Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Escola Politécnica
ENG 273 - Instalações Hidráulicas Sanitárias e Prediais
Docente: Cristiane Sandes Tosta
Discentes: Ana Clara Couto, Ênedy Fernandes, Luis Gabriel de Carvalho, Maria
Beatriz Meira, Quézia Barbosa e Victor Hugo Araújo
Salvador - Bahia
2019
1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 3
2. DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DIÁRIO ................................................................... 4
3. ALIMENTADOR PREDIAL ............................................................................................... 6
4. RESERVATÓRIO ............................................................................................................. 8
4.1 Dimensionamento dos Reservatórios Superior (RS) e Inferior (RI) ....................... 8
4.2 Dimensionamento das Tubulações dos Reservatórios ........................................ 10
5. SISTEMA DE BOMBEAMENTO ..................................................................................... 12
6. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO........................................................................................ 20
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 28
8. ANEXOS......................................................................................................................... 29
9. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 33
2
1. INTRODUÇÃO
3
2. DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DIÁRIO
4
Para o cálculo do número de habitantes do edifício, via de regra, adota-se
uma taxa de ocupação de 2 pessoas por quarto social e 1 pessoa por quarto de
serviço. Como trata-se de um edifício com apenas 2 quartos sociais, o cálculo do
número total de pessoas a serem atendidas pelo projeto é feito da seguinte forma:
5
3. ALIMENTADOR PREDIAL
6
se o resultado se enquadra no intervalo estabelecido. A utilização do diâmetro de
25mm resulta em uma velocidade no alimentador de 0,604 m/s, já para o diâmetro
de 20mm têm-se uma velocidade de escoamento de 0,94 m/s. Dessa forma, é mais
prudente que se adote um diâmetro de 20 mm de forma a ter-se uma velocidade
mais distante dos limites, haja vista que a velocidade para este diâmetro é mais
distante do limite superior em comparação com a velocidade encontrada para o
diâmetro de 25 mm e sua distância para o limite inferior.
Vale ressaltar ainda que esta tubulação, via de regra, tem seu diâmetro
aumentado da entrada do reservatório, a fim de garantir a velocidade de entrada
correta, a partir da utilização de uma redução concêntrica. O diâmetro de entrada
direta no reservatório é dimensionado nos itens a seguir.
Como o alimentador predial dimensionado, é de 20mm, o ramal predial
também deve ser de 20mm, conforme a recomendação de Botelho & Junior (2014),
a seguir. O diâmetro do cavalete, corresponde ao diâmetro de saída do hidrômetro
(alimentador predial) e o ramal predial, compreendido entre a fonte de
abastecimento e a medição.
7
4. RESERVATÓRIO
8
Quadro 2 - Cálculo do volume dos reservatórios inferior e superior
Volume do Reservatório (m³)
Superior Inferior
25,60 38,40
Fonte: Os autores
Ao reservatório superior, foi acrescido o volume referente ao uso para
incêndios, considerado como sendo 20% do consumo diário.
Volume incêndio = 20% x CD
Aplicando essa relação, obteve-se uma volume de incêndio correspondente
a 5.120 L. Portanto, ficou definido que o reservatório superior teria uma capacidade
de 30,00 m³, e o inferior, capacidade de 38,40 m³.
A norma exige que reservatórios de grande capacidade como estes devem
ser divididos internamente em subcompartimentos para permitir operações de
manutenção sem interromper a distribuição de água. Portanto, cada reservatório
terá duas câmaras independentes.
Na prática, adota-se uma faixa de 3,0 a 4,0 m para a altura da lâmina da
água. Assim, foi estabelecido um valor de 3,20 m para o RI e 3,75 para RS.
A partir das alturas definidas, é possível proceder com o dimensionamento
da área da base de cada unidade e consequentemente, determinar os respectivos
lados, conforme Quadro 3.
9
4.2 Dimensionamento das Tubulações dos Reservatórios
Além das tubulações de entrada e saída de água, devem ser previstas em
cada reservatório tubulações de limpeza, extravasores e no RS, saída para combate
à incêndio.
As tubulações de entrada e saída foram dimensionadas de modo a
compatibilizar com as tubulações do alimentador predial/recalque e tubulação de
sucção/consumo, no RI e RS, respectivamente.
Para o dimensionamento da tubulação de limpeza, emprega-se a expressão
abaixo:
Onde:
S = seção da tubulação de limpeza (m²)
A = área da câmara (m²)
t = tempo de esvaziamento ( 2h)
h = altura inicial da água.
10
Quadro 5 - Dimensionamento das tubulações de limpeza.
11
5. SISTEMA DE BOMBEAMENTO
Onde:
Qr = Vazão de recalque
x = nº de horas de funcionamento da bomba/ 24 horas
Para determinar a vazão de recalque, será adotado 20% do consumo diário
calculado, como a capacidade horária mínima da bomba, valor comumente adotado
e que leva ao funcionamento da bomba por 5 horas ao dia. Como o consumo diário
obtido foi de 25.600 L, o volume a ser recalcado foi calculado adicionando-se a esse
valor 20% correspondente a reserva de incêndio (25.600 + 0,20 x 25.600 = 30.720
L). Logo, teremos:
Portanto:
Dr = 1,3.√0,00171.4√(5/24)
Dr = 0,036 m
Não havendo diâmetro comercial que atenda exatamente o calculado, Deve-
se adotar o imediatamente superior ao valor encontrado. O diâmetro de sucção
será, também, imediatamente superior ao de recalque.
Diâmetro (mm)
Recalque 50
Sucção 60
Fonte: Os autores
12
Outro valor também muito importante para escolha da bomba é a altura
manométrica (Hman), que corresponde a soma da altura geométrica com as perdas
de carga localizadas e distribuídas da sucção e do recalque, conforme a equação
abaixo:
onde:
Hg = Altura geométrica;
hs = perda de carga de sucção;
hr = perda de carga de recalque
A altura geométrica ou altura estática total corresponde à diferença de cotas
entre os níveis dos reservatórios. A partir do corte C-C’ da edificação foi mensurada
a altura entre os níveis de água máximo do reservatório inferior e superior, obtendo-
se o valor de 30,59 m.
As perdas de carga são divididas em dois tipos: as localizadas, ocasionadas
pelo atrito ao longo da tubulação de sucção e recalque, e as distribuídas que são
decorrentes dos acessórios necessários para o funcionamento do sistema.
As perdas distribuídas foram calculadas com base na fórmula universal, a
qual será apresentada abaixo:
Onde:
f= fator de atrito
V= velocidade do escoamento, em m3/s
L= comprimento da tubulação de sucção e recalque
D= diâmetro das tubulações de sucção e recalque, em metros
g= aceleração da gravidade, em m2/s
Dos dados acima, apenas o fator de atrito (f) falta ser determinado. De
acordo com a formulação do mesmo apresentada a seguir, torna-se necessário o
cálculo do número de Reynolds. Para isso considerou-se a temperatura da água de
20 ºC, o que equivale a viscosidade de 1,01 x 10-6 m2/s (Figura 3).
Onde:
13
ℇ=rugosidade do material da tubulação, adotou-se 0,06 mm para tubos de PVC,
conforme Figura 4.
D=diâmetro da tubulação de sucção e recalque
Re= número de Reynolds
Onde:
v= velocidade em m/s
D= diâmetro da tubulação de sucção e recalque
𝜈= viscosidade cinemática, em m²/s
Sendo que a velocidade para cada diâmetro foi obtida com base na equação
da continuidade: . A seguir seguem os valores obtidos, apresentados no
Quadro 7.
Figura 3 - Propriedades físicas da água - Sistema Internacional.
14
Figura 4 - Valores das rugosidades internas de tubos.
Sucção Recalque
Re 3.594,63 Re 4.313,55
15
Os valores dos coeficientes de K referentes a cada acessório foram retirados
da Figura 5.
16
Quadro 8 - Perdas de carga localizadas da sucção e recalque
Sucção Recalque
Acessórios K Acessórios K
∑K 6,2 ∑K 6,0
17
Quadro 9 - Ponto de funcionamento do sistema elevatório.
Fonte: Os autores
Com base no catálogo de motobombas da KSB e nos dados de altura
manométrica e vazão de recalque escolheu-se o modelo Hydrobloc CN 1500,
indicado para bombeamento de reservatórios e tanques de uso predial. A potência
dessa bomba equivale a 1,5 cv.
18
A partir dos dados acima foi elaborada a curva de operação da bomba que
relaciona a altura manométrica em metros x vazão recalcada em m3/h.
Fonte: Os autores
19
6. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
O sistema de distribuição é o conjunto de sub-ramais, ramais, colunas e
barriletes destinados a transportar a água dos reservatórios até os pontos de
utilização nas residências. O barrilete de distribuição interliga o reservatório superior
às colunas, que descem verticalmente alimentando os diversos pavimentos. Já os
ramais derivam-se das colunas e servem a um conjunto de aparelhos. Para cada
aparelho, deve haver uma derivação individual, definida como sub-ramal.
O dimensionamento dos sub-ramais é feito de acordo com uma tabela que
relaciona o tipo de aparelho, a vazão e o diâmetro requeridos. Para o
empreendimento em questão, foram identificados na planta arquitetônica a presença
do seguintes aparelhos em cada residência: pia de cozinha, tanque, lavadora de
roupas, lavatório, bacia sanitária e chuveiro.
Assim, foram previstos sub-ramais e consultadas as tabelas da NBR
5626/1998 que determina os diâmetros de referência para cada aparelho. O
dimensionamento dos sub-ramais segue apresentado no Quadro 10.
20
Na definição dos pesos foram adotados os valores recomendados pela NBR
5626/1198, conforme indicado no quadro abaixo.
21
em cada um dos trechos sob dimensionamento são apresentados em tabala anexa
à este memorial descritivo.
22
Quadro 12 – Dimensionamento dos ramais
Pesos
Vazão Diâmetro Velocidade
Trecho
Acumulad (L/s) (mm) (m/s) Comprimento (m)
Unitários os
23
O dimensionamento das colunas e do barrilete é feita de maneira similar ao
dos ramais prediais. No caso das colunas, utiliza-se o peso correspondente a cada
trecho da tubulação, composto pelo somatório dos pesos dos ramais e sub-ramais
já dimensionados. E o dimensionamento do barrilete é feito com os pesos
correspondentes a cada tubulação de coluna. Para a edificação, foi adotado um
esquema com uma coluna para cada 2 apartamentos, e, portanto, foram
dimensionadas 2 colunas de água fria para todo o prédio. As vazões e os diâmetros
utilizados em cada trecho da coluna e para o barrilete podem ser verificados nos
quadros a seguir .
24
Quadro 13 – Dimensionamento das colunas
Colunas
Perda de Carga
Pesos Comprimento (m) Pressão (m.c.a) Pressão
Vazão D
Coluna Trecho V (m/s) disponível final
(L/s) (mm) Equiva (m.c.a) (m.c.a)
Unitários Acumulados Real lente Total Unitária Total
A-B 7,60 60,80 2,34 40 2,20 2,20 10,5 12,70 3,80 0,130 1,651 4,35
B-C 7,60 53,20 2,19 40 2,10 2,75 7,3 10,05 4,35 0,120 1,206 5,90
C-D 7,60 45,60 2,03 40 2,00 2,75 7,3 10,05 5,90 0,115 1,156 7,49
D-E 7,60 38,00 1,85 40 1,80 2,75 7,3 10,05 7,49 0,100 1,005 9,24
AF-1
E-F 7,60 30,40 1,65 40 1,50 2,75 7,3 10,05 9,24 0,080 0,804 11,18
F-G 7,60 22,80 1,43 32 2,30 2,75 4,6 7,35 11,18 0,150 1,103 12,83
G-H 7,60 15,20 1,17 32 1,90 2,75 4,6 7,35 12,83 0,140 1,029 14,55
H-I 7,60 7,60 0,83 32 1,30 2,75 4,6 7,35 14,55 0,075 0,551 16,75
A-B 7,60 60,80 2,34 40 2,20 2,20 10,5 12,70 3,80 0,130 1,651 4,35
B-C 7,60 53,20 2,19 40 2,10 2,75 7,3 10,05 4,35 0,120 1,206 5,90
C-D 7,60 45,60 2,03 40 2,00 2,75 7,3 10,05 5,90 0,115 1,156 7,49
D-E 7,60 38,00 1,85 40 1,80 2,75 7,3 10,05 7,49 0,100 1,005 9,24
AF-2
E-F 7,60 30,40 1,65 40 1,50 2,75 7,3 10,05 9,24 0,080 0,804 11,18
F-G 7,60 22,80 1,43 32 2,30 2,75 4,6 7,35 11,18 0,150 1,103 12,83
G-H 7,60 15,20 1,17 32 1,90 2,75 4,6 7,35 12,83 0,140 1,029 14,55
H-I 7,60 7,60 0,83 32 1,30 2,75 4,6 7,35 14,55 0,075 0,551 16,75
Fonte: Os autores
25
Quadro 14 – Dimensionamento do Barrilete
Barrilete
Perda de Carga
Pesos Comprimento (m) Pressão (m.c.a)
Vazão Diâmetro Velocidade Pressão
Trecho disponível
Acumulad (L/s) (mm) (m/s) Equivalen final (m.c.a)
(m.c.a)
Unitários os Real te Total Unitária Total
ÚNICO 60,8 121,6 3,31 50 2,20 2,74 9,1 11,84 4,75 0,080 0,947 3,803
Fonte: Os autores
26
Por fim, destaca-se que com o uso dos ábacos para a determinação dos
diâmetros, buscou-se a prudência da determinação dos diâmetros utilizandos,
considerando os diâmetros comerciais disponíveis que mantivessem as
características indicadas pelas relações do ábaco.
27
7. CONCLUSÃO
28
8. ANEXOS
29
Ábaco para perda de carga em tubulações de PVC rígido.
30
Ábaco de Fair - Whipple - Hsiao para dimensionamento do barrilete.
31
Lista de acessórios utilizados por ramal e seus comprimentos equivalentes
totais
Comprimento
D
Trecho Acessórios Equivalente
(mm)
Total
6 tês bilateral + 2
R-01 25 19,8
curvas de 90º
Tê de Saída Bilateral +
A-B 40 10,5
Joelho de 90º
B-C 40 Tê com saída bilateral 7,3
C-D 40 Tê com saída bilateral 7,3
D-E 40 Tê com saída bilateral 7,3
E-F 40 Tê com saída bilateral 7,3
F-G 32 Tê com saída bilateral 4,6
G-H 32 Tê com saída bilateral 4,6
H-I 32 Tê com saída bilateral 4,6
Entrada Normal + Tê
Barrilete 50 9,1
90º saída bilateral
32
9. REFERÊNCIAS
33