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Elementos de ligação:
Chapas de ligação; placas de base; cantoneiras; enrijecedores.
Dispositivos de ligação
Soldas; parafusos; barras redondas rosqueadas; pinos.
2
Ligação viga-viga
3
Ligação viga-pilar
4
Ligação de nós de treliças
5
Ligação de nós de treliças
7
Ligação pilar-fundação
8
Tão importante quanto o dimensionamento dos perfis estruturais, se
faz o dimensionamento das ligações entre eles e o meio externo
(fundações, por exemplo)
9
Fonte: https://www.osha.gov/doc/engineering/2012_r_04.html 10
Colapso da estrutura como corpo
rígido devido à falha da ligação
de base dos pilares
Fonte: https://www.osha.gov/doc/engineering/2012_r_04.html 11
Concepção estrutural
Concepção e projeto das ligações
devem estar de acordo com as
hipóteses de funcionamento do
sistema estrutural
12
Aspectos econômicos
– Redução do consumo de
materiais
– Racionalização do processo de
fabricação e montagem
13
Aspectos Construtivos
Um bom projeto das ligações deve prever:
– Acesso para instalação de
parafusos
– Acessos para soldagem
– Facilidade de proteção
contra fogo e corrosão
– Facilidade para manutenção
e montagem
14
• Quanto ao dispositivo de ligação:
Parafusadas
Soldadas
Mistas
16
• Quanto à rigidez:
Rigidez: capacidade de impedir o deslocamento ou rotação entre os
elementos estruturais
Articulação Nó rígido
17
1. Rígida 1
2. Flexível
3. Semirrígida
3 18
• Quanto à rigidez:
O comportamento da estrutura é bastante afetado pela rigidez das
ligações, de modo que o detalhamento da ligação deve ser coerente com o
modelo mecânico idealizado para a estrutura.
19
19
Detalhamento
Ligação flexível
Articulação no nó viga-pilar
Ligação rígida
Modelo mecânico
Continuidade entre viga-pilar
Detalhamento
Modelo mecânico
20
20
Ligação semirrigida
K
Mola no nó viga-pilar: K?
Modelo mecânico
Detalhamento
21
21
(Articulação)
(Articulação)
22
(nó rígido)
23
24
25
Porca Cabeça
Fuste
db
Cabeça Porca
Fuste
27
Parafuso sextavado + Arruela (ao menos uma) + Porca (ao menos uma)
Arruela tem a função de distribuir os esforços no aperto
O aperto é feito pela porca (e não pela cabeça do parafuso)
28
• Parafusos comuns
Fabricados em aço de baixo carbono
Fabricante
Especificação
29
• Parafusos de alta resistência
Fabricados em aço de médio carbono temperado
Instalados com esforço de tração inicial (protensão)
Comuns
Alta resistência
31
c
•Especificações
de um parafuso
32
Bastante difundido devido à aquisição por parte de grandes e médios
fabricantes de equipamentos CNC (Comando Numérico Computadorizado).
Assim, o corte e furação são automatizados com grande precisão.
33
c
Dimensões dos furos (item 6.3.6):
36
c
Espaçamento mínimo entre furos (item 6.3.9):
38
c
Espaçamento máximo entre furos (item 6.3.10):
40
Abordaremos inicialmente as ligações com parafusos de baixo carbono ou parafusos
comuns
Não se pode contar com a força de atrito entre chapa e parafuso. Este deve apenas
garantir que as partes envolvidas na ligação permaneçam em contato (transmissão dos
esforços) → ver item 6.7.3.1 da NBR 8800:2008
41
• Transferência por CONTATO
tensão de corte
cisalhamento
pressão
folga
tensão de
contato
42
• Transferência por CONTATO
43
• Transferência por CONTATO
cisalhamento + tração 44
• Transferência por CONTATO
Parafusos
tracionados
MV
Parafusos
cisalhados
F
cisalhamento + tração
45
Cisalhamento: pode ser simples (apenas 01 plano de corte) ou duplo. A resistência é
calculada por plano de corte.
CISALHAMENTO SIMPLES
46
Cisalhamento: pode ser simples (apenas 01 plano de corte) ou duplo. A resistência é
calculada por plano de corte.
F/2
F
F/2
F/2 F/2
F F
CISALHAMENTO DUPLO F/2 F/2
47
Cisalhamento: pode ser simples (apenas 01 plano de corte) ou duplo. A resistência é
calculada por plano de corte.
CISALHAMENTO DUPLO
CISALHAMENTO SIMPLES
48
Cisalhamento: pode ser simples (apenas 01 plano de corte) ou duplo. A resistência é
calculada por plano de corte.
F/2
F F
F/2
49
Tração: tende a ocorrer ruptura do parafuso na região da rosca
50
Esforços Combinados: pode haver ainda a combinação de tração e cisalhamento
51
• Transferência por CONTATO
Falha do parafuso por cisalhamento e/ou tração
Falha do metal-base* por rasgamento, esmagamento ou
ruptura da seção líquida
52
*Metal-base: chapa de ligação ou perfil que serve como elemento de ligação
• Falha do parafuso
53
• Falha do metal-base
Esmagamento Rasgamento
(deformação excessiva do furo)
54
• Falha do metal-base
55
O dimensionamento consiste em verificar a segurança dos parafusos e de todos os
elementos conectados (chapas de ligação e perfis estruturais)
Abe f ub
FRd ,t , com Abe 0,75 Ab
a2
bolt
57
Área efetiva do parafuso:
58
Resistência do parafuso para 01 plano de corte (item 6.3.3.2):
0, 4 Ab fub
FRd ,v , com a 2 1,35
a2
X – “eXcluded”
2) Rosca fora do plano de corte (A325-X):
0,5 Ab fub
FRd ,v , com a 2 1,35
a2
60
Esforços combinados (tração + cisalhamento):
62
𝐹, CURVA DE INTERAÇÃO
𝐹,
1,0
𝐹,
1,0 𝐹,
63
𝐹,
𝐹,
1,0
Alternativa
𝐹,
1,0 𝐹,
64
Modos de falha associados à pressão de contato dos parafusos:
65
Pressão de contato em furos – item 6.3.3.3:
66
Resistência do metal-base ao esmagamento e rasgamento:
a) quando a deformação do furo é uma limitante do projeto:
𝑙 𝑑 𝑙 𝑑 𝑙 𝑑 𝑙
rasgamento esmagamento
A resistência da chapa à pressão de apoio dada pela expressão acima está relacionada a uma restrição da ovalização do furo a 6 mm, valor que pode 67
ser excedido para tensões de apoio maiores que 2,4 fu, sem, contudo, haver colapso.
Resistência do metal-base ao esmagamento e rasgamento:
b) quando a deformação do furo NÃO é uma limitante do projeto:
rasgamento esmagamento
Nas situações em que a deformação da ligação decorrente de ovalização do furo for aceitável para cargas em serviço (por exemplo, nos casos em 68
que as cargas permanentes sejam predominantes e as contraflechas possam ser executadas), a resistência da chapa assume valor ligeiramente maior.
Resistência do metal-base ao esmagamento e rasgamento:
c) furo muito alongado perpendicular à força:
rasgamento esmagamento
69
Representação gráfica da pressão de contato em furos:
70
1. Aplica-se torque (momento torsor) na porca, de modo que a cabeça do
parafuso sofre um torque reativo;
2. O fuste do parafuso é tracionado;
3. As arruelas auxiliam na distribuição uniforme dos esforços;
4. Os elementos de ligações são pressionados uns contra os outros,
causando atrito entre as partes
72
Na instalação dos parafusos deve ocorrer o controle do torque,
através de:
• rotação da porca (item 6.7.4.3 e tabela 16)
• chave calibrada ou torquímetro (item 6.7.4.4)
• indicador direto (itens 6.7.4.5 e 6.7.4.6)
73
- chave calibrada
- chave pneumática ou torquímetro
74
*As chaves devem ser calibradas pelo menos uma vez por dia de trabalho
- indicador direto (parafuso com controle de torque)
twist-off bolt
75
- indicador direto (parafuso com controle de torque)
https://www.youtube.com/watch?v=3atVsn-4M1o
https://www.youtube.com/watch?v=2g72fg_nXt8 76
- indicador direto (parafuso com controle de torque)
77
- indicador direto (arruela com indicador direto de tensão)
78
Ou seja, a força de protensao mínima no aperto (FTb) é igual a:
79
80
81
• NBR 8800 – item 6.7.1.2:
82
CONTATO tensão de corte ATRITO protensão
fricção
folga
tensão de folga
contato
cisalhamento
pressão 83
Deslizamento
Fase a: Atrito
F
F/2 F/2
Fu
d
b c
F
a Fases c e d: Contato
Ligação
d
du
Comportamento força-deslocamento
84
• As exigências de ligação por contato devem ser satisfazer todos os
estados limite aplicáveis
85
• Resistência de projeto:
m – coeficiente de atrito
Ch – Fator de furo
Ftb – Força de protensão mínima (Ftb = 0,70 Abe fub)
ns – número de planos de deslizamento
γe – coeficiente de ponderação da resistência (γe =1,20 p/ combinações normais) 86
• Resistência de projeto:
87
m = coeficiente médio de atrito (função do acabamento)
m = 0,35 – superfícies laminadas, limpas e sem pintura
m = 0,50 – superfícies jateadas e sem pintura
m = 0,20 – superfícies galvanizadas a quente
Ch – Fator de furo
Ch =1,0 – furos-padrão
Ch =0,85 – furos alargados ou pouco alongados
Ch =0,70 – furos muito alongados
88
• Região de pintura para considerar o coeficiente de atrito:
89
95
1) Dimensionamento dos parafusos:
• Tração ( )
• Cisalhamento ( )
• Esforços combinados (Tração + Cisalhamento)
96
97
Determine a carga máxima suportada pela ligação.
Dados:
• Chapa de aço ASTM A572 grau 50, para chapa de 8mm;
• Chapa de aço ASTM A36, para chapa de 20mm.;
• Parafuso ϕ 7/8”, A325-N;
• Furação padrão. 40 75 35
40
70
40
P/2
P
P/2
Dimensões em milímetros 98
Para a resolução do Exercício 1, faça o que se pede:
99
Dados:
• Parafuso ϕ 7/8”, A325-N;
40 75 35
1) Resistência dos parafusos
40
1.1) 𝑑 = 7/8" = 7/8 . 25,4𝑚𝑚 = 22,225 𝑚𝑚
70
0, 4 Ab f ub
1.2) FRd ,v , com a 2 1,35 40
a2 P/2
P
𝜋𝑑 P/2
1.2.1) 𝐴 = = 387,95 𝑚𝑚
4
10 𝑁 10 𝑁 Resistência de 01 parafuso
1.2.2) 𝑓 = 825 𝑀𝑃𝑎 = 825 = 825 = 825 𝑁/𝑚𝑚 para 01 plano de corte!
𝑚 10 𝑚𝑚
0,4𝐴 𝑓 0,4. 387,95 825
1.2.3) 𝐹 , = = = 94 830 𝑁 = 94,83 𝑘𝑁
𝛾 1,35
100
1.2.4) Resistência dos parafusos: F , × 2 planos × 4 parafusos = 94,83 ∗ 8 = 𝟕𝟓𝟖, 𝟔𝟒 𝐤𝐍
Dados:
• Chapa de aço ASTM A572 grau 50, para chapa de 8mm;
• Chapa de aço ASTM A36, para chapa de 20mm.; 40 75 35
• Parafuso ϕ 7/8”, A325-N;
𝑙 𝟏 𝑙 𝟐 40
• Furação padrão.
𝟏 𝟐 70
2) Resistência dos metais − base
40
, P/
P 2
P/
rasgamento esmagamento 2
, P/
P 2
P/
rasgamento esmagamento 2
, P/2
P
P/2
rasgamento esmagamento
𝟏 𝟐 70
2) Resistência dos metais − base
40
, P/
P 2
P/
rasgamento esmagamento 2
, P/2
P
P/2
rasgamento esmagamento
𝐹, 𝑡 = 20 = 𝟏𝟐𝟎𝟏, 𝟔 𝐤𝐍
40 75 35
40
• P : 𝟕𝟓𝟖, 𝟔𝟒 𝐤𝐍
70
40
P/2
P
P/2
Dados:
• Cantoneiras: ASTM A36
• Chapa AR 350
• Parafusos: ISO Classe 8.8
=𝑁
108
• Propriedades Mecânicas dos Aços dos parafusos
Comuns
Alta resistência
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1) Resistência dos parafusos
Parafuso: Rosca no plano de corte (A325-N)
0,4 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝑓
𝐹 , =
𝛾
𝜋. 𝑑 𝜋. 20
1.2)𝐴 = = = 314,16 𝑚𝑚²
4 4
0,4 ⋅ 314,16 𝑚𝑚 ⋅ 800 𝑁/𝑚𝑚² Dimensões em milímetros
1.3)𝐹 , = = 74 467𝑁 𝑜𝑢 74,47 𝑘𝑁
1,35
1.4) Resist. total parafusos = 𝐹 , ∗ 2 paraf ∗ 2 planos de corte = 297,87 𝑘𝑁
111
2) Resistência das cantoneiras
112
2) Resistência das cantoneiras
2.6) Resistência ao rasgamento e esmagamento:
, 1 2
Resistência de 01 cantoneira:
Resist Furo1 + Furo2 =
Dados:
• Cantoneiras: ASTM A36
• Chapa AR 350
• Parafusos: ASTM A325
• Solda Eletrodo E70XX
Dimensões em milímetros
114
Verifique a segurança da ligação console-pilar.
Dados:
• Chapas: ASTM A572, grau 50
• Parafusos: ASTM A325; F22mm
Dimensões em milímetros
115
Calcule a força solicitante de projeto, Pd, que pode ser aplicada ao tirante indicado.
Admitir aço MR-250 e parafusos comuns ASTM A307.
117
Projetar a ligação parafusada do nó indicado da treliça. Para cada barra:
a) Determinar a bitola dos parafusos com o auxílio da tabela de furação de cantoneiras;
b) Calcular a resistência ao cisalhamento para 01 parafuso;
c) Calcular o número de parafusos necessários para cada situação;
d) Verificar a resistência da chapa ao esmagamento e rasgamento;
e) Desenhar a ligação com as cotas.
Dados:
• Chapa de ligação: t = 8mm, aço MR 250.
Barra Nd Perfil
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Projetar a ligação parafusada do nó indicado da treliça. Para cada barra:
a) Determinar a bitola dos parafusos com o auxílio da tabela de furação de cantoneiras;
b) Calcular a resistência ao cisalhamento para 01 parafuso;
c) Calcular o número de parafusos necessários para cada situação;
d) Verificar a resistência da chapa ao esmagamento e rasgamento;
e) Desenhar a ligação com as cotas.
Dados:
• Chapa de ligação: t = 8mm, aço MR 250.
180 kN
Nó 1
119
fub Resist 𝑵𝒅
Barra Nd Perfil ϕ Parafuso Aço Qtde =
[MPa] [kN] 𝟐.𝑹𝒅
𝜋. 12,7 𝑘𝑁
0,4 4 . 0,415
𝑚𝑚
𝐹 , = = 15,57 𝑘𝑁 Detalhe NÓ 1
1,35
Projetar a ligação parafusada do nó central da treliça. Para cada barra:
a) Determinar a bitola dos parafusos com o auxílio da tabela de furação de cantoneiras;
b) Calcular a resistência ao cisalhamento para 01 parafuso;
c) Calcular o número de parafusos necessários para cada situação;
d) Verificar a resistência da chapa ao esmagamento e rasgamento;
e) Desenhar a ligação com as cotas.
121
Diagrama de esforços
normais da treliça
122
Esforços normais [kN] Esforços normais [kN]
Combinação 1 – Sobrecarga Combinação 3 – V0
Duplo L 2 ½” x ¼”
0,4 Ab fub
5/8" ∗ 25,4 = 15,875 𝑚𝑚 FRd ,v , com a 2 1,35
a2
Nd fub Resistência 𝑵
Barra Perfil ϕ Parafuso Aço Qtde = 𝟐.𝑹𝒅
(kN) [N/mm²] [kN] 𝒅
2L 2 ½” x ¼”
2L 2 ½” x ¼” 2L 2 ½” x ¼”
25 50 50 25
125
2) Dimensionamento dos metais-base:
• Esmagamento ( , )
• Rasgamento ( , )
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2) Dimensionamento dos metais-base:
Cantoneira: t = ¼” = 6,35 mm
Aço dos perfis: ASMT A572, grau 50:
1° furo: rasgamento ,
2° furo: esmagamento ,
3° furo: esmagamento ,
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PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de aço:
dimensionamento prático de acordo com a NBR 8800:2008. 8 ed.
Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009. 357 p.
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