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.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAUlO


DE ENGENHARIA DE CARlOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ElÉTRICA

LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE

MILSON TADEU CAMARGO SILVA


PAULO DE MENEZES WOLF

SÃO CARLOS, 1986


PUBLICAÇÃO 074/91
REiMPRESSÃO
NORMAS E CRIT~R~OS DE AVALIAÇAO DO LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE

1) Todos os alunos deverão ter um Caderno de Laboratório. No


final de cada aula o professor por~ seu visto neste.
2) Em todas as experiências existe um Question~rio PR~-LABORA-
TÓRIO, o qual deve ser respondido e entregue ao professor
no início de cada aula. O valor deste questionário é 1,0 po~
to. A não entrega deste question~rio implica na não realiza
ção da experiêncra pelo aluno.
3) O professor circulará durante a aula sua própria 1 ista de
presença, a qual dever~ ser assinada pelos alunos. Nomes
constantes no relatório e que nao constam na 1 ista terao
consequentemente nota zero.
4) O aluno poderá repor apenas uma experiência perdida, sendo
que esta reposição ser~ na semana que sucede o término da ex
periência e no horário normal das aulas.
4) Cada grupo de dois ou três alunos deverá entregar na aula
seguinte a da realização da experiência um relatório.As no~

mas de como escrever este relatório devem ser seguidas rigi


damente. O valor'deste relatório é 9,0. Relatórios entre-
gues fora do pra~o terão uma multa de 0,9 ponto por dia de
atraso.
6) O laboratório tem peso 50% nesta disciplina. No Laboratório
a PROVA EXPERIMENTAL tem peso 70%, enquanto o RELATÓRIO 30%.
A nota mínima na Piova experimental para -
aprova~ao
-
e 5,0.
EM HIPÓTESE ALGUMA HAVERA PROVA SUBSTITUTIVA. A data desta
prova será marcada em comum acordo com os alunos na primei-
ra semana de aulas.
7) Os alunos aprovados no Laboratório mas reprovados na Teoria
ou vice-versa terão suas notas arquivadas apenas por um se-
mestre, findo este prazo deverão novamente cursar o Labora-
tório ou a Teoria.

Milson T. C. Silva
Paulo M. Wolf
NORMAS DE RELATÕRIOS DA DISCIPLINA LABOR:A.TÕRIO DE ELETRICIDADE

I - O RELATÕRIO

O relat6rio deve conter os seguintes ftens:

1.1. APRESENTAÇÃO
1 • 2 . !ND ICE .
1.3. SUM!RIO
1.4. DESENVOLVIMENTO
1.5~ AP~NDICE
1.6. BIBLIOGRAFIA

1.1 -APRESENTAÇÃO

Na pigina de rosto do relat;rio deve constar:

1 .1 .1 - Unidade· em que. e·s tu da


1.1.2 - Curso
1.1.3 -Turma
·1.1.4 - N9 e título da experiência
1.1.5 - Autores
1.1.6 -Data da realização

1.2 - !NDICE
As diferen~es seç~es e parigrafos do texto devem figurar
no Índice com seus respectivos tftulo~ e sub-tltulos(ca-
so haja necessidade) e n9 da pigina onde se encontra~pro­
porcionando visão geral do t.exto e fici1 ace·sso ã qualquer
parte do relatório.

1.3 - SUM!RIO

O sumiria, ou resumo, deve informar, em linhas gerais, o


que e realizado no trabalho, dando uma idéia condensada do
que e tratado no relatório.
Deve informar quais foram as finalidades, técnicas de me-
dida e conclus~es relevantes.
A redação do sumiria deve ser objetiva e fluente, ressal-
tando s6mente o que e relevante para a compreensao da ex-
periência e o enfoque pelo qual foi tratado.
Deve ser escrito por Último, depois que se tem uma visão
completa dos objetivos e resultados obtidos.
Sua apresentação deve ser concisa e de tamanho reduzido.

1.4 - DESENVOLVIMENTO

Neste item deve constar o que for necess~rio para uma pe~
feita apreciação do ~rabalho.
Pode ser subdividida em:

1.4.1. Introdução

Onde d~ve constar a importância e a apresentaçao


clara e específica dos objetivos do trabalho.

1.4.2. Parte Teórica


-
A parte teórica do relatório na o deve ser uma sim-
ples cópia de livros ou notas de aulas, nem tampo~
co um formulário. Deve ser uma apresentaçao conc1-
sa, realizada com suas prÓprias palavras, de resul
tado de seus estudos sobre o assunto.

1.4.3. Parte Experimental

Neste tópico devem ser descritos os equipamentos e


materiais utilizados e qs métodos empregados.
Todas as descriçÕes devem vir acompanhadas de fig~
ras (esboço ou esquema) com n9 e legenda. Nos es-
quemas elétricos devem constar os valores dos com-
ponentes no prÓprio esquema. Os esquemas de inter-
conexão entre os diversos aparelhos de medida tam-
bém devem ser relacionados.

1.4.4. Resultados

Este item reservado a apresentaçao de tabelas, gr~

ficas e conclusões das perguntas do q~estionãrio.


As tabelas devem conter simbologia referente às v~
riãveis envolvidas, bem como respectivas unidades.
As tabelas devem ser numeradas e possuir título au
to-explicativo assim como o circuito a que se refe
re.
-4-

Se há alguma variável calculada 7 um exemplo do·


cálculo da mesma pode ser apresentada no Ítem
APfNDICE.
Os gráficos precisam ser confeccionados em pa-
pel apropriado observando-se os seguintes itens~

a) Titulo
b) Origem ou ponto de referência e escàlas dos
eixos.
c) Circuito ou sistema a que se refere.
d) Nome das variáveis dos eixos e unidades.

1.4.5. ConclusÕes

Neste item devem ser apresentadas resumidamente


as principais conclusÕes de trabalho. A leitura
da Introdução, onde constam os objetivos, e CON-
CLUSÕES deve dar ao leitor uma percepção global
do trabalho.
Assim, deve conter basicamente:
a) critica dos resultádos obtidos
b) dificuldades encontradas
c) avaliação e sugestÕes

1.4.6. Lista de Material e Equipam~nto

Caso não tenha sido relacionado nos diagramas


elétricos, os valores e tipos de componentes
devem constar deste item.
Também relaciona-se os aparelhos utilizados nas
medidas, se possível com nome do fabricante,ti-
po, n9 d~ série, tolerincia, etc~ .• Isto e 1m-
portante poís poderá sanar- algumas dÚvidas no
momento da confecção do. relatório. Pode-se tam-
bém reproduzir a experiência com o mesmo ou com
·outro aparelho que, suspeita-se, seja o possível
causador de erros.

1.5 - APfNDICE
Neste Ítem podem constar, basicamente:
a) exemplos de cálculos
b) deduçÕes teóricas
c) outros
-5-

No APfNDICE deve constar tudo o que :tor julgado irrele-


vante para uma compreensio suscinta da experiincia. Es-
te item será consultado sômente para ~elhores esclare-
cimentos i respeito do desenvolvimen~o do experimento ou
para interesses especfficos do leitor.

1.6 -BIBLIOGRAFIA

As publicaçÕes consultadas devem ser relacionadas com res


pectiva numeraçao para que possa ser citada no texto.Qua~

do no texto houver referincia a uma determinada publica-


ção ou trecho a que se refere.
As publicaçÕes devem ser relacionadas como se segue:
Sobrenome do autor, iniciais do nome, ~rtulo da obra, vo-
lume, editora, local de publicação, ano.

Exemplo
(1) PINES, J. e BARRADAS, O.- "SISTEHÁS MULTIPLEX", livros
Técnicos & CientÍficos Editora S.A,, Rio de Janeiro,
1977.
-6-

INSlRUMENTOS DE MEDIDA

1. GALVANÔMETRO

Seja um cilindro de ferro~ no qual est~ enrolado um fio


condutor. Se a este for aplicada uma diferença de p6ieneial
(d.~.p), instantaneamente surgiri um campo magn~tico induzido
no cilindro, obtendo-se assim um imã temporário. É temporirio
poique quando a d.d.p. i desligada, o efeito da magnetização
desaparece. A esta montagem denominamos eletroímã.
Façamos agora a seguinte montagem. Um suporte no qual se
apoie o eletroímã, atravis de seu centro de massa. Coloquemos
uma mola helicoidal, ajustada ao cilindro e suporte. Colocamos
esta montagem entre os pÓlos de ímã em forma de ferradura, de
modo que os extremos do cilindro fiquem frente a frente com os
pÕlos do imã. Nesta posição a mola não sofre tensao, como mos-
trado na figura 1.
Quando uma d.d.p for aplicada ao eletroímã, 9 polo nor-
te deste deve ficar voltado para o polo norte do ímã. Nesta
situaçao o eletroímã tende a girar por efeito da repulsão mag-
nitica, sendo freiado pela mola que tende a se opor ao mbvi-
mento, ati que o sistema chegue a uma posição de equilÍbrio,c~
mo mostrado na figura 2.

K tensio da mola mant~m a bo-


bina .n-esta po11ição quando nao
hi ~orrente na mesma.

Fig. 1

-~
~-,!,
~A inten11idade da corrente de-
~ termina o deslocamento da ,bo~
bina, contrariando a tensão
da mola.
Se a seguir adaptamos um ponteiro ao cilindro e uma es•
cala graduada, obtemos um instrumento denominado GALVANÔMETRO
DE BOBINA M6VEL, mostrado na figura 3, capaz de registrar a
passagem de corrente en uma circuito.

Figura 3 - Galvan~metio.de bobina m~vel

o galvan~metro e o constituinte principal do multÍmetro.


·Este instrumento tem grande versatilidade, pois, mudando a
posiç~o da chave central, ele pode ser usado como AMPER!METRO,
VOLTÍMETRO OU OHMÍMETRO, e com várias escalas para cada caso.
Estes três instrumentos de medida são descritos abaixo.

2. AMPERÍMETRO

Basicamente, um amperímetro ê o instrumento descrito aci-


ma, pois a deflexão do ponteiro ê proporcional ã corrente atra-
v~s do el~troimã, que por sua vez ê proporcional ao n~mero de
espiras da bobina. Quando se quer medir valores muito diferentes
de corrente, coloca-se em paralelo com o amperímetro diversas d~
rivaçÕes (shunt), como mostrado na figura 4, de tal forma que,se
basicamente tenhamos um miliamperímetro de O - lmA, este quando
acoplado a diversos "shunt'' nos possibilita obter um amperímetro,
com multiplas escalas (O - 50 A, o - 0,5 mA e etc)
-a-

Figura 4 - Dispositivo básico do amperímetro

A corrente que passa pelo circuito deve ser a mesma que


pass~ pelo amperímetro. Assim,.ele deve ser LIGADO EM SfRIE
com o circuito, sen~o que sua resistincia interna deve ser p~
quena para que influa o menos possível no circuito.

3. VOLTfMETRO

A d.d.p entre dois terminais de um elemento do circuito


deve ser medida ligando-se o voltÍmetro EM PARALELO ao mesmo.
Desta forma, tanto o elemento como o voltímetro estarão subme-
tidos à mesma d.d.p. Para que o circuito sofra o mínimo possí-
vel de influência, o voltÍmetro deverá ter uma resistência bas
tante alta. Isto é obtido ligando-se um resistor de resistin-
cia alta em série com o ·galvan~metro, denominado resiseor mul-
tiplicativo.
-
O voltÍmetro difere do amperÍmetro porque .nao usa o
"shunt" em paralelo e sim um resistor mult.iplicado"r em série,
como mostrado na figura 5. Utilizando-se diversos resistores
multiplicadores obteremos um voltÍmetro com diversas escalas
(O - 2,5V, O- lOV e etc).
-9-

Figura 5 - Dispositivo bisico do volt{metro

3. OHMÍMETRO

Como uma extensao do galvanômetro, podemos montar um


instrumento que possa medir resistências. Esta montagem ê mos-
trada na figura 6 e inclui além do galvanômetro uma bateria CC
e diversas resistências com as quais várias escalas são obti-
das. O instrumento assim obtido pode ser agora calibrado em
ohms.

~. .,

Figura 6 - Dispositivo básico do ohm{metro

-
A análise do ~recesso na o serâ aqui descrita, pelo fato
de sua montagem ser mais complexa que aquelas do amperímetro
e voltÍmetro. Note-se que a escala do ohmÍmetro ê diferente do
voltÍmet~o e amperímetro, em termos de espaçamento e posição,e
que e invertida.
-10-
Nio sé pode medir resistincia se ao resistor estiver
apiicada uma d.d.p. O circuito deve ser desligado para que
a medida possa ser realizada.
-11-

EXPERI~NCIA N9 01

LEI DE OHM

I OBJETIVOS: Utilização do multÍmetro. Verificação experimen-


tal da lei de Ohm~

II - BIBLIOGRAFIA:

- Halliday - Resnick - FÍsica - Parte li - 1


Sears - Zemansky - Eletricidade e Magnetismo
- J.J. Brophy - Basic Electronics fo~ Scientists

III - INTRODUÇÃO TEÕRICA

1. RESISTOR

Sabemos que corrente elétrica é o movimento de portado-


res de carga atraves de um material e que esta corrente nao sur-
ge espontaneamente, isto ê, e necessário que haja uma fonte de
energia estimulando os portadores de carga através do material.
Sabemos também que, quanto mais energia é aplicada ao material
maior ~ a corrente através dele. Alem disso, removendo-se a
fonte de energia a corrente deixa de existir. Deduz-se desses
fatos que existe alguma co.1sa no material que dificulta o movi-
mento dos portadores de carga ate que uma força suficiente seja
aplicada para vencer esta oposição ao movimento. Esta~osição a
corrente elétrica, que atua mesmo quando hâ fluxo de carga, e de
nominada resistência elétrica.
Os fatores que determinam maior ou menor resistência ~e
um material sao: tipo de.material que constituti o condutor, o
seu comprimento, a ârea da seção transversal e a temperatura.De~
tes, a temperatura ê o de menor influência dentro do regime de
operaçao em que se trabalha.

2. LEI DE OHM

Tódas as vezes que se ligam dois pontos de potenciais


elétricos diferentes, flui uma corrente do potencial maior pa~a

o menor. O valor da resistência R entre esses pontos de d.d.p.V


e da corrente I estão relacionados através da expressao:

V = R I
-12-

Nos casos em que R nao - varia com dod.p V, diz-se que


o elemento ê ohmico. Nos casos em que R varia, o elemento -
e
não-ohmicoo

3. LEITURA DE RESISTENCIAS

O valor de uma resistência ê indicado através do cÓdi-


go de cores impresso nela. Ao todo temos quatro faixas marcadas
da extremidade esquerda para o centro da resistência. Três de-
las são usadas para especificar o valor da resistência e a Gltl
ma designa a tolerância ou erro no valor lido. Representemos es
sas cores por: a, b, c, d.
Neste ~aso, o valor da re&istência ê representado por:
(ab x lOc) o Por exemplo, uma resistência em que temos as se-
guintes cores: a - marron, b -preto, c - vermelho e d - doura
do o

Pelo cÓdigo de cores, dado abaixo, o valor da resistên


cia é:
2
R = (( 10 x 10 ) + 50)

R = lobo + son

CÕDIGO DE CORES

COR N9 COR N9 TOLERÂNCIA

PRETO o VERDE 5 COR %


MARRON 1 AZUL 6 DOURADO 5
VERMELHO 2 VIOLETA 7 PRATEADO 10
LARANJA 3 CINZA 8 SEM COR 20
AMARELO 4 BRANCO 9

IV - QUESTIONÁRIO PRÉ-LABORATÕRIO

1. Defina resistência elêtrica1


2. O que ê um galvanômetro?
3. Como funciona um ohm{metro?
-13-
V - MATERIAL

1 Fonte CC
1 MultÍmetro
1 Resistincia de valor desconhecido
1 Resistência de 330Q
1 Diodo 1N4004
1 Placa de montagem
Fios de ligação

IV - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) Monte o circuito da figura 1 usando a resistência de


valor desconhecido .

.I l.

1
Figura 1 Figura 2

b) Meça a corrente atraves de R para cinco valores de


tens ao entre o e lOV.
c) Meça R com o ohmÍ-metro.
d) Monte o circuito da figura 2 utilizando a resistência
de 330Q e o diodo.
e) Meça a corrente atrav~s do circuito para tensoes VD
entre O e 0,65V com intervalo de O,lV.
f) Inverta a polaridade do diodo e repita o Ítem (e) para
.VD entre O e SV.
-14-

VII - QUESTION!RIO

1. Faça um gráfico em papel milimetrado com os dados obti-


dos no Ítem (b). Deste calcule a resistência.
2. Calcule o erro percentual entre o valor obtido no Ítem
...
(c) e aquele calculado através do gráfico. R e ohmico? Por que?
3. Faça um gráfico com o.s dados obtidos nos Ítens (e) e
(f) . Calcule a ·resistência do diodo para v = O,lV, v = 0,4V
V • 0,65V e V =-2,0 V. f a resistência do diodo ohmica? Por
que?
-1 s-

EXPERIÊNCIA N9 02

LEIS DE KIRCHOFF - DIVISORES DE TENSÃO E CORRENTE

I -. OBJETIVO: Verificar experimentalmente as leis de Kirchoff.


Construção de divisores de tensão e corrente.

II .;. BIBLIOGRAFIA:'

- Halliday - Resnick - Fisica - Parte II - 1


- Sears - Zemansky - Eletricidade e Magnetismo
J.J. Brophy - Basic Electronics for Scientists.

III - INTRODUÇÃO TE6RICA

Leis de Kirchoff

la. Lei: A soma algébrica das correntes que penetram em


qualquer n~ de um circuito é igual i soma algébrica das cor-
rentes que saem deste mesmo no.

Para um n~ temos:
l: I • O
j J

2a. Lei: A soma algébrica de todas as diferenças de po-


tencial encontradas num circuito fechado é igual i soma alg~
brica das forças eletromotrizes encontradas no mesmo circui
to.
Para um circuito fechado temos: I v. = o
j J

Os divisores de tensao e corrente sao circuitos muito


utilizados na pritica e são baseados na conec~ão em série e
em paralelo de resistências. A divisão dé tensão e corrente
dependem da magnitude das resistências usadas.

IV - QUESTIONÁRIO PRÉ-LABORAT6RIO

1. Determine as expressoes que definem os divisores de


tensao e corrente abaixo:
-16-

~l
I
"R,
~~ , -a,
l.~

1ta,

'R Vs
"

V -_ MATERIAL

1 Fonte CC
1 MultÍmetro
1 Placa de montagem
Potenciometros
R.esistincias
·Fios de ligação

VI - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Leis de Kirchoff

a) Monte o circuito da figura 1 usando R • 2,7k0


1
a • 4t 7k n • a • 470 n e a • l,Okn •
2 3 4
b) Meça as resistências com o multfmetro.

c) Meça a tensao e a corrente atravis de R , R , R e


1 2 3

10~

i~.

Figura l
,17-

2. Divisores de tensão e corrente

a) Monte o circuito da figura ~. sendo R um potenciometrd


1
de lOk Q e R lk Q.
2
b) Para vários valores de R
1
(B.R
1
= 2kQ meça v2 .

I
1oV__L

Figura 2 Figura 3

c) Monte o circuito da figura 3 usando R lOk Q -


e
um potenciometro de 470 Q e R = lOOQ.
2
d) Para vários valores de R
1

VII - QUESTIONÁRIO

Leis de Kirchoff

1. Compare o valor de 12 + 14 com Il.

2. Compare o valor de I2 com 13.

3 . Compare o valor ·de v2 + v3 com v4.

4. Compare o valor de vl + v2 + v3 com v.

5 . Utilizando os valores das resistências obtidas no


item (b) calcule os valores de Il
' I2, 13, 14, vl ' v2 v3 e
v4. Qual o erro porcentual entre os valores calculados e os
medidos?

Divisores de tensao e corrente

1. Explique o que ocorreu nos divisores de tensao e cor-


rente.
2. Qual a finalidade da resistência R no circuito do divi
sor de corrente?
- 18 -

EXPERI~NCIA -N9 3

TEOREMAS DE THÉVENIN E NORTON

I. OBJETIVOS

Verificar experimentalmente os teoremas de Thêvenin e Nor


ton.

II. BIBLIOGRAFIA

· J.J.Brophy - Basic Electronics for Scientists

I I I. INTRO DUÇ~O TE6RI CA

1. Teorema de Thêvinin

.O teorema de Thêvenin estabelece que a tensao e a corrente em


qua_lquer bipolo de uma rede, fig.· 1, podem ser obtidas substituindo-
se a rede inteira, excetuando-se o bipolo em questi6, por um
gerador equivalente de f.e.m. E em sêrie com uma resistência
0
equivalente R , figura 2.
0

A A

-tE, ~
I
B B

Figura 1 Fip:ura 2
- 19 -

a) Determinação do E :
0

E
0
-
e obtido pela medida da tensao A e B, depois de retir~
do o ramo AB (E
5
, R ) como mostrado na figura 3.
5
Nesta, V e -
um voltÍmetro de alta impedância.

Eo v

I
E'

Figura 3 r-
._;

b) Determinação de R :
o

R
0
ê obtido retirando-se o ramo AB (E
5
, R ) e curto-cir -
5
cuitando-se todas as fontes de tensão restantes (E , E e E )
1 2 3
como mostrado na figura 4, a qual e equivalente ao circuito da
figura 5.

Figura 4 Figura 5

A resistência entre os terminais A e B medida com um ohmÍ


metro e o valor da resistência equivalente R . Alem destas R
0 0
pode ser obtida dividindo-se o valor da tensão aplicada V nos
terminais A e B pelo valor da corrente J medida, como mostrado
na figura 6. Deste modo: R = V/1.
0
.. - :lU -

Figura 6

2. TEOREMA DE NORTON

O teorema de Norton estabelece que a tensao e a corr~nte

em qualquer bipol~ de uma rede, figura 7, podem ser obtidas


....
substituindo-se a rede inteira, excetuando-se o bipolo em que~
·tão, por um gerador equivalente de corrente J 0 em paralelo com
u~a condutincia equivalente G , figura 8 ..
0

~~----~-------------Aft A

B B

Figura 7 Figura 8

J
o
e
obtido colocando-se em curtos os pontos A e B, depois
de retirado o ramo AB (J G ) e medindo-se essa corrente de
5 5
'
curto, como mostrado na figura 9. J
o
e
o valor desta corrente

de curto.
- 21 -

G1 G3 A

Jo
As:B

Figura 9

b) Determinação de G :
o
G ê obtido retirando-se os ramos AB (J • G ) e abrindo-
0 5 5
se todas as fontes de corrente restantes (J , J ) como mostra
1 2
do na figura ~0, sendo seu equivalente o circuito mostrado na
figura 11.

~------------------0
B B

Figura 10 Figura 11

A condutância equivalente, G pode ser obtida dividindo-


o
se a corrente I pela tensão aplicadaV, isto é: G = I/V, como
o
mostrado na figura 12. Alêm deste, G pode ser obtida tomando
o
-s~ o inverso da resistência medida com um ohmímetro entre os
terminais A e B, isto ê: G ~ 1/R .
o o

Figura 12
- J'.L. -

IV - QUESTIONÁRIO PR~-LABORATÓRIO

1. Obtenha o circuito equivalente de Thevenin do circuito abai-


xo

3A

36V 6A 2.0.

2. Obtenha o circuito equivalente de Norton do circuito abaixo:

A
9 .r..

18 .n. 6.0.

V - MATERIAL

1. MultÍmetro l Fonte CC l placa de montagem

6 resistências de lk 2 resistências de l.2k Fios de ligação

VI - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) Monte o circuito da figYra 13.

11(11.
A

1K.Cl. v 2Kn. v Ro v 2K1l.

'
Eo
~l:
B
I i li
8

Figura 13
- 23 -

b) Ajuste lOV na fonte CC.


c) Meça V e I
d) Retire o ramo AB(2kQ) e determine o valor de E , como mostra
o
do na figura 14.

1 K.O.
A

4K.n. v
10V

Figura 14

e) Monte o. circuito da figura 15


A

Figura 15
f) Ajuste 8V na fonte cc.
g) Meça vl e Il
h) Calcule R = Vl/11
o
i) Meça R com o ohmÍmetro, como mostrado na figura 16
o
A

Figura 16
- ~'+ -

j) Monte o circuito da figura 17 usando para o valor de R o cal


o
culado no Ítem (h).
Ao A

Figura 17

k) Ajuste a fonte cc para o valor de E achado no Ítem (d).


o
1) Meça v22
e 1
m) Monte o circuito da figura 18.

iOV

Figura 18

n) Ajuste a tensao da fonte cc para lOV.


o) Meça J •
.o
p) Construa um quadro mostrando os resultados obtidos nos itens:
(c), (d), (h), (i), ll) e (B).

VII·"" QUESTION~RIO

1. Calcule V e I do circuito da figura 13 usando:


a) análise de malhas
b) análise nod~

c) Teorema de T}\~vênin
d) teorema de No-ç-ton
~
- 25 -

2. Calcule os erros percentuais entre os V e I calculados na peE


gunta (1) e os determinados no Ítem (c), em relação aos valo-
res calculados.

vc - vm I
c
- I
m
E
v = vc X 100%
I
X 100%
c

onde: V
c
é a voltagem calculada, Vm ê a voltagem medida
I
..
e a corrente calculada e I ê a corrente medida
c m

-
Porque Ev e EI sao diferentes de zero?

3. Porque os resultados dos Ítens (c) e (1) sao - aproximadame~

te iguais?

4. Calcule J para o circuito da figura 18


o

5. Qual e o erro percentual entre J


0
medido e calculado em re-
láção ao valor calculado?
- lb -

EXPERI~N CIA N9 4

TEOREMAS DA SUPERPOSIÇÃO E RECIPROCIDADE

I. OBJETIVO:

Comprovar experimentalmente os teoremas da superposição e


reciprocidade.

II. BIB~IOGRAFIA

J.A. Edminister - Circuitos ~l~tricos-Coleção Schaum

III. INTRODUÇÃO TEÕRICA

l. Teorema da Superposição

Este teorema estabelece que a resposta em qualquer elemento


de uma rede de bipolos contando um número qualquer de fontes -e
igual ã soma das respostas parciais que cada fonte causaria, su-
p~ndo que esta i única na rede sendo que as outras são substitu!
das por suas resistincias internas. Isto implica que para redes
com uma Única fonte, existirá proporcionalidade entre o valor da
fonte e sua resposta em qualquer bipolo da rede~
Suponhamos uma rede como aquela mostrada na figura l.a. A
resposta a fonte E
1
e a ~orrente 1 3 enquanto
na·resistincia R
3
na R e a voltagem v • Se multiplicarmos o valor da fonte E por
4 4 1
a. i. ~' a E as respostas em R e R tamb~m serão multiplica -
1 3 4
das por~ e os novos valores serão a 1 e a v , como mostrado na
3 4
figura lb.

Figura la Figura lb

•·.
- 27 -

A figura 2.a. mostra as respostas a fonte E 4 que sao: I~ e


V~ e na figura 2.b. o valor de E f6i multiplicado por b e con-
4
sequentemente as respostas sao b Ij e b v4.

Figura 2a Figura 2b

Assim se a mesma rede for construÍda mas contendo as duas


fontes a E e b E as respostas em R e R serão:
1 4 3 4

e V = av 4 + bV4 como mostrado na figura 3.

Figura 3

2. Teorema da Reciprocidade

Estabelece este teorema, o qual ê vâlido apenas para redes


que contêm uma Única fonte, que se a fonte localizada no ramo i
produzindo uma corrente I no ramo J for transferida para o ramo
J ela produzirá no ramo i a mesma corrente I.
Na figura 4.a. ê mostrada uma fonte E que estâ situada no
~
2
ramo i~ ela produz no ramo j uma corrente 1 • A figura 4.b. mos
3
tra que a fonte E foi transferida para o ramo j e que a corren
2
te no ramo i ê I .
3
- 28 -

Figura 4a Figura 4b

IV - QUE STIO NÃRIO PR~-L ABO RAT6RIO ·

1. No circuito da figura S.a. as correntes 1 e 1 valem I =9/32A


1 2 1
e 1 z 33/64A. Calcular a corrente I do circuito da figura S.b.
2

I.

Figura. Sa Figura Sb

2. No circuito com uma única fonte de corrente da fig.6.a deter-


mine a tensio V. Verifique o teorema da reciprocidade inver -
tendo as posiç~es da fonte de corrente e a tensio V, figura
6 • b.

5A

!A ZJl.

5A
SA

TA T.O.

Figura 6a Figura 6b
- 29 -

V - Material ·

1 fonte CC 2 resistências de 2,2 kQ


1 multÍmetro 1 placa de montagem
4 resistências de lkn fios de ligação

VI - Procedimento Ex~erimenta.l

1. Teore~a da. superposição


a) Monte o circuito da fig.7, onde R
1
= 2,2kQ e
R
2
·= R
3
= R
4
= R
5
= lkQ

Rf

Figura 7

b) Ajuste a fonte para V = 5V


c) Meça v1 e r1
d) Ajuste a fonte para V 8V

e) Meça Vi e Ii
f) Monte o circuito da fig.8,onde
R
1
= 2,2kQ e

R2 : R =R =Rs=lkQ
3 4
g) Ajuste a fonte para V=4V
Figura 8
h) Meça v e 1
2 2
i) Ajuste a fonte para V = lOV
j ) Meça V ' e I '
. 2 2

2) Teorema da reciprocidade
v
a) Monte o circuito da fig. 9, ond€
R ==R =R =lkQ e
1 2 4

Figura 9
- 30 -

b) Ajuste a fonte para V=lOV


c) Meça I
d) Monte o circuito da figura 10, onde R =R =R slkn e
1 2 4
-R
3
""R
5
= 2,2kQ

I'
v

Figura 10

e) Ajuste a fonte para V=lOV


f) Meça I'

VII - QUESTIONÃRIO

-
1. Verifique se 85 e explique porque isto acontece.
v I I I
1 1

4
2. Verifique se =
r2 TO e explique porque isto ocorre.
V'
2

3. Usando os resultados dos Ítens (c), (e), (h) e (j) do (1)


determine os valores de V e I para os seguintes valores de
vl e v2 do circuito da figura 11.

I
vl v2 v I

5 4

5 10

8 4

8 lO

1 1
- 31 -

4. Calcule V e I da fig.ll para V =5V e


1
v2 =4V

5. Qual ê o erro percentual em relação aos valores.calculados


entre os valores calculados de V e I no Ítem (4) e os cor-
respondentes no Ítem (3)

6. Porque I e I' dos Ítens (c) e (f) de ( 2) sao - aproximadame~

te iguais?

7. Calcular I usando o circuito da figura 9.

8. Qual o erro percentual entre I do Ítem (7) e o I medido no


Ítem (c) de(2).

1K HC:

&
I l"z
Figura 11
- 32 -

EXPERÜ~NCIA N<? 5
EFEITO DE CARGA
I - OBJETIVOS

Estudo de efeito de carga nas medidas de tensao e corren-


te:

II - B IBL IO GRAFIA

E.O.Doeblin - Measurements Systems - Application and Design.


P.B.Zbar - Instrumentos e Medidas em Eletrônica

I I I - INTRODUÇÃO TE6RICA

1. Medidas de tensao

Seja Rv a resistência interna de determinada escala de um


1
voltÍmetro. Pelo Teorema de Th~v~nin, qualquer rede, figura 1~
poderá ser equivalente ao circuito da figura 2.
A A

B B

Figura 1 Figura 2

O valor da tensao indicado pelo voltÍmetro será:


E E
o o
= ----- (1)
R
o + 1
Rv
1

Se o voltÍmetro for retirado do circuito da figura 2 a tensao


entre A e B sera igual a E
0 1
= O, e portanto me-
, visto que I
nor que v , como mostrado pela equação 1. Observe que quanto
1
ma~or a resistência interna do voltÍmetro, Rv, mais a tens ao
lida se aproxima do valor E (tensão existente sem o voltÍme-
o
tro). Se portanto mudarmos para uma escala cuja resistência
~ ~v
interna
2 e Rv
2
> Rv ,
1
teremos:
- 33 -

E E
o o
• (2)
R
o

Das Equações (1) e (2) podemos concluir que:

Eo > v2 > vl (3)

Das equaçoes (1) e (2) eliminan~o-se Ro obtemos:


(a-1) vl v2
o •
E v = {4)
a vl - v2

Rv
onde a = Rv 2 , sendo que a > 1. O Indice 1 foi usado para a
1

menor tensão lida enquanto que o Índice 2 para a maior.


A equação (4) permite a determinação da tensão existente
entre os pontos A e B antes da inclusão do voltímetro
a partir das medidas de v , v e do valor de a.
1 2

2. Medidas de Corrente

Seja G a condutância interna de determinada escala de


al

um amperímetro. Pelo Teorema de Norton, qualquer rede, figura


3, seri equivalente ao circuito da figura 4.

Figura 3 Figura 4
- 34 -

A corrente I existente sem o amperímetro valerâ J • corres


o
pendente a curto-circuitar A com B.
Das equaçÕes duais a (1) e (2) e eliminando-se G obtemos:
o

3
o
= I (5)
b I - I
1 . 2

onde:

sendo b > 1.

O Índice 1 foi usado para a menor corrente lida e o Índice (2)


para a maior.
A equação (5) permite a determinação da corrente existen-
te antes da inclusão do amperímetro (J
o
= I) a partir das medi
das de I I e do valor de b.
1 2

IV - QUESTIONÁRIO PRf-LABORAT6RIO

·1 . De m.a n s t r e que :

(b-1) 1 I
1 2
I = b I - I '
onde b =
1 2

V - MATERIAL

1 Fonte CC 1 Multímetro 2 Resistências de lOOKn


1 Resistên~ia de 2200 ; 1 Placa de montagem e Fios de ligação

V_I - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Efeito de carga para o voltÍmetro

a) Meça os valores de R e R
1 2
b) Monte o circuito da figura 5.
- 35 -

c) Ajuste a fonte para E = 9V


d) Meça a tensão v2 entre os pontos A e B usando a escala
·de lOv. A resi~tincia interna do voltímetro nesta esca
la e Rv= 200kQ
2
e) Meça a tensão v entre os pontos A e B usando a escala
1
de 2,5V. A resistincia interna do voltÍmetro nesta es-
cila i Rv
= SOKQ.
1
f) Construa um quadro mostrando os resultados dos itens
(c), (d) e (e).

~--------------------~8

Figura 5

2. Efeito de carga para o amperímetro

a) Meça o valor de R.
b) Monte o circuito da figura 6.
c) Aumente a tensao da fonte ate que o amperímetro na es-
cala de O,SmA indique um valor entre 0,4 e O,SmA. Esta
tensão serã inferior a l,OV. A resistincia interna do
amperímetro na escala de O,SmA ê RA = SOOQ.
l
d) Mude para a escala de S,OmA e meça o valoT de 1 • A re
2
sistincia interna do amperímetro nes~a escala ê
RA = 5O r.!.
2
e) Meça a tensão da fonte usando a escala 2,5V.
f) Construa um quadro mostrando os resultados dos Ítens
(c), (d) e (e).
- 36 -

Figura 6

VII - QUESTIONÁRIO

1. Determine o valor de V e I a partir dos valores medidos


v ,_ v , I e I e dos valores calculados d~ a e b.
1 2 1 2

2. Calcule v1 , v2 , 1 , 1 , V e I a partir de E; E , Rv , Rv ,
1 2 1 1 2
RA , RA , R 2 e R.
1 2

3. Qual ~ o erro percentual entre V e I da pergtinta (1) e o


Ve I da pergunta (2) ?
- 37 -

EXPERIÊNCIA N9 6

CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA


1. Objetivo

Estudo de circuitos de corrente alternada·

2. Bibliografia

J.A.Edminister- Circuitos Elétricos - Col~ção Schamm


J.J.Brophy - Basic Electronics for Scientists

3 o
"
Introduçao -
.
- Teor1ca

A vantagem de potência C.A. sobre a CC é a grande eficiê~


cia na transmissão e distribuição. Voltagem CA podem facilmen-
te ser elevados ou abaixados através de um transformador, o
qual não pode operar em CC. Voltagens alternadas nas centrais
elétricas podem ser elevadas ate 750 KV para serem transmiti-
das aos centros consumidores. Estas linhas de alta-voltagem
transmitem grandes quantidades de potência como relativamente
baixas correntes e baixas perdas ohmicas. A f~equência de
60Hz é conveniente para transmissão de energia. Frequências
mais baixas requeririam transformadores que seriam muito gra~

des, enquanto que frequências mais altas resultariam em per-


das excessivas no n~cleo de ferro dos transformadores.
O objetivo desta prática é introduzir os conceitos fun-
damentais dos circuitos de corrente alternada. Diversas defi-
niçÕes e conceitos teóricos serão introduzidos, os quais se-
rao experimentalmente comprovados através do estudo de circ~
tos simples.

1) Corrente (tensão) alternada:

Corrente ou tensao alternada é definida comQ uma quanti-


dade variante e repe~itiva no tempo, que passa por uma série
de valores positivos e negativos que se repetem a cada perío-
do de T segundos, e cujo valor médio em um período ê zero. A
figura 1 mostra uma corrente alternada nao senoidal. As cor ~

rentes e tensÕes a serem estudadas são funçÕes senoidais com


- 38 -
frequência constante, assim:

i( t)

Figura 1: Exemplo de função_ alternada

assim:
jwt
Í(t) "' I sen wt "" I e
o o (1)
jwt
. v.(t) :0: vo sen wt = vo e

onde: w ê a frequência angular em rad/s, f ê a frequência em


Hz.e j "='~

A relação entre a frequência angular w e a frequência f ê


dada por:

(2)

onde T ê o perÍodo da onda em s.

2) Ângulo de Fase

. ~ a fração de um perÍodo no qual o ângulo de tempo asso-


ciado a wt esta avançado"ou atrasado em relação a uma referên
cia arbit~aria. Para variaç~es senoidais a origem ê tomada
como sendo a Última passagem por zero no sentido de negativo
para positivo. A figura 2·mostra a função

i(t) =I sen(wt+e)
o .
= I
o
ej(wt+e)
'

podemos observar que a onda esta avançada 89 em relação a ori-


gem.
- 39 -
i( t)

Figura 2: Fase uma corrente alternada

3) Diferença de Fase:

Uma certa quantidade alternada ~sti atrasada ou adiantada


em relação a outra~ quando um determinado ponto da onda ê al-
cançado depois da outra ji o ter atingido. Em geral os pontos
de referência são os valores máximos ou então a passagem por
zero. Na figura 3 são mostradas as funç;es:

jwt j(wt+e)
v(t) = V
o
senwt = vo e e i(t) = I sen(wt+8)=I
o o
e

onde e e diferença de fase entre v(t) e i(t). Podemos ver nes-


ta figura que i(t) esti adiantada em relação a v(t) pois passa
primeiro por zero ou atinge o valor miximo antes de v(t).
Em geral toma-se sempre como referência de fase ou seja
fase de 09 o gerador de CA ao qual esti conectada o circuito
em estudo. Assim, todas as quantidades do circuito terão o ân-
guld de fase relativo a esta r~ferência.

V(t ),i(t)

Figura 3: Diferença de fase entre duas ondas senoidais


40 -

4) Valor Eficaz de uma Corrente Alternada

O valor eficaz de uma corrente alternada, simbolizada por


I., corresponde ao valor de uma· c~rrente con~Inua que produzi -
ria a mesma quantidade .de calor midio que a coirente alternadj
ao passar por um resist~r R. Assim:

ou
.1/2
I • dt
]

considerando i(t) • I sen wt, temos que:


o

1 (4)
I •
T

I
I • o ou I • 0,707 I (5)
~ 2' o

5) Notaçio e Diagrama Fasorial

As t~ns~es fornecidas pelos geradores CA, nas ~inhas de


..
transm1ssao - ......
e na rede ... . urbana· sao funçoes seno1da1s
eletr1ca . . a- ·- -
proximadamente puras.Deste modo .uma análise de circuitos em es
tado estacionário ê mais simples de se fazer do que uma análi-
se em funçi~ do tempo. Para isto ê c~nvenient~ usar a notaçao
e diagramas fasoriais~ O fasor ê uma quantidade qu~ tem magni-
tude e direçio. A magnitude i representada pelo valor· eficaz
da onda.e a direçio i dada pelo ângulo de fase da mesma. O fa-
sor ê simbolizado por uma letra maiúscula encimada por um pon-

to • i ~ ê •, V , I , Z e. e t c • En ti o V = V f.!_ .
Para exempJ,.ificar, su.ponhamos duas ondas de voltagem A e
B como mostradas na figura 4. a. Em notação fasorial as ond·as A
e .B sio escritas como:
- 41 -

VA(t) = 308 sen wt - 308


12.2_ = 220 /_J!.:!_
VA
-vz
308
VB(t) = 308sen{wt+909) VB /+909 = 220 L+9o9
.[2
+j
v
v.B

t
o

-j

Figura 4a: Domino do tempo Figura 4b: Diagrama Fazorial

O diagrama fasorial ê graficado no plano complexo. O sem1-


eixo xeal positivo ê tomado como referincia da fase,enquanto no
semi-eixo imaginário positivo a fase ê +909 e no sem1-e1xo 1ma-
ginãrio negativo a fase ê -909. Assim na figura 4b o fasor VA
por ter fase 09 foi construÍdo no semi-eixo real enquanto o fa-
sor VB por ter fase +909·o foi no semi-eixo +j.

6) Impedância e Admitância Complexa

A impedância de um elemento ou de um circuito inteiro ê a


razao entre a tensao e a correnté. Como estas entidades são com
plexas a impedância também ê complexa. O fasor impedância ê s1m
balizado por Z e sua unidade o ohm (~);

z = õv (6)
I

O inverso da impedância complexa ê a admitância complexa, i.e.

1
y = -; (7)
z
Substituindo a equação (6) na equaçao (7) concluÍmos que:

y = I (8)
v
- 42 -

. A admitância e expressa em Siemens (s) ou mhos (1J). O


conceito de admitância e muito conveniente na análise de cir
cui tos em paralelo, como veremos nos próximos
. . ·r tens.
Consideraremos um f asor tensão V ou corrente I e deseja-
.
.
mos encontrar a corrente resultante I ou t~nsio V, a impedân
.
cia Z, a admitância Y em três cfrcuitos bisicos.
a) Circuito resistivo:consideremos o circuito da figura 5 onde

v - v I o9.

Figura 5: Circuito resistivo

A corrente através de R e:
.
I = ~ = ~ /_QJ_ (9)

- (9) podemos concluir que a corrente esta:... em fase com


Da equaçao
a tensao em um circuito resistivo.

...
A impedância do circuito e:

=
v =
.,...
v. ~ = R L!!J_ (lO)
ZR
I v /o9
R

A admitância do circuito e:
...
v
I R :~ 1
YR = = v LsJ.J_·
=
R
= G I.J2:L (11)

Da equação (10) conclu!mos que a impedância de um circuito re -


sistivo e a propria resistência. Da equação (11) concluÍmos que
admitância é o inverso da resistência, a qual e simbolizada por
G e denominada condutância cuja unidade eo siemens ou mbos.
- 43 -

b) Circuito indutivo

Consideremos o circuito da figura 6 onde I = I {o9.


í

Figura 6: Circuito indutivo

A tensao no indutor L e : v - L
di
(12)
dt

jwt
Podemos reescrever ~ como: i(t) = I
o
e (13)

Substituindo (13) em (12) e diferenciando encontramos:

jwt
v = JW L I
o
e (14)

Que pode ser escrita em notaçao fasorial como:

v wLI 1+909 (15)

Podemos concluir da equaçao (15) que em um circuito indu-


tivo a tensao esta adiantada de +909 em relação a corrente.
A impedância do circuito e:

WL I /+909
=
v. = WL /:909 = /_+909 (16)
ZL ~ jXL
I I
~-

onde ~ = WL e denominada reatância indutiva e CUJa unidade e o

ohm. A admitância por sua vez e:

I 1
YL = • = WL /-909 = BL L-909 = -jB
L
( 17)
v
1
onde BL = WL e denominada susceptância indutiva e sua unidade

siemens ou mhos.
- 44 -

c) Circuito Capacitivo

Consideremos o circuito da figura 7 ond·e: V "" V i..EJ_


i

Figura 7: Circuito Capacitivo

A corrente através do capacitar C é:

dv
l. = c dt (18)

Podemos e.s c rever v como:

jwt
v = vo e (19)

Substituindo a equaçao (19) na (18) e diferenciando em re


laçio ao tempo, encontramos:

jwt
i = jwCV o e (20)

que pode ser escrita como:

I == wCV (21)

ConcluÍmos da equaçio (21) que em um circuito capacitivo a cor-


rente esti adiantada de +909 em relaçio a voltagem~

A impedincia do circuito i:

v vfu_ 1
=
z :::: ... = =
WO
1-909 X
c
/-909 "" -jXc (22)
I WCV /+909

1
Onde X·c = wc e chamada reatância capacitiva e cuja umidade ê o

ohm. A admitância do circuito ê:


- 45 -

I
wcv /+909
y
c
= = wc j+909 ~c
/-'-nno=jB (23)
v v L9.J_

Onde B
c
= WC e denominada susceptância capacitiva e cuja unida-

de e o siemens ou mhos.
A anâlise acima mostra que o ângulo de fase esta compree~
dido entre +909 e -909. Estes limites em nenhuma hipÓtese po-
dem ser excedidos.

7) Diagramas de impedância e admitância

A impedância ou admitância e construÍda no plano complexo


como mostrado na figura 8. A resistência ou condutância por
possuÍrem fase 09 e graficada no eixo real. A reatância induti-
va ou susceptância capacitiva e construÍda no semi-eixo imagi-
nário positivo por possuírem fase +909. A reatância capacitiva
ou susceptância indutiva e graficada no semi-eixo imag~nârio ne
gativo por terem fase -909.

8) Circuitos em série e em paralelo

.
a) Circuito ser1e: -
A figura 9 mostra um circuito em série constituÍdo por uma
fonte de tensao e três impedâncias. A lei de Kirchoff estabele-
ce que a soma das quedas de potencial ao longo de um circuito
fechado e igual ao potencial da fonte de tensao. Assim:

+j

v1
r
i1
G R Re
t Zz
V N

Z3
1··
-j v3

Figura 8: Diagrama de Impedância Figura 9: Circuito com


e admitância impedância em série
- 46 -

v = vl + v2 + v3 (24)

v = zl I + z2 I + z3 I

.
v = (Zl + z2 + Z3) I

v = zeq I (25)

onde:

b) Circuito em paralelo

Na figura 10 uma fonte de tensao esti aplicada a


tris admitincias ligadas em paralelo. Em qualquer desses
...e
-
nos
aplica-se a lei de kirchoff para as correntes, i~ 111 a soma
das correntes que chegam a um n~ ~ igual i soma das .correntes
que saem.

Figura 10: Circuito com admitâncias em paralelo

O potencial da fonte aparece diretamente nos ter-


minais de cada uma das impedâncias em paralelo. As correntes
de cada braço podem ser entao calculadas independentemente:

IT = Il + I2 + I3 (26)

IT = yl v + y2 v + y3 v

IT "" (Yl + y2 + Y3) v


- 47 -

= yeq v ( ,..,,J
.0. I

onde: y
eq

9) Exemplos de circuito em série e em paralelo

Dois circuitos que serao estudados na parte experi


mental são agora resolvidos teoricamente para que o aluno ga-
nhe pratica na solução de problemas similares.

a) Circuito RL em série:

Na figura 11 ê mostrado um circuito em série consti-


tuÍdo por uma fonte de tensão V e impedância ZR e z1 . O obj~
tivo ê construir os diagramas de impedância e dos fasores de
tensao e corrente.

kI
Figura 11: Circuito RL em série

Vamos assum1r que o fasor referência e V, assim pod~


mos escreve-lo como:

v = v ~ (1)

Aplicando a lei de Kirchoff para tensao no circuito,


obtemos:

Vimos que ZR = R (oç R e ZL = ~ {+ 909 j~, entao:


- 48 -

V = RI + j~ I

V •( R + j~) I

v • z eq.r (3)

onde Zeq "' R + j~ (4)

o mÓdulo de z eq e dado por:

e o ângulo de fase por:

tan a = R~ (6)

porta.nto:

Usando as equaç~es (5) .e (6) construimos o diagrama


de impedância, o qual e mostrado na figura 12.

-j

Figura 12.: Diagrama de impedâncias

- (3), obtemos:
Da equaçao

I"
v
-.-
= (8)
z eq
- 49 -

-
Substituindo as equaçoes (1) e (7) em (8)~ temos:

v L9.:l_.
I=-------
(R2 + xi 5)~

v
I = /- e (9)
(R2 + xi)l/2

- ( 1) e (9) construímos o dia -


grama dos fasores V e I, o qual i
. .
Utilizando as equaçoes
.
mostrado na figura 13.
+j

-J

Figura 13: Diagrama dos f as ores v e I

A queda de tens ao em cada impedância e : -


VR = ZRI = R I (lO)

VL = ZL I = jXL I (11)

-
Substituindo a equaçao (9) em (lO) e (11), obtemos:

RV
VR = L- e (12)
(R2 + xZ) 1/2

XL v
VL =
{R2 + xZ) 1/2 /909 - e (13)

- -
As equaçoes {12) e (13) sao usadas para construir o diagrama
- 50 -

... . -
dos fasores·VR·e VL que e ·mostrado na fig~ra 14.
+j
\
\
·\
v
Ih

-j

Figura 14: Diagrama de fasores VR e VL

b) Circuito RC em paralelo

Na figura 15 uma fonte de tensao V alimenta duas admi


tâncias YR e YC em paralelo. O objetivo e construir os diagra-
mas de admitância e dos fasor~s de tensio e corrente •
..
Assumindo que o fasor ~eferência eV 9 i e:


Yc

Figura 15: Circuito RC em palelo.

Aplicando a lei de Kirchoff para corrente no circuito,


temos:
(2)

IT :os YRV + Yc V
- 51 -

IT = (G + jBC) v

IT = y
eq
v (3)

onde: y = G + J"B c (4)


eq

o modulo de y
eq
-
e:

y (G2 + B2)1/2 (5)


eq c

e o ângulo de fase e: -
B
tan e = G
c
e = tan -1 (Bc)
G
(6)

Portanto:

y
eq = (G2 + B2)1/2
c LL (7)

Utilizando as equaçÕes (5) e (6) o diagrama de admitância mos-


trado na figura 16 foi construÍdo.

-l

Figura 16: Diagrama de admitâncias

Substituindo a equação (7) na (3), obtemos:

O diagrama dos fasores V e IT ê construÍdo usando as


equaçÕes (1) e (8), este é mostrado na figura 17.
- 52 -
+j

-j

Figura 17: Diagrama dos fasores V e I


T

As correntes através das admitâncias são:

(10)

-
As equaçoes - usadas na construçao do
(9) e (10) sao
diagrama dos fasores IR e IC que ê mostrado na figura 18 •

.
I c Figura 18: Diagrama dos
fasores IR e IC

-j

IV- QUESTIOHl\:RIO PRE-LABORAT6RIO

1. Obtenha os diagramas de impedância e dos fasores


tensao e corrente dos circuitos abaixo:

.
v Zc
v
- 53 -

2. Construa os diagramas de admitância e dos fasores


de tensao e corrente dos circuitos abaixo:

I-r
.
l:T ~ l:L. :tL l:e

v• ,., • '( v ,.J '~'L Ye


YR

5. MATERIAL

1 Multímetro 1 resistência de 1,5 Kr.


1 Gerador de funçÕes 1 resistência de 3,3 Kn
1 Placa de montagem 1 capacitor de 0,1 llF
1 resistência de lOOn 1 capacitor de 56 nF
1 resistência de 47on 1 reator
1 resistência de lkn fios de ligação
-54-

VI - PROCEDIMENTO EXPERU1ENTAL

1. Circuitos com resistência em série e paralelo.

a) Monte o circuito abaixo:

b) Ajuste no gerador de funç~es uma fiequência de


lKBz e uma tensao dé SV.
c) Meça, I, V, v1 e v2
d) Construa uma tabela mostrando os valores medidos no
item (c).
e) Monte o circuito abaixo:

R1 = 3,3 Kn

R = 1,5 Kn
2
'
f) Utilize a mesma frequência e tensao do item (b).
g) Meça V , IT, 1 1 e 1 2

h) Construa uma tabela mostrando os valores medidos no


item (g).
- 55 -

2. Circuito com resistência e indutor em serie e para-


lelo

a) Monte o circuito abaixo:

I R

L = reator

b) Use a mesma frequência e tensao do item anterior.


c) Meça V, I, VR e VL

d) Construa uma tabela mosrrando os valores obtidos no


item (c).
e) Monte o circuito abaixo:

R = lkQ
L = reator

f) Utilize a mesma frequência e tensao do item anterior.


g) Meça V, IT' IR e IL

h) Construa uma tabela mostrando os valores medidos no


item (g).
- 56 -

3. Circuito co~ resist;ncia e capacitar em sirie e.pa-


ralelo.

à) Monte o circ~i~o abaixo:


VR
. R = lkn
J: R
C = 0,1 llF
v c

b) Use a mesma frequinci~ e tensao do item anterior.


c) Meça V, 1; vR· e V.C

d) Construa uma tabela mostrando os valores obtidos no


item (c)
e) Monte o circuito abaixo:

IR
.c
I
R = lkQ

c = 0,1 llF
vJ * R c

f) Use a mesma frequ;ncia e tensao do item anterior


g) MeÇa v. I, IR e Ic.

h) Construa uma tabela mostrando os valores medidos no


item (g)

4. Circuito com indutor e capacitar em serie e par~le­

lo

á) Monte o circuito abaixo:

.
VL L = reator
L
c = 56nF em paralelo
com 0,1 llF
c Jvc

b) Ajuste uma frequincia de 200 Hz e uma tensao de 5,0 V


- 57 -

c) Meça V, I, VL e VC

d) Construa uma tabela mostrando os valores medidos no


item (c).
e) Monte o circuito abaixo:

L e C sao os mesmos
te
do item (a)
c
L

f) Use a mesma frequência e tensao do item (b)


g) Meça V, IT, IL e Ic

h) Construa uma tabela mostrando os valores medidos no


item (g).

VII - QUESTIONÁRIO

1. Para o item (1) usando os valores medidos de tensao


e corrente, determine para o circuito serie:

e R
v
eq r

Para o circuito paralelo determine:

e G =
eq

Construa utilizando os valores calculados e medidos o


diagrama de impedância como tambem os diagramas dos fasores de
tensao e corrente.

2. Para o item (2) usando os valores medidos de tensao


e corrente calcule para o circuito sêrie:

R e z =
v
I

:~._i
- 58

Para o circuito paralelo determine:

G = e

Usando os valores calculados e medidos construa o. dia-


grama de impedância ou admitância e os diagramas fasoriais de
tensao e corrente.

3. Para o item (3) calcule para o circuito série:

R X = e z =
v
c I

Para o circuito em paralelo, calcule:


I
G e y = vy

Usando os valores calculados e medidos construa o diagrama de 1m


pedância ou admitância e os diagramas fasorais de tensão e corrente.

4. Para o item (4) calcule para o circuito sêrie

·vL v
c v
I
X
c I
e z I

Para o circuito paralelo determine:

I
c y
B e
c v

Usando os valores medidos e calculados construa o dia-


grama de impedância ou admitância e os diagramas dos fasores ten
- e corrente.
sao

5. Calcule para: o item (2) o valor da indutância L •

6• Calcule para o item ( 3) o valor da capacitância c.

7• Calcule para o item (4) o valor da capacitância c e


da indutância L.
- 59 -

EXPERIÊNCIA n9 07

CIRCUITO EQUIVALENTE DE UM REATOR

I - OBJETIVO

Determinar experimentalmente o circuito equivalente de um


reator.

II - BIBLIOGRAFIA

- Circuitos Magneticos y Transformadores


E.E. Staff - MIT - Editorial Revertê

I I I- INTRODUÇÃO TE6RI CA

Pode-se determinar dois circuitos equivalentes para um rea


tor, os quais sio mostrados na Figura 1 e na Figura 2.

. r----- - - -----I
REATOR
.
I

r- -l -
I I
A,/V\;
rcc
I
i
I
I
Ir
I
I
i
I f rI I
I
I

Ve REATOR
VB
I I
f
.
Ve
I
• :a;
R'
I
~
I I V' x'L
I l I
I XL:
I
I
I
I :1
I
REATOR!._ _ _ _J1 i
I
I
I
L- - -- - - - - - _J
Figura 1 Figura 2

1. Circuito Equivalente em sêrie

No circuito da Figura 1, toda a potência ativa e


dissipada em r, a qual representa a perda de enrolamento de co-
bre mais a perda do nÚcleo de ferro. A perda no enrolamento e
devido i sua pr~pria resistência, enquanto que a perda no nu-
cleo ê devido i histeresse e is correntes de Foucault.
O circuito da Figura 1 pode ser determinado a partir
- 60 -

de medidas de tensao e corrente depois de se colocar uma resis-


tência R de valor conhecido em série com o reator, como mostra-
do na Figura 3.

JJ>.AA
v V
I
R
.
I
.
v
v va
I
REATOR

Figura 3 - Determinação do circuito equivalente


do reator.

Assim, para uma determinada corrente I mede-se V, VR

U diagrama fasorial correspondente ê mostrado na Figura 4.

lvL
. I
Vai
I
I
I
I
I
,c.__ _ _ _ _ _ _ _...., _ _ _ _ -~

Figura 4 - Diagrama fasorial

-
Deste diagrama as seguintes equaçoes - obtidas:
sao

(VR + v r ) 2 + v2 v2 (1)
L

e
v2 + v2 = v2
r L (2)
B

A solução das equaçÕes (1) e (2) em termos de Vre VL


-
sao:
- 61
vz vz vz
R B
vr = (3)
2VR
e

VL =~V~ vz
r
(4)

Portanto:

vr VL
r = e = (5)
I ~ I

Assim com as medidas efetuadas obtêm-se os valores de


r e ~.
E importante observar que tanto r como XL depende•
da tensio aplicada e da frequincia. A potincia dissipada em r
ê a potincia ativa total do reator, a qual ê composta da perda
do enrolamento mais a perda no n~cleo de ferro. A perda no fer-
ro e funçio do fluxo magnético, e consequentemente da tensão a-
plicada, e da frequincia. Como ~ 2"IT f L, ~ tambem,depende da
frequincia e da indutincia L, a qual por sua vez ê função do
fluxo magnético e portanto da tensao aplicada.

2. Circuito equivalente em. paralelo:

O circuito equivalente da Figura 2 pode ser obtido


a partir do circuito da Figura 1. Is~o e conseguido igualando -
se as impedâncias de ambos os circuitos, assim:

r +
J xr: R'
CC
R'+j 'X{
(6)

r + j ~ = r +
J xr: R' (R'-j XL)
CC
R'2 + Xi2
X{ 2 R'
= (r + ) + J (7)
CC R'2+Xi2

Igualando-se as partes reais e imaginárias, temos:


- 6Z -
~2 R'
r - r (8)
CC R ,2 + ~2

(9)

Dividindo-se a equação (8) pela (9), obtem-se:

r - r
CC
(10)

Dividindo-se o numerador e denominador da equaçao (9)


2
por R' • temos:

(11)
[l +
~ 2]
(R')

Substituindo-se a equação (10) na (11), obtem-se:

r - r
xr: ~ [1
= +( CC)] (12)
~

Da equaçao (10) obtem-se:

R' =
~ XL (13)
r - r
CC

As equaçoes (12) e (13) permitem a determinação de


e R' a partir dos valores determinados de r, ~
-L
e r CC , on-
de r e a resistincia medida em corrente continua com um ohmi
CC
metro.
- 63 -

3. Determinação da potência ativa e do fator de potên-


cia do reator

A potência ativa P no circuito da Figuta 1 ou da Fi


gura 2 e dada por:

(14)

A potência ativa Pc dissipada no enrolamento ê:

p - r I2 (15)
C CC

A potência ativa Pf con sumida no núcleo de ferro ê:

= p - p (16)
c

A equaçao (14) pode ser escrita como:

2
P = r I . = VB I COS a

onde COSa ê denominado fator de potência, assim:

p r I
COSa = = (17)
VBI VB

No circuito da Figura 2, a potência ativa consumida no


ferro e:
= (18)

mas,

(19)

Substituindo a equação (18) na (19) a tensao V* ê obti


da:

(P - p

)
I
= I~R' (r- Ç20)
- 64 -

IV- QUESTIONÃRIO PR~~LABORAT6RIO:

1. Sabendo-se que r = 3n » ~ = sn e r
ce
= ln. Cal-
cule os valores de Xi e R' para a equivalincia dos circui-
tos abaixo:

-
2. Que tipos e devido a que sao as perdas que ocorrem
em um reator?

V - MATERIAL

1 Reator (40W, 220V)


1 Resistência de fio de lKn ( 10\\1)

1 Hu1tÍmetro
1 Variac

VI - PARTE EXPERIMENTAL

a} Monte o circuito da Figura 5.

Figura 5

onde R 1kn
b) Aumente a tensio'V do variac at~ que o amperímetro
indioue uma corrente I = 20 mA
- 65 -

c) Meça V,

d) Aumente a tensão V do variac atê que o amperímetro


indique uma corrente I' = 40mA.
e) Meça V' V' e V'
' R B
f) Meça a resist~ncia (r ) do reator utilizando o
CC
ohmímetro.

VII - QUESTIONÁRIO

1. Construa os diagramas fasoriais para I e I'.


2. Determine pelos diagramas os valores de r e ~ para
as duas correntes I e I'.
. 3. Calcule r 1 ~, R' Pc , Pf , L , L 9
e V*
para as duas correntes I e I'
4. Por que o valor de L e diferente para as duas cor -
rentes se a frequ~ncia e a mesma?
S. Construa os circuitos equivalentes do reator indi -
cando. os valores de cada componente.
- 96 -

EXPERI~NCIA N9 8

CIRCUITOS RESSONANTES

I - OBJETIVO:

Estudar as características dos circuitos RLC em série


e em paralelo em função da frequência.

I I - B I BL IO GRAFIA

J.C. Edminister - Circuitos Elétricos - Coleção Schaum


J.J. Brophy - Basic Electronics for Scientists.

I I I - INTRODUÇÃO TE6RIC A:

Como jâ foi visto~ a reatância indutiva ~ cresce com


.o au.mento da frequência (~ = WL), enquanto a reatância capaci-
tiva Xc decresce com o aumento da frequência (XC= 1/WC). Em
virtude desta oposição de características, para qualquer combi-
nação LC deve existir uma frequência na qual ~ =XC.
Nesta frequência, denominada frequência de ressonância
as reatâncias são iguais em mÕdulo e opostas em fase e sendo a~
sim se cancelam. Esta condição e denominada ressonancia e o cir.,
cuito e entao um circuito ressonante. Fora da frequência de
ressonancia, acima ou abaixo dela, o circuito comporta-se de
outra maneira. A mais comum aplicação da ressonância e em cir -
cuitos de frequência de râdio ou televisão. Nestes circuitos
ressonantes são usados cdmo circuitos de sintonia.

1. Frequência dê Ressonância

Na frequência de ressonancia as reatâncias indutiva


e capacitiva são iguais em mÕdulo, i.e:

XL = XC (1)

WL = wc1

mas w = 21Tf, assim:


- 67 -

1
2 '7T fL = (2)
2 1rfc

ass1.m a frequência de ressonanc1.a f


r
-
e:

1
f
r = (3)
2 'Ir rr:-2
- (3) mostra que um circuito LC pode ser
A equaçao ress~

nante em qualquer frequência desde alguns Hz ate muitos MHz, is


te depende apenas dos valeres de L e C. ~ importante notar que
altos valores de L e C dão valores baixos para f r., enquanto al-
tas frequências de ressonancia são obtidas com pequenos valores
de L e C.

2. Circuito Ressonante em Série

O circuito RLC em série mostrado na Figura 1 é ali-


mentado por uma fonte CA de amplitude constante V e frequência
variâvel f.
Analisaremos este circuito em função da frequência
para obtermos seu comportamento na frequência de ressonancia co
mo também naquelas acima e abaixo da ressonância.
VR
r.
R

c
____ vc
.
Figura 1 - Circuito ressonante em ser1.e -
A impedância Z do circuito e obtida aplicando-se a
lei de Ki~choff para voltagem, assim:

v VR + VL + vc (4)

v = IZR + IZL + I zc

v = z eq I (S)

onde:
- 68 -

z eq ZR + ZL + z c ( 6).

Sabemos que:

ZR = R ~
. jWL
ZL j~ (7)

" -jx -j/WC


zc c

Substituindo a equaçao (7) na (6), obtemos:

Z = R + j\f.L - _J_
eq
WC

(8)

ou

1 .
z eq R + j (WL --wc)
A equação (8) ê a impedância do circuito. O c i r c ui to
estã em ressonancia quando XC. Neste caso a impedância do
circuito fica:

z eq R fu (9)

e
Z
eq
= R

A equação (9) mostra que na frequência de .-


ressonanc1a
fr a impedância do circuito ê puramente resistiva e consequent~
mente a fase ê 09. Para frequências muito inferiores a f , isto
r
ê, quando f tende a zero, temos que XC >> ~ e a impedância do
circuito torna-se:

z eq R - J·x c (lO)

e
z eq
,.. 69 -

A equaçao (10) mostra que a fase de Z estâ entre 09


eq
e -909, sendo assim o circuito comporta-se capacitivamente. No
outro extremo, isto e, quando f tende ao infinito ~>>XC e a
impedância do circuito e:
Z
eq = R+ J·x._
-L
(11)

e
Z = (R2 + X_2) lj2
eq -L

A equação (11) mostra que a fase de Z estã entre 09


eq
e +909, assim o circuito comporta-se indutivamente. Na Figura
2 estao representados em função de f, a magnitude de Z e
eq
suas componentes R, ~ e Xc.

Na Figura 3 estão representados os ângulos de fase da


impedância Z em função da frequência.
eq
Desejamos agora saber o comp6rtamento da corrente que
circula no circuito em função da frequên~ia. Da equação (5) ob
temos:

Figura 2 - Impedância e suas componentes em função da frequência


- 70 -

Figura 3 - Ângulo de fase em função da frequência

I
v
z eq

ou
I = V/Z (12)
eq

- (9) e Figura 2 obtemos que na


Da equaçao ressonanc~a a
impedância ê mínima e vale R, assim a corrente I ê máxima. Em
frequências acima ou abaixo da ressonância a impedância aumenta
com a frequência como mostra as equação (lO) e (ll) e a Figura
2. Assim a corrente decresce para frequências maiores ou meno -
res que a da ressonância. A Figura 4 mostra a corrente que flui
no circuito em função da frequência. Ela foi obtida substituin-
do-se as equaçÕes (9), (lO) e (ll) na (12).
- 71 -

Figura 4 - Corrente do circuito em função da frequência.

A equação (12) e a Figura 4 mostram que podemos des-


cobrir experimentalmente a frequência de ressonância de um cir-
cuito em série mesmo nao sabendo nada sobre ele.
Para isto basta medir a corrente em função da frequên-
cia.
Colocamos um amperímetro no circuito da Figura 1 e va-
riamos a frequência da fonte mantendo a voltagem constante. Ob-
servamos que quando a frequência aumenta a corrente cresce pas-
sa por um máximo e decresce. O máximo da corrente indica a fre-
quência de ressonância.

3. Circuito Ressonante em Paralelo:

O circuito em paralelo mostrado na Figura 5 e cons-


tituÍdo de ramos com elementos R, L e C. A fonte CA mantem u~a
amplitude constante v e sua frequência f e variivel. o compor-
tamento deste circuito na frequência de ressonancia e em fre-
quencias acima ou abaixo seri analisado •

. L c
V N

Figura 5 - Circuito ressonante em paralelo.

A admitância Y do circuito e obtida e aplicando-se a


lei de Krchoff para corrente, assim:
- 72 -

IT IR + IL + I c (13)

IT ::: y R v + YL V + Yc v

y v (14)
IT eq

onde:

y
eq YR + ;. + Yc (15)

Sabemos que:

(16)

e
J B = j WC
c

- (16) na (15) obtemos:


Substituindo a equaçao

y G - _J_ + j wc
eq WL

ou
y G + j o~ c - 1 ) (17)
eq WL

ye q = G + J ( Bc - BL )

A equação (17) e a expressão da admitância do circuito.


O circuito está em ressonância quando Bc = B1 e neste caso a ad
mitância torna-se:

~e q = G /09
L...:::!.:!.-
(18)

e
y
eq
= G

Na frequência de ressonância - (18) mostra


fr a equaçao
- 73 -

que a admitância do circuito é condutiva e consequenteme~te a


fase ê 09. Em frequências abaixo de f , isto ê, quando f tende
r
a zero, temos que BL >> BC e a admitância torna-se:

y G - jB (19)
eq L

e
y
eq

A equação (19) mostra que a fase de Yeq estâ compreen-


.
dida entre 09 e 909 assim, o circuito comporta-se indutivamente.
Quando f tende ao infinito B >> B e a impedância do circuito
c L
torna-se:

Y
eq
= G + J B
c
(20)

e
y
eq

A equaçao (20) mostra que a fase está entre 09 e +909,


e assim o circuito comporta-se capacitivamente. Na Figura 6,es-
tão representados em função de f a magnitude de Y e suas com-
eq
p o n ente s G , BL e Bc

Figura 6 - Admitâncía e suas componentes em função da frequência.


- 74 -

Na Figura 7 esti representado o ingulo de fase da admi


tincia Y em função da frequência.
eq

+9
e _...._ ____ _
f

--------- -----
Figura 7 - Ângulo de fase em função da frequência.

O comportamento da corrente total que circula no cir


cuito é obtido através da equação (14), assim:

IT = Yeq V (21)

ou
I = Yeq V

A equação (18) e a Figura 6 .mostram que na ressonincia


a admitincia é m{nima vale G, assim a corrent~ total I é m{nima.
Acima ou abaixo da frequência de ressonancia a admitincia aumen
ta como mostram as equaçÕ~s (19) e (20) e a Figura 6. Consequen
temente a corrente cresce para frequências acima ou abaixo da
ressonincia. A Figura 8 mostra a corrente total que circula no
circuito em função da frequência. Esta foi obtida substituindo-
se as equaçÕes (18), (19) e (20) na (21).
- 75 -

o f

Figura 8 - Corrente total do circuito em função da frequência.

Analogamente ao circuito em série a frequência de res-


sonancia de circuito em paralelo e experimentalmente obtida va-
riando-se a frequência da fonte, mantendo-se a tensao constante
e procurando-se o mínimo da corrente total que flui no circuito.
O mínimo da corrente indica a frequência da ressonância.

4. Fator de qualidade

O fator de qualidade, simbolizado por Q, de bobinas


capacitares e circuitos e definido por:

2n máxima energia armazenada


Q = (22)
energia dissipada por ciclo

Nos circuitos das figuras 9 e 10, a energia dissipada


por ciclo e dada pelo produto da potência media no resistor
(I
max
/~) 2 R pelo perÍodo T ou 1/f.

.
I I
o .. -IV\A,,.-~1~~-•--~o
R L R C

Figura 9 Figura 10

No circuito RL da Figura 9 a energia armazenada e:


2
1/2 LI entao:
max '
- 76 -
Q ... 2w
lj2 L 12

12
max
max

R.!.
=
2w f L
R -- - WL
R
~
R
(23)

-r- f

No circuito RC da Figura 10& a energia armazenada mãxi


ma
...
e 112cv 2 ... 1/2 2 /w2c entio
r max · •

2 /W 2 C
1/2 1 max X
Q ... ... 1 ... c (24)
2w
12 WCR r
max 1
-y- R I

Num circuito RLC em sêrie na ressonância, a energia ar


mazenada ê constante, visto que quando a tensão no capacitor -e.
mâxi~a, a corrente no indutor·ê nula e vice-versa 9 ass1m

2 2
112 cv max • 1/2 LI max

entao:
Wr L
Q ... 1
=
r R W C R
r

ou
X
=
cr (25)
R

A Figura 11 mostra a corrente que flui em um circuito


·RI. C em série em função da frequência. Na ressonâncí.a a corrente
máxima ê ! • Nesta estio indicados os pontos em ~ue a corrente
0
ê 0,707 do valor máximo e cujas frequências são f 1 e Como
2
a potência forneci~a ao circuito ê R 1 , quando I • 0,707 I o a
potência ê igual i metade do valor mâximo obtido em f • Os pon-
r
tos cbrre~pondentes a f 1 e f 2 sio denominados pontos de meia-p~
tência. A distância entre esses pontos medid·a em Bz ê chamada
largura de faixa Ãf.
I
- 77 -

I
I
I
I ___ _
_ _ _ _ _ _i
0.707Io
I
I
l Af

Figura 11- Curva.de ressonância do circuito RLC em série.

O fator de qualidade pode ser definido em função da


frequência de ressonância e da largura de faixa 6f, assim:

f f
o o
(26)
6f

No circuito RLC em paralelo a energia armazenada na res-


sonância e constante, visto que quando a corrente no indutor
..
e
mãxima a tensao no capacitor e nula e vice-versa, assim
2
1/2 LI 2 = 1/2 cvmax , então
max

B
c
= = ( 27)
G

IV - QUESTIONÁRIO PR~-LABORATÓRIO:

1. O que significa o termo ressonância?


2. Qual o significado do fator de qualidade Q nos cir
cuitos ressonantes?
- 78 -

V - MATERIAL

1 Gerador de funçÕes
2 multÍmetros
1 indutor de 1,3 mH
1 capacitar de 0,33 ~F

1 capacitar de 0,1 ~F

1 resistincia de lOOD
1 resistincia de lOKD
1 placa de montagem
fios de ligação

VI - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Circuito RLC em sêrie:

a) Monte o circuito abaixo:

onde: R = lOOQ, L = indutor de 1,3 mH e C = 0,1 ~F.

b) Ajuste a fonte de tensao para 4V e ache a frequincia


de ressonancia.
c) Mantendo a tensao em 4V para todas as frequincias en
tre 1000 e 100000 Hz meça a corrente que flui no· circuito neste
intervalo de frequinci~.
d) Ajuste a frequincia e a tensao da fonte para 2000 Hz
e 4V, respectivamente. Meça V, I, VR, VL e VC.
e) Repita o item (d) para a frequincia de ressonancia.
f) Repita o item (d) para a frequincia de 60000 Hz.
- i9 -

2. Circuito RLC em paralelo:

a) Monte o circuito abaixo:


T

R L c

onde: R = lOK, L = indutor de 1,3 mH, C = 0,33 l!F

b) Ajuste a tensao da fonte para 4V e ache a · fre-


quencia de ressonância.
·c) Meça a corrente total (IT) que circula no circui
to entre 1000 e 100000 Hz mantendo a tensão da fonte em 4V para
todas·as frequências.
d) Ajuste a frequência e a tensao da fonte em 2000Hz
e 4,0 V, respectivamente.

e) Repita o item (d) para a frequência de ressonan-


cia.
f) Repita o item (d) para a frequência 60000 Hz.

VII - QUESTIONÃ~io

-
.
1. Circuito RLC em ser1.e
1.1 - Usando os valores medidos na frequência de resso
nância calcule os valore~ de R, L e C.
1.2 -·usando os valores calculados de L e C calcule a
frequência de ressonância. Qual e o erro porcentual entre ·a fr~
quencia de ressonância calculada e a achada experimentalmente?
1.3 - Faça um gráfico da corrente versus frequências
com os dados obtidos no item (l.c). Neste, marque os valores da
largura de faixa âf e da frequência de ressonância.
1.4- Utilizando o,grãfico construido na pergunta 1.3,
calcule o fator de qualidade do circuito.
1.5 - Usando os valores calculados de L e R na pergun-
ta 1.1, ~alcule o fator de qualidade.
1.6 - Qual o erro percentual entre os fatores d~ quali
- 80 -

dade achados nas perguntas 1.4 e 1.5? Explique.


1.7 Construa os diagramas de impedância e dos faso-
res V e I com os resultados obtidos nos itens (l~d), (l.e) e
(l.f). Explique o que ocorreu em cada caso.

2. Circuito RLC em paralelo

2.1 - Calcule os valores de R, L e C utilizando os va-


lores medidos na frequência de ressonância.
2.2 - Calcule a frequência de ressonância usando os va
lores calculados de L e C. Qual ê o erro percentual entre a fre
quencia de ressonância calculada e a achada experimentalmente?
2.3 - Construa um grifico corrente versus frequência~
com os dados obtidos no item 2.c.
2.4 - Construa os diagramas de admitância e dos faso -
res V e I com os resultados obtidos nos itens 2.d, 2.e e 2.f.
Explique o que ocorreu em cada caso.
- 81 -

EXPERIÊ!NCIA N<? 9

FILTROS RC E RL

I - OBJETIVO:

Anâlise e verificação experimental de circuitos tipo passa-


baixa e passa-alta frequências.

II - BIBLIOGRAFIA

J.J. Brophy Basic Electronics for Scientists.

III - INTRODUÇÃO TEÕRICA

Circuitos elétricos e eletrônicos muitas vezes tem cor


rentes em diferentes frequências e assim voltagens em diferen -
tes frequências. Como exemplos? o retificador de uma fonte de
potência produz uma saída cc com um ripple CA superposto ao ní
vel CC; a entrada de um circuito de audio pode ter altas e bai-
xas aúdio frequências; um circuito de râdio frequência pode ter
uma larga banda de râdio frequências em sua entrada e um dete -
tor de audio em um râdio tem em sua saida tanto rãdio como au-
dio frequências.
Em aplicaçÕes onde a corrente tem diferentes frequên -
cias, e necessário favorecer ou rejeitar uma frequência ou uma
banda de frequências. Então um filtro elétrico e usado para se-
parar altas ou baixas frequências. O filtro passa-alta deixa pas
sar componentes de alta frequências, enquanto um filtro pass~

baixa e usado para favorecer baixas frequências.

1. Filtro R.C.

Um elementar mas muito Ütil circuito empregando um


resistor e um capacitar em serie e mostrado na Figura 1. Este
filtro RC e conectado a uma fonte de voltagem senoidal:

v = v~ ( 1)
- 82 -

Figura 1 - Filtro R.C.

Desejamos analisar o comportamento da voltagem no re-


sistor VR e da voltagem no capacitar
.
Vc em função da frequê~
cia da fonte f. Para isto devemos obter a impedância
.
Z do cir-

cuito e a corrente I que circula no circuito.
A impedância Z deste circuito ê dada por:

(2)

onde:·

1
Xc = (3)
2 1T f c

O mÕdulo e a fase da impedância Z - dados por:


sao

1/2
z = (R2 + X2) (4)
c
e
X
-1 (- ~)
e = tg
R
(5)

O diagrama da impedância ê mostrado na Figura 2.


IM

Figura 2 - Diagrama da impedância Z


- 83 -

A corrente que flui no circuito e obtida lembrando-se


que:

v = z I (6)

. = v..
Então:
v
I
z
= 1/2 L+ e (7)
(R2+X2)
c

- (7) os fasores VR e VC sao


A partir da equaçao - obtidos:
VR
= (8)

'V: X
v. c =-jx
c
I =
c
/e -1í/z = (9)

As amplitudes dos fasores VR e Vc são obtidos das equ~


çÕes (8) e (9), então:

VR
= (lO)

vc v = v ( 11)
( ( 2 wf J
RC ) 2 + 1 1 I 2

Podemos entao analisar o comportamento das amplitudes


de voltagem com a frequência f.:

para f ~ O

obtemos:
o (12)

e
- 84 -

vc
- v

para f
- 00 obtemos:

e
VR
- v (13)

vc ---'1> o

A Figura 3 ilustra o comportamento de VR e v


c em
fun -
- da frequência f
çao

0,1'07V

Figura 3 - Comportamento de VR e VC em funçio de (.

vê-se nesta figura que para baixas fr~quências~ a ten-


-
sao se concentra no capacitar e para altas, no resistor. Um fil
tro passa-baixa frequências e obtido tomando-se a voltagem de
sa!da no capacitar, ~nquanto que um filtro passa-alta frequên -
cia e conseguido tomando-se a voltagem de saída no resistor.
Na Figura 3, observa-se que para f = fc , VR = VC. Es-

ta frequência e denominada frequência de corte e ê obtida igua-


- (10) e (11), assim:
lando-se as equaçoes

VR
=
v (14)

- (14), obtemos:
Da equaçao

1
f = (15)
c
- 85 -

Na frequência de corte a amplitude das voltagens VR e


VC e obtida substituindo-se a equação (15) na equação (10) ou
(11), entao:

= = = 0,707 v (16)

A equação (16) mostra que na frequência de corte a. p~


tência de saÍda do filtro vale metade da fOtência de entrada.Em
vista disso, a frequência de corte tambêm ê denominada frequên-
cia de meia potência.
Desejamos agora analisar o comportamento das fases de
VR e Vc em função dB frequên~ia f. A fase de VR i obtida

das equaçÕes (8) e (5), entao:

eR tg -1 ( -+1- -) (17)
2-rrfRC

a fas_e de V.
c
-e - (17) na (9).
obtida substituindo-se a equaçao

ec
= [tg-1 +1
(2-rrfRC)
J - -2-
1T (18)

A diferença de fase entre VR e VC ê obtida através


das equaçÕes (17) e (18), assim:

eRC = -rr/2 (19)

para f
- o • obtemos:

eR
- rr/2 (20)

e
ec - o

para f
- (D, obtemos:

eR
- o

e
ec ~ -rr/2 ou le c I- rr/2 (21)
- 86 -

A Figura 4 mostra o comportamento de eR'


função da frequência f.

Figura 4 - Comportamento dee em função de f.

Na Figura 4, nota-se que na frequência de corte eR =


fase nesta frequência e obtida substituindo-se a equação (lS)na
equação (17) ou (18), assim obtem-se que na frequência de cor
te:

1f
eR = eC :::z: -4- (22)

O diagrama dos fasores V e I para o circuito RC podem


ser obtidos nos limites de f~ O e f~Q) • Isto e obtido a-.
traves da equação (1) e aplicando-se estes limites, nas equa-
çÕes (7) e (5). Estes diagramas são mostrados nas Figuras Sa e
Sb.

Ym

I
v Rs Í· v Re

Figura Sa - Diagrama de v e I Figura Sb - Diagrama de v e z


para f - o para f - 00

Com os grâficos das Figuras 3 e 4 podem ser obtidos os


diagramas de fasores das voltagens. Pode-se notar que para f~O

tem-se:
- 87 -

vc
- v

o
- o

w/2

ú diagrama de fasores para este limite de frequência ê


mostrado na Figura 6.

Im

~----======~:----A~
"e
Figura 6 - Diagrama dos fasores das voltagens f ..... o
(

Fazendo-se a mesma análise para f = fc e f - 00,

tem-se os diagramas representados nas Figuras 7 e 8 respectiva-


mente •.

Figura 7 - Diagrama de fasores Figura 8 - Diagrama de fasores


das voltagens f=f das voltagens f~m
c

2. Filtro RL:

Consideremos o circuito mostrado na Figura 9. Este


filtro RL estâ conectado a uma fonte de voltagem senoidal cuja
expressão e dada pela equação (1).
- 88 -
I

Figura 9 - Filtro RL

Repita para este circuito a análise feita para o fil-


tro RC. Você deverá obter:

=
R v (23)
VR
(R2 + xi:) 1/2
~v
VL = (24)
(R2 + ~)1/2

e
-1 ( ~)
e :: tg (25)
R

onde VR, VL e - respectivamente: as amplitudes da volta -


e sao

gem no resistor, no indutor e o ângulo de fase da impedância.F~

ça um gráfico de VR e VL em função da frequência f.

Analogamente ao filtro RC, define-se uma frequência de


corte f para este circuito. Obtenha seu valor em função de L e
c
R. Obtenha ainda eR, eL e eLR definidos de maneira análoga ãs
fases do circuito RC. Em seguida, grafique-os em função de f.Fi_
nalmente faça os diagramas de fasores do circuito para valores
de f tendendo a zero e a infinito e tamb;m para f = fc.

IV - QUESTIONÁRIO PRt:-LABORAT6RIO

1. Resolva como exercicio o item (2) da int~odução te~


r1.ca.
- 89 -

V - MATERIAL

1 gerador de audio
2 multÍmetros
1 resistência de 330n
1 resistência de 39n
1 capacitar de lOOnF
1 indutor de 1,3 mH
1 placa de montagem
fios de ligação.

VI - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Filtro RC

a) Monte o circuito da Figura 10, onde R = 330n e


c = 100 nF

I.

Figura 10

b) Calcule a frequência de corte do filtro


c) Ajuste a tensao do gerador de audio para 2V e a fre
quência para 10Hz. Meça I, VR e ~ç·
d) Repita o item (c) para frequências compreendidas en
tre 10 Hz e 100 KHz e meça VR e VC • Para a frequência de corte
calculada no item (b) e para a frequência de 100 KHz meça tam-
bém a corrente I.

2. Filtro RL

a) Monte o circuito da Figura 11, onde R = 39n e L -


e
o indutor.

R
- 90 -

b) Calc~!e.A ~requincia de corte do filtro utilizando


o valor de L indicado.
c) Ajuste a tensao do gerador para 2V e a frequincia
para 10Hz. Meça I, VR e VL.
d) Repita o item (c) para frequincias entre 10Hz e
100KHz e maça VR e VL. Para a frequência de corte calculada no
item (b) e a _frequincia de 100 KHz meça a corrente I.

VI I - QUE STIO NÃRIO

1. Usando papel mono~log, construa, juntos, os gráfi-


cos de V:R_, VC e V em função de f. A partir dos. gráficos, obte-
nha os valores da frequincia de corte f do circuito RC e com-
c
pare com seu valor te~rico. Calcule o erro percentual.

2. Construa agora os gráficos de 9R' em

função de f. Obtenhà os yaloras de fc a partir destes gráficos


e compare com os obtidos em (1). Compare estes gráficos com os
previstos teoricamente'.

3. Construa os diagramas de impedâncias para

f = 10Hz, f = f
c
e f = 100 KHz ..

4. Construa o diagrama de fasores para V e I _para

f = 10Hz, f f e f "" 100KHz.


c

5~ Construa o diagrama de f as ores para v, VR e vc para

f = 10Hz, f = f e f = 100KHz.
c

6. Repita os i te.ns de (1) a (5) para" o circuito R L •.


- 91 -

EXPERIÊNCIA N9 10

POTENCIA EM CIRCUITOS DE CORRENTE ALTERNADA E CORREÇÃO DO FATOR


DE PO TENC IA.

I - OBJETIVO

Estudar a potincia e a correçao do fator de potincia em cir


cuitos monofãsicos CA~

IJ:- BIBLIOGRAFIA

J.A. Edminister - Circuitos Elétricos -Coleção Schaum

III - INTRODUÇÃO TE6RICA

Em qualquer dispositivo elétrico estamos sempre interes


sados em sua potincia. Por exemplo, temos interesse na potincia
de um gerador, na potincia ã entrada de um motor elétrico, na
potincia de um transmissor· de rádio etc.
A potincia instantânea, a qual é dada pelo produto da
voltagem pela corrente depende do circuito em que e medi~a. Ela
pode tomar valores positivos e negativos, dependendo do instan-
te que se considera. Uma potincia positiva indica transferincia
de energia da fonte para o circuito, enquanto que uma potência
negativa correnponde a uma transferência de energia do circuito
para a fonte.
Nesta experiincia vamos estudar os diversos tipos de
potincia e a correção do fator de potincia em circuitos monofã-
sicos CA. Introduzimos também o wattímetro que é o:instrumento
utilizado em medidas de potincia.

1. Potência nos circuitos monofãsicos CA.

No circuito RLC em_ série mostrado na Figura 1, que


consideraremos indutivo~ a tensao e a corrente são dadas por:

v(t) = VM CO S Wt (1)

i(t) IM: CO S(Wt - a) (2)


- 92 -
i( t )

V(t)
~--------------~·~v= v/sl_

""'
Figura 1 - Circuito RLC série indutivo e seu dia-
grama fasorial

A potência instantânea p(t). e dada pelo produto das


-
equaçoes (1) e (2), assim obtemos:

p(t) = v(t) i(t) = VMIM coswt cos(wt-a) (3)

Aplicando-se na equaçao (3) a relação:

cosa cdsb = 1/2 [cos (~+b) + cos (a-b)]

considerando a =wt e b = (wt-a) e substituindo-se a tensao e


corrente máximas por seus valores eficazes

VM ~
p(t)= [cos(2wt-a) + cos a = VI [cos(2wt-a) + cosa] (4)
2

Como cos.(a'-b') =cosa' cos b' + sen a' sen b' e con-
siderando que na equação (4) a' = 2wt e b' = a, obtemos:

p(t) = (VI cosa) cos 2wt + VI cosa + (VI sen a) sen 2wt (5)

X y

Os termos simbolizados por X e Y são denominados potê~


cia ativa instantânea e potência reativa instantânea, respecti-
vamente. Estas potências estão mostradas na Figura 2.
- 93 -

Figura 2 - Potência ativa e reativa instantâneas

A parcela de p(t) que corresponde a X ê sempre positi-


va, indicando um fluxo de energia da fonte para a carga. O ter-
mo y e ora positivo e ora negativo, isto indica que em um quar-
to do período a energia flui da fonte para a carga enquanto que
no quarto de perÍodo seguinte ela flui da carga para a fonte.
O valor médio de p(t) ê denominado potência ativa P(m~
dida em watts) que e também a amplitude de X, isto é:

P = p(t) = X = VI cos a (6)

A amplitude de Y ê danominada potência reativa Q (medi


da em VAR), assim:

Q = VI sen a (7)

Se Q >O a carga ê indutiva e se Q <.0 a carga e capa-


citiva.
O produto VI é denominado potência aparente N (medida
em VA), isto e:
(8)

2. Potência complexa:

A potência complexa e o nÚmero complexo N definido


por:

N = V I* (9)


Considerando V = V f..2.:L e I = I ~ e substituindo
na equação (9), obtemos:
- 94 -

.N = V b:1_ I b_ = VI-~= VI cosa + jVIsena = P+jQ (10)

A parte real ~e N ~ a potincia ativa P(watts) e a par-


te imaginária ê a potincia· reativa Q(VAR) e seu módulo ~ N(VA)
o qual ê dado pela equação (8).
Para o circuito RLC em sêrie onde X = ~ · - XC e Z =
= R + jX, temos:

2
N = V I* = Z I I* = (R + jX)I = R I2 + J X I
2 (11)

Da-equação (11) podemos definir:

p = R I2 (12)

Q = X I2 = (~ - X ) I2
c
(13)

e
N = z I2 v I (14)

Podemos ainda substituir na equação (11)

I* por I* V*/Z* assim:


' ·., ~ ...

. 2
V*_ v - ~ _ v2 (R+jX) :
v . . -
-.---
Z* Z* R-jX - R2 + x2
(15)

- podemos definir:
Desta equaçao

p (16)

Q = (17)

3. Correção do fato·r de ·potincia-

O conhecimenco de P e Q pe~mite a determinação do


ângulo a, isto ~:
- 95 -

Q VI sen a (18)
tg a p =
VI cos a

assim cos a que e denominado fator de potência e : -


-1 Q )
cos a cos (t p
(19)
g

Para uma carga capacitiva, como mostrada na Figura 3,a


potência reativa Qc obtida atravês da equação (13) ê:

-X 1
c
2
X
c
= -v 2 2 nfC (20)

onde X 1/2 nfC.


c

I
í
I
!
_.__c _J__c
-r-- -1-
l
1
I

Figura 3 - Carga capacitiva Figura 4 - Circuito RL em


sêrie

Para o circuito mostrado na Figura 4, o ângulo a vale:

tga =
~ Q
(21)
R p

Para uma instal~ção industrial cuJO circuito equivalen


te ê o da Figura 4, uma multa serã aplicada pela concessionária
se o fator de potência (cos a) for menor que 0,85. Vejamos o
que d~ve ser feito nesta instalação para que cos a > 0,85 e
consequentemente a multa nao seja aplicada.
Se no circuito da Figura 4 for acrescentado um capac~­

tor C em paralelo, o valor da potência ativa P não serã altera-


da e o novo valor da potência reativa QN e:

. 2
Q - V 2 1r fC (22)

O novo ângulo (aN) sera tal que:


- 96 -

Q - v 2 z,. fc
= p (23)

O valor do capacitar C com o qual o fator de potência


e corrigido ê dado por:
6
(Q - P tg aN) 10
c = llF (24)
2 ,. f v2

>
Portanto fixado um aN tal que cos aN = 0,85, C pode
ser determinado a partir de tg aN' Q P, f e V conhecidos.

Na Figura. 5 são mostradas as potências do circuito da


Figura 4 antes e apôs a colocação do capacitar. Estes gráficos
são denominados triingulos de potências.

P Rc

Qc
-j

Figura 5 - Triângulos de Figura 6 - Circuito RLC em


potências paralelo

Na Figura 5 vemos que apôs a colocação do capacitar a


potência aparente NN e menor que antes d~ colocação do capaci-
tor, isto e: < N, como N ~ VI e como V e mantido tons-
tante a nova corrente IN e menor que a corrente anterior a colo
- do capacitar, assim:
caçao

< I (25)

Consideremos o circuito da Figura 6 antes da colocação


do capacitar. Neste, as perda~ na linha PL e: -
- 97 -

(26)

onde.~ ê a resistência da linha.

Com a colocaçio do capacitar C estas perdas sao agora:

= (27)

Considerando a equação (25) concluímos que:

< (28)

Assim a colocaçio de um capacitar em paralelo com a


carga indutiva leva a uma diminuiçio das perdas nas linhas. Es-
te fato justifica a cobrança de uma multa, uma vez que as per-
das nas linhas não sio pagas pelo consumidor e sim pela conces-
sioná-ria.

IV - QUE STIO NÃRIO PRt:-LABO RAT6RIO

1. Defina potência ativa, reativa e aparente.


2. O que deve ser feito para que o fator de potência
seja corrigido e o que isto ocasiona em termos de perdas.
3. Dado o circuito abaixo, calcule:

a) I, P, Q, N e cosa..
b) C para que cos a. = 0,9
c) (corren~e apÕs a colocaçio do capacitor)


I

ttOV
- 98 -

v - MATERIAL

1 Variac
1 MultÍmetro
1 Wattímetro
1 Banco de lâmpadas· (3x60W-:220V)
1 Reator (40W-220V)
1 Capacitor - 8· 11F

VI - PRO CED IMENTC EXPERIMENTAL

1. Monte o circuito da Figura 7.


'~R ,

Ol: A

. 0'1 I
I
I
I

v -.,.-
--:-:...1.-c
1
i
I
I
I
I

B
Figura 7

a) Ajuste o variac para 150V.


h) Meça I, W e VR~

c) Ajuste o variac para 170V


d) Meça I ' , W' e V i .
e) Ajuste a tensao para zero volts.
f) Coloque entre A e B da Figura 7 um capacitor de 811F
g) Ajuste o variac para lSOV.
h) Meça W, IN e VR •
N
i) Ajuste o variac para 170V.
j) Meça W', IN' e V'
RN
- 99 -

2. Monte o circuito da Figura 8~

I v OI A
OV
I IR
I
I
I
'1/ARIAC '11 c-.l-
-T-
I

Figura 8

a) Ajuste o variac para 150V~

b) Meça W, I e IR
c) Ajuste o variac para zero volts.
d) Coloque entre A e B da Figura 8 um capacitar de
8ll F.
e) Ajuste a tensio para 150V.
f) Meça W, IN e IR
N

VII - QUESTIONÁRIO:

1. Determine os valores da resistência R das lâmpadas,


a resistência r do reator e a indutância L do reator para o cir
cuito da Figura 7, a partir de W, I e VR para V = 150V e V=
= 170V para o caso sem capacitar.

2. Calcule P, Q, N e cosa para V = 150V e V = 170V pa


ra o circuito da Figura 7 no caso sem capacitar.

3. Calcule P, QN, NN e cosa para V = 150V e V = 170V


para o ci~cuito da Figura 7, no caso com capacitar.

4. Determine os valores de R, r e L para o circuito da


Figura 8 a partir de W, I e IR.

5. Calcule P, Q, N e cosa para o circuito da Figura 8


no caso sem capacitar.

6. Calcule P, QN' NN e cosa para o circuito da Figura


8 no caso com capacitar.
- 100 -.

EXPERI~NC IA N9 11

SISTEMA TRIFÁ-5ICO - I

I - OBJETIVO

Analisar sistemas trifásicos em estrela com cargas equilibr~


das e não equilibradas.

II- BIBLIOGRAFIA

J.A.Edminister- Circuitos Eletricos - Coleção Schaum

III-INTRODUÇÃO TE6RICA

Os circuitos monofásicos sao usados largamente na ilumi


naçao, pequenos motores e equipamento domestico. Na geração,~ran~
mlssao e utilização da energia eletrica para fins industriais u-
tiliza-se o sistema trifásico.
Um sistema trifásico consiste de um conjunto de três c1r
cuitos mo~ofásicos em que sio geradas voltagens alternadas de mes
ma amplitude,, porem defasadas de um ingulo de 1209, cada circui
to do sistema constitui uma fase.
Um sistema trifásico se diz balanceado quando.~s condi-
çÕes de ca-da fase são as mesmas: o valor da corrente e o fator
de potência de cada fase sao as mesmas. O sistema que nao satis-
faz a estas condiçÕes se diz nao balanceado.
As vantagens do sistema trifásico sobre o monofásico,e~
tre outras, sao:
Para o mesmo tamanho, os geradores e motores trifási-
~os sao de maior potência que as monofásicas.
As linhas _de transmissão trifásicas necessitam menos
cobre que as monofâsicas para transportar a mesma potência.

~esta experiência estudaremos o sistema trifásico lig~

do em estrela sendo que o mesmo sistema mas ligado em delta será


estudado na prÕxima experiência.

1. TensÕes equilibr~das trifásicas aplicadas a impedin-


eias iguais l~gadas em ~strela

6onsideremós-~rês tensÕes monofásicas de mesmo mÕdulo,


mas defasadas d~as a duas de 1209 aplicadas em três impedincias

Z do mesmo valor, como mostrado na Figura 1.
- 101 -

VFA z

I 1I
..1. 2 e>-,----------------<111~
3 o--,-----------..., 3 ' z•

. .
I.LB = l1:s

Figura 1

onde:
VFA ' VFB e VFC
-
sao denominadas voltagens de fase.

1 e 1 corrente de linha e
LA ' ~B LC

1 1 e 1 - as correntes de fase.
sao
FA ' FB FC

Nesta figura VFA = VF ~ -


e tomada como referência
assim:

As corrent~s linha e fase sio iguais, isto e:

As correntes de fase, considerando z = - determina-


z ~. sao
das de:

.
z
- 102 -
VFB VF /-1209
1
FB
= . = = IF L-12o9 - (l ·. ( 1)
z z b_

VFC VF Ll209
1
FC
= = IF /1209 - -
(l

i z b:_

- (l) mostram que as correntes


As equaçoes IFA~ IFB e
IFC tem o mesmo mÕdu:o e.são duas a duas defasadas do 1209. O
diagrama fasorial de V e I e mostrada na Figura 2.

Im

Figura 2

A união das extremidades l, 2 e 3 em I e 1', 2' e 3' em


- o alterará os valores de .
li na
. ~FA' ~FB e VFC e portanto nem
os valores das correntes 1
FA' 1 FB e 1 FC • Os tris· fios ligando I
a I I podem· ser dispensado's uma vez que
. .
1 FA + 1 FB + 1 FC = O,c~
.
mo mostrado nas Figuras 3 e 4.
- 103-

A
.
IFA
.
I

VLA
VFA z
ZF
I.=O
.
VLB

"Fc

vl.C VFB

Figura 3

Mesmo ligando~se I e II com um fio neutro de impedância


ZF ~ O a corrente I serâ nula.

Figura 4
- 104 -

Do diagrama fasorial~ Figura 4~ obtemos:

VLA = VFA - VFC = 13' VF 1- 309

VLB = VFB - VFA = fi' VF L-1509 (2)

VLC = VFC - VFB = R VF L 2709

As tensoes VLA , VLB e VLC são tensoes trifásicas e-

quilibradas. Portanto para um sistema trifásico temos:

(3)
e

VL ê aenominado tensao entre linhas (ABC) e VF tensao entre fa-


ses (ABC) e II.

2. Sistema trifásico equilibrado sem fio neutro alimen-


tando impedâncias diferentes ligados em estrela.

Consideremos o sistema trifásico da Figura 5~ o qual a-


limenta impedâncias diferentes
.
zl '
.
z2 e z., .
..J
A~----v---------------------~~

Co--..,__ _ _ _ ___,

ao--~---~-------------------------~------------~
Figura 5
- 105 -

Nesta:
VLA = v~ = VFA - VFC

VLB = v /-1209 = VFB - VFA (4)

VLC = v /1209_ = VFC VFB

Para o caso geral z1 # z2 # z3 em mÕdulo e fase, as


tensoes e correntes de fase estarao desequilibradas em mÕdulo e
fase como mostra o diagrama fasorial da Figura 6.

l:.m

Figura 6

Neste caso as corrente IFA' IFB e IFC podem ser deter


minadas a partir das correntes de malha r e r2 pelas rela-
1
-
çoes:

= (5)

As correntes r e r sio soluç~es do seguinte sistema,


1 2
onde sio conhecidos V,
- 106 -

(6)

Pela lei de Ohm podem ser determinadas as tensoes VFA ,


VFB e VFC através de:

(7)

3. Sistema trifásico equilibrado com fio neutro (Zf =O)


alimentando impedâncias diferentes ligadas em estre
la

No circuito da Figura 7 a intersecção das fases está

.
agora aterrada via o fio neutro (N) que consideraremos de impe-
dâncias zf = o

A ~-------r--,-------------------~

Figura 7
-107-

No caso geral, para VFA' VFB e VFC equilibrados na fon-


te terao na carga os mesmos valores, mesmo para I ~ "
O (pois Zf =
=O). Para z1 ~ poderá ocorrer I I O. O diagrama fa
sorial para este caso e mostrado na Figura 8.

I.m

VLC

Figura 8

As correntes podem ser determinadas pelas relações:


.
VFA VLA
1
FA = . 13 z1
zl

. VFB VLB
IFB = --
z2
. =
13 z2
(8)

VFC VL C
1
FC = .
-- =
fi
z3 z3

e
I IFA + IFB + 1 FC (9)

4. Sistemas equilibrados alimentando impedâncias desig-


nàis com fio neutro de baixa impedância (Zf = O).
Na Figura 9 o fio neutro do sistema trifásico tem
baixa impedância, ~
. • -e '
..
I: FA

.,
v,,

Figura 9

O diagrama fasorial deste caso ê mostrado na Figura 10.

Figura 10
- 109 -

Para ZF -
.
= O, I ZF
. o
-= o e portanto as tensoes v;.A, VFB e

VFG• valerão:

VFA = VFA- I ZF

v;.B = VFB - I ZF (lO)

VFC = VFC - I ZF

Para ZF- 00 (item 3.2) as tensoes de fase estarao mais


desequilibradas.
As correntes IFA' IFB e IFC podem ser determinadas a
partir das carrentes de malhas 1 ,
1

I =

As correntes de malha, 1 1 , 1 e 1 são as sol~çÕes do


2 3
seguinte sistema de equações, no qual são conhecidos v, zl ' z2'
z 3 e zF

v Loç +
(Zl + ZF) Il ZF I2
/3
(12)
v /1209
-z F Il + (ZF + Z3) I2 - Z313
~~

v /::1209
-Z312 + (Z3 + ZF) 13
13
Pela lei de Ohm:
- 110 -
v;A = z1 IFA

VFB = z2 IFB (13)

v~c = z3 IFC

IV - QUESTIONÁRIO PRt:-LABORAT6RIO

1. Dado o sistema trifásico equilibrad~ aba~xo, d~termi:,

nar as tensÕes VFA' VFB ~ VFC' ; as correntes IFA' IFB e IFC P.!
ra a carga desequilibrada z ,
1
i 2 e i 3 ligada em estrela.

10 ~
~.. (

10~

V - MATERIAL

1 multÍmetro; 3 Bancos de Lâmpadas (3 x 60w); 3 Reatores; 1 Chave


de faca trifásica; 1 Chave de faca para neutro.

VI - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) Monte o circuito da Figura 11.


- 111 -

A ~--~----~~--~--------------------~

LÂMPADAS

REATOR

.LFA

Figura 11

b) Meça as três tensoes VL e as três tensoes VF


c) Medir as três correntes IF
d) Ligue a chave de neutro
e) Meça as três tensoes VF' as três correntes IF e a
corrente de neutro.
f) Desligue a rêde trifásica e o neutro.
g) Desligue uma lâmpada da fase A e duas da fase B.
h) Ligue a rede trifásica.
i) Meça as três tensoes VF e as três correntes IF
j) Ligue a chave de neutro.
k) Meça as três tensoes VF e as três correntes IF, e a
corrente de neutro.
- 112 - .

VII - QUESTIONÁRIO

1. Com referência ao item (b) qual o valor da relação

2. Por que a corrente de neutro, item (e), ê próxima de


zero?
3. Faça o diagrama fasorial para tensoes e correntes do
item (i).
4. Compare os resultados das tensoes dos itens (i) e
(L) e diga a vantagem da ·ligaçio do fio neutro.
5. Construa o diagrama fasorial para tens~es e corren
tes do item (1).

.-~ .
- 113 -

EXPERI~NCIA N9 12

SISTEMA TRIFÁSICO II

I - OBJETIVO

Analisar sistemas trifásicos com cargas equilibradas e dese-


quilibradas ligadas em delta.

II- BIBLIOGRAFIA

J.A.Edminister- Circuitos Elétricos -Coleção Schaum

III-INTRODUÇÃO TEÓRICA

Na experiência anterior o sistema trifásico com cargas


ligadas em estrela foi analisado e verificado experimentalmente.
Agora o sistema trifásico com cargas ligadas em delta será anali
sado.

1. Cargas equilibradas ligadas em delta

.
Consideremos o circuito mostrado na Figura l,no qual
o sistema trifásico alimenta impedâncias Z de mesmo valor.

A~---~---~-----.-------------------~
ÍA

z
.
I.e
B'
. .
vse
I c
c

Figura 1 - Sistema trifásico com cargas equilibradas


em delta.
- 114 -

Neste circuito VAB , v 8 C e VCA sao denominadas tens~es

de linha, IA' IB e r c correntes de linha e 1


AB'
1 e 1 cor-
BC cA
rentes de fase. Nesta figura, VBC = ~L {09 -e tomada como refe -
rencia e assim:

e V CA ""' VL ~~ 1209

As correntes de fase, considerando Z = Z L2_, podem ser


determinadas de:

VAB
= = = - OI.
z

VBC VL fo9
1
BC - .
--
z
=
z ~
= IF ~ (1)

VCA VL L-1209
1 = . = = IF L-1209 - OI.
cA z z /_!!:__

- (1) mostram que as correntes de fase


As equaçoes tem
mesmo modulo e são duas a duas defasadas de 1209. As correntes
de linha sao - obtidas aplicando-se a primeira lei de Kirchoff aos
-
nos A I ' B I •cI :

IA = IAB - 1
cA
13 IF L::_

IB = IBC - IAB 13 IF L-12o9 + OI. (2)

I c = ICA - 1
BC = 13 IF /1209 + OI.

-
As equaçoes (2) mostram que as correntes de linha -
sao
/3 vezes maiores que as correntes de fase, e, tambêm são defasa-
das duas a duas de 1209. O diagrama fasoria1 de V e I
. . e mostra
do na Figura 2.
- 115 -

.
VAB

~BC

Figura 2 - Diagrama fasorial de V e I para cargas equi


libradas em delta.

2. Cargas desequilibradas ligadas em delta.

No circuito da Figura 3 o sistema trifisico alimenta


impedâncias desiguais ligadas em delta. Estas impedâncias tem
valores:

z2 /!_ e z3 = z3 L!_
Acr--~~--~--------r--------------------oAI
IA

i-------------oc,
e'
l:C
c
Figura 3 - Sistema trifisico com cargas desequilibradas em delta.
- Ll6 -

Nesta. figura, VBC == VL & e tomada como referência e

consequentemente VAB = VL /1209 e VCA ~ VL /-1209.


- dados por:
As correntes de fase sao

VAB VL L~2o9 VL
1
AB = -- . = = /1209 - a.
zl zl b_ z .
1

VBC VL /o9 VL
1
BC
= = = - s (3)
z3 z3 li_ z3

VL /- 1209 - y
.
-- =
-------
z2

-
As equaçoes (3) mostram que as correntes de fase tem mo -
- obtidas apli-
dulos e fases desiguais. As correntes de linha sao
cando-se aos nos A' - '
B' e c' a lei de Kirchoff para correntes:

IA ::: 1
AB - 1
CA
= Il 6_

IB = 1 BC - 1
AB
= 12 LE- (4)

I c = 1
CA - 1
BC
= 13 L5_

As equaçoes (4) mostram que para cargas desequilibradas


as correntes de linha tem m6dulos e fases desiguais. O diagrama
fasorial de V e I para este caso e mostrado na Figura 4.
- 117 -

.c
I

Figura 4 - Diagrama fasorial de V e I para cargas dese


quilibradas em delta.

IV - QUESTIONÁRIO PRf-LABORATÓRIO

1. O sistema trifásico da figura abaixo de 240V, tem


cargas ligadas em delta com ZAB = 10 ~ ZBC = 10 j309 e ZCA=

= 15 /-309 •
Calcule as três correntes de linha e construa o dia-
grama fasoríal de V e I .

ALr-,,---1r-----,r-------------------~
IA

24o 1 12o 0

240~

rs
B

240 ~

c~~--_.--~--------------------------------------~
- 118 -

V - MATERIAL

l MultÍmetro
3 Bancos de limpad~s (3x60W-220V)
3 Reatores (40W-220V)
1 Chave de faca trifásica
fios de ligação
.,
VI - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Carga Equilibrada
a) Monte o circuito d~_Figura 5.

\
LÂMPADAS

REATOR

· Figura 5

b) Meça as tensÕes de linha VAB, VBC' VCA' as tensoes


nos bancos de lâmpadas, VR e nos reatores VL.
c) Meça as correntes de linhas IA' IB e IC e as cor -
rentes de fase IAB' IBC e ICA"

2. Carga desequilibrada

a) Desligue uma lâmpada da fase BC e duas limpadas da


fase CA.
b) Repita o item (6.l.b)
c) Repita o item (6.l.c)
- 119 -

VII - QUESTIONÃRIO

1. Carga equilibrada

1.1 - Calcule o valor das resistincias das limpadas.


1.2 - Calcule o valor das reatincias indutivas dos indu
teres.
1.3 - Calcule o valor das impedincias de cada fase.
1.4 - C~lcule as correntes de fase e as correntes de li
nha.
1.5 - Qual é o valor da relação

IL I IF medido no item (c)?


1.6 - ConstTua o diagrama fasorial de V e I •

2. Carga desequilibrada

2.1- Repita todos os itens de (1), menos o item (5).

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