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Estruturas de Aço I

Professora: Gabriela Pereira Lubke


Mestra em Engenharia Civil
Programa da disciplina

 Aços estruturais de perfis:


 Propriedades mecânicas;
 Composição química;
 Classificação;
 Aços estruturais utilizados no Brasil;
 Perfis laminados;
 Perfis soldados;
 Perfis dobrados a frio.
Bibliografia Básica e Complementar

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-8800: Projeto de Revisão, Projeto e Execução de


Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas Aço-Concreto de Edifícios. Rio de Janeiro, 2008.
FAKURY, R.H.; CASTRO E SILVA, A.L.; CADAS, R.B. Dimensionamento de elementos estruturais de aço e
mistos de aço e concreto. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. 496p. ISBN 9788543001128
(broch.).
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. Galpões para uso geral. 4. ed. Rio de Janeiro, 2018. 74p.
ISBN 9878589819251.
CODA, H.B., PACCOLA, R.R. AcadFrame: Software acadêmico para análise de pórticos e treliças
planas. Versão Beta. Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006 (online)
MARTHA, L.F. FTOOL: Programa gráfico-interativo para análise de estruturas. Versão 4.00. Rio de
Janeiro: Tecgraf, PUC-Rio, 2018. (online)
PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estrutura de aço: dimensionamento prático. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC -
Livros Técnicos e Científicos, c2009. 357 p. ISBN 9788521616115 (broch.).
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO., CBCA, 2014. Estruturas compostas por perfis formados
a frio –Dimensionamento pelo método das larguras efetivas e aplicação conforme ABNT NBR
14762:2010 e ABNT NBR 6355:2012
Aços estruturais utilizados no Brasil

 A ABNT NBR 8800:2008 exige que os aços estruturais atendam as seguintes


propriedades mecânicas:
 𝑓𝑦 ≤ 450 𝑀𝑃𝑎
 𝑓𝑢 𝑓𝑦 ≥ 1,18

 Nas tabelas a seguir temos os aços normatizados pela ABNT que atendem a
esses requisitos;
 Não são relacionados aços com resistência inferior À 250MPa por não serem
utilizados na prática
 A ABNT NBR 7007:2002 foi substituída por: ABNT NBR 7007:2016 Aço-carbono e
aço microligado para barras e perfis laminados a quente para uso estrutural —
Requisitos
 A ABNT NBR 6648:1984 foi substituída por: ABNT NBR 6648:2014 Bobinas e
chapas grossas de aço-carbono para uso estrutural — Especificação
 A ABNT NBR 5000:1981 foi substituída por ABNT NBR 5000:2015 Versão
Corrigida:2016 Bobinas e chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência
mecânica - Requisitos e ensaios
 A ABNT NBR 5008:1997 foi substituída por: ABNT NBR 5008:2015 Bobinas e chapas
grossas laminadas a quente, de aço de baixa liga e alta resistência, resistentes à
corrosão atmosférica, para uso estrutural — Requisitos
Aços estruturais utilizados no Brasil

 A NBR 8800:2008 permite ainda o uso de perfis estruturais de especificação


norte-americana ASTM, os mais comuns utilizados no Brasil são apresentados
nas tabelas a seguir:
Aços produzidos pelas industrias
siderúrgicas brasileiras
 Além dos aços especificados pela ABNT e pela ASTM A NBR 8800 permite o uso
de outros aços, desde que atendam as propriedades mecânicas requeridas.
Perfis estruturais de aço

 Os perfis laminados, considerados no escopo desse curso, são apenas os de


seção aberta I, H, U e L
Perfis laminados

 São obtidos a partir de um processo de transformação mecânica de metais. A


forma do corpo metálico é alterada para torná-lo adequado a determinada
aplicação.
Perfis produzidos no brasil: Chapas

 Chapas grossas possuem espessura maior ou igual a 4,75 mm


 Chapas finas possuem espessura inferior a 4,75 mm e geralmente são usadas
para PFF
 Os principais fornecedores de chapas grossas são a USIMINAS e a CSN
 Uma chapa é definida pelo símbolo CH, seguido da espessura em mm, e caso
seja do interesse pela largura e comprimento da peça me mm
Ex:
CH 16 x 500 x 2000
Perfis produzidos no brasil: Perfis de
seção aberta
 Os perfis atualmente produzidos no Brasil são
 Perfil I de faces inclinadas
 Perfil I e H de faces paralelas
 Perfil U e L de abas iguais
Perfil I de faces inclinadas

 O perfil I de faces inclinadas é especificado por seu símbolo I seguido da


altura d em mm e da massa por unidade de comprimento:
 Nesses perfis a largura da mesas está entre 66% e 35 % da altura do perfil
 Indicado para uso sob tensão de flexão
 Produzidos por várias empresas tais como Gerdau e Arcelor Mittal
 Ex: I 127x 14,8
Perfil I e H de faces paralelas

 O perfil I de faces paralelas é especificado por seu símbolo W seguido da


altura d em mm e da massa por unidade de comprimento:
 EX: W310 x 38,7
 O perfil H de faces paralelas é especificado por seu símbolo W ou HP seguido
da altura d em mm e da massa por unidade de comprimento:
 Os perfis HP tem espessura de mesa e alma iguais ou muito
próximas.
 Os perfis T são obtidos por meio de corte reto longitudinal
na alma, adequados para serem usados em banzos de treliça.
Perfil U

 O perfil U é especificado por seu símbolo U seguido da altura d em mm e da


massa por unidade de comprimento:
 Ex: U 152,4 x 12,2
 Produzidos por várias empresas tais como Gerdau e Arcelor Mittal
 Indicados para pilares de estruturas pouco carregadas, componentes de
treliças, terças e travessas de tapamento, e em degraus e vigas de escadas
Perfil L (Cantoneira)

 Produzidos por várias empresas tais como Gerdau e Arcelor Mittal com
predominância do ASTM A36
 São perfil leves, empregados principalmente como componentes de trelicas e
como elementos de contraventamento, solicitações onde a solicitação
predominante é a tração ou a compressão.
 O perfil L é especificado por seu símbolo L seguido pelo
comprimento das abas e pela espessura em mm.
 EX: L 76,2 x 6,35
Barras respondas lisas

 Produzidos por várias empresas tais como Gerdau e Arcelor Mittal


 Muito empregadas como tirantes e elementos de contraventamento sob
tensão de tração axial
 São especificadas pelo símbolo ф seguido do diâmetro em mm
Perfis soldados

 São obtidos pela junção de dois ou mais perfis laminados unidos através de
solda elétrica,
 Em geral são utilizados quando são necessárias seções transversais maiores
que a de perfis laminados, ou quando é necessário uma forma especial de
perfil
Perfis soldados

 Os perfis soldados mais comuns no Brasil são os I e H, obtidos por três chapas
com dimensões apropriadas.
 São prescritos pela norma ABNT NBR 5884:2005, que prescreve quatro séries
padrões:
 CS – colunas soldadas, duplamente simétricas, adequados para solicitação de
compressão axial
 VS – vigas soldadas, duplamente simétricas, adequados para solicitação de flexão
 CVS – colunas-vigas soldadas, perfis intermediários entre I e H, duplamente
simétricas, adequadas para esforços combinados de flexão e compressão axial
 VSM – vigas soldadas monosimétricas, apropriadas para uso em vigas mistas
Perfis soldados

 A norma ABNT NBR 5884:2005 permite ainda o uso de perfis I e H com


dimensão qualquer, subdivididos em:
 PS – perfis soldados duplamente simétricos
 PSM – Perfis soldados monosimétricos
Tensões residuais nos perfis

 As tensões residuais que aparecem durante o resfriamento não são uniformes


ao longo do perfil
 Nos perfis laminados o surgimento das tensões residuais pode ser resumido
em:
 Quando o aço resfria sofre redução de volume e aumento da rigidez;
 Nas partes da seção transversal, onde há menor quantidade de material
concentrado, o resfriamento é mais rápido.
Tensões residuais nos perfis
Perfis laminados
Perfil soldado
Perfis formados a frio

 Esse elemento estrutural pode ser eficientemente utilizado em galpões de


pequeno e médio porte, coberturas, mezaninos, em casas populares e
edifícios de pequeno porte.
 Tem sido crescente o uso em light steel framing que são painéis estruturados
por perfis formados a frio
 A maleabilidade das chapas finas de aço permite a fabricação de grande
variedade de seções transversais
Perfis formados a frio

 Por serem constituídas de perfis com seções abertas e de pequena espessura,


as barras, que possuem baixa rigidez à torção, podem ter problemas de
instabilidade, deformações excessivas ou atingir os limites da resistência do
aço devido a esforços de torção.
 O dimensionamento é realizado conforme especificado em norma (NBR
14762:2010, 2010).
 A ideia principal do uso dos PFF é a simplicidade de sua produção, manuseio e
transporte
 A Norma ABNT NBR 6355:2012 – “Perfis Estruturais de Aço Formados a Frio -
Padronização” estabelece os requisitos exigíveis dos perfis estruturais de aço
formados a frio, com seção transversal aberta, tais como tolerâncias
dimensionais, aspectos superficiais, acondicionamento, inspeção, etc
Fabricação

 O processo contínuo, adequado à fabricação em série, é realizado a


partir do deslocamento longitudinal de uma chapa de aço, sobre os
roletes de uma linha de perfilação. Os roletes vão conferindo
gradativamente à chapa, a forma definitiva do perfil.
Fabricação

 O processo descontínuo, adequado a pequenas quantidades de perfis, é


realizado mediante o emprego de uma prensa dobradeira. A matriz da
dobradeira é prensada contra a chapa de aço, obrigando-a a formar uma
dobra. Várias operações similares a essa, sobre a mesma chapa, fornecem à
seção do perfil a geometria exigida no projeto. O comprimento do perfil está
limitado à largura da prensa
Perfis formados a frio

 Como consequência da alta relação largura-espessura de suas paredes, os PFF


estão suscetíveis aos fenômenos de instabilidade tais como: flambagem local,
distorcional e global.

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