Você está na página 1de 23

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ELEMENTOS TRACIONADOS

Pedro Sanderson
pedrosanderson88@gmail.com

Fortaleza
2020
Tipos Construtivos
• As peças tracionadas são empregadas nas estruturas, sob
diversas formas:
• Tirantes ou pendurais;

2
Tipos Construtivos
• As peças tracionadas são empregadas nas estruturas, sob
diversas formas:
• Estais de torres e pontes;

3
Tipos Construtivos
• As peças tracionadas são empregadas nas estruturas, sob
diversas formas:
• Barras tracionadas de treliças.

4
Tipos Construtivos
• As peças tracionadas podem ser constituídas por barras de
seção simples ou composta:
• Barras redondas;
• Barras chatas;
• Perfis laminados simples (L, U, I);
• Perfis laminados compostos.

5
Tipos Construtivos
• As ligações das extremidades das peças tracionadas com outras
partes da estrutura podem ser feitas por diversos meios, a
saber:
• Soldagem;
• Conectores aplicados em furos;
• Rosca e porca (caso de barras rosqueadas).

6
Tipos Construtivos
• Detalhe de um nó de treliça.
• As barras da figura abaixo estão ligadas a uma chapa de nó,
denominada gusset.
• As ligações das barras são feitas por meio de furos e
conectores.

7
Critérios de Dimensionamento
• Nas peças tracionadas com furos, as tensões em regime
elástico não são uniformes, verificando-se tensões mais
elevadas nas proximidades dos furos.
• Efeito de concentrações de tensões.

8
Critérios de Dimensionamento
• No estado limite último, graças à ductilidade do aço, as
tensões atuam de maneira uniforme em toda a seção da peça.
• Às tensões devidas ao esforço normal somam-se as
tensões residuais, oriundas do processo de fabricação.
• Com o acréscimo da força de tração ocorre a
plastificação progressiva da seção.

9
Estados Limites Últimos
• A resistência de uma peça sujeita à tração axial pode ser
determinada por:
• Ruptura da seção com furos;
• Escoamento generalizado da barra ao longo de seu
comprimento, provocando deformações exageradas.

• O escoamento da seção com furos conduz a um pequeno


alongamento da peça e não constitui um estado limite.

• Nas peças com perfis de pequena espessura com ligações


por grupo de conectores pode ocorrer um tipo de colapso
denominado cisalhamento de bloco.
10
Estados Limites Últimos
• Nas peças com furos a resistência de projeto é dada pelo
menor dos seguintes valores:
• Ruptura da seção líquida (An) com furos:

Rdt = Resistência de projeto à tração.


γa2 = 1,35 para esforço normal solicitante decorrente de
combinação normal de ações;
fu = tensão resistente à tração do aço;
An,ef = área líquida efetiva.
11
Estados Limites Últimos
• Nas peças com furos a resistência de projeto é dada pelo
menor dos seguintes valores:
• Escoamento da seção bruta (Ag):

γa1 = 1,10 para esforço normal solicitante decorrente de


combinação normal de ações;
fy = tensão de escoamento à tração do aço;
Ag = área bruta da seção.

12
Estados Limites Últimos

13
Estados Limites Últimos
• As barras com extremidades rosqueadas aqui consideradas
são barras com diâmetro igual ou superior a 12 mm, nas
quais o diâmetro externo da rosca é igual ao diâmetro
nominal da barra.
• O dimensionamento dessas barras é determinado pela
ruptura da seção da rosca.
• A resistência de projeto de barras rosqueadas pode ser
obtida com a expressão:

14
Limitação de Esbeltez
• A esbeltez (λ) de uma peça está relacionada com a distância
L entre os apoios laterais do elemento e de propriedades
geométricas como a área A e o menor momento de inércia I
da seção transversal.

• É importante, de fato, em elementos comprimidos, que


podem estar sujeitos à flambagem.
• Para peças tracionadas não tem importância fundamental.

• Entretanto, a norma fixa um valor máximo λmáx = 300.

15
Diâmetro dos Furos de Conectores
• O processo mais econômico e usual consiste em puncionar
um furo com diâmetro 1,5 mm superior ao diâmetro do
conector.
• Essa operação danifica o material
junto ao furo, o que se compensa, no
cálculo, com uma redução de 1 mm
ao longo do perímetro do furo.
+ 3,5mm

16
Área Líquida de Peças com Furos
• Em uma barra com furos, a área líquida (An) é obtida
subtraindo-se da área bruta (Ag) as áreas dos furos contidos
em uma seção reta da peça.
• No caso de furação enviesada, é necessário pesquisar
diversos percursos (1-1-1, 1-2-2-1) para encontrar o menor
valor de seção líquida, uma vez que a peça pode romper
segundo qualquer um desses percursos.

17
Área Líquida de Peças com Furos

18
Área Líquida de Peças com Furos
• A área líquida An pode ser calculada segundo a expressão:

• Quando a ligação na peça é feita por todos os segmentos de


um perfil, a seção participa integralmente da transferência
dos esforços. Nestes casos:

19
Exemplo 1
Duas chapas 22×300 mm são emendadas por meio de talas
com 2×8 parafusos d = 22 mm (7/8"). Verificar se as
dimensões das chapas são satisfatórias, admitindo-se aço
MR250 (ASTM A36). Admita que a carga é gerada por uma
solicitação variável.

20
Exemplo 1

21
Exemplo 1

22
Exemplo 2
Duas chapas 280×20 mm são emendadas por traspasse, com
parafusos d = 20 mm, sendo os furos realizados por punção.
Calcular o esforço resistente de projeto das chapas, admitindo-
as submetidas à tração axial. Aço MR250.

23

Você também pode gostar