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PÓS GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA DE
ESTRUTURAS
ESTRUTURAS MISTAS
Aula 03 - Conectores
Profa. Débora Coelho Cordeiro Pinheiro
deboracordeiropinheiro@gmail.com
 Programa da disciplina

• Introdução
• Lajes mistas
• Ligação resistente a cisalhamento entre aço e
concreto
• Vigas mistas
• Pilares mistos
• Ligações mistas
 Referências bibliográficas

• ABNT NBR 8800-2008 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas

mistas de aço e concreto de edifícios

• Dimensionamento de Elementos Estruturais de Aço e Mistos de Aço e

Concreto, Autores: Ricardo Hallal Fakury, Ana Lydia Reis de Castro e Silva

e Rodrigo Barreto Caldas, Ed. Pearson, 2017.

• Manual de Construção em Aço – Estruturas Mistas , Vol. 1 & 2 (editado

pelo CBCA), Autores: Gilson Queiroz, Roberval José Pimenta e Alexander

Galvão.
 Acesso à Biblioteca PUC Minas

• Necessário Login e Senha da biblioteca da PUC


• http://bib.pucminas.br/pergamum/biblioteca_s/php/login_
usu.php?%1Eag=index.php
 Acesso a normas ABNT

• Necessário Login e Senha


da biblioteca da PUC
• https://portal.pucminas.br/b
iblioteca/index_padrao.php
?pagina=5860
 Acesso a livros da Pearson (e-book)

• Necessário Login e Senha


da biblioteca da PUC
• https://plataforma.bvirtual.
com.br/Acervo/Publicacao
/39453
 Acesso a manuais do CBCA

• Necessário inserir nome


e e-mail para download
• https://www.cbca-
acobrasil.org.br/site/biblio
teca/?&bsc=ativar&bscPg
n=3&bscQtdReg=10&txtB
scKeyword=&chkCat%25
5B%255D=7
 Elementos mistos

• Os elementos estruturais mistos de aço e concreto


são usados principalmente como:
• lajes;

• vigas;

• Pilares.

Fonte: Manual CBCA


 Elementos mistos

• A interação entre o concreto e


o perfil de aço pode se dar por:
– Meio mecânicos (conectores, mossas, resaltos, etc);
– Atrito (ex. formas com cantos reentrantes);
– Simples aderência (Ex. pilares mistos sujeitos apenas a força
normal de compressão).

Fonte: Codeme Engenharia S.A.


 Vigas mistas Fonte: Manual CBCA
 Vigas mistas

• Vigas transversinas mistas (antes da concretagem)

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Fonte: RMG Engenharia
 Conectores de cisalhamento

• O comportamento de estruturas mistas de aço e


concreto é baseado na ação conjunta dos dois materiais
frente aos esforços que se desenvolvem na interface
entre ambos, provocados por um carregamento externo.
• O trabalho solidário realizado pelos elementos de aço e
concreto é viabilizado fundamentalmente por meio dos
CONECTORES DE CISALHAMENTO.

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ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012
NÃO MISTO MISTO

ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL


CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012
NÃO MISTO MISTO

ESTRUTURAS MISTAS, VOL.1, 2ª.Ed., INSTITUTO AÇO BRASIL


CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO, RIO DE JANEIRO - 2012
Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Comportamento conforme interação


Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Comportamento conforme interação


 Conectores de cisalhamento

Tipo mais
usado

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 Conectores de cisalhamento

• Outros tipos de conectores:

Crestbond => desenvolvido no Brasil por


um grupo de pesquisadores da UFV e da
UFMG (VERÍSSIMO, 2007)
19
 Conectores de cisalhamento

• Stud bolt

20
 Conectores de cisalhamento

• Barra com alça

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Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


dcs mais usado em
• Características e fixação no perfil de aço edificações

dcs mais usado em


pontes
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Características e fixação no perfil de aço
• O aço utilizado na fabricação dos conectores pino com cabeça é o
ASTM A108 – Grau 1020.
• Esse aço deve ser especificado para ser produzido com resistências
ao escoamento (fycs) e à ruptura (fucs) mínimas iguais a 345 Mpa e
415 MPa, respectivamente.
• Além disso, o aço deve permitir alongamento mínimo de 20% em 50
mm e redução de área mínima de 50%.
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Características e fixação no perfil de aço
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Características e fixação no perfil de aço
• Pode-se efetuar a soldagem por eletrofusão:
• Na mesa de um perfil de aço: o comprimento do conector sofre
uma redução de aproximadamente 5 mm em relação ao valor
original.
• através de uma fôrma de aço de laje mista: a redução é de
cerca de 9 mm acima da fôrma.
• Os conectores pino com cabeça devem possuir, após a instalação,
comprimento mínimo igual a quatro vezes o diâmetro para que
possam ser considerados dúcteis e tenham o comportamento exigido
para aplicação dos procedimentos de cálculo.
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Características e fixação no perfil de aço
Conectores de cisalhamento
• Conectores pino com cabeça
• Características e fixação no perfil de aço
• Em situações adversas, é possível utilizar solda convencional de filete em
volta da base do conector usando arco elétrico com eletrodo revestido
(SMAW), arco elétrico com proteção gasosa (GMAW) ou arco elétrico com
fluxo no núcleo:
• para conectores com diâmetros de 19 mm e 22 mm, a espessura da mesa do perfil
de aço não deve ser inferior a 6,33 mm e 7,33 mm, respectivamente, e, para ambos
os diâmetros, a solda deve ter perna de 8 mm; a fôrma de aço).
• a face inferior do conector deve ser lixada para eliminação da esfera de fluxo sólido,
de modo a assegurar um perfeito contato com a face superior da mesa do perfil de
aço;
• se a laje for mista, a fôrma de aço precisa ser furada para que o conector seja
soldado diretamente na mesa do perfil (não se permite executar solda de filete
sobre a fôrma de aço).
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente
• O conector pino com cabeça, ao evitar o deslizamento relativo entre
o concreto da laje e o perfil de aço, bem como, por meio de sua
cabeça, o descolamento vertical (uplift) entre os dois materiais, fica
submetido a um esforço horizontal, deformando-se.
• Nesse movimento, em uma situação extrema, o conector tem seu
fuste submetido predominantemente à tração e provoca tensões
diversas no concreto, o que possibilita a ocorrência de dois estados-
limites últimos:
• ruptura do conector por tração;
• ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento.
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente

• O primeiro valor refere-se à ruptura do conector por tração, e o segundo, à


ruína do concreto por esmagamento ou fendilhamento.
• γcs é o coeficiente de ponderação da resistência do conector = 1,25
• Acs = área da seção transversal do fuste do conector
• fucs = resistência à ruptura do aço do conector
• Ec = módulo de elasticidade do concreto
• Rg = coeficiente de ajuste para consideração do efeito de atuação de grupos
de conectores
• Rp = coeficiente para consideração da posição do conector
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente

• Quando as nervuras da fôrma de aço são perpendiculares ao perfil


de aço, deve-se sempre, para reduzir o número de conectores,
procurar dispor esses elementos de modo a se ter o maior número
deles com comprimento emh pelo menos igual a 50 mm, podendo-se,
assim, usar o coeficiente Rp igual a 0,75, e não a 0,60.
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente
Conectores de cisalhamento

• Conectores pino com cabeça


• Comportamento e força resistente
• Os coeficientes Rg e Rp servem para considerar essa influência por
meio da avaliação das dimensões das nervuras da fôrma de aço, do
número de conectores colocados em cada nervura e da posição dos
conectores em relação à alma da nervura.
Conectores de cisalhamento

• Conectores em perfil U laminado ou formado a frio


• Características e fixação no perfil de aço
• Os conectores em perfil U laminado ou formado a frio precisam possuir
altura da seção transversal pelo menos igual a 75 mm e só devem ser
empregados com lajes maciças.
• Devem ser instalados com uma mesa assentada sobre o perfil de aço da
viga mista e com o plano da alma perpendicular ao eixo longitudinal
desse perfil.
• Normalmente, os conectores são soldados ao perfil de aço antes da
montagem.
Conectores de cisalhamento

• Conectores em perfil U laminado ou formado a frio


• Características e fixação no perfil de aço
Conectores de cisalhamento

• Conectores em perfil U laminado


ou formado a frio
• Comportamento e força resistente
• Nesse conector, a força resistente de cálculo é:

• tfcs é a espessura média das mesas


• twcs é a espessura da alma
• Lcs é o comprimento do conector
Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Valor do esforço horizontal de cálculo

• O valor do esforço horizontal de cálculo, Fhd, considerado entre a seção de


momento máximo (onde não existe deslizamento relativo entre o perfil de aço
e a laje de concreto) e cada seção adjacente de momento nulo (onde o
deslizamento relativo é máximo) é:
Laje de concreto

• Largura efetiva
Laje de concreto

• Largura efetiva
Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Valor do esforço horizontal de cálculo

• A obtenção de Fhd parte do princípio de que esse esforço se iguala, no limite,


à menor capacidade de transmissão de força horizontal entre as capacidades
da laje de concreto e do perfil de aço.

• A capacidade de transmissão da laje de concreto corresponde à força que


causa seu colapso por compressão (0,85 fcdbtc) e a do perfil de aço, à força
que causa seu escoamento por tração (Aa fyd).
Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Definição do grau de interação


Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Definição do grau de interação


• Para que haja interação completa, o número de conectores, n, de cada lado da
seção de momento fletor solicitante máximo deve ser suficiente para resistir ao
esforço horizontal de cálculo, Fhd.
• Quando isso não acontece, a interação será parcial ou, até mesmo, inexistente.
• O grau de interação da viga é:

• QRd = força resistente de cálculo de um conector


• Se:
• α ≥ 1,0, a viga mista possui interação completa (α = 1);
• αmín ≤ α < 1,0, a viga mista possui interação parcial;
• α < αmín, considera-se a interação inexistente e, como consequência, a viga não pode
ser dimensionada como mista, mas sim como viga de aço.
Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Definição do grau de interação


• Nas relações apresentadas, αmín é o grau de interação mínimo para que a
viga ainda possa ser considerada como mista, determinado como segue:
• quando o perfil de aço possui mesas de áreas iguais e a viga mista tem
vão, Le, menor ou igual a 25 m:

• quando o perfil de aço possui mesas de áreas diferentes, com a área da


mesa inferior igual a três vezes a área da mesa superior, e a viga mista
tem Le menor ou igual a 20 m:
Interação entre o perfil de aço e a laje de concreto

• Definição do grau de interação

• quando o perfil de aço possui mesas de áreas diferentes com a razão


entre as áreas das mesas inferior e superior entre 1 e 3, e a viga mista
tem Le menor ou igual a 20 m, deve-se efetuar interpolação linear entre os
resultados das Equações (13.11) e (13.12);
• nos demais casos, toma-se αmín = 1,0.
Dimensionamento das vigas ao momento fletor

• Número e distribuição dos conectores de cisalhamento


• o número de conectores necessários entre a seção de atuação da carga e a
seção de momento nulo não pode ser inferior a nP:

• MP,Sd = momento fletor solicitante de cálculo na seção da carga concentrada


• Ma,Rd = momento fletor resistente de cálculo do perfil de aço isolado para o
estado-limite FLA
• MSd = momento fletor solicitante de cálculo máximo na viga mista
Dimensionamento das vigas ao momento fletor

• Número e distribuição dos conectores de cisalhamento

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