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drones beneficio?

tecnologia
VANT Segurança UAS aeromodelo
evolução Privacidade RPAS risco?

Instrutor Militar
Rômulo da P. Andrade – ST QPCBM
DRONE - HISTÓRICO
DRONE - HISTÓRICO
O primeiro emprego conhecido de veículos
aéreos não tripulados (VANT) ocorreu em 22 de agosto de 1849
quando o exército austríaco atacou a cidade de Veneza usando
balões carregados de explosivos. O DRONE, como conhecemos
hoje, foi inventado pelo israelita Abe Karem, engenheiro
espacial responsável pelo DRONE americano mais temido e
bem-sucedido. Segundo Karem, quando ele chegou nos Estados
Unidos da América, em 1977, para controlar um DRONE eram
necessárias 30 pessoas. Este modelo, o Aquila, voava em média
alguns minutos mesmo com autonomia para 20 horas de voo.
Já o Albatross criado por Karem chegou a ficar 56 horas no
ar, sem ser necessária nenhuma recarga de baterias, e sendo
operado apenas por 3 pessoas - contra 30 do Aquilla. Depois
desta bela demonstração, Karem recebeu financiamento da
DARPA para aprimorar o protótipo, e assim surgiu o Amber.
DRONE - HISTÓRICO

No Brasil, o primeiro registro de desenvolvimento


de um VANT ocorreu em 1982. Em um projeto conjunto entre o
Centro Técnico Aeroespacial e a Companhia Brasileira de
Tratores, um veículo não tripulado a jato foi produzido, mas o
projeto acabou sendo encerrado antes do seu primeiro voo.
Posteriormente, outras empresas investiram nessa tecnologia
para atender às necessidades da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica. Assim como em vários outros países, o principal
interesse em veículos não tripulados se resumia no emprego
como alvos aéreos para treinamento de tiro real de suas
unidades antiaéreas.
DRONE - HISTÓRICO

O mercado civil de VANT surge no


Brasil na última década impulsionado por empresas criadas por
pesquisadores universitários, que uniram suas paixões por
aeromodelos aos avanços dos sensores óticos digitais,
eletrônica de controle e sistemas de comunicação, que
permitiram agregar às suas pequenas plataformas capacidades
suficientes para o seu emprego comercial. Inicialmente, apenas
as plataformas de asa fixa foram exploradas e ganharam
diversas melhorias, passando de câmeras simples para unidades
de análise de espectro e calor nos modelos mais completos,
empregados na agropecuária e mineração
O que é um UA?

UA significa Unmanned Aircraft/


Aeronaves não Tripuladas
Popularmente conhecido como “drone”.
GLOSSÁRIO
Drone – Nome popular para aeronave não tripulada.
Aeromodelo – Aeronave não tripulada usada para recreação.
RPA (Aeronave Remotamente Pilotada) – Aeronave não tripulada usada para outros fins que
não a recreação (uso comercial, corporativo ou experimental).
Sistema de RPA (RPAS) – Conjunto formado pela aeronave (RPA), pela estação de pilotagem
remota (RPS), pelo link de comando e controle e por qualquer outro componente que faça parte
do projeto da aeronave.
Piloto remoto – Pessoa que manipula os controles e conduz o voo de uma aeronave não
tripulada.
Observador – Pessoa que, sem o auxílio de equipamentos, auxilia o piloto remoto na condução
segura do voo mantendo contato visual direto com a RPA.
Operação BVLOS – Operação na qual o piloto não consegue manter a RPA dentro de seu
alcance visual, mesmo com a ajuda de um observador.
Operação VLOS – Operação na qual o piloto mantém o contato visual direto com a RPA (sem
auxílio de lentes ou outros equipamentos).
Operação EVLOS – Operação na qual o piloto remoto só é capaz de manter contato visual direto
com a RPA com auxílio de lentes ou de outros equipamentos e de observadores de RPA.
TIPOS DE OPERAÇÃO

BVLOS VLOS EVLOS


Classificação das Aeronaves
Remotamente Pilotadas
 Drone

O termo “drone”, originado nos Estados Unidos da

América (EUA), que vem se difundindo mundo afora, para caracterizar

todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja ele de qualquer

propósito (profissional, recreativo, militar, comercial etc.), origem ou

característica. Ou seja, é um termo genérico, sem amparo técnico ou

definição na legislação. No Brasil, esse termo é mais associado às

plataformas menores usadas para fins de lazer e filmagens aéreas.


Classificação das Aeronaves
Remotamente Pilotadas
 VANT
VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), por outro lado, é a
terminologia oficial prevista pelos órgãos reguladores brasileiros do
transporte aéreo para definir este tipo de plataforma. Segundo a legislação
pertinente (Circular de Informações Aéreas AIC N 21/10), caracteriza-se
como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo. Esta,
porém, há de ser de caráter não recreativo e possuir carga útil embarcada.
Em outras palavras, nem todo “drone” pode ser considerado um VANT,
já que qualquer plataforma não tripulada utilizada como hobby ou esporte
enquadra-se, por definição legal, na legislação pertinente aos aeromodelos
e não à de VANT.
Classificação das Aeronaves
Remotamente Pilotadas

 RPA
Há dois tipos diferentes de VANT. O primeiro, mais
conhecido, é o RPA (Remotely - Piloted Aircraft/ em português, Aeronave
Remotamente Pilotada). Nessa condição, o piloto não está a bordo, mas
controla remotamente a aeronave por uma interface externa qualquer
(computador, simulador, dispositivo digital, controle remoto etc.).

Diferente de outra subcategoria de VANT, a chamada


“Aeronave Autônoma” que, uma vez programada, não permite
intervenção externa durante a realização do voo.
Classificação das Aeronaves
Remotamente Pilotadas

 RPAS

Há ainda o termo RPAS, que nada mais é do que um

sistema de RPA. Em outras palavras, nos referimos às RPAS quando

citamos não só a aeronave envolvida mas todos os recursos do sistema

que a faz voar: a estação de pilotagem remota, o link ou enlace de

comando que possibilita o controle da aeronave, seus equipamentos de

apoio, etc. Ao conjunto de todos os componentes que envolvem o voo

de uma RPA usamos, portanto, o nome de RPAS (Remotely Piloted

Aircraft Systems).
REGRAS DE ÓRGÃOS BRASILEIROS
SOBRE OPERAÇÃO DE DRONES

ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil

• Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial – RBAC-E nº 94/2021

• Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) – 56 - 1

• Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) – 56 - 2

• Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) – 56 - 3

• Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) – 56 - 4


Regras da ANAC para uso de Drones

Pelo regulamento da ANAC, Aeromodelos são


aeronaves não tripuladas utilizadas para lazer. RPA são
aeronaves não tripuladas usadas para outros fins, como
corporativo ou comercial. Aeronaves Não Tripuladas
Autônomas, nas quais não há interferência do piloto durante o
voo, não estão contempladas na norma e sua utilização
continua proibida no Brasil.
CONHEÇA A DIVISÃO DE FORMA
“GENÉRICA” DO ESPAÇO AÉREO
BRASILEIRO

VOO INSTRUMENTOS - AVIAÇÃO


COMERCIAL/GERAL

VOO VISUAIS - AVIAÇÃO GERAL


CONHEÇA A DIVISÃO DE FORMA
“GENÉRICA” DO ESPAÇO AÉREO
BRASILEIRO

VOO INSTRUMENTOS - AVIAÇÃO


14500ft –
COMERCIAL/GERAL ilimitado

VOO VISUAIS - AVIAÇÃO GERAL 500ft –


14500ft

SOLO A 400ft
(120 m)
Foco Principal da Regulamentação

Autônomos Não autônomos


Regras Gerais para Voo de UA (DRONE)
no Espaço Aéreo Brasileiro

Para UA/DRONE de uso exclusivo em operações dos órgãos de segurança


pública, da defesa civil e de fiscalização da receita federal deverá ser
consultada a MCA 56-4.

Para aeronaves remotamente pilotadas para uso em proveito dos órgãos


ligados aos governos federal, estadual ou municipal deverá ser
consultada a MCA 56-3.

Para aeronaves remotamente pilotadas para uso emergenciais


deverá ser consultada a MCA 56-1.
Foco Principal da Regulamentação

As RPA estão divididas em três classes, de acordo com o peso máximo


de decolagem, no qual devem ser considerados os pesos do equipamento, da
bateria ou combustível, e da carga eventualmente transportada.

Classe 1 – RPA: Peso máximo de decolagem maior que 150 kg

Classe 2 – RPA: Peso máximo de decolagem maior que 25 kg e até 150

kg

Classe 3 – RPA: Peso máximo de decolagem de até 25 kg


CLASSE 1 (peso maior que 150 kg)

 A regulamentação prevê que


equipamentos deste porte sejam submetidos ao
processo de certificação similar ao existente para as
aeronaves tripuladas, com o ajustes dos requisitos de
certificação ao caso concreto.

 Os equipamentos serão registrados no


Registro Aeronáutico Brasileiro.
CLASSE 2 (peso maior que 25 kg e
menor ou igual a 150 kg)

 O regulamento apresenta os requisitos


técnicos a serem observados pelos fabricantes. A
aprovação de projeto ocorrerá apenas uma vez.

 Os equipamentos serão registrados no


Registro Aeronáutico Brasileiro.
CLASSE 3 (peso menor ou igual a 25
kg)
 Idade mínima de 18 anos para pilotar ou auxiliar a operação como
observador.

 Pilotos não precisam de documento emitido pela ANAC e são


considerados devidamente licenciados, caso não pretendam voar acima de 400
pés.

 Não é necessário registrar os voos.

 Operar apenas em áreas distantes de terceiros (no mínimo 30 metros


horizontais). Essa restrição está dispensada caso haja anuência das pessoas
próximas à operação ou exista uma barreira mecânica capaz de isolar e proteger
as pessoas não envolvidas e não anuentes com a operação. Aeronaves com peso
máximo de decolagem de até 250g estão dispensadas dessa exigência.

 Não é permitido operar drones sob efeito de substâncias psicoativas e


todos os operadores estão sujeitos às regras quanto ao uso de álcool e de drogas
constantes do item 91.17 do Regulamento Brasileiro de Homologação
A OPERAÇÃO
Longe de pessoas?

NÃO
Operação de RPA
Perto de pessoas
anuentes?

Perto de pessoas
Voo recreativo? não anuentes?

Longe de pessoas?

SIM
Aeromodelismo
Perto de pessoas
anuentes?

Perto de pessoas
= Desde que observadas regras não anuentes?
A OPERAÇÃO

Mínimo Mínimo
de 30 m de 30 m

Pessoas não Pessoas não


anuentes anuentes

• Em áreas urbanas e aglomerados rurais,


máximo de 200 pés (60 m) acima do nível do solo.
A OPERAÇÃO

Para voos até 131ft (40m)

NO FLY ZONE
-3 NM (5Km) nas zonas de Aproximação e
decolagem;
-1 NM (2Km) fora das zonas de Aproximação e de
Decolagem
A OPERAÇÃO
Para voos entre 131ft (40m) e 400ft (120m)
05NM
(09Km)
05NM
(9Km)

05NM
(09Km) NO FLY ZONE
- Manter-se, no mínimo, afastado 5NM (9km) de
aeródromos cadastrados;
Operação de UA/ Drone em área confinada

Os voos no interior de prédios e construções fechadas, mesmo que


parcialmente, incluindo ginásios, estádios e arenas a céu aberto (até o limite
vertical da sua estrutura lateral) são de total responsabilidade do proprietário
ou locatário do imóvel, já que não são considerados “espaços aéreos” sob a
responsabilidade do DECEA.
Voos em áreas ou condições perigosas

São consideradas áreas


perigosas, acidentes químicos ou
nucleares, condições meteorológicas
severas.
Em se tratando de operações
em áreas ou condições perigosas, ao
DECEA caberá tão somente a
análise de acesso ao espaço
aéreo, devendo Explorador /
Operador realizar as devidas
gestões com os demais Órgãos
reguladores.
Catástrofes – Mariana MG

• Rapidamente Drones apareceram e


registraram por vídeo e fotos a dimensão que
a tragédia de Mariana – MG representa.

• Atuou na busca/resgate e na captação de


imagens horas após o ocorrido.
Detector de gás metano a laser
baseado em UAV U10
• O detector de gás da Dji é baseado na Espectroscopia de
Absorção a Laser de Diodo Ajustável (TDLAS). Essa
tecnologia permite que a identificação de metano consiga
ser feita de forma rápida, em até 100m de distância, ou a
uma concentração química de até 5 ppm (pode
identificar até cinco gramas de soluto em um milhão de
gramas da solução). Ele é equipado com DJI SkyPort, o
U1, o que permite que ele seja integrado tanto a versão
mais recente como a mais antiga do DJI Matrice, na
versão 200 Series V1 e V2. A Dji fala que ele é leve e
com alta sensibilidade.
DJI Matrice 200 series V1 e V2: Com Holofote
Gimbal Wingsland Z15, um Detector de Vazamento
de Metano a laser com Base em AUV U10.
FLIR MUVE C360
ELIOS Drone industrial de inspeção
RESPONSABILIDADES DO OPERADOR

Primeiro, vamos explicar este conceito:


Explorador ou Operador é a pessoa, organização ou empresa que
se propõe a trabalhar com o desenvolvimento e exploração de
aeronaves. De acordo com o DECEA, no contexto de Aeronaves
Remotamente Pilotadas, a exploração da aeronave inclui todo o
Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas.
Mesmo nos casos das RPAS, os
exploradores devem possuir um certificado emitido por
autoridade competente que garanta responsabilidades
específicas.
Responsabilidades do Operador

FICA SOB RESPONSABILIDADE DO EXPLORADOR:

• A condução segura de todas as operações ­esta atribuição inclui o


estabelecimento e a implementação de um Sistema de Gerenciamento da
Segurança Operacional;

• O explorador de RPAS é também o responsável pelo gerenciamento do


seu pessoal, pela manutenção da aeronave, pela documentação, pelos contratos
prestados pelos provedores de serviços e pela proteção e salvaguarda da
operação;

•Também fica a responsabilidade do explorador cumprir os requisitos


previstos pela autoridade competente no país onde a operação ocorrerá, de acordo
PERGUNTAS FREQUENTES

Para realizar uma operação com aeronaves


não tripuladas (aeromodelos e RPA) é necessário seguir
apenas à norma da ANAC?

Não. É preciso consultar e seguir também os


requisitos do DECEA e da ANATEL. Em alguns casos específicos,
devem ainda ser respeitadas regras publicadas pelo Ministério da
Defesa.
PERGUNTAS FREQUENTES

Quais são as penalidades previstas pela ANAC?

Irregularidades em relação ao cumprimento da norma da


Agência são passíveis de sanções previstas no Código Brasileiro de
Aeronáutica (Lei nº 7.565/86). A descrição das infrações e das
penalidades pode ser consultada na Resolução ANAC nº 25/2008.
Cautelarmente, a ANAC poderá suspender temporariamente as
operações nos casos de suspeita ou de evidência de
descumprimento do regulamento que impactem o nível de risco da
operação.
PERGUNTAS FREQUENTES
Quais as penalidades previstas por outros
órgãos?
Outras sanções também estão previstas nas legislações referentes às
responsabilizações nas esferas civil, administrativa e penal, com destaque à inviolabilidade da
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
O Código Penal prevê, em seu Art. 261, pena de reclusão de dois a cinco anos para
quem expuser a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato
tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.
O Código Penal também tipifica a exposição de pessoas a risco, em seu Art. 132, que
prevê pena de detenção de três meses a um ano (ou mais se o crime for considerado mais
grave) nos casos em que se coloquem em perigo direto ou iminente a vida ou à saúde
terceiros.
Pelo Art. 33 do Decreto-Lei das contravenções Penais, dirigir aeronave sem estar
devidamente licenciado pode gerar pena de prisão simples (quinze dias a três meses) e
pagamento de multa. Pelo Art. 35 do mesmo Decreto-lei, praticar acrobacias ou fazer voos
baixos, fora da zona permitida em lei, bem como fazer descer a aeronave fora de lugares
destinados a essa finalidade, também pode gerar prisão simples (15 dias a três meses) e multa.
Outras sanções poderão ser aplicadas conforme regras de outros órgãos públicos como
a ANATEL, o DECEA e o Ministério da Defesa.
“Eu só queria que os veículos
aéreos não tripulados operassem
com os mesmos padrões de
segurança, confiabilidade e
desempenho que aviões tripulados”
(Abe Karem)

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