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GERENCIAMENTO DE CABINE
1. CONCEITUAÇÃO
2. GENERALIDADES
2.1 A fraseologia apresentada, não pretende ser completa. Quando for estritamente necessário, tanto
os controladores de tráfego aéreo e operadores de estação aeronáutica como os pilotos e tripulantes poderão
utilizar frases adicionais, devendo, no entanto, afastarem-se o mínimo possível da fraseologia.
2.2 De acordo com as recomendações da OACI, na definição das palavras e expressões da
fraseologia, foram adotados os seguintes princípios:
a) utilizam-se palavras e expressões que possam garantir melhor compreensão nas transmissões
radiotelefônicas;
b) evitam-se palavras e expressões cujas pronúncias possam causar interpretações diversas; e
c) na fraseologia inglesa, utilizam-se, preferencialmente, palavras de origem latina.
3. PROCEDIMENTOS RADIOTELEFÔNICOS
3.1 O principal objetivo das comunicações radiotelefônicas entre: pilotos e controladores de tráfego
aéreo, ou operadores de estação aeronáutica, entre pilotos e tripulantes, é o entendimento mútuo. Conquanto o
controlador e o operador necessitem conhecer claramente as intenções do piloto, antes de prosseguirem na
prestação dos serviços de tráfego aéreo, e o piloto necessite saber exatamente quais as instruções oriundas do
órgão ATS, os contatos deverão ser os mais breves possíveis.
3.2 Ao transmitir-se uma mensagem, deverão ser observados se:
a) a freqüência desejada foi selecionada corretamente;
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4. IDIOMAS
5. ALFABETO FONÉTICO
6. ALGARISMOS - PRONÚNCIA
7- Ouça e cumpra todas as instruções ministradas pelas tripulações (use cintos, aperte os cintos,
etc...)
8- Não atire nada para fora da aeronave, principalmente em voo
9- Não infle seu colete salva-vidas dentro do helicóptero;
10- Em emergência só abandone o helicóptero a comando da tripulação
1. COMANDANTE Pense Gente! Lembre-se que você está trabalhando com as pessoas dotadas
de noção de valores, necessidades e dignidade.
2. COMANDANTE Defina o Tom! Se você é o comandante de uma equipe, o tom é apenas um
elemento, você não terá muito que fazer quanto à coordenação de cabine. Entretanto, como piloto, defina o tom!
Se você incentiva e é receptivo às trocas de informação, você, provavelmente terá facilidade de entrosar-se com
a sua equipe. Informe também a cada membro da equipe o que se espera deles.
3. COMANDANTE Busque novas informações! Busque opiniões ou sugestões. Não se configura
como deficiência de comando saber o que pensam os demais membros da equipe.
4. COMANDANTE Sirva-se da experiência de outros tripulantes! Aquele antigo engenheiro de
bordo provavelmente terá acumulado uma grande experiência que poderá ser útil a você. Use-a.
5. TRIPULANTE Não se aterrorize! Se você sabe de algo que o tem incomodado, seja franco, seja
objetivo e fale. Você pode saber algo que outros desconhecem.
6. TRIPULANTE Seja persistente! Mantenha os pilotos e os outros tripulantes bem informados. Não
permita que outro elemento o emudeça.
7. TRIPULANTE Lembre-se que sempre existirá um comandante! Faça sempre suas observações
ao Comandante, mas não esqueça que a decisão final é dele.
8. COMANDANTE E TRIPULANTE Sejam sensíveis! Não pautem suas ações e coordenação de
cabine na imaturidade ou na falta de profissionalismo.
9. COMANDANTE E TRIPULANTE Incentivem a boa coordenação entre os tripulantes! Quando sua
tripulação realiza com sucesso uma missão, isto significa também o sucesso de toda a infra-estrutura de suporte
de voo. Procurem agradecer publicamente a estas pessoas pelo especial esforço dispensado, notificando
também os seus chefes. Lembre-se que um simples “obrigado” pode traduzir-se em grande reconhecimento por
outras equipes.
10. COMANDANTE Não fuja à responsabilidade! Pense Gente! Defina o Tom! Busque novas
informações! Sirva-se das experiências de outros tripulantes! Seja Sensível! A decisão final é sua e você é
responsável por ela.
3 - DOUTRINA DE CABINE
Estatisticamente o avião é o meio de transporte mais seguro do mundo. Mas como tudo neste planeta,
depende do homem nas condições de vida ambiental em que é forçado a viver; primordial é a adequação dele
às restrições que sofre para que esta estatística seja crível.
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O ano, 1966. O equipamento, B-25 (Bombardeiro leve da Segunda Guerra Mundial). Missão de
instrução de navegação à baixa altura. Região, interior de São Paulo. O Comandante da aeronave, que fazia a
navegação no posto de segundo piloto, querendo mostrar maior habilidade que o companheiro ao lado, tomou o
comando, já em voo à baixa altura, baixou ainda mais do que devia. Resultado. Mergulho na represa - uma vida
perdida - a dele.
O ano, 1989. Equipamento Boeing 737. Missão comercial de transporte de passageiros. Região
Amazônica. Excesso de confiança em si mesmo, conflito de personalidades dentro da cabine de comando.
Resultado. Pouso forçado noturno na selva – 13 (treze) vidas perdidas.
Desde a fabricação de equipamentos aéreos que necessitam de mais de um piloto na cabine,
cresceram os problemas. A adequação de ações de personalidades diferenciadas tendo que raciocinar em um
mesmo sentido, visando sua segurança, a de outrem, e a integridade do equipamento se fez necessária.
Esse complexo de afinidades e de adequações, voltado para “O que” e “Como” fazer no interior da
cabine de uma aeronave deu-se o nome de CRM (Cockpit Resource Management/Gerenciamento dos Recursos
de Cabine).
Sabe-se que em uma cabine de comando, operada por dois pilotos: um é o Comandante, o outro o Co-piloto,
com deveres algumas vezes diferentes onde só o Comandante é o responsável. (“Responsável – define o
dicionário Aurélio – é aquele que responde pelos próprios atos ou pelos de outrem”). Na aviação em geral, existe
toda uma preparação didática para que os promovidos Comandantes entendam perfeitamente o que isto quer
dizer. Levando-se em conta o perfil e atitudes anteriores, durante observações e relatórios próprios da Direção
de cada organização, sobre cada um. É, pois o Comandante, preparado para administrar a segurança do voo, a
integridade do equipamento e o bem estar de todos os passageiros. Seja o voo civil e/ou militar. Para que isso
aconteça é necessário uma perfeita integração com seu companheiro ao lado; de conhecimentos técnicos, de
troca de experiências, de diálogo franco/cordato e de respeito mútuo.
A ordenação deste comportamental está sustentada no meu ponto de vista, embasado na minha
experiência adquirida ao longo de mais de 40 anos de aplicação dessa doutrina que eu visualizo como se fora
um triângulo cujos lados chamam de :
• Planejamento de Voo;
• Lista de Verificações ou Check-List e
• Humildade
O PLANEJAMENTO DE VOO: como só pode acontecer deverá ser elaborado de comum acordo com
seu companheiro de cabine.
Todas as informações da rota a ser percorrida devem ser anotadas e comentadas; discutidas e se
possível não modificar as ações decorridas desse diálogo. Salvo, informação posterior e/ou durante o voo,
emitida por órgão superior de Controle de Tráfego Aéreo que as altere.
O bom desenvolvimento da missão se traduz por esse diálogo. Preparando alternativas para possíveis
enganos e para saídas de possíveis emergências. Quem fará o Quê? Como? Quando? – durante o desenrolar
do voo.
Direcionando com maior atenção toda a seqüência dos procedimentos “antes do pouso” no destino.
Para isto uma pasta de navegação completa e adequada à missão que se pretende realizar, não pode estar
ausente do planejamento. E deverá “estar a postos”.
A LISTA DE VERIFICAÇÕES ou Check-List: é costume de alguns pilotos bem voados em um
determinado equipamento, não mais se utilizar do Check-List, por já saber de cor toda a seqüência de
verificações; e às vezes para impressionar quem está ao seu lado, vai executando os itens do “antes da partida”
e “partida do motor” sem que dê tempo para o companheiro ao lado tirar o C/L da pasta de navegação. Um
pequeno livro com a grandiosidade de uma Bíblia para quem deseja “contar como foi a viagem”
Uma inspeção bem feita, lendo todos os itens (repetidos pelo co-piloto), trará com certeza, uma
tranqüilidade durante o voo. Pois se algo acontecer de errado; não será por esquecimento.
O C/L deverá ser usado em todas as fases do voo exemplo: - em um procedimento de aproximação
para o pouso em condições visuais e/ou por instrumentos, quem estiver no comando não pode se preocupar –
“Quem é Quem, Quem faz o Quê e Quando?”
HUMILDADE: - “virtude que nos dá o sentimento de fraqueza”. Na minha opinião, o lado mais difícil de
ser demonstrado. Os dois lados acima descritos se equivalem.
No lado humildade não existem ferramentas palpáveis e nem possíveis de se ver. É pura virtude,
mente, formação, berço, reserva espiritual.
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Aquele que está ao seu lado pode ser alguém que você pensa que conhece. E que tem o poder
momentâneo de estar com sua vida nas mãos. E que por vezes não admite crítica.
Quando em uma cabine, não espere melhorar seu trabalho ou modificar sua personalidade através de
uma crítica exterior. Seus melhores amigos jamais lhe dirão tudo que pensam de você, ou só o farão em
momentos de exaltação pró ou contra, tornando a crítica não confiável.
Ninguém jamais lhe dirá as coisas amargamente terríveis que você mesmo inúmeras vezes se disse –
quando só.
Saber “ouvir” é uma arte que sempre nos leva ao melhor conhecimento das coisas. Não é preciso
experimentar viver um mal para saber a exata consciência de sua extensão e profundidade. É preciso que todo
conhecimento que se possua, seja partilhado adequadamente com seu companheiro de viagem, ao enfrentar um
problema e/ou uma situação de perigo.
Ceder, é o grande passo para iniciarmos um processo de solução para tais problemas.
Ao entendermos que um voo bem Planejado, utilizando sempre a nossa Lista de Verificações e
enfrentando todas as situações com Humildade; nós, fatalmente, estaremos no mínimo no caminho certo da real
Doutrina e total Responsabilidade que todo voo exige.
4 - A ESTRUTURA DO ERRO
5 - GERENCIAMENTO DE CABINE
I – NO ACIONAMENTO:
No embarque de emergência (Ocorrência policial), o primeiro piloto que embarcar acionará os “push
bottons” BAT./BOMBA 1/BOMBA 2/GERADOR/LUZ ANTI-COLISÃO. Zera o CRONÔMETRO e o dispara.
O Fiel coordena o lado externo direito, solicitando a desconexão da fonte externa quando o tacômetro
de NG atingir entre 40 e 45 %.
a) O procedimento será executado pelo T1 quando a tripulação estiver completa.
O T1 e T2 observam o lado direito e esquerdo respectivamente (só interrompe se não estiver livre,
porém da um sinal de OK ao Fiel, indicando que está livre, na segurança, com o pé fora do solo e na fonia).
O Cmt antes da decolagem indaga: “Livre decolagem?” Apenas o Fiel responde ao Cmt: “Livre
decolagem.” (ou informa: Negativo tal situação – Depois de resolvido: Livre decolagem Cmt).
Ato contínuo o Cmt indaga: “Tudo OK?” O 2P responde: “Tudo OK”, o 2P acompanha mentalmente
cada passo do acionamento, estando em condições de responder de imediato a indagação do Cmt.
O Balizador após retirar a bateria, se posta à frente da aeronave, verifica 360º ao redor dela, e sinaliza
livre decolagem.
O Fiel, após a Twr dar fora do solo, passa a fazer a comunicação com o COPOM. Antes disto fica a
cargo do tripulante de solo.
O mecânico acompanha todo o acionamento do lado externo, quando na base e acumula função
quando de Fiel.
II – DURANTE O VOO:
- Quando algum tripulante avistar um obstáculo deverá reportar ao Cmt, usando a fraseologia padrão:
“Viatura às 3 horas, Torre às 12 horas ou na proa, Aeronave às 10 horas, a .... NM, e se a nível, acima ou
abaixo.”
- Reportar também torres, pássaros, fios, pipas, alta e baixa tensão, etc, dizendo sua posição usando
a fraseologia padrão: “Obstáculo a ..... horas, e se a nível, acima ou abaixo”.
- O 2P, auxilia o Cmt indicando, quando portas abertas, a velocidade ao chegar em 90 KT
- O primeiro tripulante que detectar o ponteiro do liquidômetro atingir 20% informará ao Cmt: “Cmt
aeronave com 20% de COMB”.
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ACIMA
NÍVEL
ABAIXO
IV – DESCIDA DE RAPEL:
A análise da possibilidade de execução do rapel fica a cargo do Cmt da Acft consultado o Fiel.
Após a decisão de execução do rapel o Cmt da Acft fará um voo pairado orientado pelo Fiel sobre a
altura e melhor localização para a realização da operação e informará: “Tripulantes preparar para o rapel”.
Os tripulantes se prepararão e quando pronto o Fiel solicitará: “Cmt autorização para lançar cabos?”,
o Cmt dirá: “Cabos autorizados”.
Os tripulantes lançarão os cabos observando para que eles desçam sempre pelo lado de fora dos
esquis.
O Fiel informará constantemente o Cmt da Acft sobre todos os atos que estiverem sendo realizados a
bordo da Acft enquanto os tripulantes se preparam para a descida no rapel.
O Fiel acompanhará visualmente a instalação dos equipamentos pelos tripulantes, checando sua
correta utilização.
Os tripulantes quando estiverem prontos informarão: “Tripulante da direita/esquerda pronto.”
Fiel solicitará: “Autorização para sair da segurança e da fonia?”. O Cmt dirá: “Autorizado”.
O Fiel confirmará ao Cmt da Acft: “Tripulantes Prontos”, quando estes já estiverem em condições de
realizar a descida, pedindo: “Autorização para lançar rapelistas?”.
O Cmt da Acft dirá: “Autorizado”, indicando ao Fiel que a descida no rapel já pode ser procedida.
O Fiel, através de gestos com a mão num sinal de positivo com o polegar voltado para cima
confirmará com o tripulante se está tudo OK, e após confirmado com um gesto positivo com a cabeça do
tripulante, o Fiel autorizará a descida girando a mão invertendo a posição do polegar voltando este para baixo
num sinal de positivo invertido.
O Fiel narrará a descida dos tripulantes informando desde a saída do esqui até o momento em que
estes estiverem no solo e livres dos cabos: “O homem fora do esqui, a 30 m do solo, 20 m do solo, 10 m do solo,
no solo ainda preso no cabo e cabo livre”.
O Fiel alijará ou recolherá os cabos, conforme decisão do Cmt da Acft.
Após alijados ou recolhidos os cabos, o Fiel informará ao Cmt da Acft: “Cabo da direita/esquerda
alijado” ou “Cabo da direita/esquerda recolhido”, conforme o caso requeira.
O rapelista com o rádio informará: “No solo e na escuta”, assim que se soltar do cabo, permanecendo
na canaleta 2, ou caso convencionado na privativa.
V – POUSO:
Quando o pouso for realizado em aeródromo ou local livre de restrições, o tripulante permanecerá
atento e só manifestará se perceber qualquer situação de anormalidade.
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IX – EMERGÊNCIA:
Durante o procedimento de auto rotação, quer seja real, treinamento ou simulação, a tripulação
deverá colocar o cinto de segurança e adotar a posição de emergência.
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Somente aproxime-se ou afaste-se do helicóptero com o corpo voltado para frente, na área em que o
piloto possa vê-lo.
Em hipótese alguma aproxime-se da cauda do helicóptero, principalmente da área do rotor traseiro.
Não use qualquer tipo de cobertura (chapéu) dentro da área de segurança num raio de vinte metros do
helicóptero.
Ao aproximar-se do helicóptero portando algum objeto, segure-o na altura da cintura, jamais na vertical
ou sobre os ombros e não tente apanhar qualquer objeto deslocado pela ação do vento dos rotores.
Ao entrar na aeronave, aperte o cinto de segurança, retirando-o somente com a autorização do piloto.
Não fume.
Em emergência, curve-se de encontro aos joelhos, abraçando as pernas, mantendo os pés firmemente
plantados no piso do helicóptero.
Mantenha-se atento;
Não toque em nenhum controle, alavanca, etc, quando estiver embarcado ou em voo;
Para tomar qualquer atitude não prevista nestas instruções, pergunte ao piloto sobre sua
permissibilidade;