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Som é a propagação de uma onda mecânica acústica (frente de

compressão mecânica); é uma onda longitudinal que se propaga


de forma circuncêntrica apenas em meios materiais (como
sólidos, líquidos ou gasosos).[1]

Os sons naturais são, na sua maior parte, combinações de sinais,


mas um som puro monotónico, representado por uma senoide
pura, possui uma velocidade de oscilação ou frequência que se
mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou energia que se mede em
decibéis.

Seres humanos e vários animais percebem sons com o sentido da


audição, via ouvidos, o que permite saber a distância e posição da
fonte sonora: a chamada audição estereofônica. Os sons audíveis
pelo ouvido humano têm uma frequência entre 20 Hz e 20 000
Hz; onde abaixo e acima desta faixa está o infrassom e o
ultrassom, respectivamente.[2] Muitos sons de baixa frequência
também podem ser sentidos por outras partes do corpo e
pesquisas revelam que elefantes se comunicam através de
infrassons.

Os sons são usados de várias maneiras, muito especialmente para


comunicação por meio da fala ou, por exemplo, música. A
percepção do som também pode ser usada para adquirir
informações sobre o ambiente em propriedades como
características espaciais (forma, topografia) e presença de outros
animais ou objetos. Por exemplo, morcegos, baleias e golfinhos
usam a ecolocalização para voar e nadar por entre obstáculos e
caçar suas presas. Navios e submarinos usam o sonar; seres
humanos recebem e usam informações espaciais percebidas em
sons. Outra aplicação importante das ondas sonoras é a
visualização de tecidos do corpo: ultrassonografia. Através do eco
produzido pelas ondas nos órgãos, é possível analisar as
propriedades mecânicas dos tecidos e reproduzi-las em imagens
em escala de cinza. A sonoquímica é um método que usa
ultrassons a fim de gerar cavitação acústica para iniciar ou
acelerar reações químicas.[3]

Física do som
Percepção dos sons

Esquema representando a audição humana. (Azul: ondas sonoras;


Vermelho: tímpano; Amarelo: cóclea; Verde: Células receptoras
de som; Púrpura: espectro de frequências da respo sta da audição;
Laranja: Potencial de ação do nervo.
O som é provocado pela percepção do sistema auditivo da
variação da pressão atmosférica ambiente. A menor variação que
o sistema auditivo humano pode detectar é da ordem de 2 x 10-5
Pa, a qual denomina-se limiar de audibilidade. O limiar da dor,
por outro lado, corresponde à variação da pressão em 60 Pa. No
entanto, esta variação deve ocorrer em forma de ciclos para que
seja percebida.[4]

O sistema auditivo humano é capaz de determinar variações de


pressão que duram entre 50 microssegundos e 50 milissegundos.
Desta forma, se o período das oscilações estiver neste intervalo e
a variação de pressão estiver acima do limiar de audibilidade,
perceber-se-á o som. Sendo assim, a frequência mínima audível é
de 20 Hz, enquanto a frequência máxima chega a 20 000 Hz. Sons
cuja frequência situa-se acima de 20 kHz são denominados
ultrassons, enquanto que aqueles abaixo de 20 Hz são infrassons.
[4]
Para os humanos, a audição é normalmente limitada por
frequências entre 20 Hz e 20 000 Hz (20 kHz), embora estes
limites não sejam absolutos. O limite maior normalmente
decresce com a idade. Outras espécies têm diferentes níveis de
audição. Por exemplo, os cães conseguem perceber vibrações
mais altas que 20 000 Hz. Como um sinal percebido por um dos
sentidos, o som é usado por muitas espécies para detectar o
perigo, orientação, caça e comunicação. A atmosfera da Terra, a
água e virtualmente todos os fenômenos físicos, como o fogo, a
chuva, o vento, as ondas ou os terremotos produzem sons únicos.
Muitas espécies, como os sapos, os pássaros, mamíferos terrestres
e aquáticos foram, também, desenvolvendo órgãos especiais para
produzir som. Em algumas espécies, estes evoluíram para
produzir o canto e a fala.

Propagação do som
Onda sonora
Ver artigo principal: Ondas longitudinais
Onda sonora pode ser definida genericamente como qualquer
onda longitudinal.[5] A onda sonora se propaga em todas as
direções.

O som é resultante de uma vibração, que se transmite ao meio de


propagação. É necessário que o som produzido pelas fontes
sonoras seja detectado. Para isso, há os detectores ou receptores
de som. Para haver detecção, entre as fontes e os receptores de
som têm que existir meios materiais, sólidos, líquidos ou gasosos.

O som propaga-se em qualquer meio material elástico. Quando


uma fonte sonora produz uma vibração, esta é transmitida a todo
o meio material que a envolve e em todas as direções. Esta
vibração é comunicada aos constituintes mais próximos da
matéria, que sucessivamente a transmite aos constituintes
seguintes através de choques entre eles.

A vibração de uma fonte sonora causa uma onda. Há um


movimento ondulatório que se propaga no ar em todas as
direções, partindo da fonte. O som propaga-se por ondas
invisíveis: as ondas sonoras ou acústicas. São também chamadas
ondas de pressão, porque transferem energia por variações de
pressão no meio de propagação. O som não se propaga no vazio,
como por exemplo, no espaço.[6]

Logo o som pode ser descrito através de uma sequência de ondas


sonoras, que são ondas de deslocamento, densidade e pressão que
se propagam pelos meios compressíveis. Quando uma onda
sonora se propaga através de qualquer gás, ocorrem várias
compressões e rarefações de pequenos volumes do gás.

Ruído
Ver artigo principal: Ruído
Diversas fontes sonoras podem emitir ao mesmo tempo muitas
vibrações de frequências e amplitudes diferentes. O ruído é
baseado em vários sons de frequências aleatórias.

Eco e reverberação
Ver artigo principal: Eco
Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo,
este som é ouvido no momento da emissão e no momento em que
o som refletido pelo obstáculo retorna a ele, assim temos o eco. A
reverberação acontece quando o som refletido atinge o observador
no momento em que o som direito está se extinguindo, causando
o prolongamento da sensação auditiva.[7]

Velocidade do som
Ver artigo principal: Velocidade do som
Qualquer onda mecânica, transversal ou longitudinal tem sua
velocidade dependendo das propriedades inerciais e elásticas. No
caso das ondas sonoras, a propriedade inercial é a massa
específica
�\rho e a elástica está relacionada à compressão e expansão do
volume do ar. A propriedade utilizada nesse caso é o módulo de
elasticidade volumétrico

B, sendo ele a relação entre a variação relativa de volume e a
variação de pressão, que é definido como:


=

Δ

Δ

/

,
{\textstyle B=-{\frac {\Delta {\rho }}{\Delta {V}/V}},}
Os sinais de
Δ
�{\displaystyle \Delta {\rho }} e
Δ

{\displaystyle \Delta {V}} são sempre opostos, incluímos um
sinal negativo para que

B seja um número positivo. Através da análise de quanto um
elemento do gás modifica o seu volume e sua densidade, é
possível determinar a velocidade da onda sonora naquele meio:


=


,
{\textstyle v={\sqrt {\frac {B}{\rho }}},}
onde

B é o módulo de elasticidade volumétrico e
�\rho é a massa específica do meio. Essas variações de pressão e
massa específica dão origem ao transporte de energia
característico de uma onda.

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