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PERFIS LAMINADOS E

SOLDADOS

Profº M.Sc. João Pedro Magalhães Garcia


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Estruturas Metálicas e suas aplicações

Profº M.Sc. João Pedro Magalhães Garcia | stahl.joaopedro@gmail.com


Histórico
• O primeiro material siderúrgico empregado na
construção foi o ferro fundido.
Histórico

• Entre 1780 e 1820 construíram-se pontes em


arco ou treliçados com elementos em ferro
fundido trabalhando em compressão.
• Em 1840, este metal passou ser substituído
pelo ferro forjado por serem mais seguros.
• Completamente substituído pelo aço em 1890
devido sua produção em larga escala.
Histórico
• Primeira ponte em ferro fundido: Inglaterra,
arco com vão de 30 m (1779) - Coalbrookdale
Histórico
• No Brasil a ponte sobre o rio Paraíba do Sul
(RJ) foi inaugurada em 1857 – ferro fundido e
forjado.
Histórico
• O aço é conhecido desde a antiguidade,
porém preços não eram competitivos por falta
de um processo industrial.
• 1856: inglês Henry Bessemer inventou um
forno que permitiu a produção do aço em larga
escala.
• 1864: irmãos Martin desenvolveram um forno
de maior capacidade. Rapidamente o aço
substituiu o ferro fundido na construção.
Histórico
Duas obras típicas dessa época:
• Ponte de Garabit (Sul da França):
Histórico
Duas obras típicas dessa época:
• Estação Ferroviária Quai d’ Orsay (Paris, 1900)
Processo de Produção do Aço
Processo de Produção do Aço
Processo de Produção do Aço
Processo de Produção do Aço
Processo de Produção do Aço
Processo de Produção do Aço
Tipos de Aços Estruturais

• Aços carbono (média resistência)

• Aços de alta resistência e baixa liga

• Aços tratados termicamente


Tipos de Aços Estruturais
Aços carbono
• Aumento da resistência produzido pela adição de
carbono e elementos de liga em baixos teores
residuais admissíveis.

• Em função do teor de carbono, são divididos em três


categorias:
Tipos de Aços Estruturais
Aços carbono
Tipos de Aços Estruturais
Aços carbono
Tipos de Aços Estruturais
Aços de baixa liga
• São aços carbono acrescidos de elementos de liga.

• Aumentam a resistência à tração e melhoram as


propriedades mecânicas do aço

• Apresentam tensão de escoamento entre 280 e 490


MPa.
Tipos de Aços Estruturais
Tipos de Aços Estruturais
Aços tratados termicamente
• Tanto os aços carbono quanto os de baixa liga
podem ter suas resistências aumentadas pelo
tratamento térmico.

• Dificuldade de soldagem: emprego pouco usual em


estruturas correntes.
Tipos de Aços Estruturais
Aços tratados termicamente
• Parafusos de alta resistência (ASTM A325): aço
médio-carbono tratado termicamente.
Tipos de Aços Estruturais
Aços tratados termicamente
• Barra de aço para protensão (ASTM A490): aço de
baixa liga tratado termicamente.
Tipos de Aços Estruturais
Padronização ABNT (NBR 7007)
• MR 250: aço média resistência (fy=250 MPa, fu=400
MPa)

• AR 350: aço alta resistência (fy=350 MPa, fu=450


MPa)

• AR-COR 415: aço alta resistência (fy=415 MPa,


fu=520 MPa), resistente a corrosão.
Tipos de Aços Estruturais
Tipos de Aços Estruturais
Propriedades dos Aços
Tensões e Deformações
• Nas aplicações estruturais, as grandezas mais
utilizadas são as tensões (σ) e as deformações (ε).
Propriedades dos Aços
Propriedades Mecânicas – ABNT NBR 8800:2008
Chapas
Laminação a quente:
Chapas
Laminação a frio:
Perfis Laminados
• Obtidos diretamente dos laminadores das
siderúrgicas.
• Estão disponíveis no mercado em forma de I, H, U,
L e T.
Perfis Laminados
• Tabela de Seções I
Perfis Laminados
• Tabela de Seções L
Perfis Laminados
• Tabela de Seções U
Processo de Fabricação

• Veremos um vídeo para uma melhor compreensão


do processo de fabricação dos perfis laminados.

Vídeos\Laminação de Barras.mp4
Perfis Soldados

• Obtidos através da soldagem de várias chapas.

• Estão disponíveis no mercado em forma de I.


Perfis Soldados
Perfis Soldados
Perfis Soldados
Perfis Soldados
Perfis Soldados
Perfis Soldados
Nomenclatura

• VS: altura/largura ≤ 4

• CS: altura/largura = 1

• CVS: 1 < altura/largura < 1,5


Perfis Soldados
Perfis Soldados
Perfis Soldados
Processo de Fabricação

• Veremos um vídeo para uma melhor compreensão


do processo de fabricação dos perfis soldados.

• Vídeos\Soldagem perfil.mp4
Configurações Estruturais
Treliças
• Utilizada tipicamente em coberturas (edifícios industriais e
galpões)

• As hastes trabalham predominantemente à tração ou


compressão simples

• Modelo teórico considera nós rotulados

• Mas na prática os nós são rígidos (introduzem momentos


fletores)
Configurações Estruturais
Configurações Estruturais
Configurações Estruturais
Configurações Estruturais (“Diagrid”)
Configurações Estruturais (“Diagrid”)
Configurações Estruturais
Grelha plana
• Formada por dois feixes de vigas (ortogonais ou
oblíquas)
• Suportam cargas atuando na direção perpendicular
ao plano da grelha
Configurações Estruturais
Grelha plana
Configurações Estruturais
Grelha plana
Configurações Estruturais
Grelha plana
Configurações Estruturais
Estruturas aporticadas
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
• É função prioritária das estruturas suportar todas as
solicitações ao qual esta possa estar exposta,
mantendo a sua forma espacial e integridade física.

• Para isso, se faz necessário o estudo dos possíveis


arranjos estruturais que garantam à estrutura o
desenvolvimento do papel a que se destina.
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
• A forma (ou geometria), desde a global (tipo de
pórtico) até das seções (retangulares cheias ou
vazadas, circulares cheias ou vazadas, em “I” em
“H”, em “C”, em “Z”, etc),

• Passando pela dos elementos (vigas, pilares de seção


constante ou variável, etc);
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
• O número e tipo de ligações da estrutura (internas
simplesmente apoiadas, semi-rígidas etc.);

• Os materiais de fabricação;

• As forças, as acelerações e deformações impostas


(na base da estrutura e as ações) e solo.
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
• As estruturas de contraventamento são subestruturas
que visam assegurar a absorção de alguns tipos de
forças;

• Ou diminuir deslocamentos de grandeza significativa


da estrutura principal.
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Sistemas de Contraventamento
Configurações Estruturais
Núcleo de Rigidez
Configurações Estruturais
Núcleo de Rigidez
Configurações Estruturais
Mega-Edifícios Altos

tubular periférico; tubular treliçado; tubular empacotado


Configurações Estruturais
Mega-Edifícios Altos

tubular periférico + tubular central; tubular treliçado + núcleo rígido; tubular


aporticado + faixa treliçada.
Configurações Estruturais
Configurações Estruturais
Comportamento das ligações
• Funcionamento do sistema estrutural metálico
depende essencialmente do comportamento das
ligações
Configurações Estruturais
Comportamento das ligações
Configurações Estruturais
Comportamento das ligações
Ações e Segurança
Objetivo das Normas Estruturais
• Garantia de segurança estrutural (evitar o colapso da
estrutura)

• Garantia de bom desempenho da estrutura (evitar a


ocorrência de grandes deslocamentos, vibrações,
danos locais)
Ações e Segurança
Normas brasileiras de aço:
• NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios.
• NBR 16239:2013 – Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edificações com
perfis tubulares.
• NBR 14762:2010 – Dimensionamento de estruturas de
aço constituídas por perfis formados a frio.
• NBR 16421:2015 – Telha-fôrma de aço colaborante para
laje mista de aço e concreto: Requisitos e ensaios.
Imperfeições geométricas
Para levar em consideração o desaprumo a NBR
8800/2008, admite o uso de 0,3% das cargas
gravitacionais a seres aplicadas na horizontal.
Ações e Segurança
Etapas de um projeto estrutural
• Anteprojeto ou projeto básico (sistema estrutural,
materiais, sistema construtivo)

• Dimensionamento ou cálculo estrutural (seções,


ligações)

• Detalhamento (desenhos executivos com todas as


especificações)
Ações e Segurança
Estado limite último (ELU)

• Perda de equilíbrio como corpo rígido;


• Plastificação total de um elemento estrutural ou
seção;
• Ruptura de ligação ou seção;
• Flambagem em regime elástico ou não;
• Ruptura por fadiga.
Ações e Segurança
Estado limite de serviço (ELS)

• Deformações excessivas;

• Vibrações excessivas;
Ações e Segurança
Condição para dimensionamento
• Baseia-se na aplicação de coeficientes de segurança
tanto às ações nominais quanto às resistências
nominais;
Ações e Segurança
Combinações últimas
Ações e Segurança
Combinações de serviços
Ações e Segurança
Coeficientes de majoração das ações
Ações e Segurança
Fatores de combinação das ações
Ações e Segurança
Fatores de redução das resistências
Ações e Segurança
Ações e Segurança
Ações e Segurança
Ações e Segurança
Ações e Segurança
Ações e Segurança
Tração
Distribuição de tensões normais na seção
• Nas peças tracionadas com furos, as tensões em
regime elástico não são uniformes
Tração
Peças em geral, com furos (item 5.2.2 NBR 8800:2008)
Tração
Peças com extremidade rosqueada (item 5.2.7 NBR 8800:2008)

• Item 6.3.3.1 NBR 8800:2008


Tração
Limitação de esbeltez de peças tracionadas
Tração
Diâmetro dos furos
• Punção
Tração
Diâmetro dos furos
• Broqueamento
Tração
Diâmetro dos furos
• Broqueamento
Tração
Diâmetro dos furos
• A seção da peça é enfraquecida pelos furos;

• Os tipos de furos em construções metálicas são: punção


e broqueamento (redução de 2 mm);

• Também é necessária uma folga para montagem


(redução de 1,5 mm);

• def = d + 3,5 mm
Tração
Área da seção transversal líquida de peças com furos

Furação Reta Furação em zigue-zague


Tração
Área da seção transversal líquida de peças com furos

• Equação de Cochrane (publicada em 1922)


Tração
Área da seção transversal líquida de peças com furos
Tração
Área da seção transversal líquida efetiva
Tração
Área da seção transversal líquida efetiva
Tração
Área da seção transversal líquida efetiva
Tração
Área da seção transversal líquida efetiva
Tração
Tabela de resistências de barras rosqueadas
Tração

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