm de comprimento(o que configura a situação crítica,
já que quanto maior o L maior o índice de esbeltez). O comprimento de flambagem
será considerado o próprio comprimento dos elementos (L), mesmo que na prática a
barra esteja biengastada com cola epóxi, como estamos tratando de uma estrutura
treliçada considera-se que as juntas são rótulas, ou seja que elas não restringem a
rotação das barras.
21

Dessa forma o índice de esbeltez da nossa peça será:

L fl L L
λ= = =
r I I
√ √A A

Como o momento de inércia em relação aos eixos x ou y da minha seção

ℜ4−Ri 4
tubular vazada é de I 1=π , enquanto o de uma seção não vazada seria
4

R4
I 2=π , e a área das seções A1=π ( ℜ2−Ri2 ), A2=π R2 para efeito de comparação
4
entre os raios de giração, utilizaremos os dados das seções: Re= 7,5 mm, Ri= 5,7
mm, numa seção cheia correspondente de mesma área(com os 26 macarrões
utilizados) R= 7 mm.

I1 (ℜ4 −Ri4 ) I2 π R4 R
√ √
r 1=
A1
=
4( ℜ2−Ri2 )
r 2=
√ √
A1
= =
4 π R2 2

r 1=4,71 mm r 2=3,5 mm

178 mm 178 mm
Dessa forma, λ 1= =37,79 λ2= =50,86
4,71 mm 3,5 mm

Como ficou claro, utilizando seção vazada nosso índice de esbeltez diminiu,
permitindo uma maior carga e tensão normal crítica. Agora, a partir da curva de
flambagem, calculamos a tensão crítica σ cr a partir do índice de esbeltez de nossa

seção λ 1, σ cr=706167 λ1−2,1594, a tensão crítica encontrada foi 277,15 kgf /c m2 ou 27,17
MPa o que é bem acima da tensão de compressão

P 4P 4∗306
σ= = = =16,40 MPa
A π ( ℜ −Ri ) π (0,0075 2−0,00572 )
2 2

Desse modo, nossas barras comprimidas estão propriamente dimensionadas


para flambagem, as barras comprimidas se romperiam primeiro por tensão normal
antes de flambar. A título de curiosidade a carga crítica de flambagem para nossas
barras comprimidas seria de Pcr =507,02 N .
22

4.5. MASSA DA PONTE

MASSA PARA UMA FACE DA PONTE

Comprimento total de fios (m) 68,186

Comprimento de fios padrão (m) 0,255

Nº total de fios padrão 268

Massa de 1 fio padrão (g) 1,000

Massa total de espaguete de 1 face da ponte (g) 268,000

Reserva de 30% para colas 80,400

Massa total de 1 face da ponte (g) 348,400

CONTRAVENTOS ENTRE FACES DA TRELIÇA

Número de nós 29

Espessura da ponte (m) 0,050

Comprimento total de contraventamentos


1,400
(desconta o nó central com vergalhão) (m)

Número de fios por contraventamento 5

Comprimento total de fios de contraventamento 7,000

Comprimento de fios padrão (m) 0,254

Número total de fios padrão 28

Massa de 1 fio padrão (g) 1,000

Massa total de espaguete para contraventamento 28,000

MASSA TOTAL DA PONTE

2 treliças bi-dimensionais e o contraventamento (g) 724,800


Tabela 2- Planilha de resultados do dimensionamento
23

5. CONCLUSÃO

No início, a maior discussão do grupo foi quanto ao tipo de estrutura ideal para
suportar uma carga consideravelmente expressiva, sendo assim cada membro da
equipe apresentou suas ideias mostrando projetos bastante eficientes para pontes
de macarrão e seus diversos tipos de geometria. Vale ressaltar que observamos
trabalhos anteriores com pontes deste porte (arco) que obtiveram excelentes
resultados. A princípio obtivemos certa dificuldade na montagem da estrutura, sendo
que somente em um momento inicial, encontramos muitos desafios durante a fase
de planejamento do projeto, principalmente durante as etapas de colagem do
macarrão, após esse momento tudo foi concluído tranquilamente com a ajuda de
todos e um ótimo trabalho em equipe com várias noites em claro.

Em linhas gerais, os softwares muito nos auxiliaram principalmente na questão


da previsão de como ocorreria a deformação, a geometria e o cálculo dimensionado
de nossa ponte, pois o número de barras radiais e o espaçamento entre elas,
influencia diretamente a forma a qual a ponte deve se deformar e
consequentemente, a forma mais eficiente para resistir à carga aplicada.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] BEER, F.P. e JOHNSTON, R.E. e EISENBERG, E.R. Mecânica Vetorial para
Engenheiros. Vol. Estática. 9ª Ed. São Paulo: McGraw-Hill

[2] BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF, John T.; MAZUREK,
David. F.. Mecânica dos Materiais. 7. ed. McGraw-Hill, 2015

[3]FLAMBAGEM. Wikipedia, 2019. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Flambagem. Acesso em 7 de novembro de 2019.

[4]COMPETIÇÃO DE PONTES DE ESPAGUETE. Disponível em:


http://www.cpgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/. Acesso em 7 de novembro de 2019

http://www.ufjf.br/lrm/files/2009/04/dados.pdf

BENET, Elder. Mecânica, construção de pontes de macarrão. 2013

http://www.educacional.com.br/reportagens/arquitetura/industrial.asp

http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-e-trelica/

http://www.academia.edu/3522887/Ponte_de_Macarr%C3%A3o

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