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A história dos drones surgiu a partir de uma inspiração que os alemães tiveram em um tipo
específico de bomba que realmente se parecia muito com um drone para a época, que era a buzz bomb,
ela recebeu este nome por conta de seu barulho feito em quanto estava non ar. Essa bomba foi um
sucesso para a Alemanha por conta de sua velocidade constante e por voar apenas em linha reta,
foram lançadas mais de 1000 bombas dentro da Segunda Guerra mundial, após isso foi criada sua
sucessora.
Em 11977 um engenheiro espacial israelita conhecido como Abraham Karem teria chegado
nos EUA, para pilotar um drone naquela época eram necessárias 30 pessoas. Diante dessa situação
Abraham fundou a empresa Leading System, e com alguns poucos recursos tecnológicos, como fibra
de vidro caseira e restos de madeira, deu origem ao Albatross.
Figura 2. Drone Albatross
No Brasil a história dos drones foi marcada pelo BQM1BR, o primeiro VANT (Veículo aéreo
não tripulado) registrado no país, que foi feito pela CBT (Companhia Brasileira de Tratores) o
protótipo tinha o objetivo de servir de alvo aéreo e realizou seu primeiro voo em 1983. Além deste
também foi produzido pela Embravant o Gralha Azul, outro VANT que tinha 4 metros de
envergadura, podendo realizar um voo continuo sem recarga durante 3 horas.
Agora falando um pouco de como os drones agrícolas entraram para a história, os primeiros
drones na área agrícola foram usados para mapeamento e levantamento de safras, porém desde então
as suas capacidades de expansão tecnológica só aumentaram de uns anos para cá, utilizados tanto
para semeadura como irrigação e até mesmo pulverização.
Uma das primeiras empresas a desenvolver o drone agrícola foi a PrecisionHawk, que foi
criada em 2010, ela começou apenas com as vendas de software que era utilizado com drones de
consumo para transformá-los em robôs voadores que iriam coletar dados sobre plantações. Já o
primeiro drone de consumo foi lançado pela empresa japonesa Aeroctronic em 2006, logo muitas
outras empresas começaram a fazer o mesmo.
Os primeiros drones agrícolas eram drones que foram modificados, como por exemplo o
acoplamento de câmeras que mostrou ser muito eficiente para as pesquisas em plantações. Porém
com o tempo alguns drones mais específicos começaram a ser desenvolvidos por empresas como para
mapeamento de áreas e levantamento de safras.
A PrecisionHawk lançou em 2014 o próprio drone deles que foi projetado inicialmente para
aplicações agrícolas, que foi chamado de Lancaster.
Figura 3. Drone do modelo Lancaster
Partindo para a aplicação dos drones nas lavouras eles a partir dos mapeamentos aéreos feitos,
os drones ajudam muito para a aplicação de insumos tanto no controle de pragas e doenças como o
uso de fertilizantes para o solo da lavoura, a pulverização deles é muito precisa e principalmente
econômica.
As vantagens de se ter um drone é de se conseguir aplicar em terrenos acidentados, onde
máquinas teriam o difícil acesso ou até mesmo seria perigoso para o operador, a diminuição do
amassamento também é muito importante, pois se for uma lavoura grande a perda seria bem
significante, se compararmos também com as aeronaves maiores como os aviões aplicadores o custo
para aplicar e de manutenção de um drone é bem menor para se manter.
O uso de drones agrícolas acaba por produzir mais com menos recursos, o que permite que a
propriedade do produtor seja mais sustentável. Muito importante também por conta da localização de
áreas degradadas e identificação de focos de incêndio.
Os drones também servem para análise de plantações e detecção de doenças e pragas, também
o excesso ou falta de irrigação e falhas no plantio também é possível fazer uma leitura da cor das
plantas dependendo da altura em que o drone está sendo controlado.
Os drones também podem se casar muito bem com outras tecnologias do mercado que
necessitariam mão de obra, como o NDVI, basicamente é a biomassa fotossinteticamente ativa, ou
seja essa tecnologia mostra quais plantas estão saudáveis e quais não estão. Com a utilização do NDVI
em drones, eles conseguem a partir de um voo pelo plantio mapear em quais áreas da plantação estão
sadias e quais não, assim no final de tudo gerando um mapa para que o produtor tenha uma imagem
geral de como está a saúde da sua lavoura.
No Brasil quem dita as regras para os usos de drones, como quais podem ser utilizados peso
e tamanho, é a Agência Nacional de Aviação Civil. Recentemente foi simplificado as regras em
questão do uso de drones para a agricultura. Em 01° de maio de 2023 entrou em vigor a Resolução
n° 710, Emenda n° 03 ao RBAC-E n° 94 que simplificou o cadastro do uso de drones para a
pulverização em campo.
Existem 3 classes que foram feitas para dividir os drones em categoria de peso, a classe 1 pode
conter o peso máximo de decolagem maior que 150 kg, a classe 2 o peso máximo de decolagem é
entre 25 e 150 kg, já a classe 3 o seu peso máximo permitido para decolagem é de até 25 kg.
Os drones que estiverem operando para dispersão de fertilizantes e defensivos em uma linha
de visada visual em até 400 pés (120 metros de altura), serão encaixados na classe 3 de drones, não
dependendo de seu peso máximo.
Referências