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DIAPASÕES

INTRODUÇÃO:

A parte da física que estuda os fenômenos relacionados com as ondas


sonoras é conhecida como acústica. Em acústica estuda-se tanto as ondas
sonoras audíveis como as inaudíveis para o ser humano.

O som é uma onda mecânica, de tipo longitudinal em fluidos (liquidos e


gases) e longitudinal e transversal (mista) em meios sólidos, e classificação
tridimensional. Não se propaga no vácuo (por isso, o vácuo é o melhor isolante
acústico).

O ser humano é capaz de captar freqüências sonoras que vão de 20Hz a


20.000Hz. Uma onda com freqüência inferior a 20Hz é chamada infra-som;
superior a 20.000Hz, ultra-som. Alguns animais, como os morcegos e os
cachorros são capazes de perceber os ultra-sons.

As ondas sonoras audíveis são produzidas por:

 Vibração de cordas;
 Vibração de colunas de ar;
 Vibração de discos e membranas.

O som musical, que provoca sensações agradáveis, é produzido por


vibrações periódicas. O ruído, que provoca sensações desagradáveis, é
produzido por vibrações aperiódicas.

A maioria dos sons chega ao ouvido transmitidos pelo ar, que age como
meio de transmissão.

Nas pequenas altitudes, os sons são bem audíveis, o que não ocorre em
altitudes maiores, onde o ar é menos denso.

O ar denso é melhor transmissor do som que o ar rarefeito, pois as


moléculas gasosas estão mais próximas e transmitem a energia cinética da
onda de umas para outras com maior facilidade.

De uma maneira geral, os sólidos transmitem o som melhor que os líquidos,


e estes, melhor do que os gases.

Se a energia emitida pela fonte é grande, isto é, se o som é muito forte,


temos uma sensação desagradável no ouvido, pois a quantidade de energia
transmitida exerce sobre o tímpano uma pressão muito forte.
Quanto maior a vibração da fonte, maior a energia sonora, logo Quanto
maior a amplitude da onda, maior a intensidade do som.

Os sons muito intensos são desagradáveis ao ouvido humano. Sons com


intensidades acima de 130 dB provocam uma sensação dolorosa e sons acima
de 160 dB podem romper o tímpano e causar surdez.

De acordo com a freqüência, um som pode ser classificado em agudo ou


grave. Essa qualidade é chamada altura do som.

Sons graves ou baixos têm freqüência menor.


Sons agudos ou altos têm freqüência maior.
Sendo o som uma onda, ele apresenta algumas propriedades
características, como:

Reflexão: Quando ondas sonoras AB, A’B’, A”B” provenientes de um ponto P


encontram um obstáculo plano, rígido, MN, produz-se reflexão das ondas sobre
o obstáculo. Na volta, produz-se uma série de ondas refletidas CD, C’D’, que
se propagam em sentido inverso ao das ondas incidentes e se comportam
como se emanassem de uma fonte P’, simétrica da fonte P em relação ao
ponto refletor. A reflexão do som pode ocasionar os fenômenos eco e
reverberação.

Refração: Consiste em a onda sonora passar de um meio para o outro,


mudando sua velocidade de propagação e comprimento de onda, mas
mantendo constante a freqüência.

Difração: Fenômeno em que uma onda sonora pode transpor obstáculos.


Quando se coloca um obstáculo entre uma fonte sonora e o ouvido, por
exemplo, o som é enfraquecido, porém não extinto. Logo, as ondas sonoras
não se propagam somente em linha reta, mas sofrem desvios nas
extremidades dos obstáculos que encontram.

Interferência: Consiste em um recebimento de dois ou mais sons de fontes


diferentes. Neste caso, teremos uma região do espaço na qual, em certos
pontos, ouviremos um som forte, e em outros, um som fraco ou ausência de
som.
Som forte - há interferência construtiva
Som fraco - há interferência destrutiva

Ressonância: Quando um corpo começa a vibrar por influência de outro, na


mesma freqüência deste, ocorre um fenômeno chamado ressonância.
Como exemplo, podemos citar o vidro de uma janela que se quebra ao entrar
em ressonância com as ondas sonoras produzidas por um avião a jato.
Batimentos: Se duas notas têm frequências ligeiramente diferentes (estão
desafinadas), surge um batimento que resulta da interferência construtiva e
destrutiva das duas ondas quando ficam em fase ou em oposição de fase. Se
as duas frequências forem se aproximando, o batimento se tornará
gradualmente mais lento e desaparecerá quando elas forem idênticas.

OBJETIVO:

Observar os fenômenos característicos das ondas sonoras produzidos


pelo som do diapasão, colocando um par para ressonar, variando a freqüência
de um deles com uma pequena massa de haste para observar fenômenos
como batimento, e observando a interferência construtiva que produziu um
aumento no som graças à soma das amplitudes das ondas produzidas.

MATERIAL UTILIZADO:

 Um par de diapasões de freqüência própria de 440Hz;


 Um par de caixas de ressonância;
 Uma massa de haste;
 Um martelo de borracha para percussão.

PROCEDIMENTOS:

Experiência 04. Ressonância

 Fizemos a montagem dos diapasões.


 Seguramos a caixa de madeira e, com um martelo, batemos na haste do
diapasão.
 Aproximamos os diapasões com as aberturas voltadas uma para a outra
e abafamos o som
Experiência 05.

 Colocamos as caixas próximas uma da outra (uma distância de


aproximadamente 10cm.
 Acrescentamos a massa ao primeiro diapasão.
 Batemos nos dois diapasões.
 Abafamos os diapasões.
 Repetimos o experimento variando a posição da massa.
 Abafamos os diapasões.
 Repetimos o procedimento por mais algumas vezes a fim de melhor
compreender o experimento.

Experiência 06. Batimento

 Segurando a caixa de madeira, batemos nos diapasões.


 Aproximamos os diapasões com as aberturas voltadas uma para a
outra.
 Abafamos o diapasão sem a massa.
 Repetimos os procedimentos acima variando as posições da massa.

RESULTADOS E CONCLUSÃO:

Experiência 04.

Pudemos observar que ao bater em um dos diapasões, nós fizemos ele


produzir ondas sonoras, transmitindo energia para o meio. A freqüência natural
dos diapasões é de 440Hz, a nota lá, e como ambos tinham a mesma
freqüência, pudemos observar que ouve o fenômeno chamado de ressonância,
onde o diapasão que fizemos produzir ondas sonoras transmitiu energia para o
outro, fazendo-o vibrar também na mesma frequência.

Como os dois diapasões têm a mesma freqüência de oscilação, dá pra


observar que a intensidade com que um produz um som é a mesma do outro
quando entrado em ressonância com o primeiro.

Observamos também que a amplitude do som resultante é maior que a


de apenas um dos diapasões produzindo oscilações, já que a intensidade do
som resultante é a soma das duas amplitudes produzidas.

Ao afastarmos e aproximarmos os dois diapasões oscilando, podemos


perceber diminuição e aumento no som, respectivamente. Isso se dá devido ao
fato da interferência construtiva das ondas sonoras produzidas.

Experiência 05.

Alterando a massa do sistema, também alteramos a freqüência natural


do diapasão, então ele não entrou mais em ressonância com o que não foi
alterada a massa.

Como não foi observada a ressonância, também não foi observada a


transferência de energia, já que o diapasão que teve sua freqüência natural
alterada permaneceu em repouso quando o outro foi colocado para oscilar.
Como vimos na experiência anterior, a condição para que um diapasão
ressoe com outro é que ambos tenham a mesma freqüência natural.

Experiência 06.

Observamos que dependendo da posição em que era colocada a massa


de haste no diapasão, sua freqüência se alterava conforme essa mudança.
Percebemos que quanto mais próxima da caixa de ressonância a massa era
colocada, mais diferente a freqüência natural ficava.

Quando colocamos pra oscilar o diapasão normal e o com freqüência


alterada, percebemos a produção de batimentos no som audível. Como as
freqüências eram bem parecidas, notamos uma diferença clara de fase entre
os sons, o que fez com que ouvíssemos o som aumentando e diminuindo
periodicamente.

O aumento na intensidade do som pode ser justificado como


interferência construtiva entre as duas ondas, e a diminuição como
interferência destrutiva.

Alterando a posição da massa na haste do diapasão, diminuíamos ou


aumentávamos os batimentos, dependendo da freqüência resultante do
acréscimo da massa.

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