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Fundamentos da
Segurança Privada
CAPÍTULO 12:
O USO DE DRONES E DE
CÃES ADESTRADOS
Fundamentos da Segurança Privada 12
O U S O D E D R O N ES E D E C Ã ES AD ESTR AD O S
12.1 O USO DE DRONES
Chegamos ao nosso último capítulo.
Vamos aprender sobre o uso de drones e de cães adestrados
nas atividades de segurança privada.
OBSERVAÇÃO:
Em pesquisa realizada no site da Força Aérea Brasileira, disponível em:
https://www2.fab.mil.br/cenipa/index.php/ultimas-
noticias/871-decea, verificou-se o que segue a respeito dos drones.
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O U S O D E D R O N ES E D E C Ã ES AD ESTR AD O S
hobby ou esporte enquadra-se, por definição legal, na legislação
pertinente aos aeromodelos e não a de um VANT.
Do mesmo modo, há dois tipos diferentes de VANT. O pri-
meiro, mais conhecido, é o RPA (Remotely-Piloted Aircraft
/ em português, Aeronave Remotamente Pilotada). Nessa
condição, o piloto não está a bordo, mas controla aeronave remo-
tamente de uma interface qualquer (computador, simulador,
dispositivo digital, controle remoto, etc.).
Diferente de outra subcategoria de VANT, a chamada “Ae-
ronave Autônoma” que, uma vez programada, não permite inter-
venção externa durante a realização do voo. Como no Brasil a Ae-
ronave Autônoma tem o seu uso proibido, tratemos a partir daqui
apenas das RPA. A chamada RPA, enfim, é a terminologia correta
quando nos referimos a aeronaves remotamente pilotadas de cará-
ter não-recreativo.
Há ainda o termo RPAS, que nada mais é do que um sistema
de RPA. Em outras palavras, nos referimos às RPAS quando cita-
mos não só a aeronave envolvida mais todos os recursos do sistema
que a faz voar: a estação de pilotagem remota, o link ou enlace de
comando que possibilita o controle da aeronave, seus equipamen-
tos de apoio, etc. Ao conjunto de todos os componentes que en-
volvem o voo de uma RPA usamos, portanto, o nome de RPAS
(Remotely Piloted Aircraft Systems).
Como exemplos de usos de RPAS pode-se citar aeronaves
remotamente pilotadas com os seguintes propósitos: filmagens,
fotografias, entregas de encomenda, atividades agrícolas, mis-
sões militares, mapeamento de imagens 3D, monitoramento me-
teorológico, missões de busca, missões de governos, defesa civil,
defesa aérea, usos como robôs industriais, patrulha de fronteiras,
combate a incêndios, combate ao crime, inspeção de plataformas
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de petróleo, distribuição de remédios em ambientes hostis, entre
muitos outros usos que já existem ou ainda estão por vir.
12.1.1 Legislação
Muitas pessoas acreditam que não há regulamentação no
Brasil para o uso de RPA e até mesmo para o voo de aeromodelos.
Isso não é correto.
Há uma Circular de Informações Aeronáuticas especialmen-
te dedicada ao tema, a AIC N 21/10 – VEÍCULOS AÉREOS
NÃO TRIPULADOS, conforme já citado.
Para o caso de aeromodelos, há a Portaria DAC nº 207, de
07 de abril de 1.999, que estabelece as regras para a operação do
aeromodelismo no Brasil.
No mesmo modo, no que couber, há ainda o Código Brasilei-
ro de Aeronáutica, os RBHA (Regulamento Brasileiro de Ho-
mologação Aeronáutica) os RBAC (Regulamento Brasilei-
ro de Aviação Civil), o Código Penal e a Constituição Brasileira.
O assunto, porém, é novo e naturalmente não só o Brasil,
bem como o mundo todo. Por isso ainda não dispomos de uma re-
gulamentação que englobe todos os usos, características, funções,
necessidades, restrições, funcionalidades e perigos de tal atividade.
Esforços estão sendo envidados para uma regulamentação
mais abrangente da atividade no País – que leve em conta a parti-
cipação de todos os atores envolvidos – o mais breve possível.
Desse modo, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo
- DECEA, em consonância com outros órgãos, vem trabalhando
a fim de possibilitar a inserção no espaço aéreo de forma segura e
controlada, como já ocorre com as aeronaves tripuladas.
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O U S O D E D R O N ES E D E C Ã ES AD ESTR AD O S
São premissas básicas do uso do RPA:
EXEMPLO:
A atividade realizada com equipamentos não tripulados que utilizam
determinada porção do espaço aéreo, com o propósito exclusivo
de uso voltado a hobby, esporte e/ ou lazer, é classificada como
aeromodelismo, independentemente de sua forma, peso ou tamanho.
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ser tratadas como lesão corporal ou ainda, no caso de consequên-
cias maiores, poderão ser tratadas até mesmo de forma mais grave,
mesmo sem a ocorrência de fatalidades.
Qualquer intenção de operação com propósitos diferentes
daqueles voltados ao lazer, esportes e hobby, deverá ser devida-
mente analisada e aprovada pela ANAC.
OBSERVAÇÃO:
Para a operação experimental de RPAS, um Certificado de
Autorização de Voo Experimental (CAVE) deve ser solicitado
à ANAC, conforme as seções 21.191 e 21.193 do Regulamento
Brasileiro da Aviação Civil n° 21 – RBAC 21, disponível em:
http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha.asp.
OBSERVAÇÃO:
O arquivo oficial está disponível em: http://www2.anac.gov.
br/biblioteca/IS/2012/IS%2021-002A.pdf
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O CAVE é emitido para um número de série específico de
uma RPA, portanto não é possível emiti-lo sem apresentar a aero-
nave específica, para a qual se pretende emitir um CAVE.
No que diz respeito a esses voos experimentais de RPAS,
o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 91 –
RBHA 91, intitulado “Regras gerais de operação para aeronaves
civis”, na seção 91.319, parágrafo (a), define que “Nenhuma pes-
soa pode operar uma aeronave civil com certificado de autoriza-
ção de voo experimental (CAVE) para outros propósitos que não
aqueles para os quais o certificado foi emitido, ou transportando
pessoas ou bens com fins lucrativos”.
OBSERVAÇÃO:
O RBHA 91 está disponível em: http://www2.anac.gov.br/
biblioteca/rbha/rbha091.pdf
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Espaço Aéreo (DECEA), exatamente como no caso das aerona-
ves tripuladas.
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Art. 142. O cão, quando utilizado em serviço, deverá pos-
suir peitoral de pano sobre o seu dorso, contendo logotipo e
nome da empresa.
Art. 143. A atividade de vigilância patrimonial com cão ades-
trado não poderá ser exercida no interior de edifício ou esta-
belecimento financeiro, salvo fora do horário de atendimen-
to ao público.
Vamos as Questões
12-9
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
12-10
( ) -a) Veículo Aéreo Dependente
( ) -b) Aeronave Dependente
EX ER C ÍC IO S PR O PO STO S
( ) -c) Aeronave Autônoma
( ) -d) Veículo Aéreo Tripulado
( ) -e) Aeronave Independente
12-11
5) Qual das alternativas abaixo está CORRETA.
EX ER C ÍC IO S PR O PO STO S
Para a operação experimental de Aeronaves Remotamente Pilotadas –
RPA deve ser solicitado à ANAC:
( ) -a) Certificado de Voo Experimental
( ) -b) Certificado de Autorização de Voo
( ) -c) Certificado de Voo Oficial
( ) -d) Certificado de Autorização de Voo Nacional
( ) -e) Certificado de Autorização de Voo Experimental
12-12
( ) -c) Ser adequadamente adestrados por profissionais comprova-
damente habilitados em curso de segurança pessoal e ser de
EX ER C ÍC IO S PR O PO STO S
propriedade da empresa de vigilância patrimonial ou da que
possui serviço orgânico de segurança, ou de canil de organi-
zação militar, de Kanil Club ou particular
( ) -d) Ser adequadamente adestrados por profissionais comprova-
damente habilitados em curso de cinofilia e ser de proprie-
dade da empresa de vigilância patrimonial ou da que possui
serviço orgânico de segurança, ou de canil de organização
militar, de Kanil Club ou particular.
( ) -e) Ser adequadamente adestrados por profissionais comprova-
damente habilitados em curso de transporte de valores e ser
de propriedade da empresa de vigilância patrimonial ou da
que possui serviço orgânico de segurança, ou de canil de or-
ganização militar, de Kanil Club ou particular
12-13
9) Qual das alternativas abaixo está CORRETA.
EX ER C ÍC IO S PR O PO STO S
O cão, quando utilizado em serviço, deverá:
( ) -a) Possuir peitoral de pano sobre a cabeça, contendo logotipo e
nome da empresa.
( ) -b) Possuir peitoral de pano sobre o seu dorso, contendo logoti-
po e nome da empresa.
( ) -c) Não possuir peitoral de pano sobre o seu dorso, contendo
logotipo e nome da empresa.
( ) -d) Possuir peitoral de pano sobre o seu dorso, contendo o logo-
tipo da empresa.
( ) -e) Possuir peitoral de pano sobre a cabeça, contendo o nome
da empresa.
12-14
REFERÊNCIAS
BOOTH, Ken (ed.) (2005) Critical Security Studies and World Po-
litics. Boulder: Lynne Rienner Publishers.
13-1
CASSIOLATO, J. E.; SZAPIRO, M.. Novos objetivos e instrumentos
de política de desenvolvimento industrial e inovativo em países
R EFER ÊN CI AS
selecionados. Rio de Janeiro: Instituto de Economia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, dezembro de 2000. (Estudos Temáticos, Nota
Técnica 13).
13-2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 23ª
ed., São Paulo: Malheiros, 1998.
R EFER ÊN CI AS
PESSOA, Mário. O Direito da Segurança Nacional. São Paulo: Bi-
blioteca do Exército, 1971.
13-3
""GABARITO
Capítulo 1:
1) (d) 6) (b)
2) (a) 7) (a)
3) (c) 8) (e)
4) (c) 9) (e)
5) (b) 10) (a)
Capítulo 2:
1) (c) 6) (d)
2) (c) 7) (a)
3) (a) 8) (b)
4) (a) 9) (b)
5) (d) 10) (a)
Capítulo 3:
1) (e) 6) (c)
2) (a) 7) (a)
3) (b) 8) (d)
4) (a) 9) (a)
5) (e) 10) (e)
14-1
Capítulo 4:
G ABAR I TO
1) (a) 6) (a)
2) (c) 7) (a)
3) (d) 8) (c)
4) (a) 9) (c)
5) (b) 10) (a)
Capítulo 5:
1) (a) 6) (a)
2) (b) 7) (b)
3) (c) 8) (c)
4) (d) 9) (d)
5) (e) 10) (e)
Capítulo 6:
1) (e) 6) (e)
2) (d) 7) (d)
3) (c) 8) (c)
4) (b) 9) (b)
5) (a) 10) (a)
Capítulo 7:
1) (b) 6) (c)
2) (d) 7) (c)
3) (d) 8) (a)
4) (a) 9) (b)
5) (a) 10) (b)
14-2
Capítulo 8:
G ABAR I TO
1) (e) 6) (c)
2) (a) 7) (a)
3) (c) 8) (d)
4) (a) 9) (a)
5) (b) 10) (e)
Capítulo 9:
1) (a) 6) (a)
2) (a) 7) (d)
3) (b) 8) (a)
4) (a) 9) (e)
5) (c) 10) (a)
Capítulo 10:
1) (e) 6) (a)
2) (a) 7) (b)
3) (d) 8) (a)
4) (a) 9) (e)
5) (c) 10) (a)
Capítulo 11:
1) (d) 6) (e)
2) (a) 7) (e)
3) (d) 8) (a)
4) (d) 9) (c)
5) (a) 10) (c)
14-3
Capítulo 12:
G ABAR I TO
1) (a) 6) (e)
2) (b) 7) (d)
3) (c) 8) (c)
4) (d) 9) (b)
5) (e) 10) (a)
14-4
1º EDIÇÃO - 2022
Editora
SÃO PAULO/ SP