Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Versão 1.0
G-drones
http://www.g-drones.com.br/
Ele não pode ser distribuído, reproduzido ou copiado sem expressa autorização da G drones.
www.g-drones.com.br
contato@g-drones.com.br
https://www.facebook.com/gdrones
11-36731016
Rua Desembargador do Vale, n°653 – Pompéia – São Paulo/SP
CNPJ 22.619.376/0001-11
2 Legislação
A seguir são apresentadas as principais leis, resoluções e normas para a aplicação de drones em
mapeamento.
• ICA 100-40 - Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas e o Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro
• ICA 100-12 - Regras do Ar
• ICA 100-37 - Serviços de Tráfego Aéreo
• AIC-N 24/18 – Uso da Defesa Civil, Segurança Pública
Apostila do curso de mapeamento por meio de drones
www.g-drones.com.br
Tel (11) 36731016 6
• AIC-N 23/18 – Uso de órgãos públicos
• AIC-N 17/18 - Aeromodelismo
Os voos no interior de prédios e construções fechadas, mesmo que parcialmente, incluindo ginásios,
estádios e arenas a céu aberto (até o limite vertical da sua estrutura lateral) são de total responsabilidade
do proprietário da estrutura ou do locatário do imóvel e deverão estar autorizados pelo mesmo, não
sendo considerados “espaços aéreos” sob a responsabilidade do DECEA.
Cabe observar que órgãos públicos, de segurança e defesa civil possuem algumas flexibilizações na
regulamentação. Ex:
Categorias:
Categoria "a" – Empresas executantes de todas as fases do aerolevantamento (fases aeroespacial e
decorrente);
Categoria "b" – Empresas executantes apenas de operações aéreas e/ou espaciais (fase aeroespacial); e
Categoria "c" – Empresas executantes da interpretação ou de tradução dos dados obtidos em operações
aéreas e/ou espaciais por outras organizações (fase decorrente).
INCRA
Norma de execução nº2 de 19 de fevereiro de 2018 estabelece critérios para uso de aerofotogrametria
em georreferenciamento de imóveis rurais.
O profissional que utilizar aerofotogrametria para georreferenciamento de imóveis rurais deverá manter
consigo, sendo passível de consulta:
• Relatório de processamento do levantamento aéreo, bem como os relatórios de processamento e
ajustamento dos pontos de controle
• Relatório de controle de qualidade posicional coma a avaliação da acurácia posicional absoluta
• Imagens aéreas ortorretificadas
• Licença, habilitação e homologação – o que couber – das agências e órgãos reguladores
Art. 302. A multa será aplicada pela prática das seguintes infrações:
e) utilizar ou empregar aeronave em serviço especializado, sem a necessária homologação do órgão
competente;
h) introduzir aeronave no País, ou utilizá-la sem autorização de sobrevôo;
n) não observar, sem justa causa, os horários aprovados;
CAPÍTULO IV
Da Detenção, Interdição e Apreensão de Aeronave
Art. 303. A aeronave poderá ser detida por autoridades aeronáuticas, fazendárias ou da Polícia Federal,
nos seguintes casos....
ENGENHARIA E MINERAÇÃO
- MONITORAMENTO DE OBRAS
- TOPOGRAFIA
- EXTRAÇÃO DE VOLUMES DE CORTES E ATERROS.
Apostila do curso de mapeamento por meio de drones
www.g-drones.com.br
Tel (11) 36731016 11
- EXTRAÇÃO DE VOLUMES DE MINÉRIO E ESTÉRIL
ÁREAS URBANAS
- PLANEJAMENTO
- CADASTRO MULTIFINALITÁRIO
- OCUPAÇÕES IRREGULARES
- EPIDEMIAS
ENSINO E PESQUISA
(FLORENZANO, 2002)
Espectro eletromagnético
Refere-se à distância ou área representada em cada pixel da imagem. O GSD é calculado a partir do
tamanho do pixel no sensor, distância focal e altura de voo em relação ao solo.
Ponzoni, 2015.
Resolução radiométrica
4 Tipos de sensores
- Resolução. Quanto maior, melhor, pois mais amostras de radiância serão captadas.
- Disparador. Disparadores globa shutter são melhores, pois a distorção geométrica tende a ser menor do
que em sensores rolling shutter.
- Tamanho do sensor. Quanto maior, melhor para a definição da imagem e redução de ruídos.
ARPs podem ser de diferentes tipos de plataformas, como por exemplo Dirigíveis, Helicópteros,
Multirrotores, Asa fixa. Cada plataforma exige conhecimentos específicos
Parrot Disco
Phantom 4 RTK
Procedimentos pré-voo
Fonte: Pix4D
É importante que os pontos de apoio sejam bem distribuídos pela área para evitar propagação de erros.
Planejar uma missão que captura imagens de alta qualidade requer um balanceamento dos parâmetros
de operação com os fatores ambientais da área da missão. Para isso, é importante entender os conceitos
Apostila do curso de mapeamento por meio de drones
www.g-drones.com.br
Tel (11) 36731016 22
básicos de fotografia para garantir a qualidade das imagens, como ISO, Abertura do Diafragma e
Velocidade do Obturador. Abaixo são explicados estes conceitos e apresentados alguns parâmetros que
podem ser utilizados nos voos mais rotineiros.
• ISO
O ISO refere-se à sensibilidade do sensor da câmera à luz. Ele é definido em números como 100, 200, 800,
6400. Valores mais baixos indicam menor sensibilidade do sensor à luz, sendo assim indicados para dias
muito ensolarados. Por outro lado, valores maiores são indicados para dias nublados, com baixa
luminosidade, uma vez que o sensor se apresenta mais sensível.
Entretanto, em planejamentos rotineiros, esta variação de ISO não se dará de forma muito expressiva,
normalmente variando entre 100 e 400 dependendo das condições do momento.
• Abertura do Diafragma
Para entender a função do diafragma, pense que o mesmo atua como a pupila nos olhos. Ela controlará a
quantidade de luz que poderá entrar, dilatando-se ou contraindo-se de acordo com a luminosidade que
chega até ela.
A abertura do diafragma é definida e expressa por uma fração “f”, sendo que valores mais baixos de
denominador (p.ex. f/2) representam maior abertura do diafragma, ao passo que valores maiores do
denominador (p.ex. f/16) representam aberturas menores.
Em dias muito ensolarados é aconselhado que sejam usados valores maiores (p.ex. f/4 ou f/5.6),
enquanto que em dias nublados é aconselhado valores baixos (p.ex. f/2), para maior captação de luz pelo
sensor.
• Velocidade do Obturador
O Obturador é uma espécie de cortina, pela qual a luz passará até atingir o sensor. A velocidade com que
o obturador abre e fecha, portanto, será responsável por determinar o tempo ao qual o sensor estará
exposto à luz, e este valor é expresso em segundos, ou frações de segundos. Deste modo, valores mais
baixos (p. ex. 1/2000) significam que o sensor da câmera estará exposto por pouco tempo à luz incidente
sobre ele, enquanto valores mais altos de exposição (p. ex. 2 segundos) significam que o sensor estará
exposto por mais tempo à luz.
Este conceito é muito importante pois, considerando que a câmera está em movimento (a bordo do
drone), velocidades muito baixas podem resultar em borramento das imagens, uma vez que o sensor
estará captando luz por muito tempo. Deste modo, é aconselhável que se mantenha a exposição no
menor valor possível (p. ex. 1/2000), compensando-se os outros parâmetros, como o ISO e a Abertura do
diafragma.
Abaixo são apresentadas sugestões de configurações de parâmetros para diferentes condições de voo:
Nesta apostila serão transmitidas informações genéricas sobre a preparação de drones para voos.
Alertamos para a leitura do manual do equipamento a ser operado para obtenção de informações mais
detalhadas.
Cada drone possui especificidades e capacidades operacionais diferentes.
Carregamento de baterias
As baterias são itens essenciais e dos mais importantes a serem gerenciados na operação de drones.
Voar com a bateria fraca é um risco e pode torná-la permanentemente inutilizável. Sempre voe com uma
bateria totalmente carregada.
Carregue a bateria usando um carregador próprio para o modelo. Sempre monitore a bateria enquanto
carrega. Deixe-a distante de altas e baixas temperaturas, materiais inflamáveis e pontas perfurantes.
Sempre transporte, carregue e guarde a bateria na bolsa de proteção.
Inspecione a bateria antes e depois do voo. Se observado qualquer inchaço, vazamento ou a bateria não
funcionar, não a utilize; localize o centro de descarte de bateria mais próximo e a descarte.
Evite armazenar a bateria totalmente carregada ou descarregada por períodos maiores que 10 dias, para
que ela não se deteriore de forma acelerada e perca vida útil. É necessário que deixe a bateria em um
modo próprio para armazenamento (“Storage”). Neste modo, as células permanecem em voltagem
próxima à metade de sua capacidade, tornando-as mais seguras para transporte e aumentando a vida útil
das células.
Para deixá-las em modo de armazenamento, utilize a função “Storage” de seu carregador.
Modos de voo
Normalmente os drones possuem ao menos 3 modos de voo: voo manual com manutenção da altitude
(Altitude Hold), modo fixado por GPS (LTR/loiter), e missão (AUTO).
LTR/loiter – planar
Utilize este modo para manter seu equipamento pairado automaticamente, baseando-se em sua posição
pelo GPS. Use o controle para ajusta a posição e então solte as alavancas para manter aquela posição.
Este é o modo indicado para iniciantes aprenderem a voar. Para manter a altitude, é necessário que se
mantenha a alavanca de potência próxima à 50%. Acima disso o equipamento irá subir e, abaixo, descer.
AUTO – missão
Utilize o modo AUTO para voar uma missão automática. Seu equipamento irá voar automaticamente a
missão previamente planejada.
As informações a seguir são para controles em modo 2. A maioria dos drones possui este sistema de
controle.
Aceleração (Throttle)
Mova a alavanca esquerda suavemente para cima e para baixo para controlar a altitude.
Giro (Yaw)
A alavanca direita permite deslocar seu equipamento horizontalmente no ar. Lembre-se de identificar
visualmente a frente e traseira do equipamento, para evitar comandos trocados.Quanto mais você
deslocar a alavanca, mais rápido ele se moverá.
- Aceleração:
- Inclinação:
Decolagem
Cada asa fixa possui modos diferentes de decolagem, como por arremesso, estilingue ou ainda por
catapulta.
Encontre um local de lançamento com espaço suficiente à sua frente.
Pouso
Para o pouso, cada equipamento possui também procedimentos específicos, verifique o manual do seu
equipamento. Há pousos por paraquedas, por método automático ou ainda manual.
Para pouso manual:
- Voe em um padrão circular acima da área de pouso.
- Quando atingir uma altitude entre 20 e 40 m, venha com o avião em direção à área de pouso, contra o
vento, diminuindo aos poucos a altitude.
- Quando a altitude do avião chegar à altitude de 10 metros coloque a alavanca esquerda totalmente para
baixo para desligar o motor e começar a planar em um ângulo de 15 a 20º do bico em relação ao chão.
Mantenha o dedo segurando a alavanca esquerda para baixo, para garantir que o motor não gire durante
o pouso.
- Quando a aeronave estiver a um metro do solo, mova a alavanca direita para cima (incline o avião) de
forma que a mesma toque o solo com o corpo da aeronave e não o bico nem com a parte do motor.
Pratique o controle das alavancas do seu equipamento para se familiarizar. Repita ações como decolar e
pousar, manter a altitude e voar em formatos padronizados (como um círculo e um símbolo 8). Lembre-
se de treinar com o equipamento a uma distância segura de você, voando com ele a sua frente e não em
cima de você. Além disso, experimente dominar o controle do voo quando o equipamento está indo para
longe de você e depois para perto. O domínio dos controles evita que haja erros por parte do operador
por confundir-se com os comandos.
Segurança
Os motores de drones são de alta potência, o que acarreta em propulsores que giram em alta velocidade.
Nunca coloque suas mãos perto do propulsor enquanto seu equipamento estiver armado ou enquanto o
botão de segurança se apresenta na cor verde constante. Sempre aperte o botão de segurança até ele
passe de pulsante para verde constante antes de manusear.
Sempre voe em áreas abertas longe de pessoas e construções se possível. Sempre voe com o
equipamento em sua visada e de acordo com as regulamentações locais. Como operador, sua função é
reconhecer e desviar de obstáculos enquanto voa. Sempre siga os procedimentos pré e pós voo descritos
neste manual, e permaneça sempre atento durante o voo.
Fatores ambientais, como vento e irregularidades no GPS, podem causar instabilidade no voo. Seu
equipamento tentará compensar estes fatores ligando o sistema antifalhas caso detecte uma condição de
voo insegura devido a perda do sinal do controle, do GPS ou a bateria fraca. Para evitar possíveis
Apostila do curso de mapeamento por meio de drones
www.g-drones.com.br
Tel (11) 36731016 31
acidentes, identifique os contornos na sua área de voo antes de decolar, e assuma o controle manual
acionando o modo Altitude Hold (Alt.Hold) caso ele saia de sua área de voo. Caso detectado algum
comportamento inconsistente, pouse o equipamento e entre em contato com o fabricante para maiores
informações.
Mecanismos de segurança
Cada equipamento possui alguns mecanismos antifalhas. Verifique quais são as atitudes esperadas do
drone em casos como:
- perda de sinal de rádio controle
- perda de sinal GPS
- baterias fracas.
Geofence
Uma barreira programada pode restringir o alcance do seu drone. Esta barreira é denominada Geofence.
Se ele chegar aos limites da barreira, ele irá iniciar automaticamente a função de retornar à base.
1500 m
2000m
300m
Aerofotogrametria é a Arte, ciência e tecnologia para obtenção de informações confiáveis sobre objetos
da superfície, por meio de processos de registro, medições e interpretações de imagens fotográficas e
padrões de energia eletromagnética.
Estereoscopia
Percepção da Profundidade de objetos por meio de imagens adquiridas de posições diferentes deste
mesmo objeto.
Habilidade relacionada com a visão binocular, permite a percepção da profundidade e está presente em
todas as pessoas que podem ver com os dois olhos simultaneamente.
Para planejamento das missões, utilize um aplicativo de estação terrestre em seu Smartphone, Tablet, ou
computador. O software permite a transformação do seu dispositivo em uma estação terrestre que
configura e monitora missões autônomas. Você deverá levar seu dispositivo ao campo onde será
realizada a missão.
São exemplos de aplicativos para planejamento de voos em drones com placa controladora Pixhawk:
Em drones da DJI, podem ser utilizados os apps Drone Deploy, Pix4D Capture, GS pro, Map Pilot, entre
outros.
Os procedimentos a seguir são para o Mission Planner. Os conceitos são semelhantes em outros
aplicativos, mas orienta-se a leitura de manuais e especificações do drone e aplicativo a serem operados.
O Mission Planner é um programa livre, de fácil download e instalação, que lhe permite planejar a missão
longe do local onde ela será realizada. É importante que se acesse as condições ambientais do local da
missão antes do voo, e que, em casos de regiões onde não há acesso à internet, se faça o download do
mapa da missão anteriormente em local com acesso.
Abra o Mission Planner, selecione Flight Plan, e dê zoom até o local onde você realizará a missão. Arraste
a janela considerando-se uma borda além da área a ser voada, e aplicando-se diferentes níveis de zoom.
O carregamento destas áreas ficará salvo na memória interna de seu computador.
1) Com o seu mapa aberto, clique com o botão direto e selecione Draw Polygon e Add Polygon Point.
Clique e arraste para adicionar ponto ao redor da área que você quer mapear.
2) Clique com o botão direito no polígono. Selecione Auto WP e Survey (Grid) para abrir a ferramenta de
edição.
A ferramenta de inspeção permite que você configure uma missão de mapeamento de acordo com os
parâmetros de operação do seu equipamento e das condições ambientais do local.
Selecione a câmera que utilizará durante a missão. Caso a câmera de interesse não esteja aparente na
lista padrão do programa, é possível adicionar um modelo à lista. Para isso, abra a aba “Camera Config.” e
clique na opção “Load Sample Photo”. Escolha uma foto qualquer obtida previamente com a câmera a ser
utilizada. Automaticamente o programa apresentará as especificações técnicas da nova câmera. Em
seguida, clique em “Save” e dê o nome referente à nova câmera.
A altura de voo determina a duração da missão e a resolução espacial final do mapa. Quanto mais alto,
maior a área de cobertura e menor é a resolução espacial final. Ajuste a altura para balancear o tempo de
voo e o consumo de energia com as condições ambientais atuais. Lembre-se de respeitar a altura máxima
legal de voo e o tempo de duração da bateria de seu equipamento. Além disso, verifique se a altura de
voo escolhida é suficiente para o equipamento não colidir com algum obstáculo alto.
Sempre consulte as condições de vento na área da missão na hora da missão e ajuste a missão de acordo
com a condição atual. Em ambientes com ventos fracos (0-6 m/s) utilize um ângulo (Ângulo de voo) de
forma que o equipamento voe contra e a favor do vento, ou seja, com as linhas de voo paralelas à direção
do vento. Em ambientes com ventos fortes (7-10 m/s), configure um ângulo de forma que o equipamento
voe cruzando o vento, ou seja, com as linhas de voo perpendiculares à direção do vento.
O intervalo entre as fotos está relacionado à sobreposição frontal das mesmas. Assim, quanto maior a
sobreposição desejada, mais fotos a câmera deverá disparar. Isto é configurado na opção “Overlap”, em
Grid Options, como observado acima. Deve-se observar que o modelo Canon G9X exige um tempo
mínimo de disparos de 2 segundos entre cada foto.
Decolagem e aterrissagem
Os drones são capazes de realizar decolagens e pousos de forma automática. Para isto, deve-se deixar
habilitadas as opções “Add Takeoff and Land WPs”. Mesmo não sendo de interesse do usuário este tipo
de operação, a mesma é aconselhada por questão de segurança. Para executar uma decolagem
automática, ao armar o drone, passe a chave de modo de voo para a posição automática (descrita
detalhadamente a seguir), e mova a alavanca de aceleração, dando potência aos motores. Isto fará com
que o sistema identifique a função de decolagem automática. O pouso se dará igualmente de forma
automática, podendo ainda assim ser totalmente controlável pelo operador.
Para a possibilidade de utilização da função “RTL” (Return To Launch), na qual o equipamento pode ser
solicitado a retornar ao ponto de origem em caso de necessidade, deve-se deixar habilitada a opção “Use
RTL”.
Antes de aceitar a missão, verifique se os parâmetros estão dentro dos limites de seu equipamento.
Assim que aceitar a missão, você não poderá mais editá-la. Se você precisar ajustar a missão após já tê-la
aceitado, clique com o botão direito do mouse e selecione Clear Mission, e então repita o procedimento
mostrado anteriormente. Não aceite a missão caso algum dos parâmetros de voo supere os limites do
equipamento.
Para finalizar o planejamento da sua missão transfira a mesma para a aeronave, através do botão “Write
WPs” e salve-a em sua estação terrestre, através do botão “Save WPs”.
Caso você observe uma baixa qualidade nas imagens durante a verificação de pontos ou você receber
mensagens de erro durante o processamento, utilize as configurações abaixo para solucionar os
problemas com qualidade de imagem.
Imagens borradas
Para correção de imagens borradas, ajuste a velocidade do obturador utilizando a ferramenta Target TV
no menu de script:
Padrão: 1/1200
Correção de imagens borradas moderadamente: 1/1600
Correção de imagens borradas severamente: 1/2000
Superexposição à luz
Se as imagens estão superexpostas, mas não estão borradas devido ao movimento, o problema pode ser
o voo em condições com muita luminosidade. Neste caso, utilize valores reduzidos de ISO (Sensibilidade
do sensor), ou valores mais altos de “f” (abertura do diafragma. Valores mais altos resultam em menor
quantidade de luz que chega ao sensor).
Nuvem de pontos
A nuvem de pontos é uma estrutura de dados geográficos que representa a superfície por meio de
pontos dispostos em um sistema tridimensional. Estes pontos podem trazer atributos como o número
digital de um sensor de cada uma das bandas RGB, ou ainda a intensidade de retorno, no caso de nuvens
geradas por sensores LiDAR.
TIN
Caracteriza-se por ser uma representação matemática tridimensional da superfície terrestre, por meio de
uma malha de elevação contínua com coordenadas tridimensionais (X,Y, Z), o qual representa feições
naturais e artificiais (ou seja, não restritas ao relevo) presentes no terreno.
• Produzida a partir de fotos por um processo denominado retificação diferencial, cujo objetivo é a
eliminação de deslocamentos devido a inclinação da fotografia e do relevo.
• A figura abaixo mostra a geometria da fotografia inclinada, da foto vertical e a projeção
ortográfica de um elemento, no plano da ortofoto.
Em dados matriciais, é possível realçar informações por meio operações locais, pixel a pixel em diferentes
bandas por meio de álgebra de bandas.
PhotoScan é um software de processamento de imagens, da empresa Agisoft, que têm como função
principal, a elaboração de nuvens densas de pontos georreferenciadas, modelos poligonais texturizados,
modelos digitais de elevação e ortomosaicos através da sobreposição longitudinal e lateral de imagens
aéreas, capturadas em um sistema de referência arbitrário.
Preferências do PhotoScan
Abra a caixa de diálogo “Preferences”, usando o correspondente comando do menu “Tools”.
Antes de deixar o local da missão, faça uma rápida verificação das imagens utilizando o software de
processamento para certificar-se de que as imagens têm qualidade suficiente para gerar um mapa.
As etapas a seguir são realizadas utilizando o software de processamento Agisoft Photoscan. Há outros
softwares semelhantes como o Pix4D ou ainda o Context Capture. O método empregado por estes
softwares é semelhante, embora as interfaces sejam diferentes. O mais importante é compreender os
conceitos e processos utilizados nos softwares.
1. Abra o programa.
2. Na aba “Workflow”, cliquem em adicionar fotos.
3. Com as fotos carregadas, vá novamente
em “Workflow” e clique em “Alinhar
Fotos”. Este procedimento fará com que
o programa busque pontos semelhantes
entre as imagens para que faça uma
união entre elas.
4. Em “Pair Selection”, deixar como “Reference” para que o programa utilize feições semelhantes
entre as imagens para que as use como referência para o alinhamento.
Ao final deste processo, espera-se que todas as imagens tenham se alinhado entre si, para que toda a
área seja coberta pelo imageamento. Para verificar se todas (ou a maioria) das imagens se alinharam,
primeiramente habilite a representação das fotos no ícone presente na barra de ferramentas, como
apresentado abaixo:
As imagens alinhadas aparecerão como “quadros”, enquanto as não alinhadas aparecerão como simples
pontos.
Como é aconselhada uma alta sobreposição entre as fotos, ainda no momento de planejamento do voo
(em torno de 70%), o fato de algumas fotos não estarem alinhadas pode não representar um problema
sério, uma vez que outras fotos poderão compensar a ausência de uma foto. Porém, caso muitas imagens
(especialmente se forem vizinhas) não tenham se alinhado, pode ser necessário que se refaça o voo para
recobrir o que faltou.
O programa irá abrir uma janela de erro (Mensagem: Cant find match para os pontos entry... Create new
marker?). Assinalar “Yes to All”. A partir deste comando, os pontos deverão aparecer sobre a nuvem
esparsa. Caso eles não apareçam, verifique se a visualização está habilitada, no botão em formato de
bandeirinha, acima da janela do modelo.
Agora se inicia a etapa de posicionamento dos pontos de controle nas fotos: Clicar em cada ponto com o
botão direito, e selecionar “Filter photos by markers”. Na aba das fotos (caso não esteja visível, habilite
na Aba View > Panes > Photos).
Filter photos by markers
Nuvem Densa
Após posicionados os pontos de apoio e salvo o projeto, é possível processar a nuvem densa. Via aba
“Workflow”, selecione a opção “Build Dense Cloud”. Para qualidade, utilize o High quando quiser um
resultado melhor, dependendo da aplicação que será dada ao produto. Ou “Medium” caso precise de
maior velocidade no processamento.
Texturização de MDS
Estes dois passos são dispensáveis dependendo da aplicação e resultado esperado. A textura refere-se à
sobreposição entre a imagem e o modelo criado no passo anterior, como se fosse uma lona sobre uma
piscina, por exemplo.
O Tiled Model propicia a divisão do modelo em tiles, favorecendo sua visualização em outros programas.
Apostila do curso de mapeamento por meio de drones
www.g-drones.com.br
Tel (11) 36731016 51
Por isso esta etapa costuma ser pulada, já que na maior parte das vezes não é fundamental para o
cliente.
Para rodar ambos, deixe nos parâmetros default do software. Não se esqueça de verificar a bounding box
antes de realizar cada passo.
MDS e ortomosaico
A opção Build DEM, da aba Workflow, permite criar o MDS e o MDT, dependendo da classe escolhida.
Neste primeiro momento, iremos criar o MDS.
Se necessário, selecione o sistema de coordenadas e datum desejado. Deixe no default as demais
configurações.
Erros em altimetria
A
Altimetria
Processo de medição de elevação de pontos da superfície. Diz-se do conjunto formado pelas curvas de uma carta ou
mapa.
Altitude
Distância vertical a partir de um datum, geralmente o nível médio do mar, até um ponto ou objeto da superfície da
Terra. Não confundir com altura, ou elevação, que se referem a pontos ou objetos acima da superfície terrestre.
Altura ortométrica
Altitude ou altura preliminar, à qual foi aplicada a correção ortométrica. Esta correção visa o não paralelismo
existente entre diferenças de nível, tomadas em altitude ou alturas diferentes.
Altura geoidal
Ondulação do geóide. Distância do geóide ou elipsóide de referência.
ANAC
Sigla para Agência Nacional de Aviação Civil.
Apoio de campo
Controle de campo ou controle terrestre.
Apoio suplementar
Pontos estabelecidos por levantamentos geodésicos para controle de fotografias aéreas usadas num mapeamento.
Arquivo ASCII
Arquivo cujas informações estão codificadas de acordo com a tabela ASCII.
ASCII
American Standart Code for Information Interchange. Tabela de códigos de oito bits estabelecida pelo American
National Standart Institute (ANSI), para todos os caracteres do teclado do computador. Define um padrão para
equipamentos de computação.
B
Banda
Um dos níveis de uma imagem multiespectral, representado por valores refletidos de luz ou calor de uma faixa
específica do espectro eletromagnético.
C
Câmera digital
Câmera destinada à produção de fotografias para fins cartográficos, cujo registro da imagem é efetuado de maneira
binária em meio magnético, gerando imagens digitais (raster).
Cobertura aerofotogramétrica
Conjunto de fotografias aéreas necessário para a elaboração de estudos ou mapeamento de determinada área.
Coordenadas cartesianas
Sistemas de coordenadas na qual a localização de pontos no espaço é expressa em referência a três planos,
chamados planos de coordenadas (X,Y e Z), perpendiculares entre si.
Cota
Número que exprime a altitude de um ponto em relação a uma superfície de nível de referência.
Curvas de nível
Linhas e curvas representadas numa carta ou mapa, que unem pontos de mesma elevação e que se destinam a
retratar a forma do relevo.
D
Dados vetoriais
Conjunto de vetores que permitem formar pontos, linhas ou linhas fechadas (polígonos).
Datum
Superfície de referência para controle horizontal (X,Y) e vertical (Z) de pontos.
Datum altimétrico
Destinado ao posicionamento altimétrico de pontos sobre a superfície terrestre. É materializado por um ponto fixo,
cuja altitude sobre o nível do mar é conhecida. Usualmente utiliza-se o nível médio dos mares como altitude zero.
S
Shapefile
O shapefile é um formato de armazenagem de dados vetoriais da Esri para armazenar a posição, formato e atributos
de feições geográficas. Os arquivos shapefile são armazenados como um conjunto de arquivos relacionados.
Geralmente contêm grandes feições com muitos dados associados e são, atualmente, o formato vetorial mais usado
no mundo para armazenamento de feições geográficas.
Sensor
1 – Recurso técnico destinado a aumentar os sentidos naturais do homem. Ex.: a bússola, a lente, o termômetro, o
auto-falante, etc.
2 – Dispositivo ou aparelho sensorial que capta e registra, sob a forma de imagem, a energia refletida ou emitida
pela configuração do terreno, objetos e acontecimentos, incluindo os acidentes artificiais, os fenômenos físicos e as
atividades do homem. A energia pode ser nuclear, eletromagnética (com inclusão das partes visíveis e invisíveis do
espectro), química, biológica, térmica, mecânica, e ainda os ventos, os sons e a vibração da terra.
Sensoriamento remoto
Detecção e/ou identificação de um objeto sem que se tenha um sensor em contato direto com um objeto. Inclui
análises por satélite e fotos aéreas. Registro da energia refletida ou emitida por objetos ou elementos da superfície
terrestre ou de outros astros, por sensores localizados a grandes distâncias (geralmente no espaço).
Sistema de projeção
Correspondência matemática contínua entre os pontos de um elipsóide de referência e os pontos de um plano
(mapa).