Você está na página 1de 37

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS

Introdução
Classificação dos Processos
Corte
Dobramento
Estampagem
Rebordeamento
Calandragem
2
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
Introdução:
É o processo de transformação mecânica que
consiste em conformar um disco plano
("blank") à forma de uma matriz, pela aplicação
de esforços transmitidos através de um
punção. Na operação ocorre o alongamento e
a contração das dimensões de todos os
elementos de volume, nas três dimensões. A
chapa , originalmente plana, adquire uma nova
forma geométrica.
3

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
Classificação dos Processos:

A conformação de chapas metálicas


finas pode ser classificada através do
tipo de operação empregada . Assim
pode-se ter : estampagem profunda,
corte em prensa, estiramento, etc.

4
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Introdução:
O corte tem por objetivo preparar o material para
operações subseqüentes de conformação ou para a
obtenção de uma forma geométrica específica.

6
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Características:

O processo de corte de chapas metálicas é


executado submetendo a mesma a tensões de
cisalhamento, podendo ser realizado
basicamente por:
Lâminas de Corte: o corte é realizado por duas
lâminas que se movimentam. Ex: Guilhotina.
Punção e Matriz: o punção desce e empurra o
material para dentro da abertura da matriz.
7

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Lâminas de Corte:

Lâmina de
corte

Matriz

Mecanismo de cisalhamento durante operação de corte.

8
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Lâminas de Corte:
A distância (folga) entre as duas lâminas é uma variável importante
nas operações de corte.
Caso a folga adequada, as trincas que se iniciam nas bordas das
lâminas propagar-se-ão através da espessura do metal encontrando-
se próximo a região central, o que garante uma superfície lisa.
Mesmo com a folga adequada, ocorre distorção na aresta cortada.
Caso a folga seja insuficiente, a superfície resultante do corte será
áspera e a energia consumida na operação será maior do que se a
folga fosse correta.
Caso a folga seja excessiva, haverá uma distorção ainda maior na
aresta de corte e a energia consumida na operação também será
maior, pois maior quantidade de metal deverá se deformar antes de
ocorrer a fratura. 9

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Lâminas de Corte:
Folga insuficiente

Folga adequada

Folga excessiva

10
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Variáveis - Lâminas de Corte:

Processo de lâminas de corte:


Folga entre as lâminas.
Material da chapa.
Afiação das lâminas

11

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Variáveis - Lâminas de Corte:

Força de corte:
Fc
τc = Fc = τ c .Acis
Acis
Onde:
Fc = Força necessária para cortar.
Acis = Área cisalhada = Comprimento de corte x espessura da
chapa.
τc = Tensão de cisalhamento = Resistência do material ao
cisalhamento
12
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Punção e Matriz:

 O punção é normalmente o elemento móvel. É a


ferramenta convexa que se acopla com a matriz côncava.
 Como é necessário um alinhamento acurado entre a matriz
e o punção, é comum manter o conjunto permanentemente
montado em uma subprensa ou porta matriz.
 Para evitar a formação de rugas na chapa, usa-se
elementos de fixação ou a ação de grampos para
comprimir o “blank”. Este dispositivo que evita o
enrugamento é chamado de anti-rugas ou prença-chapas.
 Punção e matriz definem os contornos interior do furo
efetuados na chapa e exterior da peça.
13

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Punção e Matriz:
 A folga entre o punção e a matriz de deve estar entre 5 a
10% da espessura da chapa.
 É um processo de deformação plástica seguido de
ruptura.

14
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Variáveis - Punção e Matriz :

Processo de Punção e Matriz:


Força do punção
Velocidade do punção.
Lubrificação.
Condições superficiais.
Material do punção e matriz.
Folga entre punção e matriz.
15

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Variáveis - Punção e Matriz :

Força de corte:
Fc Fc = τ c .Acis
τc =
Acis
Onde:
Fc = Força necessária para cortar.
Acis = Área cisalhada = Perímetro de corte x espessura da
chapa.
τc = Tensão de cisalhamento = Resistência do material ao
cisalhamento 16
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Conformação progressiva:

Freqüentemente, matrizes e punções são


projetados para permitir que os estágios
sucessivos de conformação de uma peça
sejam efetuados na mesma matriz, a cada
golpe da prensa. Este procedimento é
conhecido como conformação progressiva.
Um exemplo é a matriz para recorte e
perfuração de arruelas planas. 17

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Conformação progressiva:

18
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“CORTE”
Produtos:

Rotor e estator de
um motor elétrico.

19

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”

20
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Introdução:
Um grande número de processos de
conformação envolve alguma forma de
dobramento. É um processo de simples
definição, pois envolve a transformação de
segmentos retos em curvos por meio da
aplicação de uma força de flexão em uma das
extremidades do material.
21

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Características:
Uma característica importante do dobramento é que
durante a aplicação de carga, parte da deformação é
plástica, ou permanente, e outra parte é elástica, ou
recuperável. Desta forma, as operações que envolvem o
dobramento dos materiais devem levar em conta este
efeito mola.
O dobramento é um processo de conformação que
transforma segmentos retos como chapas e placas
metálicas em curvos. Isto é, no dobramento, a chapa sofre
uma deformação por flexão em prensas que fornecem a
energia e os movimentos necessários para realizar a
operação. 22
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Características :
A forma é conferida mediante o emprego de punção e
matriz específicas até atingir a forma desejada. Para
comprimentos de dobra considerados pequenos, utilizam-
se estampos que possuem a forma a ser dobrada.
Para fabricação de perfis dobrados ou alguns tipos de
peças com comprimentos de dobras considerados grandes,
utilizam-se prensas dobradeiras/viradeiras com matrizes e
machos (punções) universais.
O dobramento pode ser conseguido em uma ou mais
operações, com uma ou mais peças por vez, de forma
progressiva ou em operações individuais.
23

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Características :
Os estampos de dobra, em geral, recebem peças semi
processadas vindas de outros estampos de corte ou
simplesmente recortadas por guilhotinas.
Além disto o dobramento pode ser responsável por parte
da deformação em muitos outros processos de
conformação.
O dobramento se caracteriza pela não uniformidade e não
homogeneidade da deformação.

24
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Equipamentos:

Dobramento com cutelo.

25

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Equipamentos:

Dobramento de perfis.

26
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Equipamentos:

Dobramento em prensas dobradeiras em várias operações.

1ªOp. 2ªOp. 3ªOp. 1ªOp. 2ªOp.


3ªOp.
27

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Termos Empregados:

28
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Termos Empregados:

LN: Linha neutra r: Raio de concordância


SI: Superfície interna C: Força de compressão
SE: Superfície externa T: Força de tração
29

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Termos Empregados:
O raio de dobramento R é definido pelo raio de curvatura da
superfície côncava, ou interna de dobramento.
No caso de dobramento elástico, abaixo do limite elástico, a
deformação passa por zero na metade da espessura da
chapa, ou seja na linha neutra.
No dobramento plástico, acima do limite elástico a linha
neutra se aproxima da superfície interna de dobramento à
medida que o processo ocorre.
Como a deformação plástica é proporcional à distancia da
linha neutra, as fibras da superfícies externa são mais
deformadas do que as superfícies interna que são contraídas.
30
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Termos Empregados:
Uma fibra que se encontre na metade da espessura estará
sendo estendida e, como esta é a fibra média, deverá ocorrer
uma diminuição da espessura (direção radial) na dobra para
que o volume seja mantido constante.
Quanto menor for o raio de curvatura, maior será a
diminuição da espessura no dobramento, ou seja, a
deformação aumenta com a diminuição do raio de curvatura.
De acordo com a teoria do dobramento a deformação
aumenta com a diminuição do raio de curvatura.

31

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Deformações:
Se for desprezada a variação de espessura, a linha neutra
permanece constante, e a deformação trativa circunferencial
(ea) na superfície superior será igual à compressiva (eb) na
superfície inferior. A deformação que ocorre nas fibras
internas e externas é dada por:
1
ea = −eb =
(2R / h) +1
Onde
h= espessura da chapa.
R=raio de dobramento. 32
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Deformações:

Na operação de dobramento deve-se levar em


conta quatro fatores importantes:
1.O raio interno mínimo da peça a ser
dobrada;
2.A capacidade elástica do material;
3.O comprimento desenvolvido da peça;
4.As forças que atuam na operação de
dobramento.
33

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Trincas:

34
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Trincas:
O bom dobramento (Dobrabilidade) também depende da
condição da borda ou canto da chapa quando está sendo
dobrada. Porque a rugosidade na borda proporciona locais
de concentração de tensão e a dobrabilidade diminui com
aumento da rugosidade de borda. O raio mínimo pode ser
diminuído, através do polimento ou esmerilhamento das
bordas da chapa.
Outro fator significante em trincamento de canto é a
quantidade e a forma da inclusão na chapa metálica, pois
inclusões na forma de veios afetam mais em detrimento da
dobrabilidade do que a inclusão na forma globular.
35

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Trincas:
 A quantidade de trabalho a frio que a borda da chapa sofre durante
o processo de corte por cisalhamento também influencia. A
remoção da região trabalhada a frio por usinagem ou tratamento
térmico melhora a resistência ao trincamento de borda.
 A anisotropia de chapas é também importante no processo de
dobramento. A laminação a frio de chapas produz anisotropia por
causa do alinhamento de impurezas, inclusões e vazios (fibramento
mecânico).
 Assim a ductilidade transversal é reduzida, em dobramento de
chapa. Por isso, deve-se tomar atenção no corte do “blank” na
direção apropriada da laminação da chapa, embora nem sempre
seja possível na prática.
36
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Raio Mínimo:
Define-se o raio interno mínimo de dobra, como o menor
valor admissível para o raio para se evitar grande variação
na espessura da chapa na região dobrada.
Quanto menor o raio de dobramento, maiores são as
tensões desenvolvidas na região tracionada. Um excessivo
tracionamento provocado por um pequeno raio de
dobramento pode vir a romper as fibras externas da chapa
dobrada.
Este valor é função do alongamento ou estricção que o
material sofre ao ser tracionado e da espessura da chapa
que está sendo dobrada.
37

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Raio Mínimo:

38
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Raio Mínimo:
Para a determinação do raio mínimo, costuma-se utilizar a
relação:

rmin 50 1
= −
h δ 2
Onde
rmin = raio mínimo
δ = alongamento % da chapa
h = espessura da chapa
39

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Raio Mínimo:
Por exemplo, o raio de dobramento mínimo para uma chapa
de 1,5 mm de aço inox 304 com alongamento garantido de
60% é de:

rmin 50 1
= −
h δ 2
rmin = (50 x 1,5) / 60 - 1,5/2 = 0,94 mm

40
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Raio Mínimo:
Raio Mínimo (temperatura ambiente)
Material Condição
Dúctil Dura
Ligas de alumínio 0 6h
Cobre-berilio 0 4h
latão 0 2h
Magnésio 5h 13h
aço inox austenístico 0.5h 6h
baixo carbono, 0.5h 4h
baixa liga e hsla 0.5h 4h
titânio 0.7h 3h
ligas de titânio 2.6h 4h

41

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola):
O dobramento é uma operação onde ocorre uma deformação por flexão.
Quando um metal é dobrado, a sua superfície externa fica tracionada e a
interna comprimida. Estas tensões aumentam a partir de uma linha interna
neutra, chegando a valores máximos nas camadas externa e interna. Em outras
palavras, em um dobramento a tensão varia de um máximo negativo na camada
interna para zero na linha neutra e daí sobe a um máximo positivo na figura
abaixo.

42
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola):
Desta forma, uma parte das tensões atuantes na seção dobrada estará abaixo do
limite de escoamento (LE) e a outra parte supera a este limite, conferindo à
peça uma deformação plástica permanente. Uma vez cessado o esforço de
dobramento, a parte da seção que ficou submetida a tensões inferiores ao LE
por ter permanecido no domínio elástico, tende a retornar à posição inicial
anterior ao dobramento. Como resultado, o corpo dobrado apresenta um
pequeno “retorno elástico” ou efeito mola (spring back) que deve ser
compensado durante a operação de dobramento. A recuperação elástica (efeito
mola) é a variação dimensional sofrida pela chapa conformada depois que
pressão da ferramenta de conformação é liberada. Isto ocorre devido as
variações de deformação produzidas pela recuperação elástica. Quando a carga
é liberada a deformação total é reduzida devido a recuperação elástica. A
recuperação elástica, será tanto maior quanto maior for o limite de
escoamento, menor o módulo elástico e maior a deformação plástica.
43

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola):

44
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Recuperação Elástica (Efeito Mola):
Em alguns casos, é utilizada a prática de se efetuar uma calibragem em
estampo específico, já compensado o retorno elástico, para dar as dimensões
finais da peça. Este procedimento é viabilizado em produção seriada onde o
custo do estampo calibrador pode ser diluído no preço da unitário da peça.

45

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Comprimento Desenvolvido:

 e
L = 0,0175α  R + f 
 2

Fator de correção em função da razão do raio de dobramento e espessura


da chapa. 46
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Comprimento Desenvolvido (Exemplo):

47

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Comprimento Desenvolvido (Exemplo):

48
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Forças Atuantes
As principais forças que atuam na operação de
dobramento são:
força de dobramento (Fd)
força de prensa-chapa (Fpc)
força lateral (Flat)
Numa dobra simples em matriz, parte da chapa fica
presa pelo prensa chapa e a outra parte permanece
livre, todo o conjunto funcionando como uma viga em
balanço
49

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Forças Atuantes

50
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Forças Atuantes
O punção ao descer exerce a força de dobramento (Fd) sobre a parte em balanço
da chapa, que começa a se deformar. Parte desta força é transferida à parede
lateral da matriz à medida que a chapa se deforma. A força lateral é máxima
quando a chapa atingir uma posição de 45º com a horizontal.

51

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“DOBRAMENTO”
Forças Atuantes

52
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”

53

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Introdução:
A estampagem é um processo largamente empregado na indústria, em que um
punção convexo empurra a chapa contra uma matriz côncava, dando o formato
desejado ao material

Punção

Matriz
54
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Introdução:
A estampagem de chapas é o processo de conformação
que consiste em converter uma chapa metálica plana
em uma peça de formato desejado, sem que ocorra
fratura ou afinamento localizado excessivo. Podem ser
inicialmente classificados em dois grandes grupos:

Estampagem profunda ou embutimento.


Conformação em geral.

55

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Introdução (Conformação Geral):
A conformação geral é constituída de dobramento,
repuxamento, flangeamento, rebordeamento, enrolamento
parcial ou total, nervuramento, estanqueamento, preguiamento,
abulamento, corrugamento, gravação, conformação de tubos.
Nos processos classificados no grupo de conformação em
geral estão sempre presentes, na zona de deformação da peça,
esforços de flexão que dobram a região a ser deformada,
criando tensões de tração em uma superfície e de compressão
na superfície oposta.
Material de partida na forma de tiras e esboços.
Em vários estágios de acordo com a complexidade da
geometria. 56
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Introdução (Estampagem Profunda):
Nesta operação associa-se os mesmos esforços da
conformação em geral, mas sob a ação de um dispositivo de
ferramenta denominado Prensa-Chapas, que ocasiona
esforços adicionais nas operações de conformação. São de
natureza complexa e variam com o decorrer da operação que
se processa a frio, utilizando laminados de aços, ligas de
alumínio, ligas de cobre e outros materiais.
Em vários estágios, dependentes do coeficiente limite de
embutimento.
Material de partida na forma de discos
Para peças pequenas: processos contínuos, com estampos
progressivos. 57

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Caracteristicas:
A estampabilidade é a capacidade de uma chapa poder ser
conformada por estampagem sem se romper ou apresentar defeitos
superficiais ou geométricos, e pode ser quantificada por medidas de
anisotropia. Para uma boa capacidade de conformação, é desejável
que a chapa apresente um alto valor de anisotropia normal, ou seja,
maior resistência à deformação no sentido da sua espessura do que no
plano da chapa. Adicionalmente, o material deve apresentar um baixo
valor de anisotropia planar, a qual mede as diferenças de
propriedades mecânicas ao longo do plano da chapa. Altos valores de
anisotropia planar favorecem a formação de orelhas durante a
estampagem devido à deformação preferencial em determinadas
orientações

58
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Generalidades:
 Aplicações nas industrias Aeronáutica,
Automobilística...etc.
 Utilizado para grandes produções devido ao alto
custo do conjunto Punção-Matriz.
 Materiais mais utilizados: aços acalmados ao
alumínio, aços efervescentes (não estabilizados),
aços baixo carbono, aços inoxidáveis, cobre e suas
ligas, alumínio e suas ligas, zinco e titânio.

59

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Generalidades::
Generalidades
Bom acabamento superficial.
 Tem custo menor do que os processos alternativos
(corte e soldagem, fundição..etc)
 Os melhores resultados são conseguidos com
materiais recozidos.

LIMITAÇÃO: NÃO É POSSÍVEL CONFECCIONAR


UM RECEPIENTE CUJO DIÂMETRO DA
“BOCA” É MENOR QUE O DO CORPO, POIS
NÃO SE CONSEGUE RETIRAR O PUNÇÃO.
60
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Campo de Aplicação:

Automobilística.
Naval.
Aeronáutica.
Alimentícia.
Hospitalar.
Decorativa.
Escritório.
Eletrodomésticos.
Etc...
61

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Estampagem Profunda de “Blank” Circular:
É o processo de produção de copos, peças de automóveis (paralamas)..etc.

Prendedor
Anti-rugas

X Y Z Y X

62
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
As Zonas do “Blank”:
Zona anelar externa X – material em contato com a
matriz. Tensão circunferêncial de compressão – Efeito
anti-rugas.
Zona anelar interna Y – dobramento plástico sob
tensão de tração
Zona anelar Z – tração entre a matriz e o punção

63

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Forças Durante a Estampagem:
COMPRESSÃO
CIRCUNFERENCIAL

ATRITO
DOBRAMENTO

TRAÇÃO

DOBRAMENTO
PUNÇÃO 64
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem:
 Natureza Mecânica

1) Forma e Dimensões da Peça

2) Máquina de Conformação (tipo de prensa empregada)

3) Forma e Dimensões da Ferramenta


 Raio do perfil da matriz.
 Raio do punção: um ângulo mais agudo leva a redução
da espessura localizada e ruptura do material.
 Folga entre o punção e a matriz: engrossamento ou
rugas 65

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem:

4) Pressão Anti-rugas
 Prevenir o enrugamento do “blank”.
 Pressão muito alta – operação de estiramento.

5) Taxa de Estampagem
 Razão entre o diâmetro inicial do “blank” e o diâmetro do copo estampado.

6) Lubrificação
 Diminuir o atrito e facilitar a retirada do estampado

66
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem:
7) Propriedades do Escoamento Plástico

8) Propriedades Mecânicas

9) Propriedades Físicas
“ESTES FATORES INFLUÊNCIAM DIRETAMENTE
NA DEFINIÇÃO DO ESTADO DE TENSÃO E
DEFORMAÇÃO EXISTENTES A CADA INSTANTE
DO PROCESSO, DISTRIBUÍDOS NAS DIVERSAS
REGIÕES DA PEÇA EM FORMAÇÃO”.
67

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Fatores que Influenciam na Estampagem:
 Natureza Metalúrgica
1) Composição Química
2) Estrutura do Material (processo de fabricação e processo de
transformação mecânica)
 Formação de orelhas nas bordas livres devido à anisotropia planar – provoca perda
de material

∆R→0 não há aparecimento de orelhas


∆R≠0 aparecem as orelhas
3) Tratamento Térmico de Recozimento Entre Duas Etapas do
Processo
68
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Métodos de Expansão:

Uma vez que a redução máxima na estampagem


profunda é da ordem de 50%, é necessário empregar
operações sucessivas de estampagem caso se queira
produzir peças altas e delgadas (como capas de
cartucho e tubos fechados).
A operação para transformar uma peça estampada em
outra de diâmetro menor e altura maior é conhecida
por expansão do copo.

69

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Métodos de Expansão:
Os dois métodos básicos de expansão são a Direta, ou
regular, e a Indireta ou invertida:
Na Direta a superfície original do copo permanece
sendo a superfície externa da peça expandida.
Na Indireta o copo é estampado de maneira inversa,
de modo que a superfície externa venha a ser a interna
da nova peça.O dobramento é sempre na mesma
direção, ao invés de ocorrer em direções opostas como
na direta, acarretando menor encruamento.
70
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Métodos de Expansão:

71

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Anisotropia:

Em termos de estampagem é conveniente que:


R >1 Resiste bem a redução.
∆R 0 Não há aparecimento de
orelhas.

A melhor maneira de se entender o papel


desempenhado por R no embutimento é
através de um diagrama que apresenta o lugar
geométrico dos limites de escoamento. 72
CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Anisotropia:
Os lugares preferenciais de ruptura são a
parede do copo e a orla da flange
Considerando que o diâmetro do copo é
constante, na sua parede ambas as tensões
são trativas e o estado de deformação é
essencialmente deformação plana.

73

CONFORMAÇÃO DE CHAPAS
“ESTAMPAGEM”
Anisotropia:
 Lugar geométrico dos limites de escoamento.
 Comparação entre uma chapa isotrópica (R=1) e uma chapa de
resistência aumentada por controle de textura (R>1)

74

Você também pode gostar