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Uni-FACEF - CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE FRANCA

ENGENHARIA CIVIL NOTURNO


5º SEMESTRE – TURMA IV

FRANCISLAINE SOUZA SOARES GOBBI


GABRIELA TELES MELO
JOÃO VÍCTOR NARCISO SILVA
KAROLINA VIEIRA AZEVEDO
LUCAS AGUIAR MENDES

PONTE DE MACARRÃO

FRANCA
2018
FRANCISLAINE SOUZA SOARES GOBBI
GABRIELA TELES MELO
JOÃO VÍCTOR NARCISO SILVA
KAROLINA VIEIRA AZEVEDO
LUCAS AGUIAR MENDES

PONTE DE MACARRÃO

Trabalho apresentado como requisito parcial


para obtenção de aprovação na disciplina
MECÂNICA DOS SÓLIDOS I, do Uni-FACEF
- CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE
FRANCA.

Orientador: Prof.º Ms. Guilherme Augusto


Bertelli Fernandes Clemente

FRANCA
2018
LISTA DE ILUSTRAÇÔES

Figura1 - Representação dos nós.................................................................................8


Figura 2 - Comprimento das barras de macarrão em metros.......................................9
Figura 3 - Esforços de Tração e Compressão..............................................................9
Figura 4 - Identificação das Barras..............................................................................10
Figura 5 - Ponte de macarrão em 3D..........................................................................15
Figura 6 - Vista lateral da ponte..................................................................................16
Figura 7 - Vista superior da ponte...............................................................................16
Figura 8 - Comprimento das barras de macarrão em metros......................................21
Figura 9 - Ângulo formado entre as barras de macarrão.............................................23
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de Fios em Tração........................................................................10


Tabela 2 - Tabela de Fios em Compressão...............................................................11
Tabela 3 - Dimensões das Seções............................................................................12
Tabela 4 - Peso do Macarrão mais 35% de Cola......................................................14
Tabela 5 - Comprimento das barras tridimensional...................................................16
Tabela 6 - Coordenadas dos nós...............................................................................27
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................6
2.
OBJETIVO................................................................................................................7
3. MÉTODO..................................................................................................................7
4. PONTE DE VIGA PRATT.....................................................................................7
5. DIMENSIONAMENTO DA PONTE.......................................................................8
6. DIMENSÕES DAS BARRAS..............................................................................12
7. CÁLCULO DO PESO......................................................................................... 14
8. MONTAGEM DA PONTE...................................................................................15
8.1 Comprimento das barras no plano tridimensional
......................................15
8.2 Materiais Utilizados ...................................................................................18
9. CONCLUSÃO.....................................................................................................19
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................20
ANEXO 01 – Cálculo dos nós.................................................................................22
ANEXO 02 – Coordenadas inseridas no Ftool......................................................28
ANEXO 03 – Memorial Descritivo...........................................................................29
6

1. INTRODUÇÃO
Uma ponte é uma construção provisória ou permanente, destinada a
estabelecer ligação ao mesmo nível entre dois pontos separados por algum
elemento que dificulta essa transição, seja ele um curso de água, uma depressão de
terreno ou qualquer outro obstáculo. Desta forma, para desenvolvimento do trabalho,
será realizada a análise estrutural de uma ponte espaguete, treliçada
Uma treliça é uma estrutura reticulada que tem todas as ligações entre
barras articuladas, compostas de várias pequenas vigas que juntas podem suportar
uma grande quantidade de peso e vencer grandes distâncias. É constituída por
barras dispostas sob forma geométrica triangular, através de pinos, soldas, rebites,
parafusos, entre outros; esse tipo de armação é resultado do cruzamento de
elementos retos e rígidos e pode ser plano ou tridimensional (RLT ENGENHARIA,
2015).
Na análise de uma treliça as cargas atuantes são transferidas para os
seus nós. Portanto, na maioria das vezes, as vigas de uma ponte treliçada são
delgadas e visam formar uma estrutura rígida, com a finalidade de resistir a esforços
axiais (esforços de tração e compressão) (Métodos Básicos da Análise de
Estruturas, 2017).
O esforço de tração ocorre quando a força é aplicada perpendicularmente
à seção transversal do material, com tendência a produzir um alongamento no
mesmo. Já na compressão, a força é aplicada perpendicularmente à seção
transversal do material, com tendência a produzir um encurtamento no mesmo como
mostra a figura abaixo.
Portanto, para a análise estrutural, segundo o professor Luciano
Rodrigues Ornelas de Lima, os cálculos podem ser realizados através do método de
nós em treliças, o qual consiste em verificar o equilíbrio de cada nó da treliça.
Quando se fala em nós, é nada menos do que o ponto de encontro das barras que
formam cada unidade triangular, que são a base da treliça. Nesse sentido, toda força
sobre a treliça é colocada em cima desses nós, que é a junção das pontas de cada
barra que forma a unidade triangular. Essa ação elimina os esforços de flexão e de
torção. Assim, aonde determina-se os pontos das reações de apoio, identifica-se o
tipo de esforço em que cada barra e se faz a verificação do equilíbrio de cada nó,
iniciando-se sempre os cálculos pelo nó que tenha o menor número de incógnitas.
7

As treliças apresentam inúmeras vantagens e, como são leves, aguentam


impacto e forças de forma distribuída e recomenda-se usá-las quando não é
possível preencher grandes distâncias de vãos. A perfeita aderência ao concreto
torna essa estrutura muito prática e de fácil uso. Além disso, essa aderência garante
mais segurança no suporte de construções. Outra vantagem que contribui com a
produtividade e a agilidade na prática, é que são feitas sob medida. Isso significa
que a obra já recebe a armação nas condições exatas para uso. Desse modo,
agiliza-se a montagem. Como se pode ver, as treliças são muito eficientes e
oferecem segurança tanto quanto outras estruturas.
Desta forma, pode-se definir a melhor estrutura, de maneira que os
esforços analisados estejam em harmonia, para que equilibre e sustente o
carregamento máximo sob a obra, sem que essa entre no processo de ruptura.

2. OBJETIVO
Apresentar um protótipo de uma ponte de macarrão treliçada para ensaio
destrutivo, realizado através do uso de materiais e dimensões especificadas pelo
regulamento da competição.

3. MÉTODO
A ponte deverá ser construída utilizando massa do tipo espaguete número
7 e colas epoxi. A mesma deverá ser capaz de vencer um vão livre de 1m, estando
apoiada livremente nas suas extremidades. Na parte inferior de cada extremo, deve
ser colocado um tubo de PVC, de 20mm de diâmetro externo e 20cm. A altura
máxima da ponte é de 50 cm; com largura mínima de 5cm e máxima de 20cm, ao
longo de todo seu comprimento. Para o teste de carga da ponte, será fixada uma
barra de aço de construção de 8 mm de diâmetro e de comprimento igual à largura
da ponte. Peso máximo do protótipo é de 750 gramas. Tal estrutura deve ser
dimensionada para que atinja eficiência máxima (suporte o maior carregamento
através da resistência da massa até sua ruptura).

4. PONTE DE VIGA PRATT


Para a realização do projeto, a referência escolhida é denominada como
“Ponte de Viga Pratt, com banzo modificado”. A treliça selecionada é facilmente
8

identificada pelos seus elementos diagonais que, à exceção dos extremos,


apresentam-se todos eles inclinados e na direção do centro do vão. Todas as barras
diagonais à excepção das diagonais do centro, estão sujeitos somente à tração,
enquanto que as barras verticais suportam as forças de compressão (Maria Idália
Silva Gomes, 2016).
Este modelo foi definido por nosso grupo, pois, se projetado e executado
de maneira precisa, possui condições de cumprir os objetivos propostos, já que as
barras submetidas à compressão possuem, em geral, tamanho reduzido se
comparado às barras tracionadas. As treliças triangulares e com banzo curvo são as
que suportaram maior carga. Além das análises através de cálculos, também foram
observados outros trabalhos satisfatórios que seguiram o mesmo protótipo. O
resultado também pode ser verificado através de um projeto dimensional testado no
Ftool.

5. DIMENSIONAMENTO DA PONTE
Os esforços atuantes no projeto elaborado foram calculados através do
software FTOOL e pelo método de nós em treliças (anexo 1), considerando uma
carga de 150 Kgf no centro da ponte.
Para determinar os esforços internos nas barras da treliça plana,
inicialmente representamos cada nó com uma letra do alfabeto, conforme figura 1.

Figura 1- Representação dos nós

Fonte: do Autor
9

No Ftool, software de cálculo estrutural, foram inseridas todas as


coordenadas dos nós (anexo 2), de acordo com o comprimento das barras (figura 2);
os apoios moveis e a carga escolhida, nesse processo não foi considerado o tipo de
material utilizado nas barras.

Figura 2– Comprimento das barras de macarrão.

Fonte: do Autor

Os resultados obtidos seguem na figura 03 abaixo, onde que para valores


negativos são forças de compressão e para valores positivos forças de tração.
10

Figura 3 - Esforços de Tração e Compressão

Fonte: do Autor.

Para identificação dos fios nas tabelas, foi utilizado a seguinte figura:

Figura 4 - Identificação das Barras

Fonte: do Autor

A partir dos valores de esforços obtidos, foi calculado o número de fios


que seriam necessários na utilização de cada seção da ponte.
No caso de tração, utiliza-se uma fórmula básica onde o esforço atuante é
dividido por um valor médio que foi encontrado através de alguns ensaios de tração
do fio de macarrão da marca Barilla.
11

Esfor ç oAtuante(Kgf )
N º deFios= (EQUAÇÃO 1)
4,267(Kgf )

Tabela 1 - Tabela de Fios em Tração


Fios de Tração
Valor adotado
Esforço Atuante Nº de
ID por ensaios NFA
(Kgf) Fios
(Kgf)
1 20,9916 4,267 4,9195 8
2 26,6737 4,267 6,2512 8
3 26,7818 4,267 6,2765 8
4 26,1937 4,267 6,1387 8
5 26,6333 4,267 6,2417 8
6 26,6333 4,267 6,2417 8
7 26,1937 4,267 6,1387 8
8 26,7818 4,267 6,2765 8
9 26,6737 4,267 6,2512 8
10 20,9916 4,267 4,9195 8
Fonte: do Autor.

Para a obtenção do número de fios nas seções de compressão, adotou a


seguinte fórmula:

N º de Fios=
√ N ×L²
279056 × R ⁴
(EQUAÇÃO 2)

Onde que:
 N: Esforço atuante (Kgf)
 L: Comprimento (Cm)
 R: Raio (Cm)
12

Tabela 2 - Tabela de Fios em Compressão

Fios de Compressão
Esforço
Comprimento Raio Nº de
ID Atuante NFA
(Cm) (Cm) Fios
(Kgf)
AB 77,8815 16,77 0,09 34,5875 35
BC 80,5813 16,93 0,09 35,5176 36
CD 82,6344 15,98 0,09 33,9490 34
DE 83,9774 15,58 0,09 33,3671 34
EF 84,5719 16,2 0,09 34,8175 35
FG 83,9774 15,58 0,09 33,3671 34
GH 82,6344 15,98 0,09 33,9490 34
HI 80,5813 16,93 0,09 35,5176 36
IJ 77,8815 16,77 0,09 34,5875 35
Fonte: do Autor.

6. DIMENSÕES DAS BARRAS


Para obtenção do diâmetro das seções das barras foi utilizada um método
de dedução onde contamos com as informações de que a área unitária de um fio de
macarrão é:
2
π ×D
Au= (EQUAÇÃO 3)
4

 Au: Área Unitária.


 D: Diâmetro.

E a área total da seção conta com a área unitária vezes a quantidade de


fios:
π ×D²
At=NF × (EQUAÇÃO 4)
4
 At: Área total.
 NF: Nº de Fios.
Com a dedução dessas informações podemos calcular o diâmetro total
com a seguinte fórmula:
13

Ds= √ 4 × NF × R ²(EQUAÇÃO 5)

 Ds: Diâmetro da Seção.


 R: Raio.

Os resultados obtidos estão na seguinte tabela:

Tabela 3 - Dimensões das Seções

Dimensões das Barras


Diâmetro
Raio das
ID NFA
(Cm) Seções
(Cm)
1 8 0,09 0,5091
2 8 0,09 0,5091
3 8 0,09 0,5091
4 8 0,09 0,5091
TRAÇÃO

5 8 0,09 0,5091
6 8 0,09 0,5091
7 8 0,09 0,5091
8 8 0,09 0,5091
9 8 0,09 0,5091
10 8 0,09 0,5091
AB 35 0,09 1,0649
BC 36 0,09 1,0800
CD 34 0,09 1,0496
COMPRESSÃO

DE 34 0,09 1,0496
EF 35 0,09 1,0649
FG 34 0,09 1,0496
GH 34 0,09 1,0496
HI 36 0,09 1,0800
IJ 35 0,09 1,0649
Fonte: do Autor.
14

7. CÁLCULO DO PESO
O cálculo do peso total da ponte de macarrão partiu das informações
obtidas como:
 Número de fios adotados (NFA)
 Comprimento de cada seção (L)
 Peso linear do macarrão em (g/cm) (0,03937)
 Número de seções iguais (NS)

Fórmula utilizada:

Peso total da Se çã o=L∗NFA∗NS∗0,03937(EQUAÇÃO 6)

Os resultados obtidos são conforme a tabela seguinte:

Tabela 4 - Peso do Macarrão mais 35% de Cola

Peso Total
Nº de
Peso Total
Compriment Fios Nº de
ID da Seção
o (Cm) Adotado Seções
(g)
s
1 50 8 2 31,4960
2 48,26 8 2 30,3999
3 46,72 8 2 29,4299
4 45,64 8 2 28,7495
5 45,07 8 2 28,3905
6 45,07 8 2 28,3905
7 45,64 8 2 28,7495
8 46,72 8 2 29,4299
9 48,26 8 2 30,3999
10 50 8 2 31,4960
AB 16,77 35 2 46,2164
BC 16,93 36 1 23,9952
CD 15,98 34 1 21,3905
15

DE 15,58 34 1 20,8551
EF 16,2 35 1 22,3228
FG 15,58 34 1 20,8551
GH 15,98 34 1 21,3905
HI 16,93 36 1 23,9952
IJ 16,77 35 2 46,2164
Peso
544,1690
Total

Peso Total com


734,6281
Cola:
Fonte: do Autor

O valor final encontrado pela tabela conta com uma adição de 35% do
peso real do macarrão, onde foi considerado que essa diferença será utilizada por
colas na união das barras e dos nós.
Com a pesagem da barra de 5/16 e do tubo PVC de 20mm, temos uma
aproximação do peso real da ponte que será de: “850 gramas”.

8. MONTAGEM DA PONTE

8.1 COMPRIMENTO DAS BARRAS NO PLANO TRIDIMENCIONAL

Na análise dos esforços internos realizado anteriormente, considerou-se a


ponte plana, entretanto, a mesma não está paralela ao plano frontal, pois há uma
inclinação no encontro das barras de tração, por tanto, é necessário considerar o
objeto tridimensional ao realizar a montagem da ponte.
Para obter os comprimentos reais da ponte foi utilizado o Sketchup,
software próprio para a criação de modelos em 3D.

Figura 5 – Ponte de macarrão em 3D


16

Fonte: do Autor

Figura 6 - Vista lateral da ponte


17

Fonte: do Autor

Figura 7 – Vista superior da ponte

Fonte: do Autor

Tabela 5 – Comprimento das barras tridimensional


COMPRIMENTO
BARRAS
DAS BARRAS (M)
AB 0,1869
BC 0,1694
CD 0,1599
DE 0,1558
EF 0,1620
18

FG 0,1558
GH 0,1599
HI 0,1694
IJ 0,1869
JK 0,5000
AK 0,5000
BK 0,4845
CK 0,4705
DK 0,4615
EK 0,4535
FK 0,4535
GK 0,4615
HK 0,4705
IK 0,4845
Fonte: do Autor

8.2 MATERIAIS UTILIZADOS


 Massa espaguete.
Marca: Barilla.
Tipo: Spaghettoni.
Número: 7.
Peso do pacote: 500g.

 Cola epóxi tipo massa.


Marca:Durepoxi.

 Cola epóxi tipo resina.


Marca: Araldite.

 Tubo de PVC para água fria, de 20mm de diâmetro externo, e 20cm de largura.

 Barra de aço de construção de 8 mm de diâmetro, e 15cm de largura


19

9. CONCLUSÃO
O grupo se empenhou em dimensionar uma ponte na qual poderia
suportar um carregamento de 150 kg, utilizando o mínimo possível de material, com
um peso máximo de 750 g. Para dimensionar os esforços presentes no projeto, foi
considerado os dados de resistência a tração e compressão do espaguete, oferecido
por ensaios realizados em laboratórios. A obtenção dos resultados se teve através
de equações especificas para cada tipo de esforço.
Durante a realização do projeto, encontramos algumas dificuldades com a
elaboração dos cálculos, porém elas foram sancionadas com auxílio de pesquisas e
do professor orientador. Através do trabalho, tivemos a possibilidade colocar em
prática os assuntos abordados no semestre letivo, o que auxiliou na fixação do
conteúdo e despertou nosso interesse na disciplina. Assim, verificamos o
comportamento dos sistemas estruturais de uma treliça de macarrão.
Não foi possível concluir um modelo de teste até a respectiva data, porém
com o conhecimento adquirido na disciplina de mecânica dos sólidos, pode-se
concluir que para o sucesso da ponte em suportar a carga dimensionada, não
depende apenas dos cálculos estruturais já realizados, mas também da ação
humana com a montagem da mesma, onde por uma junta deficiente na união do
arco ou das barras de tração e da imprecisão nas medidas das barras levará a ter
um maior esforço em algumas áreas, assim a ponte pode sofrer uma ruptura antes
do seu carregamento final.
20

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GONZÁLEZ, Luis Alberto Segovia “Competição de Pontes de Espaguete”.


Publicado no dia 06 de maio de 2004. Disponível
em:<http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/index.html>.
Acesso em 11 de novembro de 2018.

GONZÁLEZ, Luis Alberto Segovia; MORSCH, Inácio Benvegnu; MASUERO, João


Ricardo. “DIDACTIC GAMES IN ENGINEERING TEACHING - CASE: SPAGHETTI
BRIDGES DESIGN AND BUILDING CONTEST”. Publicado no dia 06 de novembro
de 2005. Disponível em:
<http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/arquivos/COBEM2005-1756.pdf>.
Acesso em 11 de novembro de 2018.

CLEMENTE, Guilherme. “Roteiro – Ponte de Espaguete”. Disponível em:


<http://ava-grad.unifacef.com.br/pluginfile.php/29962/mod_resource/content/2/
ROTEIRO%20_%20PONTE%20TRELI%C3%87A.pdf> Acesso em 13 de novembro
de 2018.

RLT ENGENHARIA. “Treliças: Definição, aplicação e classificação”. Publicado


em 20 de novembro de 2015, às 19:42 horas. Disponível em:
<http://rltengenharia.blogspot.com/2015/11/trelicas-classificacao.html>.Acesso em
13 de novembro de 2018.

LIMA, Luciano Rodrigues Ornelas de. “Treliças – Capítulo 6”. Disponível em:
<http://www.labciv.eng.uerj.br/rm4/trelicas.pdf>. Acesso em 13 de novembro de
2018.

FILHO, Hugo Scheuermann.“Projeto Ponte Espaguete – Relatório Final”.


Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/150916153/Relatorio-Ponte-de-
Espaguete>. Acesso em 13 de novembro de 2018.
21

MTJJ ENGENHARIA. “Modelo de treliça do protótipo”. Publicado em 17 de maio


de 2015. Disponível em: <http://mtjjengenharia.blogspot.com/2015/05/trelica-e-uma-
estruturaconstituida-por.html>. Acesso em 13 de novembro de 2018.

GOMES, Maria Idália Silva. “Estudo e Análise de Treliças”. Disponível em:


<https://www.researchgate.net/publication/301298120_Estudo_e_Analise_de_Trelica
s>. Acesso em 26 de novembro de 2018.
22

ANEXO 01 – Cálculo dos nós

Com a finalidade de calcular os esforços atuantes pelo método de nós em


treliças, anteriormente é necessário obter os ângulos formados entre as barras, para
isso, será utilizado a Lei dos Cossenos.
O teorema dos cossenos estabelece que:

"Em qualquer triângulo, o quadrado de um dos lados corresponde à soma dos


quadrados dos outros dois lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo
cosseno do ângulo entre eles."

a2=b2+c2-2*b*c*cosα (EQUAÇÃO 7)
Fórmula do Cosseno

Figura 8 – Comprimento das barras de macarrão em metros

Fonte: do Autor

0,48272=0,52+0,16772-2*0,5*0,1677*cosα (EQUAÇÃO 8)
α=74,3907°

0,46722=0,48272+0,16932-2*0,4827*0,1693*cosα (EQUAÇÃO 9)
23

α=74,6062°

0,45642=0,15992+0,46722-2*0,1599*0,4672*cosα (EQUAÇÃO 10)


α=76,2381°

0,45082=0,15582+0,45642-2*0,1558*0,4564*cosα (EQUAÇÃO 11)


α=78,0881°

0,45082=0,45082+0,16202-2*0,4508*0,1620*cosα (EQUAÇÃO 12)


α=79,6488°

0,52=0,16772+0,48272-2*0,1677*0,4827*cosα (EQUAÇÃO 13)


α=86,0606°

0,48272=0,16932+0,46722-2*0,1693*0,4672*cosα (EQUAÇÃO 14)


α=84,9449°

0,46722=0,15992+0,45642-2*0,1599*0,4564*cosα (EQUAÇÃO 15)


α=83,8671°

0,45642=0,15582+0,45082-2*0,1558*0,4508*cosα (EQUAÇÃO 16)


α=82,1467°

0,45082=0,16202+0,45082-2*0,1620*0,4508*cosα (EQUAÇÃO 17)


α=79,6488°

Devido à ponte ser simétrica, calculou-se somente até sua metade. Os


resultados obtidos estão dispostos conforme figura 2.
24

Figura 9 – Ângulo formado entre as barras de macarrão.

Fonte: do Autor.

A resolução de treliças planas pelo método dos nós consiste em verificar


o equilíbrio de cada nó da treliça, seguindo-se os passos descritos a seguir:
Determinação das reações de apoio
As reações de apoio em VA e em VB são iguais, pois a carga P está
aplicada simetricamente aos apoios.
Portanto, VA = VB =P/2
(b) identificação do tipo de solicitação em cada barra (barra tracionada ou
barra comprimida)
(c) verificação do equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se sempre os
cálculos pelo nó que tenha o menor número de incógnitas.
25

Nó A

FABY= FAB*senα ∑ FX = 0
-750=FAB*sen74,3907° FAK + (-209,9398) = 0
FAB = - 778,7200N FAK = 209,9398

FABX = FAB * cosα ∑ FY = 0


FABX = -778,7200 *cos74,3907° -750 –FABY = 0
FABX = -209,5349N FABY = -750N

Nó B

90° - 74,6062° = 15,3938° ∑ FX = 0


86,0606° - 15,3938°= 70,6668° -257,8039 + FBKX = 0
FBKX = 257,8039N
FBAX = FBA * cosα
FBAX = -778,7200 *cos70,6668° ∑FY = 0
FBAX = -257,8039N FBC + 70,9810 – (-734,8074) = 0
FBC = -805,7884N
FBKX = FBK * cosα
257,8039 = FBK *cos15,3938°
FBK = 267,3970N

FBAY = FBA *senα


FBAY = -778,7200* sen70,6668°
FBAY = -734,8074N

FBKY = FBK *senα


FBKY = 267,3970* sen15,3938°
FBKY = 70,9810N
26

Nó C

90° - 76,2381° = 13,7619° ∑FX = 0


84,9449° - 13,7619° = 71,1830° FCKX + (-259,9042) = 0
FCKX = 259,9042N
FCBX = FCB * cosα
FCBX = -805,7884 *cos71,1830 ∑FY = 0
FCBX = -259,9042N FCD + 63,6553 – (-762,7219) = 0
FCD = -826,3772N

FCBY = FCB *senα


FCBY = -805,7884* sen71,1830
FCBY = -762,7219N

FCKX = FCK *cosα


259,9042 = FCK * cos13,7619
FCK = 267,5858N

FCKY = FCK *senα


FCKY = 267,5858* sen13,7619
FCKY = 63,6553N

Nó D

90° - 78,0881° = 11,9119° ∑FX = 0


83,8671° - 11,9119° = 71,9552° -255,9709+ FDKY = 0
FDKX = 255,9790N
FDCX = FDC *cosα
FDCX = -826,3772* cos71,9552 ∑FX = 0
FDCX = -255,9790N FDE + 53,9987 – (-785,7315) = 0
FDE = -839,7302N

FDKX = FDK * cosα


255,9790 = FDK *cos11,9119
27

FDK = 261,6125N

FDKY = FDK *senα


FDKY = 261,6125* sen11,9119
FDKY = 53,9987N

FDCY = FDC *senα


FDCY = -826,3772* sen71,9552
FDCY = -785,7315N

Nó E

90° - 79,6488° = 10,3512° ∑FX = 0


82,1467° - 10,3512° = 71,7955° -262,3397 + FEKX = 0
FEKX = 262,3397N
FEDX = FED *cosα
FEDX = -839,7302* cos71,7955 ∑FY = 0
FEDX = -262,3397N FEF + 47,9174 – (-797,6996) = 0
FEF = -845,6170N
FEDY = FED *senα
FEDY = -839,7302* sen71,7955

FEDY = -797,6996N

FEKX = FEK *cosα


262,3397 = FEK * cos10,3512
FEK = 266,6799N

FEKY = FEK *senα


FEKY = 266,6799* sen10,3512
FEKY = 47,9174N
28

ANEXO 02 – Coordenadas inseridas no Ftool.

Tabela 6 – Coordenadas dos nós


X Y
A 0 0
B 0,045 0,1615
2
C 0,142 0,3003
1
D 0,271 0,3948
0
E 0,419 0,4434
0
F 0,581 0,4434
0
G 0,729 0,3948
0
H 0,857 0,3003
9
I 0,954 0,1615
8
J 1,000 0
0
K 0,500 0
0
Fonte: do Autor
29

ANEXO 03 – Memorial Descritivo

Para a construção da ponte, foram adquiridos os materiais especificados ao


projeto e realizado dois protótipos da mesma. Inicialmente, uma ponte teste foi
executada, desta forma pode-se observar os métodos mais viáveis para sua
montagem e possíveis correções até o teste de ruptura. Em seguida, foi feita a
ponte “oficial” com as alterações necessárias.
Para o desenvolvimento das barras, usou-se a massa de espaguete nº 07 e
pegou-se o comprimento calculado dos fios de compressão. Foram cortadas com
aproximadamente 0,5 cm a mais, para que o excedente pudesse ser anexado ao
arco principal da ponte. Marcou-se com caneta a medida de cada fio e cortou de
forma que ficassem homogêneos. Agrupou-se 8 fios em cada barra e estes foram
presos com elásticos para cabelo nas extremidades. Feito isso, passou-se a cola
tipo resina ao centro de cada fio e deixou em local para secagem.

Figura 1 Massa Utilizada


30

Fonte: do autor

É importante observar que adotamos a quantidade de 160 fios nas barras,


pois nossos cálculos foram baseados em treliças planas, enquanto o nosso protótipo
é uma treliça espacial. Assim, cada lado da ponte ficou com 10 barras simétricas,
cada uma com 8 fios.
Figura 2 Agrupamento dos fios

Fonte: do autor
31

Em seguida, uniu-se os fios de respectivos comprimentos com


Durepoxi (epóxi tipo massa) e foram separados por sua identificação (ID).

Figura 3 Separação dos fios pela identificação

Fonte: do autor
Para as barras do arco, que são tubulares, usou-se tubo com 20 mm de
diâmetro externo. Envolveu-os com o espaguete, também identificados e separados
por seções e, usou-se o mesmo método das barras de compressão: união com
gomas elásticas e uso de cola tipo resina.

Figura 4 Barras tubulares para o arco


32

Fonte: do autor.

Após a secagem, foram removidos os tubos e alinhou-se as


extremidades de cada barra, com o uso de uma faca aquecida por um bico de
Bunsen, em alta temperatura, de forma que ficassem de acordo com as respectivas
medidas. O processo exige cautela para não pressionar o espaguete. Foi impresso
o modelo da ponte escolhida em folha A0, para orientar o corte e formar o arco.
Deste modo, uniu-se as partes com a cola epóxi tipo massa.

Figura 5 Aquecimento da faca para o corte


33

Fonte: do autor.

Figura 6 União das barras para o arco

Fonte: do autor

Figura 7 Finalização do arco


34

Fonte: do autor.

A base e suporte da ponte foram feitos com formato triangular, apoiados sob
um cano de PVC, com 20 cm de comprimento. Foi feito um corte para encaixe do
macarrão. Os mesmos métodos de construção foram utilizados para a junção com o
arco.

Figura 8 Preparação do suporte

Fonte: do autor
35

Finalizadas as etapas de construção da ponte, os itens já secos e


moldados, foram unidos, também com o uso da cola Durepoxi, e aos poucos a ponte
ganhou formato.

Figura 9 Junção do suporte com o arco

Fonte: do autor

Após executada, acrescentou-se uma barra de aço de construção de 8 mm


de diâmetro e 15 cm de comprimento ao centro da ponte, para ser pendurado o
suporte com os pesos para o teste de ruptura.

Figura 10 Fixação da barra de aço


36

Fonte: do autor

Seguido este processo, finalizou-se a construção da ponte com o uso da cola


quente revestida com epóxi tipo massa na união dos fios ao centro da ponte,
fixando-as à barra de aço.

Figura 11 União parte central da ponte

Fonte: do autor
37

RESULTADO FINAL
 Ponte Teste
A ponte teste ficou com as medidas padronizadas pelo projeto e pelos
cálculos executados pelo grupo, porém, sua massa final foi de 1,175 kg, ou seja,
com excedente de 275 gramas do estipulado.
Ao realizar o teste de ruptura, resistiu sem romper-se até os 34 Kg, enquanto
o esperado era de aproximadamente 150 kg.
Pode-se considerar essas diferenças ao fato de ser uma ponte teste e não
ser trabalhada com tanta precisão.

Figura 12 Massa ponte teste

Fonte: do autor

 Ponte Oficial
A ponte oficial também atingiu os parâmetros exigidos pelas normas do
projeto e pelos cálculos efetuados, porém sua massa total foi de 1,201 Kg,
excedendo 301 gramas do permitido.
Até a conclusão deste trabalho ainda não havia sido feito o teste de ruptura;
portanto, não se tem a capacidade máxima de resistência.
38

Figura 13 Massa ponte oficial

Fonte: do autor

Figura 14 Simetria

Fonte: do autor
39

Figura 15 Finalizada

Fonte: do autor

Figura 16 Ponte Oficial

Fonte: do autor
40

MATERIAIS UTILIZADOS:

 1 e ½ Massa espaguete.
Marca: Barilla.
Tipo: Spaghettoni.
Número: 7.
Peso do pacote: 500g.

 04 Cola epóxi tipo massa.


Marca:Durepoxi.

 08 Cola epóxi tipo resina.


Marca: Araldite.

 02 Tubo de PVC para água fria, de 20mm de diâmetro externo, e 20cm de largura.

 01 Barra de aço de construção de 8 mm de diâmetro, e 15cm de largura.

 01 Saco com 250 unidades de elásticos para cabelo (transparente).

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