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Assessoria de Comunicação Social – ASCOM
1ª Edição – Maio de 2017
Informação de utilidade pública.
Esta publicação não substitui a legislação em vigor.
Apresentação
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) editou em maio de 2017 um regu-
lamento especial com regras gerais para o uso civil* de aeronaves não tripuladas
no Brasil, mais conhecidas como drones. As regras da ANAC são complementares
às de outros órgãos, que também devem ser observadas antes de qualquer opera-
ção. Dentre eles, destacam-se as normas do Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA), do Ministério da Defesa e da Agência Nacional de Telecomunica-
ções (ANATEL).
O normativo da ANAC é um marco importante da aviação civil brasileira pela
necessidade de estabelecer requisitos mínimos para operações com esse tipo de
aeronave, que crescem a cada dia no país e, também, no mundo.
Tendo em vista a rapidez das inovações tecnológicas relativas a essas ae-
ronaves e operações, poucos países estabeleceram suas regras até agora. Para
a edição desse regulamento especial, áreas técnicas da Agência estudaram as
melhores práticas e normas internacionais, com destaque àquelas editadas pela
Federal Aviation Administration (FAA), Civil Aviation Safety Authority (CASA) e Eu-
ropean Aviation Safety Agency (EASA), autoridades aeronáuticas dos Estados Uni-
dos, Austrália e da União Europeia, respectivamente.
O objetivo da ANAC é que as operações passem a ocorrer a partir de regras
mínimas, preservando-se um nível de segurança das pessoas e de bens de tercei-
ros. Ao mesmo tempo, o normativo pretende contribuir para o desenvolvimento
sustentável e seguro para esse segmento da aviação. Por se tratar de um regula-
mento especial, está sujeito a alterações que vierem a ser necessárias.
Com esta publicação, a ANAC espera facilitar a compreensão sobre o assunto
e oferecer orientações aos usuários de drones. Para obtenção de informações
mais específicas, consulte a norma editada (Regulamento Brasileiro de Aviação
Civil Especial - RBAC-E nº 94). Se as dúvidas persistirem, entre em contato pelo
Fale com a ANAC pelo site (www.anac.gov.br/faleanac) ou pela central de telea-
tendimento 163.
Glossário 5
Regras de órgãos brasileiros sobre operação de drones 6
Regras da ANAC para uso de Drones 7
Foco principal da Regulamentação 7
Resumo da Regulamentação da ANAC 8
1. Aeromodelos 9
Perguntas frequentes 19
Orientações para usuários de drones
Glossário
Drone – Nome popular para aeronave não tripulada.
Aeromodelo – Aeronave não tripulada usada para recreação.
RPA (Aeronave Remotamente Pilotada) – Aeronave não tripulada usada para
outros fins que não a recreação (uso comercial, corporativo ou experimental).
Sistema de RPA (RPAS) – Conjunto formado pela aeronave (RPA), pela estação
de pilotagem remota (RPS), pelo link de comando e controle e por qualquer ou-
tro componente que faça parte do projeto da aeronave.
Piloto remoto – Pessoa que manipula os controles e conduz o voo de uma ae-
ronave não tripulada.
Observador – Pessoa que, sem o auxílio de equipamentos, auxilia o piloto re-
moto na condução segura do voo mantendo contato visual direto com a RPA.
Operação BVLOS – Operação na qual o piloto não consegue manter a RPA den-
tro de seu alcance visual, mesmo com a ajuda de um observador.
Operação VLOS – Operação na qual o piloto mantém o contato visual direto
com a RPA (sem auxílio de lentes ou outros equipamentos).
Operação EVLOS – Operação na qual o piloto remoto só é capaz de manter con-
tato visual direto com a RPA com auxílio de lentes ou de outros equipamentos e
de observadores de RPA.
Tipos de operação
BVLOS VLOS EVLOS
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Orientações para usuários de drones
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Orientações para usuários de drones
VANT RPA
Não Aeronave
recreativo Veículos não remotamente
tripulados pilotada
As RPA estão divididas em três classes, de acordo com o peso máximo de de-
colagem, no qual devem ser considerados os pesos do equipamento, da bateria
ou combustível, e da carga eventualmente transportada.
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Orientações para usuários de drones
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Todos os aeromodelos acima de 250 gramas e RPA entre 250 gramas e 25 kg que se destinem a operações na linha de visada visual (VLOS) até 400
pés acima do nível do solo, devem ser cadastrados por meio de ferramenta online disponível no endereço sistemas.anac.gov.br/sisant.
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Para todos os sistemas de RPA Classe 2 e os de RPA Classe 3 que se destinam a operações além da linha de visada visual (BVLOS) ou acima de 400 pés, o
fabricante pode optar pelo processo de certificação de tipo estabelecido no RBAC nº 21 ou pela autorização de projeto na Subparte E do RBAC-E nº 94.
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Orientações para usuários de drones
1. Aeromodelos
Os aeromodelos estão dispensados de vários requisitos previstos no regula-
mento da ANAC. Para esses equipamentos, as operações (voos) são permitidas
pela Agência sob total responsabilidade do seu piloto e observando-se os seguin-
tes pontos:
• Somente os equipamentos com peso máximo de decolagem acima de
250g precisam ser cadastrados na ANAC por meio do Sistema de Aerona-
ves não Tripuladas (SISANT), disponível em: sistemas.anac.gov.br/sisant.
• O cadastro vai gerar uma identificação que deverá ser confeccionada em
material não inflamável, ser legível e ficar acessível na aeronave.
• Está dispensada a avaliação de risco da operação, mas é preciso verificar as
condições da aeronave quanto à segurança de voo, ter ciência de todas as
informações necessárias ao planejamento do voo antes de iniciá-lo e atuar
em todas as fases do voo durante a operação.
• Não há restrição quanto à idade mínima para operar aeromodelos.
• Pilotos não precisam de documento emitido pela ANAC e são considera-
dos devidamente licenciados, caso não pretendam voar acima de 400 pés.
• Não é obrigatório possuir seguro com cobertura de danos a terceiros.
• É permitida a troca do piloto remoto em comando durante a operação.
• Não é necessário registrar os voos.
• As operações só poderão ser iniciadas se houver autonomia suficiente da
aeronave para realizar o voo e para pousar em segurança no local previsto,
levando-se em conta as condições meteorológicas conhecidas.
• Operar apenas em áreas distantes de terceiros (no mínimo 30 metros ho-
rizontais). Essa restrição está dispensada caso haja anuência das pessoas
próximas à operação ou exista uma barreira mecânica capaz de isolar e
proteger as pessoas não envolvidas e não anuentes com a operação. Ae-
ronaves com peso máximo de decolagem de até 250g estão dispensadas
dessa exigência.
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Orientações para usuários de drones
• Para cadastrar é necessário informar os dados pessoais (nome, endereço, CPF, e-mail),
os dados de pessoa jurídica (CNPJ), quando for o caso, os dados da aeronave (nome,
modelo, fabricante, número de série e foto que identifique a aeronave) e escolher
uma combinação de nove dígitos, que será o número da identificação do equipa-
mento. O SISANT indicará automaticamente os prefixos PP (aeronaves não tripuladas
de uso não recreativo) e PR (aeronave não tripuladas de uso recreativo - aeromo-
delos). Essa identificação deverá ser confeccionada em material não inflamável, ser
legível e ficar acessível na aeronave.
• Depois de preencher todas as informações solicitadas, o SISANT vai gerar uma certi-
dão de cadastro, que é um documento de porte obrigatório em todas as operações.
É admitido o porte digital do documento.
• O cadastro tem validade de 24 meses e pode ser revalidado em até seis meses. Pas-
sado esse prazo sem a revalidação, o mesmo será desativado e será necessário fazer
um novo cadastro para o equipamento.
• Ao acessar o SISANT, você poderá consultar o manual para cadastramento ao clicar
no ícone “Ajuda”.
IMPORTANTE! As demais RPA (da Classe 3 que operem acima de 400 pés ou da linha
de visada visual - BVLOS e todas das Classe 1 e 2) devem ser registradas na Agência e
identificadas com suas marcas de nacionalidade e matrícula em conformidade com o
RBAC-E nº 94.
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Perguntas frequentes
Para realizar uma operação com aeronaves não tripuladas (aeromodelos e
RPA) é necessário seguir apenas à norma da ANAC?
Não. É preciso consultar e seguir também os requisitos do DECEA e da ANATEL.
Em alguns casos específicos, devem ainda ser respeitadas regras publicadas pelo
Ministério da Defesa.
Quais são as regras de operação para aeronaves não tripuladas pelos órgãos
acima citados?
As operações de RPA por esses órgãos ou de operador a serviço deles são per-
mitidas pela ANAC sem observar os critérios de distanciamento das áreas distan-
tes de terceiros, desde que sob total responsabilidade do órgão ou operador e de
acordo com as regras de utilização do espaço aéreo estabelecidas pelo DECEA.
Para cada modalidade de operação deverá haver avaliação de risco operacio-
nal. Aeronaves não tripuladas pertencentes a entidades controladas pelo Estado
não são obrigadas a possuir seguro com cobertura de danos a terceiros.
Operações de outras entidades ou órgãos controlados pelo Estado deverão
possuir autorização expressa da ANAC para se enquadrarem nessas regras.
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Regras da ANAC para uso de drones entram em vigor
Norma cria condições para operações mais seguras
Brasília, 2 de maio de 2017 – A Diretoria Colegiada da ANAC aprovou, nesta terça-feira (02/05), o
regulamento especial para utilização de aeronaves não tripuladas, popularmente chamadas de drones. A
norma (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial – RBAC –E nº 94) estará publicada no Diário Oficial
da União desta quarta-feira (03/05).
O objetivo é tornar viáveis as operações desses equipamentos, preservando-se a segurança das
pessoas. A instituição das regras também contribuirá para promover o desenvolvimento sustentável
e seguro para o setor.
O normativo foi elaborado levando-se em conta o nível de complexidade e de risco envolvido nas opera-
ções e nos tipos de equipamentos. Alguns limites estabelecidos no novo regulamento seguem definições de
outras autoridades de aviação civil como Federal Aviation Administration (FAA), Civil Aviation Safety Authority
(CASA) e European Aviation Safety Agency (EASA), reguladores dos Estados Unidos, Austrália e da União Euro-
peia, respectivamente.
A partir de agora, as operações de aeronaves não tripuladas (de uso recreativo, corporativo, comercial
ou experimental) devem seguir as novas regras da ANAC, que são complementares aos normativos de ou-
tros órgãos públicos como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e da Agência Nacional
de Telecomunicações (ANATEL).
O regulamento sobre aeronaves não tripuladas foi amplamente discutido com a sociedade, associações
e empresas interessadas, bem como com outros órgãos públicos. Foram realizados dois workshops e téc-
nicos da Agência participaram de diversos eventos. A proposta ficou em audiência pública (AP nº 13/2015)
por 60 dias, com sessão presencial. Foram recebidas 277 contribuições.
DRONES
O termo” drone” é utilizado popularmente para descrever qualquer aeronave (ou mesmo outro tipo de veículo) que
possua alto grau de automatismo. No entanto, como não há uma definição formal para o termo, a regulamentação
da Agência não utiliza essa nomenclatura, mas sim “aeromodelos” e “aeronaves remotamente pilotadas” (RPA). O
que diferencia essas duas categorias de drones é a sua finalidade:
Pela regra geral, os drones com mais de 250g só poderão voar em áreas distantes de terceiros (no míni-
mo 30 metros horizontais), sob total responsabilidade do piloto operador e conforme regras de utilização
do espaço aéreo do DECEA. Caso exista uma barreira de proteção entre o equipamento e as pessoas a
distância especificada não precisa ser observada.
Para voar com drones com mais de 250g perto de pessoas é necessário que elas concordem previa-
mente com a operação, ou seja, a pessoa precisa saber e concordar com o voo daquele equipamento nas
proximidades onde se encontra.
IMPORTANTE!
As operações totalmente autônomas desses equipamentos, ou seja, naquelas onde o piloto remoto
não é capaz de intervir, continuam proibidas no país. Essas operações diferem-se das automatizadas, nas
quais o piloto remoto pode interferir em qualquer ponto.
Classificação de drones
Os drones de uso comercial, corporativo ou experimental (RPA) foram categorizadas em três classes, de
acordo com o peso máximo de decolagem do equipamento.
Peso Máximo
Classe de Decolagem Exigências de Aeronavegabilidade
Registro de voos
Os voos com aeromodelo e RPA Classe 3 não precisam ser registrados. O voos com as demais aeronaves
não tripuladas devem ser registrados.
IMPORTANTE!
Mais documentos poderão ser necessários de acordo com outros órgãos competentes. Consulte as nor-
mas do DECEA e da ANATEL sobre o assunto.
Seguro
É obrigatório possuir seguro com cobertura contra danos a terceiros nas ope-
rações de aeronaves não tripuladas de uso não recreativo acima de 250g (exceto
as operações de aeronaves pertencentes a entidades controladas pelo Estado).
Transporte de cargas
Não podem ser transportados pessoas, animais, artigos perigosos (RBAC nº 175/2009) e outras cargas
proibidas por autoridades competentes. Artigos perigosos poderão ser transportados quando destinados
a lançamentos relacionados a atividades de agricultura, horticultura, florestais ou outras definidas pelo
novo regulamento.
Poderão ser transportados equipamentos eletrônicos que contenham baterias de lítio necessárias para
seu funcionamento, desde que sejam destinadas para uso durante o voo, tais como câmeras fotográficas,
filmadoras, computadores etc. Artigos perigosos requeridos para operação do equipamento também po-
derão ser transportados.As regras referentes aos artigos perigosos não se aplicam aos drones controlados
pelo Estado (sob total responsabilidade das entidades e em cumprimento ao RBAC nº 175/2009).
Uso de drones por órgãos de segurança pública
As operações de drone por órgãos de segurança pública, de polícia, de fisca-
lização tributária e aduaneira, de combate a vetores de transmissão de doenças
de defesa civil e do corpo de bombeiros, ou de operador a serviço de um desses,
são permitidas pela ANAC sem observar os critérios de distanciamento das áreas
distantes de terceiros. Essas operações devem ocorrer sob total responsabilidade
do órgão ou operador e possuir avaliação de risco operacional. Devem também
obedecer as regras de utilização do espaço aéreo estabelecidas pelo DECEA.
Fiscalização
Os órgãos de segurança pública farão a fiscalização de drones no dia-a-dia. Casos de
infrações configuradas como contravenção penal ou crime serão tratados por esses ór-
gãos. Por parte da ANAC, a fiscalização será incluída no programa de vigilância conti-
nuada e as denúncias recebidas serão apuradas administrativamente de acordo com as
sanções previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565/86).
Outros órgãos farão a fiscalização de acordo com os aspectos relacionados às suas com-
petências, como utilização do espaço aéreo (DECEA) e de radiofrequência (ANATEL).
BVLOS: Sim
Registro da aeronave? Sim Sim Sim 1
VLOS: Sim 1
Aprovação ou autoriza- Apenas BVLOS ou acima
Sim Sim2 Não
ção do projeto? de 400 pés 2
A distância da aeronave não tripulada NÃO poderá ser inferior a 30 metros horizontais de pessoas não
envolvidas e não anuentes com a operação. O limite de 30 metros não precisa ser observado caso haja
uma barreira mecânica suficientemente forte para isolar e proteger as pessoas não envolvidas e não
Local de operação
anuentes. Esse limite não é aplicável para operações por órgão de segurança pública, de polícia, de
fiscalização tributária e aduaneira, de combate a vetores de transmissão de doenças, de defesa civil e/ou
do corpo de bombeiros, ou operador a serviço de um destes.
1 Todos os aeromodelos acima de 250 gramas e RPA entre 250 gramas e 25 kg que se destinem a operações na linha de visada visual (VLOS)
até 400 pés acima do nível do solo, devem ser cadastrados por meio de ferramenta online disponível no endereço https://sistemas.anac.gov.br/sisant.
2 Para todos os RPAS Classe 2 e os RPAS Classe 3 que se destinam a operações além da linha de visada visual (BVLOS) ou acima de 400 pés, o fabricante
pode optar pelo processo de certificação de tipo estabelecido no RBAC nº 21 ou pela autorização de projeto na Subparte E do RBAC-E nº 94.
Mais informações
Perguntas Frequentes
www.anac.gov.br/drones
Orientações para Usuários de Drones
Página sobre drones do Ministério de Transportes, Portos e Aviação Civil
INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR - IS
IS Nº E94.503-001
Revisão A
Aprovado por: Portaria nº 1.479/SAR, de 2 de maio de 2017.
Assunto: Emissão de Certificado de Autorização de Voo Origem: SAR/GTPN
Experimental para Aeronaves Remotamente
Pilotadas.
1 OBJETIVO
2 REVOGAÇÃO
3 FUNDAMENTOS
3.1.1 A Lei 7.565/86 (Código Brasileiro de Aeronáutica - CBAer) estabelece, no parágrafo único
do seu Art. 20, que "Pode a autoridade aeronáutica, mediante regulamento, estabelecer as
condições para voos experimentais, realizados pelo fabricante de aeronave, assim como para
os voos de translado".
3.1.2 A mesma Lei determina, no seu Art. 119, que "As aeronaves em processo de homologação,
as destinadas à pesquisa e desenvolvimento para fins de homologação e as produzidas por
amadores estão sujeitas à emissão de certificados de autorização de voo experimental e de
marca experimental".
3.1.3 A Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, considerando a redação dada pela Resolução n°
162, de 20 de julho de 2010, estabelece, em seu art. 14, que a ANAC pode emitir IS para
esclarecer, detalhar e orientar a aplicação de requisito previsto em RBAC.
3.1.4 O art. 14 da Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, modificado pela Resolução n° 162, de
20 de julho de 2010, também determina, em seu § 1°, que o administrado que pretenda, para
qualquer finalidade, demonstrar o cumprimento de requisito previsto em RBAC poderá
adotar os meios e procedimentos previamente especificados em IS ou apresentar meio ou
procedimento alternativo devidamente justificado, exigindo-se, nesse caso, a análise e
concordância expressa do órgão competente da ANAC. O § 2° do mesmo artigo estabelece
que o meio ou procedimento alternativo deve garantir nível de segurança igual ou superior
ao estabelecido pelo requisito aplicável ou concretizar o objetivo do procedimento
normalizado em IS.
3.1.5 Considerando o exposto nesta seção, esta IS objetiva detalhar e orientar a aplicação da seção
E94.503 do RBAC-E 94 visando à emissão de um Certificado de Autorização de Voo
Experimental para uma Aeronave Remotamente Pilotada.
Origem: SAR/GTPN 1/14
Data de emissão: 3 de maio de 2017. IS Nº E94.503-001
Revisão A
4 DEFINIÇÕES
4.1.1 Componente crítico: Aquele que possui limite de utilização para revisão, substituição, teste
e/ou calibração previstos no programa de manutenção do fabricante. Estes limites podem ser
estipulados em horas de utilização, número de pousos ou de ciclos, tempo calendárico,
métodos estatísticos de controle ou quaisquer outros métodos de controle predefinidos e
aprovados; podem ser propostos pelos fabricantes (inicialmente e de forma conservadora)
ou pelos operadores (em função de suas operações específicas, desde que sejam tão ou mais
conservadores de que os do fabricante), com a necessária aprovação e o acompanhamento
da ANAC.
4.1.5 Requerente: Pessoa que solicita à ANAC e aos outros órgãos governamentais as aprovações
e solicitações necessárias à operação do RPAS. Pode ser o fabricante ou o operador.
4.1.6 Sistema de terminação de voo: sistema que visa o término imediato do voo e a redução da
energia cinética no momento do impacto, mas não necessariamente garante a localização da
queda.
5 DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
5.1 Geral
5.1.1 Aplicabilidade
Esta IS é aplicável a qualquer pessoa que pretenda obter Certificado de Autorização de Voo
Experimental para uma aeronave remotamente pilotada civil no Brasil.
5.1.2 Considerações
5.2.2 O CAVE não se destina à aeronave remotamente pilotada com qualquer outro fim que não
seja considerado experimental pela ANAC. Estas aeronaves devem obter as autorizações ou
certificações de projeto e de aeronavegabilidade, conforme aplicável, de acordo com o
estabelecido nas Subpartes D e E do RBAC-E 94.
5.2.3 O CAVE é emitido para a RPA, mas o modelo da estação de pilotagem remota e outros
componentes do RPAS também serão avaliados e constarão no CAVE.
O CAVE será emitido com uma validade de 1 ano ou menos, de acordo com o critério que
a ANAC julgue mais adequado para a manutenção da segurança operacional.
Nestes casos, um novo CAVE será emitido de acordo com o mesmo processo detalhado na
subseção 5.3.
A nova solicitação pode referenciar a carta de solicitação anterior nos casos em que as
informações providas anteriormente permanecem válidas.
Modificações nas condições do novo CAVE requerido devem estar claramente identificadas
na solicitação.
Caso o operador não cumpra com as condições e limitações estabelecidas pelo CAVE, ou
com os regulamentos de aviação civil aplicáveis, a ANAC poderá suspender ou cancelar o
CAVE.
a) Pré-requerimento;
b) Solicitação do CAVE;
c) Inspeção do RPAS;
d) Registro da RPA;
e) Emissão do CAVE.
5.3.2 Caso a ANAC identifique, em qualquer etapa, algum aspecto que impeça o andamento do
processo de emissão do CAVE, o requerente será informado pela ANAC, declarando as
razões.
5.3.3 Pré-requerimento
Antes de enviar a solicitação à ANAC, o requerente deve realizar a reserva das marcas da
RPA por meio do sistema eletrônico disponível no sítio eletrônico da ANAC.
O requerente deverá solicitar à GGCP, por meio de carta, a emissão de um CAVE, com base
no requisito E94.501 do RBAC-E 94.
g) Fotos da aeronave;
I- Caso a altura máxima de operação exceda 400 pés AGL, o requerente deve
apresentar os dados que substanciem que esta operação pode ser conduzida
de forma segura, conforme as orientações contidas em B.3.1, B.3.4,
B.3.6(a)(b)(g) e B.3.7 no Apêndice B.
I- Caso a operação seja além da linha de visada visual (Beyond Visual Line
of Sight - BVLOS), o requerente deve apresentar os dados que substanciem
que esta operação pode ser conduzida de forma segura, conforme as
orientações contidas em todo o Apêndice B.
q) Também deverá ser indicado o local e a data a partir da qual a aeronave e a sua
documentação estarão disponíveis para a inspeção física e verificação documental,
respectivamente.
A ANAC poderá solicitar qualquer outra informação que julgar importante para analisar a
capacidade de operação segura do RPAS.
Caso o requerente já tenha previamente obtido um CAVE para uma aeronave do mesmo
modelo (incluindo os demais componentes do RPAS), a nova solicitação pode referenciar a
carta de solicitação anterior nos casos em que as informações providas anteriormente
permanecem válidas.
O requerente também poderá referenciar dados apresentados para a ANAC como parte de
um processo de autorização de projeto de RPAS em andamento ou já concluído.
Nos casos em que a ANAC dispensar a realização de inspeção do RPAS, ela poderá solicitar
a apresentação de dados adicionais (por exemplo: fotos, registros, etc.).
Após a aprovação da RPA nesta etapa, haverá inclusão do parecer da GGCP favorável à
aeronavegabilidade no Sistema de Aviação Civil (de uso interno da ANAC).
A solicitação para registro da RPA deverá ser enviada para o Registro Aeronáutico Brasileiro
juntamente com os dados solicitados na Resolução Nº 293, de 19 de novembro de 2013, ou
documento que venha a substituí-la.
Para cada modelo de RPAS para o qual seja requerido um Certificado de Autorização de
Voo Experimental com propósito de pesquisa de mercado ou de treinamento de piloto
remoto, o fabricante deverá disponibilizar um conjunto de procedimentos para:
Caso ocorra a perda total ou desativação da RPA, o requerente deverá comunicar o fato ao
Registro Aeronáutico Brasileiro em, no máximo, 30 dias após o evento, para fins de baixa
de registro.
6 APÊNDICES
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
A.1 SIGLAS
f) C2 Comando e Controle
l) IS Instrução Suplementar
B.1 Objetivo
B.1.1 Conforme estabelecido nas subalíneas o)I e p)I do subparágrafo 5.3.4.2 desta Instrução
Suplementar, um requerente de CAVE para RPAS que pretenda realizar operações
experimentais com este Sistema acima de 400 pés AGL ou além da linha de visada visual
deve apresentar dados que substanciem que esta operação pode ser conduzida de forma
segura.
B.1.2 Este apêndice detalha os critérios adicionais que devem ser atendidos para evidenciar que
uma Aeronave Remotamente Pilotada é capaz de conduzir com segurança operações
experimentais acima de 400 pés AGL ou BVLOS.
B.2.1 As operações com aeronaves remotamente pilotadas conduzidas acima de 400 pés AGL ou
além da linha de visada visual têm perigos com maior severidade associados ao mau
funcionamento dos sistemas presentes no RPAS.
B.2.2 De forma a mitigar os riscos, ainda que se aceite um risco maior em operações experimentais
se comparadas às não experimentais, elas também devem ser conduzidas de forma segura
para não gerar riscos inaceitáveis para terceiros.
B.2.3 Os critérios detalhados neste apêndice têm como objetivo permitir a realização de voos
experimentais acima de 400 pés AGL ou BVLOS de forma segura e coerente com os
preceitos estabelecidos no RBAC-E 94, permitindo assim um desenvolvimento sustentável
e seguro.
B.3.1.1 O requerente deve atestar que a RPA tenha pelo menos 15 horas de operação VLOS ou em
linha de visada visual estendida (Extended Visual Line of Sight – EVLOS) abaixo de 400 pés
AGL para demonstrar as principais características e funções do sistema.
B.3.1.2 O requerente deve reportar à ANAC qualquer mau funcionamento do RPAS encontrado
durante qualquer tipo de operação que afete a segurança operacional.
B.3.1.3 O requerente deve garantir que todo mau funcionamento encontrado durante qualquer tipo
de operação tenha sido corrigido antes de solicitar o CAVE para operação acima de 400 pés
AGL ou BVLOS.
B.3.2.1 O requerente deve demonstrar que nenhuma falha simples do RPAS tenha como
consequência levar a RPA para fora da área restrita.
B.3.2.2 O requerente deve apresentar uma análise do resultado da perda da informação (ou
informação errônea) de atitude (rolamento e arfagem), velocidade indicada e altitude
barométrica na operação da RPA.
B.3.2.3 O requerente deverá apresentar uma análise das consequências das falhas das fontes de
navegação (e.g. GPS). A avaliação deve ser estendida aos sistemas que utilizam estas fontes
de navegação, tais como estação remota de pilotagem e controle automático de voo.
B.3.2.4 O requerente deve apresentar uma análise da condição de inserção errônea de waypoints pelo
sistema de guiagem.
B.3.2.5 O requerente deverá apresentar a forma e/ou meios pelos quais falhas de controle automático
de voo são detectadas e/ou mitigadas.
B.3.2.6 O requerente deve apresentar uma análise da consequência de perda do enlace em todas as
fases de voo.
B.3.2.7 O requerente deve descrever como a perda de enlace é identificada pelo piloto remoto.
B.3.2.8 O requerente deve descrever os planos de contingências caso haja perda de enlace.
B.3.3.1 O requerente deve apresentar uma análise com base nas especificações dos equipamentos
(rádios, antenas) utilizados na RPA e na estação de pilotagem remota (Remote Pilot Station
– RPS) que demonstre que a maior distância entre RPA-RPS especificada nas limitações
operacionais do protótipo é adequada para o funcionamento do sistema.
B.3.3.3 O requerente deve determinar os valores mínimos da intensidade do sinal a serem observados
para operação segura do(s) enlace(s) C2 e, com base nos mesmos, estabelecer procedimentos
para o piloto remoto no Manual de Voo do protótipo.
B.3.3.4 A operação adequada do(s) enlace(s) C2 não deve ser afetada por falhas de sistemas não
requeridos ou não essenciais.
B.3.3.5 O requerente deve demonstrar que o(s) enlace(s) C2 utilizados tenham características que
assegurem a confiabilidade e minimizem a vulnerabilidade do sistema a interferências
prejudiciais de radiofrequências. Para tanto, é recomendável que os RPAS que se pretendam
operar BVLOS utilizem radiofrequências destinadas em caráter primário ao Serviço Móvel
Aeronáutico - SMA, ao Serviço Móvel Aeronáutico em Rota - SMA(R), ao Serviço Móvel
Aeronáutico por Satélite - SMAS e ao Serviço Móvel Aeronáutico por Satélite em Rota -
SMAS(R), ou qualquer outra radiofrequência destinada em caráter primário à realização de
testes.
B.3.3.6 O(s) enlace(s) C2 deve(m) incorporar características como, por exemplo, criptografia de
dados e salto em frequência, que minimizem os riscos associados a atos de interferência
ilícita.
B.3.4.3 A capacidade de recuperação de emergências deve ser efetiva para lidar, no mínimo, com os
seguintes cenários de falha:
B.3.5 Navegação
Todo RPAS que se destina à operação experimental BVLOS deve possuir um sistema de
navegação com desempenho e confiabilidade suficientes para garantir a segurança da
operação, para tanto o seguinte é requerido:
B.3.5.1 Dois sistemas de navegação com um alerta de discrepância entre os dados das fontes
distintas;
B.3.5.2 O requerente deve estabelecer margens em relação ao volume autorizado, levando em conta
a precisão de seus sistemas de navegação e a capacidade de manobra da aeronave de forma
a garantir um nível aceitável de confiança de que tais limites não sejam excedidos em voo.
Na ausência ou insuficiência destes dados, a margem deve ser de 600 metros no plano
horizontal, a partir de todo o perímetro autorizado, 75 pés abaixo do teto e 75 pés acima do
piso.
As seguintes informações e alertas devem ser apresentadas de forma clara e coerente na RPS
para o piloto remoto durante todo o voo:
c) Atitude da RPA;
i) Posição atual da RPA sobreposta a um mapa que também indique a área onde o voo
é permitido segundo parágrafo B3.5.2.
B.3.7.1 O sistema de iluminação externa da RPA deve estar em funcionamento tanto para operações
diurnas, quanto noturnas. A iluminação deverá incluir a instalação de luz anticolisão
estroboscópica de cor branca ou vermelha.
B.3.7.2 O sistema de iluminação da RPA deve permitir uma efetiva visualização da RPA, de modo
que a aeronave seja avistada por pessoas que possam estar próximas do local de operação da
RPA. Deve ser demonstrado que a aeronave é visível, mesmo à noite, à distância tal que
permita que a aeronave seja vista, no mínimo, 30 segundos antes de chegar ao ponto do qual
foi avistada, considerando para isto a máxima velocidade em que a aeronave pode se
deslocar.
B.3.7.3 Toda RPA que opere acima de 400 pés em relação ao solo deverá possuir sistema de
iluminação que permita a visualização da RPA a uma distância mínima de 2 km,
considerando uma inclinação de até 5 graus em relação ao plano horizontal de voo da RPA.
De forma alternativa a este item, é facultado ao requerente demonstrar cumprimento com as
seções 23.1401 ou 27.1401 dos RBAC 23 ou 27, conforme aplicável.
1 OBJETIVO
1.1.1 Esta Instrução Suplementar – IS tem por objetivo fornecer informações sobre os
procedimentos gerais para a autorização de um projeto de um Sistema de Aeronave
Remotamente Pilotada (Remotely Piloted Aircraft System – RPAS), conforme estabelecido
na Subparte E do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial nº 94 – RBAC-E 94.
2 REVOGAÇÃO
2.1.1 N/A
3 FUNDAMENTOS
3.1.2 O art. 8º, XVII da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, dispõe que a competência para
proceder à homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações, relativos
às atividades de competência do sistema de segurança de voo da aviação civil, cabe à
Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC como autoridade de aviação civil.
3.1.3 A Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, considerando a redação dada pela Resolução n°
162, de 20 de julho de 2010, estabelece, em seu art. 14, que a ANAC pode emitir IS para
esclarecer, detalhar e orientar a aplicação de requisito previsto em RBAC.
3.1.4 O art. 14 da Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, modificado pela Resolução n° 162, de
20 de julho de 2010, também determina, em seu § 1°, que o administrado que pretenda, para
qualquer finalidade, demonstrar o cumprimento de requisito previsto em RBAC poderá
adotar os meios e procedimentos previamente especificados em IS ou apresentar meio ou
procedimento alternativo devidamente justificado, exigindo-se, nesse caso, a análise e
concordância expressa do órgão competente da ANAC. O § 2° do mesmo artigo estabelece
que o meio ou procedimento alternativo deve garantir nível de segurança igual ou superior
ao estabelecido pelo requisito aplicável ou concretizar o objetivo do procedimento
normalizado em IS.
3.1.5 A seção E94.401 do RBAC-E 94 estabelece que, exceto nos casos listados, somente é
permitido operar um RPAS civil no Brasil se o projeto do RPAS for autorizado pela ANAC
levando em consideração a classe do RPAS, a altura máxima de operação e o tipo de
operação (Visual Line of Sight – VLOS ou Beyond Visual Line of Sight – BVLOS).
Origem: SAR/GGCP 1/8
Data de emissão: 3 de maio de 2017. IS Nº E94-001
Revisão A
4 DEFINIÇÕES
4.1.1 Requerente: Pessoa que solicita à ANAC e aos outros órgãos governamentais as
autorizações e solicitações necessárias para o projeto do RPAS.
5 DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
5.1 Aplicabilidade
5.1.1 Esta IS é aplicável a qualquer pessoa que pretenda obter autorização de um projeto de RPAS
de acordo com a Subparte E do RBAC-E 94.
5.2.1 A autorização de um projeto de RPAS é um processo que objetiva assegurar que a aeronave
não tripulada atenda aos requisitos mínimos de aeronavegabilidade aplicáveis. Esta atividade
envolve responsabilidades tanto daqueles que pretendem receber a autorização como da
Gerência-Geral de Certificação de Produto Aeronáutico – GGCP.
Autorizar o projeto de RPAS quando estiver assegurado que este atende aos requisitos de
aeronavegabilidade aplicáveis.
5.3.2 Reunião inicial: Antes da abertura de um processo de autorização de projeto de RPAS, uma
reunião inicial pode ser solicitada pelo requerente ou pela ANAC. Nesta reunião uma breve
apresentação do projeto pode ser feita pelo requerente, e constitui uma boa oportunidade
para descrever os detalhes técnicos do projeto à ANAC. O principal propósito é familiarizar
a autoridade com a proposta de projeto, sobretudo, identificar especificidades do sistema ou
instalação, bem como novas tecnologias ou configurações. Além disto, nesta ocasião, pode-
se informar ao requerente quanto à necessidade de se: cumprir com requisitos adicionais,
conforme RBAC-E 94.401(b), condições especiais, meios alternativos de cumprimento etc.
5.3.3 Plano de trabalho: O requerente deverá apresentar um plano de trabalho para o requerimento
de autorização de projeto de RPAS proposto. Nele serão definidos a base de requisitos
utilizada, condições especiais, níveis equivalentes de segurança, isenções, lista dos requisitos
afetados, meios de cumprimento e proposta de cronograma. O Plano de Trabalho será, assim,
uma provisão ou guia do processo. Ressalta-se que este documento será acordado entre as
partes envolvidas e poderá ser revisado, se necessário, sempre que ocorrer alguma alteração
nas premissas originalmente utilizadas.
5.3.5 Taxas dos serviços: Após a avaliação dos documentos administrativos e técnicos requeridos,
a ANAC informará ao requerente o número do processo. Caso aplicável, também serão
informados o código do serviço e o valor da Taxa de Fiscalização da Aviação Civil – TFAC
referente aos serviços, a fim de o requerente possa emitir e quitar a Guia de Recolhimento
da União – GRU.
5.3.6 Submissão dos dados técnicos: Devem ser submetidos à GGCP, para revisão e aceitação,
todos os dados técnicos referentes ao projeto de RPAS. Estes dados devem mostrar que a
proposta de RPAS cumpre com todos os requisitos definidos no Plano de Trabalho. Por fim,
enfatiza-se que é responsabilidade do requerente demonstrar o cumprimento com os
regulamentos aplicáveis.
5.3.7 Análise dos dados técnicos: A GGCP examinará os dados submetidos, analisará as propostas
de ensaios, conduzirá inspeções e, se assim entender, testemunhará os ensaios. Enfatiza-se
que é atribuição da GGCP determinar se os dados técnicos ora apresentados são suficientes
ou não para demonstrar o cumprimento com os requisitos.
5.3.9 Ensaios de desenvolvimento: De acordo com o projeto podem ser necessários ensaios
mecânicos, estruturais, de inflamabilidade, de qualificação, de voo de desenvolvimento, para
verificação de funcionamento de sistemas e equipamentos instalados, entre outros, conforme
aplicável. Os respectivos relatórios de resultados, contendo laudos, conclusões,
especificações técnicas etc., poderão ser aceitos pela ANAC, no âmbito do processo de
autorização de projeto de RPAS.
5.3.10 Ensaios no solo: Ensaios e testes no solo, caso requeridos pela ANAC, serão realizados pelo
requerente e, se necessário, testemunhados pela ANAC ou profissional credenciado, a fim
de demonstrar o cumprimento de requisitos elencados no Plano de Trabalho. Após a
inspeção do RPAS pelo RT, com a consequente emissão da Declaração de Conformidade
para a ANAC, o projeto de RPAS pode ser submetido à execução dos ensaios no solo. Por
fim, o requerente deve ainda elaborar e encaminhar para a apreciação da ANAC os relatórios
de resultados, devidamente assinados pelo RT.
5.4.1 O requerente pode solicitar, a qualquer tempo, o arquivamento do processo, conforme sua
conveniência.
5.4.2 Caso um processo permaneça por mais de 05 (cinco) meses sem que haja qualquer
manifestação ou resposta por parte do requerente, ele será arquivado compulsoriamente pela
GGCP.
5.4.3 Após o arquivamento, o processo poderá ser reaberto a pedido do requerente. A reabertura
do processo implicará em todos os encargos administrativos relativos à abertura de um novo
processo, inclusive, quando for o caso, no pagamento de uma nova TFAC referente a
abertura de processo.
5.4.4 O processo será encerrado e o RPAS autorizado após a aceitação ou aprovação pela GGCP
de todos os dados técnicos, inspeções, ensaios, manuais e documentação necessária para a
conclusão do processo. Após a finalização do processo, será emitido ofício de autorização
de projeto de RPAS acompanhado da folha de especificações do RPAS.
5.5.1 A ANAC suspenderá ou cancelará uma autorização de projeto de RPAS se for constatado
que o projeto possui características que acarretam condições inseguras.
5.6 Confidencialidade
5.6.1 Todos os dados técnicos apresentados à GGCP para substanciar a autorização de um projeto
de RPAS são considerados propriedade do detentor do projeto e, portanto, de caráter
reservado, não podendo por esta razão serem divulgados ou utilizados por terceiros, a não
ser com expressa autorização de seu detentor.
6 APÊNDICES
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
A.1 Siglas
i) IS Instrução Suplementar
n) RT Responsável Técnico
B.2.4 Declaração de responsabilidade pelo projeto de RPAS informando nome, endereço e registro
no CREA do RT, perante a GGCP;
B.2.5 Declaração isentando a GGCP de quaisquer ônus e responsabilidades por ocasionais danos
ocorridos na aeronave durante a realização dos ensaios em solo e em voo;
1 OBJETIVO
1.1.1 Esta Instrução Suplementar – IS – tem por objetivo orientar a demonstração de cumprimento
dos requisitos das seções E94.405 e E94.407 da Subparte E do Regulamento Brasileiro da
Aviação Civil Especial n° 94 – RBAC-E 94.
1.1.2 Esta IS descreve um meio aceitável, mas não o único meio para obter a autorização de
projeto.
2 REVOGAÇÃO
2.1.1 N/A
3 FUNDAMENTOS
3.1.2 O art. 8º, XVII da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, dispõe que a competência para
proceder à homologação e emitir certificados, atestados, aprovações e autorizações, relativos
às atividades de competência do sistema de segurança de voo da aviação civil, cabe à
Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC como autoridade de aviação civil.
3.1.3 A Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, considerando a redação dada pela Resolução n°
162, de 20 de julho de 2010, estabelece, em seu art. 14, que a ANAC pode emitir IS para
esclarecer, detalhar e orientar a aplicação de requisito previsto em RBAC.
3.1.4 O art. 14 da Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, modificado pela Resolução n° 162, de
20 de julho de 2010, também determina, em seu § 1°, que o administrado que pretenda, para
qualquer finalidade, demonstrar o cumprimento de requisito previsto em RBAC poderá
adotar os meios e procedimentos previamente especificados em IS ou apresentar meio ou
procedimento alternativo devidamente justificado, exigindo-se, nesse caso, a análise e
concordância expressa do órgão competente da ANAC. O § 2° do mesmo artigo estabelece
que o meio ou procedimento alternativo deve garantir nível de segurança igual ou superior
ao estabelecido pelo requisito aplicável ou concretizar o objetivo do procedimento
normalizado em IS.
4 DEFINIÇÕES
4.1.1 N/A
5 DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
5.1 Aplicabilidade
5.1.1 Esta IS é aplicável a qualquer pessoa que pretenda demonstrar cumprimento dos requisitos
das seções E94.405 e E94.407 da Subparte E do RBAC-E94. A obrigatoriedade da
autorização do projeto de RPAS, por parte da ANAC, é fundamentada no requisito RBAC-
E 94.401(a).
5.3 Confidencialidade
5.3.1 Todos os dados técnicos apresentados à GGCP para substanciar a autorização de um projeto
de RPAS são considerados propriedade do detentor do projeto e, portanto, de caráter
reservado, não podendo, por esta razão, ser divulgados ou utilizados por terceiros, a não ser
com expressa autorização de seu detentor.
Exceto quando explicitamente mencionado nesta seção, esta Instrução Suplementar indica a
norma ASTM F2908-14, Standard Specification for Aircraft Flight Manual (AFM) for a
Small Unmanned Aircraft System (sUAS), como contendo um meio aceitável pela ANAC
para elaborar um manual de voo de RPAS.
Não é requerido pela ANAC que o manual de voo do RPAS inclua as informações de
manuseio, serviço e instruções para manutenção e aeronavegabilidade continuada na forma
estabelecida no item 7.10 da ASTM F2908-14 sendo, no entanto, facultada a sua adoção por
parte do requerente, desde que atenda ao estabelecido no RBAC-E 94.405(a)(2). Para mais
informações, veja a seção 5.4.2 desta Instrução Suplementar.
Esta Instrução Suplementar identifica a seção 5 da ASTM F2909-14, Standard Practice for
Maintenance and Continued Airworthiness of Small Unmanned Aircraft Systems (sUAS),
como contendo um meio aceitável pela ANAC para elaboração de um programa de
manutenção e de aeronavegabilidade continuada de RPAS.
O manual de manutenção deve também estabelecer forma de registro adequado para todas
as tarefas de manutenção. A seção 6 da ASTM F2909-14 apresenta um meio aceitável pela
ANAC para elaboração dos registros de manutenção da RPAS.
a) Uma descrição dos sistemas que tenham impacto na segurança de voo do RPAS;
VI - Fogo na RPA;
Todos os casos listados acima devem ser mitigados através da incorporação de soluções de
projeto ou procedimentos operacionais, evitando que os mesmos resultem em eventos que
tenham o potencial de causar ferimentos graves ou fatais a pessoas diretamente envolvidas
ou não com a operação.
O requerente deve apresentar uma análise com base nas especificações dos equipamentos
(rádios, antenas) utilizados na RPA e na estação de pilotagem remota (Remote Pilot Station
- RPS) e nos dados obtidos durante ensaios em voo, que demonstre que a maior distância
entre RPA-RPS especificada nas limitações operacionais do RPAS é adequada para o
funcionamento do sistema;
Deve ser demonstrado através de ensaios que o sistema de comunicação empregado pelo
enlace de comando e controle, em condições ambientais representativas da operação, é capaz
de operar satisfatoriamente, transmitindo e/ou recebendo a quantidade de informação
requerida para o voo seguro, a uma distância pelo menos 20% maior que o máximo alcance
especificado entre o RPS e a RPA. Nesta distância devem também ser realizadas curvas de
360° para a direita e para a esquerda com ângulos de rolagem igual ou superior a 10°.
Para autorização de RPAS que se destine a operação além da linha de visada visual (Beyond
Visual Line of Sight – BVLOS), os seguintes itens adicionais se aplicam:
b) A operação adequada do(s) enlace(s) C2 não deve ser afetada por falhas de sistemas
não requeridos ou não essenciais;
NOTA 1 - A ASTM F-3002, Standard Specification for Design of the Command and Control
System for Small Unmanned Aircraft Systems (sUAS), contém orientações adequadas sobre
o projeto de enlaces de comando e controle.
Poderá ser solicitada inspeção de engenharia, com a finalidade de avaliar se o sistema e seus
componentes são compatíveis e cumprem com os requisitos de aeronavegabilidade.
5.4.6 Informações e alertas relevantes para operações BVLOS ou acima de 400 pés AGL -
RBAC-E 94.407(a)
Para aqueles RPAS que se destinem a operar BVLOS, pelo menos as seguintes informações
devem ser apresentadas na RPS, durante todo o voo, para o piloto remoto:
b) Altitude barométrica da RPA, caso se intente autorização da mesma para voo acima
de 400 pés em relação ao solo;
j) Posição atual da RPA sobreposta a mapa que também indique a área onde o voo foi
autorizado.
Deverão ser providos ao piloto alertas sobre a ocorrência de eventos que possam afetar a
operação segura da RPA, tais como:
e) Alertas que indiquem risco de exceder os limites da área onde o voo foi autorizado;
f) Alertas que indiquem risco de exceder os limites de altura ou altitude em que o voo
foi autorizado;
g) Outros alertas que tenham sido definidos como relevantes a partir da Análise de
Risco de Projeto de RPAS.
Deverá ser demonstrado que os alertas são sempre apresentados com tempo suficiente para
que o piloto possa tomar as providências necessárias em relação ao evento ocorrido. Atrasos
na apresentação dos alertas deverão ser levados em conta nesta demonstração.
Para RPAS Classe 2 ou 3 que se destine a operação na linha de visada visual (Visual Line of
Sight – VLOS) e cuja altura máxima de operação exceda 400 pés acima do nível do solo
(Above Ground Level – AGL), são aplicáveis os itens (b), (c) e (h) do parágrafo 5.4.6.1, todo
o parágrafo 5.4.6.2, itens (c), (d), (f) e (g) do parágrafo 5.4.6.3 e todo o parágrafo 5.4.6.4.
O requerente deve demonstrar que os erros totais do sistema nos eixos longitudinal e
transversal em relação à trajetória de voo (cross-track e along track) são menores que o valor
especificado no plano horizontal durante 95% do tempo de voo.
O requerente deve demonstrar que o erro total do sistema no eixo vertical é menor que o
valor especificado no plano vertical durante 99,7% do tempo de voo.
Os projetos dos sistemas de navegação e dos demais sistemas que suportem o seu
funcionamento (tal como os sistemas de alimentação elétrica) devem atender os níveis de
criticidade identificados no Relatório de Análise de Risco, levando em conta os cenários em
que a RPA irá operar BVLOS.
O RPAS deve possuir ao menos dois sistemas de navegação com um alerta de discrepância
entre os dados das fontes distintas.
Sistemas cuja perda da capacidade de navegação seja classificada como catastrófica não
poderão ter sua capacidade de navegação baseada unicamente em GNSS.
A capacidade de recuperação de emergências deve ser efetiva para lidar com os seguintes
cenários de falha:
Caso requeira energia elétrica para operar, a capacidade de recuperação de emergências deve
ser alimentada pelo barramento elétrico que forneça a maior confiabilidade para operação.
A capacidade de recuperação de emergência deve ser possível após perda do sistema elétrico
primário.
O uso de explosivos para realizar a destruição em voo da RPA não é um meio aceitável para
cumprir com este requisito.
5.4.9 Sistema de iluminação externa para operações BVLOS ou acima de 400 pés AGL -
RBAC-E 94.407(d)
De acordo com o requisito RBAC-E 94.407(d), todo RPAS destinado a operação BVLOS
deve possuir um sistema adequado de iluminação da aeronave. Este item da IS tem a
finalidade de orientar o requerente quanto à definição de iluminação adequada, associada
com o contexto de operação do RPAS.
c) Toda RPA que opere acima de 400 pés em relação ao solo deverá possuir sistema
de iluminação que permita a visualização da RPA a uma distância mínima de 2 km,
considerando uma inclinação de até 5 graus em relação ao plano horizontal de voo
da RPA. De forma alternativa a este item, é facultado ao requerente cumprir os
requisitos do RBAC 23.1401 ou 27.1401 conforme aplicável.
6 APÊNDICES
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
A.1 Siglas
e) C2 Comando e Controle
g) IS Instrução Suplementar
1. OBJETIVO
Esta Instrução Suplementar tem por objetivo estabelecer os procedimentos para elaboração e
utilização de avaliação de risco operacional para operadores de aeronaves não tripuladas, para
cumprimento dos parágrafos E94.103(f)(2) e E94.103(g)(2) do RBAC-E nº 94.
2. REVOGAÇÃO
Não aplicável.
3. FUNDAMENTOS
3.1. A Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, institui em seu art. 14, a Instrução Suplementar -
IS, norma suplementar de caráter geral editada pelo Superintendente da área competente,
objetivando esclarecer, detalhar e orientar a aplicação de requisito previsto em RBAC ou
RBHA.
3.2. O administrado que pretenda, para qualquer finalidade, demonstrar o cumprimento de requisito
previsto em RBAC ou RBHA, poderá:
3.3. O meio ou procedimento alternativo mencionado no item 3.2b desta IS deve garantir nível de
segurança igual ou superior ao estabelecido pelo requisito aplicável ou concretizar o objetivo
do procedimento normalizado em IS.
3.4. A IS não pode criar novos requisitos ou contrariar requisitos estabelecidos em RBAC ou outro
ato normativo.
4. DEFINIÇÕES
4.1. Para os efeitos desta IS são válidas as definições do RBAC-E nº 94, e as seguintes definições:
Data de emissão: 3 de maio de 2017. IS nº E94-003
Revisão A
4.1.1. perigo significa condição, objeto ou atividade que potencialmente pode causar lesões às
pessoas, danos a bens (equipamentos ou estruturas), perda de pessoal ou redução da habilidade
para desempenhar uma função determinada;
4.1.2. probabilidade significa a frequência com que um evento, como consequência de um perigo
existente, possa ocorrer. A divisão dos níveis de probabilidade fica a critério do operador, mas
como orientação ela pode ser dividida em 5 níveis:
- Nível 5 (frequente): é provável que ocorra muitas vezes, ou historicamente tem ocorrido
frequentemente;
- Nível 4 (ocasional): é provável que ocorra algumas vezes, ou historicamente tem ocorrido
com pouca frequência;
- Nível 3 (remoto): é improvável, mas é possível que venha a ocorrer, ou ocorre raramente;
- Nível 2 (improvável): é bastante improvável que ocorra e não se tem notícia de que tenha
alguma vez ocorrido; e
- Nível C (significativo): lesões sérias a pessoas, mas não incapacitantes nem com sequelas
significativas;
- Nível D (pequeno): incidentes menores, danos a objetos, animais ou vegetação no solo, lesões
leves;
Nota: o risco é sempre expresso em termo em termos de probabilidade e severidade. Então, por exemplo,
se um risco for classificado como “4D”, ele seria de probabilidade “ocasional” e severidade “pequena”.
Se for classificado como “3A”, ele seria de probabilidade “remota” e severidade “catastrófica”, e assim
sucessivamente.
Severidade
Catastrófico Crítico Significativo Pequeno Insignificante
A B C D E
Frequente 5 5A 5B 5C 5D 5E
4A 4B 4C 4D 4E
Probabilidade
Ocasional 4
Remoto 3 3A 3B 3C 3D 3E
Improvável 2 2A 2B 2C 2D 2E
Muito improvável 1 1A 1B 1C 1D 1E
- Risco extremo (classificações 4A, 5A e 5B): a operação não deve ocorrer e, caso esteja
ocorrendo, deve cessar imediatamente, enquanto persistir a condição ou até que medidas
mitigadoras suficientes reduzam o risco para um nível aceitável pelo operador. Caso ainda se
decida prosseguir com a operação, controles preventivos para mitigação do risco devem ser
estabelecidos, devem estar em vigor e a aprovação da hierarquia mais alta da empresa
(presidente) deve ser requerida.
- Alto risco (classificações 3A, 4B e 5C): a operação não deveria ocorrer e, caso esteja
ocorrendo, deveria cessar imediatamente, enquanto persistir a condição ou até que medidas
mitigadoras suficientes reduzam o risco para um nível aceitável pelo operador. Caso ainda se
decida prosseguir com a operação, controles preventivos para mitigação do risco devem ser
estabelecidos, devem estar em vigor e a aprovação da hierarquia de gestão da empresa (gerente
ou diretor) deve ser requerida.
- Risco moderado (classificações 1A, 2A, 2B, 3B, 3C, 4C, 4D, 5D, 5E): a operação pode
ocorrer com controles preventivos para mitigação do risco estabelecidos e que devem estar em
vigor, conforme necessários. Operações neste nível de risco deveriam ser aprovadas por nível
hierárquico imediatamente superior (chefia imediata).
- Baixo risco (classificações 1B, 1C, 2C, 2D, 3D, 3E, 4E): a operação pode ocorrer e controles
preventivos para mitigação de risco e aprovação por nível hierárquico imediatamente superior
(chefia imediata) são opcionais.
- Risco muito baixo (classificações 1D, 1E e 2E): a operação é aceitável como concebida, e
nenhum controle preventivo para mitigação de risco e aprovação é requerida para que ela
ocorra.
Nota: a classificação aqui proposta não é obrigatória, pode ser adaptada e até simplificada, de acordo com a
complexidade da operação e nível de exposição ao risco, sem necessidade de aprovação da ANAC. No
entanto, o operador deve possuir sempre um método consistente de avaliação de risco e ele é o
responsável pela avaliação de risco que produzir, mesmo quando utilizar o modelo proposto nesta IS.
5. PROCEDIMENTOS
5.1. Introdução
(f) A operação de RPA de peso máximo de decolagem acima de 250 gramas somente é
permitida pela ANAC em áreas distantes de terceiros, conforme permitido o uso do espaço
aéreo pelo DECEA, sob total responsabilidade do seu operador, nas seguintes condições:
(...)
(2) se houver uma avaliação de risco operacional, em formato aceitável, contemplando cada
cenário operacional, que deve estar atualizada dentro dos últimos 12 meses calendáricos
prévios à operação.
(g) A operação de RPA de peso máximo de decolagem acima de 250 gramas de um órgão de
segurança pública, de polícia, de fiscalização tributária e aduaneira, de combate a vetores de
transmissão de doenças, de defesa civil e/ou do corpo de bombeiros, ou de operador a serviço
de um destes, somente é permitida pela ANAC, conforme permitido o uso do espaço aéreo
pelo DECEA, sob total responsabilidade do órgão ou do operador, em quaisquer áreas, nas
seguintes condições:
(...)
(2) se houver uma avaliação de risco operacional, contemplando cada modalidade de operação,
nos termos de Instrução Suplementar específica, que deve estar atualizada dentro dos últimos
12 meses calendáricos prévios à operação.
5.1.3. Esta IS estabelece os critérios mínimos que devem ser atendidos na elaboração e utilização de
avaliação de risco operacional para operadores de aeronaves não tripuladas.
5.1.5. Esta IS não se aplica aos operadores de aeronaves não tripuladas de uso recreativo, visto que o
RBAC-E nº 94 não obriga que eles elaborem ou utilizem uma avaliação de risco operacional.
No entanto, recomenda-se que o operador considere elaborar e utilizar a referida avaliação de
risco em suas operações, cujos critérios podem ser inspirados nesta IS.
5.2.1. A avaliação de risco operacional deve ser realizada por meio do preenchimento do documento
proposto no Apêndice B desta IS, ou por modelo proposto pelo operador, mas que contenha
pelo menos o seguinte:
a) identificação do operador;
b) identificação das aeronaves envolvidas. Pode ser realizado uma única avaliação para várias
aeronaves que realizam um mesmo tipo de operação, que devem ser identificadas pelo seu
número de cadastro ou de registro;
Nota: se o operador estiver enquadrado nos parágrafos E94.103(g) ou E94.103(h) do RBAC-E nº 94, ele não
é obrigado a se manter em áreas distantes de terceiros, mas sob sua inteira responsabilidade. Caso ele
não esteja enquadrado nos referidos parágrafos, ele somente pode operar em áreas distantes de terceiros.
f) uma declaração se os pilotos e/ou observadores precisam passar por algum tipo de
treinamento inicial ou periódico específico. Caso a resposta seja positiva, eles devem ser
especificados ou feita uma referência a um documento que os contenha;
g) uma descrição sobre quem acionar e como proceder em caso de um acidente com lesão a
pessoas;
Nota: para a ANAC, a tolerabilidade deve levar em conta principalmente as consequências para pessoas e para
o tráfego aéreo (que indiretamente afeta pessoas). Mas o operador pode incluir outros elementos de risco
na sua análise, de acordo com a sua conveniência, como risco a bens materiais de terceiros, etc...
Exemplo de aplicação:
5.2.2. Caso o operador não utilize o modelo proposto no Apêndice B desta IS, pelo menos o título
“Avaliação de Risco Operacional” e a referência ao RBAC nº 94 devem ser mantidos, a fim de
que a fiscalização identifique o documento como relacionado ao cumprimento do parágrafo
E94.103(g)(2) ou E94.103(h)(2) do RBAC-E nº 94.
5.2.3. A ANAC não receberá nem aprovará as avaliações de risco operacional, e elas podem ser
utilizadas assim que forem impressas e assinadas por um responsável. Todas as folhas do
documento deverão estar rubricadas. É admissível assinatura digital.
5.2.4. É obrigatório o porte da avaliação de risco operacional confeccionada de acordo com esta IS
pelo piloto-remoto da aeronave. É admitido o porte do documento em formato digital, mas se a
assinatura for a tinta, a cópia deverá estar digitalizada e com a assinatura e rubricas visíveis. O
operador deve manter o documento físico original para referência e apresentá-lo para
fiscalização sempre que solicitado.
5.2.5. Caso a avaliação de risco seja substituída por uma versão atualizada, a versão anterior pode ser
descartada.
6. APÊNDICES
Apêndice A – Reservado
7. DISPOSIÇÕES FINAIS
APÊNDICE A – RESERVADO
Operador:
CPF ou CNPJ:
Aeronave(s): [incluir o cadastro ou o registro da(s) aeronave(s)]
Cenário operacional:
Aspectos gerais:
Os pilotos e observadores devem passar por algum treinamento inicial ou periódico específico
provido pela empresa? Se sim, especificar:
Matriz de risco: [o operador deve utilizar uma matriz própria ou adotar o modelo aqui proposto]
Probabilidade da ocorrência:
- Nível 5 (frequente): é provável que ocorra muitas vezes, ou historicamente tem ocorrido frequentemente;
- Nível 4 (ocasional): é provável que ocorra algumas vezes, ou historicamente tem ocorrido com pouca frequência;
- Nível 3 (remoto): é improvável, mas é possível que venha a ocorrer, ou ocorre raramente;
- Nível 2 (improvável): é bastante improvável que ocorra e não se tem notícia de que tenha alguma vez ocorrido; e
- Nível 1 (muito improvável): é quase impossível que o evento ocorra.
Severidade da ocorrência:
- Nível A (catastrófico): morte de múltiplas pessoas;
- Nível B (crítico): morte de pessoa, lesões gravíssimas, capazes de deixar sequelas significativas e/ou incapacitantes,
tais como cegueira, paralisia, amputações, etc.;
- Nível C (significativo): lesões sérias a pessoas, mas não incapacitantes nem com sequelas significativas;
- Nível D (pequeno): incidentes menores, danos a objetos, animais ou vegetação no solo, lesões leves;
- Nível E (insignificante): somente danos ao equipamento.
Tolerabilidade:
Severidade
Catastrófico Crítico Significativo Pequeno Insignificante
A B C D E
Frequente 5 5A 5B 5C 5D 5E
Probabilidade
Ocasional 4 4A 4B 4C 4D 4E
Remoto 3 3A 3B 3C 3D 3E
Improvável 2 2A 2B 2C 2D 2E
Muito improvável 1 1A 1B 1C 1D 1E
- Risco extremo (classificações 4A, 5A e 5B): a operação não deve ocorrer e, caso esteja ocorrendo, deve cessar
imediatamente, enquanto persistir a condição ou até que medidas mitigadoras suficientes reduzam o risco para um nível
aceitável pelo operador. Caso ainda se decida prosseguir com a operação, controles preventivos para mitigação do risco
devem ser estabelecidos, devem estar em vigor e a aprovação da hierarquia mais alta da empresa (presidente) deve ser
requerida.
- Alto risco (classificações 3A, 4B e 5C): a operação não deveria ocorrer e, caso esteja ocorrendo, deveria cessar
imediatamente, enquanto persistir a condição ou até que medidas mitigadoras suficientes reduzam o risco para um nível
aceitável pelo operador. Caso ainda se decida prosseguir com a operação, controles preventivos para mitigação do risco
devem ser estabelecidos, devem estar em vigor e a aprovação da hierarquia de gestão da empresa (gerente ou diretor) deve
ser requerida.
- Risco moderado (classificações 1A, 2A, 2B, 3B, 3C, 4C, 4D, 5D, 5E): a operação pode ocorrer com controles
preventivos para mitigação do risco estabelecidos e que devem estar em vigor, conforme necessários. Operações neste
nível de risco deveriam ser aprovadas por nível hierárquico imediatamente superior (chefia imediata).
- Baixo risco (classificações 1B, 1C, 2C, 2D, 3D, 3E, 4E): a operação pode ocorrer e controles preventivos para mitigação
de risco e aprovação por nível hierárquico imediatamente superior (chefia imediata) são opcionais.
- Risco muito baixo (classificações 1D, 1E e 2E): a operação é aceitável como concebida, e nenhum controle preventivo
para mitigação de risco e aprovação é requerida para que ela ocorra.
Disposições finais:
Declaro para os devidos fins que todos os pilotos remotos conhecem e cumprem a legislação e
regulamentação aplicáveis, em especial as acima listadas, assim como conhecem as consequências do
descumprimento.
SUMÁRIO
PREÂMBULO
SUBPARTE A – GERAL
E94.1 Aplicabilidade
E94.3 Definições
E94.5 Classificação do RPAS e da RPA
E94.7 Responsabilidade e autoridade do piloto remoto em comando
E94.9 Requisitos para piloto remoto e observador
E94.11 Aeronavegabilidade civil
E94.13 [Reservado]
E94.15 Uso de substâncias psicoativas
E94.17 Descumprimento às regras estabelecidas
E94.19 Porte de documentos
SUBPARTE C – [RESERVADA]
PREÂMBULO
Este Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial – RBAC-E aborda os requisitos gerais de
competência da ANAC para aeronaves não tripuladas. Por natureza, um RBAC-E possui a finalidade
de regular matéria exclusivamente técnica que possa afetar a segurança da aviação civil, com vigência
limitada no tempo e restrita a um número razoável de requisitos e pessoas, até que os requisitos
contidos nos mesmos sejam incorporados em RBAC apropriado ou definitivamente revogados. Este
Regulamento Especial estabelece as condições para a operação de aeronaves não tripuladas no Brasil
considerando o atual estágio do desenvolvimento desta tecnologia. Objetiva-se promover um
desenvolvimento sustentável e seguro para o setor e, assim, algumas restrições operacionais –
notadamente sobre as áreas não distantes de terceiros – foram julgadas como necessárias neste
momento. É esperado que a experiência obtida na prática nos próximos anos resulte em um maior
conhecimento e superação dos desafios para uma ampla integração desta classe de aeronaves no
sistema de aviação civil. Adicionalmente, devem ser observadas as regulamentações de outros entes
da administração pública direta e indireta, tais como a Agência Nacional de Telecomunicações –
ANATEL, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA e o Ministério da Defesa, assim
como as legislações referentes às responsabilizações nas esferas civil, administrativa e penal que
podem incidir sobre o uso de aeronave não tripulada, com destaque àquelas disposições referentes à
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
SUBPARTE A
GERAL
E94.1 Aplicabilidade
(a) Este Regulamento Especial se aplica a aeronaves não tripuladas de uso civil (doravante
denominadas apenas de aeronaves não tripuladas) capazes de sustentar-se e/ou circular no espaço
aéreo mediante reações aerodinâmicas, nas seguintes condições:
(1) se possuírem certidão de cadastro, certificado de matrícula brasileiro ou certificado de marca
experimental, emitidos pela ANAC; ou
(2) se operarem em território brasileiro.
(b) As regras estabelecidas no RBHA 91, ou RBAC que vier a substituí-lo, e nos RBAC nº 21, 43,
45, 61 e na Resolução nº 293/2013, não se aplicam às aeronaves não tripuladas, salvo disposição
contrária expressa neste Regulamento Especial.
E94.3 Definições
(a) Para os propósitos deste Regulamento Especial são válidas as definições abaixo:
(1) aeromodelo significa toda aeronave não tripulada com finalidade de recreação;
(2) Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted Aircraft – RPA) significa a aeronave
não tripulada pilotada a partir de uma estação de pilotagem remota com finalidade diversa de
recreação;
(3) área distante de terceiros significa área, determinada pelo operador, considerada a partir de
certa distância horizontal da aeronave não tripulada em operação, na qual pessoas não envolvidas e
não anuentes no solo não estão submetidas a risco inaceitável à segurança. Em nenhuma hipótese a
distância da aeronave não tripulada poderá ser inferior a 30 metros horizontais de pessoas não
envolvidas e não anuentes com a operação. O limite de 30 metros não precisa ser observado caso haja
uma barreira mecânica suficientemente forte para isolar e proteger as pessoas não envolvidas e não
anuentes na eventualidade de um acidente;
Nota: O limite de 30m, neste caso, é critério para a aplicação das regras da ANAC. O acesso ao
espaço aéreo é de competência do DECEA, o qual poderá estabelecer limites inferiores de maior
magnitude.
(4) Estação de Pilotagem Remota (Remote Pilot Station – RPS) significa o componente do
RPAS contendo os equipamentos necessários à pilotagem da RPA;
(5) observador de RPA significa pessoa que, sem o auxílio de equipamentos ou lentes (exceto
as corretivas), auxilia o piloto remoto na condução segura do voo, mantendo contato visual direto
com a RPA;
(6) Operação Além da Linha de Visada Visual (Beyond Visual Line of Sight – BVLOS
operation) significa a operação que não atenda às condições VLOS ou EVLOS;
(7) operação autônoma significa a operação normal de uma aeronave não tripulada durante a
qual não é possível a intervenção do piloto remoto no voo ou parte dele;
(8) Operação em Linha de Visada Visual (Visual Line of Sight – VLOS operation) significa a
operação em condições meteorológicas visuais (VMC), na qual o piloto, sem o auxílio de
Origem: SAR/SPO 4/26
Data da emissão: 3 de maio de 2017 RBAC-E nº 94
observadores de RPA, mantém o contato visual direto (sem auxílio de lentes ou outros equipamentos)
com a aeronave remotamente pilotada, de modo a conduzir o voo com as responsabilidades de manter
as separações previstas com outras aeronaves, bem como de evitar colisões com aeronaves e
obstáculos;
(9) Operação em Linha de Visada Visual Estendida (Extended Visual Line of Sight – EVLOS
operation) significa a operação em VMC, na qual o piloto remoto, sem auxílio de lentes ou outros
equipamentos, não é capaz de manter o contato visual direto com a RPA, necessitando dessa forma
do auxílio de observadores de RPA para conduzir o voo com as responsabilidades de manter as
separações previstas com outras aeronaves, bem como de evitar colisões com aeronaves e obstáculos,
seguindo as mesmas regras de uma operação VLOS.;
(10) operação remotamente pilotada significa a operação normal de uma aeronave não
tripulada durante a qual é possível a intervenção do piloto remoto em qualquer fase do voo, sendo
admitida a possibilidade de voo autônomo somente em casos de falha do enlace de comando e
controle, sendo obrigatória a presença constante do piloto remoto, mesmo no caso da referida falha
do enlace de comando e controle;
(11) pessoa anuente significa uma pessoa cuja presença não é indispensável para que ocorra
uma operação de aeronave não tripulada bem sucedida, mas que por vontade própria e por sua conta
e risco concorde, expressamente, que uma aeronave não tripulada opere perto de sua própria pessoa
ou de seus tutelados legais sem observar os critérios das áreas distantes de terceiros;
Nota: Considerando o princípio da autonomia e que o cidadão tem o direito de assumir e administrar
o próprio risco quando somente ele ou seus tutelados legais (no caso de menores de idade) estarão
expostos, a ANAC permite a operação de aeronaves não tripuladas perto de pessoas sem observar os
critérios das áreas distantes de terceiros, desde que essas pessoas tenham dado expressamente a
sua anuência, manifestando dessa forma a sua vontade. Contudo, a ANAC esclarece àqueles que
livremente optarem por dar essa anuência que não é possível garantir um nível de risco aceitável de
segurança operacional e que o controle da exposição a esse risco é de sua inteira responsabilidade.
(12) pessoa envolvida significa uma pessoa cuja presença é indispensável para que ocorra uma
operação de aeronave não tripulada bem sucedida;
(13) piloto remoto é a pessoa que manipula os controles de voo de uma aeronave não tripulada;
e
(14) Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted Aircraft System – RPAS)
significa a RPA, sua(s) RPS, o enlace de pilotagem e qualquer outro componente, como especificado
no seu projeto.
Nota: a unidade de medida considerada para o rótulo "peso máximo de decolagem" é a de massa (kg),
em razão do uso já consagrado pela comunidade aeronáutica, que rotula de "peso" o que tecnicamente
se refere a "massa".
E94.13 [Reservado]
SUBPARTE B
REGRAS DE VOO
E94.101 Aplicabilidade
Esta subparte estabelece requisitos para operações de aeronaves não tripuladas.
(g) A operação de RPA de peso máximo de decolagem acima de 250 gramas de um órgão de
segurança pública, de polícia, de fiscalização tributária e aduaneira, de combate a vetores de
transmissão de doenças, de defesa civil e/ou do corpo de bombeiros, ou de operador a serviço de um
destes, somente é permitida pela ANAC, conforme permitido o uso do espaço aéreo pelo DECEA,
sob total responsabilidade do órgão ou do operador, em quaisquer áreas, nas seguintes condições:
(1) se forem atendidas as demais exigências deste Regulamento Especial; e
(2) se houver uma avaliação de risco operacional, contemplando cada modalidade de operação,
nos termos de Instrução Suplementar específica, que deve estar atualizada dentro dos últimos 12
meses calendáricos prévios à operação.
(h) Outros órgãos ou entidades controlados pelo Estado não mencionados no parágrafo (g) desta
seção somente podem operar sob as condições do referido parágrafo (g) mediante autorização
expressa da ANAC, sendo exigido que se demonstre:
(1) o interesse público da operação; e
(2) que haveria um risco maior à vida se a operação fosse realizada por meios alternativos.
(i) A operação de aeronaves não tripuladas até 250 gramas de peso máximo de decolagem é
permitida pela ANAC, sob total responsabilidade do seu operador, conforme permitido o uso do
espaço aéreo pelo DECEA, se forem atendidas as demais exigências deste Regulamento Especial.
Nota: o usuário deve sempre atentar que não basta cumprir as regras da ANAC para poder operar,
mas é preciso cumprir também as regras do DECEA, da ANATEL e eventualmente de outras
autoridades competentes, que podem criar restrições ou proibições operacionais além das regras da
ANAC.
(j) Operações de aeronaves não tripuladas fora dos critérios estabelecidos nos parágrafos (e), (f),
(g), (h) e (i) desta seção são proibidas.
(k) O operador deve manter registros de todos os voos realizados de RPA Classes 1 e 2, em formato
aceitável pela ANAC.
(b) As RPA Classe 1 devem atender às disposições das seções 91.151 e 91.167 do RBHA 91, ou
disposições correspondentes que vierem a substituí-las.
SUBPARTE C
[RESERVADA]
SUBPARTE D
REGISTRO E MARCAS
(i) inclua a informação especificada no parágrafo (a) da seção 45.13 do RBAC 45, usando
um método aprovado de marcação à prova de fogo; e
(ii) seja colocada de modo a ser improvável que seja danificada ou removida durante serviços
normais, ou perdida ou destruída em caso de acidente;
(b) Exceto como previsto no parágrafo (d)(1) desta seção, ninguém pode remover, trocar ou
colocar as informações requeridas pelo parágrafo 45.13(a) do RBAC 45 em qualquer RPA ou RPS
sem a aprovação da ANAC.
(c) Exceto como previsto no parágrafo (d)(2) desta seção, ninguém pode remover ou instalar uma
placa de identificação requerida pela seção 45.11 do RBAC 45 ou pelo parágrafo (a)(3) desta seção
sem a aprovação da ANAC.
(d) Pessoas executando trabalhos de manutenção, desde que de acordo com métodos, técnicas e
práticas aceitáveis pela ANAC, podem:
(1) remover, trocar ou colocar os dados de identificação requeridos pelo parágrafo 45.13(a) do
RBAC 45 em qualquer RPA ou RPS; ou
(2) remover uma placa de identificação requerida pela seção 45.11 do RBAC 45 ou pelo
parágrafo (a)(3) desta seção, se necessário para operações de manutenção.
(e) Ninguém pode instalar uma placa de identificação removida segundo o parágrafo (d)(2) desta
seção em qualquer RPA ou RPS que não seja naquela da qual a placa foi removida.
(f) Motores e hélices de tipo certificado devem atender às disposições aplicáveis do RBAC 45.
(g) Se for impossível colocar as informações requeridas em concordância com o previsto em
função da configuração ou dimensões de uma aeronave, as informações deverão ser colocadas no
maior tamanho possível e na maior das superfícies autorizadas.
SUBPARTE E
AUTORIZAÇÃO DE PROJETO DE RPAS
(e) o sistema de propulsão da RPA deve ser construído, arranjado e instalado de forma a garantir
um pouso seguro. A operação adequada do sistema de propulsão deve ser garantida quando for
necessária ao funcionamento adequado do sistema de recuperação de emergência;
(f) as estruturas primárias da aeronave devem resistir às cargas esperadas em todas as fases de
operação;
(g) as estruturas primárias da aeronave devem ser projetadas e fabricadas por meios aceitáveis de
projeto e produção;
(h) o projeto dos comandos e sistemas de comando deve minimizar a possibilidade de travamento
e operação inadvertida, incluindo prevenção à montagem incorreta e engajamento não intencional de
dispositivos de travamento de superfícies de controle;
(i) o projeto de cada comando e sistema de comando deve permitir sua operação com facilidade e
precisão apropriada para suas funções;
(j) deve haver meios para fornecer, ao piloto remoto, os parâmetros requeridos de voo e de
operação dos sistemas para operar a RPA de forma segura;
(k) informações referentes às condições inseguras de operação dos sistemas devem ser fornecidas
em tempo hábil ao piloto remoto de modo a lhe permitir tomar as ações corretivas adequadas. A
apresentação destas informações deve minimizar possíveis erros do piloto remoto que possam gerar
perigos adicionais;
(l) todos os sistemas devem ser projetados para minimizar erros de operação que possam contribuir
para a geração de perigos;
(m) cada componente de um sistema essencial para a segurança do voo deve:
(1) ser de um tipo e projeto apropriado para a função pretendida; e
(2) ser instalado de acordo com as limitações especificadas para aquele componente;
(n) os sistemas necessários para a operação segura de um RPAS devem funcionar
apropriadamente;
(o) o RPAS deve ser capaz de operar com segurança em todas as condições operacionais e
ambientais possíveis e previstas em seu perfil de operação; e
(p) cada sistema do RPAS, considerado separadamente, ou em relação a outros sistemas, deve ser
projetado e instalado de modo que a operação ou falha deste não resulte em riscos inaceitáveis à
segurança operacional.
(b) Qualquer modificação em um RPAS de Classe 2 ou 3 que tenha seu projeto autorizado em
conformidade com esta Subparte apenas pode ser realizada após o detentor da autorização garantir
que o projeto modificado cumpre com todos os requisitos aplicáveis.
SUBPARTE F
CERTIFICADOS DE AERONAVEGABILIDADE PARA RPA
E94.509 Validade
(a) Exceto se devolvido por seu detentor, suspenso ou cassado, um certificado de
aeronavegabilidade somente é válido como segue:
(1) um certificado de aeronavegabilidade padrão ou um certificado de aeronavegabilidade
especial, categoria restrita, é válido pelo período de tempo especificado pela ANAC, e desde que a
aeronave seja mantida segundo estabelecido nas demais subpartes deste regulamento, conforme
aplicável, e enquanto for válido seu certificado de matrícula;
(2) uma autorização especial de voo é válida pelo período de tempo especificado na mesma;
(3) um certificado de aeronavegabilidade especial de RPA é válido por tempo indeterminado e
enquanto:
(i) a aeronave estiver em conformidade com seu projeto autorizado, exceto por aquelas
alterações realizadas de acordo com o estabelecido no parágrafo E94.413(b);
(ii) a aeronave não apresentar condição insegura; e
(iii) a aeronave estiver registrada no Brasil; e
(4) um certificado de autorização de voo experimental para os propósitos de pesquisa e
desenvolvimento, demonstração de cumprimento com requisitos, treinamento de tripulação ou
pesquisa de mercado é válido por 1 (um) ano após a data de emissão ou renovação, exceto se um
período menor for estabelecido pela ANAC.
SUBPARTE G
AERONAVEGABILIDADE CONTINUADA DE RPAS
(2) os registros requeridos pelo parágrafo (a)(2) desta Seção, permanentemente e devem ser
transferidos com o RPAS caso ele ou algum de seus componentes principais (RPA, RPS, etc.) seja
vendido; e
(3) uma listagem de defeitos fornecida a um proprietário ou operador conforme a Seção 43.11
do RBAC 43 até que todos os defeitos tenham sido reparados e o RPAS aprovado para retorno ao
serviço.
(c) Cada proprietário ou operador deve disponibilizar todos os registros requeridos por esta Seção
a um fiscal, sempre que requerido.
SUBPARTE H
DISPOSIÇÕES FINAIS
E94.701 Contravenções
(a) De acordo com as disposições deste Regulamento Especial, para os efeitos de aplicação do art.
33 do Decreto-Lei n° 3.688, de 3 de outubro de 1941, entende-se como devidamente licenciado o
operador que possuir:
(1) no caso de aeromodelo acima de 250 gramas de peso máximo de decolagem, a comprovação
de cadastro emitido junto à ANAC e sua identificação na aeronave;
(2) no caso de RPA de peso máximo de decolagem superior a 250 gramas e até 25kg, em VLOS
ou EVLOS até 400 pés AGL:
(i) a comprovação de cadastro emitido junto à ANAC e sua identificação na aeronave;
(ii) o seguro com cobertura de danos a terceiros, exceto das aeronaves pertencentes a
entidades controladas pelo Estado;
(iii) documento que contém a avaliação de risco a que se referem os parágrafos E94.103(f)(2)
e E94.103(g)(2) deste Regulamento Especial; e
(iv) manual de voo;
(3) no caso de RPA de peso máximo de decolagem superior a 250 gramas e até 25kg, em
BVLOS até 400 pés AGL:
(i) o seguro com cobertura de danos a terceiros, exceto das aeronaves pertencentes a
entidades controladas pelo Estado;
(ii) certificado de marca experimental ou certificado de matrícula;
(iii) certificado de aeronavegabilidade válido;
(iv) documento que contém a avaliação de risco a que se referem os parágrafos E94.103(f)(2)
e E94.103(g)(2) deste Regulamento Especial; e
(v) manual de voo;
(4) no caso das demais RPA de peso máximo de decolagem superior a 250 gramas e até 25kg:
(i) o seguro com cobertura de danos a terceiros, exceto das aeronaves pertencentes a
entidades controladas pelo Estado;
(ii) licença e habilitação emitida pela ANAC;
(iii) certificado de marca experimental ou certificado de matrícula;
(iv) certificado de aeronavegabilidade válido;
(v) documento que contém a avaliação de risco a que se referem os parágrafos E94.103(f)(2)
e E94.103(g)(2) deste Regulamento Especial; e
(vi) manual de voo; ou
(5) no caso de RPA de peso máximo de decolagem acima de 25kg:
(i) o seguro com cobertura de danos a terceiros, exceto das aeronaves pertencentes a
entidades controladas pelo Estado;
(ii) licença e habilitação emitida pela ANAC;
(iii) o CMA de 1ª, 2ª ou 5ª Classe emitido segundo o RBAC nº 67, ou o CMA de 3ª Classe
válido emitido pelo Comando da Aeronáutica segundo a ICA 63-15;
(iv) certificado de marca experimental ou certificado de matrícula;
(v) certificado de aeronavegabilidade válido;
(vi) documento que contém a avaliação de risco a que se referem os parágrafos E94.103(f)(2)
e E94.103(g)(2) deste Regulamento Especial; e
(vii) manual de voo.
(b) Todos os operadores de aeromodelos e de RPA até 250 gramas de peso máximo de decolagem
são considerados como devidamente licenciados, para os efeitos de aplicação do art. 33 do Decreto-
Lei n° 3.688, de 3 de outubro de 1941, por força deste Regulamento Especial, sem necessidade de
possuir documento emitido pela ANAC.
Nota: os documentos acima listados abrangem somente os que são requeridos possuir por parte da
ANAC. Outros documentos podem ser necessários por parte do DECEA, da ANATEL, ou de outros
órgãos competentes.