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AULA:
Estrutura Metálica
daniairao@gmail.com
Revisão - Dimensionamento à tração
A resistência de uma peça sujeita à tração axial pode ser determinada por:
a) Ruptura da seção com furos;
b) Escoamento generalizado da barra ao longo de seu comprimento, provocando deformações exageradas.
𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑
𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑
Fonte: NBR8800:2008
Critérios de dimensionamento – Peças em geral com furos
𝑓𝑢 𝐴𝑛
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎2
𝑓𝑢 : Tensão limite de ruptura do aço;
𝐴𝑛 : Área líquida efetiva;
𝛾𝑎2 : Coeficiente de ponderação da resistência (1,35 para combinação normal);
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Exercício
Um perfil formado por duas cantoneiras L5x3x5/16“ (equivalente a 12,7x7,6x0,8 cm) LLBB (long-legs back-to-back) de aço A36 (MR250) esta
sujeito à esforços de tração. Determinar a forca axial de tração resistente de calculo assumindo-se Ct = 0,75 e a área da cantoneira de 2,41 in²
(equivalente a 15,5 cm²) e furos para parafusos de 1/2“ (1,27 cm).
→ Há duas abordagens possíveis para os perfis compostos, pode-se considerar o perfil como uma peça única (ambos os perfis formando uma seção única resistente) e calcular a
resistência para o perfil composto, ou considerar cada perfil separadamente e dobrar os valores de resistência calculados.
Exercício
Calcular o esforço de tração resistente de calculo do perfil representado abaixo, com ligação por solda. perfil U381 (15")x50,4 kg/m, de aço
MR250 (ASTM A36) e Ag = 64,2 cm².
Área líquida
c) nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração for transmitida somente por parafusos ou somente por soldas
longitudinais ou ainda por uma combinação de soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos) elementos da seção transversal
(devendo, no entanto, ser usado 0,90 como limite superior, e não se permitindo o uso de ligações que resultem em um valor inferior a 0,60):
𝑒𝑐
𝐶𝑡 = 1 −
𝑙𝑐
Fonte: NBR8800:2008
Dimensionamento à compressão
→ Peças comprimidas:
* Colunas
* Barras de treliça;
* Sistemas de travejamento;
* Sistemas contraventados de edifícios com ligações rotuladas;
→ As peças comprimidas podem ser constituídas de seção simples ou de seção múltipla. As peças múltiplas podem estar justapostas ou
afastadas e ligadas por treliçados ao longo do comprimento.
→ As chapas componentes de um perfil comprimido podem estar sujeitas à flambagem local, que é uma instabilidade caracterizada pelo
aparecimento de deslocamentos transversais à chapa, na forma de ondulações, que depende da esbeltez da chapa b/t.
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Flambagem – Estruturas Metálicas
Instabilidade de peças comprimidas
→ A instabilidade de uma barra comprimida qualquer da estrutura, entendida como um elemento dessa estrutura entre seus elementos de
fixação. Essa instabilidade pode ocorrer na barra como um todo ou como a instabilidade parcial de um elemento constituinte da seção
transversal do elemento estrutural.
A instabilidade localizada ou parcial da seção, é a perda de estabilidade de uma parte da seção transversal. Ela não está diretamente
relacionada à barra como um todo, mas às condições de ligação e de esbeltez dos elementos constituintes da seção.
Essa possibilidade de ruína por instabilidade local, em conjunto com as tensões normais na seção solicitada pelo esforço externo atuante, é
considerada pela NBR 8800.
Tipos de seções:
a) Seções Compactas: Conseguem desenvolver uma distribuição de tensões totalmente plástica (com grandes rotações) antes do início da
flambagem local da seção;
b) Seções semi-compactas: Os elementos comprimidos da seção podem atingir o escoamento, mas não a completa plastificação da seção,
antes que ocorra flambagem local da seção. Essa seções não apresentam grande capacidade de rotação antes da ruína;
c) Seções esbeltas: A ruína da seção ocorre antes de ser alcançada a plastificação de qualquer de seus elementos constituintes.
Dimensionamento à compressão - Flambagem
• Euler investigou o equilíbrio de uma coluna comprimida na posição deformada com deslocamentos laterais (instabilidade). Ele
definiu que um peça sujeita a compressão tem uma carga crítica, ou seja, um limite máximo de carregamento à partir do qual a peça
começa a sofrer deslocamentos laterais.
• Em condições ideais, quando a coluna está isenta de imperfeições geométricas e tensões residuais, o material tem comportamento
elástico linear e a carga está perfeitamente centrada.
• Nestas condições, a coluna inicialmente reta mantém-se com deslocamentos laterais nulos (𝛿 = 0) até a carga atingir a carga crítica
ou carga de Euler, conforme a equação:
𝜋 2 𝐸𝐼
𝑁𝑐𝑟 = 2
𝑙
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão - Flambagem
A partir desta carga não é mais possível o equilíbrio na configuração retilínea. Aparecem então deslocamentos laterais, e a coluna fica
sujeita à flexocompressão. Em função da hipótese de pequenos deslocamentos e rotações, ficou indeterminada a função carga N versus
deslocamento δ para N > Ncr. Dividindo-se a carga crítica pela área A da seção reta da haste, obtém-se a tensão crítica.
𝑁𝑐𝑟 𝜋 2 𝐸𝐼 𝜋2𝐸
𝑓𝑐𝑟 = = = 2
𝐴 𝐴𝑙 2 𝑙ൗ
𝑖
𝑙Τ é o índice de esbeltez da haste;
𝑖
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão - Flambagem
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão - Flambagem
𝐾𝑙ൗ 𝐾𝑙 𝑓𝑦
𝜆0 = 𝑖 = 𝜆0 é o índice de esbeltez reduzido;
1ൗ 𝑖 𝜋2𝐸
2
𝜋 2 𝐸ൗ𝑓 K é o coeficiente que define o comprimento efetivo de flambagem
𝑦
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão – Flambagem
𝜋 2 𝐸𝐼
𝑁𝑐𝑟 = 𝑁𝐸 2
𝑙𝑓𝑡
𝑙𝑓𝑡 = 𝐾𝑙
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão – Flambagem
Fonte: PFEIL, W; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático. 8ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Dimensionamento à compressão
Devem ainda ser observadas as condições estabelecidas em 5.3.4, relacionadas à limitação da esbeltez.
𝜒𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
onde:
𝜒 é o fator de redução associado à resistência à compressão, dado em 5.3.3;
Q é o fator de redução total associado à flambagem local, cujo valor deve ser obtido no Anexo F;
𝐴𝑔 é a área bruta da seção transversal da barra.
→ Os fatores 𝜒 e Q são redutores que consideram os efeitos de instabilidade da peça como um todo e de instabilidade localizada da sua seção transversal, respectivamente.
2
- Para 𝜆0 ≤ 1,5: 𝜒 = 0,658𝜆0
0,877
- Para 𝜆0 > 1,5: 𝜒 =
𝜆20
𝑓𝑐
𝜒=
𝑓𝑦
Analisando a variação do coeficiente
redutor em função da esbeltez reduzida,
quanto maior for a esbeltez reduzida,
menor será o coeficiente 𝜒 e maior a
redução correspondente em 𝑁𝑐,𝑅𝑑 .
Complementando essa análise, o valor de
𝜆0 é inversamente proporcional a 𝑁𝑒 ,
quanto menor for a carga de flambagem,
maior a redução em 𝑁𝑐,𝑅𝑑 .