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Engenharia de Máquinas e Integridade

Estrutural

Disciplina: Introdução à Integridade


Estrutural

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Fundamentos de Integridade
Estrutural
❑ Primeiro encontro – 27NOV2023 ❑ Terceiro encontro – 05FEV2024
Aula 1: Definição de falha estrutural; Aula 1-2: Ligações em estruturas;
Aula 2: Principais falhas em estruturas; Aulas 3-4: Análise de fadiga;
Aula 3: Definição de integridade estrutural; ❑ Quarto encontro – 19FEV2024
Aula 4: Metodologia para prevenção de falhas Aulas 1-2: Flambagem;
estruturais; Aulas 3-4: Corrosão;
❑ Segundo encontro – 18DEZ2023 ❑ Quinto encontro – 26FEV2024
Aula 1: Análise de tensões e deformações; Aulas 1-2: Atividades;
Aula 2: Análise de tensões e deformações; Aula 3:
Critérios de falhas estáticas;
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Aula 4: Coeficiente de segurança;
Atividade avaliativa:

• 1 página (“poster”) sobre um tema/caso/curiosidade relacionado à Integridade Estrutural.

Enviar tema pelo chat do Teams até 23/02.


Apresentações (5-10min) dia 26/02.

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Uniões soldadas, parafusadas e rebitadas em estruturas

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Conexões parafusadas/rebitadas

• Ruptura do prendedor (parafuso, rebite)


• Bering das placas/chapas
• Tração nas chapas

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Aplicação do MEF

Rigidez axial do parafuso (Princípio de Saint Venant) 6


https://www.youtube.com/watch?v=is9DQOakQhs 7
Conexões parafusadas/rebitadas: ruptura do prendedor

(1) cada placa de conexão transfere uma parte igual da força; e


(2) cada rebite/parafuso transfere uma parte igual da carga.

A tension connection consisting of four bolts, two on each side of


the joint, transfers a 32 kip loading. Determine the minimum bolt
diameter when the allowable shear stress is τall = 21 ksi.

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1 kip = 4,5kN
Normas para conexões aparafusadas

Resistência de cálculo
à força cortante:

=0,75 = φmAp0,62fu
- AISC/LRFD 93
Limite de resistência à tração
Área de cisalhamento
- AISC/ASD
=0,60 Nº de planos de cisalhamento
- NBR 8800
= φmAp0,60fu

REF. Valenciani, V.C. (1997).


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Ligação tipo Clevis : ruptura do pino

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Ligação tipo Clevis : ruptura do pino

Um valor comumente aceito para a tensão de cisalhamento admissível em barras circulares é τall = 0.40 Fy
(tabela AISC ASD) onde Fy é a tensão de escoamento do material do pino.
Então o diâmetro mínimo do pino pode ser determinado da seguinte forma:

Dica: O diâmetro do furo para um pino é o diâmetro do pino mais 1/16 polegadas ou 1,5 mm.

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Conexões parafusadas/rebitadas: falha na chapa (bearing)

Tensões de apoio (bearing stress) ocorrem quando dois corpos entram em contato.

Essas tensões ocorrem entre um pino e o material da chapa/forquilha, em juntas aparafusadas e rebitadas.

As tensões de rolamento são tensões normais e são calculadas usando:

Considerando a tensão admissível da tabela do AISC Manual:

A espessura de uma placa com um único furo de pino pode ser determinada por
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Conexões parafusadas/rebitadas: falha na chapa por cisalhamento (plug shear)

Outro tipo de falha em uma junta aparafusada ou rebitada ocorre quando não há material suficiente entre o fixador e a
extremidade do membro. O material por trás do fixador falha em cisalhamento

A curvatura do furo é desprezada e a menor distância até a


extremidade da barra é utilizada na análise

A tensão de cisalhamento média no material atrás de um pino é a


força dividida pela área de cisalhamento

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Conexões parafusadas/rebitadas: falha na chapa por cisalhamento (plug shear)

A tensão de cisalhamento admissível para o cisalhamento do material


atrás de um parafuso ou rebite é de 0,25 Fu

Dica: O manual AISC ASD também recomenda que a distância entre centros dos furos dos parafusos não seja inferior a
três diâmetros, 3d, e a distância final na linha da força não seja inferior a 1,5d. 14
Conexões parafusadas/rebitadas : falha na chapa por cisalhamento (plug shear)

distância da borda atrás do último prendedor quando a carga é


transferida por vários parafusos ou rebites em uma linha.

Os membros conectados por pinos, como olhais, têm um único fixador.

Nesses casos, a tensão de cisalhamento admissível atrás do fixador é Fv = 0,20Fy

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Cálculo de juntas de ligação
A rectangular bar 3.25 inches wide and 0.750 inches thick supports an axial tension load of 48 kips. The load is
transferred to the connecting plates using three 0.750 inch diameter bolts placed in line. Determine the minimum distance
from the centerline of the last hole to the end of the member denoted by b. The bar is made from A36 steel

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Conexões parafusadas/rebitadas: falha na chapa (tensão normal)

Tip: Experimental studies have also shown that the net area should not be
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more than 0.85A g regardless of how the holes are arranged.
Conexões parafusadas/rebitadas: falha na chapa (tensão normal)

Diâmetro do furo

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Falha na chapa por tensão normal

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Conexões soldadas

https://proleantech.com/pt/types-of-welding-joints/

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Conexões soldadas

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Conexões soldadas

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Conexões soldadas

Ensaios não-destrutivos Simbologia dos ensaios não-destrutivos


Representação em combinação com os
símbolos de soldagem

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Área efetiva de solda

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Espessura da garganta efetiva de soldas de penetração parcial

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Área efetiva de solda filete

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Área efetiva de solda filete

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Tensões nominais atuantes na seção da garganta do cordão de solda.

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h2

h1

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Apesar da vasta utilização da soldagem, o dimensionamento de juntas soldadas se baseia, na
prática, em simplificações impostas pela grande variedade de arranjos geométricos e combinação de
esforços, tornando impraticável (ou impossível) a obtenção de soluções baseadas na teoria da
elasticidade. Com isso, as técnicas de dimensionamento mais comuns baseiam-se na obtenção das
tensões nominais atuantes no cordão de solda a partir de carregamentos externos conhecidos.

• Somente tensões nominais devido às cargas externas são consideradas. A influência de tensões
residuais inerentes ao processo e o efeito de concentração de tensões na própria junta são desprezados;

• As soldas são homogêneas, isotrópicas e elásticas;

• As partes conectadas pelas soldas são rígidas e suas deformações nas interfaces entre as chapas são desprezadas.

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Trincas em juntas soldadas

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Esforços normais

Coeficiente de eficiência da junta

CS: coeficiente de
segurança adotado
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Ref. Alvim, R.C. (2005).
Esforços cisalhantes

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Momentos fletores

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Fundamentos de Integridade
Estrutural

FADIGA

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Fadiga: método S-N

How to establish baseline fatigue data;

Determine the fatigue life based on a stress-based damage parameter;

Demonstrate engineering applications of this methodology.

Referência: Lee, Y et. Al. Fatigue testing and analysis; Elsevier Butterworth–Heinemann, USA,
2005

• Introduction – p.103
• Stress-life (S-N) and fatigue limit testing – p.107
• Estimated S-N curve of a component based on ultimate tensile strength – p.126
• Notch effect
• Mean stress effect
• Combined proportional loads
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https://youtu.be/hASl6d3z3BM

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Fadiga: método S-N

Joelho da curva

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Fadiga: método S-N

Equações que representam uma


curva S-N típica:

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Testes experimentais de resistência à fadiga

- Obtenção da curva S-N

- Experimental

- Fase de vida finita

- Fase de vida infinita

- Análise estatística

- Fator de segurança

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Testes experimentais de resistência à fadiga

- Obtenção da curva S-N

- Experimental

- Fase de vida finita

- Fase de vida infinita

- Análise estatística

- Fator de segurança

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- Importante ter métodos para estimar
a curva quando não há dados
experimentais.

- Historicamente, muitas curvas S-N


foram geradas com carregamentos e
corpos de prova iguais.

- Essas curvas apresentam três


regiões lineares distintas na escala
log-log.

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- Importante ter métodos para estimar
a curva quando não há dados
experimentais.

- Historicamente, muitas curvas S-N


foram geradas com carregamentos e
corpos de prova iguais.

- Essas curvas apresentam três


regiões lineares distintas na escala bending = flexão
log-log.

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- Quando as condições diferem dos testes
padronizados, é necessário corrigir a curva
S-N.

Limite de resistência à fadiga

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Presença de entalhe

Exemplo 4.9 (Lee)

• Liga de aço
• 400 BHN
• Superfície polida
• D = 28,0 mm
• d = 25,5 mm
• r = 1,28 mm

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Presença de entalhe

49
Presença de entalhe

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Efeito do carregamento médio não nulo

- A teoria apresentada até então


considera carregamentos cíclicos
com média nula.
Tensão média de
Facilita a falha
- Há casos em que isso não tração
procede.

- Muitas aplicações possuem um


carregamento estático sobre o
qual ocorrem oscilações. Tensão média de
Dificulta a falha
compressão

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TENSÃO MÉDIA NÃO NULA

Quando o carregamento oscila em relação a


um valor não nulo, esse valor influencia na
resistência à fadiga.

Amplitude da oscilação
Região de
falha

Região de
vida infinita

Tensão média
Tensão de ruptura
Tensão de
escoamento
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CARREGAMENTOS COMPLEXOS

Pode ocorrer de o carregamento oscilatório ser complexo, com


a amplitude variando com o tempo.

Carregamento de amplitude constante Carregamento de amplitude variável

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CARREGAMENTOS COMPLEXOS

Pode ocorrer de o carregamento ser variante


no tempo.

+
“Rainflow cycle counting”

Transforma em carregamentos de
+ 54
amplitude constante
CARREGAMENTOS COMPLEXOS

Regra de Miner – dano acumulado:

+ 55
CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE DE FADIGA

•Taxa de Carregamento: A taxa de carregamento é um fator importante no ensaio de fadiga. Ela


influencia a resposta do material e pode afetar sua durabilidade. Taxas de carregamento mais altas
podem levar a uma redução na vida útil do material.
•Influência de Agentes Corrosivos: A presença de agentes corrosivos no ambiente pode afetar
significativamente a durabilidade do material sob carregamentos cíclicos. Portanto, é importante
considerar a influência desses agentes durante o ensaio de fadiga.
•Temperatura do Ambiente: A temperatura do ambiente também pode afetar o comportamento do
material sob carregamentos cíclicos. Alterações na temperatura podem levar a variações na resposta do
material e na sua durabilidade.
•Preparação do Corpo de Prova: A preparação adequada do corpo de prova é essencial para obter
resultados confiáveis no ensaio de fadiga. Isso envolve a remoção de imperfeições superficiais, a
aplicação de acabamentos adequados e a preparação correta das regiões de fixação.
•Análise e Interpretação dos Resultados: A análise e a interpretação dos resultados do ensaio de
fadiga requerem conhecimentos técnicos e experiência. É importante compreender os critérios de falha
e os parâmetros utilizados na avaliação da durabilidade do material.
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EXEMPLO DE ANÁLISE COMPUTACIONAL DE FADIGA VIA MEF

Fadiga por flexão rotativa :

Ref. Santos, S. A. (2011). 57


Ref. Santos, S. A. (2011). 58
Aço ABNT 1045

Ref. Santos, S. A. (2011). 59


Número de ciclos de flexão rotativa até a falha.

Ref. Santos, S. A. (2011). 60


Critério de Goodman

Ref. Santos, S. A. (2011). 61


REFERENCIAS

Projeto de Componentes de Máquinas, Robert C. Juvenall e Kurt M. Marshek;

Resistência dos Materias, R. C. Hibbeler;

Pdf – Aula critérios de resistência II, prof. José Carlos Morilla, Unisanta;

https://pt.slideshare.net/enriqepuentes/criterios-falha?from_action=save.

Designing structural Components for Machinery – Lary J. Segerlind

Lee, Y et. Al. Fatigue testing and analysis; Elsevier Butterworth–Heinemann, USA, 2005.

Projeto de Componentes de Máquinas, Robert C. Juvenall e Kurt M. Marshek;

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REFERENCIAS

Cozzone’s Method: https://www.youtube.com/watch?v=RgCz7Q7Euu8&ab_channel=ToddCoburn

Valenciani, V.C. (1997). Ligações em estruturas de aço. São Carlos. Dissertação (Mestrado) -
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.

Alvim, R.C. (2005). Dimensionamento de juntas soldadas utilizando soluções de modelos de placas
obtidas por elementos finito. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro.

Santos, S. A. (2011). Análise de falhas por fadiga de alto ciclo em eixos de transmissão utilizando o
método dos elementos finitos. Trabalho de Graduação - Universidade Estadual Paulista, Faculdade
de Engenharia de Guaratinguetá, Guaratinguetá.

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