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Introdução ........................................................................................................................ 3
Piloto de Drones – Básico I ............................................................................................... 5
1. Perspectivas e Nova Profissão ........................................................................... 5
Conhecimentos Aeronáuticos .......................................................................................... 7
1. Segurança Aeronáutica ...................................................................................... 7
2. Fenômenos Meteorológicos .............................................................................. 8
3. Aeródromos e Aeroportos ............................................................................... 10
Requisitos Médicos para Pilotos..................................................................................... 11
1. Condicionamento Psicomotor ......................................................................... 11
2. Psicotécnico ..................................................................................................... 11
Teoria de Voo e Aerodinâmica ....................................................................................... 12
1. Teoria de Voo e Efeitos Aerodinâmicos ........................................................... 12
2. Forças Aerodinâmicas ...................................................................................... 13
3. Equilíbrio .......................................................................................................... 14
4. Sistema de Comando e Controle ..................................................................... 15
Fundamentos de Rádio Frequência ................................................................................ 17
1. Conceitos e Definições ..................................................................................... 17
2. Alcance, Antenas e Interferência ..................................................................... 19
Checklist Pré-Voo............................................................................................................ 25
Planejamento de Emergência......................................................................................... 26
Os sete passos para se tornar um piloto/operador profissional.................................... 27
Conclusão........................................................................................................................ 31
Referências Bibliográficas ............................................................................................... 32
Até bem pouco tempo atrás o interesse civil nas aeronaves não tripuladas em nosso
espaço aéreo era sumariamente limitado aos hobistas com a prática de voos rádio
controlados de seus modelos de aviões e helicópteros. Essas práticas aqui no Brasil
encontram amparo desde 1999, e sob-regras específicas da Portaria nº 207/STE/1999.
Fonte: http://www.uavinsider.com/rotary-wing-vs-fixed-wing-uavs/
Há poucos anos, começamos a ouvir de uma forma mais ostensiva o termo “drones”
para designar não mais as aeronaves militares não tripuladas, largamente utilizadas pelo
governo norte americano em seus conflitos bélicos, mas sim pequenas aeronaves, de
asa fixa e rotativa, que também receberam este nome devido a sua capacidade de
realizar tarefas programadas, ou seja, voos autônomos.
Pois bem, qual a diferença entre um aeromodelo e um drone? Além dos sistemas
aviônicos bem mais simples, um aeromodelo será utilizado para uso recreativo
basicamente, um drone ou UAV (unmanned aerial vehicle – veículo aéreo não tripulado)
pode ser utilizado em diversos tipos de missões ou serviços como busca e salvamento,
segurança pública, inspeções industriais, mapeamento, agricultura e daí por diante.
Nosso maior desafio até então era a falta de uma norma voltada especificamente para
regular tais atividades, ou seja, aplicações comerciais com drones, sejam eles de asa fixa
ou rotativa como os multirotores. Entretanto este desafio já possui dias contatos, pois
no mês de setembro de 2015 foi aberta consulta pública pela ANAC (Agência Nacional
da Aviação Civil) que é o órgão responsável pela regulamentação do setor, para muito
em breve termos os enquadramentos necessários às atividades comerciais utilizando os
drones ou ARPs (Aeronaves Remotamente Pilotadas). Estamos apenas no início do
desenvolvimento desta tecnologia e ainda não possuímos o vislumbre de até onde ela
Fonte: http://aerial.swarmuav.com.au/blog/bring-it-all-together-whats-involved-a-successful-
drone-film-shoot
Fonte: http://droneanalyst.com/2014/10/28/gis-biggest-little-drone-market-world/
1. Segurança Aeronáutica
Até que ponto os drones se tornam um risco ao nosso tráfego aéreo?
Fonte: https://megaarquivo.com/category/aeronautica/
Uma nova geração de drones inteligentes irá possuir conexão constante com a internet,
planejamento de rotas integrado e sistema de sensores para desvio de obstáculos em
seu caminho.
Fonte: http://media.precisionhawk.com/topic/latas-bvlos-faa/
2. Fenômenos Meteorológicos
2.1 Fenômenos de microescala
2.2 Turbulência
3. Aeródromos e Aeroportos
3.1 Comunicações Aeronáuticas
Grande parte das melhores controladoras de voo existentes no mercado dos drones
possuem um sistema de segurança que impossibilita a operação dos mesmos próximos
a aeroportos e aeródromos, através do aferimento de sua posição por meio do sistema
GPS. Por isso, todo piloto deverá ao realizar o seu planejamento de voo, observar
atentamente a área que será sobrevoada tendo sempre em mente em primeiro plano o
fator segurança.
1. Condicionamento Psicomotor
O desenvolvimento psicomotor pode ser entendido como sendo a interação existente
entre o pensamento, consciente ou não, e movimento efetuado pelos músculos, com
ajuda do sistema nervoso. Desta forma, através da prática, devemos nos condicionar às
respostas em comandos, necessárias em cada evento durante um voo, fazendo assim
com que nosso cérebro assimile cada necessidade de movimento com sua correlação
exata nos “sticks” do rádio controle.
Nem todas as pessoas possuem esta área do desenvolvimento muito bem desenvolvida
e mesmo com bastante prática não atingem o entendimento psicomotor necessário
para pilotar uma aeronave remotamente pilotada nas situações ideais. Nem por isso
estes devem desistir de praticar, porque no segmento dos “drones” não existe somente
a função de piloto.
Há uma frase muito forte que sempre é lembrada em eventos de segurança de voo:
“Aviação não é feita para amadores! ” – A mais pura verdade! O que determina a
diferença entre um profissional e um amador, é o empenho e o treinamento envolvido
na prática da atividade. A chave desta frase, portanto é treinamento.
2. Psicotécnico
Será que todas as pessoas são naturalmente aptas a pilotar uma aeronave remotamente
pilotada?
Poderíamos dizer que todas as pessoas saudáveis conseguiriam sim pilotar drones.
Entretanto quando falamos de pilotagem a níveis profissionais, temos que lidar com os
melhores desempenhos, eliminando assim aqueles que se mostrarem medíocres na
prática deste tipo de atividade. Desta forma, minimizamos sobremaneira os riscos de
acidente, aprimorando o fator humano.
Fonte: http://www.falconairacademy.com/te-derribo-con-mi-canon-de-resonancia/
3. Equilíbrio
Existem três tipos de equilíbrio:
A aeronave só voa se for estaticamente estável, condição básica. Mas não é o suficiente,
pois as mesmas podem ainda serem dinamicamente estáveis, instáveis ou indiferentes.
1. Conceitos e Definições
As ondas de rádio são conhecidas por ondas de radiofrequências ou, simplesmente,
radiofrequência. Essas ondas são campos eletromagnéticos utilizados nas comunicações
sem fio. Como essas ondas levam energia de um ponto ao outro, isso permite a
comunicação sem a necessidade de fios, como nas transmissões de televisão, rádio e
celulares.
Mecânicas - Requerem um meio material para se propagar seja ele sólido, líquido ou
gás. Não se propagam no vácuo. Uma energia ou perturbação introduzida no sistema
faz com que ela se propague através do material pela movimentação ou choque de
partícula a partícula, tentando manter a “informação” ou o tipo de perturbação.
Eletromagnéticas - Não requerem meio material. Podem se propagar no vácuo, ar, água
e alguns sólidos. Propagam-se pela sucessão alternada de campos elétricos e
magnéticos mutuamente perpendiculares.
1.2 Frequência
A frequência (f) de uma onda é a quantidade de vezes que a onda oscila em um segundo,
conhecido por Hertz (hz), esta é a unidade de frequência.
Assim, se uma onda oscila dez vezes em um segundo, podemos dizer que a frequência
é 10 Hz.
O meio é onde o sinal viaja. Pode ser o ar, o espaço, a água, fios ou qualquer outra forma
que permita a passagem do sinal com maior ou menor intensidade. Cada meio apresenta
suas próprias vantagens e distorções.
1.5 Atenuação
Atenuação ou perda de transmissão ocorre com qualquer tipo de sinal, seja digital ou
analógico, transmitido com ou sem fios. Isso ocorre quando há diminuição do sinal à
medida que a distância é percorrida, quanto maior for a distância, maior é a atenuação,
até o ponto que o sinal torna-se fraco e não pode mais ser entendido pelo destinatário.
De uma forma geral, os sinais analógicos podem ser transmitidos a distâncias maiores
que os digitais, enquanto os sinais digitais trabalham apenas com dois sinais distintos
(os bits 1 e 0, representados por diferentes e pequenas tensões elétricas).
1.6 Reflexão
Radiofrequência;
Antenas;
Interferência;
Potência de transmissão;
http://www.parrot.com/uk/products/skyc
ontroller/
900MHz (0.9GHz)
5.8GHz
2.1 Antenas
Omni direcionais
Fonte: http://www.l-com.com/content/Article.aspx?Type=L&ID=10155
Path ou Direcionais
Fonte: http://www.spektrumrc.com/Products/Default.aspx?ProdId=SPMR7710
Fonte: http://www.aliexpress.com/price/fpv-long-range_price.html
Polarizadas
Mesmo um RPAS não sendo tão complexo e perigoso como uma aeronave tripulada, os
pilotos possuem grande responsabilidade nesta atividade e uma série de averiguações
antes de iniciar o voo. Desta forma, os riscos de qualquer acidente são
consideravelmente reduzidos. A listagem abaixo cobre o essencial, porém se aplica a
qualquer voo:
A maior parte das emergências irão resultar em queda e a maior parte das quedas
ocorrem nos primeiros voos do piloto ou quando a aeronave é nova e desconhecida. A
listagem abaixo irá explicitar algumas observações e ideias sobre como reagir em
situações de emergência. Deve se observar que são apenas algumas situações e
dependendo da ocorrência outras medidas que não foram citadas poderão ser as mais
indicadas. Na maior parte dos casos, é melhor perder o RPAS do que expor pessoas ao
risco.
Se você não possui experiência de voo como piloto, não tente recuperar o
controle, diminua a aceleração e deixe a aeronave tocar o solo. Tentando corrigir
sem experiência poderá lhe fazer perder o contato visual e desta forma não
recuperar o RPAS;
Acelere ao máximo para que não corra o risco da aeronave se colidir com alguém,
quando estiver fora da zona de risco, tente recuperar o controle e pousar com
segurança;
Nada que você possa fazer além de verificar se seu rádio controle está com
bateria suficiente e antenas corretamente posicionadas;
Por isso desenvolvemos a ideia dos 7 passos, que são em realidade, apontamentos
práticos para quem está iniciando sua jornada no campo das aeronaves remotamente
pilotadas.
O UAS correto para você pode não ser o mesmo que para todos os outros. Devemos
considerar:
Para iniciantes o ideal é ganhar experiência com equipamentos pequenos, pois são
melhores para voos em áreas internas e por vezes também em áreas externas quando
em situações meteorológicas ideais. Estes geralmente são mais baratos pois em sua
maioria são utilizados com propósitos recreativos apenas, mesmo os modelos que vem
com câmeras para foto e vídeo.
Yaw, pitch e roll, são simplesmente termos que se referem à direção do voo.
Primeiramente decole seu RPA a uma altitude de no máximo 3 metros. Então mova cada
direcional individualmente de forma bem sutil e continue realizando cada movimento
repetidamente até que se sinta seguro de combinar dois ou mais movimentos juntos.
Agora que já sabe como orientar seu RPAS, deverá iniciar a prática de precisão nos
movimentos.
Praticar este tipo de voo irá requerer um bom equilíbrio entre os controles de yaw, pitch,
roll e aceleração (throttle). Se você pode realizar este tipo de voo ajustando os
movimentos citados precisamente, certamente terá um excelente aprendizado prático
no que tange ao condicionamento psicomotor utilizando todos os comandos ao mesmo
tempo.
Sua aeronave irá iniciar o movimento circular, entretanto para se adquirir a habilidade
prática de aumentar ou diminuir a curva que estará sendo realizada, será necessário
experimentar diferentes medidas em cada comando de acordo com as percepções do
piloto.
Continue praticando esta técnica até que já possua o domínio do voo circular em todas
as direções, pois daí estará apto ao passo final.
Voar em forma de “8” ou forma do símbolo do infinito irá lhe ensinar como equilibrar
os comandos de yaw, pictch, roll e throttle, nos momentos em que a frente ou o “nariz”
de sua aeronave estiver em direções diferentes da frente do piloto. Esta não é uma
prática simples e seu aprendizado faz toda diferença entre um piloto habilidoso e
aqueles que apenas sabem como decolar e pousar seu equipamento.
Este exercício não é simples de ser realizado, então pratique no seu tempo, sempre
primando pela segurança. Não se frustre por não conseguir concluir a manobra logo nas
primeiras tentativas, 80% dos aprendizes só conseguem realizar este tipo de voo após
meses de práticas. O tempo de seu aprendizado para se tornar um piloto experimentado
será diretamente proporcional ao tempo a que se dedica à prática dos 7 passos.
Aqueles que desejam de fato entrar neste segmento profissionalmente, deverão desde
o princípio entender a seriedade e os riscos que suas atividades irão envolver, para que
daí sim, possam entender a importância de se buscar conhecimento e se comprometer
com o aprendizado. Pilotar um drone que você compra por R$5.000,00 para fazer
algumas imagens aos fins de semana certamente é muito divertido, porém quando você
está pilotando uma aeronave que pode custar em torno de R$50.000,00 ou
R$100.000,00, garantimos que mesmo com o conhecimento e experiência de anos de
voo, a tensão existe. Desta forma cabe a todo piloto ter sempre em mente que uma
queda é uma possibilidade em todo voo, e cabe a ele por obrigação, minimizar este risco
ao máximo possível e estar preparado para qualquer emergência. Disciplina acima de
tudo em seu aprendizado e em seus voos.
CALIXTO, Felipe. Pilotagem Profissional de RPAS C. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:<
http://academy.itarc.org/>. Acesso em: 30 mai.2015.