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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 14968
Segunda edição
31.08.2022

Válvula-gaveta de ferro dúctil com cunha revestida


em elastômero ― Requisitos
Ductile iron gate valve with elastomer coated wedge ― Requirements
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 23.060.30 ISBN 978-85-07-09278-0

Número de referência
ABNT NBR 14968:2022
33 páginas

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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................3
4 Classificação.......................................................................................................................3
4.1 Tipo de extremidades.........................................................................................................3
4.2 Distância entre flanges.......................................................................................................3
4.3 Tipo de acionamento..........................................................................................................3
5 Requisitos gerais................................................................................................................4
5.1 Controle do processo de fabricação.................................................................................4
5.2 Materiais...............................................................................................................................4
5.2.1 Corpo, tampa, cunha, suporte e porca de fixação...........................................................4
5.2.2 Revestimento da cunha e elementos de vedação entre a bucha e a haste e o corpo
e a tampa..............................................................................................................................4
5.2.3 Haste.....................................................................................................................................4
5.2.4 Bucha da haste....................................................................................................................4
5.2.5 Porca de manobra...............................................................................................................4
5.2.6 Placa de identificação.........................................................................................................4
5.2.7 Materiais em contato com água potável...........................................................................5
5.3 Disposições construtivas...................................................................................................5
5.3.1 Corpo e tampa.....................................................................................................................5
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5.3.2 Haste e porca de manobra.................................................................................................6


5.3.3 Extremidades.......................................................................................................................6
5.3.4 Revestimento.......................................................................................................................8
5.3.5 Manobra...............................................................................................................................8
5.3.6 Estanqueidade entre a bucha e a haste............................................................................8
5.3.7 Passagem da válvula..........................................................................................................8
5.4 Marcação..............................................................................................................................8
5.5 Documento de compra.......................................................................................................9
5.6 Acondicionamento para expedição...................................................................................9
6 Requisitos específicos.......................................................................................................9
6.1 Dimensões e tolerâncias....................................................................................................9
6.1.1 Flanges...............................................................................................................................10
6.1.2 Face a face.........................................................................................................................10
6.1.3 Tolerâncias de desvio de paralelismo (t) entre faces de flanges.................................10
6.1.4 Acabamento superficial e revestimento......................................................................... 11
6.1.5 Diâmetro da haste.............................................................................................................14
6.1.6 Dimensões do volante e do cabeçote.............................................................................14
6.2 Características funcionais................................................................................................15
6.2.1 Características hidráulicas...............................................................................................16
6.2.2 Torque máximo de manobra............................................................................................16

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6.2.3 Torque de resistência.......................................................................................................17


6.3 Pressão de trabalho..........................................................................................................17
6.4 Velocidade máxima de fluxo............................................................................................18
6.5 Estanqueidade de corpo e sede......................................................................................18
7 Exames e métodos de ensaios........................................................................................18
7.1 Exames...............................................................................................................................18
7.1.1 Exame visual......................................................................................................................18
7.1.2 Exame dimensional...........................................................................................................19
7.1.3 Exame do revestimento....................................................................................................19
7.2 Ensaios hidrostáticos.......................................................................................................19
7.2.1 Ensaio de estanqueidade da válvula...............................................................................19
7.2.2 Ensaio de estanqueidade da sede...................................................................................19
7.3 Ensaios tipo.......................................................................................................................20
7.3.1 Resistência do corpo e da tampa....................................................................................21
7.3.2 Ensaio de resistência ao uso...........................................................................................21
7.3.3 Ensaios de ciclagem.........................................................................................................21
7.3.4 Ensaio de estanqueidade de juntas, para válvulas com extremidades em bolsas.......23
7.3.5 Ensaio de manutenção com a rede em carga para válvulas até
o diâmetro nominal DN 400 .............................................................................................24
7.3.6 Ensaio de verificação do efeito sobre água...................................................................24
7.4 Exames e ensaios durante a fabricação.........................................................................24
8 Verificação dos requisitos de qualidade do produto acabado.....................................26
8.1 Inspeção de recebimento.................................................................................................27
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8.1.1 Inspeção de recebimento em unidades fabris com controle de processo


de fabricação, de acordo com o anexo A........................................................................27
8.1.2 Inspeção de recebimento em unidades fabris sem controle de processo
de fabricação, de acordo com o Anexo A.......................................................................27
Anexo A (normativo) Controle do processo de fabricação..............................................................30
A.1 Verificação do controle do processo de fabricação......................................................30
A.2 Verificação dos requisitos da qualidade.........................................................................30
Anexo B (informativo) Análise e verificação do dimensionamento de válvulas-gaveta...............33
B.1 Geral...................................................................................................................................33
B.2 Verificação mecânica........................................................................................................33
B.3 Verificação de componentes da válvula-gaveta.............................................................33

Figuras
Figura 1 – Esquema de verificação da tolerância de paralelismo................................................. 11
Figura 2 – Resistência ao impacto...................................................................................................13
Figura 3 – Volante – Cotas de referência.........................................................................................15
Figura 4 – Cabeçote – Cotas de referência......................................................................................15
Figura 5 – Estanqueidade de juntas de válvulas com extremidades em bolsa...........................24

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Tabelas
Tabela 1 – Período do ensaio hidrostático ou do ensaio pneumático de corpo............................6
Tabela 2 – Dimensões e tolerâncias de face a face de válvulas flangeadas................................10
Tabela 3 – Tolerância de paralelismo (“t”) ...................................................................................... 11
Tabela 4 – Número de impactos........................................................................................................13
Tabela 5 – Diâmetros mínimos das hastes......................................................................................14
Tabela 6 – Dimensões de referência de cabeçote e volante..........................................................15
Tabela 7 – Torque máximo de manobra...........................................................................................16
Tabela 8 – Torque mínimo de resistência.........................................................................................17
Tabela 9 – Pressões admissíveis......................................................................................................18
Tabela 10 – Velocidade máxima do fluxo da água...........................................................................18
Tabela 11 – Períodos dos ensaios hidrostáticos de corpo e sede................................................19
Tabela 12 – Agrupamentos para realização de ensaios tipo..........................................................20
Tabela 13 – Vazões mínimas no ensaio de ciclagem hidrodinâmica.............................................22
Tabela 14 – Exames e ensaios durante a fabricação......................................................................25
Tabela 15 – Amostragem para exames visual, dimensional e do revestimento e dos ensaios
hidrostáticos e de estanqueidade do corpo e da sede..................................................28
Tabela 16 – Amostragem para ensaios de verificação da espessura do revestimento,
de resistência ao impacto, de resistência ao uso e da verificação do efeito sobre
a água.................................................................................................................................28
Tabela 17 – Amostragem para ensaios de ciclagem.......................................................................29
Tabela A.1 – Exames e ensaios durante a fabricação.....................................................................31
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 14968 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo de Válvulas de Ferro Fundido para Saneamento Básico
(CE-004:009.018). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07,
de 26.07.2022 a 24.08.2022.
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A ABNT NBR 14968:2022 cancela e substitui a ABNT NBR 14968:2003, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 14968 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the requirements for the manufacture, inspection and acceptance of gate
valves made of ductile iron with elastomer coated wedge for general purpose in blocking raw or treated
water flow in sanitation facilities.

This Standard applies to valves with elastic joint pockets of nominal diameters: ND 50, 75, 80, 100,
150, 200, 250, 300, 350 400, 450, 500 and 600 under a maximum pressure of 1,6 MPa.

This Standard applies to NP 10 and NP16 rated pressure valves, for flanged of nominal diameters:
ND 50, 75, 80, 100, 150, 200, 250, 300, 350 400, 450, 500, 600, 700, 800, 900 e 1 000.

This Standard applies to NP 25 rated pressure valves only for flanged end valves of nominal diameters:
DN 50, 75, 80, 100, 150, 200, 250, 300, 350 400, 450, 500 e 600.

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Válvula-gaveta de ferro dúctil com cunha revestida em elastômero ―


Requisitos

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para fabricação, inspeção e aceitação de válvulas-gaveta de ferro
dúctil, com cunha revestida de elastômero, para uso geral no bloqueio de fluxo de água bruta, tratada
ou potável em instalações de saneamento.

Esta Norma se aplica a válvulas com bolsas de junta elástica de diâmetros nominais: DN 50, 75, 80,
100, 150, 200, 250, 300, 350 400, 450, 500 e 600 sob pressão máxima de 1,6 MPa.

Esta Norma se aplica a válvulas de pressão nominal PN10 e PN 16, com extremidades flangeadas
de diâmetros nominais: DN 50, 75, 80, 100, 150, 200, 250, 300, 350 400, 450, 500, 600, 700, 800, 900
e 1 000.

Esta Norma se aplica a válvulas de pressão nominal PN 25, com extremidades flangeadas de diâmetros
nominais: DN 50, 75, 80, 100, 150, 200, 250, 300, 350 400, 450, 500 e 600.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 5601, Aços inoxidáveis – Classificação por composição química – Padronização

ABNT NBR 5647-1, Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC-U 6,3
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 1: Requisitos gerais para tubos e
metodos de ensaios

ABNT NBR 6916, Ferro fundido nodular ou ferro fundido com grafita esferoidal – Especificação

ABNT NBR 7665, Sistemas para transporte de água ou de esgoto sob pressão – Tubos de PVC-M
DEFOFO com junta elástica – Requisitos

ABNT NBR 7675, Tubos e conexões de ferro fundido dúctil e acessórios para sistema de adução
e distribuição de água – Especificação

ABNT NBR 7676, Elementos de vedação com base elastómérica termofixa para tubos, conexões,
equipamentos, componentes e acessórios para água, esgotos, drenagem e águas pluviais e água
quente – Requisitos

ABNT NBR 11003, Tintas – Determinação da aderência

ABNT NBR 15536, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 1: Tubos
e juntas para adução de água

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ABNT NBR 15561, Tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 para transporte de água e esgoto sob
pressão – Requisitos

ABNT NBR 15750, Tubulações de PVC-O (cloreto de polivinila não plastificado orientado) para
sistemas de transporte de água ou esgoto sob pressão – Requisitos e métodos de ensaios

ABNT NBR 15880, Conexões de ferro fundido dúctil para tubos de PVC 6,3 e polietileno PE – Requisitos

ABNT NBR 16172, Revestimentos anticorrosivos – Determinação de descontinuidades em revestimentos


anticorrosivos aplicados sobre substratos metálicos

ISO 1083, Spheroidal graphite cast iron – Classification

ISO 4016, Hexagon head bolts. Product grade C

ISO 4032, Hexagon regular nuts (style 1). Product grades A and B

ISO 5752, Metal valves for use in flanged pipe systems – face-to-face and centre-to-face dimensions

ISO 8502-3, Preparation of steel substrates before application of paints and related products – Tests
for the assessment of surface cleanliness – Part 3: Assessment of dust on steel surfaces prepared
for painting (pressure-sensitive tape method

EN ISO 898-1, Mechanical properties of fasteners made of carbon steel and alloy steel – Part 1: Bolts,
screws and studs with specified property classes – Coarse thread and fine pitch thread

EN ISO 898-2, Mechanical properties of fasteners made of carbon steel and alloy steel – Part 2: Nuts
with specified property classes – Coarse thread and fine pitch thread
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EN ISO 4014, Hexagon head bolt – Product grades A and B

EN 1074-1, Valves for water supply – Fitness for purpose requirements and appropriate verification
tests ̶ Part 1: General requirements

EN 14901, Ductile iron pipes, fittings and accessories – Requirements and test methods for organic
coatings of ductile iron fittings and accessories – Part 1: epoxy coating (heavy duty)

DIN 125, Plain washers – Normal series – Product grade A

DIN 522, Metal washers, Tolerances na limit desviatios for washers – Specification

DIN 1693, Cast ironwhit nodular Graphite – Unalloyed and low alloy grades

ASTM A 153, Standard specification for zinc coating (hot-dip) on iron and steel hardware

ASTM A 307, Standard Specification for Carbon Steel Bolts, Studs, and Threaded Rod 60 000 PSI
Tensile Strength

ASTM A 536, Standard Specification for Ductile Iron Castings

NSF/ANSI 61, Drinking Water System Components – Health Effects

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
cunha revestida em elastômero
tipo de cunha feita de uma peça metálica com um revestimento de elastômero

3.2
válvula-gaveta com cunha revestida em elastômero
válvula-gaveta para instalações hidráulicas de saneamento, destinada à utilização somente na posição
totalmente aberta ou totalmente fechada, constituída de um conjunto de corpo e tampa no interior do
qual uma cunha, ou gaveta, revestida com elastômero se desloca, acionada por uma haste ascendente
ou não ascendente, para fechar ou abrir totalmente a passagem da válvula

4 Classificação
Para os efeitos desta Norma, as válvulas-gaveta com cunha revestida em elastômero podem ser
classificadas quanto ao tipo de extremidades, com bolsas, distância entre faces e tipo de acionamento.

4.1 Tipo de extremidades


Quanto ao tipo de extremidades, as válvulas-gaveta com cunha revestida em elastômero classificam-se
em:

a) válvulas com bolsas de junta elástica para tubulações de ferro dúctil (aplicáveis também em
tubulações de PVC-M DEFOFO, PVC-O e PRFV);
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b) válvulas com bolsas para tubulações de PVC-U 6,3 com junta elástica;

c) válvulas com flanges.

4.2 Distância entre flanges


Quanto à distância entre as faces dos flanges, as válvulas-gaveta com cunha revestida em elastômero
classificam-se em:

a) corpo curto (série 14 de acordo com a ISO 5752);

b) corpo longo (série 15 de acordo com a ISO 5752).

NOTA Outras distancias entre faces são empregadas mediante acordo prévio entre comprador e fabricante.

4.3 Tipo de acionamento


Quanto ao tipo de acionamento, as válvulas-gaveta com cunha revestida em elastômero classificam-se
em:

a) válvulas com acionamento manual através de volante, cabeçote e com ou sem mecanismo de
redução;

b) válvulas com acionamento comandado através de sistemas eletromecânicos, hidráulicos ou


pneumáticos.

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5 Requisitos gerais
As válvulas-gaveta com cunha revestida em elastômero fabricadas de acordo com esta Norma devem
atender às condições estabelecidas em 5.1 a 5.6.

Válvulas-gaveta empregadas em instalações hidráulicas de saneamento não podem ser instaladas


como válvulas de controle e, assim, em condições normais de uso, devem ter suas cunhas totalmente
abertas ou totalmente fechadas.

5.1 Controle do processo de fabricação


O fabricante deve planejar, estabelecer, implementar e manter atualizado um controle de processo
de fabricação, conforme indicado no Anexo A, que envolva os fornecedores de matérias-primas e
componentes, capaz de assegurar que as válvulas produzidas estejam de acordo com os requisitos
desta Norma e satisfaçam as expectativas dos usuários finais.

Caso o fabricante não possua um controle de processo de fabricação conforme o Anexo A, a inspeção
de recebimento do produto acabado deve ser efetuada de acordo com 8.1.2.

5.2 Materiais
Os materiais empregados na fabricação dos componentes devem atender aos requisitos indicados
de 5.2.1 a 5.2.7

5.2.1 Corpo, tampa, cunha, suporte e porca de fixação

O ferro dúctil empregado para a fabricação do corpo, da tampa, do suporte e da porca de fixação deve
estar de acordo com a ABNT NBR 6916, tipos FE 42012 ou FE 50007, com a ISO 1083, tipos 400-15;
450-10 ou 500-07, com a ASTM A-536 Gr.65-45-12 ou com a DIN 1693 tipos GGG40 ou GGG50.
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5.2.2 Revestimento da cunha e elementos de vedação entre a bucha e a haste e o corpo e


a tampa

O revestimento da cunha e os elementos de vedação, entre a bucha e a haste e o corpo e a tampa,


devem ser fabricados em elastômero atóxico de acordo com a ABNT NBR 7676.

5.2.3 Haste

A haste deve ser fabricada de aço inoxidável Tipo 410, Tipo 420 ou Tipo 430F, conforme a
ABNT NBR 5601, constituída de peça única sem soldas ou emendas e com rosca trapezoidal fabricada
por pelo processo de laminação.

5.2.4 Bucha da haste

A bucha da haste deve ser fabricada em bronze ou latão, com um teor máximo de 5 % de chumbo.

5.2.5 Porca de manobra

A porca de manobra deve ser fabricada em bronze ou latão, com um teor máximo de 5 % de chumbo.

5.2.6 Placa de identificação

A placa de identificação deve ser de aço inoxidável, de alumínio, ou material polimérico e ser afixada
(colada) ao corpo da válvula de forma segura e protegida em todo contorno por moldura em alto-relevo.

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5.2.7 Materiais em contato com água potável

Quando utilizadas sob as condições para as quais foram projetadas, em contato permanente ou
temporário com água para o consumo humano, as válvulas de ferro dúctil com cunha revestidas com
elastômero, bem como seus respectivos revestimentos, juntas, componentes e os acessórios não
podem produzir efeitos prejudiciais às propriedades da água e devem atender aos requisitos
estabelecidos em legislação vigente.

5.3 Disposições construtivas

As válvulas-gaveta com cunha revestida em elastômero devem atender aos requisitos indicados
de 5.3.1 a 5.3.7.

5.3.1 Corpo e tampa

Os requisitos para o corpo e tampa estão estabelecidos de 5.3.1.1 a 5.3.1.4.

Os resultados dos ensaios de 5.3.1.1 a 5.3.1.3 devem constar dos relatórios de controle do processo
de fabricação.

5.3.1.1 Verificação da resistência hidrostática interna em função da espessura projetada

A espessura do corpo e da tampa deve ser projetada de tal forma que o conjunto suporte uma pressão
hidrostática interna equivalente a duas vezes a pressão nominal (2 x PN), cuja verificação deve ser
efetuada com o corpo e a tampa sem revestimento.

A verificação e validação do modelo de análise de um projeto de válvula gaveta, por elementos finitos,
incluindo o uso de nervuras para reforço estrutural e a distribuição das tensões, devem ser efetuadas
conforme estabelecido no Anexo B.
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5.3.1.2 Manutenção com a rede em carga

As válvulas com hastes não ascendentes de diâmetros nominais até DN 400, inclusive, devem ser
projetadas de modo a permitir a substituição dos elementos de vedação entre a bucha e a haste,
quando estiverem totalmente abertas e sob uma pressão de serviço de no mínimo 0,2 MPa até uma
pressão máxima equivalente à pressão nominal (PN), durante as operações de manutenção em carga.

5.3.1.3 Ensaio de estanqueidade do corpo e tampa sem revestimento

Antes da aplicação do revestimento, todos os corpos e as tampas devem ser submetidos a um ensaio
hidrostático de 2,4 MPa para os casos de válvulas de pressões nominais PN 10/16 e de 3,8 MPa
para as válvulas de pressão nominal PN 25 ou a um ensaio pneumático de 0,1 MPa para válvulas
de pressões nominais PN 10/16/25, como parte do processo de fabricação, sem que apresentem
vazamento durante os períodos de ensaios indicados na Tabela 1.

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Tabela 1 – Período do ensaio hidrostático ou do ensaio pneumático de corpo

Diâmetro nominal Duração mínima do ensaio (s)


DN Hidrostático Pneumático
DN 50 a DN 80 30 10
DN 100 a DN 150 60 20
DN 200 a DN 300 120 40
DN 350 a DN 400 240 60
DN 450 a DN 800 300 90
DN 900 e DN 1 000 360 120

5.3.1.4 Fixação da tampa ao corpo

A fixação da tampa ao corpo pode ser feita com ou sem a utilização de parafusos.

Caso não sejam utilizados parafusos, a vedação deve ser assegurada por um sistema de efeito
autoclave.

Quando empregados parafusos, esses devem ser do tipo Allen de aço inox AISI 304 ou, de aço inox
com maior resistência mecânica, sem porcas e embutidos na tampa e no corpo.

5.3.2 Haste e porca de manobra

A porca de manobra deve ter uma altura de no mínimo uma vez o diâmetro da haste correspondente.
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A haste pode ser ascendente, ou não ascendente, e deve ser construída de tal forma que suporte
o torque de resistência indicado na Tabela 4.

5.3.3 Extremidades

As extremidades podem ser com flanges ou com bolsas, conforme indicado, respectivamente, em
5.3.3.1 e 5.3.3.2.

5.3.3.1 Flanges

As extremidades flangeadas devem ser fabricadas de acordo com a ABNT NBR 7675 com as
dimensões correspondentes às classes de pressões nominais PN 10, PN 16 ou PN 25.

NOTA 1 Outros dimensionais de flanges são empregados mediante acordo prévio entre comprador e
fabricante.

NOTA 2 Para os casos em que sejam empregados flanges para pressões nominais iguais ou superiores
a PN 16, recomenda-se o emprego de arruelas de vedação em elastômero e com alma metálica.

As extremidades flangeadas devem ter acabamento superficial compatível com as condições de


assegurar a estanqueidade.

As arruelas de vedação em elastômero de face plana, quando fornecidas em conjunto com a


válvula-gaveta, devem ser confeccionadas de acordo com a ABNT NBR 7676.

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A quantidade de parafusos a serem fornecidos depende do número de furos dos flanges, devendo ser
fornecidas uma porca e duas arruelas para cada parafuso.

Os parafusos devem ser de aço com rosca em toda extensão, ter cabeça sextavada e, atender aos
requisitos estabelecidos na EN ISO 898-1 quanto às propriedades mecânicas e composição química.

A classe de resistência mecânica e composição química adotada é a classe 6.8 para os parafusos M16
a M20 e para os parafusos maiores que M20 a classe é 5.8.

As tolerâncias dimensionais e rugosidade devem atender os requisitos estabelecidos na EN ISO 4014


para os parafusos M16 até M20 grau A e B e na EN ISO 4016 para os parafusos maiores que M20
grau C.

As porcas devem ser de aço e atender aos requisitos estabelecidos na EN ISO 898-2 quanto às
propriedades mecânicas e composição química.

As tolerâncias dimensionais e rugosidade devem atender aos requisitos estabelecidos na


EN ISO 4032 grau B para todas as porcas, exceto às utilizadas nas porcas M16 que devem ter grau A.

A classe de resistência mecânica adotada é a 6 para as porcas utilizadas com parafusos M16 a M20
e a classe 5 para as porcas utilizadas com parafusos maiores que M20.

Os tipos de rosca devem seguir o padrão normal e grau de tolerância 6H.

As arruelas devem ser lisas e de aço e atender aos requisitos estabelecidos na DIN 125 Grau A, serie
métrica e tolerâncias dimensionais conforme norma DIN 522 para todas as arruelas.

A classe de dureza máxima de 200 HV é adotada para todas as arruelas.


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Os parafusos de cabeça sextavada, as porcas sextavadas e as arruelas para fixação de flanges,


fornecidos em conjunto com as válvulas-borboleta, devem ser de aço galvanizados a fogo conforme
ASTM A-153, classe C, ou de aço inox AISI A-304.

5.3.3.2 Bolsas

As extremidades com bolsas para tubos de ferro dúctil com junta elástica devem ser fabricadas
de acordo com a ABNT NBR 7675 (aplicáveis também para tubos de PVC-M DEFOFO com junta
elástica conforme a ABNT NBR 7665, PVC-O conforme a ABNT NBR 15750 e PRFV conforme a
ABNT NBR 15536).

As extremidades com bolsas, para tubos de PVC-U 6,3 com junta elástica conforme a
ABNT NBR 5647-1 ou com bolsas para tubos de polietileno conforme a ABNT NBR 15561, devem
estar de acordo com a ABNT NBR 15880 (anel com perfil labial).

Todas as válvulas com bolsas devem ser fornecidas com os respectivos anéis de vedação em
elastômero fabricados de acordo com a ABNT NBR 7676.

As válvulas com extremidades em bolsas devem permanecer estanques, sob as condições para as
quais foram projetadas, de acordo com a pressão nominal correspondente e serem ensaiadas de
acordo com o indicado na Seção 7.

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5.3.4 Revestimento

Todos os componentes de ferro dúctil devem ser revestidos interna e externamente com epóxi de cor
azul e de acordo com 6.1.4.

O revestimento deve apresentar polimerização completa e ser resistente aos impactos inerentes
ao transporte, manuseio, instalação e operação da válvula.

O revestimento deve ainda proporcionar uma proteção contra a corrosão mesmo quando a válvula
for instalada de forma enterrada.

Quando utilizadas sob as condições para as quais foram projetadas, em contato permanente ou
temporário com água para consumo humano, as válvulas, as suas juntas e acessórios devem atender
aos requisitos da legislação em vigor.

O revestimento deve ser compatível com o uso em água potável e atender às regulamentações
específicas. O fabricante da válvula deve possuir os certificados dos fabricantes do revestimento epóxi
que este é adequado para aplicações em contato com água potável.

5.3.5 Manobra

O fechamento da válvula deve ocorrer quando a haste for girada no sentido horário.

O fabricante deve indicar em sua documentação o número de voltas que devem ser efetuadas para
seu fechamento ou abertura.

5.3.6 Estanqueidade entre a bucha e a haste

A estanqueidade entre a bucha e a haste deve ser assegurada por no mínimo dois anéis toroidais.
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5.3.7 Passagem da válvula

As válvulas devem apresentar passagem plena, quando totalmente abertas.

5.4 Marcação

As marcações empregadas devem atender ao indicado em 5.4.1 e 5.4.2, conforme o caso.

5.4.1 As válvulas devem trazer no corpo e na tampa as seguintes marcas de identificação, em


alto-relevo:

a) diâmetro nominal (DN);

b) pressão nominal – PN 10, PN 16 ou PN 25, conforme o caso;

c) identificação do ferro dúctil – FD ou GGG40 ou GJS ou FE 42012, conforme o caso;

d) nome ou marca de identificação do fabricante e a marca de identificação da usina de fundição,


quando for o caso;

e) simbologia do ano de fabricação (dois últimos algarismos); e

f) código de rastreabilidade que permita identificar a data e respectivo lote de fabricação.

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Outras referências devem ser indicadas em placa de identificação (conforme 5.2.6), como, por exemplo,
o número desta Norma, a pressão nominal dos flanges etc.

5.4.2 O revestimento em elastômero deve apresentar as seguintes marcas de identificação em


alto-relevo:

a) nome ou marca de identificação do fabricante e a marca de identificação do fabricante do


elastômero, quando for o caso;

b) data ou período de fabricação; e

c) tipo do elastômero.

5.5 Documento de compra


O documento de compra deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) número desta Norma;

b) série da válvula: série 14 ou série 15, corpo curto ou longo, respectivamente, conforme 6.1.2;

c) diâmetro nominal (DN);

d) furação do flange: PN 10/16, ou PN 10, ou PN 16 ou PN 25;

e) tipo de extremidade: flanges (conforme 5.3.3.1) ou bolsas conforme 5.3.3.2;

f) tipo de acionamento (volante, cabeçote etc.);

g) dados sobre condições de uso (fluido, temperatura, abrasão, agressividade química etc.);
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h) outras especificações (circuito de alívio de pressão, dreno, indicador de abertura etc.);

i) indicação ou não de inspeção de recebimento, em fábrica por parte do comprador; e

j) quando solicitada inspeção de recebimento, indicar quais exames e ensaios previstos em 7.1, 7.2
e 7.3 devem ser realizados. Quando não indicados, devem ser realizados os exames e ensaios
previstos em 8.1.1 ou 8.1.2, conforme o caso.

5.6 Acondicionamento para expedição


Para a embalagem e expedição das válvulas, as cunhas devem estar em posição aberta e as
extremidades devem estar protegidas contra choques e entrada de corpos estranhos, com um
dispositivo facilmente removível.

6 Requisitos específicos
As válvulas-gaveta com cunhas revestidas com elastômero devem atender aos requisitos específicos
estabelecidos de 6.1 a 6.5.

6.1 Dimensões e tolerâncias

As dimensões e tolerâncias estão indicadas de 6.1.1 a 6.1.6.

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6.1.1 Flanges

As dimensões dos flanges devem estar de acordo com a ABNT NBR 7675.

6.1.2 Face a face

As dimensões e as tolerâncias das distâncias de face a face das válvulas flangeadas devem estar
de acordo com o indicado na Tabela 2.

Tabela 2 – Dimensões e tolerâncias de face a face de válvulas flangeadas


Diâmetro nominal Série 14 Série 15
DN mm mm
50 150 ±2 250 ±2
75 180 ±2 275 ±2
80 180 ±2 280 ±2
100 190 ±2 300 ±2
150 210 ±2 350 ±2
200 230 ±2 400 ±2
250 250 ±2 450 ±2
300 270 ±3 500 ±3
350 290 ±3 550 ±3
400 310 ±3 600 ±3
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450 330 ±3 650 ±3


500 350 ±3 700 ±3
600 390 ±4 800 ±4
700 430 ±4 900 ±4
800 470 ±4 1 000 ±4
900 510 ±5 1 100 ±5
1 000 550 ±5 1 200 ±5

6.1.3 Tolerâncias de desvio de paralelismo (t) entre faces de flanges

Os desvios de paralelismo devem estar de acordo com as tolerâncias definidas na Tabela 3.

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Figura 1 – Esquema de verificação da tolerância de paralelismo

Tabela 3 – Tolerância de paralelismo (“t”)


Diâmetro nominal Tolerância de paralelismo (t)
DN mm
50 a 250 0,4
300 a 400 0,6
450 e 500 1,0
600 a 800 1,6
900 e 1 000 2,4
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NOTA Essas tolerâncias são válidas apenas para as faces usinadas dos flanges.

6.1.4 Acabamento superficial e revestimento

Peças fundidas devem ser isentas de porosidades, cavidades produzidas por gases, bolhas, depressões,
rebarbas, juntas frias ou trincas, inclusões de areia, inclusões de escórias e escamas de oxidação.

As superfícies usinadas devem apresentar acabamento uniforme e isento de arranhões, cortes,


mossas, rebarbas e cantos vivos.

As falhas em alto-relevo devem ser reparadas por usinagem com materiais abrasivos tais como rebolo
ou lixa.

As falhas em baixo-relevo podem ser reparadas pelo processo de esmerilhagem ou soldagem sendo
que a solda deve ser executada sobre o metal sólido e isento de incrustações e, desde que o processo,
procedimento de soldagem e o soldador sejam devidamente qualificados de acordo com as normas
vigentes.

No caso de reparo por soldagem, o fabricante deve demonstrar ao cliente ou seu representante que:

— possui manual de recuperação por solda;

— o material utilizado (eletrodo ou arame de solda) é o especificado no seu controle de processo;

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— essas falhas não estão localizadas em regiões operacionais, como as regiões de vedação, ou
regiões que possam comprometer a resistência mecânica das válvulas;

— falhas provocadas por trincas não são consideradas recuperáveis.

Os parâmetros indicados em 6.1.4.1, 6.1.4.2, 6.1.4.3, 6.1.4.4 e 6.1.4.5 devem ser verificados de acordo
com o indicado na Tabela 14.

A preparação de superfície deve ser feita através de jateamento, com granalha angular, com objetivo
de obter um perfil superficial de ancoragem com no minimo 30 µm conforme SSPC-SP10, padrão
SA 2 ½ da SIS 0055900.

Após o jateamento, a superfície do substrato deve ser limpa com jato de ar para eliminar a presença
de pó ou de granalhas.

A qualidade do jateamento e a quantidade de pó residual devem ser verificadas pelo método de fita
adesiva transparente sensível à pressão de acordo com a ISO 8502-3.

As peças podem ser revestidas em um intervalo máximo de 8 h após o jateamento e, caso a umidade
relativa do ar seja maior que 85 %, esse intervalo deve ser de até 4 h.

Durante este processo, as peças devem ser manuseadas somente com luvas.

6.1.4.1 Espessura do revestimento

O revestimento das válvulas deve ter uma espessura de no mínimo 250 µm.

NOTA Em pontos específicos como inscrições, cantos vivos, nervuras etc, admite-se uma espessura
mínima de 200 µm e, nesses locais, admite-se uma espessura mínima pontual de 150 µm, conforme a
EN 14901-1.
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A verificação da espessura deve ser feita através do processo de ultrassom interna e externamente.

6.1.4.2 Polimerização

A verificação da polimerização do revestimento interno e externo deve ser feita através da aplicação
de duas gotas do solvente MIC (metil-isobutil-cetona) ou MEC (metil-etil-cetona), sobre a superfície
do filme, evitando-se o escorrimento.

Após o período de 5 s da aplicação do solvente, pressionar manualmente um chumaço de algodão


seco sobre o local.

Ao se retirar o chumaço de algodão, este não pode apresentar coloração.

NOTA Recomenda-se que este ensaio seja executado após um período de 24 h da aplicação do
revestimento.

6.1.4.3 Resistência do revestimento ao impacto

O ensaio de resistência ao impacto deve ser realizado após o resfriamento natural e completo das
peças até a temperatura ambiente.

O revestimento das peças não pode apresentar descolamentos, fissuras ou cisalhamento, quando
submetido a um impacto de 5 J, provocado por um percussor de aço com uma ponta semi-esférica
de (24,0 ± 0,1) mm de diâmetro, utilizando-se um dispositivo conforme indicado na Figura 2.

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Deve-se realizar o ensaio de tal modo que o percussor caia normal à superfície ensaiada e com
apenas um golpe de impacto, sem repique.

As áreas, onde devem ser aplicados os impactos, devem estar pelo menos 10 mm distantes das
bordas e respeitar uma distância de, no mínimo, 30 mm entre os pontos de cada impacto.

O ensaio não pode ser realizado em superfícies que tenham sido usinadas ou que sejam acentuadamente
curvas (que apresentem um raio menor que 40 mm).

Em função de cada diâmetro nominal, deve ser aplicado um número de impactos conforme indicado na
Tabela 4, em pontos distintos, após o que, não pode apresentar descolamento, fissura ou cisalhamento.

Tabela 4 – Número de impactos


No corpo Na tampa
Diâmetro nominal
DN Interno
Externo Externo Interno
(assento)
50 2 0 1 0
80 e 100 2 1 1 0
150 a 400 3 1 2 2
≥ 500 4 2 4 2

Após a realização deste ensaio, deve ser verificada a integridade das superfícies com vassoura
elétrica (holiday detector).
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24 mm

Massa = 05 kg
129 mm

30 mm
1140 mm
1000 mm

Área de impacto Área de impacto

Válvula Válvula

Nota: Impacto de 5 joules

Figura 2 – Resistência ao impacto

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6.1.4.4 Vassoura elétrica (holiday detector)

O revestimento não pode apresentar descontinuidades.

Para a verificação da qualidade do revestimento, deve-se aplicar o estabelecido na ABNT NBR 16172.

6.1.4.5 Ensaio de aderência do revestimento

O ensaio deve ser efetuado pelo método A (corte em X) de acordo com a ABNT NBR 11003 após
decorrido o tempo mínimo de secagem da pintura e, sempre que possível, deve ser realizado em
corpos de prova (réplicas) representativos da superfície revestida.

O ensaio deve ser realizado à temperatura ambiente de (23 ± 2) °C e umidade de (65 ± 5) %

6.1.5 Diâmetro da haste

O diâmetro mínimo da haste na parte cilíndrica lisa deve ser conforme o indicado na Tabela 5.

Tabela 5 – Diâmetros mínimos das hastes


Diâmetro nominal Diâmetro mínimo
DN (mm)
50 17,0
75 17,0
80 17,0
100 21,0
150 21,0
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200 27,0
250 27,0
300 27,0
350 30,0
400 36,0
450 55,0
500 55,0
600 55,0
700 60,0
800 60,0
900 60,0
1 000 60,0

6.1.6 Dimensões do volante e do cabeçote

As dimensões dos volantes, ilustrados na Figura 3, e dos cabeçotes ilustrados, na Figura 4, devem
estar de acordo com o indicado na Tabela 6.

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Figura 3 – Volante – Cotas de referência


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Figura 4 – Cabeçote – Cotas de referência

Tabela 6 – Dimensões de referência de cabeçote e volante


Dimensões em milímetro
Diâmetro da haste E F G
De 17 até 21 12,0 ±0,3 14,0 ±0,3 23,0 ±0,5
Acima de 21 até 27 14,0 ±0,3 17,0 ±0,3 28,5 ±0,5
Acima de 27 até 30 17,0 ±0,3 20,0 ±0,3 32,5 ±0,5
Acima de 30 até 36 32,0 ±0,4 37,8 ±0,4 52,0 ±1,0
Acima de 36 até 55 36,8 ±0,4 41,8 ±0,4 56,0 ±1,0
Acima de 55 45,0 ±1,0 52,0 ±1,0 70,0 ±1,0

6.2 Características funcionais

As características funcionais das válvulas estão estabelecidas de 6.2.1 a 6.2.3.

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6.2.1 Características hidráulicas

Para cada um dos modelos de válvulas e para cada DN considerado, o fabricante deve indicar em sua
documentação as suas características funcionais:

— a taxa de vazamento zero, quando o obturador estiver fechado;

— o coeficiente de vazão, com a válvula totalmente aberta (Kv);

— a curva da perda de carga ∆P.

6.2.2 Torque máximo de manobra

O torque de manobra na haste da válvula, sem redutor, pode no máximo atingir os valores indicados
na Tabela 7, estando a válvula na posição fechada e sob pressão diferencial igual à pressão máxima
de trabalho.

O diâmetro externo do volante deve ser dimensionado, pelo fabricante, de forma a possibilitar a
manobra, com uma força máxima, a ser aplicada pelo operador, estando à válvula na posição fechada
e sob pressão diferencial igual à pressão máxima de trabalho.

Tabela 7 – Torque máximo de manobra


Diâmetro nominal Torque máximo de manobra
DN (N.m)
50 60
75 75
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80 75
100 100
150 150
200 200
250 250
300 300
350 350
400 400
450 450
500 500
600 600
700 700
800 800
900 900
1 000 1 000

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6.2.3 Torque de resistência

A válvula deve ser projetada para suportar o torque mínimo de resistência indicado na Tabela 8,
aplicado na sua haste, sem emprego de redutor.

Nos casos de válvulas com diâmetros nominais até o DN 300, os torques mínimos de resistência
devem ser iguais a três vezes os seus torques máximos de manobras, conforme estabelecido em 6.2.2
e na Tabela 7; para as válvulas com diâmetros nominais maiores do que o DN 300 os torques mínimos
de resistência devem ser iguais a duas vezes os torques máximos de manobra, conforme estabelecido
em 6.2.2 e na Tabela 7.

Tabela 8 – Torque mínimo de resistência


Diâmetro nominal Torque mínimo
DN (N.m)
50 180
75 225
80 225
100 300
150 450
200 600
250 750
300 900
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350 700
400 800
450 900
500 1 000
600 1 200
700 1 400
800 1 600
900 1 800
1 000 2 000

6.3 Pressão de trabalho

As válvulas fabricadas de acordo com esta Norma, que são designadas pela pressão nominal (PN),
devem ser projetadas de tal forma que as suas pressões características admissíveis (PSA, PMA
e PTA) atendam ao indicado na Tabela 9, para a pressão nominal (PN) correspondente e sob uma
temperatura de no máximo 50 °C.

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Tabela 9 – Pressões admissíveis


Pressão nominal PSA a PMA a PTA b
PN MPa MPa MPa
10 1,0 1,2 1,7
16 1,6 2,0 2,5
25 2,5 3,0 3,5
a As válvulas podem operar totalmente abertas ou fechadas nas pressões PSA ou PMA.
b Aplica-se PTA somente quando as válvulas não estiverem na posição fechada.

6.4 Velocidade máxima de fluxo

As válvulas com cunhas revestidas com elastômero devem ser projetadas para suportarem velocidades
de fluxo de água que possam atingir os valores máximos indicados na Tabela 10, em regime constante
conforme indicado na EN 1074-1.

Tabela 10 – Velocidade máxima do fluxo da água


Pressão de serviço admissível Velocidade máxima
(PSA) de fluxo
MPa m/s
1,0 3,0
1,6 4,0
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2,5 5,0

6.5 Estanqueidade de corpo e sede

As válvulas com cunhas revestidas em elastômero devem suportar os ensaios de estanqueidade


do corpo e da sede descritos em 7.2.

7 Exames e métodos de ensaios


Para a avaliação da qualidade dos produtos acabados, deve ser verificado se as válvulas atendem
a todos os requisitos indicados nas Seções 5 e 6, ao serem examinadas e ensaiadas de acordo com
o indicado de 7.1 a 7.3, após o que, deve ser desmontada pelo menos uma válvula de cada diâmetro
nominal (DN) de cada lote, conforme estabelecido em 7.3.2.

7.1 Exames

Durante a fabricação e/ou qualificação das válvulas-gaveta, fabricadas de acordo com esta Norma,
devem ser efetuados os exames indicados de 7.1.1 a 7.1.3.

7.1.1 Exame visual

As válvulas devem ser examinadas visualmente de acordo com os requisitos indicados na Seção 4
e em 5.3.1.4, 5.3.4, 5.3.5, 5.3.7, 5.4 e 6.1.4.

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7.1.2 Exame dimensional

As válvulas devem ser examinadas dimensionalmente de acordo com os requisitos indicados em 6.1.

7.1.3 Exame do revestimento

O revestimento deve ser examinado de acordo com os requisitos indicados em 6.1.4.1 a 6.1.4.4.

7.2 Ensaios hidrostáticos


Todos os lotes de válvulas revestidas conforme 5.3.4, aprovados nos exames visual e dimensional
devem ser submetidos ao ensaio hidrostático pelo fabricante conforme 5.3.1.3, 7.2.1 e 7.2.2 e de
acordo com o estabelecido no seu processo de fabricação.

A pressão de ensaio hidrostático deve ser aumentada gradativamente, após a eliminação total do ar
contido nas partes internas da válvula.

Os períodos para a realização dos ensaios hidrostáticos do corpo e da sede das válvulas devem ser
de acordo com a Tabela 11.

Tabela 11 – Períodos dos ensaios hidrostáticos de corpo e sede


Diâmetro nominal Duração mínima do ensaio
DN (s)
50 a 80 30
100 a 150 60
200 a 300 120
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350 e 400 240


450 a 800 300
900 e 1 000 360

7.2.1 Ensaio de estanqueidade da válvula

O ensaio de estanqueidade das válvulas deve ser efetuado com as suas extremidades fechadas e
a cunha na posição totalmente aberta, aplicando-se uma pressão hidrostática de 2,4 MPa em válvulas
para pressões nominais PN 10/16 e de 3,8 MPa em válvulas para pressão nominal PN 25.

Recomenda-se que sejam dadas pelo menos duas voltas na haste, no sentido do fechamento, enquanto
a válvula estiver pressurizada.

Durante este ensaio não são admitidos vazamentos ou exsudações.

7.2.2 Ensaio de estanqueidade da sede

Com as válvulas totalmente fechadas e, portanto, com uma de suas extremidades não sujeita à
pressão de ensaio, aberta para a atmosfera, deve ser aplicada uma pressão hidrostática diferencial
de 1,8 MPa em válvulas para pressão nominal PN 10/16 e de 2,75 MPa para a pressão nominal PN 25,
após os períodos de ensaio estabelecidos na Tabela 11, efetuar o mesmo procedimento com o outro
lado da sede, ou seja, com a válvula presa por apenas uma das extremidades e a outra extremidade
aberta para a atmosfera.

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O torque de fechamento, aplicado diretamente na haste da válvula, capaz de garantir a estanqueidade,


deve no máximo atingir os valores estabelecidos na Tabela 7.

Não se admite vazamento na sede durante a realização deste ensaio.

Durante a execução deste ensaios, deve ser empregado um torquímetro ou outro instrumento
calibrado, para a verificação dos torques de abertura e de fechamento, conforme o caso.

7.3 Ensaios tipo

Os ensaios tipo, estabelecidos em 7.3.1 a 7.3.3, devem ser realizados durante a qualificação das
válvulas e realizados novamente sempre que for efetuada uma modificação na concepção ou projeto
da válvula.

Os ensaios tipo deve ser realizados em corpos de prova de pelo menos um diâmetro nominal (DN)
de cada um dos agrupamentos indicados na Tabela 12.

Tabela 12 – Agrupamentos para realização de ensaios tipo


Agrupamentos de diâmetros nominais
50 a 250 300 a 600 700 a 1 000
(DN)
DN preferencial de cada grupamento 200 400 800

Uma válvula com cunha revestida com elastômero, de um determinado diâmetro nominal (DN), é
representativa para um agrupamento, quando o seu desempenho apresentar os mesmos parâmetros
de projeto e os seus componentes forem de mesmos tipos e fabricados com os mesmos materiais
dos demais diâmetros a nominais.
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Um diâmetro nominal DN é representativo para um agrupamento, quando o desempenho dos demais


diâmetros nominais basear-se nos mesmos parâmetros de projeto da junta.

Se um agrupamento englobar juntas de projetos distintos e/ou manufaturas por processos diferentes,
deve-se subdividir o agrupamento, tantas vezes quantas forem necessárias.

NOTA Se para um fabricante, existir somente um diâmetro nominal DN em um agrupamento, esse DN


pode ser considerado como parte do agrupamento adjacente, desde que tenha projeto de junta idêntico e
manufaturado pelo mesmo processo.

Os ensaios tipos devem ser realizados com a folga máxima radial entre os componentes a serem
unidos (diâmetro externo mínimo da ponta do tubo e o diâmetro interno máximo da bolsa e de acordo
com as tolerâncias correspondentes) e de acordo com o projeto da junta.

Para realização dos ensaios tipos, a folga máxima deve ser igual à folga radial máxima, com uma
tolerância de mais 0 % e menos 5 %. Para tanto, o diâmetro interno da bolsa pode ser usinado, mesmo
que desta forma resulte em um diâmetro ligeiramente diferente em relação à tolerância normal de
fabricação

Os ensaios tipo são os seguintes:

a) ensaio de resistência do corpo e da tampa;

b) ensaio de resistência ao uso;

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c) ensaio de ciclagem hidrodinâmica ou ciclagem hidrostática, conforme o caso;

d) ensaios de estanqueidade de junta, para válvulas com extremidades em bolsa;

e) ensaio de manutenção com a rede em carga para válvulas até DN 400; e

f) ensaio de verificação do efeito sobre a água.

Se o projeto da junta foi testado e documentado pelo fabricante outros produtos, como por exemplo,
tubos e conexões e, estes produtos foram aplicados de forma bem sucedida durante pelo menos
dez anos, a realização dos ensaios tipo, descritos em 7.3, será necessária somente quando houver
mudança significativa no projeto da junta, que possa afetar de modo adverso o desempenho dos anéis
de vedação.

7.3.1 Resistência do corpo e da tampa

Válvulas-gaveta com cunhas revestidas em elastômero devem ser projetadas para suportarem a
pressão de ensaio hidrostático estabelecido em 5.3.1.3.

7.3.2 Ensaio de resistência ao uso

Válvulas-gaveta com cunhas revestidas em elastômero devem ser projetadas para suportarem
os torques de manobra indicados na Tabela 7, que devem ser aplicados sobre as suas hastes, sem
a utilização de redutores.

Todas as válvulas, a serem ensaiadas, devem ser montadas de tal maneira que possa ser aplicada,
nas suas cunhas, uma pressão hidrostática interna de 1,6 MPa para os casos de válvulas de pressões
nominais PN 10/16 e de 2,5 MPa para as válvulas de pressão nominal PN 25.
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Com a cunha em posição totalmente fechada, deve ser efetuado um primeiro ensaio aplicando-se, de
forma progressiva sobre a haste da válvula, o torque de resistência mínimo indicado na Tabela 8, afim
de se verificar a resistência de seus componentes.

— com a cunha em posição totalmente aberta deve ser efetuado um novo ensaio, sem qualquer
pressão hidrostática interna, aplicando-se o mesmo torque;

— após a execução do ensaio de resistência ao uso, a válvula deve ser submetida novamente
aos ensaios hidrostáticos de corpo e sede, conforme 7.2;

— caso a válvula apresente conformidade nos ensaios hidrostáticos, a mesma deve ser desmontada
para verificação de ocorrência de danos estruturais, não sendo admitida nenhuma deformação
permanente na válvula (corpo, parafusos, haste, porca de manobra, cunha e junta corpo/tampa).

7.3.3 Ensaios de ciclagem

Estes ensaios tem por objetivo demonstrar a capacidade das válvulas para suportarem um número
representativo de operações, que simulem o período completo de vida útil.

Tal capacidade deve ser demonstrada por ensaios cíclicos, em válvulas de cada diâmetro nominal.

As válvulas-gaveta devem ser instaladas em dispositivos que possam simular o seu futuro funcionamento.

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7.3.3.1 Ensaio de ciclagem hidrodinâmica

Este ensaio se aplica às válvulas com diâmetros nominais até o DN 400.

Este ensaio deve ser realizado com as válvulas abertas e com a água escoando através destas,
sob uma pressão equivalente a no mínimo 80 % da correspondente pressão de trabalho e, sob uma
temperatura máxima de 50 °C, com as vazões mínimas de acordo com o indicado na Tabela 13.

Tabela 13 – Vazões mínimas no ensaio de ciclagem hidrodinâmica


Diâmetro nominal Vazão mínima
DN (l/s)
50 2,0
75 2,9
80 3,3
100 5,0
150 11,5
200 20,4
250 21,4
300 22,4
350 23,4
400 23,4
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Devem ser realizados 300 ciclos completos (de abertura e fechamento da válvula).

A válvula, na posição fechada, deve suportar uma pressão diferencial, na cunha, igual à pressão
de trabalho.

Os torques de manobras devem ser limitados aos valores indicados na Tabela 7.

Durante a realização do ensaio, não são admitidos vazamentos ou exsudações, rupturas de peças ou
qualquer outro defeito que possa comprometer o desempenho da válvula.

O ensaio hidrodinâmico deve ser interrompido após a conclusão dos 300 ciclos completos de abertura
e de fechamento.

Após a conclusão do ensaio hidrodinâmico, a válvula deve ser submetida ao ensaio de estanqueidade
de sede conforme 7.2.2.

7.3.3.2 Ensaio de ciclagem hidrostática

Este ensaio se aplica às válvulas com diâmetros nominais maiores que o DN 400.

Devem ser realizados 300 ciclos completos de abertura e fechamento total do obturador (cunha) em
um único sentido de fluxo.

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A válvula, com a cunha fechada, deve suportar uma pressão diferencial igual à da pressão de trabalho.

Os torques de manobra para a abertura e fechamento devem ser limitados aos valores indicados na
Tabela 7.

Durante a realização do ensaio, não são admitidos vazamentos ou exsudações, rupturas de peças
ou qualquer outro defeito que possa comprometer o desempenho da válvula.

Após a conclusão do ensaio de ciclagem hidrostática, a válvula ensaiada deve ser submetida ao
ensaio de estanqueidade de sede conforme 7.2.2.

7.3.4 Ensaio de estanqueidade de juntas, para válvulas com extremidades em bolsas

O fabricante de válvulas deve realizar este ensaio em pelo menos um corpo de prova por diâmetro
nominal (DN) e de tal forma que a junta acoplada compreenda dois segmentos de tubos com, no
mínimo, 1 m de comprimento cada, conforme a Figura 5.

O equipamento de ensaio deve ser capaz de fornecer reações laterais e ser dotado dos dispositivos
necessários para a realização do ensaio com o conjunto alinhado, ou submetido a um desvio angular,
ou submetido a um esforço de cisalhamento.

O equipamento de ensaio deve ser dotado de um manômetro compatível com as pressões de ensaio
e com uma classe de exatidão de ± 3 %.

A força W deve ser aplicada à extremidade em ponta do tubo, conforme indicado na Figura 5, por
meio de um bloco em forma de V, com um ângulo de 120°, localizado a uma distância aproximada de
0,5 × DN, em milímetro, ou de 200 mm da face da bolsa (o que for maior), sendo que a válvula deve
estar apoiada em um suporte plano.
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A força W deve ser tal que a carga de cisalhamento (F) resultante na junta seja igual ou maior do que
30 × DN, expressa em Newton.

A pressão a ser aplicada, durante o ensaio, não pode ser menor do que 0,2 MPa

O cálculo da força W obedece a seguinte expressão:

F ⋅ c − M (c − b )
W =
c −a

onde

W é a força aplicada à extremidade com ponta, conforme indicado na Figura 5, expressa em


Newton;

F é a carga de cisalhamento resultante na junta, expressa em Newton;

R é a reação do suporte à carga de cisalhamento, (R = F), expressa em Newton;

M é a massa do conjunto mais a massa líquida, expressa em Newton.

NOTA As distâncias a, b e c são as indicadas para a montagem do conjunto utilizado no ensaio, conforme
indicado na Figura 5.

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Figura 5 – Estanqueidade de juntas de válvulas com extremidades em bolsa

O corpo de prova (conjunto) deve ser preenchido com água, até que o ar contido no seu interior seja
completamente expurgado.

A válvula deve ser mantida totalmente aberta e, a pressão hidrostática interna deve ser aumentada
gradativamente, até que seja atingida a pressão de ensaio indicada em 7.2.1

A velocidade de acréscimo da pressão hidrostática interna deve ser inferior a 0,1 MPa/s.

Após a pressão hidrostática interna ter sido atingida, esta deve ser mantida constante, com uma
tolerância de ± 0,05 MPa, durante um período de no mínimo 2 h, sendo que, durante tal período, deve
ser verificado se houve decréscimo de pressão ou ocorrência de vazamentos.

7.3.5 Ensaio de manutenção com a rede em carga para válvulas até o diâmetro nominal
DN 400
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Neste ensaio, deve ser demonstrada a possibilidade da substituição dos elementos de vedação
da haste de válvulas com diâmetros nominais até o DN 400, com a rede em carga, sob uma pressão
de, no mínimo, 0,2 MPa até uma pressão máxima equivalente à respectiva pressão nominal (PN).

7.3.6 Ensaio de verificação do efeito sobre água

Quando utilizadas sob as condições para as quais foram projetadas, quer seja em contato permanente
ou temporário com a água para o consumo humano, as válvulas com cunhas revestidas com elastômero
e as suas juntas de vedação não podem produzir quaisquer efeitos prejudiciais às propriedades da
água e devem atender às recomendações e exigências de Normas e legislação vigente.

Cada uma das amostras de água, que deve ser retirada de um conjunto completo de válvula, de
acordo com um diâmetro nominal (DN) indicado na Tabela 14, deve ser submetida ao ensaio de
efeito sobre a água (verificação da potabilidade) e apresentar um resultado em conformidade com
os requisitos indicados na NSF/ANSI 61 .

Quando o fabricante produzir válvulas com projetos distintos, que apresentem componentes com tipos
e/ou materiais diferentes, que variam em função dos diâmetros nominais (DN), a amostragem deve ser
tal que possam ser efetuados os ensaios em quantidade que compreenda cada um desses projetos.

7.4 Exames e ensaios durante a fabricação

Os exames e ensaios durante a fabricação devem ser efetuados pelo fabricante conforme indicado na
Tabela 14 e no Anexo A.

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Tabela 14 – Exames e ensaios durante a fabricação (continua)


Item Exame/Ensaio Amostragem Periodicidade Métodologia
Análise da
100 % do lote
Exame visual Permanente uniformidade
de fabricação
das superfícies
Estanqueidade
100 % do lote
Fundido do corpo sem Permanente 5.3.1.3
de fabricação
revestimento
Dimensões do flange três válvulas Permanente 6.1
Dimensões do corpo
três válvulas Permanente 6.1
e paralelismo
4, 5.3.1.4, 5.3.4,
100 % do lote
Exame visual Permanente 5.3.5, 5.3.7, 5.4
de fabricação
e 6.1.4
Espessura da
Cada lote
camada de duas válvulas 6.1.4.1
de fabricação
revestimento
Revestimento Cada lote
do corpo e Polimerização duas válvulas 6.1.4.2
de fabricação
tampa
Resistência Cada lote
duas válvulas 6.1.4.3
ao impacto de fabricação
Vassoura Elétrica Cada lote
duas válvulas 6.1.4.4
(holiday detector) de fabricação
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Cada lote
Ensaio de aderência duas válvulas 6.1.4.5
de fabricação
Ensaios 100 % do lote
Corpo e sede Permanente 7.2
hidrostáticos de fabricação

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Tabela 14 (conclusão)
Item Exame/Ensaio Amostragem Periodicidade Métodologia

Resistência do corpo Na validação ou 7.3.1


e tampa a cada alteração
uma válvula por DN
do projeto ou do
representativo
processo
Resistência ao uso de fabricação 7.3.2

Na validação ou
a cada alteração
Ciclagem uma válvula por DN
do projeto ou do 7.3.3
hidrodinâmica representativo
processo
de fabricação
Na validação ou
a cada alteração
uma válvula por DN
Ciclagem hidrostática do projeto ou do 7.3.3
representativo
processo
de fabricação
Ensaios tipo Na validação ou
Estanqueidade da a cada alteração
junta de válvulas com uma válvula por DN do projeto ou do 7.3.4
bolsa processo
de fabricação
Na validação ou
Manutenção com a
a cada alteração
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rede em carga em uma válvula por DN


do projeto ou do 7.3.5
válvulas até o representativo
processo
DN 400
de fabricação
uma válvula com
bolsa incluindo Na validação ou
anéis de vedação a cada alteração
Verificação do efeito
e uma válvula do projeto ou do 7.3.6
sobre a água
flangeada de processo
DN 100, ou DN 150 de fabricação
ou DN 200 a
a O número de corpos de prova, em função do número de válvulas com diâmetros nominais (DN) com tipos
e/ou materiais de componentes distintos, pode variar de acordo com o indicado em 7.3.6

8 Verificação dos requisitos de qualidade do produto acabado


O fabricante e o comprador devem estabelecer, em comum acordo, a forma como deve ser efetuada
a verificação dos requisitos da qualidade dos produtos:

— por verificação do controle do processo de fabricação, conforme indicado em 7.4 e no Anexo A,


e de acordo com 8.1.1; ou

— por inspeção de recebimento conforme previsto em 8.1.2.

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A inspeção de recebimento do produto acabado deve ser feita em fábrica, entretanto, por acordo
prévio entre comprador e fabricante pode ser realizada em outro local, desde que este reúna os
recursos indicados em 8.1.

O fabricante ou fornecedor deve colocar à disposição do comprador, ou de seu representante, os


relatórios dos exames e dos ensaios realizados pelo controle da qualidade do fabricante, de cada
um dos lotes apresentados.

8.1 Inspeção de recebimento

Durante as inspeções realizadas em fábrica, o fabricante deve colocar à disposição do comprador


os laboratórios, equipamentos e pessoal especializado para a execução dos ensaios de recebimento.

Caso as inspeções sejam realizadas em outros locais, o fornecedor deve colocar à disposição do
comprador, ou de seu representante, os recursos e condições necessários para que possam ser
realizados os exames e ensaios de recebimento previstos nesta Norma.

A inspeção de recebimento deve ser efetuada de acordo com 8.1.1 em unidades fabris com controle
de processo de fabricação conforme Anexo A ou de acordo com 8.1.2 em unidades fabris sem controle
de processo de fabricação.

8.1.1 Inspeção de recebimento em unidades fabris com controle de processo de


fabricação, de acordo com o anexo A

Durante as operações de recebimento em unidades fabris com controle de processo de fabricação de


acordo com o Anexo A, o comprador ou o seu representante deve verificar os relatórios dos ensaios
da qualidade estabelecidos em 7.3 e 7.4, que devem ter sido realizados durante a fabricação.

Caso os relatórios sejam aprovados, devem ser efetuados os exames visual, dimensional e do
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revestimento conforme 8.1.1.1 e os ensaios hidrostáticos conforme 8.1.1.2.

8.1.1.1 Exames visual, dimensional e do revestimento

Exames visual, dimensional e do revestimento devem ser realizados conforme 7.1, com plano de
amostragem de acordo com a Tabela 15 .

8.1.1.2 Ensaios hidrostáticos

Ensaios hidrostáticos devem ser realizados conforme 7.2, com plano de amostragem de acordo com
a Tabela 15.

8.1.2 Inspeção de recebimento em unidades fabris sem controle de processo de fabricação, de


acordo com o Anexo A

Durante as operações de recebimento em unidades fabris sem controle de processo de fabricação,


na presença do comprador ou de seu representante, devem ser realizados todos os exames e ensaios
de acordo com o indicado em 7.4 e Anexo A.

Válvulas submetidas aos ensaios destrutivos conforme 8.1.2.5, 8.1.2.6 e 8.1.2.8 devem ser substituídas.

8.1.2.1 Ensaio de estanqueidade do corpo e tampa sem revestimento

Deve ser realizado conforme 5.3.1.3, com plano de amostragem de acordo com a Tabela 15.

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8.1.2.2 Exames visual, dimensional e do revestimento

Exames visual, dimensional e do revestimento devem ser realizados conforme 7.1, com plano de
amostragem de acordo com a Tabela 15.

8.1.2.3 Ensaios hidrostáticos

Ensaios hidrostáticos devem ser realizados conforme 7.2, com plano de amostragem de acordo com
a Tabela 15.

Tabela 15 – Amostragem para exames visual, dimensional e do revestimento e dos ensaios


hidrostáticos e de estanqueidade do corpo e da sede
Tamanho do lote Número de Aceitação Rejeição
(unidades) amostras (Ac) (Re)
2a8 2 0 1
9 a 15 3 0 1
16 a 25 5 0 1
26 a 90 8 1 2
91 a 150 13 2 3
151 a 280 20 3 4
281 a 500 32 5 6
501 a 1 200 50 8 9
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8.1.2.4 Ensaio de verificação da espessura do revestimento e de sua resistência ao impacto

O ensaio de verificação da espessura do revestimento e de sua resistência ao impacto deve ser


realizado conforme 6.1.4.3, com plano de amostragem de acordo com a Tabela 16.

Tabela 16 – Amostragem para ensaios de verificação da espessura do revestimento,


de resistência ao impacto, de resistência ao uso e da verificação do efeito sobre a água
Tamanho do lote Número Aceitação Rejeição
(unidades) de amostras (Ac) (Re)
2 a 15 2 0 1
16 a 25 3 0 1
26 a 90 5 1 2
91 a 150 8 2 3
151 a 500 13 3 4
501 a 1 200 20 5 6

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8.1.2.5 Ensaio de estanqueidade e de resistência do corpo e da tampa

O ensaio de estanqueidade e de resistência do corpo e da tampa deve ser realizado conforme 5.3.1.3
e 7.3.1 e amostragem de acordo com a Tabela 15.

8.1.2.6 Ensaio de resistência ao uso

O ensaio de resistência ao uso deve ser realizado conforme 7.3.2, com plano de amostragem de
acordo com a Tabela 16.

8.1.2.7 Ensaio de verificação do efeito sobre a água

O ensaio de verificação do efeito sobre a água deve ser realizado conforme 7.3.4 e, com o plano de
amostragem de acordo com a Tabela 16.

8.1.2.8 Ensaios de ciclagem

Os ensaios de ciclagem devem ser realizados conforme 7.3.3 e com o plano de amostragem de
acordo com a Tabela 17.

Tabela 17 – Amostragem para ensaios de ciclagem


Tamanho do lote Número Aceitação Rejeição
(unidades) de amostras (Ac) (Re)
2 a 25 2 0 1
26 a 150 3 0 1
151 a 500 5 1 2
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501 a 1 200 8 2 3

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Anexo A
(normativo)

Controle do processo de fabricação

A.1 Verificação do controle do processo de fabricação


A.1.1 O comprador deve utilizar equipe própria ou uma entidade neutra, para qualificar o fabricante
ou efetuar uma auditoria específica.

A.1.2 O fabricante deve colocar à disposição do comprador ou entidade neutra, auditor ou inspetor,
os documentos do seu controle do processo de fabricação, tais como os procedimentos e relatórios.

A.1.3 O comprador ou seu representante deve avaliar o controle de processo de fabricação e os


recursos técnicos para a fabricação das válvulas, de acordo com os requisitos estabelecidos nesta
Norma, manifestando-se formalmente sobre a sua aprovação ou rejeição, conforme o caso.

A.1.4 O comprador ou seu representante deve efetuar auditorias periódicas, para assegurar-se
de que o fabricante cumpre os procedimentos estabelecidos em A.1.5.

A.1.5 O fabricante deve ter uma metodologia documentada, estabelecendo no mínimo a organização
e os procedimentos descritos em A.1.5.1 a A.1.5.9:

A.1.5.1 Garantia do desempenho das válvulas e de um controle do processo de fabricação adequado,


através da realização e da comprovação de todos os exames e ensaios estabelecidos na Seção 7 e
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previstos na Tabela A.1.

A.1.5.2 Inspeção, recebimento e estocagem de componentes e matérias-primas.

A.1.5.3 Controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios.

A.1.5.4 Planejamento da inspeção e ensaios dos produtos.

A.1.5.5 Disposição final de produtos não conformes.

A.1.5.6 Ações corretivas.

A.1.5.7 Marcação e rastreabilidade.

A.1.5.8 Armazenamento, manuseio, embalagem e expedição do produto final; e

A.1.5.9 Guarda dos registros da qualidade.

A.2 Verificação dos requisitos da qualidade


A.2.1 No caso de o comprador estabelecer que deve ser feita uma verificação do controle do
processo de fabricação para o recebimento dos produtos, esta verificação deve incluir no mínimo o
estabelecido nos itens A.1.5.2 a A.1.5.4 e em A.1.5.9.

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A.2.2 O comprador ou seu representante deve verificar se o fabricante tem condições de produzir
válvulas de acordo com os requisitos desta Norma.

A.2.3 Esta verificação deve ser efetuada pelo próprio comprador ou através de uma entidade
neutra, conforme previsto em A.1.1, sendo necessário seguir as seguintes etapas:

a) deve ser verificado o controle do processo de fabricação, conforme os exames e ensaios indicados
na seção 7 e na Tabela A.1; e

b) devem ser realizadas verificações periódicas, ou nos lotes requeridos, para assegurar que o
fabricante avalia seus produtos de acordo com seu controle do processo de fabricação e que
os produtos estão de acordo com esta Norma.

Tabela A.1 – Exames e ensaios durante a fabricação (continua)


Tamanho Periodicidade Método
Item Ensaio
da amostra dos ensaios de ensaio
A cada panela Composição
01 unidade
independente do peso Química
A cada tratamento de
Fundido Metal 01 unidade Metalografia
nodularização
01 corpo A cada panela Ensaios
de prova independente do peso Fisicos
4, 5.3.1.4,
100 % do lote 5.3.4, 5.3.5,
Exame visual Permanente
de fabricação 5.3.7, 5.4
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e 6.1.4
Espessura da
camada de 2 válvulas Cada lote de fabricação 6.1.4.1
Revestimento revestimento
do corpo e
tampa Polimerização 2 válvulas Cada lote de fabricação 6.1.4.2
Resistência
2 válvulas Cada lote de fabricação 6.1.4.3
ao impacto
Vassoura elétrica
2 válvulas Cada lote de fabricação 6.1.4.4
(holiday detector)
Ensaio de aderência 2 válvulas Cada lote de fabricação 6.1.4.5
Ensaios 100 % do lote
Corpo e sede Permanente 7.2
hidrostáticos de fabricação

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Tabela A.1 (conclusão)


Tamanho Periodicidade Método
Item Ensaio
da amostra dos ensaios de ensaio

Resistência do uma válvula Na validação ou a cada 7.3.1


corpo e tampa por DN alteração do projeto ou do
representativo processo de fabricação
Resistência ao uso 7.3.2

uma válvula Na validação ou a cada


Ciclagem
por DN alteração do projeto ou do 7.3.3
hidrodinâmica
representativo processo de fabricação

uma válvula Na validação ou a cada


Ciclagem
por DN alteração do projeto ou do 7.3.3
hidrostática
representativo processo de fabricação

Ensaios tipo Estanqueidade da Na validação ou a cada


uma válvula por
junta de válvulas alteração do projeto ou do 7.3.4
DN
com bolsas processo de fabricação
uma válvula Na validação ou a cada
Manutenção com
por DN alteração do projeto ou do 7.3.5
a rede em carga
representativo processo de fabricação
uma válvula com
bolsa incluindo
anéis de
Ensaio de Na validação ou a cada
vedação e uma
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verificação do efeito alteração do projeto ou do 7.3.6


válvula flangeada
sobre a água processo de fabricação
de DN 100, ou
DN 150 ou
DN 200a
a O número de corpos de prova, em função do número de válvulas com diâmetros nominais (DN) com tipos
e/ou materiais de componentes distintos, pode variar de acordo com o indicado em 7.3.6

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Anexo B
(informativo)

Análise e verificação do dimensionamento de válvulas-gaveta

B.1 Geral
Este Anexo tem o objetivo de orientar o desenvolvimento de um novo projeto de válvula-gaveta, a análise
e a verificação do dimensionamento em programa computacional, visando à otimização nas etapas de
desenvolvimento do produto relativo aos materiais, forma, manufaturabilidade e condição de montagem,
permitindo a verificação do projeto da válvula, através de simulação e modelagem virtual.

B.2 Verificação mecânica


Análise e verificação do dimensionamento dos seguintes itens em programa computacional:

a) espessuras do corpo, tampa e cunha para as diferentes pressões;

b) geometria de medidas, tolerâncias admissíveis, interferências e ajustes;

c) tensões e resistências conforme utilização dos diferentes materiais;

d) deformações sob as diferentes pressões e variações térmicas;

e) atrito de funcionamento;
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f) dureza de superfícies;

g) efeitos de torção no corpo e rigidez;

h) dimensões de nervuras de reforços;

i) pressão de contato da vedação nas superfícies; e

j) simulação de desgaste por atrito com variação dimensional, e de vida útil com estanqueidade.

B.3 Verificação de componentes da válvula-gaveta


Análise e verificação do dimensionamento dos seguintes componentes, em programa computacional:

a) corpo, tampa e cunha;

b) haste;

c) porca de manobra;

d) chavetas;

e) parafusos; e

f) volante, redutor, atuador e acoplamento com a válvula-gaveta.

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