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Drones
1. O que é um drone?
Gerar esses produtos requer acesso a software que seja capaz de realizar a
junção das imagens. Há opções de código aberto e produtos comerciais para isso,
com diferentes níveis de capacidade técnica necessária para alcançar resultados
de alta qualidade.
As ferramentas de código aberto podem ser mais flexíveis nesse aspecto,
mas requerem, muitas vezes, um alto nível de conhecimento das linguagens de
script e de programação (Forsmoo et al., 2019). Para executar esses fluxos de
trabalho, é necessário um PC adequado, uma vez que as demandas de
processamento crescem com a quantidade de fotografias – embora novas opções
estejam se tornando cada vez mais disponíveis para o processamento e
armazenamento de dados grandes na nuvem.
Ademais, aeronaves de asa fixa são mais suscetíveis a forças como o vento
e, por isso, controlar a velocidade da plataforma pode ser um desafio em certas
condições climáticas. Aeronaves mutirotores, por outro lado, podem se
posicionar relativamente estáveis e alcançar velocidade constante mesmo em
situações de vento forte, tornando os dados mais reproduzíveis e menos
suscetíveis a erros causados por tais fatores (ex.: imagem borrada ou desfocada
se a plataforma se mover rápido demais ou for atingida pelo vento).
10.2. Um GPS de alta precisão que supere o GPS a bordo do drone. Ele
pode ser usado para mapear os pontos de controle no solo em uma
maior precisão, com os dados decorrentes sendo usados para
restringir as dimensões dos fluxos de trabalho fotogramétricos.
A Tabela 1 apresenta uma visão geral dos drones mais usados com
algumas publicações científicas destacadas, mostrando seu uso em aplicações de
ecologia e conservação. Em resumo, há duas famílias principais de drones leves
disponíveis para uso em trabalhos de ecologia e conservação: o sistema de asa
fixa e o multirotor.
Os sistemas de asa fixa oferecem uma duração consideravelmente maior
(1-2 horas por bateria em alguns casos), permitindo uma cobertura de área maior
por levantamento, já que são mais aerodinâmicos. Nos locais onde a legislação
permite, mapeamentos além da linha de visada visual (BVLOS) podem ser
realizados com eficácia por esse tipo de plataforma. Por essa razão, eles foram
bem utilizados no mapeamento de áreas remotas em florestas tropicais, por
exemplo.
Os drones multirotores, ou “cópteros”, por outro lado, são menos
aerodinâmicos, oferecendo menos tempo de voo por bateria, mas tendem a ser
mais estáveis e maneáveis, e são mais comuns no mercado comercial do que os
sistemas de asa fixa, tornando-os o esteio da maioria das pesquisas com drones
em ecologia e conservação. Avanços no software de piloto automático significam
que, no geral, os sistemas multirotores e de asa fixa podem se estabilizar em voo
com a mínima contribuição do piloto.
Os multirotores são mais barulhentos do que os drones de asa fixa, uma
vez que possuem mais rotores e motores e, por isso, podem causar perturbações à
vida selvagem, o que pode prejudicar o objetivo de um mapeamento.
Consequentemente, planos de voo sensíveis a essas questões devem ser
elaborados para gerar o mínimo de estresse nos organismos-alvo. Por outro lado,
a decolagem e pouso dos drones de asa fixa requerem uma maior habilidade do
piloto, mais espaço e, às vezes, mais infraestrutura do que os multirotores, que
decolam verticalmente. Alguns sistemas de asa fixa, por exemplo, podem ser
lançados à mão, enquanto outros requerem propulsão, como uma catapulta
acionada por mola.