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ANSI/AWWA C504-06

(Revisão da ANSI/AWWA C504-00)

American Water Works Association

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Norma AWWA
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Válvulas Borboleta com Sede de Borracha

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PARTE 1: GERAL
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Parte 1.1 Escopo

Esta norma estabelece os requisitos mínimos para válvulas


borboleta com diâmetro entre 3 pol. (DN 80) e 72 pol. (DN 1.800), com
tipos diferentes de corpo e extremidade, para uso com água potável
com pH entre 6 e 12 e temperatura entre 33° e 125°F (0,6°e 52°C). Ela
cobre válvulas borboleta com sede de borracha adequadas para
pressão de trabalho máxima com fluidos com pressão sem choque de
250 psig (1.723 kPa), pressão diferencial máxima sem choque de 250
psi (1.723 kPa) e velocidade máxima de 16 pés/s (4,9 m/s) com a
válvula totalmente aberta.
1.1.1 Tipos de corpo, classes e tamanho. As válvulas
descritas nesta norma são fornecidas em quatro tipos de corpo e nas
classes a seguir:
1.1.1.1 Válvulas wafer. Classe 150B, nos tamanhos 3 a 20
pol. (DN 80 a DN 500).
1.1.1.2 Válvulas flangeadas corpo curto e corpo longo. Classe
25A, classe 25B, classe 75A, classe 75B, classe 150A, e classe
150B, nos tamanhos 3 a 72 pol. (DN 80 a DN 1.800) e classe 250B
nos tamanhos 3 a 48 pol. (DN 80 a DN 1.200).
1.1.1.3 Válvulas de extremidades com junta mecânica.
Classe 150B e classe 250B, nos tamanhos 3 a 24 pol. (DN 80 a DN
600), e classe 25A, classe 25B, classe 75A, classe 75B, classe
150A, classe 150B e classe 250B, nos tamanhos 3 a 48 pol. (DN 80 a
DN 1.200).
1.1.2 Definição de Classe. Em cada caso, a designação
numérica representa o “rate” de pressão (a pressão manométrica
máxima de trabalho com fluidos sem choques, em libras por polegada
quadrada) e também a pressão diferencial máxima sem choques, em
libras por polegada quadrada, para a qual a válvula foi projetada. As
designações A e B definem a capacidade de fluxo com a válvula na
posição totalmente aberta. Válvulas A têm velocidade máxima de 8
pés/s (2,4 m/s) e válvulas B têm velocidade máxima de 16 pés/ (4,9
m/s) na seção da tubulação à montante da válvula.

Parte 1.2 Finalidade


A finalidade desta norma é estabelecer os requisitos mínimos para
válvulas borboleta com assento de borracha adequadas para uso com
água potável.

Parte 1.3 Aplicação

Esta norma pode ser usada como referência em documentação de


compra de válvulas borboleta com assento de borracha descritas no
escopo acima.

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PARTE 2: REFERÊNCIAS
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Esta norma faz referência aos seguintes documentos em suas


versões atuais. Esses documentos fazem parte desta norma até onde
seja aqui especificado. Em caso de conflito, os requisitos desta norma
prevalecerão.
ANSI*/AWWA C111/A21.11 – Norma Nacional Americana para
Juntas de borracha para tubos e conexões de ferro fundido nodular sob
pressão;
ANSI/AWWA C540 – Dispositivos de acionamento elétrico para
Válvulas e discos corrediços;
ANSI/AWWA C550 – Revestimento Interno de Proteção para
Válvulas e Hidrantes;
ASME** B 16.1 – Flanges e conexões de Ferro Fundido;
Códigos ASME para Caldeiras e Vasos de Pressão;
ASTM*** A-36 – Especificação para Aço Carbono Estrutural;
ASTM A-48 – Especificação para fundidos de ferro cinzento;
ASTM A-108 – Especificação para barra de Aço carbono e Liga de
Aço conformadas a frio;
ASTM A-126 – Especificação para fundidos de ferro cinzento para
Válvulas, Flanges e Conexões para Tubos;
ASTM A-216 – Especificação para fundidos de aço carbono
adequados para soldas, nas Operações em Altas Temperaturas;
ASTM A-240 – Especificação para Placas, Folhas e Tiras de Aço
Inoxidável, Cromo e Cromo-Níquel para vasos de pressão e Aplicações
Gerais;
ASTM A-276 – Especificação para Barras e perfis de Aço
Inoxidável;
ASTM A-395 – Especificação para fundidos de ferro dúctil ferrítico
para uso na contenção de pressão em Temperaturas Elevadas;
ASTM A-436 – Especificação para Ferro Fundido Cinzento
austenítico;
ASTM A-439 – Especificação para Ferro Fundido Nodular
austenítico;
ASTM A-516 – Especificação de chapas para vaso de pressão em
Aço Carbono para Operação em Temperaturas de Baixa a Moderada;
ASTM A-536 – Especificação para Ferro fundido Nodular;
ASTM A-564 – Especificação para Barras e perfis de Aço
Inoxidável;
ASTM A743/A743M – Especificação para Fundidos em Ferro-
Cromo e Ferro-Cromo-Níquel, Resistentes à Corrosão, para Aplicações
Gerais;
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? American National Standards Institute, 25 West 43rd Street, Fourth Floor, New York,
NY 10036.
? ** ASME International, Three Park Ave., New York, NY 10016.
? *** ASTM International, 100 Barr Harbor Drive, West Conshohocken, PA 19428.
ASTM B-127 – Especificação para Placas, Folhas e Tiras em Liga
de Níquel-Cobre (UNS N04400);
ASTM B-154 – Método de Teste Padrão para Teste de Nitrato de
Mercúrio para Cobre e Ligas de Cobre;
ASTM B-160 – Especificação para Hastes e Barras de Níquel;
ASTM C-633 – Método de Teste Padrão para Força de Adesão ou
Coesão de Revestimentos Térmicos em Spray;
ASTM D-429 – Método de Teste Padrão para Propriedade de
Borracha – Adesão a Substratos Rígidos;
ASTM D-471 – Método de Teste Padrão para Propriedade de
Borracha – Efeito de Líquidos;
ASTM D-1141 – Procedimento Padrão para Preparação de Água
Oceânica elaborada;
ASTM D-1149 – Método de Teste Padrão para Deterioração de
Borracha – Trincas na Superfície de Ozônio numa Câmara;
Manual AWWA M49, Válvulas Borboleta: Torque, Perda de carga
e Análise de cavitação.

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PARTE 3: DEFINIÇÕES
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As seguintes definições aplicam-se a esta norma:


1. Atuador: Dispositivo acoplado à válvula com a finalidade de
girar o disco da válvula para as posições aberta, fechada ou
intermediária; evitando o giro além do limite e mantendo o
disco na posição desejada;
2. Mancal: Encaixe cilíndrico localizado nos orifícios (hubs) do
corpo usado para sustentar o eixo(s) da válvula e transmitir a
força do disco para o corpo ao mesmo tempo que minimiza a
fricção e desgaste;
3. Corpo: Estrutura principal de retenção de pressão da válvula,
formado por uma parte onde passa a corrente de fluxo e pelas
extremidades, adaptados para a conexão com a tubulação;
4. Válvula borboleta: Válvula que tem um disco que pode ser
girado num ângulo de aproximadamente 90° como peça de
fechamento. A válvula é fechada quando a borda do disco está
perpendicular à direção do fluxo, aberta quando a borda está
paralela à direção do fluxo, e usada para estrangulamento
(regulagem) quando posicionada entre fechada e aberta;
5. Roda dentada para corrente: Roda movida a corrente com
volta de corrente sobre ela mesma para facilitar a operação de
uma válvula instalada em tubulação elevada;
6. Atuador de Cilindro: Atuador que usa energia de fluido e
converte mecanicamente pressão hidráulica ou pneumática,
atuando num pistão dentro de um cilindro;
7. Disco: Peça de fechamento posicionada na corrente de fluxo
para permitir ou obstruir o mesmo (dependendo da posição) e
que gira num ângulo de 90°, de abertura total a fechamento
total.
8. Atuador elétrico: Atuador eletromecânico que usa a energia
de um motor elétrico convertida numa unidade de redução de
velocidade de uma engrenagem;
9. Pressão de serviço: Pressão hidrostática interna para a qual o
corpo da válvula foi projetado não m i portando a posição do
disco ou capacidade do atuador;
10. Volante: Componente circular conectado ao eixo de um
atuador para facilitar o acionamento manual da válvula;
11. Cubo (hub): Peça estrutural situada em parte elevada
(protuberância) fundida ao corpo da válvula e usada para
sustentar o mancal do eixo e o eixo da válvula;
12. Válvula Flangeada de corpo longo: Válvula flangeada
projetada para ser instalada entre e acoplada a flanges da
tubulação;
13. Atuador manual: Atuador que pode ser operado por uma
pessoa sem necessidade de fonte externa de energia, como
eletricidade ou pressão de fluido;
14. Fabricante: Agente que fabrica ou produz materiais ou
produtos;
15. Área de vedação: Anel de metal em volta da parte interna do
corpo da válvula ou borda externa do disco da válvula que veda
com o assento de borracha quando a válvula é fechada;
16. Válvula com extremidade tipo junta mecânica: Válvula com
extremidades de tipo junta mecânica em conformidade com a
norma ANSI/AWWA C111/A21.11;
17. Vedação O-Ring: Tipo de vedação formada por um elastômero
no formato toloidal, ou seja, formato circular com corte
transversal também circular;
18. Mancal externo de encaixe (thrust): Mancal localizado no
eixo externo da vedação do eixo ou no encaixe do atuador para
proteger a vedação do eixo de forças de empuxo lateral
induzidas pelo atuador;
19. Comprador: Pessoa, empresa ou organização que compra
quaisquer materiais ou serviços;
20. Pressão diferencial (rated): Classes de pressão conforme
definições em 1.1.2;
21. Sede de Borracha: Anel de borracha em volta da borda
externa do disco da válvula ou parte interna do corpo da válvula
para vedar com a superfície do assento de metal quando o
disco está fechado;
22. Eixo: Barra que se estende ao longo dos encaixes do corpo e
entra no disco para sustentar o mesmo e transmitir torque à
peça de fechamento do disco;
23. Vedação do eixo: Vedação circular entre o eixo da válvula e a
superfície cilíndrica interna do encaixe do corpo que evita a
saída de água pressurizada e a entrada de contaminantes
externos no corpo da válvula, na área em que o eixo é
protuberante em relação ao corpo;
24. Válvula flangeada de corpo curto: Válvula flangeada
projetada para ser instalada entre e acoplada a flanges da
tubulação;
25. Fornecedor: Agente que fornece materiais ou serviços. Um
fornecedor pode ou não ser o fabricante;
26. Bucha: Dispositivo que sustenta as forças axiais do eixo e é
usado para centralizar o disco no corpo da válvula;
27. Válvula wafer: Válvula com corpo livre de flanges com
distância face-to-face mínima, projetada para instalação entre
flanges;
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PARTE 4: REQUISITOS
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Parte 4.1 Permeabilidade

A seleção de materiais é crítica para instalações e tubulação de


água em locais onde há probabilidade de que os tubos sejam
expostos a concentrações significativas de poluentes formados por
derivados de petróleo e solventes orgânicos de baixo peso molecular,
incluindo seus vapores. Pesquisas já demonstraram que materiais de
tubos como polietileno, polipropileno, PVC e cimento amianto; e
elastômeros, como os usados em gaxetas e sobrepostas de
engaxetamento, podem ser permeáveis a solventes orgânicos e
derivados de petróleo com baixo peso molecular. Se um tubo de água
tiver de passar por uma área contaminada, ou uma área sujeita à
contaminação, consulte o fabricante sobre a permeabilidade do
material das paredes, materiais de adesão, etc. antes de selecionar
os materiais para uso nessas áreas.

Parte 4.2 Materiais

4.2.1 Geral – Os materiais devem atender às exigências do


Safe Drinking Water Act e outros requisitos do governo dos EUA. Veja
em ANSI/AWWA C540 e ANSI/AWWA C550 os materiais definidos
para atuadores e revestimentos internos;
4.2.2 Propriedades Físicas e Químicas – Os materiais
devem atenter às exigências físicas e químicas desta sub-parte;
4.2.2.1 Ferro cinzento – ASTM A-126, Classe B ou ASTM
A-48, Classe 40;
4.2.2.2 Ferro nodular – ASTM A-536, Grau 65-45-12, 70-50-
05, ou 80-55-06 ou ASTM A-395, Grau 60-40-18;
4.2.2.3 Liga de ferro cinzento – ASTM A-436, Tipo 1 ou 2,
ou ASTM A-439 Tipo D2;
4.2.2.4 Aço inoxidável – ASTM A-240, Designação UNS
S30400 ou S31600, ASTM A276, Designação UNS S30400 ou
S31600, ASTM A743, grau CF8 ou CF-8M, ou ASTM A-564,
Designação UNS S17400;
4.2.2.5 Liga de níquel-cobre – ASTM B-127;
4.2.2.6 Aço carbono – ASTM A-108;
4.2.2.7 Aço fundido – ASTM A-216, Grau WCB;
4.2.2.8 Artefatos de Aço – ASTM A-36, ASTM A-516, ou
superior;
4.2.2.9 Barras de aço – ASTM B-160;
4.2.2.10 Assentos de borracha – Ver item 4.3.5.2;
4.2.2.11 Latão ou bronze – Componentes feitos de latão ou
bronze devem atender às exigências das normas ASTM ou Unified
Numbering System (UNS);
4.2.2.11.1 Qualquer liga de bronze usada em condições de
trabalho a frio podem passar no teste de nitrato de mercúrio, conforme
a norma ASTM B-154, de forma a minimizar vulnerabilidade à corrosão
por stress;
4.2.2.11.2 O bronze não pode conter mais que 7% de zinco. Se
bronze-alumínio for usado, a liga deve ser protegida contra
desaluminização recebendo recozimento a 1.200°F +- 50°F (650°C +-
28°C) por 1 hora por polegada de espessura de corte, seguido por
resfriamento em ar em movimento ou mergulho em água;
4.2.2.12 Metais resistentes à corrosão – Os metais
resistentes à corrosão usados para travamento e manutenção de
assentos de borracha, eixo, peças de conexão do disco, gaxetas ou
conjuntos de gaxetas, suportes, e recessos removíveis de O-Ring que
vão ser molhados pelo fluido, devem ser feitos de aço inoxidável, liga
de níquel-cobre, ou bronze, em conformidade com as exigências já
mencionadas;
4.2.3 Testes – Sempre que componentes de válvulas sejam
fabricados de acordo com ASTM ou outras normas que incluam
requisitos de teste ou procedimentos de teste, o fabricante da válvula
deve cumprir esses requisitos e procedimentos. Os registros desses
testes devem ser disponibilizados para o comprador se isso for
acordado pelo comprador e fabricante.

Parte 4.3 Projeto Geral

4.3.1 Corpo das válvulas


4.3.1.1 Distância face a face – Distância face a face para
válvulas wafer e flangeadas classes 25, 75 e 150 devem estar em
conformidade com as especificações da Tabela 1. Não há distância
face a face padronizado para corpos com extremidades flangeadas
classe 250 ou corpos extremidade tipo junta mecânica, exceto nos
casos descritos nas notas de rodapé da Tabela 2;
4.3.1.2 Orifícios Suportes de Eixo – Os corpos das válvulas
devem ter dois orifícios suportes de eixo fundidos nos corpos das
válvulas;
4.3.1.3 Corpos de válvula wafer – Corpos de válvula wafer
devem ser projetados para instalação entre flanges em ferro fundido
conforme ASME B 16.1, classe 125. Nenhuma parte dos
componentes internos da válvula pode estender-se além das
extremidades do corpo quando o disco estiver na posição fechada;
4.3.1.4 Juntas mecânicas – As dimensões devem atender
às exigências da norma ANSI/AWWA C 111 / A 21.11. Fendas com a
mesma largura do diâmetro dos orifícios para parafuso podem existir
no lugar dos orifícios de parafusos de flange somente nos locais em
que o corpo da válvula interfira com a inserção dos parafusos;
4.3.1.5 Espessura do corpo – A espessura mínima do corpo
deve estar em conformidade com o estabelecido na Tabela 1.
Medições de espessura do corpo feitas em pontos diametralmente
opostos entre si devem, quando somadas e divididas por dois, serem
iguais ou exceder a espessura mínima do corpo mostrada na Tabela 1.
Em nenhum ponto a espessura do corpo pode estar 12.5% abaixo da
espessura mínima definida na tabela 1;
4.3.1.6 Materiais – A menos que haja solicitação em
contrário por parte do comprador, os corpos das válvulas devem ser de
ferro fundido dúctil ou ferro fundido cinzento.
4.3.2 Extremidade de flanges
4.3.2.1 Dimensões – As faces dos flanges devem ser
chatas. A menos que haja especificação em contrário, as dimensões
e a furação dos flanges das válvulas devem estar em conformidade
com a Tabela 2 para válvulas de extremidades flangeadas ou ANSI /
AWWA C 111 / A 21.11 para válvulas com extremidade para juntas
mecânicas;
4.3.2.2 Furos de parafusos – Os flanges devem ter orifícios
para parafuso no tamanho adequado feitos através dos flanges do
corpo, com exceção de que orifícios vazados ou roscados em válvulas
wafer e em flanges de válvulas de corpo curto poderão ser aceitos em
locais em que o corpo da válvula não permita um furo passante.
4.3.3 Eixos de válvulas
4.3.3.1 Eixos – Cada válvula deve ter um eixo em peça única
que passe por toda a extensão do disco ou tenha um arranjo
interligado por um eixo-rebite (tirante), conforme descrição abaixo;
4.3.3.1 O arranjo por eixo-rebite é formado por dois eixos
separados inseridos em orifícios do disco da válvula. Cada eixo deve
ser inserido em cubos do disco da válvula numa distância equivalente
a no mínimo 1 ½ diâmetro do eixo;
4.3.3.1.2 Os eixos da válvula devem ter diâmetro mínimo que
passe pelos orifícios da válvula e entrem no disco, conforme
especificações na Tabela 3;
4.3.3.2 Conexão – A conexão entre o eixo e o disco deve
ser projetada para transmitir torque equivalente no mínimo 75% da
força de torção do diâmetro mínimo exigido para os eixos. O eixo deve
ser provido de restritor. Peças usadas na conexão com o disco devem
ser feitas de metal resistente à corrosão. O disco deve ser preso
mecanicamente ao eixo através de parafusos, rebites, rosca,
rebatimento ou pinado, não dependendo somente de colas químicas,
adesivos ou solda. O eixo pode ser separado do disco sem danos às
peças;
4.3.3.3 Tamanho – A parte do eixo que passa pelos orifícios
da válvula deve ser em tamanho integral. Se o diâmetro do eixo da
válvula for reduzido para ajustar-se a conexões com o mecanismo
operacional da válvula, a porção menor deve ter filetes com raios iguais
ao passo, para minimizar a possibilidade de concentração de stress
na junção dos dois diâmetros de eixo diferentes. O diâmetro menor
pode transmitir o torque máximo de operação da válvula sem que a
tensão de cizalhamento à torção exceda 40% d limite de resistência
do material do eixo. Além disso, a tensão máxima do eixo da válvula
na parte do maior diâmetro do eixo não deve exceder 1/5 do limite de
resistência ou 1/3 do limite de escoamento do material usado. Limites
de resistência e de escoamento devem ser baseados na força mínima
mencionada em 4.2.2.
4.3.3.4 Material do eixo da válvula – Os eixos da válvula
devem ser feitos de aço inoxidável trabalhado ou liga de níquel-cobre.
4.3.4 Discos da válvula
4.3.4.1 Material do disco – Os discos das válvulas devem
ser feitos de ferro fundido cinzento; aço fundido; aço forjado; bronze
em conformidade com o item 4.2.2.11; liga de ferro fundido cinzento;
ferro dúctil ou aço inoxidável. Discos para válvulas da Classe 250B
devem ser feitos de ferro dúctil, aço forjado, aço fundido ou aço
inoxidável;
4.3.4.2 Projeto do disco – O disco deve ser projetado para
suportar pressões diferenciais totais com a válvula fechada sem
exceder um nível de tensão equivalente a 1/5 do limite de resistência
do matéria;.
4.3.4.3 Espessura do disco – A espessura do disco da
válvula não deve ser maior que 2 ¼ vezes o diâmetro do eixo definido
na Tabela 3;
4.3.4.4 Nervuras externas – Os discos da válvula devem ter
projeto fundido ou fabricado sem que haja nervuras externas projetadas
na seção transversal de escoamento do fluido;
4.3.5 Sedes das válvulas
4.3.5.1 Classes de pressão – As sedes das válvulas devem
ser projetadas para ser à prova de vazamentos em ambas as direções,
com pressões diferenciais de até, e incluindo, o “rate” de pressão da
classe da válvula;
4.3.5.2 Sedes de borracha – As sedes de borracha de
válvulas de 30 pol. (DN 750) e maiores devem ter projeto que permita a
remoção e substituição no local de instalação;
4.3.5.2.1 As sedes de borracha devem ser acoplados ao corpo
ou ao disco, devem ser feitos de borracha nova sintética ou natural, e
podem ser reforçados;
4.3.5.2.2 As sedes de borracha devem ser seguras, presas
mecanicamente, ou coladas ao corpo ou disco. O método usado para
colagem deve ser testado conforme a norma ASTM D-429, Método A
ou B. Para o Método A, a força mínima não deve ser menor que 250
psi (1.725 kPa). Quando o Método B for usado, a força de
destacamento não deve ser menor que 75 libras/pol. (1,33 kg/mm).
Sedes de borracha acoplados ao corpo da válvula e perfurados pelo
eixo da mesma devem ser devidamente reforçadas para evitar que a
sede seja inflada pela pressão atrás dele. Juntas circulares de sedes
de borracha devem ser coladas. O projeto da sede deve prever
fechamento total com o fluxo em qualquer das direções, conforme os
testes exigidos na Parte 5 desta norma;
4.3.5.2.3 Os compostos de borracha não devem conter mais de
8 ppm de íons de cobre e devem incluir inibidores de cobre para evitar
que o mesmo danifique a borracha;
4.3.5.2.4 Compostos de borracha devem passar em teste de
resistência a ozônio conforme norma ASTM D-1149, usando
concentração mínima de ozônio de 50 partes por 100 milhões.
Amostras não tensionadas devem ser testadas por 70 horas a 104°F
(40°C), sem que rachaduras visíveis apareçam em suas superfícies;
4.3.5.2.5 Os compostos de borracha não podem conter óleos
vegetais, derivados de óleos vegetais, gordura animal e óleo animal.
Borracha reciclada não pode ser usada. Os compostos de borracha
não podem conter mais de 1.5 parte de cera por 100 partes de
hidrocarboneto de borracha;
4.3.5.2.6 Os compostos de borracha devem ter menos de 2%
de aumento de volume quando testados conforme ASTM D-471,
depois de serem imersos em água destilada a 73.4°F +/- 2°F (23°C +/-
1°C) por 70 horas.
4.3.5.3 Superfícies de sedes
4.3.5.3.1 As sedes de borracha devem casar com as seguintes
superfícies de assento aceitáveis: aço inoxidável; liga de níquel-cobre;
bronze; ligas de ferro cinzento; liga de níquel-cromo (mínimo de 72%
de níquel e 14% de cromo); ou liga de níquel (85% mínimo de níquel).
A largura da superfície do assento deve, no mínimo, cobrir toda a
superfície que tem ou fica em contato com a sede de borracha;
4.3.5.3.2 Caso as válvulas tenham de ser operadas com
freqüência (mais de uma vez por mês), superfícies de assentamento
de aço inoxidável ou liga de níquel cobre são recomendadas;
4.3.5.3.3 Superfícies de assentamento galvanizadas não são
aceitáveis. Superfícies de assentamento com spray podem ser aceitas
somente quando o spray for aplicado por arco de plasma não-
transferido, ou processo pulverizado e fundido. Soldagem pode ser
usada para acoplar a superfície de assentamento ao disco ou corpo.
Ambos os processos devem estar em conformidade com:
a. Se o assentamento da sede for aplicado por arco de plasma
não-transferido, pulverizado e fundido, ou solda, a superfície final deve
ter espessura mínima de 0,18 mm e estar em conformidade química
com o item 4.3.5.3.1;
b. A resistência a desgaste do material de superfície de assento
deve ser de tolerância a 100.000 ciclos de abertura e fechamento com
água na pressão máxima sem que haja danos;
c. Após o ciclo de teste acima, a resistência à corrosão e
integridade da adesão do material da superfície do assentamento da
sede e da combinação de metal básica devem tolerar imersão em
água oceânica preparada a 150°F (65,6°C) ASTM D1141, por 12
meses;
d. O procedimento de aplicação deve estar em conformidade
com o Código ASME para Caldeiras e Vasos de Pressão, Seção IX,
QW-216. Em exame de líquido penetrante, a amostra de teste não
deve apresentar indicações lineares ou porosidade na superfície de
assento ou em áreas adjacentes a ela;
e. Para qualquer sobreposição de sedes, os seguintes itens de
desempenho são necessários: difusão de sobreposição no metal base
até profundidade mínima de 50 µm; superfície livre de porosidade a
olho nu, sem rachaduras na base de metal adjacente; ausência de
bolhas no metal base derretido na superfície de sobreposição; e força
de adesão de 1.500 psi (10,4 MPa) no mínimo, conforme ASTM C-633;
f. O fabricante deve estabelecer e manter um programa escrito
de garantia de qualidade para controlar o procedimento e a qualidade
das peças acabadas;
g. A resistência a vazamentos deve ser demonstrada no
desempenho do assentamento da sede durante um teste de
vazamento de gás de 20 minutos a 150 psig (1.034 kPa). O teste de
produção do assento deve ser feito conforme item 5.1.2.1, exceto no
caso de válvulas com diâmetro maior que 20 pol. (DN 500), que devem
ser testadas por no mínimo 10 minutos. O teste alternativo de
vazamento hidrostático, conforme item 5.1.2.2, não pode ser usado.
Não é permitida impregnação nas superfícies do assentamento da
sede.
4.3.5.4 Grampos e anéis de retenção – Grampos e anéis
de retenção para sedes de borracha devem ser feitos de material
metálico resistente à corrosão, conforme item 4.2.2.12. Porcas,
parafusos e peças usados com os grampos e anéis de retenção
devem ser feitos de aço inoxidável ou liga de níquel-cobre.
4.3.6 Mancal (Suporte) de Válvulas
4.3.6.1 Mancal tipo luva (bucha, casquilho) – As vávulas
devem ter mancais do tipo bucha contidos nos orifícios do corpo da
válvula. A distância máxima da superfície de metal interna do corpo da
válvula até a extremidade interno do mancal não deve exceder 1/8 pol.
(3,17 mm). Os mancais devem ser projetados para uma pressão que
não exceda a carga de projeto para o material do suporte ou 1/5 da
força de compressão do material do mancal ou do eixo. Os eixos da
válvula ou extensões dele devem ser projetados para conexão com
atuadores, conforme descrito no item 4.3.8;
4.3.6.2 Mancal de pressão externa – Um mancal de
material resistente à corrosão deve existir no eixo externo da vedação
do eixo ou na câmera do atuador, de forma a proteger a vedação do
eixo de forças de pressão lateral geradas no mecanismo de operação;
4.3.6.3 Mancais de pressão – Cada válvula deve ter ou um
ou dois mancais de pressão, que devem manter o disco da válvula no
centro do assento da sede. Válvulas de 20 pol. (DN 500) e menores
sem cargas axiais hidráulicas ou externas no eixo estão isentas desta
exigência;
4.3.6.4 Materiais auto-lubrificantes – Camisas e outros
suportes dentro do corpo da válvula ou engrenagem caso do atuador
devem ser feitos de materiais auto-lubrificantes que não tenham efeito
nocivo sobre a água ou borracha e que não tenham coeficiente de
atrito acima de 0,25 quando operando a pressão máxima;
4.3.7 Vedações do eixo – Deve haver uma vedação
quando os eixos forem protuberantes em relação ao corpo da válvula
para conexão com o atuador;
4.3.7.1 Projeto da vedação – As vedações de eixo devem
ser projetadas para o uso de tipo V padrão; Vedações O-ring;
vedações O-ring tipo U-cup; ou um tipo de arraste;
4.3.7.2 O-rings. Se O-rings forem usados, eles devem estar
contidos num cartucho removível feito de material metálico resistente à
corrosão conforme item 4.2.2.12 ou material não metálico adequado;
4.3.7.3 Substituição da vedação – As vedações de eixo
devem ser projetadas para permitir sua substituição sem que seja
necessário remover o eixo;
4.3.7.4 Câmera da gaxeta e preme gaxeta – Quando o
comprador solicitar que as vedações de eixo tenham câmera da
gaxeta e preme gaxeta, o projeto da válvula e conjunto da câmera da
gaxeta deve permitir ajustes ou a substituição do engaxetamento sem
danos a outras peças da válvula ou atuador, com exceção da
sobreposição do engaxetamento;
4.3.7.4.1 A profundidade da câmera de gaxeta deve ser
suficiente para no mínimo quatro anéis de packing;
4.3.7.4.2 Preme gaxeta e câmera da gaxeta devem ser de
material metálico resistente à corrosão conforme item 4.2.2.12, ou
plástico de engenharia recomendado pelo fabricante para esse tipo de
aplicação e com desempenho comprovado em aplicações iguais ou
similares;
4.3.7.4.3 A gaxeta deve ser feito de material não-metálico
resistente e adequado para essa aplicação;
4.3.7.4.4 A gaxeta não pode conter amianto;
4.3.8 Atuadores da válvula – O atuador é parte integrante
de uma válvula borboleta. Mecanismos intermediários usados entre os
dispositivos de atuação e o eixo da válvula para gerar movimento de
um quarto de volta de uma válvula borboleta devem estar em
conformidade com as exigências desta parte desta norma;
4.3.8.1 Capacidade de torque – A capacidade de torque de
cada atuador deve ser suficiente para fechamento, abertura e segurar
rigidamente, em qualquer posição intermediária, o disco da válvula que
ele controla, conforme as condições de operação especificadas pelo
comprador. Se o comprador não especificar a faixa de temperatura,
pressão diferencial, fluxo ou classificação, o dimensionamento do
atuador deve basear-se nas mais severas condições aqui listadas. Se
o comprador especificar uma classificação de válvula e não especificar
a pressão diferencial ou fluxo, o dimensionamento do atuador deve
basear-se na exigência de pressão e fluxo da classe especificada, ao
invés da exigência de pressão e fluxo para as condições mais severas
aqui listadas;
4.3.8.2 Dispositivos de “stop-limiting” – Os atuadores das
válvulas devem ter dispositivos de “stop-limit” mecânicos e ajustáveis
para evitar a movimentação em excesso do disco para além das
posições de abertura e fechamento;
4.3.8.3 Fator de segurança – Camisa dos atuadores,
suportes e conexões com a válvula devem ser projetados com fator de
segurança mínimo de 5, com base no limite de resistência, ou fator de
segurança mínimo de 3, com base no limite de escoamento dos
materiais usados;
4.3.8.4 Capacidade de controle de posição do atuador –
O atuador deve ser projetado para controlar a válvula em todas as
posições, de totalmente aberta a totalmente fechada e de totalmente
fechada a totalmente aberta, com controle em qualquer posição
intermediária.

4.3.8.5 Atuadores manuais


4.3.8.5.1 Os atuadores manuais devem ter as engrenagens
totalmente enclausuradas;
4.3.8.5.2 Os atuadores devem ser projetados para gerar o
torque operacional desejado com torque máximo de arranque de 80
libras (356 N) no volante ou roda dentada para corrente e input máximo
de 150 pés-libras (203 N-m). Os atuadores devem ter dispositivos de
“stop-limit” ajustáveis para as posições fechada e aberta. Os
componentes do atuador entre o input e esses stoppers devem ser
projetados para suportar, sem danos, um incremento de 200 libras
(890 N) para volantes e roda dentada e um torque de entrada de 300
pés-libras (406 N-m) para porcas com encaixe;
4.3.8.5.3 Atuadores para válvulas com instalação subterrânea
devem ser engraxados em não menos que 90% e totalmente vedados
com o uso de gaxetas, o-rings ou meios similares. O eixo da válvula
deve estar completamente enclausurado numa camisa, inclusive no
ponto em que se conecta ao atuador ou extensão de acoplamento;
4.3.8.5.4 O fabricante deve selecionar um atuador
representativo para cada faixa de torque para fins de teste “validação
de projeto”;
4.3.8.5.5 Os atuadores de engrenagem e atuadores de
“traveling-nut” devem ser auto-traváveis e projetados para transmitir
duas vezes o torque gerado sem danos às faces dos dentes das
engrenagens ou faces de contato do parafuso ou porca;
4.3.8.5.6 Os atuadores de “traveling-nut” devem ter parafusos
de aço e uma porca com rosca interna de bronze ou ferro nodular. Os
atuadores devem estar enclausurados;
4.3.8.5.7 Atuadores com engrenagem sem fim devem estar
totalmente enclausurado num caixa de engenagem e devem ter
engrenagem sem fim de bronze ou de ferro nodular iron e engrenagens
de endurecido que operem num lubrificante. Engrenagem sem fim de
ferro nodular para instalação subterrânea deve ter a camisa e tampa
sustentados com buchas suportes auto-lubrificantes;
4.3.8.5.8 O projeto deve ser verificado submetendo um protótipo
de atuador para cada modelo e torque a um teste de toque igual ou
maior que duas vezes o torque especificado. Além disso, atuadores
manuais devem ser testados enquanto os componentes do atuador
estiverem em contato com os “stop-limits” de abertura e fechamento
referido no item 4.3.8.2, aplicando-se empuxo de 200 libras (890 N) a
um atuador com volante ou roda dentada e torque de entrada de 300
pés-libras (406 N-m) em uma porca do atuador. Após o teste, o
atuador deve ser totalmente desmontado e examinado para verificar a
existência de danos. Se houver solicitação do comprador, o fabricante
deve fornecer cópias dos relatórios descrevendo os procedimentos e
resultados dos testes para cada modelo e torque de atuadores que
serão fornecidos. O item 4.2.2 não se aplica a materiais especificados
no item 4.3.8.5 porque os materiais do atuador não entram em contato
com o conteúdo da linha;
4.3.8.5.9 O projeto também deve passar por teste de ciclo de
um protótipo de atuador de cada modelo, usando ciclo completo de
90° e torque máximo no ponto de “unseating”. O número de ciclos
deve estar em conformidade com a Tabela 4. Após o teste de ciclo, o
atuador deve ser totalmente desmontado e inspecionado para verificar
se há ou não desgaste excessivo ou deformação permanente que
afete seu funcionamento. Sucesso no teste determinará o método de
projeto a ser usado para os atuadores de uma faixa de torque
classificado como adequado.

4.3.8.6 Atuadores elétricos


4.3.8.6.1 Os atuadores elétricos devem atender às exigências
da norma ANSI/AWWA C 540 e gerar os torques dinâmicos e de
fechamento da válvula especificados. Atuadores usados para
modulação devem gerar não menos que duas vezes o torque dinâmico
especificado para a válvula. Motores devem ser dimensionados para
1,5 vezes a especificação de atuador-torque;
4.3.8.6.2 A menos que haja especificação em contrário, as
válvulas atuadas por motor elétrico devem ir da posição totalmente
aberta à totalmente fechada, ou vice-versa, em 60 seg. +/- 10 seg;
4.3.8.6.3 O fabricante deve aplicar uma etiqueta na área do
volante auxiliar, listando o número máximo de voltas da posição
totalmente aberta até a totalmente fechada e totalmente fechada até a
totalmente aberta (90°);
4.3.8.6.4 O mecanismo intermediário (não integrante do
atuador) entre o atuador elétrico e a haste da válvula deve atender às
exigências do item 4.3.8.5, sendo que as exigências de teste dos
itens 4.3.8.5.2 e 4.3.8.5.8 não são aplicáveis;
4.3.8.7 Cilindros como atuadores – Os cilindros atuadores
devem ser água-hidráulicos, óleo-hidráulicos ou pneumáticos e atender
às exigências da norma ANSI/AWWA C 540;

Fatores mínimos de segurança para os torques dos cilindros não


devem ser menores que os mostrados na Tabela 5. Fator de
segurança é a relação entre o torque do cilindro e o torque de
operação da válvula (TR). O torque do cilindro (TO) é igual a:

TO = (A – a) LPE (Eq 1)

O fator de segurança (FS) é igual a:

TO
SF = _____
TR

Onde:

A = área do cilindro com base no diâmetro interno (DI);


a = área do pistão em uma direção e zero na outra;
L = braço (menor distância entre eixo do pistão e eixo do
disco da válvula para uma dada posição de disco);
P = pressão de trabalho do cilindro;
E = fator de eficiência, levando em conta perdas por fricção no
atuador e articulações, incluindo aumento na fricção da
vedação do pistão e haste do êmbolo com a pressão, e fricção
do eixo da válvula no suporte externo causado pelo impulso do
cilindro.

4.3.8.7.1 Os cilindros devem ter dispositivos de controle de


fluxo ajustáveis para controlar o veículo de trabalho que sai do cilindro.
Para operação com ar, os dispositivos de controle de fluxo devem ser
montados diretamente no cilindro ou conectados a até 6 pol. (152 mm)
do cilindro por tubo de metal rígido ou tubulação de metal rígido. Os
momentos de abertura e fechamento devem poder ser ajustados em
campo. O tempo mínimo de operação deve ser 30 seg.
4.3.8.7.2 Mecanismo intermediário de quarto de volta – O
mecanismo intermediário (não integrante do atuador) usado entre o
cilindro e a haste da válvula deve atender às exigências da norma
ANSI/AWWA C 540, incluindo as exigências de teste de projeto;
4.3.8.7.3 Os cilindros devem ter dispositivos de controle de
fluxo ajustáveis para controlar o veículo de trabalho que sai do cilindro.
Para operação com ar, os dispositivos de controle de fluxo devem ser
montados diretamente no cilindro ou conectados a até 6 pol. (152 mm)
do cilindro por tubo de metal rígido ou tubulação de metal rígido. Os
momentos de abertura e fechamento devem poder ser ajustados em
campo. O tempo mínimo de operação deve ser 30 seg;
4.3.7.8.4 Mecanismo intermediário de quarto de volta. O
mecanismo intermediário (não integrante do atuador) usado entre o
cilindro e a haste da válvula deve atender às exigências da norma
ANSI/AWWA C 540, incluindo as exigências de teste de projeto.

Parte 4.4 Mão-de-Obra e Revestimento

4.4.1 Mão-de-obra – As peças da válvula devem ser


projetadas e as tolerâncias de fabricação definidas de forma que haja
intercambiabilidade de peças entre unidades de mesmo tamanho e
tipo produzidas por qualquer fabricante. Quando montadas, as válvulas
fabricadas conforme esta norma devem estar bem ajustadas e
funcionar sem problemas. O corpo e vedação do eixo devem ser à
prova d’água;
4.4.2 Revestimento – As superfícies internas e externas,
com exceção de superfícies acabadas ou dos suportes, devem ser
cuidadosamente preparadas, removendo-se a sujeira, graxa e
ferrugem; elas devem ser limpas de forma a permitir que o
revestimento grude nelas;

4.4.2.1 Superfícies internas – A menos que haja


especificação em contrário pelo comprador, superfícies ferrosas,
exceto superfícies acabadas ou de suportes, devem ser revestidas
com revestimento asfáltico ou epoxi. Sempre que a documentação de
compra especificar revestimento interno especial, como epoxi, e a
menos que haja especificação em contrário, esse sistema de
revestimento especial deve estar em conformidade com as exigências
da ANSI/AWWA C 550*;
4.4.2.2 Superfícies externas
4.4.2.2.1 As superfícies externas de válvulas com instalação
subterrânea devem ser revestidas com revestimento asfáltico ou epóxi;
4.4.2.2.2 Quando a instalação for numa superfície que será
revestida posteriormente, o exterior da válvula, com exceção das faces
de flange, deve ser revestido com uma camada base de metal até que
a espessura da camada seca não seja menor que 3 um. A base deve
ser compatível com o revestimento de campo previsto quando este for
identificado pelo comprador. As faces de flanges devem ser protegidas
de corrosão atmosférica;
4.4.2.2.3 O revestimento exigido no item 4.4.2.1 e 4.4.2.2. é
para condições normais. O comprador deve especificar outro
revestimento, os sistemas de proteção especiais, se necessário para
operação em condições severas como exposição a solos corrosivos,
água corrosiva, vapores ou abrasão.

_______________________________________
*Revestimentos asfálticos podem não se holiday free.
Revestimentos de epoxi têm mais probabilidade de resultar em
superfície holiday-free. Se as condições de operação forem severas, o
comprador deve considerar o revestimento em epoxi. Teste especial
holiday, conforme norma ANSI/AWWA C550, também pode ser
especificado se as condições justificarem a despesa extra.
_________________________________________________________________________
PARTE 5: VERIFICAÇÃO
__________________________________________________________________________

Parte 5.1 Teste

5.1.1 Testes de desempenho – Para demonstrar que a


válvula e o atuador funcionam, as válvulas que tenha atuadores
diretamente montados, com exceção das fornecidas com eixos de
extensão de mais de 36 pol. (900 mm), devem funcionar por três vezes
indo da posição totalmente fechada até a posição totalmente aberta e
vice-versa em condição sem fluxo;
5.1.2 Testes de vazamento
5.1.2.1 Válvulas sem atuadores (fornecidas com tubos de
torque ou pedestais de solo) ou válvulas com atuadores montados em
eixos de extensão de mais de 26 pol. (900 mm), devem ser testadas
quanto a vazamentos na posição fechada. Válvulas que tenham
atuadores diretamente montados, com exceção das que tenham eixos
de extensão de mais de 36 pol. (900 mm), a válvula e o conjunto do
atuador devem ser testados quanto a vazamentos com os stops do
atuador ajustados e o atuador na posição fechada. O teste deve ser
feito com o disco no plano horizontal. Com o disco na posição
fechada, pressão de ar igual a da classe da válvula deve ser aplicada à
face inferior do disco durante toda a duração do teste.
A superfície superior do disco da válvula deve estar visível e coberta
com um espelho d’água com pressão de 0 psig (0 kPa). A duração do
teste deve ser de no mínimo 5 minutos. Não deve haver indicação de
vazamento através do disco da válvula (visível na forma de bolhas no
espelho d’água sobre o disco) durante a duração do teste;
5.1.2.2 Como alternativa ao procedimento de teste e
orientação do disco descritos no item 5.1.2.1, as válvulas podem
passar por teste hidrostático nas pressões definidas no item 5.1.2.1.
Durante o teste, as válvulas devem estar estanque. A duração mínima
do teste deve ser de 5 minutos para válvulas de 20 pol. (500 mm) e
menores, e de 10 minutos para válvulas de 24 pol. (600 mm) e
maiores;
5.1.2.3 A menos que o comprador especifique teste em
ambas as direções, exige-se que as válvulas sejam testadas somente
na direção em que vazamentos sejam mais prováveis;
5.1.3 Teste hidrostático – Os corpos das válvulas devem
ser submetidos a pressões hidrostáticas internas equivalentes a duas
vezes as pressões listadas para a válvula. Durante o teste hidrostático,
não deve haver vazamentos pelo metal, extremidades ou vedação do
eixo, e não deve haver deformação permanente visível em nenhuma
peça. A duração do teste hidrostático deve ser suficiente para permitir
o exame visual de vazamentos. Ela deve ser de no mínimo 1 minuto
para válvulas de 8 pol. (200 mm) e menores, 3 minutos para válvulas
entre 10 pol. (250 mm) e 20 pol. (500 mm), e 10 minutos para válvulas
de 24 pol. (600 mm) e maiores.
5.1.4 Testes de projeto
5.1.4.1 Se solicitado pelo comprador, o fabricante deve
fornecer um certificado de que testes de projeto foram feitos conforme
descrições nesta norma, e de que todas as exigências foram
cumpridas;
5.1.4.2 Uma válvula de cada tamanho e classe deve ser
submetida a teste hidrostático com duas vezes a pressão listada
aplicada a um lado do disco e pressão zero no outro lado. O teste
deve ser feito em cada direção ao longo do disco e, no caso de
válvulas flangeadas, o corpo da válvula deve ser parafusado a um
flange. No teste hidrostático, o fabricante pode estabelecer critérios
especiais para prevenir vazamentos na parte posterior da sede, e
nenhuma peça da válvula ou disco pode apresentar deformações
permanentes visíveis resultando do teste;
5.1.4.3 É finalidade desta parte da Norma demonstrar a
adequação de cada tipo básico de válvula oferecido por um fabricante
para operar, nas pressões definidas em projeto, e no “rate” aplicável,
por um número de vezes que simule uma vida útil completa. A
adequação deve ser demonstrada testando-se as válvulas
selecionadas para representar cada tipo de projeto de sede em cada
tamanho conforme a Tabela 6, e numa classe ou classes de pressão
iguais ou maiores que as das válvulas sendo compradas. O número
exigido de ciclos é mostrado na Tabela 6. Cada ciclo consiste na
aplicação da pressão diferencial listada ao disco na posição fechada,
posterior abertura da válvula (o que aliviará a pressão) até a posição
totalmente aberta, e posterior fechamento do disco. Quando o ciclo de
teste for completado, a válvula deve estar em ambas as direções sob
a pressão diferencial listada.
5.1.4.4 O teste de projeto do atuador é descrito no item 4.3.8.
5.1.4.5 A válvula testada pode ser remontada e usada para
produção contanto que seja totalmente desmontada e que não haja
áreas com desgaste (corpo, disco, eixo ou chavetas) que possam
afetar seu desempenho. Além disso, a sede, partes da sede,
suportes, gaxetas do corpo e vedações do eixo devem ser
substituídos. Após a remontagem, a válvula deve ser retestada
conforme os itens 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3.

Parte 5.2 Informação de Não-Conformidade

Qualquer válvula borboleta ou peça que não esteja em


conformidade com as exigências desta norma, deve ser consertada ou
substituída.

__________________________________________________________________________
PARTE 6: ENTREGA
__________________________________________________________________________

Parte 6.1 Marcações


As marcações devem ser fundidas no corpo da válvula com letras
em alto relevo ou mostradas numa placa resistente à corrosão. As
marcações devem mostrar o tamanho da válvula, fabricante, classe e
ano de fabricação. O tamanho mínimo das letras fundidas deve ser de
1/4 pol. (6,35 mm) para válvulas entre 3 pol. (75 mm) e 12 pol. (300
mm) e de ½ pol. (12,7 mm) para válvulas maiores. Placas de material
resistente à corrosão devem ter letras entalhadas ou gravadas de no
mínimo 1/8 pol. (3,18 mm).

Parte 6.2 Embarque

O fabricante deve cuidadosamente preparar as válvulas para


embarque. Toda a água deve ser drenada das cavidades. Válvulas
maiores que 36 pol. (900 mm) devem ser parafusadas ou fixadas de
outra forma ao berço ou palete. Superfícies de aço e ferro usinado sem
revestimento devem ser revestidas com inibidor de corrosão.
Protetores de madeira compensada a prova d'água ou placas
prensadas resistentes a condições atmosféricas adversas, com no
mínimo o diâmetro externo do flange, devem ser fixados a cada flange
para proteger tanto o próprio flange quanto o interior da válvula.
Válvulas pequenas podem ser totalmente embaladas, a critério do
fabricante. Componentes despachados separadamente devem ser
devidamente protegidos e identificados, de forma a permitir sua correta
instalação.

Parte 6.3 Certificado de Conformidade

Quer tenha um representante na fábrica do fabricante ou não, o


comprador pode exigir um certificado atestando que as válvulas
fornecidas estão em conformidade com os itens aplicáveis desta
norma.
TABELAS

Tabela 1 – Distância face a face para válvulas flange e wafer e espessura mínima de
parede para todos os tipos de válvulas
Tamanho Distância face a face (*1) Espessura mínima de parede
da válvula Corpo Corpo Wafer Classe s Classe s Classe s 150A Classe 250B
curto longo 25A e 75A e e (Ferro
25B 75B 150B fundido
Classe 250B cinzento e
(Ferro nodular)
nodular)
NPS DN mm mm mm mm mm mm mm
3 80 127 127 50,8 9,4 9,4 9,4 9,5
4 100 127 178 57,2 10,2 10,2 10,2 11,9
6 150 127 203 71,4 10,9 10,9 10,9 15,9
8 200 152 216 74,6 11,7 11,7 11,7 15,9
10 250 203 381 79,4 12,7 12,7 13,7 17,5
12 300 203 381 85,7 13,7 13,7 14,7 19,1
14 350 203 406 96,3 13,7 14,7 16,0 22,2
16 400 203 406 105,0 14,7 16,0 17,3 25,4
18 450 203 406 117,0 16,0 17,3 20,1 28,6
20 500 203 457 130,0 16,8 18,0 21,1 28,6
24 600 203 457 – 18,8 20,3 23,6 31,8
30 750 305 559 – 22,1 23,9 27,9 44,5
36 900 305 559 – 24,6 28,7 31,0 47,6
42 1050 305 610 – 27,2 29,5 34,3 57,2
48 1200 381 660 – 29,9 34,8 37,6 63,5
54 1350 381 711 – 33,0 38,4 41,4 –
60 1500 381 762 – 35,3 41,1 48,0 –
66 1650 457 864 – 41,3 45,7 50,8 –
72 1800 457 914 – 44,5 50,8 60,3 –
Nota *1
Inclui a borracha se a borracha estender além da face plana. Tolerância para válvulas até 10” é de +
– 3,17 mm. Tolerância para válvulas 12” e maiores é de + – 4,76 mm. Distância face a face não se
aplica para válvulas com extremidades flangeadas ou com extremidades para junta mecânica.

Tabela 2 – Dimensões usuais de flange e furação


Disponilidade Classe da Tamanhos Materiais ASME B 16.1 ASME B16.1
(Ver *1)
Válvula de válvula – permitidos – Classe de – Classe de
NPS para o dimensões furação de
corpo de flanges flanges
Padrão 25A 3 a 72 Todos Classe 125 Classe 125
Padrão 25B 3 a 72 Todos Classe 125 Classe 125
Padrão 75A 3 a 72 Todos Classe 125 Classe 125
Padrão 75B 3 a 72 Todos Classe 125 Classe 125
Padrão 150A 3 a 72 Todos Classe 125 Classe 125
Padrão 150B 3 a 72 Todos Classe 125 Classe 125
Padrão 250B 48 Todos Classe 250 Classe 250
Opcional (Ver *2) 250B 48 Todos Classe 250 Classe 125
Opcional (Ver *3) 250B 3 a 72 Ferro nodular Classe 125 Classe 125
Nota(*1)
Salvo especificado de outra maneira, as dimensões e furação de flanges devem obedecer
à configuração padrão da classe da válvula;
Nota(*2)
Quando selecionada esta opção, todos os furos de flanges das extremidades devem ser
roscados;
Nota(*3)
Quando selecionada esta opção, o face a face do corpo deve obedecer ao previsto na
tabela 1 – configuração “corpo curto”.

Tabela 3 – Diâmetro mínimo do eixo (Ver *1)


Válvula Diâmetro mínimo do eixo para válvula classe (mm)
DN NPS 25A 25B 75A 75B 150A 150B 250B
3 80 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7
4 100 15,9 15,9 15,9 15,9 15,9 15,9 15,9
6 150 19,1 19,1 19,1 19,1 25,4 25,4 25,4
8 200 22,2 22,2 22,2 22,2 28,6 28,6 28,6
10 250 25,4 25,4 28,6 28,6 34,9 34,9 34,9
12 300 28,6 28,6 31,8 31,8 38,1 38,1 38,1
14 350 31,8 34,9 34,9 38,1 44,5 44,5 44,5
16 400 34,9 38,1 38,1 41,3 50,8 50,8 50,8
18 450 38,1 41,3 41,3 47,6 54,0 57,2 57,2
20 500 38,1 47,6 44,5 54,0 60,3 63,5 63,5
24 600 44,5 57,2 50,8 63,5 69,9 76,2 76,2
30 750 50,8 69,9 63,5 76,2 88,9 92,1 92,1
36 900 63,5 88,9 76,2 92,1 102,0 111,0 111,0
42 1050 73,0 95,3 85,7 108,0 114,0 127,0 127,0
48 1200 82,6 108,0 98,4 124,0 130,0 143,0 143,0
54 1350 92,1 124,0 108,0 140,0 146,0 171,0 –
60 1500 102,0 140,0 121,0 152,0 159,0 184,0 –
66 1650 114,0 152,0 127,0 171,0 178,0 197,0 –
72 1800 124,0 165,0 146,0 191,0 191,0 216,0 –
Nota(*1)
Para esclarecimento de classificação, ver seção 1.1.2. Exceto a classe 250B, os
diâmetros de eixos para todas as classes de válvulas são baseados no uso de alguns materiais
permitidos. Diâmetros de eixo para válvulas classe 250B são baseados na Norma ASTM A-564:
Material para eixo, designação UNS S17400 – condição H1150.

Tabela 3 – Número de ciclos exigidos para teste de protótipo de atuador


Faixa de torque (N.m) Número de ciclos
Até 5080 10 000
5080 a 8470 5 000
Acima 8470 1 000

Tabela 5 – Fator de segurança para torques de cilindro


Tipo de serviço Fluido de operação Fator de segurança
Aberto – fechado Água ou óleo 1,25
Estrangulado Água ou óleo 1,25
Aberto – fechado Ar 1,25
Estrangulado com posicionador Ar 1,5 p/ cilindros > 1,3 litros
2,0 p/ cilindros menores
Estrangulado sem posicionador Ar 10

Tabela 6 – Número de ciclos exigidos para teste de válvulas


Tamanho da válvula - NPS Número de ciclos
3 a 20 10 000
24 a 42 5 000
48 a 72 1 000

APÊNDICE A

Instalação, Operação e Manutenção de


Válvulas Borboleta com sede de borracha

Este apêndice tem fins de informação somente e não é parte da ANSI/AWWA C504.

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PARTE A.1: GERAL
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Válvulas borboleta são um componente importante de qualquer


sistema de distribuição de água ou estação de tratamento. Falhas da
válvula causadas por instalação incorreta, operação ou manutenção
imprópria desses sistemas pode resultar em danos, interrupções e
consertos caros. Em instalações subterrâneas, problemas ou mau
funcionamento poder gerar a necessidade de escavações extensas e
caras para que o problema seja resolvido. Muitos problemas com
válvulas borboleta podem ser atribuídos à instalação, funcionamento ou
procedimentos de manutenção incorretos.

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PARTE A.2: DESCARGA
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As válvulas devem ser inspecionadas quando recebidas para


verificar a existência de danos causados no embarque e a
conformidade com a quantidade e descrição constantes na
documentação de embarque e no pedido. As válvulas devem ser
descarregadas com cuidado e colocadas no chão sem serem
derrubadas. Para válvulas maiores que 36 pol. (900 mm) devem ser
usadas empilhadeiras ou paleteiros. Válvulas menores não devem ser
içadas com ganchos ou correntes colocadas em volta do eixo, atuador
ou passando pelo trajeto da água. Elas devem ser erguidas passando-
se pinos ou hastes pelos orifícios de flanges ou ganchos existentes na
extremidade dos componentes da válvula.

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PARTE A.3: ARMAZENAMENTO
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Se não for prático armazenar as válvulas em lugar fechado, proteja


as mesmas e os atuadores das condições atmosféricas e acúmulo de
sujeira, pedras e entulho. Quando válvulas que tenham atuadores
elétricos e controles forem armazenadas, energize os atuadores
elétricos ou proteja o equipamento de controle para evitar corrosão dos
contatos elétricos que pode ser causada pela condensação resultante
de variações de temperatura. Não exponha as sedes de borracha à luz
solar ou ozônio por períodos muito longos. Veja as instruções do
fabricante relativas a armazenamento.

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PARTE A.4: INSPEÇÃO ANTES DA INSTALAÇÃO
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As faces dos flanges, superfícies de vedação, sedes do corpo e


discos devem estar limpos. Verifique os parafusos fixando o atuador à
válvula para ver se não se soltaram durante o transporte e manuseio.
Se estiverem soltos, aperte-os firmemente. Abra e feche a válvula para
ter certeza de que ela opera devidamente e que os “stops” ou “limit
switches” estão instalados corretamente, de forma que a válvula esteja
totalmente fechada. Feche a válvula antes de instalar.

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PARTE A.5: INSTALAÇÃO
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É recomendável que os manuais e instruções fornecidos pelo


fabricante da válvula sejam lidos com cuidado antes que as válvulas
borboleta sejam instaladas. A inspeção conforme item A.4 deve ter
sido feita no local antes da instalação.
A.5.1 As válvulas devem ser manuseadas com cuidado
quando forem posicionadas, evitando contato ou impacto com outros
equipamentos e com as paredes do local de instalação;
A.5.2 As válvulas devem ser instaladas de acordo com as
instruções do fabricante. Para manter a integridade de válvulas
maiores que 48 pol., é importante evitar submeter a válvula a cargas de
tubulação que possam deslocá-la, e o uso de fundações ou suportes
sem a devida sustentação de tubulação. A válvula deve ser sustentada
de forma independente em relação à tubulação adjacente, e a
tubulação adjacente deve ser sustentada independentemente da
sustentação da válvula. A tubulação que entra e sai da válvula deve ser
devidamente sustentada e controlada. Os tubos de entrada e saída
devem ser sustentados em pontos tão próximos da válvula quanto
possível. Isso elimina a maior parte da carga estática e permite a
identificação de problemas de ajuste durante a instalação e uma
remoção mais fácil da válvula para manutenção. Preocupações com a
tubulação devem incluir os carregamentos permissíveis dos flanges,
expansão e contração térmicas e acomodação diferencia;.
A.5.3 Quando as válvulas tiverem sedes ajustáveis, instale o
lado ajustado da válvula de forma que possa ser acessado e ajustado
em serviço;
A.5.4 Material estranho numa válvula borboleta pode
danificar a borracha da sede quando as válvulas funcionarem. O interior
das válvulas e a tubulação adjacente devem estar limpos e livres de
material estranho antes que a válvula seja conectada aos tubos;
A.5.5 Prepare as extremidades dos tubos e instale as
válvulas conforme as instruções do fabricante dos tubos relativas às
juntas usadas. Não ocasionar deflexão da junta do tubo. Não use a
válvula como apoio para alinhar os tubos. O procedimento de
instalação deve minimizar o curvamento da conexão da válvula/tubo
com carregamento do tubo;
A.5.6 No caso de válvulas borboleta tipo wafer, centralize
concentricamente o disco da válvula entre os flanges de vedação;
A.5.7 O disco da válvula, quando aberto, não apertará sobre
o orifício de entrada do tubo. Isso é particularmente necessário para
tubos com revestimento e no caso de uso de válvulas wafer. Verifique
as recomendações do fabricante em relação ao diâmetro interno
mínimo necessário para liberação do trajeto do fluxo;
A.5.8 Válvulas com instalação subterrânea instaladas com
boxes para válvulas devem ser instaladas de forma que o box da
válvula não transmita choque ou tensão ao atuador da válvula em
virtude de movimentação do solo ou volume de tráfego;
A.5.9 Quando as válvulas forem instaladas em abrigo, o
projeto do abrigo deve prever espaço para a remoção do conjunto
válvula-atuador para fins de conserto. A possibilidade de água
subterrânea ou superficial entrar na válvula e o descarte dessa água
devem ser considerados. O encaixe de operação da válvula deve ser
acessível a partir do topo do abrigo com uma chave T.

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PARTE A.6: TESTE
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Quando válvulas borboleta com sede de borracha forem usadas


para isolar partes de uma linha para testes, é importante lembrar que
essas válvulas são projetadas ou ajustadas para manter as pressões
listadas somente. Pressões de teste acima das pressões listadas
podem causar vazamentos de passagem e danificar a válvula.
A.6.1 Para evitar que tempo seja perdido na busca por
vazamentos, é recomendável, quando possível, que as escavações
para instalação das válvulas não sejam fechadas antes da finalização
dos testes de pressão;
A.6.2 Pode haver vazamento na sede caso haja presença
de material estranho na linha. Se isso ocorrer, abra a válvula a 5°-10°
para obter ação de descarga em alta velocidade, e então feche a
válvula. Repita várias vezes para limpar a sede e obter bom
fechamento.
A.6.3 Vazamento na sede pode ser o resultado de rotação
na posição do disco em relação à sede do corpo. Reajuste fechando o
stop conforme instruções do fabricante.

________________________ 24/05/2009

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