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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA MECÂNICA NOTURNO

ENG022 - TÓPICOS ESPECIAIS:


ESTRUTURAS METÁLICAS

3 – Perfis Estruturais de Aço

Professor Flavio Torres da Fonseca


3.1 – Perfis estruturais de aço
 Chapas grossas:

 Perfis laminados

 Perfis soldados

 Chapas finas (formados a frio):

 Perfis obtidos por perfilagem

 Perfis dobrados
3.2 – Perfis laminados
 Obtidos por meio de um processo de
transformação mecânica de metais, chamado
laminação.
3.2 – Perfis laminados
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Chapas:
 Grossas - espessura igual ou superior a 4,75 mm
 Finas - espessura inferior a 4,75 mm
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Chapas: USIMINAS, COSIPA e CSN
3.2 – Formas da seção transversal

I de faces inclinadas I e H de faces paralelas


3.2 – I de faces inclinadas

Perfil U Cantoneiras de abas iguais (L)


3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 I de faces inclinadas

 ArcelorMittal, Gerdau e outros

 Principalmente em aço ASTM A36

 Altura variando entre 76,2 mm (3”) e 152,4 mm (6”)

 Nomenclatura:

I 152,4 x 22,0
Massa linear [kg/m]
Altura [mm]
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Perfis U

 ArcelorMittal, Gerdau e outros

 Principalmente em aço ASTM A36

 Altura variando entre 76,2 mm (3”) e 305,0 mm (6”)

 Nomenclatura:

U 101,6 x 8,04
Massa linear [kg/m]
Altura [mm]
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Cantoneiras (L)

 Abas iguais

 ArcelorMittal, Gerdau e outros

 Principalmente em aço ASTM A36

 Série em polegadas: antiga padronização americana

 Largura da aba variando de 12,7 mm (1/2”) a 203,2 mm (8”)


 Série métrica: padronização ABNT

 Largura da aba variando de 40 mm a 100 mm


3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Cantoneiras (L)

 Nomenclatura

L 76,2 x 7,94
Espessura das abas [mm]
Largura das abas [mm]

L 75,0 x 8,00
Espessura das abas [mm]
Largura das abas [mm]
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Perfis I e H de faces paralelas

 Gerdau Açominas

 Aço ASTM A572 grau 50

 Altura variando entre 150 mm e 610 mm

 W (Wide Flange, padronização americana): flexão simples

 H: barras comprimidas (largura das mesas próxima da altura

da seção transversal)
 W (padronização americana)
 HP (padronização europeia)
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Perfis I e H de faces paralelas

 Nomenclatura

W 200 x 46,1
Massa linear [kg/m]
Altura aproximada [mm]

HP 250 x 62,0
Massa linear [kg/m]
Altura aproximada [mm]
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
3.2 – Perfis produzidos no Brasil
 Barras redondas lisas
 ArcelorMittal, Gerdau e outros

 diâmetro de 6,35 mm a 88,9 mm

 Aço ASTM A36


3.3 – Perfis soldados
 Obtidos por meio de ligação contínua, por meio
de solda elétrica, de dois ou mais perfis laminados.
3.3 – Perfis soldados
 NBR 5884:2005 - Perfil I Estrutural de Aço
Soldado por Arco Elétrico
3.3 – Perfis soldados
 NBR 5884:2005 - Perfil I Estrutural de Aço Soldado por Arco

Elétrico
 Nomenclatura:

VS 400 x 28,0
Massa linear [kg/m]
Altura [mm]

CS 550 x 228,0
Massa linear [kg/m]
Altura [mm]
3.3 – Perfis soldados
 NBR 8800:2008 somente fornece procedimentos

para dimensionamento estrutural de perfis soldados


não-híbridos, ou seja, com todos os perfis
laminados componentes da seção transversal
fabricados com o mesmo aço.
3.3 – Perfis soldados
3.3 – Perfis soldados
3.3 – Perfis soldados
3.3 – Perfis formados a frio
 Obtidos pelo dobramento a frio de chapas finas de aço.

 No Brasil, usualmente trabalha-se com espessuras até 4,75 mm.

 O processo de fabricação pode ser por perfilagem (processo

contínuo) ou por dobragem (processo não contínuo).


3.3 – Perfis formados a frio
 No processo de perfilagem, a tira de aço passa por uma série de

roletes, formando a seção transversal do perfil.


3.3 – Perfis formados a frio
3.3 – Perfis formados a frio
 No processo de dobragem, a tira de aço é prensada por punção

contra a matriz, sendo cada dobra obtida isoladamente,


3.3 – Perfis formados a frio
3.3 – Perfis formados a frio
 Principais tipos de perfis formados a frio (NBR 6355:2012):
3.3 – Perfis formados a frio
 Principais tipos de perfis formados a frio (NBR 6355:2012):
3.3 – Tensões residuais nos perfis
 Denominam-se tensões residuais às tensões normais e

de cisalhamento que aparecem durante o resfriamento não-


uniforme de um perfil, decorrentes do processo de
fabricação.

 Tratam-se de tensões internas, ou seja, que não são

causadas por ações externas, e, portanto, com resultantes


nulas de força e momento.
3.4 – Tensões residuais nos perfis
 Perfis laminados
 O aço, quando resfria, passando da temperatura de

laminação para a temperatura ambiente, sofre uma redução de


volume.
 Certas partes da seção transversal, onde existe menor

quantidade de material concentrado, passam da temperatura


de laminação para a temperatura ambiente mais rapidamente
que outras, onde se tem maior quantidade de material
concentrado.
3.4 – Tensões residuais nos perfis
3.4 – Tensões residuais nos perfis
3.4 – Tensões residuais nos perfis
 Perfis soldados
 Corte longitudinal das chapas a maçarico: as regiões das

bordas das chapas ficam mais aquecidas, têm o resfriamento


completado por último, e ficam, portanto, tracionadas, ao passo
que a região central fica comprimida.
 Soldagem entre as chapas aquecem com mais intensidade

as regiões próximas das soldas que, ao resfriarem após todo o


restante da seção, ficam tracionadas.
3.4 – Tensões residuais nos perfis
3.4 – Tensões residuais nos perfis
 Influência no diagrama tensão versus
deformação
 σp = fy – σr

 σr na maioria dos perfis é de compressão e se situa

entre 70 MPa e 140 MPa


3.4 – Tensões residuais nos perfis
 Influência no diagrama tensão versus
deformação

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