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Prof Romulo Sales

OBJETIVOS:
• Propriedades Mecânicas e sua Determinação
• Principais Ensaios Mecânicos Destrutivos & Não-
Destrutivos
•Ensaios Não-Convencionais
• Aplicações na Indústria do Petróleo
Bibliografia:
• 1. Van Vlack, L. H.; Principios de Ciencias dos Materiais;
Blücher, 1995.
•2. Doyle, Morris, Leach, Schrader; Processos de Fabricação e
Materiais para Engenheiros; Blücher, 1995.
•3. Chiaverini, Vicente; Tecnologia Mecância – VOL. I;
McGraw Hill do Brasil, 1997.
•4. Souza, Sérgio Augusto; Ensaios Mecânicos de Materiais
Metálicos, Blücher, 1982.
•5. http://www.abnt.org.br
•6. http://www.astm.org
•7. http://www.infosolda.com.br
•8. http://www.abende.org.br
Propriedades Mecânicas e sua Determinação
• Primeira propriedade – Resistência Mecânica
•Habilidade de resistir a forças mecânicas
•Outras propriedades:
Elasticidade, dutilidade, fluência, dureza e tenacidade
Exemplo da mola – resistência X carga
•Conceito de tensão: Força / Área [kgf/cm2]
•Conceito de deformação – Elástica X Plástica
•Lei de Hooke – Módulo de Young – T=E Є
T – Tensão
E – Mód Elasticidade
Є - Deformação
Propriedades Mecânicas e sua Determinação

• Realizada por meio de vários ensaios


Destrutivos – Ruptura ou Inutilização do Material
Tração, fadiga e impacto.
Não-destrutivos – Detecção de falhas internas
Raio X, ultra-som e elétrico

APLICAÇÃO
ENSAIOS RESISTÊNCIA
DE
MECÂNICOS ESFORÇOS
DO MATERIAL
ENSAIOS:
-DESTRUTIVOS:
-Tração, compressão, Fadiga, Cisalhamento,
Dobramento, Flexão, Embutimento, Torção,
Dureza, Fluência, Impacto.

-NÃO DESTRUTIVOS:
- Inspeção Visual, Raio X, Líquido
Penetrante, Partículas Magnéticas, Ultra-
som.
Generalidades

• Força => Corpo Sólido => Deformação-Direção


•Corpo de provas – Formas e Dim. Padronizadas
•Resultados – Comparados ou Reproduzidos
•Precisão => f(Aparelhos de Medição)
•Preparação do Ensaio
Colocação do Extensômetro
Fixação do CP
•Velocidade do Ensaio – 1 Kgf/mm2/s
Ensaio de Tração

Consiste em submeter o material a um esforço que tende a


alongá-lo até a ruptura.

• Tensão – Resistência interna de um corpo a uma força externa


aplicada sobre ele, por unidade de área.
•Deformação – Variação de uma dimensão qualquer desse corpo,
por unidade da mesma dimensão, quando esse corpo é
submetido a um esforço qualquer.
- Na prática – A’ = A
-Escoamento –> Aumento de Dureza
-- Encruamento
-CP Padrão:
-10 mm diâmetro
-- 50 mm comprimento
LIMITE DE RESISTÊNCIA

LIMITE DE RUPTURA

LIMITE ELÁSTICO LIMITE DE ESCOAMENTO


FD = 1,5 X FE

ESTRICÇÃO = DUCTILIDADE ABNT – NBR 6152

RELATÓRIO DE ENSAIO DE TRAÇÃO

RESILIÊNCIA – CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE ENERGIA QUANDO DEFORMADO ELASTICAMENTE.


TENACIDADE – CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE ENERGIA NA FAIXA PLÁSTICA DE DEFORMAÇÃO.
Ensaio de Compressão
•Valem as mesmas relações do ensaio de tração;
• Não é muito utilizado em metais – Avaliação de propriedades;
• Problemas – Atrito, flambagem, erros;
• Propriedades mecânicas mais avaliadas em materiais dúcteis:
Limite de Proporcionalidade;
Limite de escoamento;
Módulo de Elasticidade

•Propriedade mecânica mais avaliada em materiais frágeis: Limite de


resistência a compressão;
Ensaio de Compressão em Produtos Acabados

• Tubos (Achatamento) – Aparecimento de fissuras; Avaliação da ductilidade; Cordão de solda;

• Molas – Determinação da constante elástica; Verificação de resistência;


Ensaio de Cisalhamento
• Ensaios que resultam de esforços cortantes –
Perpendiculares ao eixo longitudinal;
• Estamparias, cortes de chapas, uniões soldadas, rebitadas
e aparafusadas;
• Propriedade avaliada – Resistência ao Cisalhamento;
Ensaio de Impacto
•Consiste em submeter o corpo de prova a força brusca e
repentina que irá rompê-lo;
• Velocidade de aplicação da força – Exemplo do impacto de um
tijolo sobre uma mesa com tampo de vidro;
• Fraturas produzidas por impacto:
Dúcteis: Aspecto Fibroso
Frágeis: Aspecto cristalino
Ensaio de Impacto
• São desejáveis materiais que absorvam e dissipem energia - Tenacidade;
• Fatores que influenciam o comportamento frágil dos materiais dúcteis:
Velocidade de aplicação da carga
Trinca ou entalhe no material
Temperatura suficientemente baixa
• Ensaio de impacto = Tendência de um metal em se comportar de maneira frágil;
• Ensaio de impacto = Medição da quantidade de energia absorvida pelo CP quando
submetido a um esforço de choque de valor conhecido;
Ensaio de Impacto
• Martelo pendular – Golpe desferido por um peso em
oscilação;
• A diferença entre as energias inicial e final
corresponde à energia absorvida pelo material;
Ensaio de Impacto
•Corpos de prova com entalhe: Charpy e Izod;
• Para ferros fundidos e ligas não-ferrosas fundidas sob
pressão – Norma E23 ASTM
• Corpos de prova Charpy:
• As diferentes formas de entalhe são necessárias para assegurar que haja
ruptura mesmo nos CP mais dúcteis;
• Quando não ocorrer ruptura, o ensaio deve ser repetido com entalhe mais
severo (A-B-C);
• CP Izod tem o mesmo entalhe do Charpy A localizado em posição não
centralizada;
• Charpy – CP apoiado – Golpe na face do entalhe
• Izod - CP engastado – Golpe na face oposta ao entalhe
• CP de fofo e ligas não-ferrosas não apresentam entalhes:

•As dimensões do CP, a forma e o entalhe determinam um


estado de tensões não uniforme, o que não possibilita um
valor quantitativo da tenacidade;
• A energia medida é um valor relativo, e serve apenas para
comparar resultados obtidos nas mesmas condições de
ensaio. Recomenda-se realizar o mesmo ensaio em 3 CP
diferentes.
• Ensaio de Embutimento

Principal Aplicação: Estamparia – Chapas Metálicas


Estampagem – Processo de conversão de chapas metálicas
em produtos sem trincas ou fraturas
A estampagem envolve dois tipos de deformações:

Estiramento – Afinamento da chapa


Estampagem – Conformação de acordo com a
matriz por meio de um punção
• Ensaio de Embutimento
• Ensaio de Embutimento
Característica Básica da Estampagem:
Ductilidade
Ensaios que avaliam a ductilidade:
Tração, compressão, dobramento, etc.
Por que fazer um ensaio específico para avaliar a ductilidade?
As diversas heterogeneidades apresentadas pelas chapas
metálicas – Exemplo: trincas, enrugamento, distorção
Os ensaios de embutimento são qualitativos e produzem
apenas uma indicação do comportamento que o material
apresentará durante o processo de fabricação
• Ensaio de Embutimento
• Ensaio de Embutimento

Realizado por meio de dispositivos acoplados a um equipamento


que transmite força.
A chapa a ser ensaiada é fixada entre uma matriz e um anel de
fixação.
Após a fixação, um punção aplica uma carga até a ruptura da
chapa.
Um indicador fornece a penetração do punção na chapa em
décimos de milímetros.
Além disso, a superfície da chapa indica a adequação do material
utilizado.
• Ensaio de Embutimento
Ensaio de Embutimento Erichsen – O punção tem cabeça
esférica de 20 mm de diâmetro, e a carga aplicada no anel de
fixação que prende a chapa é de cerca de 1000 kgf.
• Ensaio de Embutimento – Erichsen

O atrito entre o punção e a chapa pode afetar o resultado do


ensaio.
O punção deve ser lubrificado com graxa grafitada de acordo
com respectiva norma técnica.
O momento da ruptura pode ser acompanhado a olho nu, ou
pelo ruído característico da ruptura.
Caso a máquina seja dotada de um dinamômetro, o momento
da ruptura pode ser associado à queda brusca da carga no
momento da ruptura.
• Ensaio de Embutimento – Erichsen
A altura h do corpo é o índice de Erichsen do ensaio de
embutimento
• Ensaio de Embutimento – Olsen
Utiliza punção esférico de 22,2 mm e discos de 76 mm como
corpos de prova.
• Ensaio de Torção
Esforço de Torção – Ex. Parafusos, Virabrequim, eixos de
máquinas, polias, molas helicoidais, brocas, etc.

Dúctil

Frágil
• Ensaio de Torção
Automóvel:
Ponta do eixo ligada a roda
Ponta do eixo ligada ao motor
• Ensaio de Torção
Como a força do motor é maior que a resistência da roda, o
eixo tende a girar e movimentar a roda.
Esse esforço (Mt) provoca uma deformação elástica.

D Diâmetro
R Raio

θ Ângulo de Torção

L Comprimento

φ Ângulo de deformação
longitudinal
• Ensaio de Torção
Momento Torsor - Mt = F x d
F = Força Aplicada
d = distância

Efeitos da Torção
Produzir um deslocamento angular de uma seção em relação à
outra
Dar origem a tensões de cisalhamento nas seções transversais do
corpo:
T = (Mt . Ρ) / J , onde:
Ρ – Distância do centro do corpo à seção
J = Momento Polar de inércia
• Ensaio de Dureza

• Dureza – Qualidade ou estado de duro, rijeza


Duro –Difícil de riscar ou penetrar, sólido
• Dureza na área da mecânica:
Resistência à penetração de um material duro no outro
• Dureza na área de metalurgia:
Resistência à deformação plástica permanente
• Dureza na área da usinagem:
Resistência ao corte do metal

Primeiro Método de Ensaio de Dureza - Mohs:


• Ensaio de Dureza Brinell
Consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço
temperado, de diâmetro “D”, sobre uma superfície plana,
limpa e polida de um metal, por meio de uma carga “F”,
durante um tempo “t”, produzindo uma calota esférica de
diâmetro “d”.
• Ensaio de Dureza Brinell
Representada pelas letras HB (Hardness Brinell)
A dureza Brinell é a relação entre a carga aplicada (F) e área
da calota esférica impressa no material ensaiado (Ac):
• Ensaio de Dureza Brinell
Exemplo: Amostra submetida a ensaio de dureza Brinell
utilizando um esfera de 2,5 mm de diâmetro (D), e aplicou-se
uma carga (F) de 187,5 kgf, e o diâmetro de impressão (d) foi
de 1 mm:
• Ensaio de Dureza Brinell
Os cálculos anteriores são dispensáveis com o uso da
seguinte tabela:
• Ensaio de Dureza Brinell

Representação dos resultados obtidos:


85 HB 10 / 1000 /30
Dureza Brinell 85
Esfera de 10mm de diâmetro
Carga de 1000 kgf
Aplicação de 30 segundos
Observações:
Tempo de aplicação de carga: 15 a 60 segundos
Diâmetro (d) da calota obtido a partir da média de duas leituras feitas
á 90 o com tolerância de 0,06 mm
Vantagens:
Equipamento de fácil operação
Utilizado em:
Metais não ferrosos
Aço
Produtos siderúrgicos em geral
• Ensaio de Dureza Brinell
Desvantagens:
Limitado pela esfera empregada
Esferas de aço temperado só podem medir até 500 HB
A recuperação elástica é uma fonte de erros
Não deve ser utilizado em superfícies cilíndricas com raio de curvatura
menor que 5 vezes o diâmetro da esfera utilizada
• Ensaio de Dureza Brinell

Impressão normal

Erro de leitura
• Ensaio de Dureza Rockwell

Utilizado no mundo inteiro


Rapidez
Facilidade de Execução
Isenção de Erros Humanos
Detecção de Pequenas Diferenças de Durezas
Pequeno tamanho de impressão
• Ensaio de Dureza Rockwell
Carga de ensaio aplicada em etapas
Aplicação de Pré-Carga
Garantia de contato firme entre o penetrador e o material ensaiado
Aplicação da carga final
Leitura realizada diretamente num mostrador acoplado à
máquina de ensaio
• Ensaio de Dureza Rockwell
Os penetradores utilizados são:
Esférico (Esfera de aço temperado)
Cônico (Cone de diamante com 120o de conicidade)
• Ensaio de Dureza Rockwell
O valor indicado no final do passo 4 é a dureza rockwell
Este valor corresponde à profundidade alcançada pelo penetrador,
subtraídas a recuperação elástica do material, após a retirada da carga
maior, e profundidade decorrente da aplicação da pré-carga.
Profundidade produzida por um penetrador cônico de diamante
• Ensaio de Dureza Rockwell
O ensaio de dureza rockwell é realizado em dois tipos de
máquinas:
Máquina Padrão – Dureza Rockwell Normal – Avaliação geral de dureza – Divisão = 0,02
mm
Máquina de Maior Precisão – Dureza Rockwell Superficial – Avaliação de dureza em
lâminas, camadas superficiais ou folhas finas – Divisão = 0,01 mm
• Ensaio de Dureza Rockwell
Ensaio normal
Pré Carga – 10 kgf
Carga Maior – 60, 100, 150 kgf
Ensaio Superficial
Pré Carga – 3 kgf
Carga Maior – 15, 30, 45 kgf
Representação:
Símbolo HR (Hardness Rockwell)
Exemplo 64 HRC
Dureza 64
HR – Ensaio de dureza rockwell
C – Escala empregada

Profundidade de Penetração:
Importante para definir a espessura mínima do CP
Espessura mínima do CP ≥ 17 vezes a profundidade atingida pelo penetrador
• Ensaio de Dureza Rockwell
Medida aproximada da profundidade de penetração (P)
Penetrador de diamante
Normal – P = 0,002 X ( 100 – HR )
Superficial - P = 0,001 X ( 100 – HR )

Penetrador Esférico
Normal - P = 0,002 X ( 130 – HR )
Superficial - P = 0,001 X ( 100 – HR )
Exemplo: P (40 HRC) = 0,12 mm
P = 0,002 X ( 100 – HR ) = 0,002 X (100 – 40) = 0,12 mm
Espessura mínima do CP = 17 X 0,12 = 2,04 mm
• Ensaio de Dureza Vickers

Empresa fabricante das máquinas – Vickers-Armstrong


Baseado na resistência que o material oferece à penetração
de uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulos
entre faces de 136o, sob uma determinada carga.
Valor de dureza vickers (HV – Hardness Vickers) é igual ao
quociente entre a carga aplicada (F) pela área de impressão
(A)
• Ensaio de Dureza Vickers
Máquina de ensaio não fornece o valor da área de impressão da
pirâmide...
...fornece as diagonais (d1, d2) formadas pelos vértices opostos da base
da pirâmide através de um microscópio acoplado
• Ensaio de Dureza Vickers
Representação do resultado
440 HV 30
Dureza Vickers 440
Força de 30 kgf

Cargas Recomendadas
1, 2, 3, 4, 5, 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 kgf

Microdureza Vickers
Cargas inferiores a 1 kgf
• Ensaio de Dureza Vickers
Defeitos de impressão
Afundamento
Aderência do metal no penetrador
Impressão Imperfeita
• Ensaio de Dureza Vickers
Vantagens

Escala contínua de dureza


Todas as gamas de valores em uma única escala
Impressões pequenas que não inutilizam a peça ensaiada
Penetrador de diamante praticamente indeformável
Pode ser utilizado para medição de durezas superficiais
Aplica-se a materiais de qualquer espessura

Desvantagens

Erros de medida e , ou aplicação de carga afetam muito os valores


reais de dureza
Máquina de dureza Vickers requer aferição constante
• Ensaio de Fluência

“ Um produto construído para suportar


um esforço estático abaixo do seu limite
elástico vai durar para sempre?”
• Ensaio de Fluência
Não.....

Fatores a serem considerados:


Tempo
Temperatura
Movimentação de falhas na estrutura cristalina dos metais

O que é a fluência?
Deformação plástica que ocorre num material, sob tensão constante ou quase
constante, em função do tempo.

Alguns metais que exibem o fenômeno de fluência à temperatura


constante, porém a grande maioria à temperaturas elevadas.

Novas ligas de metais tem sido desenvolvidas a fim de evitar a ocorrência


deste fenômeno. Para testar estes novos materiais, devemos utilizar o:
• Ensaio de Fluência
Ensaios analisados anteriormente submetiam os CP a esforços durante
segundos, ou no máximo minutos
Aplicações:
Foguetes
Aviões
Refinarias de petróleo
Indústria química
Instalações Nucleares

TENSÃO TEMPO TEMPERATURA DEFORMAÇÃO

500o C 0,04%
3,5 kgf/mm2 1000 H
540o C
4%
• Ensaio de Fluência

Avalia-se a fluência de um material, na


maioria dos casos, sob esforços de tração,
com CP semelhantes aos utilizados naqueles
ensaios.

O CP é posicionado no interior de um forno


elétrico de temperatura constante e
controlável

Utiliza-se um extensômetro para medição da


deformação em função do tempo
• Ensaio de Fluência

Extensômetros são instrumentos de precisão


e não suportam altas temperaturas. Deve-se
utilizar hastes de extensão ligados aos CP.
A fixação do extensômetro pode provocar
marcas que possam induzir rupturas nos
pontos de fixação, levando à rejeição do
ensaio.
Termopar consiste em fios de materiais
diferentes, que unidos por solda, geram um
diferencial de potencia, quando as pontas
são submetidas à temperaturas diferentes.
• Ensaio de Fluência
O CP deve passar por um período de aquecimento até que
atinja a temperatura estabelecida.
Não pode ocorrer SUPERAQUECIMENTO
Aquecer o CP até 10oC abaixo da temperatura final durante
um período de 1 a 4 horas para completa homogeneização da
temperatura-PREAQUECIMENTO
Leva-se então o CP até a temperatura de ensaio
O aquecimento pode ser feito por:
Resistência elétrica
Radiação
Indução
• Ensaio de Fluência
Pirômetro é um aparelho que relaciona a diferença de potencial
gerada no termopar a uma escala de temperatura

A temperatura do CP deve ser medida em dois ou três pontos,


preferencialmente por meio de PIRÔMETROS, ligados aos CP
por TERMOPARES aferidos, de pequeno diâmetro

Utilizam-se 3 tipos de ensaio de fluência:


Ensaio de fluência propriamente dito
Ensaio de ruptura por fluência
Ensaio de relaxação
• Ensaio de Fluência
Ensaio de fluência propriamente dito:
Tem a mesma duração esperada da vida útil do
produto
Durações da ordem de 1000 horas ou a
EXTRAPOLAÇÃO dos resultados obtidos
A obtenção de resultados significativos implica em
diversos ensaios com diferentes cargas e
temperaturas
Objetivo do ensaio é determinar as tensões
necessárias para produzir uma deformação de 0.5,
1.0 ou até 2.0% por um dado período de tempo em
função da temperatura. Com isso determina-se a
vida útil e a máxima condição de uso do produto.
• Ensaio de Fluência
Ensaio de fluência propriamente dito
O resultado do ensaio de fluência é dado por uma curva de deformação
(fluência) pelo tempo de duração do ensaio
• Ensaio de Ruptura por Fluência
Semelhante ao Ensaio de fluência, sendo o CP
levado até a ruptura
Duração: 1000 Horas
É necessário ensaiar muitos CP com cargas
diferentes para obtenção de resultados
significativos
Deformação final:
Ensaio de fluência: Deformação do CP: 1%
Ruptura: Deformação do CP: 50%
Resultados:
Tempo para a ruptura do CP
Medida da deformação
Medida da Estricção
• Ensaio de Ruptura por Fluência
O gráfico deste ensaio relaciona carga com tempo de ruptura.
É construído a partir dos resultados de diversos testes
• Ensaio de Relaxação
Produz dados sobre velocidade de fluência e
tensão utilizando apenas um CP
Mantém-se a deformação constante por meio
da redução de tensão aplicada ao CP ao longo
do tempo
Resultados:
Queda de tensão ao longo do tempo que mantém
a velocidade de deformação constante
Duração de 1000 a 2000 Horas
Não tem relação direta com a prática e são
extrapolados empiricamente para situações reais
• Ensaio de Relaxação
Necessita de estreito controle de temperatura
pois pequenas flutuações provocam efeitos de
dilatação nos componentes da máquina de
ensaio, que podem alterar os resultados.
Restrinje-se às atividades de pesquisa e
desenvolvimento de novos materiais e ligas
metálicas
Importante para determinar as condições
seguras de uso de diversos materiais, produtos
e equipamentos
• Ensaio de Fadiga
Condições Normais
Produto sofre esforços abaixo do limite elástico, ou abaixo do
limite de proporcionalidade, que corresponde a tensão máxima
suportada pelo material.
Após algum tempo de uso normal:
repentinamente
sem aviso prévio
sem motivo aparente
OCORRE a Falha do produto...
O ensaio de resistência a fadiga é um meio de especificar
limites de tensão e de tempo de uso de um elemento de
máquina
• Ensaio de Fadiga
Fadiga é a ruptura de componentes, sob uma carga bem
inferior à máxima suportada pelo material, devido a repetição
de solicitações cíclicas
Inicia-se a partir de:
Trinca (nucleação)
Falha superficial
...que se propaga ampliando seu tamanho...
...até que o material não suporte mais o esforço...
...rompimento repentino da peça
• Ensaio de Fadiga
Fratura por fadiga:
Fibrosa na região da propagação da trinca
Cristalina na região da ruptura repentina
• Ensaio de Fadiga
Exemplo prático – Dobrar repetidamente um arame de aço
Tensão cíclica mais comum é caracterizada por uma função
senoidal
Número de Ciclos – Eixo das abscissas
Tensões – Eixo das ordenadas
Tensões de tração – positivas
Tensões de compressão - negativas
• Ensaio de Fadiga
O aparelho de ensaio de fadiga consiste num sistema de
aplicação de cargas, que permite a intensidade e o sentido do
esforço e, por um contador de número de ciclos
O teste é interrompido assim que o corpo se rompe
Solicitações:
Torção
Tração – Compressão
Flexão
Flexão – Rotativa
• Ensaio de Fadiga
• Ensaio de Fadiga
Ensaio mais usual – Flexão rotativa
Solicitações de flexão
Rotação em torno de um eixo
Sistema motriz com conta-giros
Rotação determinada e constante
• Ensaio de Fadiga
CP – Usinado e bom acabamento superficial
• Ensaio de Fadiga
Em geral, para cada nível de tensão, são testados 10 CP
Resultados apresentados numa curva de tensão por número
de ciclos (S-N)
• Ensaio de Fadiga
Fatores que influenciam a resistência à fadiga:
Superfícies irregulares, entalhes, aumentam a concentração de
tensões e provocam tensões residuais
Tratamentos superficiais
Composição, estrutura granular
Conformação mecânica
Tratamento térmico
Forma, descontinuidades, cantos vivos, mudança brusca de
sessões
• Ensaio de Fadiga
Fatores que melhoram a resistência à fadiga:
Evitar a concentração de tensões
Amortecimento de tensões contrárias
Controle de qualidade em defeitos metalúrgicos
Seleção de materiais de acordo com o ciclo de tensões:
Tensões cíclicas baixas – Alta ductilidade
Tensões cíclicas elevadas – Ligas com elevada resistência
mecânica
• Ensaio de Dobramento e Flexão

Esforço de Flexão – Deformação Elástica


Esforço de Dobramento – Deformação Plástica
• Ensaio de Dobramento
Consiste em dobrar um CP de eixo retilíneo e seção circular (maciça ou
tubular), retangular ou quadrada, assentada em dois apoios afastados a
uma distância especificada de acordo com o CP, por meio de um cutelo,
que aplica um esforço perpendicular ao eixo do CP, até que seja atingido
um ângulo desejado
O valor da carga não importa
Ângulos de 90, 120 e 180o
Ao final do ensaio o material NÃO deverá apresentar trincas, fissuras ou
fendas
• Ensaio de Dobramento
O dobramento pode ser:
Livre
Semiguiado
Em construção civil
Dobramento de barra
Semiguiado
180o
CP soldados
Chapas e tubos soldados
Alongamento da face soldada
• Ensaio de Flexão
Medição de deformação – FLEXA
Utilização de Extensômetro no CP
Propriedades Mecânicas:
Momento fletor
Tensão de Flexão
• Ensaio de Flexão
Dado um CP:
Seção circular
Diâmetro – 50 mm
Comprimento – 685 mm
Flexa – 1,66 mm
Carga -1600 N
• Ensaio de Impacto a Baixas Temperaturas
A temperatura influencia a resistência dos materiais ao choque
Temperatura de transição é aquela na qual a energia absorvida
pelo CP cai apreciavelmente
Dúctil para frágil, ou vice-versa

ENERGIA TEMPERATURA (O C)
ABSORVIDA (J)
17 25

16 -23

-26
3
• Ensaio de Impacto a Baixas Temperaturas
Temperatura T1 – 70% Dúctil 30% Frágil
Temperatura T3 – 30% Dúctil 70% Frágil
Temperatura de Transição – T1-T3
• Ensaio de Impacto a Baixas Temperaturas
Fatores que influenciam a temperatura de transição:
Tratamento térmico – (-)
Tamanho de grãos – (+)
Encruamento – (+)
Impurezas – (+)
Elementos de liga – (-)
Resfriamento do CP
Tanque com nitrogênio líquido por 15 minutos
Mistura de álcool e gelo que pode atingir menos de - 70o C
• Ensaios Visuais
Primeiro dos END
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
Não deixam marcas
Podem ser realizados em produtos acabados
Principal instrumento – A VISÃO
DESCONTINUIDADES X DEFEITOS
• Ensaios Visuais
Ilusão de Ótica

Utilizar instrumentos que permitam dimensionar as descontinuidades


Régua
Espelhos
Microscópios e Lupas
Câmeras de TV em circuito fechado
Paquímetro, micrômetro, goniômetro, ...
• Ensaios Visuais
• Ensaios Visuais
Fatores que podem influenciar na descontinuidades no ensaio
visual:
Limpeza da superfície
Acabamento
Iluminação e posicionamento
Contraste
• Ensaios Visuais

Relatório de Boroscopia da
Turbina GE LM 2500 da
Corveta Júlio de Frontin da
Marinha do Brasil, realizado
pelo Arsenal de Marinha do
Rio de Janeiro
• Líquidos Penetrantes (LP)
Detectar descontinuidades abertas nas superfícies das peças
como trincas, poros e dobras, cujas etapas são:
Preparação e limpeza da superfície
Aplicação do LP
Remoção do excesso de LP
Revelação
Inspeção
Limpeza
• Líquidos Penetrantes - Preparação
• Líquidos Penetrantes
Tempos de aplicação em minutos
• Líquidos Penetrantes
Vantagens
Simplicidade
Treinamento rápido de operadores
Não há limitações de tamanho, forma ou tipo de material
Podem revelar descontinidades de 0,001 mm
Limitações
Apenas descontinuidades abertas e superficiais
A superfície não pode ser porosa ou absorvente
• Líquidos Penetrantes
Tipos de LP
Fluorescente
Visíveis Coloridos
Reveladores
Pó seco
Aquoso
Úmido não aquoso
• Partículas Magnéticas
Detecta descontinuidades superficiais e subsuperficiais até
aproximadamente 3mm de profundidade em materiais
ferromagnéticos
Campo magnético: região que circunda o imã e está sob efeito
de forças magnéticas
• Partículas Magnéticas
Campo de fuga: Repulsão das linhas de fluxo magnético
Partículas magnéticas: Óxidos de ferro com propriedades
magnéticas
Etapas do ensaio:
Preparação e limpeza
Magnetização
Aplicação das partículas magnéticas
Inspeção e limpeza
Desmagnetização
• Partículas Magnéticas

Magnetização por indução de campo magnético


Bobina eletromagnética
• Partículas Magnéticas
Magnetização por yoke

Condutor Central
• Partículas Magnéticas
Magnetização por passagem de corrente
Eletrodos

Contato Direto
• Partículas Magnéticas
Técnicas de ensaio
Campo contínuo – PM aplicadas quando a peça está sob efeito do
campo magnético. Não há magnetismo residual.
Campo residual – Necessário desmagnetizar a peça
Varredura – Toda a peça submetida ao campo magnético
Métodos de ensaio
Forma de aplicação
Via seca: pó
Via úmida: suspensa em líquido
Forma de inspeção
Visíveis: Luz branca
Fluorescentes: Luz negra
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Partículas Magnéticas
• Ultra-Som
Sons com freqüência superior a 20kHz
Cristais piezoelétricos produzem o ultra-som utilizado nos END
Vantagens
Localização precisa das descontinuidades
Alta sensibilidade
Resposta imediata
Desvantagens
Treinamento do operador
Calibração precisa do equipamento
• Ultra-Som
Ultra-som emitido pelo transdutor percorre o material a ser
ensaiado
O transdutor converte energia elétrica em energia mecânica de
vibração (ultra-som)
Acoplante é o elemento de ligação entre o transdutor e a peça
• Ultra-Som
Quanto ao tipo de acoplamento, o ensaio de US pode ser:
Contato direto – Acoplante em pequena quantidade entre a peça e o
transdutor (cabeçote)
Imersão – Peça e cabeçote mergulhados num líquido (exemplo
água) obtendo-se um acoplamento perfeito
• Ultra-Som
Técnicas de ensaio US
Transparência
Pulso-eco
• Ultra-Som
Técnicas de ensaio US
Transdutor angular
Duplo-cristal
• Ultra-Som
Técnicas de US

TÉCNICA CARACTERÍSTICAS DESVANTAGENS


TRANSPARÊNCIA •Processos automáticos •Não recomendada em
•Grandes produções processos manuais

PULSO-ECO • Processos manuais • Sujeito a falhas em defeitos


superficiais

DUPLO-CRISTAL • Peças com pouca espessura -----


• Falhas subsuperficiais

TRANSDUTOR • Acoplamento Perfeito -----


ANGULAR • Ensaios de cordões de solda
• Ultra-Som
Osciloscópio realiza as medições de tempo:
Chapa de aço com espessura de 50mm
Velocidade de propagação do som no aço – 5920 m/s
Espaço (S) = Velocidade (V) X Tempo (t)
t = S/V = 50mm / 5920 m/s = 16,8 us (micro seg)
Sinais elétricos do transdutor são tratados eletronicamente no
osciloscópio e apresentados na tela
Vê-se na tela:
Ordenda (y) – Intensidade do sinal elétrico de saída e retorno
Abcissa (x) – Intervalo entre a emissão e recepção do pulso
Compara-se as alturas e distâncias entre os pulsos na tela com
valores conhecidos, ajustados na CALIBRAÇÃO do equipamento.
• Ultra-Som
Calibração
Espessura = 50mm
Bloco Padrão = 100mm
10 divisões de 10mm
t= 16,8us –> E=50mm
Quanto maior a distância
percorrida dentro da peça
menor a intensidade do sinal de
Retorno devido a absorção de
Ultra-som pelo material
• Ultra-Som
Realização do US: Bloco lamindado de aço 80x40x40mm
Escolher a técnica de ensaio – Pulso-Eco
Transdutor normal
Bloco de calibração V1 de aço (BC)
“MESMO MATERIAL DO BLOCO A SER ENSAIADO”
Critério de aceitação – DESCONTINUIDADES > 1,5mm
Ajuste da escala do osciloscópio – 0 a 100mm
Divisão (k) = 10mm – 100mm/10 div
Acoplar o transdutor sobre o BC
• Ultra-Som
Realização do US: Bloco lamindado de aço 80x40x40mm
Ajuste de sensibilidade
Elaboração da curva de atenuação – Utilização de um CP com furos
de 1,5mm
Localização das descontinuidades movimentando lentamente o
transdutor sobre a superfície a ser ensaiada, chamada VARREDURA
A varredura deve ser realizada pelo menos em duas superfícies da
peça
OBSERVE QUE S4 ESTÁ ABAIXO DA CURVA DE ATENUAÇÃO!
• Ultra-Som
• Ultra-Som
• Ultra-Som
• Ultra-Som
• Radiografia Industrial (Raio X)
Doses de radiação 10 X maior que nas análises clínicas
Segurança – Item Fundamental
Fonte emissora de radiação - Material a ser ensaiado – Filme
Parte dos raios emitidos é absorvida pelo material, a outra
parte o atravessa, sensibilizando o filme, e produzindo nele uma
imagem do material ensaiado
• Radiografia Industrial
Aplicações:
Gasodutos transportando gás combustível entre refinarias
Caldeiras fornecendo vapor a alta pressão em indústrias, hospitais,
navios
Soldagens de alta confiabilidade
Formas de radiação eletromagnética de natureza ondulatória:
Raios gama – Gamagrafia
Raios X
Comprimento dessas ondas é menor que o da luz visível
• Radiografia Industrial
Quantidade de radiação que atravessa o material ensaiado
varia de acordo com a espessura, densidade, e freqüência de
radiação
• Radiografia Industrial

Propriedades dos raios X e Gama:


Propagam-se em linha reta à velocidade da luz – 300.000 km/s
Produzem luz em substâncias fluorescentes
Provocam o escurecimento de filmes fotográficos
Tornam o ar e outros gases condutores de eletricidade
Não são desviados por campos magnéticos
Possuem vários comprimentos de onda
Causam sérios danos a saúde
• Radiografia Industrial
Raios X são gerados ao se acelerar, por meio de uma fonte
externa de energia, os elétrons de um cátodo. Esses elétrons
saem em alta velocidade ao ânodo. Ao colidirem com o ânodo,
esses elétrons penetram na eletrosfera do metal do ânodo,
causando sua instabilidade, com grande liberação de calor e
ondas eletromagnéticas – RAIOS X, com tensões de 80 a 500
kV
• Radiografia Industrial

Filme semelhante ao clínico coberto em ambas as faces por


emulsão de sais de prata – Brometo de prata – AgBr
Depois que o filme é exposto à radiação, os grãos dos sais de
prata reagem quimicamente em contato com o revelador,
transformando-se em prata metálica enegrecida, cuja imagem
aparece na chapa radiográfica
O filme radiográfico deve ser escolhido em função do ensaio a
ser realizado
• Radiografia Industrial

Propriedades do filme radiográfico:


Densidade radiográfica: grau de enegrecimento registrado no
filme em função da exposição
Contraste da imagem: diferença de densidade entre as regiões do
filme
Velocidade do filme: taxa em que ocorre a sensibilização dos grãos
de sais de prata. Filmes com grãos maiores necessitam menor tempo
de exposição
Granulometria: tamanho dos grãos nos sais da emulsão. Quanto
menores os grãos, maior a nitidez
• Radiografia Industrial
Sensibilidade radiográfica: controle da densidade da imagem,
evitando defeitos
Penetrômetros ou indicadores de qualidade da imagem (IQI),
são lâminas de diversas espessuras ou fios de diversos
diâmetros para verificação de sensibilidade radiográfica
O IQI deve ter 2% da espessura da peça e precisa ser visível
na radiografia
• Radiografia Industrial
Ionização – Processo que torna o ar condutor de
eletricidade
Ionização (I) – [uC/kg]
1 uCoulomb/quilograma é a intensidade de radiação
necessária para produzir uma ionização equivalente a
uma unidade eletrostática de carga, conhecida como
Coulomb em um quilograma de ar, à temperatura de
20oC e a pressão atmosférica.
Lei do Inverso do quadrado da distância:
(I1/I2) = (d22/d12)
I1
I2
d2
d1
• Radiografia Industrial - Equipamento
• Radiografia Industrial
Classificação dos filmes radiográficos

Seleção de filmes radiográficos (Tipo de Filme)

Telas intensificadoras de Imagens (Écrans)


Reduzir o tempo de exposição e aumenta a nitidez
• Radiografia Industrial
Curva de tempo de exposição
Quantidade de radiação recebida é proporcional à
miliamperagem e a voltagem aplicadas ao tubo de
coolidge
Tempo de exposição afeta a sensibilização do filme
Curvas de tempo de exposição fornecidas pelo
fabricante do equipamento
Cada equipamento possui curva específica
Seleção do filme radiográfico é um compromisso
entre a qualidade requerida, seu custo, e o tempo
de exposição
• Radiografia Industrial
Curva de tempo de exposição
Dado uma chapa com 10 mm de espessura, e
cordão de solda de 2,5 mm, a espessura total de
12,5 mm aponta para a curva C (100 kV), a qual
indica um tempo de exposição de 10 minutos.
Considerar também:
Filme de alta velocidade e médio contraste (tipo 3)
Instensidade de corrente no tubo de 15mA
Distância filme/foco (dff) de 700 mm
Densidade radiográfica a ser obtida de 2 a 2,2
Espessura do écran de 0,02 mm (frente e verso)
Tempo de revelação 20 min – 20o C
• Radiografia Industrial
Curva de tempo de exposição
• Radiografia Industrial
Preparação do ensaio
Montagem do chassi suporte em câmara escura

Montar o sistema no bunker

Fechar a porta do bunker (sistema de segurança)


• Radiografia Industrial
Realização do ensaio
Regular o equipamento de radiografia industrial:
Tempo: 10 min
Voltagem: 100 kV
Amperagem: 15 mA
Acionar o sistema de segrança (níveis de radiação dentro dos
padrões de segurança exigidos pelas normas vigentes)
Ligar a refrigração do tubo
Acionar o START (ligar o equipamento e aguardar o tempo
estimulado)
Aguardar o tempo determinado
Desligar a máquina
Retirar o chassi do bunker
• Radiografia Industrial
Realização do ensaio
Revelar o filme em câmara escura
Verificação da qualidade da radiografia num equipamento chamado
NEGATOSCÓPIO
Analisar as seguintes características
Densidade radiográfica
Nitidez da imagem do IQI
Verificar a existência de defeitos que invalidem os resultados
Análise da radiografia industrial comparando-a com padrões
radiográficos estabelecidos em respectivas normas técnicas
Emissão de laudo do ensaio (parecer técnico)
Arquivamento
• Radiografia Industrial
• Radiografia Industrial
• Radiografia Industrial
• Radiografia Industrial (Raio Gama)

Isótopos emitem radiações gama caracterísiticas do elemento


emissor
Cada isótopo tem sua emissão específica quanto à quantidade
de energia e ao comprimento de onda
A quantidade de energia emitida por um isótopo radioativo é
medida em eletron-Volt (eV)
1eV é a energia adquirida por um eletron quando acelerado em
um diferencial de potencial (ddp) de 1V
Raio X – Emissão de radiação cessa quando se desliga o
equipamento
Raio Gama – Emite radiações continuamente
• Radiografia Industrial (Raio Gama)

Raios Gama não necesitam de energia elétrica podendo ser


usado remotamente
Comparadao ao Raio X, o raio Gama (Gamagrafia):
Mais simples
Menor custo inicial
Menor manutenção
Necessita blindagem devido a emissão contínua
Mesma aplicabilidade
Pode ser utilizado em locais que o raio X não é
acessível
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
Escolha do Isótopo considerando a espessura da peça a ser
ensaiada para os ensaios de raio X e Gama:

Equipamento
Básico
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
Descrição do Equipamento Básico:
Blindagem: absorve a radiação emitida pela fonte
Mangote: tubo que conduz a fonte radioativa até o ponto
determinado para irradiação
Comandos: permitem o acionamento e o controle da fonte
Preparação para o ensaio:
Procedimentos semelhantes ao RX
Considere uma chapa de aço de 300mmx250mmx20mm
Tempo de exposição: Gráfico específico para cada isótopo
Fator de exposição (FE)
Densidade Radiográfica
Espessura da peça (20 mm)
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
Preparação para o ensaio:
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
Preparação para o ensaio:
Isótopo radioativo: Irídio 192 (mais seguro que o Césio)
DFF(dist filme foco): 70cm
Densidade: 2,0 (usual)
Atividade inicial da fonte: 20.000 mCi (miliCurie)
Documentação da fonte: 75 dias
Atividade atual da fonte: 10.000 mCi (50%)
Fator de Exposição (FE): 90 (Gráfico 2)
D=2,0 / Espessura = 25 mm (20mm + 5mm solda)
Tempo de Exposição:

Isolamento da área
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
Realização do Ensaio
Montar o chassi (filme, tela, etiqueta em câmara escura)
Posiciomar peça, chassi, IQI (Indicador de qualidade de imagem) e
o irradiador
Acionar o sistema de segurança
Acionar os comandos do equipamento para iniciar a exposição pelo
tempo calculado
Recolher a fonte e o irradiador
Revelar o filme
Analisar o filme no negatoscópio
Emitir laudo
Arquivar
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
Aspecto da gamagrafia
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
• Radiografia Industrial (Raio Gama)
• Radiografia Industrial (Raio Gama)

Ampliação de uma trinca detectada por Raio Gama


• Radiografia Industrial (Raio Gama)

Relatório de Ensaio Radiográfico


• Proteção Radiológica
Danos desde queimaduras, câncer, e alterações nos códigos
genéticos das células
Órgão responsável pela determinação e execução da política de
radioproteção:
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear
Dose máxima permissível de radiação é determinada pelas
normas internacionais de proteção radiológica
Dosímetro pessoal – Detetor individual de bolso que me de as
doses de radiação
Intensidade da radiação diminui proporcionalmente com o
quadrado da distância
A DISTÂNCIA DE BALIZAMENTO DEVE SER
RIGOROSAMENTE RESPEITADA
• Ensaios Não Destrutivos
• Testes de Qualificação – Marlim
Qualificação das Estruturas
Riser de Topo – 283.50001
Riser de Fundo – 283.50008
• Testes de Qualificação – Marlim
• Testes de Qualificação – Marlim
• Testes de Qualificação – Marlim

Riser 283.50001
Pressão Interna
Compressão Mecânica Radial
Pressão e Tração Combinadas
Riser 283.50008
Compressão Mecânica Radial
Pressão Externa
Colapso Hidrostático
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
O CP é posicionado horizontalmente sobre
suportes e cheio de água. Uma das extremidades
do CP será fixada e a outra livre para expandir e
girar. Serão monitorados:
Pressão interna
Deformação diametral
Deformação longitudinal
Rotação
Serão registrados
Pressão de explosão
Mecanismo de falha e localização
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
Pressurizar o CP (≤10MPa/Min) acima da pressão interna de
projeto (exemplo 207 Bar).
Ao atingir 207 Bar registrar:
Deformação longitudinal
Deformação diametral
Rotação
Despressurizar o CP e realizar novas medições
Pressurizar até a falha (≤10MPa/Min) e registrar:
Pressão de explosão
Mecanismos de falha e localização
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Interna
• Testes de Qualificação – Marlim
Compressão Mecânica Radial
O objetivo do teste é avaliar a resistência estrutural das cargas de
compressão radial e tração encontradas na condição de lançamento
dos risers e flowlines
O CP será posicionado numa bancada composta de 4 sapatas
dispostas à 90o
Os seguintes parâmetros serão monitorados:
Diâmetro Interno
Tração
Compressão radial
O CP será tracionado até a tração máxima de lançamento de 2650
kN, a uma taxa máxima de 300 kN por minuto, e mantidas
constante (+/- 4%) durante todo o teste
• Testes de Qualificação – Marlim
Compressão Mecânica Radial
O CP será gradualmente comprimido radialmente, a uma taxa
máxima de 100 kN por sapata por minuto, até atingir 1000 kN por
sapata
A compressão radial será constante, por pelo menos uma hora
Os parâmetros serão registrados, a estrutura descarregada, e os
valores residuais registrados
• Testes de Qualificação – Marlim
• Testes de Qualificação – Marlim
• Testes de Qualificação – Marlim
• Testes de Qualificação – Marlim
Pressão Externa
Utilizar o mesmo CP do teste de compressão
mecânica radial abrindo uma janela que permita a
entrada da água
Procedimento
O CP é colocado vazio no interior da câmara
hiperbárica
Pressurizar a câmara com água até 1,1 vezes a
pressão externa de projeto e mantê-la por 24
horas
Critério de aceitação
Nenhum vazamento na selagem interna da
estrutura
• Testes de Qualificação – Marlim
• Testes de Qualificação – Marlim
Teste de Colapso Hidrostático
Procedimento
O CP é colocado vazio no interior da câmara
hiperbárica
Pressurize a CH até a pressão de colapso
hidrostático à uma razão de 10 MPa/min
Registrar
Pressão de colapso hidrostático (Ver EngDataSheet)
Falha e localização
Critério de aceitação
Pressão de Colapso Hidrostático ≥ 1,5 X Pressão Ext
• Testes de Qualificação – Marlim
Teste de Colapso Hidrostático
• Testes de Qualificação – Marlim
Teste de Colapso Hidrostático
• Testes de Qualificação – Marlim
Deep Water Imersion Performance - DIP Test
Simular condições extremas na máxima profundidade de
operação
• Testes de Qualificação – Marlim
DIP Test
• Testes de Qualificação – Marlim
DIP Test
• Testes de Qualificação – Marlim
DIP Test
Campos de Marlim e Roncador
Riser de 8” – Estrutura 203.50137
Amostra de 100m
LDA 1500m
Problemas identificados:
Bird Cage – Gaiola de Pássaro
Aplicação incorreta das fitas sobre as armaduras
• Testes de Qualificação – Marlim
DIP Test
• DIP Test – Dissecação do CP
• DIP Test – Dissecação do CP
• Ensaio de Fadiga
Armaduras e camada zeta através da variação de tração e
curvatura
Procedimento
Teste hidrostático
Pressurizar internamente o CP (24 horas)
Teste dinâmico
Pressurizar internamente o CP
Realizar ciclos de carga e curvatura
Após o teste END (gamografia) para certificar não ter
ocorrido falha no stiffener
• CP após ensaio de pressão e tração combinados – Riser
de 6”

Falha após aprovação


Pressão (Bar) Tração (kN)
207 2306

205.4 3737
Aliviador P-40
P-38

Oleoduto

Árvore
de Natal

Gasoduto

Reservatório
P-40
• Tensões Residuais
– Tensões internas que são retidas após deformação térmica
ou mecânica (Van Vlack). Ex: Soldagem, fundição
• Tratamento térmico de aços (Alma Dúctil X Sup Dura)
– Objetivo: melhorar ou modificar suas propriedades para
alguma operação ou serviço:
• Alívios de tensões após trabalho a quente ou frio
• Melhoria da usinabilidade
• Aumento da resistência à tração e dureza
• Melhoria da dutilidade e resistência ao choque
• Modificação de propriedades elétricas e magnéticas
• Aumento da resistência ao calor e corrosão
– Recozimento
• Normalização (Resfriamento ao ar)
• Recozimento Pleno (Resfriamento controlado)
• Alívio de tensões (430 a 680oC)
– Tempera (água, óleo, sal líquido – salmoura)
– Revenido (Reaquecimento pós tempera)
– Nitretação – Cercar a peça com Nitrogênio (900oC)
– Cementação – Aumento do teor de C na superfície
• PIG
– Equipamentos capazes de mensurar e desobstruir
dutos de petróleo, além de detectar falhas, dentre
as quais corrosão e redução de espessura,
localizando assim as regiões mais críticas do duto.
– PIGs executam:
• Limpeza do duto (escovas / placas de borracha)
• Registro de informações (Instrumentado – Sensores /
Odômetro)
• Inspeção da geometria interna do duto (geométrico –
placas)
• Verificação de espessuras (Sensor Magnético)
Até Breve!

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