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CAMPUS DE CURITIBA
E DE MATERIAIS - PPGEM
PUNCIONAMENTO E BROCHAMENTO
CURITIBA
SETEMBRO DE 2005
ANTONIO MASSAO ETO
PUNCIONAMENTO E BROCHAMENTO
Dissertação apresentada como requisito parcial
à obtenção do título de Mestre em Engenharia
Mecânica, do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Mecânica e de Materiais, Área de
Concentração: Engenharia de Materiais, do
Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação,
do Campus de Curitiba, da UTFPR
CURITIBA
SETEMBRO DE 2005
TERMO DE APROVAÇÃO
_________________________________
Prof. Silvio Luiz de Mello Junqueira, D.Sc
Coordenador de Curso
Banca Examinadora
______________________________ __________________________________
Prof.Paulo César Borges, Dr.Eng Prof. Paulo Victor Prestes Marcondes, PhD
(UTFPR) (UFPR)
_______________________________ __________________________________
Prof. Paulo A. de Camargo Beltrão, PhD. Prof. Eduardo M. do Nascimento, Dr.Eng
(UTFPR) (UTFPR)
Ao Henrique,
pelos momentos em que não pude me
dedicar a ele como pai e o amigo que
desejava.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Prof. Paulo César Borges, pelo apoio e pela orientação
deste trabalho.
combinados.
reduce each part production time and enhance the use of resources and equipments.
The aim of this work is to improve the accuracy of stamped holes through the
tool combines the advantages of both forming and machining processes of thick
sheet metal in only one process. In order to measure its performance, eighteen
punches were made, three types (geometry) of punches for each refrigeration level
(100%, 75% and 50%), with and without tip angle. The evaluation of the process was
based in the roughness, diameter and angle of the hole, in the operation temperature
and tool wear. The best results were obtained using a type I punch refrigeration level
of 75% and tip angle. In conical holes, punches II and III produced better results.
Figura 41 – Prensa...................................................................................................99
Figura 49 - Influência no diâmetro dos furos, utilizando os tipos de punção I,II e III.
.........................................................................................................................113
Figura 51 - Punção III com e sem Ângulo com Refrigeração (100, 75 e 50%) x
Conicidade. ......................................................................................................117
ap - Penetração Passiva
D - Diâmetro de corte
F - Força de estampagem
H - Altura do dente
Pc - Perímetro de corte
P - Passo
T - Espessura de estampagem
Vc - Velocidade de corte
EP - Extrema pressão
Materiais
Aγ - Face do dente
Aα - Flanco do dente
αf - Ângulo de incidência
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................22
2.1 PUNCIONAMENTO......................................................................................22
2.1.1 Definição.......................................................................................................22
2.1.2 Ferramentas e Equipamentos Utilizados ......................................................24
2.1.2.1 Punção.........................................................................................................25
2.1.2.1.1 Dureza dos punções...............................................................................26
2.1.2.1.2 Comprimento do punção ........................................................................26
2.1.2.1.3 Geometria dos punções..........................................................................29
2.1.2.1.4 Fabricação e qualidade dos punções .....................................................32
2.1.3 Matriz.............................................................................................................32
2.1.4 Processo de Puncionamento........................................................................34
2.1.4.1 Folga entre punção e matriz ........................................................................36
2.1.4.2 Força de corte..............................................................................................43
2.1.4.3 Fenômenos que se verificam no corte .........................................................45
2.2 BROCHAMENTO .........................................................................................46
2.2.1 Definição.......................................................................................................47
2.2.2 Ferramentas Utilizadas.................................................................................48
2.2.2.1 Brocha .........................................................................................................48
2.2.2.1.1 Principais Elementos ..............................................................................51
2.2.2.1.2 Brocha de compressão...........................................................................57
2.2.2.1.3 Vida útil...................................................................................................59
2.2.2.1.4 Critérios para a determinação do fim de vida da ferramenta ..................60
1 INTRODUÇÃO
equipamentos.
em punções ou matrizes. Esta folga é necessária para evitar que as peças saiam
conforme Rachik (2002), Fang (2002), Hambli (2002) e Hilditch (2005). Dependendo
do tipo de material e da espessura da peça a ser estampada, esta folga varia muito,
expõe Faura (1998) e Schaeffer (1999). Quanto maior a folga, maior a possibilidade
uma peça de chapa grossa, que tenha a necessidade de sair com a medida nominal
por inteiro ao longo do furo (por exemplo: furo para fixação de um pino guia na
Uma outra solução seria furar por processo a laser o qual permitiria obter
peças com o furo paralelo ao longo do furo. Existem máquinas combinadas de laser
Será que não existe um processo mais econômico e que possa dar a
mais particularmente a uma ferramenta que, em uma única peça, comporta uma
igual ou superior a 6,0 mm. A resposta que se procura, está na melhoria desta
toca a superfície da chapa (Figura 2-a), causando a deformação desta contra uma
matriz (Figura 2-b) até a sua ruptura (Figura 2-c) da mesma forma que num processo
(Figura 2-d). A medida que os diâmetros maiores dos dentes da brocha penetram na
usinagem), até que o último dente da brocha ultrapasse a parte inferior da chapa
(Figura 2-f). Neste momento, o punção terá brochado totalmente a chapa e sua
seção, com alívio estará inteira dentro do furo da chapa (este alívio é feito para evitar
que o punção fique cravado na chapa devido à folga quase inexistente). A partir
deste momento o punção inicia seu retorno deixando o furo, que deverá apresentar
estampagem.
experimento.
(experimental), com coleta de dados in loco (observações direta) e que a análise dos
dados foi feita de forma quantitativa. Tendo utilizado o método indutivo, observação
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PUNCIONAMENTO
2.1.1 Definição
separação.
para modelo analítico. Por essa razão, o método dos elementos finitos tem sido
usado para simular o processo de corte com sucesso. Concluíram que a correlação
(GOIJAERTS, 2000)
peça.(HILDITCH, 2005)
elementos finitos para reduzir o tempo e o custo para produção. Para confirmar os
experimental.
puncionamento, conforme Polak (1974). Segundo Polak (1974) o único tipo de corte
comum com estes. O corte é efetuado por dois cantos afiados que passam um em
extrator e matriz. Nesta ferramenta o punção é guiado somente pela guia da prensa,
desta forma não é possível trabalhar com folga muito pequena, prejudicando assim a
ferramentas são mais baratas mas a ajustagem delas na hora da troca é muito difícil
pequenos lotes. O segundo tipo é a ferramenta com punção guiado. Esta guia é
efetuada pela placa que também funciona como extrator. Esta ferramenta é usada
vantagens das ferramentas com punção guiado são a combinação de baixo custo e
uma base de estampo com pinos de guia. Esta ferramenta permite o trabalho com
1999)
ferramentas com extrator guia, cuja finalidade é dupla, deve servir de guia do
punção ou punções para fazê-los coincidir com a matriz e ao mesmo tempo servir de
extrator da tira de material que se adere sobre os punções, uma vez efetuado o
corte. Para Soler (1972) o extrator guia é chamado de placa extratora ou de guia,
esta placa tem a função de guiar os punções na direção da placa matriz e exercer
função de extrair a tira de material que fica presa nos punções após o corte da peça.
2.1.2.1 Punção
geometria do punção.
que aquele que deverá ser cortado. Tal medida é indicada para que o desgaste por
atrito não seja excessivo, bem como seja evitado seu esmagamento.
importante que para a análise do uso do punção e sua construção sejam levados em
conta que a dureza do punção deverá ser bem maior do que a do material
trabalhado. Caso contrário, o aumento de sua espessura dará lugar a novas tensões
Finalizando sobre a dureza dos punções Marcos (1975) expõe que para
corte simples, os punções devem ser endurecidos por meio de têmpera, com a
punções. Conclui-se que seu endurecimento esta diretamente relacionado com sua
dureza evita o desgaste da ferramenta, logo evita a variação da área de corte final.
relação ao seu comprimento, devem ser testados quanto a flambagem, por meio da
fórmula de Euler:
π 2 .E.I
P= (01)
L2
Onde:
= 3,1416
P = valor mínimo capaz de manter a flecha produzida. (pelo que a carga que
o punção pode suportar sem flambar deve ser inferior a P). (MARCOS,
1975)
seção circular.
P = Pc . e . Kt (02)
π 2 .E.I
= Pc . e . K t (03)
L2
Onde:
e = espessura da chapa em mm
ou seja:
E.I
L =π (04)
Pc . e . K t
π E .d 3
L= (05)
8 e. Kt
máximo.
π E .b . h 3
L= (06)
2 6 (b + h ) e . K t
destas geometrias. Yoshida (1979) relata que os punções com a face frontal de corte
Figura 5.
A Figura 6 faz uma comparação entre os tipos de punção “2”, “3” e “4” e a
deformação radial dos mesmos quando em trabalho. Nota-se que o punção do tipo
corte varia de 0 a 45º, logo é o mais indicado. Por questão de otimização, diz-se que
fato leva a crer que, além do punção”2” ter o melhor desempenho face aos demais
radial. Sendo o ângulo de corte nos punções “2”, “3” e “4” o mesmo (22,5º), nota-se
que o punção do tipo “2” apresentou a maior resistência. Por tal motivo, e segundo
Pela análise das figuras expostas acima e pelas conclusões já tiradas sobre
as formas dos punções, diz-se que o punção mais indicado para a estamparia em
chapas de aço é o punção do tipo “2”. Ressalta-se que o ângulo de corte mais
indicado é o de 22,5º.
térmico da dureza ser adequado, o fio de corte deve ser homogêneo em toda a
superfície de corte. Se este fio de corte for irregular, a resistência ao corte será
menor nos pontos em que este está mais afiado. (MARCOS, 1975)
de têmpera.
2.1.3 Matriz
escape, a espessura, o perfil a ser cortado e a folga entre punção e matriz. (BRITO,
1981)
das matrizes de corte são o ângulo de saída (que facilita a saída do material cortado)
e a folga entre o punção e a matriz (que é responsável pelo perfeito corte da peça
desejada).
especiais. Estes aços exigem os maiores cuidados e atenção, tanto sob o ponto de
Provenza (1976) deverá ser confeccionada com material de ótima qualidade (alta
e matriz:
carbono);
estampo);
térmico);
romper);
escoamento).
Os cinco requisitos são muito importantes, sendo que há outros fatores que
utilizados.
chavetas. Para Provenza (1976) a matriz deve ser fixada rigidamente sobre a base
conjunto bem sólido. A face de corte de uma matriz, por mais simples que seja, deve
seu trabalho.
efeitos nos fios de corte, que se desgastam após ter sido produzida uma grande
superiores da chapa e tração nas fibras inferiores. Tal processo se dá devido aos
efeitos da flexão que agem sobre o metal puncionado. Observa-se que a parte que
está sendo comprimida tem sua seção reduzida, enquanto que a que está sendo
o esforço que está sendo realizado sobre as mesmas, deformações ocorrem nas
fibras da chapa ao redor da área de corte. Tal deformação ocasiona atrito sobre as
chapa. Para que se evite esse fato, é considerada uma folga entre o punção e a
matriz.
que a folga seja bem planejada (de 2 a 15% da espessura da chapa a ser
segundo caso dão origem a rebarbas, o que pode levar ao desencontro das trincas,
Segundo Méroz (1980) a folga diametral entre punção e matriz pode ser
calculada como: 7% da espessura para metais duros (aços), 6% para aços semi
Para Altan (1998) a ótima folga de corte está entre 2 a 10% da espessura da
chapa, por meio do qual o valor mais baixo aplica-se a chapas de metais mais finos
ou mais dúcteis. Enquanto que para Schaeffer (1999) a folga recomendada para o
chapa.
um processo de puncionamento.
contorno de corte uma banda brilhante ao redor dos cortes adjacentes ao canto
adicionais de metal devem ser cortadas antes de ocorrer uma completa separação,
uma superfície com bandas, sendo que o material do lado oposto do punção irá,
e = espessura da chapa em mm
tolerâncias. Complementa ainda que a folga tem sua condição ideal, a partir do
satisfatoriamente a força de corte. Para além desta condição ideal tem-se o aumento
peça produzida.
produto.
cortada. Uma maior folga de corte geralmente reduz a força necessária e o trabalho
Faura (1998) propõem uma metodologia para se obter a melhor folga entre
punção e matriz para um dado material de chapa e espessura para ser cortada,
Inc., Houston, PA, 1995). Hambli (2003) desenvolveu também uma metodologia para
obter uma ótima folga entre punção e matriz para um dado material através do
muitas pesquisas foram realizadas usando este método. No seu trabalho Komori
(1998) sob o efeito das variáveis do processo (ex: folga do punção e matriz,
são realizados com teste de tração e corte, para avaliar a eficácia do teste são
Para Fang (2001) a folga entre punção e matriz tem um papel importante no
valores de folga entre punção e matriz para um dado material e espessura da chapa
resultados numéricos, pode ser concluído que a folga entre o punção e a matriz
simulação numérica pode ser útil para determinar os parâmetros do processo, que
podem ser avaliadas pela espessura da rebarba da borda recortada após o corte.
(HAMBLI, 2002).
obtidos por elementos finitos incluindo modelo de dano e fratura e efeito de desgaste
perfil da seção cortada do retalho. Rachik (2002) faz comparações entre resultados
do punção para o processo inteiro. Além disso, a altura da rebarba pode ser
Conforme Shim (2004) a folga entre punção e matriz e raio no fio de corte
finitos. Uma boa correlação entre a simulação e o resultado experimental podem ser
experimental coincidem bem. O modelo de elementos finitos tem sido usado também
por Hilditch (2005) para examinar a vida da ferramenta, folga ótima e prognostico do
compreende a força aplicada pelo punção e a força do metal aplicada pela matriz. A
Onde:
pedaços ao punção e à matriz respectivamente. Tal fato faz com que o tamanho final
2.2 BROCHAMENTO
dentes podem estar atuando no mesmo instante, sendo assim um dos dentes está
2005)
2.2.1 Definição
linear e que tem por objetivo aplainar ou gerar superfícies internas ou externas de
perfil regular ou irregular. A ferramenta possui múltiplos dentes com altura crescente,
comprimento grande podendo ser forçada por tração ou compressão dentro ou fora
para gerar peças com características irregulares internas e externas, portanto tem
grandes potenciais nas aplicações industriais. Enquanto que para Ferraresi (1970) a
2.2.2.1 Brocha
denominada brocha (termo derivado do inglês “broach”,que por sua vez vem do latim
(STEMMER, 1995)
b) parte guia;
Ainda sob o contexto da caracterização das brochas, Freire (1977) diz que
a) Com relação à classificação por tipo de operação, diz-se que pode ser:
• interna;
• externa ou de superfície.
• de tração;
• de compressão.
• inteiriça ou sólida;
• em seções;
• para rasgos;
• para serrados;
• para raiar;
• para superfícies.
• reta;
• circular.
• dentes oblíquos;
• dentes sobrepostos.
brochar.
depois dos dentes de reserva, tem a função de orientar a brocha durante o corte dos
(Figura 17). Os dentes são colocados em seqüência, como mostra a Figura 16, com
ferramenta.
peça a usinar, apenas com a sobremedida para assegurar o corte, enquanto que os
lateral ou combinado).
seções a cortar deve coincidir com o eixo da brocha. Se isso não for
variáveis:
- Tipo de brochamento;
- Tolerâncias especificadas;
- Rigidez da peça;
- Dimensões da brocha.
penetração de avanço por dente asf para desbaste com escalonamento em altura de
avanço por dente asf, para assegurar um bom acabamento superficial. A penetração
compressão, temos:
produzem por esmagamento, uma superfície lisa e compacta. Para peças em aço, o
ressalto tem seção longitudinal abaulada (sem friso plano central), Figura 18.
cavacos assim interrompidos são de mais fácil remoção e não entopem as bolsas da
superfície usinada.
usa-se as vezes dentes oblíquos (Figura 20), a fim de obter um melhor acabamento
segundo Axinte (2004) as brochas com dentes de corte com ângulo inclinado em
cavaco escoa.
usinada. Seu objetivo é evitar o atrito entre o flanco dos dentes e a superfície
usinada. Deve ser mantido o mínimo possível para não enfraquecer a cunha de corte
e para que nas reafiações, que sempre são feitas pela face, não ocorra uma rápida
redução da altura dos dentes. Para aços os valores recomendados são de 1,5o a 3o
eliminados depois que o dente ultrapassar todo o comprimento do furo, cada dente
passagem da brocha pela peça. Materiais duros e tenazes, como aços dão origem a
formado. No caso de passos pequenos, o fundo da bolsa pode ter o mesmo raio,
razão, ser curta em relação à sua seção, a fim de evitar flambagem, quando sujeita à
e remover escamas.
forçadas através do furo, quer manualmente ou por prensa. Devem ser curtas, com
"T" é o tempo mínimo durante o qual uma ferramenta resiste do início do corte até a
sua utilização total, relacionada a um certo critério de fim de vida sob certas
condições de usinagem.
quantidade de material.
gume, que amolece e fica com aspecto de queimado, ao mesmo tempo em que
qual se forma uma faixa altamente polida pelo atrito. Em ferramentas de metal duro
reafiação com a remoção de uma extensa camada de material de corte, antes que
h) Forma dos cavacos – Uma brusca variação da forma dos cavacos pode
deslocamento do gume, o que por sua vez determina uma alteração nas
Os melhores resultados para aços, são obtidos para os de corte fácil e aços
na faixa de dureza entre 18 e 30 Rc. Aços mais macios tendem a rasgar, dando mau
melhores acabamentos. Aços mesmo mais duros que 42 Rc tem sido brochados,
de mecanismos de desgaste.
apenas uma pequena parte do ciclo completo de brochamento. Por isto, tem-se
melhor precisão de medidas, pela mais rápida eliminação do calor pelos cavacos.
(STEMMER, 1995)
Material Vc (m/min)
Aços de boa usinabilidade 6 - 10
Aços de 700 a 800 N/mm² 3-6
Aços muito duros 900 N/mm² 1-3
Ferro fundido maleável 5-9
Ferro fundido cinzento 6-9
Latão, bronze 8 - 12
Ligas de alumínio 10 – 14*
Brochas de alisamento 3
* Usar a velocidade máxima disponível na brochadeira.
Fonte: STEMMER, 1995
• Refrigeração
• Lubrificação
700 para 650 ºC provocou um aumento de vida de 4 para 20 minutos e uma nova
redução de temperatura para 600 ºC elevou a vida da ferramenta para várias horas.
face da ferramenta.
entre peça e cavaco, sendo este responsável por 25% do calor gerado e trabalho de
lubrificação atua, diretamente, apenas sobre uma pequena parcela do calor gerado
de atuação do fluído lubrificante tem sido muito discutido, uma vez que a existência
irregularidades, nas quais pode penetrar o fluído de corte por capilaridade ou outra
as superfícies metálicas que escorregam uma sobre a outra, gera-se uma situação
formam por absorção ou por reação química camadas intermediárias, que reduzem
corte utilizadas.
Plainar, tornear S (30:1), 0-2, S(30:1), 0-2, 0-4 S (20:1), 0-3, 0- S (20:1) S (30:1) 0-a
e furar 0-4 4, 0-7 0-1
Fresar, S (20:1) 0-4, S (15:1) 0-2, 0-3 S (10:1) 0-3, 0-4 S (15:1) S (20:1) 0-a
mandrilar 0-2 0-1
Alargar S (15:1) 0-4, S (10:1) 0-2, 0-4, S (10:1) 0-3, 0- S (15:1) S (20:1) 0-a
0-2 0-7 4, 0-5, 0-7 0-1
Brochar S (15:1) 0-4 S (15:1) 0-4 S (10:1) 0-5, 0-7 S (15:1) S (15:1) 0-a
(desbaste) 0-1
Brochar 0-2, 0-4 S 0-3, 0-5, 0-7 0-3, 0-5, 0-7 S (15:1) S (15:1) 0-a
(acabamento) (EP) (10:1) 0-1
Brochar 0-6 0-6 0-6 S (15:1) S (10:1) 0-a
(serviço 0-7 0-7 0-7 0-1
pesado)
Fonte: STEMMER, 1987
Abreviações:
graxos animais; 3) idem até 40%; 4) com adição de enxofre (menos de 1%); 5) idem
até 2%; 6) idem, mais de 2% de enxofre; 0-7: óleo sulfurado, com adição de óleos
graxos; 0-a: óleos minerais puro, transparentes e inodoros, próprios para alumínio,
caso não haja outros critérios específicos. Como fatores influentes sobre a qualidade
ferramenta.
região externa do cavaco, o que por sua vez propicia a sua quebra. A formação do
brochamento:
comumente obtidas;
operador especializado;
reduzida manutenção.
2.3.1 Rugosidade
enquanto que erros de forma seriam “uma medida do desvio de forma de uma
superfície de sua forma ideal (por exemplo, plana, cilíndrica ou esférica)”. Este
mesmo autor admite que a distinção entre os dois conceitos é arbitrária, embora
0,006
0,012
0,025
Grupo Principal Designação do Método
0,05
12,5
0,1
0,2
0,4
0,8
1,6
3,2
6,3
25
50
Fundição em molde de areia
Fundição em coquilha
Fundição
Fundição sob pressão
Laminação plana
Conformação Extrusão
Estampagem
Laminação de perfis
Torneamento longitudinal
Faceamento
Abertura de ranhuras
Aplainamento
Alisamento
Furação
Mandrilhamento
Escareamento
Alargamento
Fresamento tangencial
Fresamento de topo
Brochamento
Limagem
Retificação-polimento
Brunimento
Acabamento finíssimo
Polimento
Jateamento de abrasivo
Tamboreamento, rebarbação
facilidade de cálculo, mesmo com aparelhos analógicos simples. Sua definição pode
ser expressa como o desvio médio de um perfil de sua linha média. Outra boa
definição seria a distância média de um perfil desde sua linha média, sobre um
1
y ( x ) dx
1m
Ra = (08)
lm 0
contados (D). A definição de pico é como o maior ponto registrado entre dois
seguinte maneira:
lm
Sm = (09)
D
distância entre o pico mais alto e o vale mais baixo, dentro de um comprimento
Contudo, o pico mais alto pode estar no começo do perfil analisado, enquanto o vale
mais profundo pode estar no final deste perfil. Assim, estas duas ocorrências estão
medido.(FACCIO, 2002)
superfície consistente.
acabamento superficial que Ra, por exemplo. Isso porque somente alturas máximas
(1990) encontra-se um descritivo sobre ferramentas para recortar rasgos em eixo por
furos.
1
Variável que pode ser manipulada pelo pesquisador, a fim de avaliar os efeitos causados
sobre outra variável (chamada de variável dependente). Hipoteticamente, é a influência causal nos
estudos experimentais”. (APOLINÁRIO, 2004).
2
Variável dependente é uma variável cujo valor supõe-se que dependa de outra variável
(chamada de independente). É a variável que é observada e medida pelo pesquisador. Nos estudos
experimentais, constitui-se nos efeitos que estão sendo estudados. (APOLINÁRIO, 2004)
quarta por estar associado as condições de corte, bem como a vida útil da
ferramenta.
tipo I); PII (Punção do tipo II) e finalmente PIII (Punção do tipo III). O segundo código
Figura 27.
Utilização sempre
Identificar a sequência de furos
da mesma prensa
Figura 28 - Punções
3.1.3 Experimento
dezoito processos foi cinqüenta e quatro. O número total de furos foi de um mil e
oitocentos.
Figura 30. Cada corpo de prova é identificado pelo número da tira que lhe deu
origem. A numeração dos corpos de prova foi feita com marcador industrial. Ao total
Foram medidos os furos, de números 96, 97, 98, 99 e 100 de cada um dos
fotos serviram para registrar o aspecto da superfície dos furos seccionados. Foram
fotografadas 18 seções dos furos. Cada corpo de prova teve a seção do seu furo
fotografada.
Foram medidas as rugosidades dos furos de número 96, 97, 98, 99 e 100 de
mesmo lado interno do furo, ou seja a 180° do sentido de corte da tira. Para a
medição das rugosidades dos furos foram utilizados cinco segmentos de medição de
0,8 mm.
distância de 50 cm do punção.
comparação múltipla LSD (Least Significant Difference) com confiança de 95% para
Aplicou-se a análise da variância para o teste da hipótese nula (todas as médias são
iguais), o que pode identificar pelo menos uma das médias diferentes das demais.
Neste sentido Spiegel (1978) expõe que o objetivo da análise da variância é testar a
todas iguais. Seguindo este raciocínio, para Triola (1999) a análise da variância
médios – dos tratamentos e residual) e sobre o fator p. Quanto maior o fator p mais
com 95% de grau de confiança para comparar a diferença das médias, (BUTTON,
2000).
rugosímetro Mitutoyo SJ-201 e uma máquina fotográfica digital Sony – Cyber Shot
adotado este aço por sua aplicabilidade às ferramentas de corte. Segundo a Villares
(http://www.cimm.com.br/jornalvillares/jornal_2_edicao.pdf)
(asf) ou profundidade de corte variando de 0,025 a 0,15 mm. Estando dentro dos
tipo de punção). O comprimento máximo a brochar foi projetado para que fosse o
menor possível, devido às limitações de curso dos outros punções que compõe uma
corte (ponta) do punção ao início da brocha tem-se um valor de 3,4 mm, para que a
punção, chegando em alguns casos ocorrer à quebra do punção. Para alguns tipos
inoperantes. Portanto para este trabalho não foram construídas punções com
bolsas de cavaco.
dentes da brocha:
A matriz foi feita do mesmo material dos punções (Aço VF800AT). A Figura
Figura 35 – Matriz
estampagem foi construída uma ferramenta com punção guiado (Figura 36), cuja
guia é efetuada pela placa que também funciona como extrator. Segundo Schaeffer
(1999) este tipo de ferramenta é usado para peças mais precisas e para a fabricação
Figura 37. O porta punção foi usinado internamente com furos e ranhuras de tal
mm, que por sua vez sai pelas ranhuras, escorrendo em volta do punção, efetuando
assim a lubrificação e refrigeração dos punções. O material utilizado foi o aço SAE
1045.
do punção.
Figura 39 - Ranhura
Foram usadas 54 tiras de aço NBR 6656 LNE 38. Este aço foi adotado
Composição Química
Propriedades mecânicas
Qualidade ( % em peso )
Dobra 180º
C máx. Mn máx. Si máx. P máx S máx Al mín. El. De liga LE min. (Mpa) LR (Mpa) AL min (%)
Calço
NBR 6656 LNE 38 0,10 1,10 0,035 0,030 0,030 0,02 Ti>=0,08 380/530 460/600 23 Zero
Fonte: http://www.senafer.com.br/especificacao.htm
Foram utilizados 15 litros de Óleo Hislip Stamp –THI. Este óleo de origem
vegetal foi adotado por conter elevadas quantidades de aditivos para produzir
para esta velocidade de corte de 6m/min. Esta prensa foi utilizada para a ação
experimento. (18 punções x 100 furos com cada um). Utilizando a equação de Brito
execução do experimento.
Figura 41 – Prensa
autor.
Figura 42 - Rugosímetro
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
de punção e refrigeração).
medições.
maior o fator p mais próximo da hipótese nula é o experimento. Desta forma, adota-
F= Estatística de teste
de teste.
4.2.1 Influência na rugosidade dos furos utilizando punções (I,II e III) com ou sem
ângulo.
ângulo de ponta dos punções afetam a rugosidade dos furos. Observa-se que os
3,00
2,50
Rugosidade (Ra)
2,00
Máximo
1,50 Mínimo
Média
1,00
0,50
0,00
Sem ângulo Com ângulo
Punções
com rugosidades inferiores (0,18 à 0,70 Ra), com valores de rugosidade atingíveis
4.2.1.1 Influência na rugosidade dos furos, utilizando os punções tipo I, II e III, com
variação na refrigeração.
refrigeração, foi melhor que os refrigerados a 100% e 50%. Na Figura 48(b) que para
com ângulo manteve-se quase constante; enquanto que para os punções II sem
ângulo houve uma variação maior na média das rugosidades, para o nível de
refrigeração de 50%.
outros furos. Pode-se notar na Figura 45 (f) que a rugosidade do furo do punção III a
Nas Figuras 45(a), (c) e (e) – Tipos de punção sem ângulo - Nota-se que as
rugosidades dos furos dos punções II sem ângulo no conjunto foram o que
apresentaram menores rugosidades. Nas Figuras 45(b), (d) e (f) –Tipos de punção
com ângulo - Observa-se que a média da rugosidade para os punções II com ângulo
média das rugosidades. O melhor punção foi o punção PIC100 e logo em seguida o
comprova que os punções com ângulo do tipo I com dentes progressivos no avanço
em uma só direção apresentaram melhores rugosidades, isto porque o corte foi sem
Punção I sem ângulo com variação na Punção I com ângulo com variação na
refrigeração x Rugosidade refrigeração x Rugosidade
2,50 0,70
0,60
2,00
Rugosidade (Ra)
Rugosidade (Ra)
0,50
1,50 Máximo Máximo
0,40
Mínimo Mínimo
1,00 0,30
Média Média
0,20
0,50
0,10
0,00 0,00
PIS100 PIS75 PIS50 PIC100 PIC75 PIC50
(a) (b)
Punção II sem ângulo com variação na Punção II com ângulo com variação na
refrigeração x Rugosidade refrigeração x Rugosidade
0,80 0,45
0,70 0,40
0,60 0,35
Rugosidade (Ra)
Rugosidade (Ra)
0,30
0,50 Máximo Máximo
0,25
0,40 Mínimo Mínimo
0,20
0,30 Média Média
0,15
0,20 0,10
0,10 0,05
0,00 0,00
PIIS100 PIIS75 PIIS50 PIIC100 PIIC75 PIIC50
(c) (d)
Punção III sem ângulo com variação na Punção III com ângulo com variação na
refrigeração x Rugosidade refrigeração x Rugosidade
3,00 0,80
0,70
2,50
0,60
Rugosidade (Ra)
Rugosidade (Ra)
2,00
Máximo 0,50 Máximo
1,50 Mínimo 0,40 Mínimo
Média 0,30 Média
1,00
0,20
0,50
0,10
0,00 0,00
PIIIS100 PIIIS75 PIIIS50 PIIIC100 PIIIC75 PIIIC50
(e) (f)
diâmetro dos furos (p<0,05 - média com diferença estatisticamente significativa entre
os fatores).
4.3.1 Influência no diâmetro dos furos, utilizando os punções com e sem ângulo.
ângulo de ponta dos punções afetam nos diâmetros dos furos. Observa-se que os
punções sem ângulo de ponta. Embora a média dos diâmetros dos punções sem
ângulo tenham dado 10 mm, os punções com ângulo de ponta apresentam a menor
10,06
10,04
10,02
10,00
Diâmetro (mm)
9,98 Máximo
9,96 Mínimo
9,94 Média
9,92
9,90
9,88
9,86
Sem ângulo Com ângulo
Punções
dimensional melhor que os punções sem ângulo. Com uma variação de diâmetro de
0,05 mm contra 0,12 mm dos punções sem ângulo. Isto ocorre devido os punções
com ângulo apresentarem menor deformação radial, conforme citado por Singh
(1992).
ângulo houve uma pequena variação na média das variações de diâmetro, ou seja
temos uma maior dispersão dos resultados. Conforme a Figura 47(c) nota-se que há
um aumento do diâmetro dos furos puncionados com o punção II, com a respectiva
lubrificante Hislip não houve grandes alterações, quando são utilizados os punções
com ponta.
Na Figura 47(f) nota-se que os diâmetros máximos dos furos dos punções III
Punção I sem ângulo com variação na Punção I com ângulo com variação na
refrigeração x Diâmetro refrigeração x Diâmetro
10,06 10,01
10,04 10,00
10,02
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
10,00
10,00 Máximo Máximo
9,99
9,98 Mínimo Mínimo
9,99
9,96 Média Média
9,94 9,98
9,92 9,98
9,90 9,97
PIS100 PIS75 PIS50 PIC100 PIC75 PIC50
(a) (b)
Punção II sem ângulo com variação na Punção II com ângulo com variação na
refrigeração x Diâmetro refrigeração x Diâmetro
10,06 10,01
10,04 10,00
10,02 10,00
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
10,00 9,99
9,98 Máximo 9,99 Máximo
9,96 Mínimo 9,98 Mínimo
9,94 Média 9,98 Média
9,92 9,97
9,90 9,97
9,88 9,96
9,86 9,96
PIIS100 PIIS75 PIIS50 PIIC100 PIIC75 PIIC50
(c) (d)
Punção III sem ângulo com variação na Punção III com ângulo com variação na
refrigeração x Diâmetro refrigeração x Diâmetro
10,06 10,01
10,04 10,00
9,99
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
10,02
9,98 Máximo
Máximo
10,00 9,97
Mínimo Mínimo
9,98 9,96
Média Média
9,95
9,96
9,94
9,94 9,93
9,92 9,92
PIIIS100 PIIIS75 PIIIS50 PIIIC100 PIIIC75 PIIIC50
(e) (f)
refrigeração dos punções afeta os diâmetros dos furos. Observa-se que para os
10,06
10,04
10,02
10,00
Diâmetro (mm)
9,98 Máximo
9,96 Mínimo
9,94 Média
9,92
9,90
9,88
9,86
100% 75% 50%
Punções com refrigeração variada
Pode-se observar na Figura 49(b) que todos os tipos de punção com ângulo
diâmetro nominal de 10 mm. Na Figura 49(a) nota-se que o punção I sem ângulo
Pode-se observar na Figura 49 (c) e (d) que todos os punções com ângulo
com refrigeração 75% (PIC75, PIIC75 e PIIIC75) o diâmetro máximo dos furos estão
punções com ângulo é menor que a variação de diâmetro dos punções sem ângulo
com refrigeração 75% (PIS75, PIIS75 e PIIIS75). Nota-se também que a variação de
diâmetro nos punções com ângulo são iguais, e as médias da variação são bem
Nota-se na Figura 49 (e) e (f) que em todos os punções com ângulo e 50%
punções sem ângulo (PIS50, PIIS50 e PIIIS50) a máxima variação de diâmetro está
Pode-se notar que todos os punções com ângulo de ponta, com refrigeração
nominal de 10 mm.
Tipos de punção sem ângulo com Tipos de punção com ângulo com
refrigeração (100% ) x Diâmetro refrigeração (100% ) x Diâmetro
10,04 10,00
10,02 9,99
10,00
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
9,98
9,98 Máximo Máximo
9,97
9,96 Mínimo Mínimo
9,96
9,94 Média Média
9,92 9,95
9,90 9,94
9,88 9,93
PIS100 PIIS100 PIIIS100 PIC100 PIIC100 PIIIC100
(a) (b)
Tipos de punção sem ângulo com Tipos de punção com ângulo com
refrigeração (75% ) x Diâmetro refrigeração (75% ) x Diâmetro
10,06 10,01
10,04 10,00
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
10,02 10,00
Máximo Máximo
10,00 9,99
Mínimo Mínimo
9,98 9,99
Média Média
9,96 9,98
9,94 9,98
9,92 9,97
PIS75 PIIS75 PIIIS75 PIC75 PIIC75 PIIIC75
(c) (d)
Tipos de punção sem ângulo com Tipos de punção com ângulo com
refrigeração (50% ) x Diâmetro refrigeração (50% ) x Diâmetro
10,06 10,01
10,05 10,00
10,04 10,00
Diâmetro (mm)
Diâmetro (mm)
10,03 9,99
10,02 Máximo 9,99 Máximo
10,01 Mínimo 9,98 Mínimo
10,00 Média 9,98 Média
9,99 9,97
9,98 9,97
9,97 9,96
9,96 9,96
PIS50 PIIS50 PIIIS50 PIC50 PIIC50 PIIIC50
(e) (f)
Figura 49 - Influência no diâmetro dos furos, utilizando os tipos de punção I,II e III.
4.4.1 Influência na conicidade dos furos, utilizando os punções com e sem ângulo.
ângulo de ponta dos punções afetam a conicidade dos furos. Observa-se que a
média das variações da conicidade dos punções sem ângulo de ponta foram
0,14
0,12
Conicidade (mm)
0,10
Máximo
0,08
Mínimo
0,06
Média
0,04
0,02
0,00
Sem ângulo Com ângulo
Punções
problema, devido à folga entre punção e matriz. Podemos notar que no processo
0,13 mm. Enquanto que a conicidade dos furos estampados é de 1,2 mm, pois a
Nas Figuras 51 (a) e (b) verifica-se que embora a médias das variações das
conicidades dos furos estejam bem próximas (+/- 0,02 mm) entre os punções I com
e sem ângulo; nota-se que a variação da conicidade dos furos dos punções sem
ângulo apresentou uma menor variação que nos furos dos punções com ângulo.
Entretanto nas Figuras 51 (c) e (d) nota-se que a média das variações das
conicidades dos furos dos punções II com ângulo são mais comportadas, ou seja,
de Hislip menor o valor médio desta variável. Para o punção sem ângulo este efeito
não foi observado. Entretanto a menor conicidade foi encontrada para o punção sem
Nota-se que nas Figuras 51 (e) e (f) para os punções III com ângulo que a
média das variações das conicidades são mais próximas do que para o punção sem
Comparando as Figuras 51(a), (c) e (e) pode-se observar que para punções
sem ângulo, os punções do tipo I, a média das variações das conicidades são mais
próximas que os outros tipos de punções (II e III). Enquanto que nas Figuras 51(b),
(d) e (f) pode-se observar que as médias das variações das conicidades dos furos
para os tipos de punção I, II e III são bem próximas; embora haja uma grande
variações de conicidade.
Punção I sem ângulo com variação na Punção I com ângulo com variação na
refrigeração x Conicidade refrigeração x Conicidade
0,14 0,14
0,12 0,12
Conicidade (mm)
Conicidade (mm)
0,10 0,10
Máximo Máximo
0,08 0,08
Mínimo Mínimo
0,06 0,06
Média Média
0,04 0,04
0,02 0,02
0,00 0,00
PIS100 PIS75 PIS50 PIC100 PIC75 PIC50
(a) (b)
Punção II sem ângulo com variação na Punção II com ângulo com variação na
refrigeração x Conicidade refrigeração x Conicidade
0,10 0,12
0,08 0,10
Conicidade (mm)
Conicidade (mm)
Máximo 0,08 Máximo
0,06
Mínimo 0,06 Mínimo
0,04 Média Média
0,04
0,02
0,02
0,00 0,00
PIIS100 PIIS75 PIIS50 PIIC100 PIIC75 PIIC50
(c) (d)
Punção III sem ângulo com variação na Punção III com ângulo com variação na
refrigeração x Conicidade refrigeração x Conicidade
0,08 0,12
0,07
0,10
Conicidade (mm)
Conicidade (mm)
0,06
0,05 Máximo 0,08 Máximo
0,04 Mínimo 0,06 Mínimo
0,03 Média Média
0,04
0,02
0,01 0,02
0,00 0,00
PIIIS100 PIIIS75 PIIIS50 PIIIC100 PIIIC75 PIIIC50
(e) (f)
Figura 51 - Punção III com e sem Ângulo com Refrigeração (100, 75 e 50%)
x Conicidade.
tipos de punções (I, II e III) afetam na conicidade dos furos. Observa-se que a média
das variações da conicidade dos punções II e III são iguais e menores que a
0,14
0,12
Conicidade (mm)
0,10
Máximo
0,08
Mínimo
0,06
Média
0,04
0,02
0,00
PI PII PIII
Tipos de punções
retorno e com dentes progressivos no avanço (2X) respectivamente. Nos dois casos
a usinagem ocorre duas vezes na região cônica induzida pelo estouro durante a
retorno elástico entre os dois estágios, possibilitando assim uma maior remoção
4.4.3.1 Influência dos tipos de punções (I, II e III) na conicidade dos furos.
Nas Figuras 53 (a) e (b) pode-se verificar que os punções do tipo II com e
sem ângulo apresentaram uma média de variação das conicidades dos furos abaixo
da média dos outros tipos de punção (I e III); para uma refrigeração de 100%.
Para os punções com ângulo a média das variações das conicidades são
mais próximas que os punções sem ângulo, para uma refrigeração de 75%
(conforme Figuras 53 (c) e (d)) e para uma refrigeração de 50% (conforme Figuras
53 (e) e (f)).
Nas Figuras 53(a), (c) e (e) pode-se observar que as médias das variações
das conicidades dos furos dos punções do tipo I em diferentes refrigerações foram o
que apresentaram maiores médias de conicidade. Enquanto que nas Figuras 53(b),
(d) e (f) as médias das variações das conicidades dos furos para os tipos de punção
com refrigerações variadas são bem próximas; embora haja uma grande diferença
Tipos de punção sem ângulo com Tipos de punção com ângulo com
refrigeração (100% ) x Conicidade refrigeração (100% ) x Conicidade
0,12 0,14
0,10 0,12
Conicidade (mm)
Conicidade (mm)
0,10
0,08 Máximo Máximo
0,08
0,06 Mínimo Mínimo
0,06
0,04 Média Média
0,04
0,02 0,02
0,00 0,00
PIS100 PIIS100 PIIIS100 PIC100 PIIC100 PIIIC100
(a) (b)
Tipos de punção sem ângulo com Tipos de punção com ângulo com
refrigeração (75% ) x Conicidade refrigeração (75% ) x Conicidade
0,14 0,14
0,12 0,12
Conicidade (mm)
Conicidade (mm)
0,10 0,10
Máximo Máximo
0,08 0,08
Mínimo Mínimo
0,06 0,06
Média Média
0,04 0,04
0,02 0,02
0,00 0,00
PIS75 PIIS75 PIIIS75 PIC75 PIIC75 PIIIC75
(c) (d)
Tipos de punção sem ângulo com Tipos de punção com ângulo com
refrigeração (50% ) x Conicidade refrigeração (50% ) x Conicidade
0,10 0,14
0,12
0,08
Conicidade (mm)
Conicidade (mm)
0,10
0,06 Máximo Máximo
0,08
Mínimo Mínimo
0,04 0,06
Média Média
0,04
0,02
0,02
0,00 0,00
PIS50 PIIS50 PIIIS50 PIC50 PIIC50 PIIIC50
(e) (f)
dos punções sem ângulo de ponta é maior que os punções com ângulo de ponta. A
variação de temperatura para os punções sem ângulo é menor que os punções com
ângulo.
210,00
200,00
190,00
Temperatura ºC
Máximo
180,00
Mínimo
170,00
Média
160,00
150,00
140,00
Sem ângulo Com ângulo
Punções
de temperatura.
pode-se dizer que a água é melhor refrigerante que o óleo vegetal puro, onde os
punções aos quais foram acrescentadas águas na mistura, para dar a concentração
55 foi construída com os dados de todos os tipos de punção (I, II e III) com e sem
ângulo de ponta.
210,00
200,00
190,00
Temperatura ºC
Máximo
180,00
Mínimo
170,00
Média
160,00
150,00
140,00
100% 75% 50%
Punções com refrigeração variada
de Hislip. Segundo Stemmer (1987) e Diniz (2003) a temperatura que pode afetar a
avaliação foi feita de forma visual. Através das figuras do Anexo E, foi feita a tabela
13, onde se pode observar que os punções PIIIC100 e PIC75 foram os punções que
de corte dos
Nomenclatura:
Punções
material
dentes
Aderência de material :
PIS100 B 1X C
PIIS100 B 8 A= Pequeno, B= Médio e C=Grande
PIIIS100 C 5,6,7
PIS75 B 1X
1X= Uma Vez, 2X=Duas Vezes e 3X= Três Vezes
PIIS75 B 7
PIIIS75 B 7,9
PIS50 C 2X C 7
Desgaste no fio de corte dos dentes:
PIIS50 C 7
PIIIS50 C 7,9 A=Bom, B=Médio e C=Ruim
PIC100 A 3X C
PIIC100 A 3x A 5,6,7,8,9=Número do dente (de baixo para cima).
PIIIC100 A 4X
PIC75 A 3X
PIIC75 B 7
PIIIC75 B 9
PIC50 B 7
PIIC50 B 1x B 7
PIIIC50 C 6,7,9
5 CONCLUSÕES
de rugosidade.
resposta diâmetros dos furos. A inclusão de ângulo nos punções induziu as menores
lubrificante Hislip (50%) levaram aos menores desvios do diâmetro nominal (10 mm);
para todos os tipos de punções (punções I,II e III com e sem ângulo).
menores valores de conicidade foram obtidos para os punções sem ângulo do tipo II
menores temperaturas.
e III (Punção com dois estágios de dentes. Um estágio no avanço e outro no retorno
trabalhos futuros:
REFERÊNCIAS
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workpiece surface quality in machining, International Journal of Machine Tools &
Manufacture 44 (2004) 1091-1108.
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FAURA, F.; GARCIA, A.; ESTREMS M., Finite element analysis of optimum
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LUO, S. Y. , Studies on the wear conditions and the sheared edges in punching,
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force system in the gear broaching process, International Journal of Machine
Tools & Manufacture 37 (1997) 1409-1421.
Tipos Temperatura
PIS100 187
PIIS100 195
PIIIS100 195
PIS75 170
PIIS75 167
PIIIS75 188
PIS50 177
PIIS50 195
PIIIS50 187
PIC100 187
PIIC100 203
PIIIC100 193
PIC75 165
PIIC75 151
PIIIC75 164
PIC50 165
PIIC50 164
PIIIC50 148
(a)-PIS100
(b)-PIIS100
(c)-PIIIS100
(d)-PIS75
(e)-PIIS75
(f)-PIIIS75
(g)-PIS50
(h)-PIIS50
(i)-PIIIS50
(j)-PIC100
(l)-PIIC100
(m)-PIIIC100
(n)-PIC75
(o)-PIIC75
(p)-PIIIC75
(q)-PIC50
(r)-PIIC50
(s)-PIIIC50