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Trace o Traço

Estruturas&BIM
Olá,

Seja bem-vindo (a)!

Esse é o nosso material referente as aulas


disponibilizadas no canal do YouTube. O objetivo
do resumo é auxiliar nas anotações, assim o
aluno foca 100% no conteúdo.

Me chamo, Pedro Rodrigues, sou


engenheiro civil e professor, sou responsável
pela marca Estruturas&BIM. Todos os dias ajudo
profissionais (engenharia e arquitetura) e
estudantes a vencerem o medo em projetar e
iniciar a carreira.

Portanto, o material de apoio tem papel


exclusivo apenas fins didáticos, não autorizo a
comercialização e nem reprodução sem
autorização.

Bons estudos!

Eng˚ Pedro Rodrigues

Toque para acompanhar

Trace o Traço
Estruturas&BIM
SIM! QUERO ASSISTIR A PARTE 1
(Toque no botão para assistir)

Assuntos: Consumo de cimento, areia, brita, água e montagem do traço

SIM! QUERO ASSISTIR A PARTE 2


(Toque no botão para assistir)

Assuntos: Dosagem, tabelas, padiola e latas

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Trace o Traço
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O concreto é o segundo material mais utilizado no mundo, sendo
empregado em diferentes áreas da construção civil, por exemplo, pontes,
edifícios, obras marítimas, viadutos e outros. Em virtude, que o concreto
possibilita uma modelagem antes de entrar no processo de
endurecimento.

Entretanto, o concreto é obtido através da mistura de cimento,


areia, agregado graúdo, agregado miúdo e água. Em algumas situações,
esse concreto pode ter adição para melhorar algumas propriedades,
como resistência e trabalhabilidade.

As características e propriedades do concreto fresco deve


atender uma boa consistência, trabalhabilidade, homogeneidade e
adensamento. Para atender essas propriedades o traço de concreto deve
ser dosado com cautela, assim a resistência desejada é alcançada.

Vale ressaltar, o método desenvolvido no material de apoio é


com base no Método ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland),
esse estudo é uma adaptação do método ACI, que considera gráficos e
tabelas após uma série de experimentos.

O método ABCP considera a fixação da relação água ∕ cimento,


visto que esse valor é com base no fck (resistência característica do
concreto à compressão) almejado, ou seja, depende da resistência do
projeto estrutural. Para aplicar na prática, vamos desenvolver uma
dosagem com fck 20 MPa.

Para essa dosagem considerar as seguintes recomendações:

- Cimento CP2 32 com adição de escória.

- Areia com inchamento de 20% com 5% de umidade

- Proporção de brita de 70% brita 1 e 30% brita 2; onde temos o diâmetro


de 25 mm e módulo de finura de 2,4

- Concreto com fck 20 MPa, abatimento de 90 ± 10 mm e desvio padrão


de 5,5 MPa.
2
Calcule em até 5 minutos seu traço de concreto AQUI
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(a)

(b)

(c)

fc,28 = fck + (1,65 x SD)


fc,28: Resistência característica do concreto aos 28 dias.

fck: Resistência característica à compressão do concreto

SD: Desvio Padrão

fc,28 = 20 + (1,65 x 5,5)

fc,28 = 20 + 9,08

fc,28 = 29,08 MPa

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Curva de Abrams

70,0

60,0

50,0

40,0 CP29
CP26
fc, MPa

30,0
CP32
29,08
CP35
CP38
20,0
CP41
CP44
10,0

0,0
0,20 0,30 0,40 0,50 0,5356 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Relação água/cimento
Trace o Traço 4
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CÁLCULO DO CONSUMO DE ÁGUA
Para estimar o consumo consultar a tabela 1, com base no
abatimento e o diâmetro máximo do agregado cruzar as informações
para estimar o consumo de água. No exemplo, o abatimento é de 90 ± 10
mm e o diâmetro máximo do agregado graúdo de 25 mm.

O intervalo do abatimento está enquadrado em 80 a 100.


Portanto, o consumo é de 200 litros ∕ m³.

CÁLCULO DO CONSUMO DE CIMENTO


Em resumo, o cálculo do consumo de cimento é estimado com a
relação do consumo de água e a relação água ∕ cimento.

𝐶𝑎
C=
𝑎∕𝑐

C: Consumo de cimento (kg∕m³)

Ca: Consumo de água


a ∕ c: Relação água ∕ cimento

200
C= = 373,39 kg ∕ m³
0,5356

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Calcule em até 5 minutos seu traço de concreto AQUI Trace o Traço
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CÁLCULO DO CONSUMO DE AGREGADO GRAÚDO
O agregado graúdo é caracterizado como brita, visto que o
concreto pode ter uma mistura de britas com diferentes granulometrias.

Dessa forma, o cálculo para determinar o consumo de brita (CB)


é realizado com base no módulo de finura e a dimensão máxima do
agregado graúdo. No exemplo, o módulo de finura é de 2,4 e a dimensão
máxima de 25 mm.

Após cruzar os valores o consumo é de 0,735. No entanto, o


exemplo considera dois tipos de britas em diferentes proporções. A brita
1 com consumo de 70% e a brita 2 com 30%, para determinar o valor real
deve-se utilizar a massa unitária COMPACTADA da brita de 1.500 kg ∕ m³.

Uma vez com o consumo total de brita, cujo valor de 0,735, basta
multiplicar pelo valor da massa unitária compactada.

Consumo total de brita = 0,735 x 1.500 kg ∕ m³

Consumo total de brita = 1.102,5 kg ∕ m³

Para estimar as proporções de brita 1 e brita 2, basta multiplicar


pela porcentagem definida. Onde:

Brita 1: 0,70 x 1.102,5 = 771,75 kg ∕ m³


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Brita 2: 0,30 x 1.102,5 = 330,75 kg ∕ m³

Lembrete: Dimensões das britas:

✓ BRITA 0: Ø 4,8 a 9,5 mm


✓ BRTIA 1: Ø 9,5 a 19 mm
✓ BRITA 2: Ø 19 a 25 mm
✓ BRITA 3: Ø 25 a 50 mm
✓ BRITA 4: Ø 50 a 76 mm

CÁLCULO DO CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO


O agregado fino é preenchido com areia, essa areia possui
umidade e inchamento, que influência diretamente na quantidade de
água no concreto, esse fator deve ser corrigido na montagem do traço,
caso contrário o traço terá excesso de água.

Para estimar o consumo de areia basta descontar o volume total


do traço, ou seja, ao juntar todos os materiais (cimento, areia, britas e
água) a mistura será de 100%, que é o mesmo que 1.

Dessa maneira, até o presente momento foram calculados


cimento, brita e água, falta apenas a areia. Para chegar no volume de
areia basta descontar todas as partes dos materiais descobertos.

cimento brita água


V areia = 1 – ( + γbrita + γágua)
γcimento

Cada material possui sua massa específica que deve ser


consultado pelo fabricante ou adotar um valor padrão, onde:

Cimento: 3.100 kg ∕ m³

Brita: 2.700 kg ∕ m³

Água: 1.000 kg ∕ m³

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Portanto, o consumo de cada material deve ser dividido por sua
massa específica, logo:
373,39 1.102,5 200
V areia = 1 - ( + + 1.000)
3.100 2.700

V areia = 1 - (0,120 + 0,408 + 0,200)


V areia = 1 - (0,728)
V areia = 0,272 m³
Para finalizar o cálculo do consumo de areia, a etapa seguinte é
multiplicar pela massa específica da areia que é de 2.650 kg ∕ m³.

Consumo de areia = 2.650 kg ∕ m³ x 0,272 m³ = 720,8 kg ∕ m³

RESUMO – QUANTIDADE DE MATERIAL PARA M³


Resumo – Traço concreto m³
Material Consumo
Cimento 373,39 kg ∕ m³
Areia 720,8 kg ∕ m³
Brita 1 771,75 kg ∕ m³
Brita 2 330,75 kg ∕ m³
Água 200 litros ∕ m³

O traço pode ser montado com base no consumo de cimento, sendo


na maioria das obras o concreto é rodado com referência na quantidade
de cimento para 1 m³. Por exemplo:
373,39
Cimento: =1
373,39

720,8
Areia: = 1,93
373,39

771,75
Brita 1: = 2,07
373,39

330,75
Brita 2: = 0,89
373,39

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200
Água: = 0,5356 ou 0,54 (arredondado)
373,39

Resumo – Traço concreto com base no


consumo de cimento
Material Consumo
Cimento 1
Areia 1,93
Brita 1 2,07
Brita 2 0,89
Água 0,54 (arredondado)

Macete: O abatimento para obras de pequeno e médio porte é usual


adotar 10 ± 2 mm, que ele varia entre 8 mm a 12 mm. Esse tipo de
abatimento atende bomba e rodado em betoneira.

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TABELA PARA PREENCHER

5 Converter o traço
1 Nome 3 Traço com base no
consumo de massa para volume 7 Cálculo do recipiente para
dos materiais transporte do concreto
cimento para 1 m³

6 8 Cálculo do número de latas


2 Traço para Corrigir o teor de
4 Traço com base no de 18 litros
1 m³ água da areia
saco de cimento
de 50 kg

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1 Nome dos materiais

A primeira coluna faz referência aos nomes dos materiais,


recomenda-se que a ordem seja a mesma da leitura do traço, ou seja, a
ordem de montagem cimento: areia: brita: água.

2 Traço para 1 m³

Os valores são com base no cálculo feito anteriormente para cada


item. Lembrando, que a quantidade de material é com base para 1 m³ de
concreto.

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3 Traço com base no consumo de 1 m³

O consumo unitário é com base na quantidade de cimento para


produzir 1 m³. Nesse caso, o consumo para o exemplo foi de 373,39 kg ∕
m³, para montar o traço basta pegar esse valor é dividir pelo consumo de
cada material. Para 1 kg de cimento é necessário 1,93 kg de areia, 2,07 kg
de brita 1 e 0,89 kg de brita 2.

4 Traço com base no saco de cimento de 50 kg

Uma vez, que temos o traço unitário a próxima etapa é descobrir


o consumo dos materiais para um saco de cimento (50 kg), a forma mais
fácil é multiplicar cada item do traço unitário por 50.

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5 Converter o traço massa para volume

Essa etapa consiste é transformar o traço para volume, visto que


é mais fácil trabalhar no canteiro de obra. Um ponto especial é que o
cimento não precisa de conversão, onde o saco de cimento será usado
por completo na hora de rodar o traço na betoneira. Isso quer dizer que
o próprio saco já trás a medida correta para utilização.

Um ponto para observar que os materiais devem ser divididos


pela massa unitária solta, a areia adotada possui 1.470 kg ∕ m³ (1,47 kg ∕
l basta dividir por 1.000 para passar kg ∕ m³ para kg ∕ litros), brita 1.430
kg ∕ m³ e a água já está em volume. Como a massa unitária solta está em
kg ∕ m³, basta dividir por 1.000 (1 m³ e a mesma coisa que 1.000 litros).
Por exemplo, a areia fica:
𝐴𝑟𝑒𝑖𝑎 (𝑘𝑔)
𝛿 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑎 (𝑘𝑔⁄𝑙 )
96 kg
= 65 litros
1,470 kg⁄l

O mesmo processo deve ser feito com a brita, mas fique atento
que os valores são com base em 1 saco de 50 kg. Na tabela, os valores
estão com nenhuma casa decimal, pelo fato de simplificar a tabela.
Recomenda-se adotar até 2 casas decimais para ficar um cálculo mais
preciso.

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6 Corrigir o teor de água da areia

Como explicado no início a areia ela retém água atráves da


umidade, essa umidade é reflexo da variação de temperatura e
características climáticas locais. O cimento e brita não sofreram
alteração, por isso não precisa alterar os valores na coluna.

No caso específico do exemplo a umidade da areia é de 5% e o


inchamento de 20%. Como a areia possui vazio no interior, o ar penetra
esses pequenos espaços causando esse aumento no volume.

O volume natural da areia é de 100%, porém com o acréscimo de


20% esse volume passa para 120%, para retirar da porcentagem basta
dividir por 100, com resultado de 1,20. Para determinar o volume da areia
basta pegar o volume da areia de 65 litros e multiplicar por 1,20,
resultando em 78 litros.

A etapa seguinte é fazer a correção da água, sabendo que a


umidade é de 5%, o processo é feito com base na umidade natural (100%)
+ umidade adicional (5%), total de 105% ou 1,05. No entanto, o valor
descontado deve ser feito com a massa para 1 saco de cimento de 96 kg.

Nesse sentido, o volume de água é de 27 litros. A fórmula será


com base:
(𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 − ((𝑣𝑜𝑙. 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑥 1,05) − 𝑣𝑜𝑙. 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎))

27 – ((96 x 1,05) – 96)

27 – (100,8 – 96)
27 – 4,8
22,2 litros de água (arredondado para 22 litros)

Nota: O volume de água gerado pela umidade foi de


4,8 litros. Caso não seja desconsiderado essa água o
concreto acaba perdendo resistência, atrapalha na
trabalhabilidade e prejudica o abatimento.

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7 Cálculo do recipiente para o transporte de concreto

O recipiente mais famoso para medir os materiais na obra é a


padiola. Em virtude que, o canteiro de obras requer praticidade e nem
sempre existe uma balança para pesar.

Um macete para utilizar na hora de dimensionar a padiola é


considerar o tamanho da boca da betoneira. Veja o exemplo da betoneira
de 400 litros:

O diâmetro da boca é de 47 cm, porém para ter um encaixe


perfeito foi adotado 45 cm. A razão é que facilita depositar o concreto
sem desperdício ou queda nas laterais, já que a padiola terá um bom
encaixe.
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A primeira dimensão da padiola já está definida que é o
comprimento, outro ponto é a largura que foi adotada pelo seguinte
critério: As tábuas na sua grande maioria são comercializadas com largura
de 30 ~ 35 cm. Portanto, a altura da padiola é de 35 cm, agora falta apenas
a altura.

O cálculo da altura é em razão do volume do recipiente e volume


do material. Onde:

1 centímetro (cm) para decímetro (dm) equivale 0,1 dm

Realizando a conversão das medidas ficam comprimento 45 cm


ou 4,5 dm e a altura 35 cm ou 3,5 dm. Um ponto crítico que a padiola não
pode ultrapassar 60 kg, por isso conferir a coluna do consumo do traço
para o saco de 50 kg, caso o valor ultrapasse deve dividir. A razão é
questões de ergonomia e a padiola deve ser carregada por dois
colaboradores. Por exemplo, a areia:

O valor obtido na coluna do consumo para 1 saco de cimento de


50 kg é de 96 kg, ou seja, já ultrapassa o 60 kg. A solução é dividir em duas
padiolas, visto que o valor é de 48 kg. No entanto, o cálculo da padiola é
feito com o volume, portanto, o valor usado é com base no volume
corrigido da umidade de 78 litros. Como serão duas padiolas esse volume
deve ser dividido pela quantidade de padiolas, 39 litros. Assim temos, o
seguinte:

1 Litros equivale a 1 dm³

As unidades deverão ficar está na mesma ordem. Nesse sentido,


o comprimento 4,5 dm, largura 3,5 dm. A areia o consumo por padiola é
de 39 dm³.

Vol. Areia = C x L x A

39 dm³ = 4,5 dm x 3,5 dm x L L = 2,476 dm

39 dm³ = 15,75 dm² x L L= 24, 8 cm (multiplicado por 10)

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Para atender o consumo serão 2 padiolas com dimensões 45 cm
de comprimento, 24,8 cm de largura e altura 35 cm.

Que tal fazer mais um exemplo? Qual o tamanho da padiola para


brita 1, seguir as etapas:

1˚ Estipular comprimento e altura (4,5 dm e 3,5 dm)

2˚ Conferir se o peso do material ultrapassa 60 kg, analisar a


coluna do consumo para 1 saco de cimento de 50 kg. Para a brita 1 o valor
de 103,5, já ultrapassou o limite. Se dividir por 2 o peso fica 51,75 kg, esse
valor é abaixo de 60 kg, portanto, atende as exigências.

3˚ Dividir o volume de brita 1 da coluna volume. areia umidade


5%, consultando 72 litros. Como serão duas padiolas, o valor de 72 litros
deve ser dividido pela quantidade de padiolas, resultando em 36 litros ou
36 dm³.

Atenção: O motivo de não adotar o 51,75 kg é que temos a massa


da brita 1, o cálculo da padiola exige em volume, por isso adota o valor
72 litros (2 padiolas de 36 litros).

4 ˚ Calcular a altura com base no volume, onde:

Vol. Areia = C x L x A

36 dm³ = 4,5 dm x 3,5 dm x L L = 2,285 dm

36 dm³= 15,75 dm² x L L= 22,9 cm (multiplicar por 10)

Logo, a brita 1 requer 2


padiolas com dimensões 45 cm de
comprimento, 22,9 cm de largura e
35 cm de altura. No canteiro de
obras é recomendado que faça
padiolas para cada um dos materiais, apenas diferencie por cores ou
colocar o nome para evitar confusão. Caso não tenha material suficiente,

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faça uma padiola com a maior altura e com auxílio de uma régua controlar
o volume de material.

8 Cálculo do número de latas de 18 litros

Visto que maioria dos colaboradores têm noção sobre latas, essa
é uma segunda opção de medir os materiais para rodar na betoneira. A
lata de 18 litros tem dimensões 23 cm de comprimento, 23 cm de largura
e 34 cm de altura.

O pulo do gato para estimar a quantidade de latas é ter noção


sobre a massa unitária do material solto (valores padrões em anexo),
sendo que já foi apresentado aqui para cada componentes, apenas
recapitulando: cimento: 1.350 kg ∕ m³, areia 1.470 kg ∕ m³, brita: 1.430 kg
∕ m³ e água: 1.000 kg ∕ m³. Cada massa específica, densidade e outras
características podem ser conferidas na embalagem do saco de cimento,
assim para o CP II a massa solta é de 1.350 kg ∕ m³. Dependendo do tipo
de rocha usada para a brita esse valor é diferente, portanto, sempre ficar
atento as características físicas do material.

O cálculo consiste em:

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
Massa unitária (δ) =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙

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𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
N˚ de latas =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑎

Para exemplificar vamos determinar o número de latas para o


cimento, onde:
50 𝑘𝑔
1.350 kg ∕ m³ =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
Resolvendo, o volume do material é 0,037 m³. A próxima etapa é
a segunda fórmula, logo:

0,037 𝑚³
N˚ de latas =
(0,23 𝑚 𝑥 0,23 𝑚 𝑥 0,34 𝑚)

0,037 𝑚³
N˚ de latas =
0,018 𝑚³

N˚ de latas = 2,06 latas de cimento

Mais um exemplo para reforçar o cálculo da quantidade de latas,


agora será para a brita 1. A massa unitária solta é de 1.430 kg ∕ m³ e a
massa deve ser consultada na coluna para 1 saco de cimento, ou seja, 103
kg, temos:

103 𝑘𝑔
1.430 kg ∕ m³ =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙

Volume da brita1 = 0,072 m³

Esse valor de 0,072 m³ é familiar? Exato! A coluna do volume da


areia com umidade de 5% temos 72 litros, apenas foi convertido para m³.
Para simplificar o cálculo, basta pegar os valores da coluna da areia com
umidade de 5% e dividir por 1.000 e aplicar na fórmula do número de
latas, assim:
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0,072 𝑚³
N˚ de latas =
(0,23 𝑚 𝑥 0,23 𝑚 𝑥 0,34 𝑚)

0,072 𝑚³
N˚ de latas =
0,018 𝑚³

N˚ de latas = 4 latas de brita 1

O mesmo processo para a areia, brita 2 e água. A água é


aconselhável a medir em baldes graduados. Caso prefira calcular com a
massa e depois aplicar na fórmula da quantidade de latas, apenas cuidado
com a areia, em razão da umidade e inchamento.

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ANEXO

Tabela de consumo na ausência do peso específico dos materiais solto.

Massa Específicos de Materiais de Construção

Material Solto kg/m³


Areia Seca 1.300 a 1.600
Areia Úmida 1.700 a 2.300
Areia Fina Seca (0 a 1mm) 1.500
Areia Grossa Seca (1 a 8mm) 1.800
Argila Seca 1.600 a 1.800
Argila Úmida 1.600 a 1.800
Cal Hidratada 1.600 a 1.800
Cal Hidráulica 700
Cal em Pó 1.000
Cal Virgem 1.400 a 1.600
Cimento a Granel 1.400 a 1.600
Cimento em sacos 1.200
Gesso em Pó 1.400
Gesso Hidratado (em bloco) 1.800 a 2.600
Hulha/Antracita 900
Minério de Ferro 2.800
Terra Apiloada Seca 1.000 a 1.600
Terra Apiloada Úmida 1.600 a 2.000
Terra Arenosa 1.700
Terra Silicosa 1.400
Terra Vegetal Seca 1.200 a 1.300
Terra Vegetal Úmida 1.600 a 1.800
Entulho de Obras 1.500

Rochas e Materiais Rochosos e Fragmentados

Material Solto kg/m³


Ardósia 2.600 a 2.700
Areia Quartzosa Seca 1.700
Areia Quartzosa Úmida 1.800 a 2.000

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Arenito 2.100 a 2.300
Basalto 2.900
Brita Basáltica 1.700
Brita Calcárea ou Arenária 1.600
Brita Granítica 1.800
Calcáreo Compacto 1.800 a 2.600
Calcáreo Leve 1.600
Cascalho de Rocha-Seco 1.500
Cascalho de Rocha-Úmido 1.800 a 2.000
Gnaisse 2.600
Granito 2.600 a 3.000
Mármore 2.600 a 3.000
Pedra Sabão 2.700
Rocha Marroada 1.600 a 1.700
Seixo Arenoso 1.600
Seixo de Pedra Pomes 1.600

o Massa unitária: razão entre massa do material seco e o seu


volume, incluindo os poros. Utiliza esse conceito, principalmente
na transformação de massa para volume, em específico na
dosagem.

o Massa específica: relação entre a massa do agregado seco e o


seu volume, quando exclui os vazios. Caso não seja, possível
determinar por meio de ensaios para agregados miúdos e graúdo
2,70 kg/m³ e cimento 3.100 kg/m³

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Já pensou em fazer esses cálculos em menos de 5 minutos? Isso
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