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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES

CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM ESTRADAS

JOYCE PAIVA KOCK


MARIA EDUARDA SALES
MILLENA BEZERRIL DE ALMEIDA
REBECA PEREIRA DE SOUZA

RELATÓRIO FINAL DE PROJETO


ENSAIOS CONCRETO

VITÓRIA – ES
2021

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JOYCE PAIVA KOCK
MARIA EDUARDA SALES
MILLENA BEZERRIL DE ALMEIDA
REBECA PEREIRA DE SOUZA

RELATÓRIO FINAL DE PROJETO

ENSAIOS CONCRETO

VITÓRIA – ES
2021

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RESUMO

Este relatório analisa os ensaios realizados ao longo do terceiro bimestre na disciplina


de Laboratório de Materiais. O relatório descreve o cálculo do traço do concreto, o
ensaio de resistência à compressão. Os ensaios realizados no trabalho são: dosagem
do concreto na betoneira; ensaio de abatimento; moldagem do corpo de prova;
resistência à compressão.

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LISTA DE FIGURAS

1. Figura 1: gráfico água x cimento…………………………………………..11


2. Figura 2: tabela consumo de água………………………………………...12
3. Figura 3: tabela dimensão máxima x modelo de finura………………..12
4. Figura 4: recolhimento da amostra com a conha da sessão U….……17
5. Figura 5: preenchimento da primeira camada do molde……………….17
6. Figura 6: complemento do volume total do experimento…………..….18

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SUMÁRIO

1. OBJETIVOS………………………………………………………………….…...6
2. APARELHAGEM………………………………………………………………....6
2.1. Ensaio de Abatimento………………………………………………………....7
2.2. Ensaio do corpo de prova………………………………………………….....7
2.3. Ensaio de resistência à compressão…………………………………….....8
3. PROCEDIMENTOS………………………………………………………….…...9
3.1. Cálculo do traço………………………………………………………….….....9
3.2. Dosagem do concreto na betoneira…………………………………….…15
3.3. Ensaio de abatimento………………………………………………………..15
3.4. Moldagem do corpo de prova…………………………………………..….16
3.5. Resistência à compressão do corpo de prova (compressão axial)...19
3.6. Resistência à tração do corpo de prova (compressão diametral).....20
4. CONCLUSÃO………………………………………………………………......21

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1. OBJETIVOS:

O concreto é um dos materiais mais utilizados nas construções civis, sendo composto
por uma mistura de cimento, agregados graúdos (pedras), agregados miúdos (areia),
água, aditivos e adições (sílica ativa). Aditivos e adições são produtos fundamentais
para melhorar o desempenho do concreto. Para se obter um ótimo resultado, o
concreto deve seguir um padrão na escolha de seus produtos. Esse padrão é analisado
através de ensaios, bem como: o ensaio de abatimento, corpo de prova e o de
resistência à compressão. A mistura do concreto deve ter uma boa distribuição
granulométrica a fim de preencher todos os vazios, pois a porosidade tem influência na
permeabilidade e na resistência das estruturas de concreto. O objetivo deste trabalho é
dosar o concreto, ou seja, utilizar as melhores proporções de materiais, a fim de
aumentar a potência do concreto. Por fim, medir a resistência à compressão do
concreto, conhecida como fck.

2. APARELHAGEM:

2.1 - ENSAIO DE ABATIMENTO:

Aparelhos utilizados na realização do ensaio acima:

● Molde (corpo de prova):

- Formato: cone oco


- Feito de metal (espessura ≥ 1,5 mm);
- Interior liso e livre de saliências;
- A base superior (dois terços da altura) deve conter duas alças e a base inferior
deve conter aletas.

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● Haste de compactação:

- Formato: circular e reta;


- Feita de aço;
- Diâmetro: 16 mm;
- Comprimento: 600 mm;
- Extremidades arredondadas.

● Base:

- Formato: quadrada (ou retangular) e plana


- Feito de metal;
- Lados com dimensões maiores do que 500 mm;
- Espessura mínima de 3 mm.

2.2 - ENSAIO DE MOLDAGEM DO CORPO DE PROVA:

Aparelhos utilizados na realização do ensaio acima:

● Molde:

- Feita de aço ou outro material não absorvente;


- Formato: cilindro
- Diâmetro: 10 cm, 15 cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm;
- Superfícies internas lisas e livres de saliências;
- Devem possuir dispositivos de fixação em suas bases.

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2.3 - ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO:

Aparelhos utilizados:

● Equipamentos para compressão:

- Máquina eletromecânica: motor elétrico que controla a variação de velocidade e


deslocamento sobre o concreto;

● Sistema de medição de forças:

- A mesa apoia a peça de concreto (cilindro) e rearranja as forças aplicadas (as


mesas devem estar paralelas)
- Serve para evitar o efeito de atrito e da fricção entre a peça e a mesa

● Pratos de compressão:

- Dois pratos com espessura suficiente para que não ocorram deformações no
corpo de prova;
- Um dos pratos deve apresentar a face com referências, para centralizar o
cilindro;
- O prato de carga assentado deve girar lentamente em todos os ângulos e
livremente.

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3. PROCEDIMENTOS

3.1. Cálculo do traço

O traço do concreto é o proporcionamento adequado e mais econômico de materiais:


cimento, água, agregados, adições e aditivos. Existem 5 requisitos para esta dosagem,
entre eles estão: Trabalhabilidade, resistência, permeabilidade, condição de exposição
e custo.

Características da dosagem do concreto:

• Cimento CP II E-32:

γ = 3100 kg/m³

• Areia:

MF = 2,60 Inch. 30% c/ 6% de umid.

γ = 2650 kg/m³

S =1470 kg/m3 (solta)

• Brita:

γ = 2700 kg/m³

S = 1500 kg/m³ (compac.)

S = 1430 kg/m3 (b1 solta)

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S = 1400 kg/m³ (b2 solta)

Dmax = 25 mm

• Concreto:

fck = 22,0 MPa

Abat. = 90±10 mm

sd = 7 MPa

• Proporção das britas:

B1 = 80%

B2 = 20%

1° PASSO

Utilizando a fórmula:

Fcj = Fck +1,65 sd

Onde:

O Fck é adotado como 22

O sd (desvio de padrão) é adotado como 7Mpa

Fcj= 22+1,65.7

Fcj= 22+11,55

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Fcj= 33,55Mpa

Temos como resultado 33,55 Mpa.

fonte: Google imagens

Tendo como referência o gráfico de relação entre a água/cimento, o valor de tal relação
chega a 0,56.

2° PASSO

Logo após, precisa-se determinar o consumo de água, que, de acordo com o material
de referência, tem-se o valor obtido de 200L/m³.

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Então, utiliza-se a fórmula de consumo de cimento, na qual é:

Cc = Ca/a/c

Sendo assim, Cc (incógnita), Ca (200kg) e a/c (0,56m³),

Cc= 200/0,56

Cc= 357,14kg/m³

O resultado chega a 357,14 kg/m³.

3° PASSO

Agora, precisa-se encontrar o consumo de agregados (Cb), com tal fórmula:

Cb = vb . Mu de acordo com a , temos:

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Vb = 0,715 m³

Mu = 1500 kg/m³

Cb= 0,715 . 1500

Cb = 1.072,5 kg/m³

4° PASSO

Seguinte, a determinação do consumo de agregado miúdo (Cm), através da fórmula


de:

Vm=1- (357,14/3100 + 1,072,5/2700 + 200/1000)

Vm = 1 - (0,1152 + 0,3972 + 0,2)

Vm = 1 – 0,7124

Vm = 0,2876

Obtendo assim, Vm= 0,2876

Cm = γm . Vm

Cm= 2650.0,2876

Cm=762,14

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5° PASSO

Logo, o cálculo do traço unitário, tem-se como:

357,14/357,14 : 762,14/357,14 : 1.072,5/357,14 : 200/357,14

1 : 2,1340 : 3,0030 : 0,5600 --> traço unitário em massa.

6° PASSO

Calcula-se a quantidade de cimento, areia, brita, e água para fazer um concreto de 6


cilindros de 10cm de diâmetro e 20cm de altura:

Logo: Vcilindro = [(3,14 x (0,10)2 )/4 x 0,20] x 6 cilindros

Vtotal= 0,00942 m³

O consumo de cimento será: 0,00942 x 357,14 = 3,36 kg

O consumo de areia será: 3,36 x 2,13 = 7,1568 kg

O consumo de brita será: 3,36 x 3,003 = 10,09 kg

O consumo de água será: 3,36 x 0,56 = 1,88 kg

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3.2. DOSAGEM DE CONCRETO NA BETONEIRA:

Objetivo: obter uma mistura homogênea de concreto.

Tendo em mente os valores encontrados no cálculo do traço do concreto, os materiais


a serem utilizados são pesados e reservados em recipientes.

Ordem de adição dos materiais:


1. Brita (quantidade total pesada);
2. Areia (quantidade total pesada);
3. Água (aproximadamente 1/3 da quantidade total).

Procedimento: Esses materiais são misturados por aproximadamente 1 minuto para


que haja uma pré- homogeneização da mistura. Logo após, é acrescentado o cimento
e o restante da água, misturando por mais 3 minutos.

3.3 ENSAIO DE ABATIMENTO

1) Colocar o molde sob a placa de base, de forma que os pés estejam bem
posicionados de forma estável. encher o molde com o concreto, em 3
camadas de aproximadamente ⅓ de altura do molde.

2) Compactar o concreto com 25 golpes, de forma uniforme e espiral até o


centro, compactando cada camada.

3) Limpeza da placa de base e retirada do molde, e logo após colocada na


betoneira, onde é misturada por 150 s.

4) Após esse procedimento, é necessário medir rapidamente o abatimento do


concreto, e a altura do eixo do corpo de prova, aproximando aos 5mm mais
próximos.

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3.4 MOLDAGEM DO CORPO DE PROVA

A moldagem do corpo de prova é produzida a fim de emoldar e modelar o concreto a


partir de ensaios feitos, tendo como principalmente objetivo a percepção para entender
onde o concreto pode ser utilizado, sua qualidade, especificação etc.

O 1° passo para a execução do trabalho é: recolher quando a mesma está fora da


betoneira e, assim, misturar o concreto com a concha de seção U;

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O 2° passo é: o preparo do molde para a modelagem do concreto misturado;

O 3° passo: Aperta-se o concreto nos moldes em suas laterais e sua base, para que
não vaze o concreto ou água – substância líquida do preparo –. Faz-se, também, antes
de tudo, um revestimento interno de óleo mineral para a facilidade da saída do
concreto;

O 4° passo é: colocar o colarinho do Slump no molde, introduzir a quantidade


necessária e adequada de concreto para tal estudo, utilizando uma concha de seção U;

5° passo: Deve-se preencher a primeira camada do molde ocupando metade dele, e


deve-se dar 12 golpes com o haste de socamento na mistura de concreto;

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6° passo: Deve-se repetir o que foi feito nos passos 4 e 5, terminando com a
quantidade certa de concreto que deve ser utilizada a partir do estudo e dos cálculos,
completando o volume total do experimento;

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7° passo: Tirar o colarinho do Slump e raspar o excesso de concreto da parte de cima;

8° passo: Deve-se dar algumas batidas leves no externo do molde para preencher os
vazios na parte de dentro do concreto;

9° Passo: Logo após a desmoldagem, devemos colocar os moldes em uma superfície


horizontal dura e livre de vibrações, longe de coisas que possam comprometer a rigidez
final do concreto ou algo qu prejudique o processo.

3.5 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CORPO DE PROVA (COMPRESSÃO


AXIAL)

Após 21 dias, foi retirado o corpo de prova do molde e levado até a máquina de
compressão, lá, o mesmo foi posicionado de maneira centralizada e na vertical. Em
seguida, observou-se o aumento da força que a máquina colocava sobre o corpo, até
que chegasse ao seu limite e acontecesse a ruptura do mesmo. Para obter a
resistência à compressão, foram realizadas as seguintes etapas:

1. Cálculo da área

d (diâmetro): 10cm – 100mm


Área = π X d2 ÷ 4
Área = 3,14 x (100)2 ÷ 4
Área = 7.850mm2

2. Transformar a carga de Toneladas para Newton


8,15T => 81500N

3. Calcular a resistência
Fc = carga de ruptura / área
Fc = 81500 / 7850

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Fc = 10,38 Mpa

Diante disto, foi observado que quanto maior a força que a máquina colocava sobre o
corpo, mais ele rachava, até partir por inteiro

3.6 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL


(COMPRESSÃO DIAMETRAL)

Após 21 dias, foi retirado o corpo de prova do molde e levado até a máquina de
compressão, lá, o mesmo foi posicionado de maneira centralizada e na horizontal até a
máquina realizar uma força ao ponto de rachar o corpo. Para a resistência à tração, foi
realizado as seguintes etapas:

1. Transformação de cm para mm
L (largura): 20cm – 200mm
D (diâmetro): 10cm – 100mm

2. Transformar a carga de Toneladas para Newton


4,73T => 47300 N

3. Cálculo de resistência à tração


Fct = 2 x carga de ruptura / π x D x L
Fct = 2 x 47300/ 3,14 x 100 x 200
Fct = 94600 / 62800
Fct = 1,50 Mpa

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4. CONCLUSÃO

Conclui-se que, o experimento atribuiu para nosso conhecimento de forma geral e


compara-se a resistividade do concreto, tendo como resultado, uma avaliação positiva
entre a quantidade de materiais utilizados no preparo e molde do concreto, contribuindo
para que, tudo ocorresse de forma planejada e eficaz.

Sua resistência de corpo de prova, foi proporcional à resistência dada pelo material, por
conta do resultado obtido. O traço do concreto, não obteve muitas anomalias, e as
tabelas e gráficos dados são essenciais para tal manuseamento.

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