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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Tema

O Clima de Moçambique

Nome do Estudante: Sandra da Costa João

Código do Estudante: 708206038

Curso: licenciatura em ensino de Geografia

Disciplina: Geografia de Moçambique I

Ano de frequência: 2º Ano

Turma: D

Nampula, Maio, 2021


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 Bibliografia 0.5
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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4

1.1. Elementos do clima ......................................................................................................... 5

1.2. Factores do clima ............................................................................................................. 9

1.2.1. Altitude ........................................................................................................................ 9

1.2.2. Latitude ........................................................................................................................ 9

1.2.3. Continentalidade ........................................................................................................ 10

1.2.4. Correntes Marítimas (Corrente Quente de Canal de Moçambique) .......................... 10

Outros Factores ......................................................................................................................... 10

1. Influência do Centro de Baixas Pressões e das Altas Pressões sub – Tropicais ............... 10

2. Frentes Frias ...................................................................................................................... 11

1.3. Tipos de Clima e Suas Características ........................................................................... 11

1.4. A importância do estudo do clima ................................................................................. 12

Conclusão ................................................................................................................................. 13

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 14


Introdução
O presente trabalho, surge no âmbito da Cadeira de Geografia de Moçambique I, leccionada
no Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia na Universidade Católica de Moçambique
(Instituto de Educação à Distância). O mesmo, é subordinado ao tema: O clima de
Moçambique e tem por objectivo de explicar o conceito de Elementos e Factores de Clima,
Mencionar os principais Factores influentes no clima de Moçambique assim como as acções
de cada factor, Mencionar os tipos de clima e a sua importância no estudo do clima.
Para a elaboração deste trabalho, o autor utilizou os recursos da pesquisa bibliográfica
baseada em referências teóricas como livros que possibilitaram um suporte na construção do
trabalho.

Espera-se que este trabalho seja de interesse de toda comunidade académica e dos demais
interessados, deixando espaço para as possíveis críticas e sugestões, pois é possível que haja
um grupo que tenha tido informações sobre o mesmo e que o presente trabalho contra diz a
realidade vivida pelo outro. Quanto à estrutura, para além desta parte introdutória, o trabalho
apresenta:

 Desenvolvimento,
 Conclusão e
 Referências bibliográficas.

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1.1.Elementos do clima
Elementos do clima são os fenómenos atmosféricos que o caracterizam, isto é, são aqueles
cuja acção habitual constitui o próprio clima. São eles: Temperatura, Pressão atmosférica,
Massas de ar e Ventos, Humidade Atmosférica e Precipitações.
a) Variação da Temperatura:
Temperatura: É o grau de aquecimento ou arrefecimento dos corpos. O sol é a principal
fonte de calor para a Terra.
A temperatura não é a mesma em todos os lugares da Terra, ela está sujeita a variações que
podem ser provocadas por diversos factores, a destacar:
 Latitude: a forma esférica da Terra impede que todos os lugares recebam a mesma
quantidade de insolação. Na região equatorial, os raios solares incidem
perpendicularmente, ao passo que, em direcção aos pólos, se tornam cada vez mais
inclinados. Disto resulta que as regiões de baixas latitudes (próximas ao equador) são
mais aquecidas, enquanto as regiões de elevadas latitudes (próximas dos pólos) são
pouco aquecidas. Portanto, a temperatura diminui com o aumento da latitude.
 Altitude: o aquecimento da atmosfera se dá pela irradiação do calor da superfície
terrestre. Assim sendo, quanto maior for a distância em relação à superfície terrestre
(altitude), menor será a temperatura. Em média, para cada 200 m de altitude, a
temperatura diminui 1 grau. Portanto, a temperatura diminui com o aumento da
altitude.
 Estações do ano: por ocasião dos solstícios temos estações opostas para ambos os
hemisférios. O solstício de 21 de Dezembro marca o início do verão para o hemisfério
sul (calor) e o início do Inverno no hemisfério norte (frio). Ocorrendo o inverso com o
solstício de 21 de Junho. Portanto, o verão é a estação mais quente do ano e o Inverno
a mais fria.
 Distribuição das terras e das águas: a desigual distribuição das terras e das águas
influi no comportamento da temperatura. O predomínio de massas líquidas no
hemisfério sul propicia – lhe maior estabilidade térmica em relação ao hemisfério
norte, onde a concentração de terras emersas é muito grande. Como o mar conserva o
calor por mais tempo, ele funciona como estabilizador térmico. Portanto, nos oceanos
as temperaturas são mais estáveis e nos continentes são mais instáveis.
Médias Térmicas: correspondem à aritmética das temperaturas de um determinado dia, mês
ou ano.

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Amplitudes Térmicas: correspondem à diferença entre as máximas e as mínimas
temperaturas de um dia, mês ou ano.
Isotermas: são linhas que num mapa unem pontos de igual temperatura.
A máxima temperatura já registada foi de 57,8ºC em Tripoli (na Líbia) e a mínima já
registada foi de -88ºC em Vostok (na Antárctida) em 1960.
b) Pressão Atmosférica:
É a força que o ar exerce sobre a superfície. Seu valor médio ao nível do mar equivale a 760
milímetros ou 1.013 milibares, a pressão é exercida em todos os sentidos, calculando-se que
uma pessoa de estatura e peso normais, suporta uma pressão equivalente a 13,6 toneladas.
 Com altitude: a pressão atmosférica varia com a altitude, pois quanto maior for a
proximidade em relação à superfície terrestre, maior será a densidade gasosa e, em
consequência, a pressão atmosférica também será maior. Portanto a pressão
atmosférica diminui com o aumento da altitude.
 Com a temperatura: a pressão atmosférica varia também em função da temperatura,
pois, quando esta se eleva, o ar sofre dilatação e fica mais leve, originando áreas de
baixas pressões. Ao contrário, quando a temperatura diminui, o ar comprime-se e fica
mais denso, originando áreas de altas pressões. Portanto, a pressão atmosférica
diminui com o aumento da temperatura.
A pressão atmosférica é medida por aparelhos especiais denominados barómetros, os quais
podem ser de mercúrio ou metálicos (aneróides).
Isóbaras são linhas que num mapa unem pontos que apresentam valores iguais de pressão
atmosférica.
c) Massas de Ar
As Massas de ar são grandes volumes de ar horizontais com as mesmas características físicas
de temperatura e humidade. Em consequência disso, elas podem ser quentes ou frias e secas
ou húmidas.
 Principais massas de ar
as principais massas de ar ligadas à circulação geral da atmosfera são:
 Massas Polares: são massas de ar muito amplas que caracterizam dois importantes
centros de altas pressões: um no pólo norte e outro no pólo sul.
 Massas Tropicais: ocupam em ambos os hemisférios, as latitudes de 30º
(proximidades dos trópicos), podendo ser continentais ou marítimas. As tropicais
continentais são secas e as marítimas são húmidas.

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 Massa Equatorial: localizada na região equatorial, é caracterizada por elevadas
temperaturas e baixas pressões.
Frente: É a superfície de descontinuidade entre duas massas de ar com origem e temperaturas
diferentes.
Frente Fria: É a superfície de separação entre duas massas de ar, em que a massa de ar frio,
mais densa, avança e toma lugar da massa de ar quente.
Frente Quente: É a superfície de separação entre duas massas de ar, em que a massa de ar
quente avança e toma o lugar da massa de ar frio.
Ventos
Vento – É o ar em movimento. Do ponto de vista climático, sua importância é muito grande,
pois não só contribui na distribuição do calor para regiões diversas, como também participa da
distribuição da humidade. Sua origem está ligada às diferenças de temperatura e pressão
existentes entre duas regiões da atmosfera.
 Movimento do Vento:
O mecanismo do vento está expressa na primeira lei da circulação atmosférica, formulada
pelo holandês Buys Ballot. “o vento sempre sopra das áreas de altas pressões para as áreas de
baixas pressões”. Isto quer dizer que, quando uma área está submetida a elevadas
temperaturas, o ar sofre dilatação e torna-se mais leve, sofrendo ascensão. Esta área fica então
com baixas pressões, convergindo para ela o ar proveniente de outra área onde a temperatura
é menor e a pressão é maior.
A área de baixa pressão (receptora de ar) chama-se ciclonal e a área de alta pressão
(dispersora de ar) chama-se anti-ciclonal.
 Velocidade dos Vento
A segunda lei da circulação atmosférica, formulada por Stephenson, explica a questão da
velocidade do vento, “a velocidade do vento está na razão directa da diferença de pressão dos
pontos entre os quais sopra o vento”, ou seja, quanto maior for a diferença de pressão entre
duas áreas, maior será a velocidade do vento. A velocidade do vento é medida em
quilómetros por hora ou em metros por segundo, e o instrumento utilizado é o anemómetro.
A direcção do vento é influenciada por diversos factores e o aparelho que indica a direcção do
vento chama-se anemoscópio (biruta).
 Tipos de Ventos
De acordo com suas características e áreas de actuação, os ventos são classificados em:

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 Ventos Planetários ou Constantes: são aqueles que sopram durante todo o ano,
afectando extensas áreas de escala planetária. É o caso dos ventos alísios e dos
polares. Os Alísios são ventos constantes que sopram durante todo o ano dos Trópicos
para o equador e os polares são ventos frios que sopram de ambos os pólos durante
todo o ano.
 Ventos Continentais ou periódicos: são aqueles que sopram periodicamente do
continente para o mar e vice-versa.
Compreendem as Monções e as Brisas.
 Monções são ventos periódicos que sopram durante o Inverno asiático, da Ásia para o
Índico (Monções de Inverno) e, durante o verão asiático sopram do Índico para a Ásia
(Monção de Verão). As monções de verão propiciam abundantes chuvas em vasta
porção do sul e sudeste asiáticos.
Brisas são ventos periódicos que sopram durante o dia, do mar para o continente (brisas
marítimas) e durante a noite, sopram do continente para o mar (brisas terrestres).
d) Humidade Atmosférica
Humidade atmosférica é a quantidade de água existente no ar atmosférico num dado
momento, proveniente da evaporação que se processa tanto nas superfícies líquidas como
vegetais, pela acção da energia solar e dos ventos.
O teor da humidade existente na atmosfera depende de:
 Intensidade dos raios solares e dos ventos;
 Extensão das superfícies líquidas.
Por isso, a humidade atmosférica vária não só de um lugar para o outro como também num
mesmo lugar, em função das horas do dia ou das estações do ano.
Humidade absoluta: é a quantidade de vapor de água existente na atmosfera em um dado
momento, a uma determinada temperatura.
Humidade relativa: é a relação existente entre a humidade absoluta e o ponto de saturação.
Ponto de saturação: é o limite máximo da atmosfera em conter humidade. Quando este é
atingido, diz-se que o ar está saturado, isto é, não pode mais continuar recebendo vapor de
água. Portanto, ponto de saturação é o limite máximo da atmosfera em conter humidade.
A humidade atmosférica é um dos elementos climáticos mais importantes pois, além de ser
uma característica marcante dos diferentes tipos de clima existentes, exerce razoável
influência no comportamento dos seres vivos.

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O aparelho que se usa para medir a humidade atmosférica chama-se higrómetro e as linhas
que unem pontos que apresentam os mesmos valores de humidade, chamam-se isoigras.
e) Precipitações
Precipitações Atmosféricas são as diferentes maneiras pelas quais o vapor de água, após
condensado na atmosfera, chega até a superfície terrestre. Exemplo: chuva, neve e granizo.
 Chuva é a forma de precipitação mais comum e, mais benéfica para o homem e
demais seres vivos. Ela resulta do contacto de uma nuvem saturada de vapor de água
com uma camada de ar frio, podendo ocorrer de duas formas:
1.2.Factores do clima
Factores do clima são aqueles que o determinam e o condicionam, isto é, são aqueles que
actuam indirectamente no clima, ou seja, modificam os elementos climáticos.
Os Principais factores do clima do Teritório moçambicano são:
 Altitude;
 Latitude;
 Continentalidade;
 Correntes marítimas (corrente quente de canal de Moçambique).
1.2.1. Altitude
A temperatura do ar diminui cerca de 0,6º c em cada 100m. A diferença de Altitude vai
influenciar as temperaturas das regiões para regiões. As regiões mais frescas são de Planaltos
e Montanhas, enquanto as regiões com temperaturas elevadas é Província de Tete nas regiões
baixas de Planície, ela influi na estabilidade térmicas.
1.2.2. Latitude
A maior parte do território moçambicano situa – se na zona Intertropical, por isso, clima do
tipo tropicais. O trópico de Capricórnio atravessa esse território na sua parte Sul das
Províncias de Inhambane e Gaza, ficando apenas pequena parte deste território ao Sul do
referido Trópico, isto é, na dita Temperada do Sul que no entanto, em Moçambique devido a
influência de diversos factores com destaque da Corrente quente do canal de moçambique tais
territórios não possuem climas Temperados, mas sim um clima Tropical.
Em termos de Latitude nota – se a diminuição quase gradual da humidade e das precipitações
do Norte para Sul, não só devido ao factor Altitude, mas também da própria Latitude. Os
índices de maior secura registam – se no interior das províncias de Gaza e Inhambane e em
particular na região de Pafúri (localidade), no interior da fronteira de Gaza próximo entre os
paralelos 22º 15” e 23º 00” de Latitude Sul, isto é, próximo e a Norte do Trópico de

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Capricórnio, uma região de relevo de Planaltos médios de 200 – 500m de altitude e a cerca de
400 km do Litoral.
1.2.3. Continentalidade
Para maior parte do território moçambicano a continentalidade é um factor de menor
significado pois que as influências negativas deste factor no interior são separadas pelo factor
altitude. De facto, a medida que a continentalidade aumenta ou seja, a medida que se caminha
do litoral para o interior a altitude aumenta, e o aumento da altitude significa aumento da
pluviosidade.
As regiões do País com maior continentalidade são as do norte que entretanto como se referiu
neles, predominam altos planaltos e montanhas. As únicas regiões onde se faz sentir os efeitos
negativos da continentalidade é o interior de Gaza (Localidade de Pafúri), bem como no Sul
da província de Tete e Norte da Província de Manica. Nestas regiões predominam climas
tropicais secos e tropical Semi – áridos.
A regularidade do efeito da continentalidade está patente nas Províncias de Inhambane e Gaza
que se manifestam pela diminuição da humidade e pluviosidade de Leste para Oeste.
Enquanto isto, nos restantes pontos do País não se observam nenhuma regularidade espacial.
1.2.4. Correntes Marítimas (Corrente Quente de Canal de Moçambique)
Esta corrente tem como origem o avanço ou continuação da corrente Equatorial Sul. A
corrente quente do canal d Moçambique movimenta águas mornas que libertam bastante
vapor de água que por conseguinte é levado ou arrastado pelos ventos para a costa
moçambicana onde após origina abundantes precipitações.
A corrente não só aumenta a quantidade de precipitação em toda costa, mas também eleva a
temperatura do ar cuja evidência tem maior significado nas regiões costeiras a Sul do trópico
de Capricórnio como se referiu anteriormente pois que na ausência da influência destes
ventos, as temperaturas médias anuais das mais a Sul do Trópico de Capricórnio seriam
sensivelmente inferiores aos registados.
Outros Factores
1. Influência do Centro de Baixas Pressões e das Altas Pressões sub – Tropicais
Grande parte do território nacional, em particular nas províncias do Norte sofrem a influência
da Baixa Pressão Equatorial, em paralelo o movimento do Equador Térmico ao longo do ano
ora para mais á Norte e ora para mais á Sul faz deslocar em Janeiro a Baixa Pressão
Equatorial para a África Austral e com ela maior aquecimento e abundante precipitações na
Região em geral e em Moçambique em particular. Esta é a estação quente e chuvosa.

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Em Julho pelo contrário, o Equador Térmico movimenta – se para o Norte, África Austral em
geral e Moçambique em particular é dominada por Altas Pressões Subtropicais que originam
depressão tropical de Origem Térmica situada no interior da África Austral responsável do
período de tempo seco e da escassez de precipitações ou de temperatura relativamente baixas.
Esta é a estação seca e fresca.
2. Frentes Frias
As frentes frias em Moçambique, são condicionadas pela penetração de Massas de ar fria que
provém das altas altitudes na Antárctida e Pólo Sul. Criando no Sul uma instabilidade térmica
– pluviométrica, frio e por vezes precipitação no estado sólido (granizo e saraiva).
1.3.Tipos de Clima e Suas Características
De acordo com a quantidade de precipitação que cai em cada lugar, sua duração, e variação da
temperatura ao longo do ano, podem-se distinguir vários tipos de clima, que na generalidade
apenas se diferenciam na quantidade de chuva e na sua duração.:
 Clima tropical húmido: ocupa metade da zona Norte e Centro do país, é
caracterizado por uma época de chuvas mais longa que a época seca; as temperaturas
médias anuais oscilam entre os 24ºC e 26ºC.
 Clima tropical Seco: Predomina na metade Sul do país; é caracterizado por um
período seco mais longo que o período das chuvas, com temperaturas médias anuais
que ultrapassam com frequência os 26ºC.
 Clima tropical de altitude: Característico das zonas de altitude, menos quentes que
as anteriores, temperatura média anuais são geralmente inferiores a 22ºC.
 Clima tropical Semi – Árido: Localiza-se no interior de Gaza, na faixa compreendida
entre Chicualacuala e Massigir, tem características marcadamente mais secas. As
temperaturas médias situam-se entre 24º -26ºC e a pluviosidade é inferior a 400 mm,
sendo as mais áridas do país.
De acordo com o critério convencional clássico de classificação, pode-se dizer que o clima de
Moçambique é:
 Quanto a temperatura do ar; “Quente” (valor médio anual superior a 20ºC em todos
os locais com a excepção de Espungabera, Furancungo e Lichinga, onde é
“temperado” (valor médio anual compreendido entre 10 e 20ºC); a “Oceânico”
(amplitude de variação anual inferior a 10ºC em todos os locais);

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 Quanto à humidade do ar: “seco” (valor médio anual compreendido entre 55 e 75%)
em todos os locais, excepto nas Cidades da Beira, Quelimane, Lichinga e Mocímboa
da Praia, onde é “húmido” (valor médio anual compreendido entre 75 e 90%);
 Quanto à precipitação: “chuvoso” (valor médio anual da quantidade de precipitação
compreendido entre 1000 1 2000 mm) ou “moderadamente chuvoso” (valor médio
anual compreendido entre 500 e 1000 mm) em todos os locais, excepto Pafúri, onde é
“semi-árido” (valor médio anual compreendido entre 250 e 400 mm).
1.4.A importância do estudo do clima

O estudo do clima é importante porque, ajuda-nos a compreender melhor as condições


naturais dos lugares e regiões do mundo. O clima é o comportamento e a dinâmica das
condições da atmosfera em um dado local, composto por um conjunto de condições
meteorológicas que se sucedem e repetem-se ciclicamente ao longo de alguns meses ou anos.

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Conclusão
Moçambique é um país situado na sua maior parte na zona intertropical, com uma pequena
faixa na zona temperada do sul, na Costa Oriental de África. Quer isso dizer que está
localizado na zona quente.
Os factores climáticos são agentes geradores ou influenciadores, que provocam as condições,
ou os valores dos elementos que constituem o clima.
Factores climáticos, são certas condições físicas diferentes dos elementos climáticos que
controlam o clima. O elemento climático é qualquer das propriedades ou condições da
atmosfera que, em conjunto, determinam o estado físico do tempo ou clima num dado local.
O clima de Moçambique em conformidade da combinação de vários factores e do
comportamento dos principais elementos do clima desta região são: Clima tropical húmido,
Seco, Semi – Árido e modificado pela altitude.

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Referências bibliográficas
 Ayoade, J.O.; Santos, M.J.Z.; BASTOS, S. Introdução à Climatologia para os
Trópicos. 11a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
 Barbosa, M.E.; Oliveira, A.O.S.A. Climatologia e internet: análise e proposta
metodológica para o ensino de Geografia no ensino médio. Revista Geonorte, Edição
Especial 2, v.1, n. 5, p. 108-120, 2012.
 Dantas, S.P. O Ensino de Climatologia Geográfica: uma abordagem de intervenção
sobre os conceitos básicos de Clima e Tempo. Revista de Geociências do Nordeste.
v. 2, n. Especial, 2016.
 Melo, D.M. Aprendizagem de Climatologia em Geografia no Ensino Médio
Fundamentada na Teoria de Ausubel. Dissertação de Mestrado em Geografia,
Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2015.

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