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ESTRUTURAS M ETÁLICAS

• Disciplina: Projet o e dimensionament o de


est rut uras de aço em perfis soldados e
laminados.

• Curso: Especialização em Engenharia de


Est rut uras

• Professor: Carlos Eduardo Javaroni


M ini Currículo

• Graduado em Engenharia Civil. EESC/ USP;

• Dout or em Engenharia de Est rut ura – Área de


Est rut uras M et álicas;

• Professor Dout or do Depart ament o de


Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia
da Unesp, campus de Bauru.
Objet ivos
• Gerais
– Fornecer ao aluno os conheciment os básicos
sobre concepção, análise e dimensionament o de
element os de est rut uras met álicas.

• Específicos
– Dimensionament o de est rut uras met álicas
const it uídas por perfis laminados e soldados,
at endent o os requisit os básicos est abelecidos
pela NBR 8800:2008
Cont eúdo programát ico
• 1- INTRODUÇÃO: Aços estruturais e suas propriedades. Tipos de
perfis e chapas de aço. Aplicação das estruturas de aço na
construção civil. Normas e especificações empregadas

• 2- AÇÕES E COM BINAÇÃO DAS AÇÕES: Ações permanentes,


variáveis e acidentais. Combinações para os estados limites
últimos. Combinações para os estados limites de utilização.

• 3 - DIM ENSIONAM ENTO DOS ELEM ENTOS DAS ESTRUTURAS DE


AÇO: Elementos simples e compostos solicitados à tração e à
compressão. Treliças, colunas, pendurais e escoras. Elementos
solicitados à flexão simples: vigas não esbeltas e vigas esbeltas.
Vigas mistas aço-concreto. Elementos solicitados à flexão
oblíqua. Elementos solicitados à flexão composta.

• 4 - DIM ENSIONAM ENTO DE LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS


M ETÁLICAS: Ligações com solda. Ligações com parafusos
comuns. Ligações com parafusos de alta resistência. Solicitações
em soldas e parafusos. Emendas em vigas. Ligações com
concreto. Disposições construtivas.
Referências Bibliográficas
• Normas Brasileiras:
• NBR 8800/2008: Projeto e execução de estruturas de aço e de
estruturas mistas aço-concreto de edifícios;
• NBR 8681/2004: Ações e seguranças nas estruturas.

• Livros:
• PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de aço – Dimensionamento
prático. LTC. 2009.
• BRAGANÇA PINHEIRO , A. C. F. Estruturas metálicas: cálculos,
detalhes, exercícios e projetos. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
• DIAS, L. M. A. Estruturas de aço – Conceitos, Técnicas e
Linguagem. Zigurate Editora. 1997.
Referências Bibliográficas
• http://www.cbca-ibs.org.br/
Referências Bibliográficas
O M at erial Aço
Aço:
Liga metálica composta basicamente de ferro (98%) e
carbono, com adições de outros elementos (silício,
maganês, fósforo e etc.) que melhoram determinadas
propriedades do aço.

Resistência Teor de Carbono Ductilidade


Mecânica máx 0,3% Soldabilidade

Aço Aço baixa


carbono liga
O M at erial Aço
Obtenção do aço.
Minério de Ferro Calcário Carvão Coque

ALTOFORNO

FERRO GUSA

AÇO

CHAPAS E PERFIS
O M at erial Aço
Obtenção do aço.
O M at erial Aço

Classificação geral dos aços

• Aços Carbono (Média Resistência)


• Aços de Alta Resistência e Baixa Liga
• Aços Tratados Termicamente
• Aços Resistentes ao Fogo
O M at erial Aço
Aços carbono:
 A resist ência é garant ida pela adição de element os de liga em
baixos t eores residuais admissíveis.
Classe Fu Principais
do Aço (MPa) Aplicações
Baixo Carbono < 440 Pontes, Edifícios, tubos e estruturas
(C até 0,30%) mecânicas.
Médio Carbono 440 a 590 Estruturas de navios e vagões.
(0,30%<C<0,50%) Estruturas mecânicas e equip. agrícolas.
Alto Carbono 590 a 780 Peças mecânicas, trilhos e rodas
(C>0,50%) ferroviárias. Equipamentos agrícolas.

EX.: ASTM A-36, NBR 6648/CG-26 (soldados), ASTM A-570 (P.F.F.)


O M at erial Aço

Aços baixa liga:


• São aços carbono acrescidos de element os de liga, que
aument am a resist ência à t ração e melhoram as
propriedades mecânicas do aço.
• Apresent am t ensão de escoament o ent re 280 e 490 M Pa.

Alta resistência mecânica


Adição de Cr, Cu,
P, Si, Mn, Ni, Alta resistência a corrosão
Alta resistência ao fogo
O M at erial Aço
Aços baixa liga e alta resistência a corrosão:
Esses aços, quando expostos a intempéries, desenvolvem em
sua superfície uma camada de óxido aderente que funciona
como barreira protetora. São os chamados aços patináveis
Adição de Cr, Cu, Al, Ni, V

EX.: USI-SAC300, COS-AR-COR 500, ZAR 280, ASTM A-242


O M at erial Aço
Aços baixa liga e alta resistência ao fogo:
Modificação na composição química dos aços de alta resistência
mecânica.

Comportamento sob altas


temperaturas Propriedades mecânicas do USI-FIRE 490
E,f Espessura Temperatura ambiente 600 oC
(mm) fy (MPa) fu(MPa) fy / fu Al (%) fy (MPa)
1,0 E
9,5 401 600 22 0,66 310
0,8 22,4 364 585 21 0,62 288

0,6 fu
0,4 fy
0,2

o 95 T
250 430 650 870
(oC)
Propriedades do Aço
Diagrama tensão x deformação
com patamar de escoamento definido
f
sem patamar de escoamento definido
fu f

fu
fy
fy

E
fp


fu – limite de resistência à tração do aço.
fy – limite de resistência ao escoamento do aço.
fp - tensão de proporcionalidade.
E – Módulo de Elasticidade do aço.
O M at erial Aço
Ensaio de tração
Propriedades do Aço

Constantes físicas:

Massa específica.............................. =77 kN/m3


Módulo de elasticidade.....................E=205000 Mpa
Módulo de elasticidade transversal...G=78850 Mpa
Coeficiente de Poisson......................=0,3
Coeficiente de dilatação térmica......=12x10-6/0C

f y  450 Mpa fu
 1,8
fy
Produt os de aço para est rut uras

• Chapas: Elementos planos, obtidos por


laminação a quente ou a frio.
Produt os de aço para est rut uras

• Chapas
Produt os de aço para est rut uras

• Perfis Estruturais em Aço: Elementos de


barra, obtidos por laminação, solda ou
dobramento a frio
Semelhanças nas formas da seção transversal,
diferentes aplicações.

Quanto à fabricação:
• Perfis soldados; NBR 8800
• Perfis laminados;
• Perfis formados a frio (chapa dobrada). NBR 14762
Produt
Produtos
osde
deaço
açopara
paraest
estrut
ruturas
uras
• Perfis Laminados:
Produt os de aço para est rut uras

• Perfis laminados:
 Obtidos diretamente dos laminadores das
siderúrgicas. Estão disponíveis no mercado em
forma de I, H, U e L.

Utilização variada
Limitações dimensionais
Dificuldades nas ligações (Padrão americano)
Elevado fator peso/inércia (Padrão americano)
Produt os de aço para est rut uras

• Perfis laminados: Especificações padrão


americano
L50x50x3,0
L50x3,0

2L50x3,0

I 254 x 37,7kg/m U 203x 17,1kg/m


I 10” x 37,7kg/m U 8”x 17,1kg/m
Primeira alma Primeira alma
Produt os de aço para est rut uras

• Perfis abas paralelas: Especificações


padrão americano

HPM

IP

HPL
HPP
Produt os de aço para est rut uras
• Perfis Gerdau Açominas
Produt os de aço para est rut uras

• Perfis soldados
 Obtidos através da soldagem de várias chapas.
Estão disponíveis no mercado em forma de I. Outras
seções são possíveis. São “perfis pesados”.

Séries Existentes
VS  altura/largura  4
CS  altura/largura = 1
CVS  1 < altura/largura  1,5

Tabelas de perfis soldados


Produt os de aço para est rut uras

• Perfis formados a frio:


Obtidos pelo dobramento de chapas em temperatura
ambiente.
Principais t ipos de aços est rut urais
Tipo de Aço Propriedades Aplicações
É o tipo mais comum de aço É aplicado em estruturas em
ASTM A-36 carbono, possui geral sob a forma de perfis e
fy = 250 MPa e chapas
fu = 400 a 500 MPa
Aço com baixo Fabricação de parafusos
ASTM A-307 teor de carbono com comuns
fu = 415 MPa
Aço com teor de carbono
moderado que recebe Fabricação de parafusos de
ASTM A -325 tratamento térmico para alta resistência
aumento da resistência, possui
fy = 635 MPa e fu = 825 MPa
É aplicado em estruturas em
geral, e estruturas em
ASTM A-242 Aço de baixa liga com fy de 290 ambientes agressivos. É
a 350 MPa fabricado sob a forma de
perfis e chapas
Principais t ipos de aços est rut urais
Tipo de Aço Propriedades Aplicações
Aços tipo ASTM A-242
CORTEN A e fabricados pela CSN Mesmas aplicações do aço
CORTEN B fy = 350 MPa ASTM A-242
fu = 490 MPa
Aço tipo ASTM A-242
CORTEN C fabricado pela CSN Mesmas aplicações do aço
fy = 420 MPa ASTM A-242
fu = 560 MPa
SAC – 350 Aço semelhante ao CORTEN A Mesmas aplicações do aço
(SAC – 50) e B, porém fabricado pela ASTM A-242 e do CORTEN
USIMINAS
Principais
Principais tipos
tipos de
de aaços
ços estruturais
estruturais
Tipo do Aço Propriedades Aplicações
Aço fabricado pela USIMINAS
SAC – 300 de média resistência mecânica Mesmas aplicações do aço
(SAC – 41) (maior que o ASTM A-36 porém ASTM A-242 e do CORTEN
menor que o SAC - 50)
COS-AR-COS Aço de alta resistência e baixa Mesmas aplicações do aço
500 liga resistente à corrosão. ASTM A-242 e do CORTEN
Fabricado pela COSIPA
Aço de média resistência e baixa
liga resistente à corrosão.
COS-AR-COS Fabricado pela COSIPA Mesmas aplicações do aço
400 Possuem resistência mecânica ASTM A-242 e do CORTEN
melhor que o ASTM A-36 porém
inferior ao COS-AR-COS 500

AÇOS ESTRUTURAIS – Especificações no


Anexo A da NBR 8800:2008
Obras em aço
OBRAS EM AÇO

Quadra esport iva


OBRAS EM AÇO

Cobert ura
OBRAS EM AÇO

Galpão REVAP/ Pet robras


OBRAS EM AÇO
Galpão Processos
OBRAS EM AÇO
Edíficios Cent ro Empresarial Aeroport o (Port o
Alegre)
OBRAS EM AÇO
WTORRE – Av. Nações Unidas (SP)
OBRAS EM AÇO
Fábrica de cosmét icos (Ipel)
OBRAS EM AÇO

PONTES - PASSARELAS
Viaduto - Osasco
Ponte Rodoferroviária sobre o Rio
Paraná (SP/ MS)

Ponte sobre o Lago


Sul (Brasília)
OBRAS EM AÇO

Terminal Rodoviário - Jaú


OBRAS EM AÇO
Ginásio Poli-esport ivo – M arília
OBRAS EM AÇO
Ginásio Poli-esport ivo – M arília
OBRAS EM AÇO
Residências
AÇÕES E SEGURANÇA NAS
ESTRUTURAS
AÇÕES E SEGURANÇA NAS
ESTRUTURAS
• NBR 8681:2004 – Fixa as condições de
segurança para as est rut uras usuais.

• M ét odo dos est ados limit es: Est ados limit es


últ imos e Est ados Limit es de serviço.

• Genericament e: S d  Rd 
AÇÕES E SEGURANÇA NAS
ESTRUTURAS
• S d : Efeit o das ações e Rd : Resist ência da
est rut ura
AÇÕES E SEGURANÇA NAS
ESTRUTURAS
• Resist ência: apt ão do mat erial de suport ar
t ensões.

• Resist ência Caract eríst ica;

• Resist ência de cálculo.


AÇÕES E SEGURANÇA NAS
ESTRUTURAS
• Conceit o de ação;

• Tipos de ações – valores nominais;

• Combinação das ações – valores de projet o.

  gi . FGi,k    q1FQ 1,k   qj 0 j,ef . FQ j,k 


– Para est ados limit es últ imos;

Fd  
m n

i 1 j2
AÇÕES E SEGURANÇA NAS
ESTRUTURAS
• Combinação das ações.
– Para est ados limit es de serviço;

Fser   FGi,k   2 j FQ j,k


m n

i 1 j 2

• Exemplo de ações e combinações.


BARRAS TRACIONADAS
Ntd

Ntd
BARRAS TRACIONADAS
Comportamento:

Ntd N
solda
(I)
Agfy ( I ) Barra Soldada
( II ) Estado limite - Escoamento
Aefu da Área Bruta
( III )

Aefy
( II ) Barra Parafusada
Estado limite - Escoamento
da Área Bruta

L ( III ) Barra Parafusada


Estado limite - Ruptura da
Seção Líquida

Ntd
BARRAS TRACIONADAS
Resistência de cálculo:
N
Escoamento da área bruta:

N t , Rd 
solda
(I)

 a1
Agfy ( I ) Barra Soldada
Aefu
( II )

( III )
Estado limite - Escoamento
da Área Bruta
Ag f y
Aefy
( II ) Barra Parafusada
Estado limite - Escoamento
da Área Bruta

L ( III ) Barra Parafusada


Estado limite - Ruptura da
Seção Líquida
Ruptura da área liquida efetiva:

N t , Rd 
 a2
Ae f y
Áreas de cálculo:
Ag  área bruta
An  área líquida
Ae  Ct An Ct  Coeficiente de redução de An
BARRAS TRACIONADAS
Áreas de cálculo:

Área bruta: é a área do perfil.

Área líquida: é a área bruta diminuída de furos,


recortes, etc.

Ct : depende do projeto da ligação. Exemplos


BARRAS TRACIONADAS
Áreas de cálculo:
Ct : depende do projeto da ligação. Exemplos

Centróide

Ct  1,0
x

Ct  1 
ec
Lc

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