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PÓS GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE
ESTRUTURAS
ESTRUTURAS MISTAS
Prof. Laura Abreu, MSc.
Capítulo 12:
Lajes mistas de aço e
concreto
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
12.1. Considerações iniciais
• mais conhecidos:
→ laje mista
→ viga mista
→ pilar misto
Serão considerados:
• projeto e o dimensionamento
de lajes mistas de aço e concreto
simplesmente apoiadas na direção
perpendicular às nervuras e submetidas
a cargas que não provoquem fadiga e que
possam ser consideradas como
uniformemente distribuídas.
• Desvantagens:
→ eventual necessidade de maior quantidade
de vigas perpendiculares às nervuras da
fôrma para suporte da laje mista
(vigas secundárias)
→ a necessidade de utilização de forros
suspensos
• As fôrmas de aço devem ser fabricadas com chapas finas de aço estrutural que
atendam aos requisitos da norma brasileira ABNT NBR 14762:2011 e são
geralmente galvanizadas em ambas as faces. Em ambientes mais agressivos, pode-
se utilizar, além da galvanização, pintura apropriada na face exposta ao meio
externo. Outras proteções somente podem ser empregadas caso se demonstre por
estudos apropriados que a integridade da fôrma será mantida pelo período de tempo
desejado.
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
12.3. Produtos, materiais e dimensões
12.3.1. Considerações gerais
• O concreto deve ter altura mínima, tc, de 50 mm acima do topo das nervuras. Para
garantir a sua adequada interação com a fôrma de aço, deve possuir agregado
graúdo que não exceda os seguintes valores:
→ 040 tc, onde tc é a altura de concreto acima do topo das nervuras;
→ bF/3, onde bF é a largura média das nervuras das fôrmas trapezoidais;
→ 30 mm.
• Assim, comumente nas lajes mistas usa-se concreto com Brita 1, cuja maior
dimensão atinge 25 mm, e atende a todas essas exigências. Em algumas situações
especiais, nas quais existe muita armadura, utiliza-se Brita 0, que pode possuir
dimensão máxima de 12,5 mm.
• Em seguida, esses painéis devem ser fixados aos perfis de aço das vigas.
• Vãos duplos significam que a fôrma é contínua sobre dois vãos consecutivos, cada
um com o comprimento indicado na tabela dada.
• Nessa fase, a laje é sempre tratada como simplesmente apoiada, pois não é
previsto o uso de armadura negativa sobre as vigas de suporte (se essa armadura
fosse empregada, a laje seria contínua, e as tabelas deixariam de ser aplicáveis).
• Considera-se que:
→ o peso próprio da laje, importante para levantamento de cargas gravitacionais na
edificação, está com seu valor característico e foi determinado pressupondo-se
concreto com massa específica de 2.400 kg/m3
→ não existe um critério único para escolha da melhor solução de laje mista
em um piso
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Exercícios de aplicação
Laje mista de piso com vão de 3,20 m e sobrecarga de 4 kN/m2
Propõe-se dimensionar uma laje mista de piso considerando:
espaçamento entre as vigas secundárias igual a 3,20 m, conforme mostra a
figura a seguir,
sobrecarga característica de 4 kN/m²;
espessura da laje 140mm;
concreto de resistência característica à compressão ( fck) igual a 30 MPa.
determinar qual tela soldada de aço deve ser usada na laje para evitar fissuração
decorrente de retração ou variações de temperatura.
TRIPLO
ok!
ANTES DEPOIS
DA CURA DA CURA
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Exercícios de aplicação
Laje mista de piso com vão de 3,20 m e sobrecarga de 4 kN/m2
• Supondo-se, então, que a laje escolhida tenha sido a com fôrma MF-75 de altura
total de 140 mm, é necessário empregar uma tela soldada Q-75 ( 3,8 x 3,8 – 150 x
150) para evitar fissuras devidas à retração ou variações de temperatura, situada a
cerca de 20 mm da sua face superior.
QUADRUPLO
ok!
ANTES DEPOIS
DA CURA DA CURA
Para evitar ter que efetuar o dimensionamento completo das vigas para cada solução
possível neste exemplo, pede-se, simplificadamente a seguinte ordem de critérios em
busca do menor custo:
1) que se adote a fôrma de aço com a menor espessura possível, ou seja, 0,8 mm,
2) menor comprimento total de vigas secundárias, independentemente dos perfis a
serem utilizados nessas vigas;
Após encontrar a melhor solução, cumpre determinar qual tela soldada de aço deve ser
usada na laje para evitar fissuração decorrente de retração ou variações de
temperatura.
TRIPLO
não ok!
DUPLO DUPLO
não ok!
TRIPLO DUPLO
ANTES DEPOIS
não ok!
DA CURA DA CURA
TRIPLO TRIPLO
ok!*
ANTES DEPOIS
DA CURA DA CURA
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Simulação da distribuição mais econômica de vigas em piso de edificação
Solução com a colocação de vigas secundárias na direção do menor vão (MF-75):
• duas vigas secund.
LF = 15/3 = 5 m
TRIPLO
não ok!
DUPLO DUPLO
não ok!
TRIPLO DUPLO
ANTES DEPOIS
não ok!
DA CURA DA CURA
TRIPLO TRIPLO
ok!
ANTES DEPOIS
DA CURA DA CURA
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Solução com a colocação de vigas secundárias na direção do maior vão (MF-50):
não ok!
ok!
não ok!
ok!
Solução Final:
Solução com vigas secundárias na direção do menor vão:
• cinco vigas secundárias: LF = 2,5 m
• laje com fôrma MF-75 de altura total de 160 mm
Solução Final:
Segundo o critério que prevê o menor peso próprio da laje:
• solução com cinco vigas secund. na direção do menor vão (MF75/160mm)
– p.p. = 2,97 kN/m2
• solução com duas vigas secund. na direção do maior vão (MF50/140mm)
– p.p. = 2,74 kN/m2
Por esse critério, prevalece a solução com duas vigas secundárias na direção do
maior vão, que conduz a uma laje mista com altura total de 140 mm e fôrma MF-50,
com peso próprio de 2,74kN/m2. Éevidente ressaltar que não é recomendado variar
o tipo de steel deck nem a espessura do mesmo em uma mesma obra, mesmo
que o dimensionamento aponte soluções mais econômicas em situações diferentes.
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Exercícios de aplicação
Simulação da distribuição mais econômica de vigas em piso de edificação
• Na laje com fôrma MF-50 de altura total de 110 mm, é necessário empregar uma
tela soldada Q-75 ( 3,8 x 3,8 – 150 x 150) para evitar fissuras devidas à retração ou
variações de temperatura, situada a cerca de 20 mm da sua face superior.
OBS:
(balanço)
Região II
9m Lb
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Anexo A (normativo)
Anexo A (normativo)
Tempos requeridos de resistência ao fogo
c) estão isentas dos requisitos de resistência ao fogo estabelecidos nesta
Norma as edificações:
- cuja área total seja menor ou igual a 750 m2;
- com até dois pavimentos cuja área total seja menor ou igual a 1 500 m2 e carga de
incêndio específica inferior ou igual a 1 000 MJ/m2;
- pertencentes às divisões F-3, F-4 e F-7 das classes P1 a P3 (ver alínea f)), exceto as
regiões de ocupação distinta (nestas regiões devem ser respeitados os valores
fornecidos na tabela A.1);
- pertencentes às divisões G-1 e G-2 das classes P1 a P4 abertas lateralmente, com
estrutura em concreto armado
ou protendido ou em aço que atenda às condições construtivas do anexo D;
- pertencente à divisão J-1 das classes P1 a P4, com estrutura em concreto armado ou
protendido ou em aço;
LAJES MISTAS DE AÇO E CONCRETO
Anexo A (normativo)
Tempos requeridos de resistência ao fogo
d) estão isentas dos requisitos de resistência ao fogo estabelecidos nesta
Norma as edificações térreas, exceto quando:
1) a cobertura da edificação tiver função de piso, mesmo que seja para saída de
emergência;
2) a estrutura da edificação, a critério do responsável técnico pelo projeto
estrutural, for essencial à estabilidade de um elemento de compartimentação;
3) a edificação não tiver uso industrial, com carga de incêndio específica superior
a 500 MJ/m2 (excluem-se desta regra os depósitos);
4) a edificação tiver uso industrial, com carga de incêndio específica superior a 1
200 MJ/m2, observados os critérios de compartimentação constantes nas normas
brasileiras em vigor ou, na sua falta, regulamentos de órgãos públicos;
5) a edificação for utilizada como depósito com carga de incêndio específica
superior a 2 000 MJ/m2, observados os critérios de compartimentação constantes
nas normas brasileiras em vigor ou, na sua falta, regulamentos de órgãos públicos;
C.3.1.2.2 A espessura efetiva da laje deverá ser calculada pela seguinte fórmula:
onde as dimensões h1, h2 , l1 , l2 e l3 são definidas na figura C.7. Se l3 > 2l1 , a espessura efetiva deverá ser tomada
igual a h1.
C.3.1.3.1 Generalidades
C.3.1.3.1.3 Para cada sistema estático, as condições de ruína podem ser formuladas, se o momento
plástico e a geometria da laje são conhecidos. Com base nos procedimentos descritos nas subseções
seguintes, uma distribuição plástica de momento fletor pode ser estabelecida, como por exemplo na
figura C.8.
C.3.1.3.1.5 Para determinação da resistência ao momento fletor supõe-se que incêndio ocorra
sempre abaixo da laje.
q≥
+
8 Muv( −
+ Muv )
L2
− L2
Sem Muv ≤q ou
8
armadura
positiva M−
q≥ 8 uv
2
L
onde u1, u2 , e u3 são as distâncias em milímetro da armadura em relação à forma de aço, como
especificado na figura C.9. Os valores de u1 e u2 não podem ser inferiores a 50 mm e o de u3 não
pode ser inferior a 35 mm.