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DRONES

PARA PROFISSIONAIS

AGRICULTURA
MEIO AMBIENTE
FLORESTAS

RAFAEL DE AZEVEDO CALDERON


www.ProfRafaelCalderon.com

DRONES PARA
PROFISSIONAIS NA
AGRICULTURA, MEIO
AMBIENTE E FLORESTAS.

Prof. Dr. Rafael de Azevedo Calderon

Eng. Florestal (UnB)

Cruzeiro do Sul-AC

2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

Drones para uso profissional

Drones na agricultura, meio ambiente e florestas

DRONES QUE RECOMENDO PARA PROFISSIONAIS INICIANTES

- DJI Mavic 2 Pro

- DJI Mavic 2 Zoom

- DJI Mavic 2 Enterprise DUAL

- DJI Phantom 4 RTK

- DJI P4 multispectral

MENSAGEM AO LEITOR

Sobre o autor

Agradecimentos
INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Em maio de 2017 o uso profissional e comercial de drones foi autorizado


pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Desde então todo drone
acima de 250 gramas deve ser registrado pelo proprietário. De lá para cá,
praticamente 30 mil drones já foram registrados no Brasil para uso
profissional. O mercado não para de crescer.

Novas aplicações surgem todos os dias, e muitos profissionais e


empresas estão se especializando na utilização de drones e/ou
adicionando esta nova tecnologia às suas atividades. Muitos engenheiros
florestais, agrônomos, biólogos, e todo tipo de profissional, técnico ou não,
têm investido e se profissionalizado no uso desta tecnologia, aproveitando
as oportunidades que tem surgido.
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Com este eBook eu tento colaborar com o setor trazendo um pouco do


que tenho aprendido, e que na minha opinião, podem ajudar você a entrar
neste mercado com mais tranquilidade. Além de informações técnicas,
este texto contém muitas de minhas opiniões, então use-as de acordo
com a sua realidade profissional e possibilidades de investimento.
Lembre-se sempre que este mercado está em constante evolução e todos
os meses surgem novos drones, novos sensores, novas normas, e
apenas a busca constante por informação nos mantém atualizados.

Utilizei de linguagem pouco técnica para que este eBook seja de fácil
entendimento para o maior público possível, desta forma, me desculpe
pela falta de rigor técnico na explicação de alguns termos. Em caso de
dúvidas, críticas ou sugestões, por favor as envie para mim, pelas mídias
sociais ou pelo e-mail: calderon@profrafaelcalderon.com.br

19/07/2016 testes de voo de um drone para mapeamento aéreo no Campus da Ufac em


Cruzeiro do Sul-AC. Da esquerda para a direita: Graduandos de Eng. Florestal (Samira
Araújo, Leilane Moreira, Uilian Araújo, Dantara Abdallah e Helton Rudden) e Profa.
Claudene Calderon. Arquivo: Prof. Rafael Calderon.
DRONES PARA
USO
PROFISSIONAL

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DRONES PARA USO PROFISSIONAL

Antes que você prossiga em sua leitura eu gostaria de falar um pouco


sobre drones para uso profissional, para que a gente tenha certeza que
está falando da mesma coisa, ok?

Existe uma infinidade de drones no comércio atualmente. A maioria deles


são apenas brinquedos, e não é esse tipo de drone que se utiliza para
trabalhar. Se você é iniciante, saiba que provavelmente nenhum drone
profissional, e novo, custará menos de R$8.000,00 no Brasil.

Um drone padrão para uso profissional, amplamente aceito em diversos


setores como o Mavic 2 Pro, da fabricante DJI, tem seu preço girando em
torno dos R$12.000,00 nas lojas brasileiras. Nos EUA seu preço é de
US$1.450,00.

DJI Phantom 4 PRO em voo pairado e posição fixa


por GPS. Arquivo: Prof. Rafael Calderon.
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Ou seja, aquele drone de R$500,00 ou aquele mais caro, de R$2.500,00


são apenas brinquedos. Pode até ser um brinquedo caro, mas não passa
de um brinquedo com uma boa câmera, na melhor das hipóteses.

Nas Ciências Agrárias, de forma geral, existem atualmente dois tipos de


drones em operação comercialmente:

Multirrotores, que em geral são utilizados para realizar


mapeamento/monitoramento, e em menor escala, modelos próprios para a
liberação de agentes biológicos e pulverização;

Drones de Asa Fixa, normalmente chamados de VANT (Veículo Aéreo


Não Tripulado), com a finalidade de mapeamento/monitoramento e
normalmente com autonomia de voo superior aos multirrotores, sendo
indicados para trabalhos em grandes áreas, onde os multirrotores não
teriam bom rendimento.

Drone Multirrotor

Drone de Asa Fixa (VANT)

OBS: Fotos de arquivo de nossos


Drone de Asa Fixa (VANT) projetos aqui na universidade.
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Dentre todos, provavelmente os mais difundidos no mercado são os


multirrotores da série Phantom e Mavic da DJI, e utilizados para
mapeamento e monitoramento de nas mais diversas áreas da Engenharia,
Topografia, Ciências Agrárias e Meio Ambiente, e em segundo lugar os
drones de Asa Fixa, cujo mercado é bem mais diversificado, contando
inclusive com diversos fabricantes nacionais.

A pulverização com drones já ocorre e existem alguns drones específicos


para isso no mercado, sendo que o Ministério da Agricultura já trabalha
em legislação específica para sua regulamentação.

Se você está em dúvida na hora de comprar um drone para trabalhar e


não tiver alguém mais experiente que lhe ajude, pode entrar em contato
comigo que eu tentarei lhe ajudar. Não irei lhe cobrar nada!

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DRONES NA
AGRICULTURA,
MEIO
AMBIENTE E
FLORESTAS

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COMO OS DRONES TÊM SIDO


UTILIZADOS NA AGRICULTURA, MEIO
AMBIENTE E FLORESTAS?

Apesar da existência de diversos tipos de drones, no geral eles são


utilizados apenas como câmeras fotográficas voadoras. A questão é que
estas fotografias podem e são utilizadas em softwares específicos para a
geração de mapas e modelos tridimensionais dos terrenos e objetos
mapeados, como fazendas, florestas, construções e monumentos
naturais.

Se for imageado da forma correta, praticamente qualquer coisa pode ser


digitalizada e transformada em modelos digitais. E é a partir destes
modelos digitais que são gerados os mapas e ortofotos.

Abaixo, uma tela do aplicativo e site para planejamento de voos


automatizados para mapeamento, DroneDeploy, um dos mais populares
(www.dronedeploy.com).

https://blog.micasense.com/detecting-disease-earlier-the-importance-of-the-red-edge-band-7975c0c8db13
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A ciência por trás deste processo, a fotogrametria, nasceu junto com a


fotografia, já há bastante tempo, mas só agora com o surgimento dos
drones, que popularizou as fotografias aéreas, é que o volume de trabalho
disponível permitiu a evolução e barateamento dos softwares que realizam
este trabalho.

A tecnologia atual dos drones também tem colaborado bastante com esta
tarefa, como por exemplo os sistemas de voo pré-programado, essenciais
para um mapeamento de qualidade e o sistema de retorno automático, o
RTH (Return to Home), que traz o drone automaticamente de volta para o
ponto de onde decolou e executa o pouso de forma segura sem que você
precise fazer nada. Tudo automatizado.

Abaixo, uma área de exploração de areia na Amazônia. Modelo 3D gerado


no software Agisoft Metashape. Imageamento realizado pelo autor com
um DJI Phantom 4 Pro.
Recentemente surgiram no mercado modelos de drones bastante simples
de usar, e com preços bem acessíveis, se comparados aos disponíveis
anteriormente, e com características muito interessantes para trabalhos
nas áreas de:

➢ Fiscalização;

➢ Estudos da fauna;

➢ Estudos da flora;

➢ Mapeamento do uso da terra;

➢ Mapeamento topográfico;

➢ Imageamento multiespectral;

➢ Monitoramento de lavouras;

➢ Imageamento termal, dentre outros.

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Acima: índice VARI (Visual Atmospheric Resistance Index) de pastagem
degradada em região de cerrado (Goiás). Produto gerado no DroneDeploy
a partir de ortofoto RGB. Trabalho do Autor.

Com o uso de drones no monitoramento da lavouras e pastagens é


possível imagear (fotografar ou filmar) e se ter uma análise da situação do
cultivo em poucas horas ou mesmo minutos. Isso permite que se
identifique problemas e se faça a correção necessária em tempo recorde.

Problemas com a irrigação, fertilização, doenças e pragas, erosão, dentre


outros, podem ser detectados e corrigidos rapidamente e de forma
localizada, minimizando os custos e as perdas. É como ter um satélite de
monitoramento agrícola e ambiental portátil, o que agiliza em muito os
processos de tomada de decisão.

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Embora os drones portadores de câmeras multiespectrais, capazes de


produzir imagens para a geração de mapas NDVI (Normalized Difference
Vegetation Index) sejam o equipamento mais indicado para o
monitoramento de lavouras, mesmo drones com câmeras comuns, RGB,
como os da linha Phantom e Mavic, têm sido largamente utilizados, além
de serem excelentes para levantamentos de uso do solo. Isso se deve ao
rápido crescimento do número de empresas que se dedicam a
desenvolver soluções para o uso de drones no Agronegócio, mas que
servem perfeitamente para todo o tipo de análise da vegetação.

Estas empresas desenvolveram e continuam a desenvolver métodos de


análise de lavouras a partir de imagens RGB.

Empresas como dronedeploy.com, precisionhawk.com, e os brasileiros:


sensix.com.br, mappa.ag e vantum.com.br fornecem diversas opções de
tratamento de imagens de drones voltados para o , tanto para drones com
câmeras multiespectrais, como para RGB.

As ferramentas online mais comuns geram mapas de homogeneidade do


cultivo, contagem de plantas, identificação de plantas daninhas, dentre
outras, e em geral permitem o download de mapas de zonas de manejo
para aplicação à taxa variável de agroquímicos.

Os drones e as tecnologias complementares estão se desenvolvendo de


tal forma que em poucos anos se tornarão ferramentas essenciais para os
profissionais ligados às Ciências Agrárias e ao Meio Ambiente.

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No caso dos Modelos Digitais de Terreno (MDT) gerados a partir do


imageamento feito com drones, eles têm sido utilizados para trabalhos de
topografia de alta resolução.

As imagens RGB de alta resolução, captadas por drones profissionais,


após seu processamento permitem a obtenção de modelos topográficos
digitais muito realistas, que por sua vez têm diversas aplicações, como em
projetos de curvas de nível e drenagem, altamente precisos quando se
utilizam pontos de apoio em solo ou drones com sistema GNSS precisos e
de alta acurácia.

Deve-se entender que todo o sistema está baseado em três pilares: a


aeronave (Drone/VANT), a câmera (chamada também de sensor) que
fará a captação das imagens, muitas vezes a parte mais cara do sistema
e, por último, a plataforma de análise das imagens.

Modelo Digital de Superfície (MDS) produzido a


partir de imageamento com drone. Área do Campus
da UFAC em Cruzeiro do Sul (2017).
Trabalho do Autor.
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Atualmente (novembro de 2019) posso dizer que são duas as opções


mais comuns no mercado:

• A primeira, que exige menor investimento, é o uso de um drone DJI


de entrada (Mavic ou Phantom), que vem de fábrica com uma boa
câmera para mapeamento RGB, sendo as imagens coletadas pelo
drone enviadas para um site na internet que fará o processamento
destas imagens de forma automatizada. Esta foi inclusive a solução
apresentada pela Case IH na Agrishow 2018
(https://www.caseih.com/latam/pt-br/News/Pages/Case-IH-
lan%C3%A7a-drone-para-an%C3%A1lise-de-%C3%A1reas-e-
identifica%C3%A7%C3%A3o-de-pragas-no-campo.aspx).

• A segunda, de maior investimento, utilizada por aqueles


interessados em mapeamento de áreas maiores, de forma mais
rápida e sem a necessidade de pousos constantes para a troca de
bateria é a utilização de um drone de Asa Fixa, que são aqueles
parecidos com aeromodelos ou asas voadoras.

• De maneira geral os drones de Asa Fixa apresentam maior facilidade


para a troca de sensores (as câmeras), de forma que você pode ter
apenas um Asa Fixa e diversas câmeras para utilizar nele,
dependendo da situação e necessidade.

• Existem multirrotores com câmeras intercambiáveis, contudo, seu


custo de aquisição e operação ainda é superior aos equivalentes de
Asa Fixa.
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As câmeras por si só já dariam um bom livro, pois existem diversos


modelos e especificações, com preços que variam de R$2.000,00 a mais
de R$100.000,00. Contudo, pode-se comprar no Brasil excelentes
câmeras multiespectrais por menos de R$50.000,00.

Quanto ao processamento das imagens captadas pelo drone/VANT, em


geral pode-se investir em um computador de mesa ou notebook, destes
que possuem placas gráficas, como as utilizadas para jogos de
computador, ou fazer o processamento em empresas especializadas,
normalmente enviando as imagens pela internet.

A vantagem principal da segunda opção é o baixo custo do serviço que


dispensa a compra de um computador relativamente caro.

Bem, depois deste “nivelamento”, vejamos alguns drones que recomendo


para profissionais iniciantes.
DRONES QUE
RECOMENDO
PARA
PROFISSIONAIS
INICIANTES

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Este eBook é direcionado para profissionais iniciantes no uso de drones,


de forma que aqui irei apresentar apenas alguns modelos de drones que
considero adequados para profissionais iniciantes. Mas saiba que existem
diversos fabricantes, inclusive nacionais, e diversos modelos no mercado.

Sinceramente eu preferiria não citar marcas e modelos de drones, mas


atualmente a distância que a fabricante DJI está das demais empresas
fabricantes de multirrotores é tão grande que para mim é impossível falar
de drones e suas aplicações práticas sem citar especificamente alguns
dos modelos vendidos pela empresa chinesa, de forma que abaixo irei
listar alguns modelos adequados para nossa área de atuação com suas
respectivas datas de lançamento no mercado.

Casey Neistat certa vez disse: “Quando chega o momento de comprar um


drone, a questão não é SE você vai compra um drone da DJI, e sim,
QUAL drone da DJI você vai comprar.” E eu concordo com ele 100%.

Nuvem de pontos 3D gerada no DroneDeploy. Trabalho do autor.


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Todos os modelos que citarei abaixo foram inovadores por trazer ao


mercado alguma característica que antes só estaria disponível em
modelos bem mais caros. Considero que todos eles sejam drones da
categoria “de entrada” para uso profissional.

➢ DJI Mavic 2 Pro (lançado em agosto de 2018) este drone é o


substituto atual para o consagrado Phantom 4 Pro. Além de ser muito
compacto, também traz uma câmera de 20 Mp com sensor de uma
polegada (como a do Phantom 4 Pro);

➢ DJI Mavic 2 Zoom (lançado em agosto de 2018) o primeiro desta


categoria com câmera zoom;

➢ DJI Mavic 2 Enterprise DUAL (lançado em outubro de 2018) além de


trazer uma câmera RGB, este drone traz uma câmera termal FLIR e
acessórios, que incluem um farol LED duplo e um alto falante;

➢ DJI Phantom 4 RTK (lançado em outubro de 2018) este drone foi o


primeiro desta categoria a trazem um sistema GNSS RTK, integrado,
para mapeamento topográfico de precisão;

➢ DJI P4 Multispectral (lançado em setembro 2019) primeiro da


categoria a trazer uma câmera multiespectral integrada;

Ortofoto gerada pelo DroneDeploy. Trabalho do Autor.


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DJI MAVIC 2 PRO

Este drone é o modelo recomendado atualmente para substituir os


Phantom 4 Pro e Advanced. Embora exista o Phantom 4 RTK no mercado,
a faixa de preço do modelo RTK é de 4 a 5 vezes maior que a faixa de
preço do Phantom 4 Pro e do Mavic 2 Pro. Sendo assim, o Mavic 2 Pro,
por possuir uma câmera similar à do P4Pro (20Mp 4k) e estar na mesma
faixa de preço, se tornou seu substituto.

Tem sido avaliado muito bem pelo mercado e é uma excelente compra
para quem quiser um drone com câmera RGB de alta resolução. Tem sido
muito utilizado para mapeamento, e com o uso de pontos de controle, é
uma excelente opção para mapeamentos de alta resolução.
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DJI MAVIC 2 ZOOM

Sua única diferença em relação ao Mavic 2 Pro é a câmera, que possui


12Mp e tem zoom. Drones com zoom são raros no mercado, e em geral
possuem preço bem elevado, o que faz deste modelo uma excelente
opção para quem necessita desta função.

É um drone compacto e muito confiável, como todos os da DJI. Também


pode ser utilizado para mapeamentos, embora com menor rendimento que
o Mavic 2 Pro, devido à câmera que é diferente.

Assim como o Mavic 2 Pro, este também tem longo alcance de rádio e
bom tempo de voo. Se você pretende trabalhar com fauna ou pecuária, eu
lhe indicaria este no lugar do Mavic 2 Pro, pois a câmera zoom lhe
permitirá fotografar/filmar os animais de uma distância maior evitando que
o barulho do drone os assuste.
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DJI MAVIC 2 ENTERPRISE DUAL

Este é um modelo muito peculiar. A DJI lançou dois drones na categoria


“enterprise” um com a câmera zoom, e este, o DUAL, que possui duas
câmeras acopladas, uma RGB (visual) e outra termal, da FLIR. Estes
drones, da categoria “enterprise”, em princípio parecem ser direcionados
aos trabalhos de forças de segurança e busca e salvamento, pois
possuem como acessórios um farol, um alto-falante e uma luz
estroboscópica.
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DJI MAVIC 2 ENTERPRISE DUAL

Uma observação importante é que só se pode voar com um dos


acessórios de cada vez. Mesmo assim, são bastante interessantes, e
aumentaram em muito as possibilidades de trabalhos noturnos.

Para o uso em uma fazenda, eu certamente escolheria este modelo, pois


o farol e a câmera termal o transformam em uma excelente ferramenta de
vigilância e inspeção em grandes áreas rurais, tanto durante o dia quanto
à noite. Acredito que também seja muito interessante para
acompanhamento de fauna e rebanhos.

As imagens abaixo foram feitas com um Mavic 2 Enterprise Dual. Veja


como a imagem termal facilita inclusive a contagem dos porcos do mato.

Estes drones da linha Mavic 2 tem um alcance de rádio máximo,


estimado, de até 8km, o que também favorece seu uso em vigilância em
áreas rurais.
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DJI PHANTOM 4 RTK

Decididamente um drone para uso profissional. O Phantom 4 RTK até o


momento é o único drone RTK de fábrica em sua faixa de preço. Existem
kits RTK/PPK para Multirrotores, como os da Guandalini
(www.guandalinibr.com), que têm sido bem aceitos pelo mercado, e
fornecem uma solução de preço baixo, contudo, um que venha de fábrica
pronto para usar, apenas o P4 RTK.

Existem também os modelos de Asa Fixa com RTK/PPK de fabricantes


estrangeiros e nacionais, mas estes, em geral, ou irão custar mais caro
e/ou terão uso mais complicado, de forma geral. Por estes motivos
considero este drone a opção RTK de “entrada”. Repare que existem
modelos DJI RTK que usam o sistema RTK apenas para a navegação do
próprio drone, não sendo utilizado para o mapeamento em si.

Este aqui é feito especialmente para mapeamento de precisão.


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DJI P4 MULTISPECTRAL

Já faz alguns anos que diversos profissionais tem adaptado câmeras


multiespectrais em drones da DJI. Pessoalmente já vi este tipo de
adaptação em Phantons 3 e 4 e até em drones menores, como os Mavic.

Este ano a DJI resolveu colocar no mercado uma opção já integrada, e


lançou agora em setembro de 2019 o seu P4 Multispectral. Este drone é
direcionado para aplicações de análise de vegetação, como a agricultura,
e traz em sua câmera, além de uma RGB comum, 5 bandas estreitas
adicionais: Azul, Verde, Vermelho, Vermelho Limítrofe (Red Edge) e
Infravermelho Próximo (NIR), o que nos permite gerar dezenas de índices.

Um diferencial deste modelo é que além da câmera multiespectral, ele


conta com GNSS RTK de linha.
MENSAGEM AO
LEITOR

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MENSAGEM AO LEITOR

Gostaria de dizer que é possível trabalhar com drones profissionalmente


utilizando diversos modelos mais baratos e acessíveis que os citados no
texto.

Um exemplo seria o DJI Mavic Air, que é utilizado por alguns profissionais.
O mercado também está repleto de modelos usados mas em excelentes
condições de trabalho. Muitos profissionais ainda trabalham com modelos
que já saíram de linha, e estão muitos satisfeitos. Drones como os
Phantom 3 e 4, bem como os Mavic mais antigos são perfeitamente
adequados. Se você já tiver um drone, comece com ele!

Se você gostou, ficou confuso com alguma coisa, ou mesmo se não


gostou ou se encontrou informação incorreta neste eBook, por favor, me
avise! Será muito importante para a melhoria do meu trabalho e eu ficarei
verdadeiramente agradecido.

Meu email: calderon@profrafaelcalderon.com.br

Investi um bom tempo preparando este material e optei por disponibilizá-lo


gratuitamente porque eu realmente acredito que precisamos compartilhar
informação e boas práticas para que o setor se desenvolva bem, criando
empregos, novos negócios e assim, melhore a vida das pessoas.

Se você acredita que este eBook te ajudou de alguma forma, passe


adiante! Compartilhe com outras pessoas!

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SOBRE O AUTOR

Eu nasci em Brasília, em 1977. Aos oito anos de idade minha família se


mudou para o interior do município de Unaí, no Noroeste do estado de
Minas Gerais, região produtora de feijão, soja, milho e algodão.

Em 1996 retornamos para Brasília e eu iniciei meus estudos no curso de


Engenharia Florestal na Universidade de Brasília.

Me formei e em seguida cursei o Mestrado em Ciências Florestais no


mesmo departamento, estudando as exportações brasileiras do setor.

Em 2005 prestei concurso público para a Universidade Federal do Acre, e


tomei posse no dia do meu aniversário 11/11/2005, um grande presente!
Na época a Universidade estava implantando alguns cursos novos no
Campus da cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Estado, e eu era um
dos professores que teria a missão de iniciar o curso de Engenharia
Florestal.

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Em 2013, após concluir o Doutorado, período no qual se fica muito focado
em seu objeto de estudo, minha atenção se voltou para a necessidade de
Inovação Tecnológica na Universidade e foi assim que iniciei meus
estudos com drones, que naquela época já começavam a aparecer nas
mídias mais populares como uma tecnologia inovadora e de futuro
promissor em diversas áreas.

Em 2014, sem condição de conseguir financiamento para a aquisição dos


equipamentos disponíveis no mercado, devido ao seu alto custo, iniciamos
os trabalhos na Universidade visando o desenvolvimento de protótipos de
baixo custo que atendessem às necessidades dos trabalhos de pesquisa.

Ao custo de muito estudo e testes, conseguimos nossos primeiros


resultados positivos em 2016, tendo fabricado e testado com sucesso um
Drone de Asa Fixa que realizou dois voos de mapeamento sobre o
Campus da Universidade.
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No Ano seguinte, adquirimos um Phantom 4 Pro, da fabricante chinesa


DJI. Àquela altura, já era possível adquirir no mercado brasileiro drones
confiáveis e de qualidade profissional por um preço 10 vezes menor que
em 2014. Desde então tenho me dedicado ao estudo das novas
aplicações de drones que surgem todos os dias e às possibilidades de
negócios viabilizados por esta tecnologia, principalmente na área das
Ciências Agrárias e Ambientais, Topografia e Engenharias.

Enquanto docente, sou responsável aqui no Campus pelas disciplinas de


Administração e Economia Rural no curso de Engenharia Agronômica e
pelas disciplinas de Economia e Comercialização Florestal e
Planejamento e Administração Florestal, para o curso de Engenharia
Florestal.

03/02/2016, Cruzeiro do Sul, Acre


Registro do primeiro dia de voo de um de nossos protótipos. Equipe "A"
composta por: Minha esposa, eu, e meus filhos: Júlia, Lipe e Duda.
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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer à
Universidade Federal do
Acre, aos estudantes que
participaram do projeto ao
longo dos anos e às
instituições que lhes
forneceram bolsas de
Iniciação Científica e/ou
Extensão, cujo apoio foi
muito importante, permitindo
que esses estudantes
pudessem se dedicar ao
estudo desta nova
tecnologia, que tenho
certeza, será muito
importante no futuro
profissional de cada um
deles. A todos eles, meus
agradecimentos!

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