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Ciclones
Ciclones
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
1. CICLONES .............................................................................................................................. 5
8. Importância ............................................................................................................................ 20
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 21
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 22
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INTRODUÇÃO
Objectivos
Objectivos Geral
Definir Ciclone;
Explicar os processos de formação dos ciclones;
Apresentar a metodologia aplicada ao estudo dos ciclones;
Descrever o processo de mapeamento dos ciclones (Cartografia);
Elucidar as medidas de mitigação;
Analisar a legislação aplicada;
Demostrar a Importância no Planeamento e Ordenamento Territorial.
Metodologia
1. CICLONES
1.1. Conceitos
Ciclone é uma área de baixas pressões atmosféricas onde há um padrão de ventos claramente
definido, com os ventos suspensos fluindo ciclonicamente (na forma circular em relação ao
centro de baixas pressões) com velocidades que variam de 20 km/h a mais de 300 km/h. (Ahrens,
1994, Buckle, 1996, Allaby 2007 e Longshore, 2008 apud Rebelo, 2020: 59)
Os ciclones tropicais, também conhecidos como tufões e furacões, formam-se nas regiões
tropicais e subtropicais dos oceanos. Apesar da sua nomenclatura, eles são do mesmo tipo do
sistema de tempo, que em termos de combinação de intensidade e extensão é o distúrbio mais
poderoso da atmosfera terrestre (Mcilveen apud Rebelo, 2020: 58).
Um ciclone é um enorme sistema de vento forte que sopra em torno do centro de uma área de
baixa pressão intensa. Ciclone é o nome local do Oceano Indico e do Oceano Pacifico Sul, mas o
Oceano Pacifico Noroeste são conhecidos como tufões, e no Oceano Pacifico Nordeste e
Atlântico Norte, são conhecidos como furacões (UN-HABITAT, 2009).
Apesar de ser mais comum os ciclones se formarem em regiões de clima tropical, subtropical e
equatorial, dependendo da latitude e do clima inserido, os ciclones podem ser:
O Ciclone Tropical: ocorrem em locais de clima tropical com altas taxas de humidade e
elevadas temperaturas, sendo acompanhados de fortes tempestades de chuvas e ventos.
O Ciclone Subtropical: acompanhado por ventos com alta velocidade, esse tipo de ciclone
ocorre em locais de clima subtropical, os quais englobam características dos ciclones tropical e
extratropical.
O Ciclone Polar: ocorrem em locais de clima polar, ou seja, que apresentam baixas temperaturas
e, consoante o local em que se desenvolvem, polo norte ou polo sul, são classificados em:
ciclone árctico ou ciclone antárctico.
Furacão ou Tufão: os furacões ou tufões são ciclones que se formam no oceano, caracterizando
fenómenos violentos com ventos fortíssimos que atingem mais de 200 km/h.
Os ciclones se formam por condições atmosféricas que precisam ser favoráveis ao início da
circulação dos ventos em torno de um centro de rotação. “Os ciclones formam-se sobre os
oceanos tropicais, geralmente entre 5º e 20º de latitude, onde os ventos são fracos, a humidade é
alta, e a temperatura da água à superfície do oceano é elevada. Também é importante referir que
para uma massa de tempestades não organizadas se desenvolver em ciclone, os ventos da
superfície devem convergir (Ibid, 60).
Para que um ciclone desenvolva-se é necessário que exista inicialmente a formação de uma
tempestade tropical no oceano, sobre águas relativamente quentes, isto é, com temperatura da
superfície do mar (TSM) superior a 26,5C. No entanto, Walton (1976) citado por Kobiyama
(comenta que também podem formar-se ciclones com temperaturas de até 23ºC, mesmo que
esporadicamente.
2.3. Decadência
o monitoramento dos padrões atmosféricos que permitem a identificação de ciclones, análise dos
campos globais de pressão, vento, altura geopotencial, radiação de onda longa emergente e
temperatura da superfície do mar e avaliação de diferentes modelos climáticos (Taljjard, 1967;
Sinclair, 1994). Os ciclones são identificados e rastreados com o auxílio do algoritmo
desenvolvido por Murray e Simmonds (1991), que identifica os sistemas através da busca de
mínimos de pressão atmosférica ao nível médio do mar.
Para identificar a primeira posição de um ciclone o algoritmo faz uma busca dos pontos de grade
que possuem valor mínimo de pressão e após procura pelos pontos nos quais o laplaciano
horizontal da pressão em relação aos pontos vizinhos é maior do que um valor positivo
previamente especificado. O tracking é realizado baseado numa estimativa da velocidade de
deslocamento do sistema.
Os dados de pressão ao nível médio do mar são obtidos do projecto de reanálises R-1 do
National Centers for Environmental Prediction (NCEP – Kalnay et al., 1996). Nos resultados
será dada uma abordagem ao Índice de Oscilação, Observa-se uma massa de ar frio na Região
Sul e grande parte do Oceano na retaguarda, confinada com a baixa pressão.
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As análises dos campos de vento em 850hPa e 300hPa são plotados do modelo MBAR, jogando
ar frio para a formação do ciclone. Temperatura da Superfície do Mar e Barograma Geralmente
tem sido mostrado por alguns especialistas e pesquisadores, que na formação e desenvolvimento
de furacão, é necessário que as temperaturas da superfície do mar (TSM), sejam em torno de 27º
C ou mais.
Em primeiro lugar temos que definir o conceito de mapa de risco e seus componentes. De
maneira geral, a cartografia de riscos tem como objectivo identificar as áreas geográficas
susceptíveis a sofrer danos caso haja uma ameaça.
Habitualmente se considera que o risco existe quando estamos diante de um perigo (natural ou
feito pelo homem) podendo ser melhor medido considerando-o de forma abrangente, posição de
dois elementos: exposição ao perigo, as vezes chamada de periculosidade natural, é a
vulnerabilidade do território a um perigo; e a exposição que seria a probabilidade de um evento
potencialmente prejudicial acontecer em um local e dentro de um período de tempo definido.
Portanto sua determinação requer a realização de dois tipos de operações, por um lado é
estabelecer a exposição territorial ao perigo, ou seja quais áreas serão afectadas e quais serão
menos afectadas, e por outo lado quantas vezes um fenómeno novo pode ocorrer dentro de um
período de tempo especifico.
R⁼A*V
ONDE:
R –é o risco,
Para a explicação da cartografia de ciclones, neste caso de risco recorremos ao Modelo da ARC
(African Risk Capacity, 2020).
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A ARC estabeleceu uma parceria com a Kinetic Analysis Corporation (KAC) com vista a
desenvolver um modelo capaz de fazer uma estimativa precisa dos riscos e perdas devidos a
eventos de ciclones tropicais adaptados à região do SWIO onde se localizam os Estados-
membros da ARC interessados.
Módulo de Perigo: Calcula em tempo quase real a velocidade máxima do vento e a altura das
tempestades causadas por um ciclone tropical.
Módulo de Exposição: Descreve os activos económicos com base nas categorias de uso do solo
em cada país, bem como o custo de substituição de cada activo exposto.
Módulo de Seguro: Calcula as estimativas de perdas para uma carteira de activos com base nas
condições contratuais. Um pagamento inicia ao nível de accionamento (Limite de
Responsabilidade) definido pelo titular da apólice de seguro.
Os dados de elevação e batimetria (utilizados como contributos para a moldagem do perigo) são
compilados utilizando uma variedade de fontes, incluindo imagens multiespectrais Landsat,
dados SRTM e batimetria do Serviço Nacional dos Oceanos, e batimetria derivada de satélite
para áreas próximas da costa. Os conjuntos de dados de elevação são utilizados na avaliação dos
perigos hidrometeorológicos (batimetria e topografia para perigos costeiros e inundação,
topografia para o vento). Os conjuntos de dados Landcover são igualmente utilizados como
contributo para o modelo (Idem).
Para o seu modelo de Ciclones Tropicais, a ARC analisou duas fontes: Centro Conjunto de
Alerta de Tufões (JTWC) que recolhe e partilha de forma gratuita dados em tempo quase real
sobre os Ciclones Tropicais a nível mundial e o Météo France La Reunion, Organização Mundial
de Meteorologia (OMM) - designado Centro Regional Especializado de Meteorologia (RSMC)
para a região do Sudoeste do Oceano Índico. Ambos utilizam o sistema Automático de Previsão
de Ciclones Tropicais (ATCF). O ATCF contém o seguinte para cada ciclone com uma resolução
de ~ 1 km:
Módulo de Exposição: Que activos estão expostos aos ciclones e quais são os seus valores?
É utilizada uma metodologia complexa para gerar uma base de dados de exposição em rede
derivada a partir de dados de detecção remota (incluindo população e utilização do solo) e
informação económica. Os dados de exposição para o modelo de Ciclones Tropicais da ARC têm
em conta as alterações nos dados relativos ao PIB, população e utilização do solo que estão
disponíveis com uma cobertura global e uma resolução de pelo menos 1 km (ARC, 2020).
Segundo UN-HABITAT (2009), existem três perigos associados a um ciclone, que causam
destruição.
a) Onda de tempestade: Uma onda de tempestade é uma elevação anormal do nível do mar perto
da costa causada por um ciclone tropical severo; como resultado, a água do mar inunda as áreas
baixas das regiões costeiras, afogando seres humanos e animais, erodindo terras agrícolas, praias
e diques, destruindo a vegetação e reduzindo a fertilidade do solo.
b) Vento forte: A força mais destrutiva de um ciclone vem de ventos violentos. Esses ventos são
fortes o suficiente para derrubar facilmente cercas, árvores, postes de energia e sistemas de
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comunicação, enquanto lançam pessoas indefesas pelo ar. Muitas pessoas morrem quando os
ventos do ciclone fazem com que edifícios e casas desmoronem e explodam completamente,
resultando na perda de vidas e propriedades.
Escala 1
Não são verificados danos estruturais nas edificações mais resistentes. Os danos iniciais são
verificados principalmente em árvores e arbustos, trailers e placas, e destelhamento generalizado.
Escala 2
Destruição parcial de telhados, portas e janelas. Os danos mais severos ocorrem nas casas de
madeira. Muitas árvores são derrubadas.
Escala 3
Grandes derrubadas, e muitas perdem todas as folhas (efeito paliteiro). Destruição dos telhados,
portas e janelas de casas e danos na estrutura de edifícios pequenos. Nos EUA é exigida a
retirada dos moradores das áreas costeiras.
Escala 4
Destruição completa de casas de madeira. Danos estruturais em residência de alvenaria. Árvores,
arbustos e todas as placas e sinais são derrubadas. Muitas árvores são arrastadas pelos ventos.
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Nota-se que nos EUA é obrigatória a retirada total das pessoas que moram próximo à costa e que
vivam em terrenos baixos, a uma distância de 10 km do mar.
Escala 5
Árvores grandes são arrancadas pela raiz. Casas de alvenaria são destruídas. Telhados e paredes
de casas e edifícios resistentes são severamente danificados. Todas as placas e sinais de trânsito
são arrancados ou destruídos, transformando-se em projécteis. É obrigatória a evacuação em
massa a uma distância de 16 km do mar.
6. Medidas de Mitigação
As medidas de mitigação para ciclones incluem medidas estruturais e não estruturais. Essas
medidas precisam da intervenção do governo, bem como da participação da comunidade.
Algumas das medidas, especialmente legislação e questões de política, não podem ser iniciadas
pela própria comunidade, mas precisam da iniciativa e intervenção do governo. Visto que as
pessoas locais são as pessoas mais conscientes dos pontos fortes e fracos de sua área,
localização, cultura e costumes da comunidade, algumas actividades devem ser iniciadas e
desenvolvidas pela própria comunidade. Essas actividades de mitigação da comunidade podem
ser realizadas com o apoio do governo e de organizações sociedade civil (UN-HABITAT, 2009).
Em terra, os efeitos causados pelos ciclones são os mesmos causados pelos vendavais, isto é, os
ventos comportam-se similarmente, variando somente em intensidade. Assim, as mesmas
medidas preventivas utilizadas para vendavais também são adoptadas para ciclones. Ressalta-se
que é fundamental proteger as janelas e portas com lâminas de madeira (madeirite); não sair de
casa por causa dos projécteis e ter um kit emergência em casa (radio, lanterna, pilhas, roupas,
medicamentos, comidas não perecíveis e água potável) que possa durar alguns dias (FEMA apud
Kobiyama, et al., 2006).
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Antes do Ciclone
Durante o ciclone
Proteja-se em cómodos com poucas ou nenhumas janelas e que possuam cobertura de laje
de concreto, preferencialmente nos banheiros e corredores;
Só saia quando o vento acalmar ou receber o comunicado dos órgãos de defesa que o
perigo já passou;
Em lugares abertos mantenha-se junto ao solo, de preferência deitado em alguma
depressão do terreno para não ser lançado pela força dos ventos ou atingido por
projécteis;
Não dirija, pois você poder ser atingido por árvores, placas, projécteis e postes;
Caso você esteja dentro de um carro, pare o mesmo em local aberto, longe de rios, pois as
fortes chuvas costumam ocorrer associada aos ciclones.
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Depois do ciclone
Evite deslocar-se em virtude dos postes e linhas eléctricas caídas. Além disso, muito
cuidado ao caminhar, pois pode se ferir seriamente em função da grande quantidade de
entulhos e objectos pontiagudos no chão;
7. Legislação Aplicada
A Política de Gestão de Calamidades define como principais estratégias para a redução de risco e
vulnerabilidade:
Os Planos de Contingência são documentos anuais que têm como objectivo a identificação das
actividades a realizar a todos os níveis, orientação e mobilização da população nas zonas de
risco, como forma de prevenir, reduzir o risco e mitigar as consequências das calamidades
(cheias, ciclones e secas).
Os Planos de Contingência contêm possíveis cenários em caso de desastre, dependendo da sua
natureza, grupos em risco e medidas de preparação para minimizar os efeitos do evento.
Ordenamento territorial;
8. Importância
Actualização dos mapas com a escala adequada (para permitir a tomada de decisões ao
nível local);
Fazer o Planeamento do uso da terra, que deve ser sistematicamente considerado para
ciclones, de modo que as actividades menos críticas sejam colocadas em áreas
vulneráveis áreas. A localização das principais instalações deve ser marcada no uso da
terra.
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CONCLUSÃO
Após uma detalhada e minuciosa avaliação do trabalho, segundo aquilo que foi abordado durante
a compilação do trabalho, foi percebendo-se que, o ciclone é o evento mais perigoso e mais
mortal da atmosfera. É o fenómeno atmosférico que apresenta altos índices de vulnerabilidade.
Sem deixar escapar que nos últimos anos Moçambique foi palco de vários eventos ciclônicos,
que provocaram danos socioeconómicos irreparáveis para o país.
Também foi constatado que nos países com bom sistema de alerta para esse tipo de evento,
existe um sistema integrado de previsão de ciclones ou furacões, constituído por satélites
meteorológicos, sistemas de radar, aviões, navios e outros recursos utilizados pelos serviços
meteorológicos.
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BIBLIOGRAFIA
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Africa. Disponível na Internet via: <https://www.africanriskcapacity.org>...PDF> Acesso: 17 de
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