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APÊNDICE A - Diretriz e Norma de Emprego de ARP

Capítulo I
Objetivos

Art. 1º Normatizar o emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas Classe - 3 à


disposição do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Roraima – CBMRR, em
missões de busca, salvamento terrestre e aquático, combate a incêndio, resgate,
defesa civil, proteção ao meio ambiente e outras missões definidas pelo Comando
Geral da Corporação.

Capítulo II
Aplicabilidade

Art. 2º A presente norma aplica-se às Unidades do CBMRR que utilizarão Aeronaves


Remotamente Pilotadas, Classe - 3 em apoio às suas operações.

Capítulo III
Referências Normativas e Bibliográficas

Art. 3º As referências normativas e bibliográficas utilizadas para confecção desta


norma são:

I - Manual do Comando da Aeronáutica (MCA - 56-4/2020), está publicação, que


substitui a AIC N 24/18, de 11 de junho de 2018, foi editada com o objetivo de atualizar
o seu conteúdo em conformidade com a maturidade atingida. Manual que trata de
“Aeronaves não tripuladas para uso em proveito dos órgãos de Segurança Pública,
da Defesa Civil e de Fiscalização da Receita Federal”.

II – Instrução Normativa de Aviação Civil – IAC 100-40 – Sistemas de Aeronaves


Remotamente Pilotadas e o Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro, Ministério da Defesa
– Comando da Aeronáutica, 2020;
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III – Instrução Suplementar – ISE94-003A - Retificada – Procedimentos para


elaboração e utilização de avaliação de risco operacional para operadores de
aeronaves não tripuladas – ANAC, 2017;

IV – Regulamento Brasileiro de Aviação Especial – RBAC-E n. 94 (Emenda nº 02) –


Requisitos Gerais Para Aeronaves não Tripuladas de Uso Civil – ANAC, 2021;

V – Orientações para o usuário de DRONES - ANAC, 2021.

Capítulo IV
Conceituação Básica

Art. 4º Para fins da normatização do serviço de Aeronaves Remotamente Pilotadas do


CBMRR, ficam estabelecidos os seguintes conceitos:

I – Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC): Entidade reguladora que garante o


cumprimento da legislação do sistema aéreo brasileiro e resguarda os interesses dos
usuários nesse setor;

II - Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA): organização responsável


pelo controle do espaço aéreo brasileiro, provedora dos serviços de navegação aérea
que viabilizam os voos e a ordenação dos fluxos de tráfego aéreo no País;

III – Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL): agência responsável por


regular a radiofrequência das RPAs;

IV - RPA: Aeronave não tripulada usada para outros fins que não a recreação (uso
comercial, corporativo ou experimental);

V - Estação de Pilotagem Remota (RPS): componente que contém os elementos


necessários à pilotagem da RPA;

VI – Piloto Remoto: Pessoa que manipula os


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controles e conduz o voo de uma aeronave não tripulada;

VII – Operação Autônoma: Operação durante a qual a RPA opera sem a intervenção
do piloto no gerenciamento de voo;

VIII – Órgão Regional: são órgãos responsáveis por coordenar ações de


gerenciamento e controle do espaço aéreo e de navegação aérea nas suas áreas de
jurisdição.

NOTA: O Órgão Regional do DECEA para região de aplicabilidade desta norma é o


CINDACTA IV;

IX - Operação Linha de Visada Visual (VLOS): Operação na qual o piloto mantém o


contato visual direto com a RPA (sem auxílio de lentes ou outros equipamentos);

X - Sistema de Solicitação de Acesso Aéreo por RPAs (SARPAS) – Sistema


desenvolvido para facilitar o processo de solicitação de acesso ao espaço aéreo por
RPA pelos usuários desse segmento aeronáutico;

XI – Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (SISANT): Sistema desenvolvido para o


cadastro de RPA;

XII – Zona Urbana: Espaço ocupado por uma cidade, caracterizado pela edificação
contínua e pela existência de infraestrutura urbana, que compreende ao conjunto de
serviços públicos que possibilitam a vida da população;

XIII – Zona Não Urbana: Região geográfica não-classificada como Zona Urbana;

XIV – RPA Classe-3: Aeronave remotamente pilotada que possui peso máximo de
decolagem menor que 25 kg;

XV – Peso Máximo de Decolagem (PMD): a soma dos pesos do equipamento, da


bateria ou combustível, e da carga eventualmente transportada;
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XVI – Acima do Nível do Solo (AGL): altura em que a aeronave sobrevoa acima do
solo;

XVII – Documento de risco operacional: documento de porte obrigatório durante a


operação com RPA, de acordo com a Instrução Suplementar n. E94-003 da ANAC;

XVIII – Return to Home: função que permite o drone voltar automaticamente, em caso
de perda de sinal ou bateria fraca, para local previamente definido;

XIX - Zona de aproximação ou de decolagem: área compreendida entre a cabeceira


da pista até a distância de 5 Km, com um feixe de abertura de 30º (15º para cada lado
do eixo de aproximação ou decolagem).

Capítulo V
Dos Cadastros

Art. 5º Para utilização da RPA nas operações bombeiro militar é necessário os


seguintes cadastros:

I – Cadastro do radiotransmissor do aparelho na Agência Nacional de


Telecomunicações (ANATEL);

II - Cadastro da RPA no SISANT, vinculando à uma pessoa física ou jurídica que será
a responsável legal pela aeronave:
a) A RPA deverá ser identificada com o seu número de cadastro; e
b) O material de identificação não pode ser inflamável, deve estar em condição legível
para uma inspeção visual próxima, estando localizado no lado externo da fuselagem
ou em compartimento interno de fácil acesso.

III – Cadastro do piloto da RPA no SARPAS:


a) O piloto cadastrado deve apresentar documento formal que comprove o vínculo do
mesmo com o CBMRR;
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b) A primeira pessoa física a realizar o cadastro será o responsável legal do CBMRR


por cadastrar e descadastrar aeronaves do respectivo órgão, autorizar e desautorizar
o compartilhamento dessas aeronaves com outros pilotos informando o código
SARPAS do novo piloto que se pretenda compartilhar aeronaves;
c) É possível realizar até dois cadastros de representatividade por órgão. Os
representantes terão as mesmas prerrogativas.

Capítulo VI
Dos Documentos Obrigatórios

Art. 6º São documentos de porte obrigatório durante operações com RPA:


I – Manual de voo;

II – Documento que contém o risco operacional conforme Instrução Suplementar n.


E94-003 da ANAC; e

III – A certidão de cadastro que é obtida após o cadastro da RPA no SISANT:


a) O cadastro é valido por vinte e quatro meses podendo ser revalidado em até seis
meses; e
b) Passado este prazo o equipamento será desativado, sendo necessário realizar um
novo cadastro para ele.

Capítulo VII
Do Piloto

Art. 7º Cabe ao piloto a verificação das condições quanto a segurança do voo,


devendo descontinuá-lo sempre que ocorrer problemas mecânicos, elétricos ou
estruturais que comprometam a segurança da operação:

§ 1º É obrigatória a presença do piloto em todas as fases de voo.


§ 2º O piloto pode operar apenas uma RPA por vez, sendo admitida a troca do mesmo
durante a operação.
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Art. 8º São requisitos mínimos para pilotar a RPA:

I – Ser maior de 18 anos de idade;

II - Não estar sobre influência de álcool ou qualquer substância que afete as suas
escolhas; e

III - Estar cadastrado no SARPAS.

Capítulo VIII
Das Condições Pré Voo

Art. 9º Antes de iniciar o voo o piloto deve verificar:

I – Se a autonomia da RPA é suficiente para realização do voo;

II – Medir a velocidade do vento e avaliar as condições meteorológicas, verificando no


manual da aeronave se ela está apta para voar na condição avaliada; e

III – Programar a função Return to Home.

Capítulo IX
Parâmetros a Serem Observados

Seção I
Das Distâncias de Voo Regulamentadas

Art. 10. Das distâncias de segurança a serem tomadas em operação:

I – Não há distanciamento mínimo entre RPA e pessoas;

II – Manter distância de um raio de 30 metros em relação a radares, torres de telefonia,


linhas de transmissão e de alta tensão.
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Seção II
Parâmetros Zona Urbana

Art. 11. As operações com RPA devem seguir os seguintes parâmetros na zona
urbana:

I - Nas zonas de aproximação e de decolagem de aeródromos (15º para cada lado do


eixo da pista) até a distância de 2 Km (dois quilômetros), medida a partir da cabeceira
da pista, não realizar operações aéreas com RPA;

II - Nas zonas de aproximação e de decolagem, a partir de 2 Km até 5 Km, não realizar


operações de RPA acima de 30 m;
III - Fora da zona de aproximação e de decolagem não realizar voos de RPA até 500
m (quinhentos metros) de distância das áreas de operações de aeródromos, sendo tal
distância medida a partir da extremidade mais próxima da área patrimonial do
respectivo aeródromo;

IV - Fora das zonas de aproximação e de decolagem dos aeródromos e além de 500


m (quinhentos metros) até a distância de 2 Km (dois quilômetros) das suas áreas de
operações, operar uma RPA, no máximo, até 60 m AGL;

V - Fora das áreas citadas nos quatro itens acima, operar no máximo até a altura de
120 m AGL.
Parágrafo Único. As operações devem ser realizadas em VLOS.

Seção III
Parâmetros Zona Não Urbana

Art. 12. As operações com RPA devem seguir os seguintes parâmetros na zona não
urbana conforme anexo 2:
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I - Nas zonas de aproximação e de decolagem de aeródromos (15º para cada lado do


eixo da pista) até a distância de 2 Km (dois quilômetros), medida a partir da cabeceira
da pista, não realizar operações aéreas com RPA;

II - Nas zonas de aproximação e de decolagem, a partir de 2 Km até 5 Km, não realizar


operações de RPA acima de 30 m;

III - Fora da zona de aproximação e de decolagem não realizar voos de RPA até 500
m (quinhentos metros) de distância das áreas de operações de aeródromos, sendo tal
distância medida a partir da extremidade mais próxima da área patrimonial do
respectivo aeródromo;

IV - Fora das zonas de aproximação e de decolagem dos aeródromos e além de 500


m (quinhentos metros) até a distância de 2 Km (dois quilômetros) das suas áreas de
operações, operar uma RPA, no máximo, até 60 m AGL;

V - Fora das áreas citadas nos quatro itens acima, operar no máximo até a altura de
60 m AGL.
Parágrafo Único. As operações devem ser realizadas em VLOS.

Capítulo X
Comunicação com Órgãos

Art. 13. A RPA está sujeita às mesmas regras das aeronaves tripuladas, sendo assim,
é necessária a autorização prévia, para qualquer voo, do DECEA ou do CINDACTA
IV.

Art.14. Não sendo possível cumprir os parâmetros estabelecidos nesta norma torna-
se essencial a comunicação entre o órgão de segurança pública e o órgão responsável
pelo espaço aéreo em uso.
Parágrafo Único. Quando esta comunicação for feita via rádio ou contato telefônico, o
código de chamada a ser utilizado será: Sigla RPA + órgão que representa + os dois
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últimos dígitos do número do SISANT ou da matrícula da RPA. Por exemplo: RPA


BRAVO MIKE 44 – Aeronave n. 44 do Corpo de Bombeiro Militar.

Capítulo XI
Proibição e Penalidades

Art. 15. As operações com RPA devem ser paralisadas imediatamente quando for
verificado que na área de atuação há a aproximação de qualquer tipo de aeronave
tripulada.

Art. 16. É proibida a operação da RPA no modo autônomo.


Parágrafo Único. A única exceção é feita quando a RPA está operando no modo
Return to Home.

Art.17. O descumprimento das regras preconizadas na presente norma operacional


vai ao encontro das sanções e penalidades previstas nos diversos artigos que tratam
da incolumidade física das pessoas, da exposição de aeronaves a perigo e da prática
irregular da aviação, previstos no Código Penal (Decreto Lei nº 2.848) e na Lei de
Contravenções Penais (Decreto Lei nº 3.688).
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APÊNDICE B – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

1 OBJETIVO
1.1 Operações em missões de busca, salvamentos terrestre e aquático, combate
a incêndio, resgate, defesa civil e proteção ao meio ambiente com Aeronaves
Remotamente Pilotadas (RPA - Remotely Piloted Aircraft)

2 ATIVIDADES CRÍTICAS
2.1 Condições Meteorológicas Desfavoráveis.
2.2 Obstáculos (Antenas, Alta Tensão, Construções etc.).
2.3 Tráfego aéreo intenso na região.
2.4 Local desconhecido pelo Piloto da Aeronave.
2.5 Raio de ação e altura incompatível com a segurança. 2.6. Concentração de
pessoas não anuentes.
2.6 Pessoas em risco iminente.

3 SEQUÊNCIA DE AÇÕES

3.1 PROCEDIMENTO GERAIS


3.1.1 Ao assumir o serviço a equipe deverá verificar todas as aeronaves, rádio
controles e todos os equipamentos e acessórios, especialmente quanto ao
aspecto geral e funcionamento.
3.1.2 Verificar as Ordens de Voo em vigor, escala de serviço e outras informações
relevantes ao serviço.
3.1.3 Efetuar análise minuciosa da aeronave destinada na Ordem de Voo, bem
como de todos os equipamentos necessários a execução da missão,
preenchendo planilha de check list padrão do Comando Operacional –
CMDO. OP/CBMRR.
3.1.4 Efetuar as solicitações de acesso ao espaço aéreo no sistema SARPAS
previamente ao voo ou através de e-mail, assim que possível, ao Órgão
Regional do Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA nos
casos de voos emergenciais.
3.1.5 Todas as operações devem ser precedidas de análise de risco no local da
operação sob responsabilidade do Piloto em Comando.
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3.1.6 Todas as operações e imagens captadas devem ser registradas em relatório


próprio e arquivados digitalmente na unidade, bem como registradas no
Sistema Eletrônico de Informação – SEI.
3.1.7 Em todas as operações deverão estar presentes física ou digitalmente:
3.1.7.1 A Certidão de Matrícula da Aeronave;
3.1.7.2 E-mail de Solicitação ou informação de voo SARPAS;
3.1.7.3 Manual de voo da RPA;
3.1.7.4 Relatório de Avaliação de Risco Operacional.
3.1.8 Todas as alterações verificadas antes ou durante o voo deverão ser relatadas
através de relatório de prevenção padrão visando orientação as demais
equipes e prevenção de acidentes.
3.1.9 Para todos os efeitos, a formação mínima das equipes são um piloto e um
observador, podendo ser acrescidas conforme a necessidade da missão.

3.2 EXECUÇÃO DA SEQUÊNCIA DE AÇÕES – ANTES E DURANTE O VOO:


3.2.1 Executar todos os procedimentos do item 3.1.
3.2.2 Considerando que a fase aeroespacial dos aerolevantamentos é executada
de forma automatizada, efetuar análise prévia do local por aplicativos ou
softwares que possibilitem a verificação de possíveis obstáculos e
interferências.
3.2.3 Efetuar previamente o planejamento da fase aeroespacial utilizando
aplicativos confiáveis ou com reputação estabelecida levando-se em
consideração os produtos digitais exigidos para missão.
3.2.4 No local da operação efetuar os ajustes necessários no planejamento de voo
considerando aspectos detectados não visualizados no planejamento prévio.
3.2.5 Efetuar análise no local da operação quanto a obstáculos físicos, pontos de
interferência, local seguro de uso e decolagem, condições meteorológicas,
bem como configuração do software de voo, especialmente quanto ao HOME
POINT e altura do RETURN TO HOME ou outro procedimento de terminação
de voo.
3.2.6 Checar níveis de carga das baterias da RPA, da RPS e do (iPad, tablet ou
celular) que esteja fazendo uso;
3.2.7 Remover a trava do gimbal;
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3.2.8 Verificar os rotores, e retirar qualquer resíduo de sujeito que esteja


prejudicando seu funcionamento;
3.2.9 Instalar as hélices nos rotores (caso precise);
3.2.10 Inserir o (iPad, tablet ou celular – caso seja necessário) na RPS;
3.2.11 Ligar a RPS e abrir o aplicativo no qual a RPA que será utilizada faça uso;
3.2.12 Inserir bateria carregada na RPA;
3.2.13 Inserir o cartão de memória ou conferir;
3.2.14 Ligar a RPA;
3.2.15 Realizar calibragem da RPA (quando necessário);
3.2.16 Checar o número de satélites disponíveis, e só iniciar o voo quando forem
conectados ao menos 10 (dez);
3.2.17 Durante a captação das imagens manterem total atenção a aeronave
possibilitando a rápida retomada dos controles e execução de procedimentos
em casos que atentem contra a segurança de voo.
3.2.18 Verificar se a captação das imagens está sendo executada, bem como se a
qualidade e quantidade são compatíveis com a fase de processamento.
3.2.19 Durante a fase de processamento utilizar software confiável ou com
reputação estabelecida levando-se em consideração os produtos digitais
requisitados.
3.2.20 Após o processamento digital das imagens, utilizarem software ADEQUADO
DE ESCOLHA DO SETOR RESPONSÁVEL, para elaboração de arquivos
físicos dos DADOS.
3.2.21 Atendendo o disposto no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial
(RBAC E-94), as Instruções Normativas do Comando da Aeronáutica (ICA
100-40), a Portaria Normativa do Ministério da Defesa (953/MD), em
referência aos aerolevantamentos em território nacional, os originais dos
produtos gerados de aerolevantamentos executados pela DTG devem ser
arquivados na Divisão, entregando-se cópia dos arquivos digitalizados e
cartográficos ao solicitante, mediante recibo.

3.3 EXECUÇÃO DA SEQUÊNCIA DE AÇÕES – APÓS O VOO:


3.3.1 Desligar a RPA;
3.3.2 Desligar a RPS e retirar o (iPad, tablet ou celular – caso seja necessário);
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3.3.3 Retirar as hélices dos rotores da RPA;


3.3.4 Retirar a bateria da RPA;
3.3.5 Inserir a trava do gimbal;
3.3.6 Após esfriamento natural, acondicionar todos os componentes em local
adequado;
3.3.7 Preencher a planilha de controle de horas de voo e relatar qualquer incidente
ou fato digno de registro durante a operação ao Setor responsável e ao
Comandante responsável;

3.4 POSSIBILIDADE DE ERROS:


3.4.1 Não atentar para carga das baterias do RPAS;
3.4.2 Rotores com dificuldade no funcionamento por acúmulo de sujeira;
3.4.3 Não retirar a trava do gimbal antes de ligar a RPA;
3.4.4 Não inserir corretamente as hélices nos rotores;
3.4.5 Aplicativo indicar necessidade de atualização do Software ou firmware;
3.4.6 Indicativo de erro na calibragem da RPA;
3.4.7 Conexão da RPS com menos de 10 satélites;
3.4.8 Verificação de cartão de memória da aeronave (ver item 3.2.13);
3.4.9 Não observância das funções de observador;
3.4.10 Não observância das operações em atividades críticas;
3.4.11 Não observância as análises de risco dos locais de operação.

3.5 AÇÕES CORRETIVAS:


3.5.1 Somente realizar o voo após ter realizado o devido carregamento das
baterias;
3.5.2 Checar manualmente cada rotor e realizar limpeza antes do voo;
3.5.3 Desligar a RPA, retirar a trava do gimbal e ligar novamente a aeronave; - a
não observância desse item pode acarretar dano a aeronave e alto custo para
reparo em local especializado;
3.5.4 Verificar com cuidado a inserção de cada hélice, atentando para o sentido de
giro de cada uma;
3.5.5 Realizar o download e instalação das atualizações necessárias;
3.5.6 Realizar a calibragem da RPA sempre que necessário;
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3.5.7 Aguardar o emparelhamento com no mínimo 10 satélites, e se for possível,


buscar área aberta e com pouca interferência.

4 OPERAÇÕES

4.1 OPERAÇÕES DE SALVAMENTO ÁQUATICO


4.1.1 Executar todos os procedimentos dos itens 3.1 e 3.2
4.1.2 Desabilitar o Vídeo Position System (VPS), sensor que pode ficar
desorientado com o espelhamento da água.
4.1.3 Manter observação constante e ininterrupta em banhistas.
4.1.4 Ao identificar banhista com possível dificuldade, decolar imediatamente a
aeronave e posicionar-se de cinco a dez metros sobre o banhista, com a
câmera em ângulo de 90° visualizar e confirmar a situação de perigo
acionando o Guarda-vidas mais próximo.
4.1.5 Registrar em vídeo toda a operação até o resgate definitivo da vítima.
4.1.6 Atentar-se para a carga da bateria durante a missão considerando os ventos
frequentes nessas regiões.
4.1.7 Durante buscas por rios, igarapés e lagoas, atentar para o HOME POINT da
aeronave caso decole de uma embarcação em movimento.
4.1.8 Procure sempre um local seguro em terra firme para decolar a aeronave.
4.1.9 Manter no mínimo dez metros de altura do espelho d’água, evitando
desorientação pelo espelhamento da água em relação ao horizonte.
4.1.10 Em áreas de alagamentos ou enchentes desabilitar o Vídeo Position System
(VPS), sensor que pode ficar desorientado com o espelhamento da água.
4.1.11 Em emergências ou catástrofe, efetuar contato com o Corpo de Bombeiros e
Defesa Civil para segurança e objetividade da operação.
4.1.12 Ao concluir a missão executar os procedimentos do item 3.3 e caso seja
necessário item 3.5.

4.2 OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA


4.2.1 Executar todos os procedimentos dos itens 3.1 e 3.2
4.2.2 Definir local de pouso e decolagem discreto, fora da área a ser observada.
4.2.3 Observar parâmetros de voo como altura, velocidade e houver de forma
furtiva.
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4.2.4 Executar as missões com vestimentas e viaturas descaracterizadas, com


ações discretas e no menor tempo possível.
4.2.5 Ao concluir a missão executar os procedimentos do item 3.3 e caso seja
necessário item 3.5.

4.3 OPERAÇÕES EM ÁREAS DE INCÊNDIOS


4.3.1 Executar todos os procedimentos dos itens 3.1 e 3.2
4.3.2 Contatar o Comandante responsável pelo combate para verificação de
possíveis ações que possam auxiliar no desenvolvimento da missão.
4.3.3 Suspender imediatamente a operação da RPA na presença de aeronaves
tripuladas no combate ao incêndio.
4.3.4 Não sobrevoar diretamente os focos de incêndio ou adentrar nuvens de
fumaça que podem ocasionar perda de sustentação e queda da aeronave.
4.3.5 Manter a aeronave em distância segura dos focos de incêndio e áreas de
calor intenso que podem ocasionar falhas elétricas, danos físicos e
consequente queda da aeronave.
4.3.6 Ao concluir a missão executar os procedimentos do item 3.3 e caso seja
necessário item 3.5.

4.4 RESULTADOS ESPERADOS:


4.5 Padronizar os procedimentos do CBMRR no uso de RPAs;
4.6 Mitigação de riscos.
4.7 Operação segura.
4.8 Cumprimento às legislações vigentes.
4.9 Geração de documentos estatísticos de controle em operações.
4.10 Apoio ao Corpo de Bombeiros em Operações.
4.11 Apoio aos Órgãos de Segurança Pública.
4.12 Realizar operações com aeronave, com atenção aos dispositivos legais,
buscando maior segurança e menor risco.

4.13 ESCLARECIMENTOS
4.14 O operador sempre que for realizar qualquer voo deverá estar acompanhado
de outro militar, que assumirá a função de observador, e além de auxiliá-lo
deverá ter plenas condições de operar a RPA quando necessário;
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4.15 O uso de RPAS em operações bombeiro militar deverá sempre ser realizado
por um Operador de RPAS que esteja devidamente capacitado para manusear
o equipamento, através de curso promovido pelo CBMRR, e em acordo com
os requisitos constantes no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial
nº 94/2021;
4.16 O comandante da unidade deverá ser informado do resultado da operação,
assim como de alteração digna de registro durante o voo.

5 PREVISÃO LEGAL
5.1 Lei 7.565, de 19Dez86 – Institui o Código Brasileiro de Aeronáutica.
5.2 Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial (RBAC-E) nº 94 – Requisitos
gerais para aeronaves não tripuladas de uso civil.
5.3 Instrução do Comando da Aeronáutica – ICA 100-40/2020 – Sistemas de
aeronaves remotamente pilotadas e o acesso ao espaço aéreo brasileiro.
5.4 MCA 56-1 Aeronaves não tripuladas para uso exclusivo em apoio às situações
emergenciais.
5.5 MCA 56-2 Aeronaves não tripuladas para uso recreativo – aeromodelos.
5.6 MCA 56-3 Aeronaves não tripuladas para uso em proveito dos órgãos ligados
aos Governos Federal, Estadual ou Municipal.
MCA 56-4 Aeronaves não tripuladas para uso exclusivo em proveito dos Órgãos de
Segurança Pública, da Defesa Civil e de Fiscalização da Receita Federal.
5.7 Instrução Suplementar – IS E94-003 – Procedimentos para elaboração e
utilização de Avaliação de Risco Operacional para Operadores de aeronaves
não tripuladas.
5.8 Portaria Normativa Ministério da Defesa – 101/MD/2018 – Dispõe sobre
adoção de procedimentos para a atividade de aerolevantamento no território
nacional.
6 ANEXOS
6.1 Relatório de Prevenção
6.2 Diário de voo;
6.3 IS Nº 94-003A (avaliação de risco)
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ANEXO I – RELATÓRIO DE PREVENÇÃO

RPA DATA HORA

LOCAL DO VOO (COORDENADAS)


LOCAL DO VOO (NOMINAL)
PILOTO DE RPA
OBSERVADOR DE RPA

SITUAÇÃO

RELATOR / ASSINATURA
Figura 1 Relatório de Prevenção.
Fonte: 1 LACHI, 2018.

ANEXO II - DIÁRIO DE VOO DE RPA


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DIÁRIO DE VÔO DE RPA


PREFIXO FABRICANTE Nº 01
HORAS DE VÕO CAT/REG CODINOME DATA
___________ DJI
Inicial Final
MODELO: N•de Série:
RPA Fl___
___________ _______________ _______________ ______________

LOCAL DE VOO HORÁRIOS TEMPO DE VÔO TRIPULAÇÃO


BATERIAS
Vôo sem UTILIZADAS
Decolagem / Pouso Sobrevôo Decolagem Pouso Total Piloto Observador
visada
1

TOTAL
CÓD. DE
NATUREZA DESCRIÇÃO DA OCORRÊNCIA
OCORRÊNCIA
1

COORD.GEOGRÁFICAS (Ex: "4s•30• 4S"S/oss 2s'16"W) CIDADE FORMA DE ACIONAMENTO' N DO VÔO AUTORIZ.DE VÔO ÓRGAO APOIADO

DISCREPÂNCIAS TRANSMISSÃO AO VIVO

NOME COD SARPAS DESCRIÇÃO Interessado

Interessado

MEDIDAS PREVENTIVAS TRIPULAÇÃO COD.SARPAS ASS


NOME COD SARPAS DESCRIÇÃO

1 FORMA DE ACIONAMENTO : ORDEM DE SERVIÇO


Figure 1 DIÁRIO DE VOO DE RPA
Fonte: 2 LACHI, 2018.
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ANEXO III - AVALIAÇÃO DE RISCO OPERACIONAL

Avaliação de Risco Operacional


Em cumprimento ao parágrafo [E94.103(f)(2) ou E94.103(g)(2)] do RBAC-E nº 94 da ANAC
Operador:
CPF ou CNPJ:
Aeronave(s): [incluir o cadastro ou o registro da(s) aeronave(s)]
Cenário operacional:
1. ASPECTOS GERAIS:
Legislação aplicável: [listar principalmente o CBA e as regras da ANAC, DECEA e Anatel]
O operador é obrigado a se manter em áreas distantes de terceiros? [Sim/Não]
Os pilotos e observadores devem passar por algum treinamento inicial ou periódico específico provido
pela empresa? Se sim, especificar:
Em caso de acidente com lesões a pessoas, quem acionar? Como proceder?
Avaliação do risco: [ver o exemplo de preenchimento no corpo da IS]

Situação 1 Perda do link


Probabilidade de ocorrência
Severidade da ocorrência
Risco
Tolerabilidade
Nível hierárquico de autorização da operação
Medidas de mitigação do risco
Situação 2 Existência de tráfego aéreo local
Probabilidade de ocorrência
Severidade da ocorrência
Risco
Tolerabilidade
Nível hierárquico de autorização da operação
Medidas de mitigação do risco
Situação 3 Presença de pessoas não anuentes
Probabilidade de ocorrência
Severidade da ocorrência
Risco
Tolerabilidade
Nível hierárquico de autorização da operação
Medidas de mitigação do risco
Situação 4
Etc....

1. Probabilidade da ocorrência:
- Nível 5 (frequente): é provável que ocorra muitas vezes, ou historicamente tem ocorrido frequentemente;
- Nível 4 (ocasional): é provável que ocorra algumas vezes, ou historicamente tem ocorrido com pouca frequência;
- Nível 3 (remoto): é improvável, mas é possível que venha a ocorrer, ou ocorre raramente;
- Nível 2 (improvável): é bastante improvável que ocorra e não se tem notícia de que tenha alguma vez ocorrido; e
- Nível 1 (muito improvável): é quase impossível que o evento ocorra.
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1.1 Probabilidade da ocorrência:


- Nível 5 (frequente): é provável que ocorra muitas vezes, ou historicamente tem ocorrido frequentemente;
- Nível 4 (ocasional): é provável que ocorra algumas vezes, ou historicamente tem ocorrido com pouca frequência;
- Nível 3 (remoto): é improvável, mas é possível que venha a ocorrer, ou ocorre raramente;
- Nível 2 (improvável): é bastante improvável que ocorra e não se tem notícia de que tenha alguma vez ocorrido; e
- Nível 1 (muito improvável): é quase impossível que o evento ocorra.

1.2 Severidade da ocorrência:

- Nível A (catastrófico): morte de múltiplas pessoas;


- Nível B (crítico): morte de pessoa, lesões gravíssimas, capazes de deixar sequelas significativas e/ou incapacitantes,
tais como cegueira, paralisia, amputações etc.;
- Nível C (significativo): lesões sérias a pessoas, mas não incapacitantes nem com sequelas significativas;
- Nível D (pequeno): incidentes menores, danos a objetos, animais ou vegetação no solo, lesões leves;
- Nível E (insignificante): somente danos ao equipamento.

1.3 Tolerabilidade:

Severidade
Catastrófico Crítico Significativo Pequeno Insignificante
A B C D E
Frequente 5 5A 5B 5C 5D 5E
Probabilidade

Ocasional 4 4A 4B 4C 4D 4E
Remoto 3 3A 3B 3C 3D 3E
Improvável 2 2A 2B 2C 2D 2E
Muito improvável 1 1A 1B 1C 1D 1E

- Risco extremo (classificações 4A, 5A e 5B): a operação não deve ocorrer e, caso esteja ocorrendo, deve cessar
imediatamente, enquanto persistir a condição ou até que medidas mitigadoras suficientes reduzam o risco para um nível
aceitável pelo operador. Caso ainda se decida prosseguir com a operação, controles preventivos para mitigação do risco devem
ser estabelecidos, devem estar em vigor e a aprovação da hierarquia mais alta da empresa (presidente) deve ser requerida.
- Alto risco (classificações 3A, 4B e 5C): a operação não deveria ocorrer e, caso esteja ocorrendo, deveria cessar
imediatamente, enquanto persistir a condição ou até que medidas mitigadoras suficientes reduzam o risco para um nível
aceitável pelo operador. Caso ainda se decida prosseguir com a operação, controles preventivos para mitigação do risco devem
ser estabelecidos, devem estar em vigor e a aprovação da hierarquia de gestão da empresa (gerente ou diretor) deve ser
requerida.
- Risco moderado (classificações 1A, 2A, 2B, 3B, 3C, 4C, 4D, 5D, 5E): a operação pode ocorrer com controles preventivos
para mitigação do risco estabelecidos e que devem estar em vigor, conforme necessários. Operações neste nível de risco
deveriam ser aprovadas por nível hierárquico imediatamente superior (chefia imediata).
- Baixo risco (classificações 1B, 1C, 2C, 2D, 3D, 3E, 4E): a operação pode ocorrer e controles preventivos para mitigação de
risco e aprovação por nível hierárquico imediatamente superior (chefia imediata) são opcionais.
- Risco muito baixo (classificações 1D, 1E e 2E): a operação é aceitável como concebida, e nenhum controle preventivo
para mitigação de risco e aprovação é requerida para que ela ocorra.

2 DISPOSIÇÕES FINAIS:

Declaro para os devidos fins que todos os pilotos remotos conhecem e cumprem a legislação e
regulamentação aplicáveis, em especial as acima listadas, assim como conhecem as consequências do
descumprimento.

Responsável pelas informações:


Data e assinatura:

Esta avaliação de risco operacional é válida até [mês/ano + 12 meses].


Figura 2 AVALIAÇÃO DE RISCO OPERACIONAL.
Fonte: 3 IS Nº E94-003 Revisão A, 2019.
21

ANEXO IV – PARÂMETROS ZONA URBANA

Figura 3 Parâmetros para áreas urbanas


Fonte: 4 BRASIL, 2021

LEGENDA:
ÁREA 1 – ZONA DE APROXIMAÇÃO ATÉ A DISTÂNCIA DE 2 KM DA CABECEIRA
DA PISTA DO AEROPORTO: NÃO SE PODE OPERAR RPA.

ÁREA 2 – ZONA DE APROXIMAÇÃO DE 2 KM ATÉ 5 KM DE DISTÂNCIA DA


CABECEIRA DA PISTA DO AEROPORTO: PODE OPERAR RPA ATÉ UMA ALTURA
MÁXIMA DE 30 METROS.

ÁREA 3 – ÁREA QUE COMPRENDE O RAIO COM DISTÂNCIA DE ATÉ 500


METROS DA PISTA DO AEROPORTO: NÃO SE PODE OPERAR RPA.

ÁREA 4 – ÁREA QUE COMPRENDE O RAIO COM DISTÂNCIA DE 500 METROS


ATÉ 2 KM DA PISTA DO AEROPORTO: PODE OPERAR RPA ATÉ UMA ALTURA
MÁXIMA DE 60 METROS.

ÁREA 5 – ÁREA QUE COMPRENDE O RAIO COM DISTÂNCIA ACIMA DE 2 KM DA


PISTA DO AEROPORTO: PODE OPERAR RPA ATÉ UMA ALTURA MÁXIMA DE 120
METROS.
22

ANEXO V – Parâmetros Zona Não Urbana

Figura 4 Parâmetros para áreas não urbanas


Fonte: 5 BRASIL, 2021

LEGENDA:
ÁREA 1 – ZONA DE APROXIMAÇÃO ATÉ A DISTÂNCIA DE 2 KM DA CABECEIRA
DA PISTA DO AEROPORTO: NÃO SE PODE OPERAR RPA.

ÁREA 2 – ZONA DE APROXIMAÇÃO DE 2 KM ATÉ 5 KM DE DISTÂNCIA DA


CABECEIRA DA PISTA DO AEROPORTO: PODE OPERAR RPA ATÉ UMA ALTURA
MÁXIMA DE 30 METROS.

ÁREA 3 – ÁREA QUE COMPRENDE O RAIO COM DISTÂNCIA DE ATÉ 500


METROS DA PISTA DO AEROPORTO: NÃO SE PODE OPERAR RPA.

ÁREA 4 – ÁREA QUE COMPRENDE O RAIO COM DISTÂNCIA DE 500 METROS


ATÉ 2 KM DA PISTA DO AEROPORTO: PODE OPERAR RPA ATÉ UMA ALTURA
MÁXIMA DE 60 METROS.

ÁREA 5 – ÁREA QUE COMPRENDE O RAIO COM DISTÂNCIA ACIMA DE 2 KM DA


PISTA DO AEROPORTO: PODE OPERAR RPA ATÉ UMA ALTURA MÁXIMA DE 60
METROS.

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