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Coluna de Perfuração 1

Coluna de Perfuração
1 - Introdução

As principais funções da coluna de perfuração são:


5 Aplicar peso sobre a broca
5 Transmitir a rotação para a broca
5 Conduzir o fluido de perfuração
5 Manter o poço calibrado
5 Garantir a inclinação e a direção do poço

Uma coluna de perfuração é composta basicamente dos elementos


5 Kelly ou Haste quadrada
5 Drill Pipe ou Tubos de perfuração (DP)
5 Hevi-Wate ou Tubos pesados (HW)
5 Drill Colar ou Comandos (DC)

Em conjunto com estes elementos são necessários diversos outros para


permitir a utilização eficiente de uma coluna de perfuração, tais como, os
elementos acessórios da coluna e elementos para o seu manuseio.

Os principais acessórios são


5 Subs ou Substitutos
5 Estabilizadores
5 Roller Reamer ou Escareadores
5 Alargadores
5 Amortecedores de choque

As principais ferramentas de manuseio são:


5 Chave flutuante
5 Chave de broca
5 Cunha
5 Colar de Segurança

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2 - Kelly
Kelly ou Haste quadrada tem como
principal função transmitir o torque
fornecido pela mesa rotativa, para a
coluna, em forma de rotação. Como parte
integrante da coluna o kelly deve permitir
a passagem de fluido por seu interior. É
ele que faz a ligação entre o Swivel
(Cabeça de Injeção) e a coluna de
perfuração.

A normalização do kelly pode ser


encontrada no API Spec RP7G, item 6 e
na API Spec 7, seção 3

Os Kelly’s são fabricados com ligas


modificadas, AISI 14145-H, revenidas e
temperadas. O Kelly pode ser forjado já
na forma definitiva, quando depois recebe
um tratamento de descarburização, o que
causa um amolecimento superficial,
permitindo assim que o kelly sofra um
desgaste maior do que a sua bucha; ou
pode ser forjado e usinado, recebendo
após um tratamento térmico. A escala de
dureza varia entre 285 a 341 BNH.

Por ser ele o elemento que recebe o


torque na parte intermediária, suas
roscas são diferentes. Na parte superior a
rosca é a esquerda, enquanto na inferior
a rosca é a direita.

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Para a escolha do Kelly se deve obedecer a seguinte tabela:


Tipo Corpo Conexão Mínimo (OD)
pol Tipo OD Revestimento
2 1/2” Quadrada 1 1/4” NC26 (2 3/8” IF) 3 3/8” 4 1/2”
3” Quadrada 1 3/4” NC31 (2 7/8”IF) 4 1/8” 5 1/2”
3 1/2” Quadrada 2 1/4” NC38 (3 1/2” IF) 4 3/4” 6 5/8”
4 1/4” Quadrada 2 13/16” NC46 (4” IF) 6 1/4” 8 5/8”
4 1/4” Quadrada 2 13/16” NC50 (4 1/2” IF) 6 3/8” 8 5/8”
5 1/4” Quadrada 3 1/4” (5 1/2” FH) 7” 9 5/8”
3” Hexagonal 1 1/2” NC26 (2 3/8” IF) 3 3/8” 4 1/2”
3 1/2” Hexagonal 1 7/8” NC31 (2 7/8”IF) 4 1/8” 5 1/2”
4 1/4” Hexagonal 2 1/4” NC38 (3 1/2” IF) 4 3/4” 6 5/8”
5 1/4” Hexagonal 3” NC46 (4” IF) 6 1/4” 8 5/8”
5 1/4” Hexagonal 3 1/4” NC50 (4 1/2” IF) 6 3/8” 8 5/8”
6” Hexagonal 3 1/2” (5 1/2” FH) 7” 9 5/8”

Pode-se observar que para o mesmo revestimento mínimo o Kelly


hexagonal é mais robusto que o quadrado, isto faz que o Kelly hexagonal
tenha um nível de tensão menor e consequentemente uma maior
resistência a fadiga do que a do Kelly quadrado.

Um componente, comumente conectado a extremidade inferior do kelly é o


sub de salvação do kelly, este é um pequeno tubo caixa x pino com função
de proteger a rosca do kelly dos constantes enroscamentos e
desenroscamentos das conexões, inerentes ao processo de perfuração.
Este sub de salvação pode também funcionar como sub de rosca (roscas
diferentes nas suas conexões) quando a conexão do Kelly for diferente da
conexão da coluna de perfuração.

Para conseguir o fechamento do interior da coluna em caso de Kick (influxo


da formação para o interior do poço) o Kelly normalmente possui duas
válvulas:
5 Kelly Cock Superior (Opcional)
5 Kelly Cock Inferior

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Estas válvulas deverão ser testadas segundo a tabela abaixo:


Máxima Pressão de Trabalho Mínima Pressão Hidrostática
de teste (Shell)
psi MPa psi Mpa
5000 34,5 10000 68,9
10000 68,9 15000 103,4
15000 103,4 22500 155,1

O Kelly não deve apresentar empenos e o centro da seção transversal


circular interna deve coincidir com o centro geométrico da sua seção
transversal metálica; isto assegura simetria e equilíbrio durante a rotação.
Ao se trabalhar com o kelly desequilibrado ou empenado, ocorrem
vibrações no topo da coluna, causando maior nível de desgaste, tanto no
equipamento de superfície, quanto nas conexões da própria coluna de
perfuração.

3 - Tubos de Perfuração (Drill Pipe)


São tubos sem costura (ream less) feitos por extrusão de aço
especial, reforçados nas extremidades para permitir que uniões
cônicas sejam soldadas nestas extremidades. Existem tubos de
perfuração de alumínio para aplicações especiais. As suas
principais funções são:
5 Permitir circular o fluido de perfuração
5 Transmitir o torque e rotação

A normalização dos tubos de perfuração estão nas normas API


Spec 5A e RP7G. Nestas normas estão as principais
características dos tubos de perfuração como as propriedades
físicas do aço, método de fabricação, espessura da parede,
diâmetros interno e externo, comprimento e peso do tubo.

Na especificação do tubo de perfuração deve constar:


5 Diâmetro Nominal (OD)
5 Peso Nominal
5 Grau do Aço
5 Reforço (upset)
5 Comprimento Nominal
5 Desgaste
5 Características Especiais

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Diâmetro nominal é o diâmetro externo do corpo do tubo expresso em


polegadas. Os valores mais utilizados ficam entre 2 3/8” e 6 5/8”.

Peso nominal é o valor médio do peso do corpo com os Tool Joint (Uniões
Cônicas) é expresso em lb/pé. Com o peso nominal e o diâmetro nominal
se determina as seguintes características:
5 Diâmetro Interno (ID)
5 Espessura da parede do Tubo
5 Drift - Máximo Diâmetro de Passagem

Grau do aço determina as tensões de escoamento e de ruptura do tubo de


perfuração. Os tipo de grau do aço são:
GRAU ESCOAMENTO (psi) RUPTURA (psi)
Mínimo Máximo Mínimo
E 75.000 105.000 100.000
X 95 95.000 125.000 110.000
G 105 105.000 135.000 115.000
S 135 135.000 165.000 145.000

O reforço na extremidade do tubo tem como função criar uma área maior
de maior resistência onde é soldada a união cônica, minimizando assim o
problema de quebra por fadiga. Este reforço pode ser:
5 Interno (IU) Internal Upset
5 Externo (EU) External Upset
5 Misto (IEU) Internal-External Upset

Internal Upset External Upset Internal-External Upset

Comprimento é o tamanho médio dos tubos de perfuração. Existem três


grupos em função do comprimento:
5 Range I 18 a 22 pés Média 20 pés
5 Range II 27 a 32 pés Média 30 pés
5 Range III 38 a 45 pés Média 40 pés

Na Petrobrás a grande maioria das sondas utiliza tubos de perfuração do


range II.

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O desgaste está relacionado com a espessura da parede do tubo de


perfuração. Conforme os tubos vão sendo utilizados, eles vão tendo sua
espessura da parede diminuída; periodicamente os tubos são
inspecionados e classificados de acordo com a norma API. O desgaste
esta diretamente relacionado com a resistência dos tubos de perfuração. A
classificação quanto ao desgaste é:
Classe Redução da Espessura Código Faixa/Cor
Novo 0% 1 Faixa Branca
Premium de 0% a 20 % 2 Faixas Brancas
Classe 2 de 20 a 30% 1 Faixa Amarela
Classe 3 de 30 a 40% 1 Faixa Laranja
Rejeitado Maior que 40% 1 Faixa Vermelha

Um tubo de perfuração é novo só quando é comprado, assim que este tubo


é descido no poço ele já passa a condição de premium, em face que a
classe novo é apenas para desgaste zero na espessura.

Na perfuração no mar é comum utilizar apenas tubos de perfuração classe


premium, já para sondas de terra, principalmente as de menores
capacidades, pode utilizar classe 1 ou mesmo classe 2. Tubos com
desgaste maior que 40% na espessura não devem ser utilizados.

Nas características especiais são descritos alguns tratamentos ao quais os


tubos de perfuração são submetidos, como por exemplo capeamento
interno com resina, para diminuir o desgaste interno e a corrosão, ou um
tratamento para a proteção contra H2S.

As uniões cônicas, conhecidas como Tool Joints, são fixadas ao tubo de


perfuração por:
⇒Enroscamento à Quente
União Aquecida no Tubo Frio
⇒Soldagem Integral
Partes Aquecidas por indução e unidas com pressão e rotação
sem adição de material
¾ Flashwelding Soldagem com pré aquecimento
¾ Inertialwelding Soldagem a frio

As uniões cônicas facilitam o enroscamento dos tubos de perfuração, além


de promover a vedação, são dotadas de apoio para receber o elevador. As
vezes é adicionado material duro, carbureto de tungstênio, externamente
nestas uniões visando um menor desgaste em formações duras e
abrasivas e consequentemente um aumento na vida útil dos tubos de

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perfuração, este aumento tem em contrapartida um maior desgaste do


revestimento do poço.

As roscas das uniões cônicas são padronizadas, pela API, levando em


conta o número de fios por polegada, a conicidade em porcentagem e o
perfil da rosca. As roscas mais comum são:
5 API
¾ IF Internal Flush Perfil V - 0,038R
¾ FH Full Hole Perfil V - 0,038R/V - 0,040
¾ REG Regular Perfil V - 0,040/V - 0,050
5 Não API
¾ XH Extra Hole
¾ SH Slim Hole
¾ EF External Flush
¾ DSL Double Streamline
¾ ACME Hydril
¾ H-90 Hughes Tool
A partir de 1968 a API recomenda uma nova maneira de se especificar as
conexões conhecido como NC

Importante lembrar que as roscas não promovem vedação, como acontece


no caso de tubos de revestimento e de produção, a vedação se processa
nos espelhos da caixa e pino. Então o aperto adequado das conexões é
muito importante, já que um aperto insuficiente pode provocar a passagem
do fluido de perfuração por entre as roscas e provocar a lavagem da rosca,
já um aperto excessivo pode deformar a rosca fragilizando a conexão. A
API traz o aperto recomendado para cada tipo de conexão.

Os tubos de perfuração são colocados no poço com a parte do pino para


baixo, assim deve se ter cuidado quando da conexão evitar que o pino bata
no espelho da caixa, danificando assim o local da vedação.

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Listas das Roscas Intercambiáveis


NC26 2 3/8” IF
2 7/8” SH
NC31 2 7/8” IF
3 1/2" SH
NC38 3 1/2" IF
4 1/2" SH
NC40 4” FH
4 1/2" DSL
NC46 4” IF
4 1/2" XH
NC50 4 1/2" IF
5” XH
5 1/2" DSL
2 3/8” IF 2 7/8”SH
NC26
2 7/8” IF 3 1/2" SH
NC31
3 1/2" IF 4 1/2" SH
NC38
4” IF 4 1/2" XH
NC46
4 1/2" IF 5” XH
NC50
4” FH 4 1/2" DSL
NC40
2 7/8” XH 3 1/2" DSL
3 1/2" XH 4” SH
4 1/2" EF
4 1/2" XH 4” IF
NC46
5” XH 4 1/2" IF
NC50
2 7/8” SH 2 3/8” IF
NC26
3 1/2" SH 2 7/8” IF
NC31
4” SH 3 1/2" XH
4 1/2" EF
4 1/2" SH 3 1/2" IF
NC38
4 1/2" EF 4” SH
3 1/2" XH
3 1/2" DSL 2 7/8” XH
4 1/2" DSL 4” FH
NC40
5 1/2" DSL 4 1/2" IF
5” XH
NC50

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É necessário uma preocupação com os esforços e estado do tubo,


tentando com isto evitar uma falha prematura da coluna, ocasionando com
isto pescarias, as quais são sempre muito onerosas.

Torque

O torque adequado nas uniões dos tubos de perfuração é muito importante,


já que a união é tipo macaco-parafuso, ao continuar a apertar a conexão
algo irá romper. Pode
romper o cabo da chave
flutuante, a própria chave, o
pino pode quebrar, ou a
caixa se alargar. Um torque
insuficiente faz que a
vedação nos espelhos não
fique adequada o que
permite a passagem de
fluido por entre os fios das
rosca, causando assim
uma lavagem da rosca, ou
mesmo uma lavagem da
conexão e
consequentemente a
quebra da conexão.

Fadiga

A fadiga é a causa da maioria das rupturas nos tubos de perfuração. A


fadiga aparece quando o tubos trabalham fletidos, isto causa o
aparecimento de uma carga cíclica. A primeira manifestação da fadiga é o
aparecimento de fissuras no tubo de perfuração, estas fissuras num
primeiro momento são invisíveis ao olho nu, sendo necessário se
programar inspeções periódicas nos tubos de perfuração, buscando com
isto detectar o mais cedo possível o aparecimento da fadiga.

Ranhuras e Sulcos

Os tubos de perfuração acumulam sulcos e ranhuras, pela ação das


cunhas, revestimento, transporte, etc. Quando elas são arredondadas ou
longitudinais os problemas são poucos, pois sendo arredondadas não
causam acúmulo de tensões, e sendo longitudinais seguem a direção dos
esforços principais. As ranhuras transversais e em especial as agudas são

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muito perigosas, principalmente quando perto das uniões, pois ao


concentrarem as tensões facilitam o aparecimento das fissuras da fadiga.

Corrosão

A corrosão causa a formação de depressões na superfície do tubo


facilitando a ação da fadiga, causa também uma redução na espessura da
parede dos tubos, tendo assim uma diminuição na sua resistência.

Altura máxima

É necessário se quantificar a
máxima altura em que o tool joint
pode ficar durante as conexões,
para evitar que ocorra o
empenamento do tubo, o que vai
causar um problema em toda
coluna de perfuração.

Alguns cuidados precisam ser tomados em relação aos tubos de


perfuração:

1) Não usar cunha no lugar da chave flutuante durante as conexões. O


uso da cunha pode causar dano ao corpo do tubo.
2) Não usar martelo ou marreta para bater nos tubos. Caso seja
necessário utilizar marreta de bronze.
3) Deve-se evitar a utilização de corrente para enroscar tubos, pois caso
a corrente corra e se encaixe entre o pino e a caixa, pode vir a danificar
a rosca e o espelho.
4) Evitar a utilização de tubos tortos na coluna de perfuração, pois seu
uso causa um desgaste prematuro nas uniões cônicas.
5) Evitar torque excessivo durante as conexões e durante a perfuração
6) Evitar que os tubos de perfuração trabalhem em compressão
7) Caso na coluna não exista Heavy Weight, a cada manobra deve-se
mudar os tubos de perfuração que estão acima dos comandos.
8) Quando desconectar a coluna por unidade, retirar todos os protetores
de borracha existentes, minimizando assim a corrosão.
9) Quando os tubos estiverem estaleirados deve-se apoiar os tubos em
três pontos com tiras de madeira; uma em cada extremidade e outra
no meio. Nunca usar cabo de aço ou tubos de pequeno diâmetro.

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10) No término de cada poço deve-se lavar as roscas com solvente


apropriado, secar, aplicar graxa e colocar os protetores de rosca.
11) Não usar chave de tubo (grifo) para alinhar as seções de tubos no
tabuleiro, isto danifica o espelho do pino.

4 - Comandos (Drill Collar)


A principal função dos comandos é fornecer peso sobre a
broca. Como parte integrante da coluna os comandos devem
transmitir o torque e a rotação a broca, bem como permitir a
passagem de fluidos.

Para fornecer peso sobre broca os comando são


tubos de parede espessa. Os comandos são liga de
aço cromo nolibdênio forjados e usinados no
diâmetro externo, sendo o diâmetro interno perfurado
a trépano. A escala de dureza dos comandos varia
de 285 a 341 BHN. São fabricados no range de 30 a
32 pés, podendo em casos especiais ter de 42 a 43,5
pés.

A conexão é usinada no próprio tubo e protegida por


uma camada fosfatada na superfície, ao contrário dos
tubos de perfuração as conexões são a parte mais
frágil dos comandos.

Os comandos podem ser lisos ou espiralados. Os


comandos espiralados tem uma redução de cerca de
4% no seu peso, mas graças a sua redução na área
de contato lateral os comandos espiralados tem
menos propensão a prisão por diferencial, sendo por
isso preferidos. Existem também comandos de seção
quadrada, com a função de prevenir a prisão por
diferencial, mas são pouco utilizados pela dificuldade
de ferramentas de pescaria.

Os comandos podem ter rebaixamento no ponto de aplicação das


cunhas, evitando com isso a necessidade de se utilizar o colar de
segurança durante as conexões, tendo então um ganho de tempo
durante as manobras. Podem também possuir pescoço para
adaptação de elevadores, neste caso evitando a utilização de lift-

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sub, tendo novamente ganho no tempo de manobra.

Os comando em conjunto com os estabilizadores são usados para dar


rigidez à coluna, e utilizados também no controle da inclinação do poço.

A especificação dos comando é:


5 Diâmetro Externo
5 Diâmetro Interno
5 Tipo de Conexão
5 Características Especiais

O diâmetro externo, em polegadas, é escolhido em função do diâmetro do


poço e sempre levando em consideração a possibilidade de ser necessário
uma pescaria.

O diâmetro interno, também em polegadas, está diretamente relacionado


com o peso do comando, sendo muito comum se especificar o peso em
lb/pé no lugar do diâmetro interno.

As características especiais são: se o comando é espiralado, se tem


rebaixamento para a cunha, se tem pescoço para o elevador, se tem algum
tratamento especial, etc...

Existe um comando especial muito utilizado em perfuração direcional


conhecido com K-Monel, este comando tem todas as características dos
comandos, só que é feito de material não magnético o que permite se
registrar fotos magnéticas em seu interior.

A resistência dos comandos são:

Diâmetro Externo Limite de Escoamento Tensão de Ruptura


pol psi psi
de 3 1/8” a 6 7/8” 110.000 140.000
de 7”a 10” 100.000 135.000

O uso do torque recomendado é mais importante nos comandos, devido a


ser as conexões seu ponto frágil. O aperto deve ser feito com tração
constante e demorada nos cabos e nunca com puxões violentos devido a
sua grande inércia.

A quebra de coluna é muito mais freqüente nos comandos do que nos


tubos de perfuração, pois os esforços nos comando são mais severos e
também são submetidos a esforços maiores. Sendo assim durante as
manobras os comandos devem ser desconectados sempre nas juntas que

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não foram desfeitas durante a última manobra, isto permite que todas as
conexões trabalhem igualmente, bem como permite uma inspeção visual
com igual freqüência em todas as conexões.
Diferente do tubos de perfuração, não há para os comando uma
classificação para o desgaste.

Além das seguintes recomendações que são iguais as dos tubos de


perfuração:

1) Não usar cunha no lugar da chave flutuante durante as conexões. O


uso da cunha pode causar dano ao corpo do tubo.
2) Não usar martelo ou marreta para bater nos tubos. Caso seja
necessário utilizar marreta de bronze.
3) Deve-se evitar a utilização de corrente para enroscar tubos, pois caso
a corrente corra e se encaixe entre o pino e a caixa, pode vir a danificar
a rosca e o espelho.
4) Evitar torque excessivo durante as conexões e durante a perfuração
5) Quando os comandos estiverem estaleirados deve-se apoiar os tubos
em três pontos com tiras de maneiras; uma em cada extremidade e
outra no meio. Nunca usar cabo de aço ou tubos de pequeno diâmetro.
6) No término de cada poço deve-se lavar as roscas com solvente
apropriado, secar, aplicar graxa e colocar os protetores de rosca.
7) Não usar chave de tubo (grifo) para alinhar as seções de comandos no
tabuleiro, isto danifica o espelho do pino.

Deve-se durante as movimentações utilizar o protetor de rosca e nunca


rolar os comandos, mas sim suspendê-lo pelo seu centro de gravidade.

5 - Tubos Pesados (Heavy Weight)


Os HW são elementos de peso intermediário, entre os tubos de perfuração
e os comandos. Sua principal função, além de transmitir o torque e permitir
a passagem do fluido, é fazer uma transição mais gradual de rigidez entre
os comandos e os tubos de perfuração. Eles são bastante utilizados em
poços direcionais, como elemento auxiliar no fornecimento de peso sobre a
broca, em substituição a alguns comandos.

A utilização de HW’ tem as seguintes vantagens:

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5 Diminui a quebra de tubos nas zonas de


transição de comando para tubos de
perfuração
5 Aumenta a eficiência e a capacidade de
sondas de pequeno porte, pela sua
maior facilidade de manuseio do que os
comandos.
5 Nos poços direcionais diminui o torque e
o arraste (drag) em vista de sua menor
área de contato com as paredes do
poço.
5 Menor tempo de manobra

Normalmente se utiliza de 5 a 7 seções de HW na


zona de transição

A especificação dos HW é:
5 Diâmetro Nominal
5 Comprimento Nominal
5 Aplicação de Material Duro

O diâmetro nominal do HW variam de 3 1/2" a 5”,


normalmente é utilizado na coluna, HW com o
diâmetro igual aos do tubo de perfuração. Os HW
são fabricados no range II e III, e podem ter
aplicação de carbureto de tungstênio nos Tool
Joints ou no reforço intermediário.

Não há normalização para o desgaste do HW, então a resistência dos


tubos usados deve ser avaliada pelo usuário.

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6 - Acessórios

Substitutos (Sub’s)

Os subs são pequenos tubos que


desempenham várias funções, todos devem
ser fabricados segundo as recomendações
do API e ter propriedades compatíveis com
os outros elementos da coluna.

Os principais sub’s em função da sua


utilização são:

5 Sub de içamento ou de elevação


5 Sub de cruzamento
5 Sub de broca
5 Sub do kelly ou de salvação

O sub de içamento (Lift Sub) serve para promover um batente para o


elevador poder içar comandos que não possuem pescoço para este fim.

O sub de cruzamento (Cross Over), são pequenos tubos que permitem a


conexão de tubos com diferentes tipos de roscas. O sub de cruzamento
podem ser:
5 Caixa-Pino
Com tipos de roscas diferentes em cada extremidade
5 Caixa-Caixa
Com ou sem roscas diferentes em cada extremidade
5 Pino-Pino
Com ou sem roscas diferentes em cada extremidade

O sub de broca é apenas um sub de cruzamento caixa-caixa, que serve


para conectar a broca, cuja união é pino, à coluna, cujos elementos são
conectados com o pino para baixo.

O sub de salvação, como já foi dito, é um pequeno tubo conectado ao kelly,


que tem a finalidade de proteger a rosca do kelly dos constantes
enroscamentos e desenroscamentos, inerentes ao processo de perfuração
convencional.

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Estabilizadores

Os estabilizadores são ferramentas que servem para centralizar a coluna


de perfuração, dando maior rigidez e afastando os comandos das paredes
do poço. Os estabilizadores também ajudam a manter o calibre do poço e
seu posicionamento na coluna é muito importante para a perfuração
direcional, pois suas posições controlam a variação da inclinação.

Os estabilizadores se dividem em:


5 Não Rotativos
5 Rotativos com Lâminas
¾ Intercambiável
¾ Integrais
¾ Soldadas
Os não rotativos são fabricados de
borracha e danificam-se
rapidamente quando perfurando
em formações abrasivas

Os estabilizadores de camisas
intercambiáveis podem ter a
camisa substituída quando esta
muito desgastada.

Quando as lâminas dos estabilizadores integrais estiverem desgastadas e


sua recuperação for antieconômica, o corpo do estabilizador pode ser
transformado em um sub.

Os estabilizadores de lâmina soldada são mais indicados para serem


utilizados em formações moles.

Escareadores

Os escareadores, também conhecidos como Roler-Reamer


ou apenas Reamer, é uma ferramenta estabilizadora
utilizada em formações abrasivas, onde graças a presença
de roletes consegue mais facilmente manter o calibre do
poço. Basicamente existem três usos:

Reamer de fundo com três roletes: É utilizado entre os comandos e a


broca, para diminuir a necessidade de repassamento.

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Reamer de coluna com três roletes: É utilizado entre os comandos


com finalidade de manter o calibre do poço e ajudar na eliminação
de dog-legs e chavetas.

Reamer de fundo com seis roletes: É utilizado entre


os comandos e a broca e graças ao seu maior
número de apoios evita alterações abruptas na
direção e inclinação.

Alargadores

São ferramentas que servem para aumentar o


diâmetro de um trecho já perfurado do poço.
Existem basicamente dois tipos de
ferramentas:
5 Hole Opener
5 Underreamer

O Hole Opener é utilizado quando deseja-se


alargar o poço desde a superfície, tem braços
fixos e é muito utilizado quando se perfura
para a descida do condutor de 30”, neste caso
se perfura com uma broca de 26” e um Hole
Opener de 36” posicionado acima da broca.

Underreamer é usado quando deseja-se


alargar um trecho do poço começando por um
ponto abaixo da superfície. São utilizados com
a finalidade de prover espaço livre para a
descida de revestimento e para alargamento
da formação, para se efetuar gravel packer. Seus braços
móveis são normalmente aberto através da pressão de
bombeio.

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Amortecedor de Choque

São ferramentas que absorvem as vibrações da


coluna de perfuração induzidas pela broca, São
usadas quando perfurando rochas duras ou zonas
com várias mudanças de dureza. Seu uso é bastante
importante quando se utiliza brocas de insertos e
PDC, pois o amortecedor de choque aumenta a vida
útil das brocas destes tipos.

O amortecedor de choque também é chamado de


Shock-Eze, e pode ser de mola helicoidal ou
hidráulico.

O amortecedor de choque deve ser colocado o mais


perto possível da broca, para ter melhor eficácia, mas
por não ser tão rígido quanto um comando a
colocação dele perto da broca pode induzir inclinações
no poço. Assim se recomenda:

Para poços sem tendência de desvio o amortecedor


de choque deverá ser colocado acima do sub de
broca.

Para poços com pequenas tendência a desvios, deve-


se posicionar o amortecedor de choque acima do
primeiro ou segundo estabilizador.

Para poços com grandes tendências a desvio, deve-se


colocar o amortecedor de choque acima de todo
conjunto estabilizado

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7 - Ferramentas de Manuseio

Chaves Flutuantes

As chaves flutuantes são mantidas suspensas na


plataforma através de um sistema de cabo de aço,
polia e contrapeso. São duas chaves que permitem
dar o torque de aperto ou desaperto nas uniões dos
elementos tubulares da coluna, são providas de
mordentes intercambiáveis, responsáveis pela
fixação das chaves à coluna.

Algumas sondas são equipadas com chaves


pneumáticas ou hidráulicas que servem para
enroscar e desenroscar tubos de perfuração, mas
sem dar o torque de aperto, o qual é dado com a
chave flutuante. Existe também o Eazy-Torq o qual
permite o desenvolvimento de altos valores de torque, os quais podem ser
utilizados até para apertar ou desapertar as conexões dos comandos. Hoje
em dia em algumas plataformas existe o Iron Roughneck, que é capaz de
executar automaticamente os serviços dos plataformistas durante as
conexões e desconexões.

Cunha

As cunhas são os
equipamentos que servem
para apoiar totalmente a
coluna de perfuração na
plataforma. São providas de
mordentes intercambiáveis e
se encaixam entre a
tubulação e a bucha da
mesa rotativa. Existem tipos
diferentes para tubos de
perfuração e comandos.

SEREC/CEN-NOR
20 Coluna de Perfuração

Colar de Segurança

Equipamento de segurança colocado nos


comandos que não possuem rebaixamento
para a cunha. Sua a finalidade é prover um
batente para a cunha, no caso de
escorregamento do comando.

Alguns outros acessórios que se pode citar são:


5 Chave de Broca
Para permitir enroscar e desenroscar a broca da coluna
5 Limpador de Tubo
Para limpar a coluna do fluido de perfuração
5 Chave de Corrente
Para enroscar e desenroscar os elementos da coluna
5 Puxador de Chave
Para manusear mais rapidamente a chave flutuante

8 - Uniões dos Elementos Tubulares


Os tipos de uniões utilizados são:
5 Integrais
Utilizados nos Comandos
5 Tool Joints
Utilizados nos Tubos de Perfuração e HW

As uniões são cônicas para facilitar o enroscamento e desenroscamento


dos elementos tubulares, e uma característica importante destas uniões é
que a vedação é metal-metal realizada nos ombros (espelhos) dos
elementos tubulares. As uniões são especificadas na API Spec 7

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 21

Exercícios

1) Quais as principais funções da coluna de perfuração


a)
b)
c)
d)
e)

2) Quais os principais componentes da coluna de perfuração


a)
b)
c)
d)
e)
f)

3) O que deve constar na especificação dos tubos de perfuração (Drill Pipe)


?

4) Por que os tubos de perfuração são fabricados com reforço na


extremidade ?

5) O que quer dizer que um tubo de perfuração é classe premium ?

6) Qual é a parte frágil nos tubos de perfuração

SEREC/CEN-NOR
22 Coluna de Perfuração

7) Quais as principais funções dos comandos (Drill Collar)


a)
b)
c)

8) O que deve constar na especificação dos comandos (Drill Collar)

9) Onde é a parte frágil dos comandos (Drill Collar) e por que ?

10) Por que se utiliza tubos pesados (HWDP) na coluna de perfuração ?

11) Quais os principais tipos de substitutos (Subs) ?


a)
b)
c)
d)

12) Para que servem os estabilizadores na coluna de perfuração ?

13) Para que são utilizados os alargadores ?

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 23

14) Qual é a função do colar de segurança ?

15) Quais os tipos de conexão utilizadas na coluna de perfuração ?

16) Quais são as ferramentas de manuseio da coluna que você conhece ?

17) Qual é a função do amortecedor de choque ?

18) Qual a função dos escareadores (roller reamer) na coluna de


perfuração ?

SEREC/CEN-NOR
24 Coluna de Perfuração

Dimensionamento

9 - Revisão de Elasticidade

Tensões
& &
Seja uma força ∆F aplicada numa área ∆A , Define-se Tensão como:
&
 ∆F 
σ = lim  &
∆ A → 0  ∆A 
&

A força pode ser decomposta em duas τxy


componentes. Uma componente y σx
τ
perpendicular a área e outra paralela.
θ
Quando a força é perpendicular a área a x

τyx
tensão é dita tensão normal, quando é σy
paralela é conhecida como tensão
cisalhante.

Para tensões num plano temos duas tensões normais σx e σy e apenas uma
tensão de cisalhamento já que τxy = τyx .

Fazendo-se a somatória das forças na direção vertical e horizontal da figura


ao lado temos:

Tensão Normal σ = σ x cos 2 θ + σ y sin 2θ + 2τ xy sinθ cos θ (1)


Tensão Cisalhante
1
( )
τ = σ y − σ x sin(2θ ) + τ xy cos(2θ )
2
(2)

As direções particulares de θ que anula a tensão cisalhante são


denominadas direções principais.

As direções são determinadas resolvendo a equação (2) para τ = 0 .


2τ xy
tan (2θ ) = (3)
σx −σ y

Da equação (3) nota-se que existem duas direções principais defasadas


entre si de 900, cada qual correspondente a uma tensão normal conhecidas

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 25

como tensões principais, sendo uma um ponto de máximo e a outra um


ponto de mínimo.

1
( ) 1
( )
2
σ1 = σ x + σ y + τ 2xy + σ x − σ y (4)
2 4
1
( ) 1
( )
2
σ 2 = σ x + σ y − τ 2xy + σ x − σ y (5)
2 4

Se orientarmos o nosso sistema de referência xy para se alinhar com as


tensões principais, as equações (1) e (2) se tornam:

1 1
Tensão Normal σ= (σ 1 + σ 2 ) + (σ 1 − σ 2 ) cos(2θ ) (6)
2 2
1
Tensão Cisalhante τ = − (σ 1 − σ 2 )sin(2θ ) (7)
2

As equações acima são a τ


σ2
equação de um círculo,
denominado círculo de Mohr, o
θ σ
que permite uma maneira σ2 2θ σ1 σ σ1 τ σ1

prática de se visualizar as
tensões. σ2

Da figura acima percebe-se que a tensão de cisalhamento máxima ocorre


para:
2θ = 90 $ → θ = 45$

Como também as tensões de cisalhamento defasadas de 900 são em


módulo iguais.

No espaço tem-se três tensões normais e três tensões cisalhantes:

Normais: σ x = σ xx
σ y = σ yy
σ z = σ zz

Cisalhantes: τ xy = τ yx = σ xy = σ yx
τ xz = τ zx = σ xz = σ zx
τ yz = τ zy = σ yz = σ zy

SEREC/CEN-NOR
26 Coluna de Perfuração

A convenção dos subscrito é:


O primeiro subscrito indica a face onde a
tensão está atuando
O segundo subscrito indica a direção da
tensão

Assim xx é uma tensão na face x (a área é


perpendicular ao eixo x) com direção x, já xy é
uma tensão na face x com direção y.

Deformações

As hipóteses básicas do estudo das deformações são:

A deformação é continua numa vizinhança de qualquer ponto A.

L − L0 Inicial
A deformação linear é definida como: L
B’
L0
A deformação angular é definida por: θ / − θ B A’

A L0
Deformada

O estado de deformação em um ponto é definido por


todas as mudanças possíveis de
Inicial
comprimentos de qualquer fibra que passe B’
pelo ponto, como também por todas as B

mudanças possíveis de ângulos formados O’


θ’
por duas fibras quaisquer que passem pelo θ
A
A’

O
ponto. Deformada

No plano temos duas deformações lineares y

(εx e εy) e uma deformação angular (γxy) e


igualmente ao estudo das tensões, pode-se
εy
procurar as direções onde não exista
deformação angular. 90º -γxy

Estas direções são conhecidas como


direções principais de deformação e são ε x
x

defasadas de 900 entre si. As deformações


nestas direções são ponto de máximo e de mínimo das deformações. No
caso de material isotrópico e elástico estas direções conhecidem com as
direções principais das tensões.

No espaço existem três deformações lineares e três deformações


angulares

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 27

Deformações lineares:
ε x = ε xx
ε y = ε yy
ε z = ε zz

Deformações angulares
γ xy =γ yx = 2ε xy = 2ε yx
γ xz =γ zx = 2ε xz = 2ε zx
γ zy =γ yz = 2ε zy = 2ε yz

Leis Constitutivas

Seja uma barra de área A

transversal A submetida a um
carregamento F conforme F F

esquema, conhecido como


ensaio uniaxial:

Acompanhando o deslocamento linear σ


pode-se fazer o gráfico de tensão
F 3 4
σ 11 = contra a deformação conforme
A
5
gráfico ao lado. 2

O trecho 1-2 é linear, este trecho


marca o comportamento elástico
linear do material.

O trecho 2-3 pode ocorrer o


aparecimento de deformações 1 ε
permanentes, isto é mesmo após
retirado o carregamento existirá deformações. Quando não existem
deformações permanentes o comportamento é dito elástico não linear,
quando existe o comportamento é dito plástico.

O trecho 3-4 é onde ocorre o escoamento do material, aqui existe


deformações permanentes e o comportamento é plástico.

No ponto 5 ocorre a ruptura do material.

SEREC/CEN-NOR
28 Coluna de Perfuração

Comportamento elástico: Não existem deformações após a retirada do


carregamento. O Gráfico volta para a origem.

Comportamento plástico: Após a retirada do carregamento existem


deformações residuais.

No trecho linear define-se o módulo de Young (E) como sendo a tangente


da reta:
σ xx
E=
ε xx

Ou seu equivalente a Lei de Hooke, σ = E × ε


A

F F

Durante o ensaio uniaxial se o ensaio for de tração nota-se um


alongamento da barra e uma diminuição do raio. No caso de compressão
ocorre o contrário, um encurtamento da barra e um aumento do raio. O
módulo de Poisson (υ) representa esta relação:
ε yy ε zz
υ=− =−
ε xx ε xx

τ
τ
Num ensaio de cisalhamento conforme
esquema ao lado define-se módulo de
cisalhamento (G) como:
τ σ xy 90º - γ
G= =
γ xy 2ε xy τ τ

A lei de Hooke pode ser generalizada para todas as tensões:


σ ij = Eijkl ε kl

Eijkl tensor de 4a ordem ou 81 termos, onde tanto tensão como deformação


são em número de 6 incógnitas expressas em tensores de 2a ordem
simétricos, Eijkl terá 21 termos em uma matriz simétrica 6 por 6

Ou na forma de matriz como:

σ xx   Exxxx Exxyy Exxzz Exxxy Exxyz Exxzx  ε xx 


σ   E yyyy Eyyzz E yyxy E yyyz E yyzx  ε yy 
 yy  
σ zz   Ezzzz Ezzxy Ezzyz Ezzzx   ε zz 
 =   
σ xy   Exyxy Exyyz Exyzx  ε xy 
σ yz   Eyzyz E yzzx  ε yz 
    
σ zx   Ezxzx   ε zx 

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 29

Onde a matriz E é simétrica.

Logo de maneira geral, um material precisa de 21 parâmetros mecânicos


para ser definido.

Alguns casos especiais são:

A) Material com simetria em relação a um plano (Monoclínico)


13 constantes

C11 C12 C13 0 C15 0 


 C22 C23 0 C25 0 
 
 C33 0 C35 0 
 
 C44 0 C46 
 C55 0 
 
 C66 

B) Material com simetria em relação a dois planos (Ortotrópico)


9 constantes

C11 C12 C13 0 0 0 


 C22 C23 0 0 0 
 
 C33 0 0 0 
 
 C44 0 0 
 C55 0 
 
 C66 

C) Material com simetria total (isotrópico)


2 constantes

 2µ + λ λ λ 0 0 0
 2µ + λ λ 0 0 0
 
 2µ + λ 0 0 0
 
 2µ 0 0
 2µ 0
 
 2µ 

λ e µ são conhecidas como constantes de Lamé. Existem os seguintes


relacionamento entre as constantes de Lamé do material isotrópico e as
constantes da lei de Hooke.

SEREC/CEN-NOR
30 Coluna de Perfuração
E
µ=
2 × (1 + υ )
υE
λ=
(1 + υ )(1 − 2υ )

Logo:
µ × (2 µ + 3λ )
E=
µ +λ
λ
υ=
2 × (µ + λ )
G =υ
E
G=
2 × (1 + υ )

Então para material isotrópicos a lei de Hooke generalizada em função das


direções principais são:

εx =
1
E
[ (
σx −υ σ y +σ z )]
1
[
ε y = σ y − υ (σ x + σ z )
E
]
1
[ (
εz = σz −υ σx +σ y
E
)]

Para os aços normalmente utilizados nos elementos tubulares se tem:


Eaço 30 x 106 psi ou 2100Kgf/cm2
νaço 0,3
Gaço 12 x 106 psi

Tabela de propriedades de alguns materiais


Densidade E G
Material 3 6 6 υ
lb/pol 10 psi 10 psi
Aço
0,283 30 12 0,27
1%C
Aço
0,28 29 11 0,30
AISI 4640
Alumínio
0,100 10,6 4,0 0,33
1024-T4
Alumínio
0,101 10,4 3,9 0,33
7075-T
Titânio 0,161 15,8 6,0 0,34
Cobre 0,322 17 6,4 0,33

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 31

O API define como σ= F


limite para os aços A
API: Limite de Escoamento para ε = 0,5%
utilizado nos elementos
tubulares, a tensão de
escoamento a qual
correspondente a uma <
deformação de 0,5%

A tabela a seguir da o E = tan θ


tensão de escoamento ε = ∆l
para diversos tipos de θ l
aço padronizados pela 
API.

Tipo de Aço Tensão de Escoamento


D 55.000 psi
E 75.000 psi
X 95.000 psi
G 105.000 psi
S 135.000 pis

Tensões em Cilindros

Os cilindros podem ser classificados de duas maneiras, a depender da


relação entre seu diâmetro externo (d) e sua espessura (t).

d
Para < 10 o cilindro é dito de parede espessa
t

d
Para > 10 o cilindro é dito de parede fina
t

Cilindros de Paredes Espessa

Num cilindro de parede


espessa, para efeito de
análise, toma-se um elemento
infinitesimal a distancia R,
conforme figura.

Lamé provou que nestas


condições, a solução para este

SEREC/CEN-NOR
32 Coluna de Perfuração

problema deve obedecer as seguintes equações:


B
σr = A +
R2
B
σθ = A − 2
R

As condições de contorno para o carregamento são:

Para R = Ri então σr = -Pi

Para R = Re então σr = -Pe

Assim aplicando estas condições de contorno as equações de Lamé se


tem:

B
Pe = A +
Re2

B
Pi = A +
Ri2

Resolvendo o sistema se obtém:

Pi × Ri2 − Pe × Re2
A=
Re2 − Ri2

(P − Pi ) × Re2 × Ri2
B=
e

Re2 − Ri2

Cilindros de Paredes Finas

Par cilindros de paredes finas basta


fazer o equilíbrio de forças em uma
direção e se obtém a equação de
Barlow.

2 × σ × t × l + Pe × D × l = Pi × ( D − 2 × t ) × l

Logo:
Pi × ( D − 2 × t ) − Pe × D
σ=
2×t

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 33

Como a espessura é pequena em relação ao diâmetro se tem:


(P − P ) × D
σ=
i e

2×t

Torção

Se no anel do elemento tubular atua uma


tensão cisalhante τ, então para ocorrer o
equilíbrio de esforços é necessário que:
re

Q = ∫ τ × r dA
ri

Como dA = 2 × π × r × dr e assumindo que


τ = K × r vamos ter:
re

Q = ∫ K × r × r × 2 × π × r × dr
ri

Se para r = re temos τ = τmax então:


τ max
K=
re

Logo:
τ max
re

Q = ∫2×π × × r 3 × dr
ri
re

Então:
2 × π × τ max  re4 − ri 4 
Q= × 
re  4 

Seja o momento polar de inércia dado por:


π
J= × (De2 − Di2 ) onde D é o diâmetro do tubo
32

Logo:
τ max
Q= J×
re

SEREC/CEN-NOR
34 Coluna de Perfuração

Exercícios

1) No desenho ao lado qual é a tensão normal e a tensão cisalhante ?

3000 lbf

30o
20pol2

2) No desenho ao lado calcule as direções e as tensões principais

200 psi

50 psi

100 psi 100 psi

50 psi

200 psi

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 35

3) Do estado de tensão ao lado desenhe o circulo de Mohr

500 psi

700 psi 700 psi

500 psi

4) Qual é a máxima tensão de cisalhamento do estado triplo de tensão


dado:

200 psi

300 psi
300 psi

200 psi

SEREC/CEN-NOR
36 Coluna de Perfuração

5) Num teste de tração simples, numa barra quadrada de lado 3,000 pol e
comprimento 25,000 pol foi aplicada uma força de 50.000 lbf. Após a
deformação a barra tinha 25,050 pol e lado de 2,997 pol. Calcule o módulo
de Young (E) e o módulo de Poisson (υ).

6) Sabendo que o módulo de Young e o módulo de Poisson do aço, são


respectivamente 30x106 psi e 0,27. Calcule as constantes de Lamé e o
módulo de cisalhamento do aço.

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 37

7) Uma chapa de aço de espessura 0,5 pol e lados 20 x 100 pol está
submetida ao carregamento mostrado na figura ao lado. Calcule a
espessura da chapa.
1000 psi

500 psi
500 psi

1000 psi

SEREC/CEN-NOR
38 Coluna de Perfuração

8) Num tubo de 4 1/2” OD 3,826” que está sendo submentido a uma


pressão interna de 2.000 psi e externa de 3.000 psi, como varia suas
tensões com o raio ?

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 39

9) As equações de Lamé para tubos de paredes espessa são dadas por:

Pi × Ri2 − Pe × Re2 (Pe − Pi ) × Re2 × Ri2


σr = +
Re2 − Ri2 ( )
Re2 − Ri2 × R 2

Pi × Ri2 − Pe × Re2 (Pe − Pi ) × Re2 × Ri2


σθ = −
Re2 − Ri2 ( )
Re2 − Ri2 × R 2

Já para tubos de paredes finas usa-se a equação de Barlow:

Pi × (D − 2 × t ) Pi × D
σθ = σ = ≅
2×t 2×t

Demostre que as equações de Lamé tendem para a equação de Barlow


quando: Pe = 0 e Re – Ri = t for pequeno.

SEREC/CEN-NOR
40 Coluna de Perfuração

10 - Introdução
Para se dimensionar uma coluna de perfuração é necessário saber:
5 Profundidade máxima prevista para a coluna
5 Diâmetro da fase
5 Pesos da lama utilizados
5 Fatores de segurança
5 Peso sobre broca máximo

A coluna de perfuração está sujeita a esforços de tração, compressão e


torção durante as operações rotineiras da perfuração. Poderá,
eventualmente, estar sujeita a esforços radias, resultantes da diferença
entre as pressões interna e externa do tubo.

Com estes dados se pode determinar os esforços e então dimensionar a


coluna de perfuração, isto é: tipos e quantidade de comandos, tipo e
quantidade de HW alem dos tipos dos tubos de perfuração.

11 - Tração
A tensão causada pela tração é, como já visto, a relação entre o esforço e
área de aplicação:
T
σt =
A

Quando a tensão atingir a máxima tensão permissível, que é a tensão de


escoamento do material, se terá a resistência a tração do tubo.

Logo:
Rt
Ym =
A

Onde:
Ym Limite de Escoamento
Rt Tração Máxima
A Área da seção

Como:
π
A= × ( De2 − Di2 )
4

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 41

Se tem:
π
Rt = × Ym × (De2 − Di2 ) ≅ 0,7854 × ( De2 − Di2 ) × Ym
4

Para cálculo do tubo desgastado considera-se o desgaste apenas no


diâmetro externo.

O elemento da coluna mais solicitado quanto a tração é o tubo de


perfuração mais próximo da superfície, Este elemento deve suportar o peso
de toda coluna, imersa em fluido, na maior profundidade esperada.

Assim a tração máxima da coluna de perfuração é:


T = P−E

Onde:
P Peso da Coluna no Ar
E Empuxo

Mas:
P = ρaco × Vaco
E = ρ f × Vdesl

Onde:
ρaco Peso Específico do Aço
ρf Peso Específico do Fluido de Perfuração
Vaco Volume de Aço
Vdesl Volume de Fluido Deslocado

Considerando que todo volume deslocado de fluido de perfuração foi pelo


aço se tem:
 ρf 
T = ρaco × Vaco − ρ f × Vaco = ρaco × Vaco ×  1 −  =α × P
 ρaco 

Onde:
 ρf 
α = 1 −  é chamado de fator de flutuação.
 ρaco 

SEREC/CEN-NOR
42 Coluna de Perfuração

Sabendo que o peso especifico do aço é de 65,44 lbf/gal então se tem:


Peso Específico do α Peso Específico do α
Fluido em Lb/Gal Fluido em Lb/Gal
8,6 0,869 10,4 0,841
8,8 0,866 10,8 0,835
9,0 0,862 11,0 0,832
9,4 0,856 11,4 0,826
9,8 0,850 11,8 0,820
10,0 0,847 12,0 0,817

É comum se multiplicar o limite de escoamento por 0,9 para trabalhar na


região linear.

O fator de segurança normalmente utilizado é de 1,25.


Y × A × 0,9
Rt =
1,25

As vezes se utiliza o conceito de Margem de sobretração (Over Pull), que é


uma margem de segurança que em vez de ser multiplicada no esforço
calculado é somado.
Rt = Y × A × 0,9 − MOP

12 - Pressão Interna
Quando a pressão interna é maior que a pressão externa, a resistência
interna é calculada usando-se a formula de Barlow para tubos de paredes
finas.
(P − P ) × D
σ=
i e

2×t

A resistência máxima ocorre quando a tensão atuante atinge a tensão de


escoamento. Logo a máxima diferença de pressão (Pi - Pe) será a máxima
resistência a pressão interna possível Rpi:
R pi × D 2×t ×Y
Y= ⇒ R pi = (Geral)
2×t D

O API permite que a espessuras dos tubos de perfuração novos variem em


até 12,5%. Logo utilizando o caso mais crítico se tem:
2 × (0,875 × t ) × Y 1,75 × t × Y
R pi = = (Novos)
D D

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 43

Para cálculo do tubo desgastado considera-se o desgaste apenas na


espessura, o diâmetro externo permanece o nominal.

O fator de segurança utilizado é de 1,1

Exemplo:
Qual é a resistência a pressão interna de um tubo de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E novo ?

Grau E Y = 75.000 psi


4,5 − 3,826
16,6 lb/pé t= ⇒ t = 0,337 pol
2
OD 4 1/2" D = 4,5 pol

1,75 × 0,337 × 75000


R pi = = 9830 psi
4,5

9830
R pi = ⇒ R pi = 8935 psi
11
,

e Premium ?

Para Premium a espessura pode ter uma redução de até 20%, Logo:

Espessura t = 0,80 × 0337 ⇒ t = 0,2696 pol

2 × 0,2696 × 75000
R pi = = 8987 psi
4,5

8987
R pi = ⇒ R pi = 8170 psi
11
,

13 - Colapso
A pressão de colapso é resultante do diferencial de pressão externa e
interna ao tubo quando a pressão externa é maior que a interna.

A ruptura mais comum nos elementos da coluna de perfuração é a pseudo


plástica. Neste caso a solução é conseguida assumindo que o elemento
tubular tem parede espessa.

SEREC/CEN-NOR
44 Coluna de Perfuração
B
σr = A +
R2
B
σθ = A −
R2

Com:
Pi × Ri2 − Pe × Re2
A=
Re2 − Ri2

(P − Pi ) × Re2 × Ri2
B=
e

Re2 − Ri2

Para o cálculo do colapso se assume a pressão interna como zero, assim


analisando as expressões acima nota-se que o valor de A é sempre
negativo e B é sempre positivo. Logo a tensão mais crítica é
max( σ r , σ θ ) = σ θ .

Como o máximo valor de σ θ ocorre na parede interna do tubo, isto é:


( )
max σ θ ⇒ R = Ri

Logo neste caso se tem:


− Pe × Re2 Pe × Re2 × Ri2 − 2 × Pe × Re2
σθ = 2 − ÷ Ri ⇒ σ θ =
2

Re − Ri2 Re2 − Ri2 Re2 − Ri2

Onde o sinal negativo indica compressão.

Assim quando neste ponto se atingir o limite de escoamento se terá a


máxima pressão externa que o elemento tubular poderá suportar.
Se σ θ ,R = Ri = Y ∧ Pi = 0 ⇒ Pe = Rc

Logo analisando o módulo se tem:


2 × Rc × Re2 Y (Re − Ri ) × (Re + Ri )
Y= ⇒ × = Rc
Re − Ri
2 2
2 Re2

Como:
Re − Ri = t ∧ Re + Ri + t = D

Então:
Y t × ( D − t)
Rc = ×
2 D2
4

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 45

Logo:

= 2×Y ×
( D )−1
t
(D t )
Rc 2

A formula acima é a mais utilizada. Existem outros limites por perda de


estabilidade mais comum em revestimento, mas também ocorrendo na
coluna, assim para uma análise de qualquer elemento tubular se tem:

Para Relações as seguintes relações de D t

Grau do Aço Relação de D t


E 13,60 ou Menos
X 12,85 ou Menos
G 12,57 ou Menos
S 11,92 ou Menos

Se utiliza a fórmula acima deduzida. (Falha no Pseudo Plástico)

= 2×Y ×
( D )−1
t
(D t )
Rc 2

Já para a seguinte faixa

Grau do Aço Relação de D t


E Entre 13,60 e 22,91
X Entre 12,85 e 21,33
G Entre 12,57 e 20,70
S Entre 11,92 e 19,18

Utiliza-se a fórmula abaixo. (Falha Plástica)


 
 A ′ 
Rc = Y ×  B C
  D  − ′ − ′
 t  

Com os seguintes valores das constantes:


Grau do Aço A’ B’ C’
E 3,054 0,0642 1.806
X 3,124 0,0743 2.404
G 3,162 0,0794 2.702
S 3,278 0,0946 3.601

SEREC/CEN-NOR
46 Coluna de Perfuração

Já na próxima faixa

Grau do Aço Relação de D t


E Entre 22,91 e 32,05
X Entre 21,33 e 28,36
G Entre 20,70 e 26,89
S Entre 19,18 e 23.44

Utiliza-se a fórmula abaixo. (Falha na Transição)


 A  
Rc = Y ×    − B
 D  
 t  

Com os seguintes valores das constantes:


Grau do Aço A B
E 1,990 0,0418
X 2,029 0,0492
G 2,053 0,0515
S 2,133 0,0615

A última faixa é:

Grau do Aço Relação de D t


E Maior que 32,05
X Maior que 28,36
G Maior que 26,89
S Maior que 23,44

Utiliza-se a fórmula abaixo, com a resistência ao colapso sendo dada em


psi. (Falha no Regime Elástico)
46,95 × 10 6
Rc =
( D t ) × (( D t ) − 1)
2

Para cálculo do tubo desgastado considera-se o desgaste na espessura


acontecendo no diâmetro externo.

O fator de segurança utilizado é de 1,125

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 47

Exemplo:
Qual é a resistência ao colapso de um tubo de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo ?

Grau E Y = 75.000 psi


4,5 − 3,826
16,6 lb/pé t= ⇒ t = 0,337 pol
2
OD 4 1/2" D = 4,5 pol

D 4,5
= = 13,353 < 13.67
t 0,337

Falha no regime pseudo plástico.

Logo:

R = 2 × 75.000 ×
(4,5
0,337) − 1
= 10392 psi
( 0,337)
c 2
4,5

Com o fator de segurança


10392
Rc = = 9237 psi
1125
,

Para Classe Premium ?

Desgaste de 80% Espessura 0,337 × 0,8 = 0,2696 pol


Diâmetro Externo 4,5 − 2 × (0,337 − 0,2696) = 4,3652 pol

(D t ) = 40,,3652
2696
= 16,19 , 13,60 < 16,19 < 22,91

Logo falha no regime pseudo plástico.

Então:
  3,054  
Rc = 75000 ×    − 0,0642 − 1806 = 7525 psi
  16,1914  

Com o fator de segurança


7525
Rc = = 6689 psi
1125
,

SEREC/CEN-NOR
48 Coluna de Perfuração

14 - Torção
Como o torque se relaciona com a tensão de cisalhamento por:
τ max
Q= J×
re

Basta conhecer a tensão de cisalhamento


máxima. Num teste de tração simples para
se medir a tensão de escoamento se tem
que a tensão de cisalhamento máxima é de:
τ max = 0,5 × Y , como pode ser observado na
figura ao lado.

Já o API recomenda utilizar 0,577 em vez


de 0,5, isto indica que o API esta considerando uma tensão de compressão
aplicada na lateral.

Assim se tem duas possibilidades para a tensão de cisalhamento máxima:


τ max = 0,5 × Y
τ max = 0,577 × Y Recomendada pela API

Lembrando que o momento polar de inércia pode ser calculado por:


π
J= × (De4 − Di4 )
32

Para cálculo do tubo desgastado considera-se o desgaste na espessura


acontecendo no diâmetro externo.

Exemplo:
Qual é a resistência a Torção de um tubo de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo ?

Diâmetro Externo 4,5” Raio Externo 4,5/2 = 2,25”


Diâmetro Interno 3,826”

Momento Polar de Inércia


π
J= × (4,54 − 3,826 4 ) = 19,221 pol 4
32

Tensão de Cisalhamento Máxima τ max = 0,577 × 75000 = 43275 psi

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 49

Torção Máxima
19,221 × 43275
Q= = 369684 lbf pol = 30807 lbf pe ′
2,25

Grau Premium ?

Diâmetro Externo 4,5 − 2 × (0,337 − 0,2696) = 4,3652 pol


Raio Externo 4,3652/2 = 2,1826”
Diâmetro Interno 3,826”

Momento Polar de Inércia


π
J= × (4,3652 4 − 3,826 4 ) = 14,6097 pol 4
32

Torção Máxima
14,6097 × 43275
Q= = 289670 lbf pol = 24139 lbf pe ′
2,1826

15 - Influência da Tensão Axial


Resumo
(Efeito da ¾ na À) Tração Compressão
Pressão Interna Aumenta Diminui
Colapso Diminui Aumenta
Torção Diminui Diminui

Como os tubos de perfuração trabalham a tração, apenas o colapso e a


torção são estudados. O efeito do aumento na resistência a pressão interna
é desprezado.

Efeito da Tração no Colapso

O critério de Von-Mises é o critério de falha utilizado neste caso.

Von-Mises (σ 1 − σ 2 ) + (σ 1 − σ 3 ) + (σ 2 − σ 3 ) = 2 × Y 2
2 2 2

SEREC/CEN-NOR
50 Coluna de Perfuração

O ponto mais crítico é na parede interna do


tubo.

Assim com R = Ri se tem:


Pi = 0 ⇒ σ r = σ 3 = 0

σ θ = σ 2 ∧ σ a = σ1

(σ a − σθ ) 2
+ σ a2 + σ θ2 = 2 × Y 2

σ a2 − σ a × σ θ + σ θ2 = Y 2

σ a2 σ a × σ θ σ θ2
− + 2 =1
Y2 Y ×Y Y

Como:
T
σa =
Area

Seja:
T
Area
X =
Y

Então:
σ θ σ θ2
X −X×2
+ =1
Y Y2

Mas como já visto na dedução da resistência ao colapso se tem:


2 × Rc × Re2
Y=
Re2 − Ri2

e como:
2 × Rca × Re2
− σθ =
Re2 − Ri2

Se tem:
σ θ Rca
− = =z
Y Rc

Então:
X 2 + X × Z + Z2 = 1

Esta é a equação de uma elipse.

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 51

Assim para o cálculo da resistência reduzida ao colapso se procede da


seguinte maneira:

1) Dado a tensão de escoamento, a tração atuante e a geometria se calcula


a tensão axial e valor de X (Quanto da tensão de escoamento esta sendo
utilizada pela tensão axial).
2) Através da equação da elipse se calcula Z (Quanto da tensão ao colapso
esta disponível).
3) Com os dados de geometria e a tensão de escoamento se calcula a
resistência ao colapso.
4) Com a resistência ao colapso e Z calcula-se a resistência ao colapso
reduzida.

Exemplo:
Qual é a resistência ao colapso de um tubo de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo sujeita a tração de 200000 lbf. ?

Área:
π
A= × (4,52 − 3,826 2 ) = 4,4074 pol 2
4

Tensão Axial:
200000
σa = = 45378 psi
4,4074

Logo:
σ a 45378
X = = = 0,6050
Y 75000

Então:
0,5492
0,6052 + 0,605 × Z + Z 2 = 1 ⇒ Z =
− 11542
, Fora

Resistência ao Colapso, já calculada:


D 4,5
= = 13,353 < 13.67
t 0,337

Falha no regime pseudo plástico.


Logo:

R = 2 × 75.000 ×
(4,5
0,337) − 1
= 10392 psi
( 0,337)
c 2
4,5

SEREC/CEN-NOR
52 Coluna de Perfuração

Resistência reduzida
Rca = 0,5492 × 10392 = 5707 psi

Com o fator de segurança:


5707
Rca = = 5073 psi
1125
,

Para Classe Premium ?

Desgaste de 80%

Espessura 0,337 × 0,8 = 0,2696 pol

Diâmetro Externo 4,5 − 2 × (0,337 − 0,2696) = 4,3652 pol

Área:
π
A= × (4,3652 2 − 3,826 2 ) = 3,4689 pol 2
4

Tensão Axial:
200000
σa = = 57656 psi
3,4689

Logo:
σ a 57656
X = = = 0,7687
Y 75000

Então:
0,3618
0,7687 2 + 0,7687 × Z + Z 2 = 1 ⇒ Z =
− 11310
, Fora

Resistência ao Colapso, já calculada:


(D t ) = 40,,3652
2696
= 16,19 , 13,60 < 16,19 < 22,91

Logo falha no regime pseudo plástico.


Então:
  3,054  
Rc = 75000 ×    − 0,0642 − 1806 = 7525 psi
  16,1914  

Resistência reduzida
Rca = 0,3618 × 7525 = 2722 psi

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 53

Com o fator de segurança:


2722
Rca = = 2420 psi
1125
,

Efeito da Tração na Torção

Considerando um elemento da parede


externa do tubo e notando que a tensão
máxima de cisalhamento é o raio do
círculo, então:
σ 
2
τ max
2
= τ r2,max +  a 2 

Logo:
σ
2
τ r ,max = τ max
2
−  a 2 

Como:
J × τ r ,max
Q=
Re

Exemplo:
Qual é a resistência a Torção de um tubo de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo. Quando tracionado com 100000 lbf ?

Diâmetro Externo 4,5” Raio Externo 4,5/2 = 2,25”


Diâmetro Interno 3,826”

π
Área × (4,52 − 3,826 2 ) = 4,4074 pol 2
4

Tensão de Cisalhamento Máxima τ max = 0,577 × 75000 = 43275 psi

σ a 100000
Tensão Axial = = 22689 psi
A 4,4074

Tensão de Cisalhamento Reduzida Máxima


( )
2
τ r = 432752 − 22689 2 = 41762 psi

SEREC/CEN-NOR
54 Coluna de Perfuração

Torção Máxima
19,221 × 41762
Q= = 356759 lbf pol = 29730 lbf pe ′
2,25

Grau Premium ?

Diâmetro Externo 4,5 − 2 × (0,337 − 0,2696) = 4,3652 pol


Raio Externo 4,3652/2 = 2,1826” Diâmetro Interno 3,826”

π
Área × (4,3652 2 − 3,826 2 ) = 3,4689 pol 2
4

σ a 100000
Tensão Axial = = 28828 psi
A 3,4689

Tensão de Cisalhamento Reduzida Máxima


( )
2
τ r = 432752 − 28828 2 = 40804 psi

Torção Máxima
14,6097 × 40804
Q= = 273130 lbf pol = 22761 lbf pe ′
2,1826

16 - Máximo Número de Voltas na Coluna


Da figura ao lado se tem:
AB τ
≅ γ ≅ tgγ =
L G

Logo:
AB τ r
=
L G

mas:
AB
θ= ⇒ AB = θ × Re
Re

Logo:
θ × Re τ r τr × L
= ⇒θ =
L G Re × G

Como o número de voltas é dado por:

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 55
θ
N=
2×π

Então:
τr × L τr × L
N= =
2 × π × Re × G π × D × G

Exemplo:
Qual é o número máximo de voltas para um coluna de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo. Quando tracionado com 100000 lbf e 5000 pés de
comprimento ?
Do exercício anterior se tem:
τ r = 41762 psi

Logo:
41762 5000 × 12
N= × = 14,77 voltas
12 × 10 6 π × 4,5

e para grau Premium ?


τ r = 40804 psi

Logo:
40804 5000 × 12
N= 6 × = 14,88 voltas
12 × 10 π × 4,3652

17 - Elongação de Uma Coluna Livre


A elongação de uma coluna livre é a soma de três efeitos:
¾ Elongação devido ao peso próprio
¾ Elongação devido ao empuxo
¾ Elongação devido a pressão do fluido
Elongação devido ao peso
próprio

Pela Lei de Hook se tem:


σ t = E × dl

Mas a tensão é dada por:


γ aco × Vaco
σt =
Area

mas:

SEREC/CEN-NOR
56 Coluna de Perfuração
Vaco = x × Area

Logo:
γ aco × x × Area
σt = = γ aco × x
Area

Então:
γ aco × x
σ t = E × dl = γ aco × x ⇒ dl =
E

Portanto:
L
 γ aco × x  γ aco x 2
∆L pp = ∫
L
  dx = ×
0  E  E 2 0

Então:
γ aco × L2
∆L pp =
2×E

Elongação devido ao empuxo

Considerando toda força do empuxo atuando na base da coluna se tem:


F = −γ fl × Vol = −γ fl × L × Area

Como:
F − γ fl × L × Area
σt = = = −γ fl × L
Area Area

Mas:
− γ fl × L
σ t = E × dl ⇒ −γ fl × L = E × dl ⇒ dl =
E

Então:
 − γ fl × L  − γ fl × L

L
∆Lepx =   dx ⇒ ∆Lepx = ×x0
L
0  E  E

Logo:
− γ fl × L2
∆Lepx =
E

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 57

Elongação devido a pressão do fluido

Sabemos que:
ε zz =
1
E
( (
× σ zz − υ × σ θθ + σ rr ))

Considerando que não há tensão na direção z devido as pressões se tem:


ε zz =
1
E
(
× − υ × (σ θθ + σ rr ) )
Então:
σ θθ + σ rr
dl = −υ ×
E

Mas:
B B Pi × Ri2 − Pe × Re2
σ θθ + σ rr = A + + A − = 2 × A = 2 ×
R2 R2 Re2 − Ri2

Considerando as pressões interna e externas iguais se tem:


σ θθ + σ rr = −2 × Pi = −2 × Pe

Logo:
2 × Pi
dl = υ ×
E

Como:
Pi = γ fl × ( L − x )

Se obtêm:
γ fl
dl = 2 × υ × × ( L − x)
E

Então:
γ fl γ fl
L
 x2 
×∫
L
∆L f = 2 × υ × ( L − x )dx = 2 × υ × ×  L × x − 
E 0 E  2
0

Logo:
υ × γ fl × L2
∆L f =
E

Para a elongação total basta somar as três componentes:


∆L = ∆L pp + ∆Lepx + ∆L f

SEREC/CEN-NOR
58 Coluna de Perfuração

Então:
γ aco × L2 γ fl × L υ × γ fl × L
( )
2 2
L2
∆L = − + = × γ aco − 2 × γ fl + 2 × υ × γ fl
2× E E E 2×E

Logo:
∆L =
L2
2× E
( )
× γ aco − 2 × γ fl (1 − υ )

Para:
γfl lb/gal
L Pés
∆L Pol

Se tem:
∆L =
L2
9,625 × 10 7
(
× 65,44 − 1,44 × γ fl )
Exemplo:
Qual a elongação de uma coluna de 10000 pés, para um fluido de 9 lb/gal e
para 14 lb/gal ?

Para fluido com 9 lb/gal


10000 2
∆L = × (65,44 − 1,44 × 9) = 54,5 pol
9,625 × 10 7
Para fluido com 14 lb/gal
10000 2
∆L = × (65,44 − 1,44 × 14) = 47,0 pol
9,625 × 10 7

18 - Determinação Aproximada do Ponto Livre


Seja uma coluna presa a uma profundidade L desconhecida.

Ao se aplicar uma tração na coluna se tem pela lei de Hook:


F
∆L = ×L
A× E

10 Passo Aplicar uma Tração T1 e medir ∆L1.

F1
Como: ∆L1 = ×L
A× E

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 59

20 Passo Aplicar uma Tração T2 e medir ∆L2.

F2
Como: ∆L2 = ×L
A× E

Assim se tem:
(F − F1 ) A× E
∆L2 − ∆L1 = ×L⇒ L= × (∆L2 − ∆L1 )
2

A× E (F
2 − F1 )

Lembrando que:
ω
ω × L = γ aco × Vaco = γ aco × A × L ⇒ A =
γ aco

Onde ω é o peso linear do elemento. Então a fórmula do comprimento pode


ser posta como:
ω
γ aco × E
L= × (∆L2 − ∆L1 )
(F 2 − F1 )

Substituindo os valores de Eaço (30x106 psi) e γaço (489,6 lbf/pé3) se tem:


735294 × ω × (∆L2 − ∆L1 )
L=
(F 2 − F1 )

Onde:
ω Peso linear em lbf/pé
F Força em lbf
L Comprimento livre em pés
∆L Variação do comprimento em pol

Exemplo:
Qual é o comprimento livre de uma coluna de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo. Sabendo que a coluna alongou de 33 polegadas
quando a tração passou de 100000 lbf para 150000 lbf.

Peso linear da coluna é: 14,98 lb/pé


Área da Coluna é: 4,4074 pol2

Como:
735294 × ω × (∆L2 − ∆L1 )
L=
(F 2 − F1 )

SEREC/CEN-NOR
60 Coluna de Perfuração

Logo:
735294 × 14,98 × 33
L= = 7269,7 pes
50000

Ou:
A× E 4,4074 × 30 × 10 6
L= × (∆L2 − ∆L1 ) ⇒ l = × 33 = 87266,5 pol
(F2 − F1 ) 50000

Logo:
87266,5
L= = 7272,2 pes
12

O comprimento da coluna livre é de aproximadamente 2.200 metros.

19 - Velocidades Críticas
Para evitar desgastes excessivos e outros problemas na coluna, esta não
deverá trabalhar em rotações tais que as vibrações inerentes ao processos
de perfuração fique perto das freqüências de ressonância natural da coluna.

Existem dois modos de vibração da coluna:


¾ Vibração Nodal
¾ Vibração Axial
A vibração nodal está ligada ao desgaste pelo atrito na parede do poço, e
as rotações relacionadas com este tipo de vibração são dadas pela
seguinte fórmula:
33056 × De2 + Di2
N= 2 × i2
L1Tubo

Com:
N Rotação em rpm
De Diâmetro Externo em pol
Di Diâmetro Interno em pol
L1Tubo Comprimento de um tubo em pés
i Números Inteiro para calcular os Harmônicos

A vibração axial está ligada ao impacto e maior desgaste na broca, e pode


ser calculada por:
258000 2
Na = ×i
L

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 61

Com:
Na Rotação em rpm
L Comprimento da coluna e pés
i Números Inteiro para calcular os Harmônicos

Essas fórmulas não são mais usadas pela sua pouca efetividade.

Exemplo:
Qual são as rotações críticas de uma coluna de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé grau E Novo com 10000 pés de comprimento, sendo os tubos de
range II.

Diâmetro Interno: 3,826 pol

Range 2 30 pés em média

Para Vibração Nodal:


33056 × De2 + Di2 33056 × 4,52 + 3,826 2
N= ×i ⇒ N =
2
× i 2 = 216,9 × i 2 rpm
L21Tubo 30 2

Logo as rotações são: Para Primeiro Harmônico de 217 rpm


Para Segundo Harmônico de 868 rpm
Para Terceiro Harmônico de 1952 rpm

Para Vibração Axial:


258000 2 258000
Na = × i ⇒ Na = = 25,8 × i 2 rpm
L 10000

Logo as rotações são: Para Primeiro Harmônico de 26 rpm


Para Segundo Harmônico de 103 rpm
Para Terceiro Harmônico de 232 rpm
Para Quarto Harmônico de 413 rpm
Para Quinto Harmônico de 645 rpm
Para Sexto Harmônico de 929 rpm

SEREC/CEN-NOR
62 Coluna de Perfuração

20 - Altura Máxima do Toll Joint


Quando das conexões e desconexões dos tubos
de perfuração, é necessário se verificar a altura
em que se encontra os tool joints da mesa
rotativa para evitar que a força aplicada nestas
operações acabem fletindo o tubo de perfuração.

A tensão de dobramento é dada por:


M × Re
σd =
I

Onde M é o momento fletor aplicado que é dado


por:
M = F × H max
e I é o momento de inércia da seção que é calculada por:
π
I= × (De4 − Di4 )
64

Existem dois casos a serem analisados:


¾ Chaves Flutuantes a 1800 0
¾ Chaves Flutuantes a 90
Chaves Flutuantes a 1800

Como as chaves flutuantes estão


a 1800 a força aplicada é o dobro
da força aplicada em cada chave:
F = 2 × Fc

Então lembrando que a máxima


tensão é Y se tem:

F × H max × Re 2 × Fc × H max × Re Y×I


Y= = ⇒ H max =
I I 2 × Fc × Re

Como o torque é dado por:


Q = Fc × Lcf

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 63

Onde:
Lcf comprimento da chave flutuante

Logo:
Y × I × Lcf
H max =
2 × Q × Re

Chaves Flutuantes a 900

Neste caso a força aplicada é dado por:


F = 2 × Fc

Então se tem:
Y × I × Lcf
H max =
2 × Q × Re

O fator de segurança utilizado é de 0,9.

Exemplo:
Qual é a altura máxima do toll joint de um tubo de perfuração 4 1/2" OD
16,6 lb/pé IEU, grau E Novo com rosca NC46 ?
Considere o comprimento do braço da chave flutuante de 3 1/2 pés.

Para o tubo 4 1/2" OD 16,6 lb/pé IEU, grau E Novo e rosca NC46 o torque
recomendado na conexão é de 20.396 lbf.pés

Logo considerando a chaves a 1800 se tem:

π π
I= × ( De4 − Di4 ) = × (4,54 − 3,826 4 ) = 9,6105 pol
64 64

Y × I × Lcf 75000 × 9,6105 × 3,5


H max = = = 27,49 pol
2 × Q × Re 2 × 20396 × 4,5 2

A altura máxima para o tool joint é de 0,9 x 27,49 = 24,74 pol = 62,8 cm

E para um tubo premium ?

O torque recomendado é de 12.085 lbf.pés

Desgaste de 80% Espessura 0,337 × 0,8 = 0,2696 pol


Diâmetro Externo 4,5 − 2 × (0,337 − 0,2696) = 4,3652 pol

SEREC/CEN-NOR
64 Coluna de Perfuração

π π
I= × ( De4 − Di4 ) = × (4,3652 4 − 3,826 4 ) = 7,3048 pol
64 64

Y × I × Lcf 75000 × 7,3048 × 3,5


H max = = = 36,35 pol
2 × Q × Re 2 × 12085 × 4,3652 2

A altura máxima para o tool joint é de 0,9 x 36,35 = 32,721 pol = 83,1 cm

21 - Flambagem
Uma coluna não flamba quando sua tensão axial for maior que a media
entre as tensões radiais e tangenciais; isto é:
σ r + σθ
σa >
2

Lembrando que:
B
σr = A +
R2
B
σθ = A − 2
R

Então uma coluna não flamba quando:


Pi × Ri2 − Pe × Re2
σa > A =
Re2 − Ri2

No ar como:
Pi = Pe = 0 ⇒ σ a > 0

Isto significa que no ar uma coluna não flamba sob tração.

No fluido ao se considerar as pressões internas iguais as externas se tem:


P × (Ri2 − Re2 )
σa > = −P
Re2 − Ri2

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 65

Como:
T
σa =
A

e a tração é dada por:


T = w × x − PSB − P × A

Onde:
w peso linear da coluna
PSB Peso sobre a broca aplicado
P Pressão hidrostática no fundo
A Área de aplicação da pressão hidrostática

Então a linha neutra de flambagem é dada por:


w × x − PSB − ρ f × g × L × A
= − ρ f × g × ( L − x)
A

Logo:
(
w × x − ρ f × g × x × A = PSB ⇒ x × w − ρ f × g × A = PSB)
Como: ρaco × g × A = w

Então:
 ρf 
x × w × 1 −  = PSB
 ρaco 

Logo:
PSB
x=
w×α

SEREC/CEN-NOR
66 Coluna de Perfuração

Isto mostra que a linha neutra de flambagem da coluna imersa esta na


mesma altura da linha neutra de uma coluna no ar com peso linear α x w.
No caso de coluna mista existe uma pequena variação devido a força
hidrostática aplicada no local da variação da área, mas normalmente esta
diferença não é considerada.

Exemplo:
Qual são as alturas da linha neutra e da linha neutra de flambagem de uma
coluna com 1000 pés de peso linear 20 lbf/pé, sabendo que o peso sobre
broca é de 3000 lbf e o poço esta com fluido de perfuração de 10 lbf/gal.
10
α = 1− = 0,8473
65,5

Linha neutra de flambagem


3000
x= = 177 pes
20 × 0,8473

Tração na superfície
T = 20 × 0,8473 × 1000 − 3000 = 13947 lbf

Linha neutra
0 = 13947 − 20 × y ⇒ y = 697 pes

A parte sob compressão, responsável pelo peso sobre broca, é composta


de comandos e tubos pesados. Para se minimizar os problemas
decorrentes da variação brusca de rigidez na coluna, a máxima variação de
diâmetros normalmente utilizada é de 2 polegas. A tabela a seguir traz uma
sugestão para a zona de transição de rigidez.

Dia. Poço Dia. DP Dia. DC Topo Quant.


Pol Pol Pol HW
..... 5 1/2" 7” a 9 1/4" (Ideal 8”) 15 a 18
Até 5” 6 1/2" a 8 3/4” (Ideal 7”) 15 a 18
12 1/4" 4 1/2" 6 1/4" a 8” (Ideal 7”) Min 18
11” 5” 6 1/2" a 8 3/4" (Ideal 7”) Min 12
Até 4 1/2" 6 1/4" a 8” (Ideal 6 1/2") Min 12
9 1/2"
8 3/4" 5” Min 6 1/2" (Ideal 7”) Min 12
Até 4 1/2" Min 6 1/4" (Ideal 7”) Min 12
7 7/8” 4” Min 5 1/4" (Ideal 6”) Min 12
6 3/4" 4” Min 5 1/4" (Ideal 5 1/2") Min 15
Até 3 1/2" Min 4 3/4" (Ideal 5 1/2") Min 15
.....

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 67

Para poços de 12 1/4" ou maiores deve-se utilizar de 3 a 6 comandos de 9”


ou mais no fundo, já para poços entre 9 1/2" e 11” os comandos devem ser
de 8” ou mais. O restante do peso necessário deve ser completado com
comandos de diâmetros variando entre o recomendado para o fundo e o
utilizado no topo.

Os HW devem ter o mesmo diâmetro dos tubos de perfuração e em poços


direcionais utilizar em qualquer caso de 24 a 30 HW.

Exercícios

1) Qual a tensão máxima de um tubo com pressão interna de 5.000 psi e


externa de 1.000 psi, sabendo que diâmetro externo é 10,5 pol e o diâmetro
interno é 9,5 pol.

2) Sabendo que a tensão de cisalhamento máxima de um material é de


50.000 psi e que seu diâmetro externo é de 20 pol. Qual deve ser o
diâmetro interno mínimo se o torque a ser aplicado é de 500 lbf.pé ?

SEREC/CEN-NOR
68 Coluna de Perfuração

3) Qual é a tração máxima em um tubo de perfuração 4 1/2” OD 16,6 lb/pé


grau E Novo, e quantos metros deste tubo é possível descer num poço com
fluido de 10 lbf/gal.

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 69

4) Caso um poço de 3.000 metros depois de entrar em kick seja fechado


com as seguintes pressões:

SIDPP ( pressão no topo dentro da coluna) 200 psi


SICP (pressão no topo no anular coluna revestimento) 1900 psi.

Uma coluna composta por tubos de perfuração 5” OD, 19,5 lb/pé, grau E,
Premium, IEU, conexão NC50, resistiria ao esforço de colapso no topo?
Considere a pressão no fundo do poço de 5.310 psi.

SEREC/CEN-NOR
70 Coluna de Perfuração

5) Em certas operações a coluna de perfuração deve ser descida no poço


com a extremidade inferior fechada. Para garantir a integridade da coluna
utiliza-se um “colchão” de fluido no seu interior.

Considere que a seguinte coluna composta de tubos de perfuração 4 1/2”


OD, 16,6 lb/pé, Premium, grau E, range 2, EU, e conexão NC50 vai ser
descida com a extremidade fechada num poço de 15.000 pés, com fluido
de peso específico equivalente a 0,73 psi/pé.

Considere que o fluido do colchão é o mesmo fluido do poço, qual é a altura


mínima e máxima deste colchão?

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 71

6) Na sonda existem os seguintes comandos:

3 unidades Comandos de 6 3/4” x 2” com peso linear de 141 lbf/pé


5 unidades Comandos de 6 1/4” x 2” com peso linear de 119 lbf/pé
12 unidades Comandos de 6” x 2” com peso linear de 109 lbf/pé

Sabendo que o fluido no poço tem peso específico de 10 lb/gal, Como você
comporia sua coluna se o peso máximo que a broca pode suportar é de
40.000 lbf.

SEREC/CEN-NOR
72 Coluna de Perfuração

7) Uma coluna de perfuração com 6.00 pés é composta de 15 comandos,


cada um com 30 pés, de 7” OD por 3” ID e o restante de tubos 4 1/2” OD
16,6 lb/pé grau E. Supondo que o peso sobre a broca seja de 35.000 lbf e o
fluido no poço de 10 lb/gal, pede-se:
a) linha neutra de flambagem.
b) Carga no gancho
c) Tração no primeiro tubo de perfuração acima dos comandos.
d) Tração a 2.000 pés abaixo da mesa rotativa
e) Linha neutra de tração

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 73

22 - Projeto da Coluna de Perfuração


Para se fazer o projeto de uma coluna de perfuração são necessários os
seguintes dados:
5 Diâmetro da Fase
5 Profundidade Total da Fase
5 Equipamentos Disponíveis
5 Máximo Peso a Ser Aplicado Sobre a Broca
5 Peso Específico do Fluido de Perfuração

Determinação do BHA (Bottom Hole Assembly)

Cálculo do Fator de Flutuação


γf
α = 1−
γa
Onde:
γf Peso específico do fluido
γa Peso específico do aço

Determinação do peso mínimo dos comandos


PSBmax
Wdc =
cos(θ ) × α × PLN
Onde:
PSBmax Peso máximo sobre broca
θ Inclinação do poço
PLN Posição onde fica a linha neutra, normalmente 0,80

Uma vez determinado o peso mínimo de comandos, deve-se conciliar com


os equipamentos disponíveis levando-se em conta as recomendações
básicas para a zona de transição de rigidez.

Peso total do BHA submerso.


PBHA = ( Ldc1 × Wdc1 + Ldc2 × Wdc 2 +...+ LHW × WHW 1 ) × α

Determinação do Comprimento dos DP por Tipo

Para o primeiro tipo de tubo de perfuração se tem:

Utilizando coeficiente de segurança

SEREC/CEN-NOR
74 Coluna de Perfuração
0,9 × Rt − PBHA
LDP =
WDP × α × CS

Utilizando Margem de OverPull


0,9 × Rt − PBHA − MOP
L DP =
WDP × α

Onde:
LDP Comprimento dos Tubos de Perfuração
Rt Resistência a Tração
CS Coeficiente de Segurança, normalmente 1,125
MOP Margem de OverPull

Para os próximos tipos deve-se apenas incorporar o peso dos tubos de


perfuração já calculado no peso do BHA.

Após se escolher os tipos de tubos de perfuração deve-se proceder as


seguintes verificações:

Ao Colapso

Para cada tipo de tubo de perfuração utilizado deve-se verificar se a


resistência ao colapso supondo o interior da coluna vazia. Então a pressão
hidrostática deve ser menor que a resistência ao colapso reduzida.
P ≤ Rcr

Deve-se calcular também a maior profundidade que a coluna “seca” pode


alcançar.
Rcr
H max =
ρ fl × g × CS

Em unidades de campo se tem:


Rcr × 5,87
H max =
ρ fl × CS

Onde:
Rcr Resistência ao Colapso Reduzida em psi
ρfl Peso Específico do Fluido em lbf/gal
Hmax Profundidade Máxima em metros
CS Coeficiente de Segurança, normalmente 1,125

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 75

A Pressão Interna

Deve-se verificar se a resistência a pressão interna do tubo mais fraco é


maior que a máxima pressão interna possível.

Ao Torque

A resistência ao torque reduzida deve ser maior que o torque gerado nas
conexões e durante a perfuração. O torque gerado durante a perfuração
pode ser calculado aproximadamente por:
Pot × 5250
Torque ≈
rpm

Onde o torque é medido em lbf.pé; e a potência em HP.

Dog-Leg

Deve-se calcular o máximo dog-leg que a coluna pode ser exposta. A API
RP7G na seção 8 propõe as seguintes fórmulas para cálculo do dog-leg
máximo:
432000 σb tanh( K × L)
c= × ×
π E×D K×L

Com:

c Dog-leg severity máximo em graus/100 pés


L Metade da distância entre tool joints em pol. Para range II 180 pol.
E Módulo de Young em psi 30x106 psi para aço
10,5x106 psi para alumínio
K Dado pela fórmula abaixo..
T
K=
E×I

Onde:
T Peso submerso da coluna abaixo do Dog-Leg em libra
I Momento de Inércia dado por
π
I= × (D4 − d 4 )
64
Sendo D o diâmetro externo e d o diâmetro interno, ambos em polegadas.

σb Máxima tensão de dobramento, calculada por:

SEREC/CEN-NOR
76 Coluna de Perfuração

Seja:
T
σt =
Area

Para Grau E com σt até 67000 psi


2 × (σ t − 33500)
10 0,6 2
σ b = 19500 − × σt −
67 670

Para Grau S com σt até 133400 psi


 σt 
σ b = 20000 ×  1 − 
 145000 

Conhecendo-se a força lateral (F) que atua no tool joint o dog-leg severity
máximo pode ser calculado por:
108000 F
c= ×
π×L T

Para força lateral até 3000 libras.

23 - Causas de Ruptura
As principais causas de ruptura são:
¾ Fadiga
¾ Desgaste
¾ Esforços além do limite
¾ Wash-outs
¾ Corrosão

Fadiga

A fadiga se origina por esforços cíclicos, com fissuras imperceptíveis que


diminuem a resistência original dos tubos.

As causas mais comuns da fadiga são:

a) Tubos de perfuração trabalhando em compressão. (Falta de Comandos


suficientes)
b) Dog-Legs muito elevados (concentradores de tensões)

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 77

As principais precauções necessárias são:

Verificar sempre que possível os Dog-Legs no poço e inspecionar os tubos


que trabalharam em áreas críticas de Dog-Legs elevados.

Verificar sempre o alinhamento entre o bloco de coroamento e a mesa


rotativa, evitado assim que os tubos de perfuração trabalhem sob flexão.

Colocar comandos suficientes para fornecerem peso sobre a broca, bem


como colocar comandos com diâmetros variados e HW para permitir uma
mudança gradual de rigidez.

Em unidades flutuantes adotar Kelly mais longo que o usual (pelo menos
2,5 metros a mais) devido aos movimentos de Roll e Pitch.

Deve-se evitar ranhuras e sulcos, e como a maioria das ranhuras e sulcos


são causadas por pedaços de metal no poço ou por manuseio incorreto
deve-se utilizar cunhas e mordentes adequados, tendo cuidados durante a
colocação da cunha e da chave flutuante, bem como durante a
movimentação da coluna. Deve-se sempre fazer inspeções visuais
procurando detectar o mais cedo possível qualquer ranhura ou sulco.

Fazer um programa de inspeções, permitindo assim detectar o mais


rapidamente possível as micro fissuras que estão relacionadas com a
fadiga evitando assim a quebra da coluna no poço, o que causa sempre
grandes gastos.

Desgaste

Provocado pelo contato durante a perfuração da coluna com a parede do


poço ou do revestimento. O desgaste é maior na zona de Dog-Legs, sendo
assim deve-se:

Verificar sempre que possível os Dog-Legs no poço e inspecionar os tubos


que trabalharam em áreas críticas de Dog-Legs elevados.

Verificar sempre o alinhamento entre o bloco de coroamento e a mesa


rotativa, evitado assim que os tubos de perfuração trabalhem sob flexão.

Fazer um programa de inspeções, permitindo assim detectar o desgaste da


coluna de perfuração.

SEREC/CEN-NOR
78 Coluna de Perfuração

Colocar protetores de borracha na coluna de perfuração, o que diminui o


desgaste, mas aumenta o torque.

Utilizar tool joints com aplicação de material duro.

Esforços além dos limites

Geralmente ocorrem em operações especiais quando não se conhece


exatamente o estado da coluna no poço, por isso é recomendado se
inspecionar a coluna periodicamente.

Wash-Outs

Ocorrem geralmente por aplicação de torque insuficiente nas uniões ou


pela existência de sulcos nos espelhos das mesmas, permitindo assim a
passagem de fluido de perfuração.

Algumas ações para se minimizar este problema são:

Colocar sempre protetores de rosca na caixa e nos pinos, para não


danificar as roscas.

Aplicar o torque recomendado. A API lista para cada tipo de conexão o


torque mínimo a ser utilizado, normalmente se utiliza 10% acima deste
valor mínimo.

Lembre-se que o torque é dado pelo comprimento da chave vezes a força


na linha, a qual deve ser medida quando a força está a 900 com a chave
flutuante. No caso de se utilizar chave hidráulica se lembrar de calibra-la.

Lembrar da lubrificação dos fios das roscas quando da conexão e da


existência de torque durante a perfuração.

Inspecionar visualmente os espelhos das uniões antes das conexões.

Corrosão

A corrosão pode ser definida como a alteração ou degradação de um


material por efeito do meio ambiente.

SEREC/CEN-NOR
Coluna de Perfuração 79

O principais tipos são:


Uniforme

Placas
Alveolar
Pites

Os principais agentes corrosivos para os elementos tubulares são:

Oxigênio

Incorporado ao fluido de perfuração pelas peneiras, pistolas e agitadores,


normalmente causa corrosão do tipo uniforme ou por pites; a corrosão por
oxigênio é acelerada pela temperatura.

Como precauções pode-se citar:


¾ Lavar os tubos após o uso
¾ Fazer inspeções visuais
¾ Utilizar desgaseificadores
¾ Utilizar aditivos sequestradores de oxigênio
Gás Carbônico

Incorporado ao fluido de perfuração através de kicks, água de preparo,


decomposição térmica de sais e ação de bactérias sobre aditivos
orgânicos. Causam corrosão do tipo pites normalmente marrons e negros,
esta corrosão é acelerada em presença de oxigênio e valores altos de pH.

Como precauções pode-se citar:


¾ Controle do pH
¾ Evitar água de preparo que contenha CO2
¾ Inibidores adicionados ao fluido de perfuração
¾ Observação visual e inspeção
Gás Sulfídrico

Incorporado por degradação térmica de alguns aditivos, água de preparo e


fluidos das formações, causam corrosão por pites profundos de cor azul
escura a negro. Este processo é acelerado pela temperatura.

Como precauções pode-se citar:

SEREC/CEN-NOR
80 Coluna de Perfuração

¾ Manter o pH entre 9 e 11
¾ Utilizar aditivos sequestradores
¾ Inspeção visual

Bactérias

Incorporada pela água de preparo e aditivos causam corrosão por pites e


alveolar. Baixos valores de pH tendem a acelerar o processo de corrosão.

Como precauções pode-se citar:


¾ Manter o pH acima de 9
¾ Usar bactericidas
A maneira mais comum de se medir a taxa de corrosão é através de anéis
colocados na coluna. Este anéis são pesados antes de serem colocados na
coluna de perfuração. Após determinado tempo este anéis são retirados da
coluna e novamente pesados, podendo-se então estimar a taxa de
corrosão na coluna de perfuração.

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Coluna de Perfuração 81

24 - Índice

ELEMENTOS DA COLUNA DE PERFURAÇÃO ...............................................................................

COLUNA DE PERFURAÇÃO ............................................................................................................................1

1 - INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................................1
AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO SÃO: ...................................................................................1
UMA COLUNA DE PERFURAÇÃO É COMPOSTA BASICAMENTE DOS ELEMENTOS .........................................................1
OS PRINCIPAIS ACESSÓRIOS SÃO ..........................................................................................................................1
AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE MANUSEIO SÃO:.................................................................................................1
2 - KELLY ............................................................................................................................................................2

3 - TUBOS DE PERFURAÇÃO (DRILL PIPE)..................................................................................................4


TORQUE.............................................................................................................................................................9
FADIGA..............................................................................................................................................................9
RANHURAS E SULCOS .........................................................................................................................................9
CORROSÃO ...................................................................................................................................................... 10
ALTURA MÁXIMA ............................................................................................................................................. 10
4 - COMANDOS (DRILL COLLAR)................................................................................................................ 11

5 - TUBOS PESADOS (HEAVY WEIGHT) ..................................................................................................... 13

6 - ACESSÓRIOS............................................................................................................................................... 15
SUBSTITUTOS (SUB’S) ...................................................................................................................................... 15
ESTABILIZADORES ............................................................................................................................................ 16
ESCAREADORES ............................................................................................................................................... 16
ALARGADORES................................................................................................................................................. 17
AMORTECEDOR DE CHOQUE ............................................................................................................................. 18
7 - FERRAMENTAS DE MANUSEIO .............................................................................................................. 19
CHAVES FLUTUANTES....................................................................................................................................... 19
CUNHA ............................................................................................................................................................ 19
COLAR DE SEGURANÇA..................................................................................................................................... 20
8 - UNIÕES DOS ELEMENTOS TUBULARES............................................................................................... 20
EXERCÍCIOS ..................................................................................................................................................... 21
DIMENSIONAMENTO ..................................................................................................................................... 24

9 - REVISÃO DE ELASTICIDADE .................................................................................................................. 24


TENSÕES.......................................................................................................................................................... 24
DEFORMAÇÕES................................................................................................................................................. 26
LEIS CONSTITUTIVAS........................................................................................................................................ 27
TENSÕES EM CILINDROS ................................................................................................................................... 31
CILINDROS DE PAREDES ESPESSA ...................................................................................................................... 31
CILINDROS DE PAREDES FINAS .......................................................................................................................... 32
TORÇÃO .......................................................................................................................................................... 33
EXERCÍCIOS ..................................................................................................................................................... 34
10 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 40

11 - TRAÇÃO ..................................................................................................................................................... 40

SEREC/CEN-NOR
82 Coluna de Perfuração
12 - PRESSÃO INTERNA..................................................................................................................................42

13 - COLAPSO ...................................................................................................................................................43

14 - TORÇÃO .....................................................................................................................................................48

15 - INFLUÊNCIA DA TENSÃO AXIAL..........................................................................................................49


EFEITO DA TRAÇÃO NO COLAPSO ......................................................................................................................49
EFEITO DA TRAÇÃO NA TORÇÃO ........................................................................................................................53
16 - MÁXIMO NÚMERO DE VOLTAS NA COLUNA ...................................................................................54

17 - ELONGAÇÃO DE UMA COLUNA LIVRE ..............................................................................................55


ELONGAÇÃO DEVIDO AO PESO PRÓPRIO ..............................................................................................................55
ELONGAÇÃO DEVIDO AO EMPUXO ......................................................................................................................56
ELONGAÇÃO DEVIDO A PRESSÃO DO FLUIDO .......................................................................................................57
18 - DETERMINAÇÃO APROXIMADA DO PONTO LIVRE........................................................................58

19 - VELOCIDADES CRÍTICAS.......................................................................................................................60

20 - ALTURA MÁXIMA DO TOLL JOINT.....................................................................................................62


CHAVES FLUTUANTES A 1800 ............................................................................................................................62
CHAVES FLUTUANTES A 900 ..............................................................................................................................63
21 - FLAMBAGEM ............................................................................................................................................64

22 - PROJETO DA COLUNA DE PERFURAÇÃO ..........................................................................................73


DETERMINAÇÃO DO BHA (BOTTOM HOLE ASSEMBLY) ......................................................................................73
DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DOS DP POR TIPO........................................................................................73
23 - CAUSAS DE RUPTURA .............................................................................................................................76
FADIGA ............................................................................................................................................................76
DESGASTE ........................................................................................................................................................77
ESFORÇOS ALÉM DOS LIMITES............................................................................................................................78
WASH-OUTS.....................................................................................................................................................78
CORROSÃO .......................................................................................................................................................78
24 - ÍNDICE ........................................................................................................................................................81

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