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FOLHAS DE APOIO ÀS AULAS

Execução de Pavimentos

CAPITULO II

PAVIMENTO MISTO

1-Pavimento misto de chapa metálico e Betão

Uma laje mista é constituída por uma chapa de aço perfilada, sobre a qual é
Betonado “in situ” o Betão armado, que contem uma armadura superior
destinada a controlar a fissuração do betão, comportando-se como uma laje
unidireccional. Após o endurecimento do betão, a estrutura aço betão
constitui um elemento estrutural único, como ilustra a figura 1.

A resistência aos momentos flectores positivos actuantes é dada pela própria


chapa perfilada de aço, estando o betão comprimido nas suas nervuras. Nas
zonas de momento negativo é necessário incorporar eventualmente uma
armadura de reforço.

Figura 1 ilustrando uma laje mista

Laje Mista

A definição da laje mista, consiste em associar a ligação entre o perfil


metálico e o betão.

• O aço, excelente material para trabalhar à tracção, é utilizado sob a forma


de: - perfil HAIRCOL:

Cofragem para a fase de aplicação - armadura na fase mista. Ao perfil


HAIRCOL associa-se a malha electro soldada, rede metálica de anti fissuração,
para receber os esforços de retracção do betão durante o endurecimento e as
armaduras complementares (continuidade sobre apoios intermédios, reforço
no vão entre duas vigas, melhoria da resistência ao fogo…). O betão,
excelente nos esforços de compressão.
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2-Domínio de aplicação das lajes

O pavimento misto em chapa e betão têm a vantagem da sua vasta aplicação,


rapidez de montagem em obra, economia, e resistência nas mais variadas
aplicações, tais como:

• Edifícios industrias;

• Hospitais;

• Edifícios de escritórios;

• Habitações;

• Superfícies comerciais;

• Garagens, estacionamentos etc.

3-Constituição dos Pavimentos Misto betão – Chapa de Aço

Tipos de Chapas

As chapas perfiladas são formadas a frio e devem obedecer às especificações


da parte 1.3 do Euro código 3. Existem diferentes formatos de chapa como
mostra a figura 2. As principais características que definem as chapas
perfiladas são as seguintes:
Características geométricas:
• Altura da chapa, variando entre 50mm e 80mm;
• Espessura, sendo as mais comuns: 0,7, 0,75, 0,8, 1,0, 1,2mm;
• Reentrâncias (ver figura 3);
• Espaçamento entre nervuras;
• Área efectiva.

Características resistentes:
• Posição da linha neutra;
• Inércia efectiva da seção (cm4/m);
• Módulo de flexão efectiva (cm3/m).

Outras características:
• Peso por m2;
• Volume de concreto por m2
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Figura 2 tipo de Chapa

3.1-Laje mista com chapa nervurada

Nas lajes mistas, para além da chapa nervurada de aço actuar como cofragem
do betão, também colabora para a resistência da laje, substituindo total e/ou
parcialmente as armaduras de tração.

A espessura das chapas nervuradas varia entre 0,7 e 1,25 mm, de acordo com
o fabricante. No mercado mundial existem diversos fabricantes de chapas
nervuradas adequadas e de acordo com as lajes mistas.

Figura 3 tipo de Chapa nervurada.

3.2 – Conectores ou Fixadores


Para que exista um comportamento eficiente, torna-se preponderante uma
correta interacção entre ambos os materiais aço-betão, a qual é garantida por
elementos metálicos denominados de conectores, aplicados nas vigas de
suporte.

Os conectores podem ser classificados em dois tipos, flexíveis e rígidos. Neste


artigo apenas são abordados os casos dos conectores flexíveis, ou seja,
aqueles que apresentam com comportamento dútil, em particular os do tipo
“pino com cabeça” (stud bolt) e os conectores X-HVB da marca “HILTI”, pois
de um modo geral são os mais empregados na construção.
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3.3-Conectores Soldados - "Stud Bold"

Este tipo de fixador é soldado à mesa superior do perfil metálico (figura 4 (c))
por meio de uma pistola automática ligada a um equipamento de soldagem. O
processo é iniciado quando se encosta a base do pino ao material base (mesa
superior do perfil), quando então se aperta o gatilho da pistola, forma-se um
arco eléctrico provocando consequentemente a fusão entre o material base e
o conector (as figuras 4 (a) –(b) ilustram os procedimentos de soldagem na
fábrica e na obra).

A altura efectiva do conector é diminuída em cerca de 5mm ao ser soldado.


De um modo geral, os conectores soldados através das chapas são de 19mm de
diâmetro e de 75mm a 150mm de altura, com uma cabeça de
aproximadamente 28mm de diâmetro, sendo o limite da tensão de ruptura do
material de 450N/mm2. Deverão ser respeitadas as seguintes disposições
construtivas, de acordo com o Euro código 4 (1992):

1 - As espessuras da mesa da viga de suporte não devem ser inferiores a


7,6mm (para conectores soldados de 19mm). Este limite aumenta para
diâmetros superiores;

2 - Os conectores devem sobressair 35mm, acima da face superior da chapa e


devem ter um recobrimento mínimo de betão, acima do topo do conector, de
cerca de 15mm. Para impedir danos na chapa os conectores devem ser
colocados sobre linhas predeterminadas e marcadas sobre a chapa.

A distância entre o limite do conector e o limite da chapa, não deve ser


inferior a 20mm (devido a esta limitação não é aconselhável usar vigas de
suporte com mesas inferiores a 120mm).
A distância entre conectores não deve ser inferior a 95mm na direcção dos
esforços de cisalhamento, e 76mm na direcção perpendicular aos esforços de
cisalhamento;

3 - A distância entre conectores não deve ser superior a 450mm;

4 - Os conectores são colocados normalmente nas nervuras, alternadamente,


em alguns casos aos pares em cada nervura.

3.4 - Conectores X-HVB da marca "HILTI"

Figura 4 colocação de conector


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Os conectores da Hilti X-HVB são fixos por pregos zincados aos elementos da
estrutura. Este processo é realizado através de uma pistola que faz disparar
tiros de cartuchos de pólvora como ilustra a figura 4.

Este sistema é rápido e económico, por não haver a necessidade da utilização


de energia eléctrica para o seu funcionamento. Permite ainda que qualquer
trabalhador com prática seja capaz de instalar os conectores com máxima
segurança e confiabilidade. Podendo ser empregados em condições adversas
(chuva, neve, condensação, etc.), pois em nenhuma circunstância diminui a
qualidade da fixação.

Para execução da aplicação dos conectores são necessários a pistola, os


pregos, os conectores e os cartuchos de pólvora como se pode observar na
figura 4 e 5. Os conectores do tipo Hilti X-HVB são em aço zincado de 3μm,
apresentando uma resistência mínima à tração de 295N/mm2. Os pregos tipo
Hilti são em aço zincado 8-16μm e apresentam uma resistência mínima à
tração de 2.000N/mm2.

A escolha do tipo de cartucho é igual ao tipo de prego e depende da espessura


da chapa e da qualidade do aço da viga metálica onde se fixam os conectores.
Uma vez disparado, é necessário comprovar que o prego está saliente entre os
8,5 e 11mm sobre o conector.

Figura 5 pistola e os pregos os conectores.

3.5 – Armaduras

As armaduras utilizadas na construção de lajes mistas aço-Betão,


normalmente são do tipo em malha em forma quadrada e de pequeno
diâmetro ou maior de cordo com dimensionamento, excepto em grandes vãos,
onde é necessário proceder ao cálculo de uma armadura superior (ver figura
6).
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Figura 6 disposição construtiva de amadura de diâmetro menor e maior

A armadura atua principalmente na direcção normal das vigas e cumpre as


seguintes funções:

• Atua como uma armadura transversal que impede a fissuração ao longo do


alinhamento de conectores;

• Faz com que se obtenha uma resistência à flexão nos apoios da laje no caso
da ocorrência de fogo;

• Ajuda a reduzir a fissuração nos apoios;

• O controlo a fissuração nos estados limites de serviço em lajes mista é


efectuado pela chapa perfilada. Algumas fissuras sobre as vigas e apoios da
laje podem ocorrer, no entanto essas fracturas não afectam a durabilidade e
o desempenho da laje. No caso de ambientes agressivos as armaduras
adicionais são imprescindíveis;

• Devem ser colocadas armaduras superiores em lajes de espessura reduzida a


uma distância de 20mm, suportadas sobre a superfície superior da chapa. Na
prática, tendo em conta as sobreposições, a malha deve situa-se entre os 20 e
os 45mm da face superior da chapa. A sobreposição deve ser no mínimo de
300mm no caso de malha leve e de 400mm para malha pesada. É necessário a
colocação de armadura suplementar nos seguintes casos:

• Por resistência ao fogo, normalmente barras no fundo das nervuras;

• Armadura transversal na zona de conectores. Este reforço é apenas utilizado


quando os conectores são soldados;

• Reforço (barras adicionais) em aberturas de grande dimensão.

3.6-Betão

Betões estruturais com classe mínima B25/30 são usados normalmente, com
espessura mínima acima da armadura de aço de pelo menos 5cm. Nenhuma
instalação técnica pode passar pela laje. Betão leve também pode ser
utilizado. Uma malha de reforço ou outro reforço equivalente deve ser
inserido.
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3.7-Viga metálica em Perfis

Perfis de aço Podem ser utilizadas vigas de aço S235, S275 e S355, mesmo
quando pintadas ou galvanizadas a quente. Os ligadores podem ser fixos aos
perfis com uma espessura mínima da borda de 8mm. Os pregos também
podem ser fixos a aço sólido.

Figura 7 - Classificação da alma de secções pela norma NP.

Figura 8 - Classificação do banzo de secções pela norma NP


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Figura 9 pavimento misto betão e chapa de aço.

4-Vantagens e Desvantagens das Lajes Mistas chapa e betão

4.1-As vantagens do uso de lajes mistas são:

Ideais para edifícios altos em estrutura de aço, dada a sua rapidez de


execução;
Dispensa o uso de escoramento na maioria dos casos;
Funciona como plataforma de trabalho;
Reduz o desperdício de material;
Fácil instalação;
Rapidez de construção;
Pavimentos podem ser executados simultaneamente;
É leve e de fácil manuseio;
Pode ser utilizada em estruturas de aço, concreto e madeira;
As chapas são transportadas facilmente pois são leves, sendo fixadas no
local por dois ou três trabalhadores;
A qualidade das chapas e dos elementos de fixação é controlada em
fábrica, com tolerâncias rígidas e procedimentos de qualidade
estabelecidos;
As chapas de aço depois de montadas, constituem uma excelente
plataforma segura de trabalho, que permite a movimentação de
pessoas e apoio para materiais;
Como não necessita da aplicação de formas, para suportar a fase de
endurecimento do betão, simplifica em muito a execução da obra,
permitindo velocidades de construção mais rápidas;
Menor quantidade de armazenamento de material no canteiro de obra.

4.2-Como desvantagens:

É necessário maior nível de especialização do pessoal e devem existir


planos de montagem;
Detalhamento de aspectos construtivos;
A resistência do aço sob acção do fogo.

Existem hoje medidas preventivas ao fogo, que permitem mitigar este


fenómeno através se sistemas de isolamento ou protecção, que por falta de
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espaço não são abordados neste artigo. O comportamento ao fogo das lajes
mistas de acordo com as indicações do Euro código 4.

Menos carga sobre estruturas existentes;


Melhor comportamento perante sismos;
Acesso mais fácil às zonas antigas e históricas;
Menos meios de transporte;
Mais fácil elevação dos materiais;
Maior rapidez de construção;
Menor consumo de água;
Eliminação de tempos de secagem e cura;
Abertura de roços desnecessária;
Menos resíduos no final da obra;
Preços mais competitivos devido à rapidez e facilidade de montagem.

5-Processo de Execução de Pavimento misto chapa-Betão

O processo construtivo dos pavimentos misto de chapa-betão. As figuras em


seguida apresentadas fazem parte integrante da sistematização que tem vindo
a ser descrita ao longo do presente capítulo, com os elementos das várias
fases que devem ser percorridas para a obtenção de um produto final com os
níveis de qualidade especificados.

De uma maneira geral, as fases genéricas do processo construtivo são


transversais a todas as obras de edifícios industriais, começando na Fase de
Conceção, até à Fase de Execução e finalmente a Verificação de
Conformidade. Neste sentido, a sistematização adotada procura encadear nas
fases globais do processo, as várias etapas da construção específicas dos
pavimentos misto de chapa- betão.

5.1-Sequência esquemática do processo

O processo de construção das lajes mistas tem que seguir uma ordem de
elaboração de modo que todas as fases do processo sejam realizadas
correctamente. Na figura 10 mostra-se uma sequência que permite que todos
elementos trabalhem em equipa e em segurança.
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Figura 10 Figura demostra as fases de execução de pavimento misto em betão e chapa


metálica.

5.2-Colocação das Chapas e peris

Antes de se proceder à elevação das chapas é necessário que a estrutura


metálica esteja totalmente executada. A montagem das chapas deve ser
realizada de acordo com os planos de execução;
Para um espaçamento entre vigas de suporte superior 2,5m, torna-se
necessário aplicar um escoramento durante a betonagem e período de
endurecimento do betão (ver figura 7)
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Figura 11 Detalhe de montagem das chapas de aço.

A montagem das chapas realiza-se a partir de um dos cantos dos edifícios,


criando os montadores a sua própria plataforma de trabalho com as primeiras
chapas montadas. Uma vez colocadas na posição definitiva, devem ser fixas
antes de continuar a colocação das seguintes, sendo de evitar por motivos de
segurança a existência de chapas soltas;

A união das chapas realizar-se topo a topo sendo lacradas através de uma
banda adesiva;
A distância de entrega da chapa sobre a viga deverá ser no mínimo de 50mm
Devem ser evitadas cargas pesadas sobre as chapas, em especial nos espaços
entre as vigas, dada a sua grande esbeltez.

5.3-Montagem e Fixação das chapas

Após a conclusão da montagem das vigas de aço da estrutura, pode-se


prosseguir com a instalação dos painéis das formas de aço e de seus acessórios
atendendo as seguintes recomendações:

 nivelamento correto da mesa superior da viga de aço, de modo a obter


um perfeito contacto entre a forma e a viga;

 remoção de ferrugem, rebarbas, respingos de solda e de oleosidades


em geral;

 remoção da pintura e umidade nas proximidades da região de


soldagem.

Após as conferências necessárias, os painéis são posicionados sobre o


vigamento. É usual a necessidade de recortes e ajustes nos cantos e no
contorno de pilares, a fim de adaptar a laje à geometria da edificação.

Uma vez realizados todos os ajustes e o alinhamento, os painéis devem ser


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fixados à estrutura por meio de pontos de solda bujão ou solda tampão. Após
o término da montagem da forma de aço, devem ser fixados os conectores de
cisalhamento. Estes conectores deverão ser soldados à viga, através da forma
de aço, mediante um equipamento de solda por electro fusão (fig. 12).

Figura 12 mostra montagem da chapa.

Concluídas a montagem, fixação da forma e instalação dos conectores de


cisalhamento, pode-se dar início à instalação das armaduras adicionais das
lajes e ao lançamento do betão.
5.4-Montagem de armadura

Uma malha de reforço electro soldável de tamanho adequado deve sempre ser
colocada na laje. Normalmente, uma malha de Ø 8 mm, 20x20 cm é colocada
no meio da laje. Não é necessário fixar a malha aos ligadores.

Malha metálica anti fissuração É necessário prever nas lajes uma malha
metálica electro soldada que resista aos esforços devidos à secagem do betão.
Este deverá ser colocada a 2 cm da face superior da laje, e ter como secção
mínima: 0,1 ho (ho = altura de betão a partir da face superior da nervura do
perfil metálico) secção mínima = 0,6 cm2/ml.

Figura 13 ilustrando a montagem de armadura fendilhacão superior e inferior.

A espessura da laje é determinada por espaçadores adequados (figura 14), de


modo que não haja desperdícios. O betão excessivo pode provocar
deformações excessivas para as quais a estrutura não está dimensionada.
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A operação de betonagem é realizada por meio de bomba. As tubagens de


saída do betão devem ser movimentadas frequentemente e cuidadosamente
para que se minimize os problemas de acumulação em zonas criticas da laje
como por exemplo a meio do vão. Dependendo da fluidez do betão poderá ser
importante uma boa vibração, principalmente nas zonas dos conectores. A
tubagem de saída deve estar sempre preparada e não deve ser elevada acima
do joelho no momento de verter o betão sobre a chapa perfilada

Figura 14 Colocação de espaçadores

5.5-Verificação da Base do Pavimento

Na fase de preparação dos trabalhos de execução do pavimento foram


efectuadas as seguintes verificações:

Verificadas as condições da base do pavimento adequadas para o início


dos trabalhos de betonagem, nomeadamente a estabilidade da
plataforma;

Verificar os acessos ao local de betonagem de modo a possibilitar a


circulação de camiões, equipamento e materiais;

Avaliação, com recurso a equipamento, nivelamento da plataforma,


para deste modo confirmar a espessura que a laje de betão irá
apresentar. Para tal, dever-se-á recolher leituras da cota da superfície
da base do pavimento de acordo com a dimensão da área em questão;

Verificar o correto posicionamento, alinhamento e espaçamento dos


elementos de transferência de carga (ferrolhos, chapas, etc.);

Verificar se todas as inserções e elementos embutidos no pavimento


(caixas-de-visita, ralos, tubos, etc.) estão montados com solidez e na
posição pré estabelecida em projecto;

Verificar, as cotas de pronto do pavimento e a cotas a que as caixas de


visita e/ou ralos, estão colocadas, bem como a correta execução de
eventuais pendentes.
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5.6-Betonagem

Esta fase do processo de execução corresponde à fase de maior importância,


pois é necessário controlar uma série de procedimentos, num espaço de
tempo relativamente curto, sem grande margem para erros. Os principais
trabalhos nesta fase são a descarga, espalhamento e controlo do betão, a sua
compactação e nivelamento e o acabamento superficial (com ou sem
endurecedor de superfície). Deste modo apresentam-se os principais aspectos
que se devem ter em consideração ao nível do controlo de materiais,
operações de acompanhamento durante a betonagem e na fase de
acabamento.

Preparação antes da betonagem, é aconselhável limpar qualquer depósito de


sujidade com uma escova ou jacto de água.

Aplicação A betonagem faz-se por métodos tradicionais, nomeadamente,


bombagem, balde com betão.

Figura15 ilustrando betonagem do pavimento misto betão e chapa de aço.

Recomendações durante a betonagem

Restringir a equipa a 4 elementos;


Depositar o betão o mais próximo possível do pavimento;
Evitar as acumulações/ montes de betão;
É recomendável a utilização de betão bombeado;
O betão deve ser moderadamente vibrado.

5.7-Processo de Cura

O betão nas idades jovens deve ser objecto de cura e protecção:


Para minimizar a retracção plástica;
Rega com água potável três vezes ao dia;
Para assegurar uma resistência superficial adequada;
Para assegurar uma durabilidade adequada na zona superficial;
Cobrir a superfície de betão com membranas impermeáveis;
Colocação de coberturas húmidas;
Manter a humidade da superfície visível do betão.
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Figura 16 cura e rega do betão

6-Ligação as paredes

É recomendável fixar a laje às paredes de suporte ao longo de todo o


perímetro do chão. Isso beneficia a rigidez e resistência sísmica do chão. A
operação pode ser feita de várias formas dependendo do tipo de construção.

Figura 17 mostrando modo de ligação nas paredes

8-Conclusão

No mundo da construção, as técnicas e processos construtivos estão em


constante evolução, com necessidade de optimizar prazos, melhoria de
aspectos técnicos de projecto de rapidez e simplificação de execução e no
controle de qualidade dos materiais.

As lajes mistas são assim um reflexo desses aspectos. Num contexto geral, as
razões para a sua utilização são:
A cada vez maior necessidade de racionalização dos processos
construtivos;
A existência de prazos muito reduzidos para a execução das estruturas;

A realização de edifícios cada vez mais altos com tecnologias cada vez
mais complexas;
A possibilidade de utilizar as chapas perfiladas como base de apoio, não
necessitando formas para betonagem;
A não necessidade de escoramento da laje, até determinado
comprimento de vãos.
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É neste contexto, que as lajes mistas chapa de aço-betão são soluções


interessantes, especialmente quando combinadas com estruturas metálicas.

Imagem de Edifícios construídos com pavimentos mistos em chapa de aço e


betão.

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