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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema do Trabalho:
AS FORMAS DO RELEVO

Docente: Nome e Código do Estudante:


Geraldo Cardoso Sotaria Faustina Lobo Rocha Segurar
708212820

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geomorfologia
Ano de Frequência: 2º Ano

MILANGE, AGOSTO DE 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução................................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos ............................................................................................................................... 2
1.1.1. Geral……………………………………………………………………………………………………………………………2
1.1.2. Específicos………………………………………………………………………………………………………………….2

1.2. Metodologia ............................................................................................................................ 2


2. O Relevo ..................................................................................................................................... 3
2.1. Perspectiva Histórica: A Evolução das Formas de Relevo ..................................................... 3
2.2. Agentes de Transformação do Relevo..................................................................................... 4
2.2.1. Agentes Internos………………………………………………………………………………………………………….4
2.2.2. Agentes Externos…………………………………………………………………………………………………………5

2.3. Conceito de Relevo ................................................................................................................. 7


2.4. As Formas do Relevo .............................................................................................................. 8
2.4.1. Montanhas…………………………………………………………………………………………………………………..8
2.4.2. Planaltos……………………………………………………………………………………………………………………10
2.4.3. Planícies……………………………………………………………………………………………………………………12
2.4.4. Depressões………………………………………………………………………………………………………………..13

2.5. Acção dos animais e do homem ............................................................................................ 15


3. Conclusão ................................................................................................................................. 16
4. Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 17

iv
1. Introdução
Os processos em uma vertente se individualizam pelos factores exógenos e endógenos, sendo
que os factores exógenos são comandados pelo clima, os endógenos pela estrutura geológica e
tectónica, partindo do princípio de que praticamente toda superfície tenha sido apropriada de
alguma forma pelo homem, o referido nível necessariamente incorpora as transformações
produzidas e consequentes intervenções nos mecanismos morfodinâmicos, como a alteração
na intensidade do fluxo por terra, reflectindo directamente no comportamento do relevo.

Todo sistema possui uma estrutura que é constituída por elementos. Os sistemas
geomorfogicos, possui geralmente três características que são: tamanho, número de
componentes; correlação e a maneira como os elementos se interagem; e forma e arranjos dos
componentes, O sistema geomorfológico são formados por sistemas antecedentes. O resultado
da actuação de varias forças ao longo de milhões de anos, que são provocadas principalmente
pela acção dos agentes internos e externos, conhecidos como agentes moderadores do relevo.
Os agentes externos e internos exercem influência sobre modelagem das diferentes formas de
relevo terrestre, principalmente agentes com impactos palpáveis como o tectonismo, assim
como o processo erosivo.

As Formas do Relevo é o tema que será abordado no presente trabalho. Ao abordar sobre a
evolução das formas de relevo, deve se ter em conta as alterações que deram origem a
diferentes formas de relevo, sendo a destacar as planícies, planaltos, montanhas e depressões,
assim como algumas estruturas.

O trabalho possui a seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações
de melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise
e discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar das Formas do Relevo.

1.1.2. Específicos
 Definir o conceito de relevo;
 Identificar e caracterizar as diferentes formas do relevo;
 Explicar como as forças externas e interna influenciam na modelagem de diferentes
estruturas do globo.

1.2.Metodologia
O presente trabalho realizou-se com base nas regras de publicação de trabalhos cinéticos da
UCM. Para o desenvolvimento do tema em questão, recorreu-se a leitura de varias obras
literárias, artigos e manuais que abordam assuntos relacionados com o tema. Como não basta-
se, recorreu-se também ao uso da internet.

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2. O Relevo
2.1.Perspectiva Histórica: A Evolução das Formas de Relevo
As formas de relevo que você observa hoje é resultado do somatório de eventos passados, que
correspondem à história evolutiva da paisagem. A mudança de condições ambientais leva a
alterações morfodinâmicas e as formas de relevo tendem a se adaptar aos novos processos. De
acordo com Afonso et al. (2014):

É bastante comum, no entanto, encontrar formas ou depósitos (formados em fases


anteriores) não completamente adaptados às condições ambientais contemporâneas.
Nesses casos, os geomorfólogos buscam evidências que ajudem a entender como
deviam ser os ambientes no passado. Essas evidências costumam ser encontradas nos
materiais do substrato, ou seja, rochas ou sedimentos que possam ser datados ou que
apresentem indícios de paleoambientes (p. 117).

Segundo os autores acima citados, na abordagem histórica das formas de relevo, procura-se
reconhecer e compreender a história morfológica através de registros na paisagem
(paleoformas) e através de registros estratigráficos, que são investigados a partir das
características dos estratos (camadas) sedimentares. Florenzano (2008, cit. em Afonso et al,
2014) afirma que:

A morfocronologia refere-se à idade absoluta e relativa das formas de relevo e


dos processos, e registros estratigráficos a elas relacionados. A idade absoluta
dos materiais é obtida a partir de técnicas de datação dos materiais; a idade
relativa faz-se ao identificar que um estrato sedimentar ou processo
geomorfológico (registrado nas camadas sedimentares ou na morfologia do
terreno) são mais antigos ou mais recentes que outros identificados na região
estudada (p. 117).
Para os aurores citados anteriormente, a perspectiva de análise histórica e os estudos
morfocronológicos articulam as três perspectivas de análise descritas anteriormente,
permitindo tanto discriminar e descrever as características da morfologia, quanto inferir quais
foram os factores e processos mais relevantes nos eventos responsáveis pelas feições atuais de
uma dada área estudada.

Paleoambiente é o termo usado para designar um ambiente no passado com condições


distintas das atuais. Mudanças climáticas ou grandes eventos tectónicos são os mais
frequentemente associados às alterações ambientais na história geológica do planeta. Os
avanços teóricos e metodológicos já alcançados especificamente na Geomorfologia permitem-
nos conhecer e entender bastante como funcionam os sistemas geomorfológicos, aumentando
o grau de precisão das previsões sobre como ocorrerão determinados processos naturais.

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2.2.Agentes de Transformação do Relevo
2.2.1. Agentes Internos
O movimento das placas tectónicas é o grande responsável pelos fenómenos que ocorrem no
interior da Terra: os terremotos, as erupções vulcânicas e os dobramentos. Desses três
importantes fenómenos naturais resultam algumas formas de relevo do nosso planeta. Como
resultado do erguimento e do dobramento dos terrenos (no contato entre as placas) formaram-
se as grandes cadeias montanhosas que existem hoje. O vulcanismo dá origem a formas de
relevo chamadas planaltos vulcânicos.

Conforme Werlang (2019), a relação entre formas de relevo e estruturas geológicas constitui o
campo de estudo da geomorfologia estrutural. A estrutura geológica expressa a natureza da
rocha e a disposição das camadas. As formas estruturais expressam a estrutura local de
maneira mais ou menos evidente, isto é, dependem também do grau de erosão. De acordo com
o autor acima citado:

O fenómeno ou processo geológico que se realiza no interior da Terra denomina-se


endógeno. Os agentes geológicos endógenos referem-se à interacção de forças internas
da Terra, tais como o aquecimento provocado por radioactividade, as variações de
pressão e de temperatura provocadas por reacções e recristalizações minerais para
fases minerais mais ou menos densas com emissão ou absorção de calor o que leva a
desequilíbrios densitométricos e poderosas movimentações de massas rochosas,
magmas e fluidos no interior da Terra (p. 52).

São exemplos de processos endógenos a formação de magma e sua intrusão dando origem a
rochas plutónicas e hipabissais: o tectonismo, os dobramentos, os falhamentos, o
metamorfismo em áreas orogénicas. Também são exemplos a subducção, através da geração
de abalos sísmicos (terremotos), soerguimentos e abatimentos da crosta. Cruz (1982, cit. em
Werlang, 2019) afirma que:

O relevo da Terra está em constante mudança, mas não percebemos porque essas
mudanças, em geral, ocorrem muito lentamente. Elas não ocorrem no tempo de uma
vida humana, mas em milhares ou milhões de anos, no que é chamado tempo
geológico. A transformação do relevo depende, portanto, de dois processos:
endógenos e exógenos. Os processos endógenos como já exemplificado, são os
fenómenos que ocorrem no interior da Terra, com movimentos de subida,
afundamento e dobramento de parte da crosta, que causam modificações na superfície
terrestre (p. 52).

Werlang (2019) diz ainda que, os processos exógenos são fenómenos externos que modelam a
superfície da Terra e desgastam lentamente o que as forças internas produziram. Esses
últimos, têm origem na parte externa do planeta e tendem a aplainar ou nivelar as formas do

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relevo, deixando marcas na paisagem. Essa acção é denominada erosão e é realizada por
diferentes agentes. Assim, é possível afirmar que o relevo resulta:

a) Da acção da erosão diferencial (desgaste diferenciado em função da natureza da rocha:


mais dura mais resistente, mais branda menos resistente aos processos de erosão e
intemperismo);
b) Da tectónica (provoca o surgimento de estruturas derivadas e deformadas).

Nesse sentido, é possível afirmar que a importância das rochas para a geomorfologia
estrutural consiste que delas resulta a forma, o tamanho e a evolução do relevo.

2.2.2. Agentes Externos


Existem agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo, não tão
rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas sua acção contínua transforma lenta e
ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A acção dos ventos, do intemperismo e da
água sobre a crosta terrestre determinam a erosão. Werlang (2019) afirma que:

Modelado principalmente pelas variações rigorosas dos elementos climáticos, como a


temperatura, o vento e a chuva, que actuam sobre as rochas causando alterações físicas
e químicas. Essa actuação é chamada de intemperismo. Nas áreas de alta pluviosidade
prevalece o intemperismo químico, que leva ao desgaste das rochas pela
transformação dos minerais por oxidação e outras reacções químicas com a água. Nas
áreas de menor pluviosidade, como o sertão nordestino e o Centro-Oeste, prevalece o
intemperismo físico, fenómeno de dilatação e contracção das rochas pela oscilação de
temperatura, o que provoca sua fragmentação (p. 54).

Conforme o autor citado anteriormente, no intemperismo biológico os vegetais são os


principais responsáveis, desintegrando as rochas a partir da pressão exercida pelas raízes das
plantas. A esculturação do relevo é muitas vezes acelerada pela acção antrópica (humana),
que pode alterar tanto o processo de erosão como o de sedimentação. De acordo com Cesário
(s/d), refere-se que:

A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e pela acção e


energia do agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões desérticas são
submetidas a enormes diferenças de temperatura. Durante o dia ela chega a alcançar
mais de 40ºC e à noite, devido à perda de calor, menos de 0ºC. Essas mudanças
bruscas produzem finas aberturas nas rochas, que pouco a pouco, dividem-se em
partes e destroem-se. Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas
pode congelar, se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação (p. 58).

O vento é outro agente de erosão. Sua acção engloba três fases: a de desgaste da rocha
(erosão), determinando curiosas formas nas paisagens; a de transporte de materiais resultantes

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dessa erosão e, por fim, a deposição desses sedimentos, dando origem a outra forma de relevo.
O vento desprende as partículas soltas das rochas e vai polindo-as até transformá-las em grãos
de areia. A erosão eólica tem dois mecanismos diferentes:

a) A deflação, que é a acção directa do vento sobre as rochas, retirando delas as


partículas soltas.
b) A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão,
desgastando não só as rochas como as próprias partículas.

O trabalho de movimentação eólica carrega a areia até depositá-la nas praias e nos desertos,
onde pode formar grandes acumulações móveis conhecidas como dunas. São enormes montes
de areia acumulada pelo vento e que mudam frequentemente de lugar. A água, em seus
estados líquidos e sólido, actua sobre o relevo. As águas da chuva e do degelo, ao deslizarem
pelo solo, assumem grande importância ao transformarem-se em rios torrenciais (Cesário, s/d,
p. 55).

A acção erosiva de um rio é extremamente destrutiva em seu curso superior, pois aí se


encontram os maiores declives. O desgaste diminui à medida que se vai aproximando das
planícies. A acção contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral,
causando o desmoronamento de blocos de rochas e o consequente afastamento do paredão.
Esse processo dá origem a costas altas denominadas falésias.

Fig. 2: Processo Denominado Gelivação Fig. 3: Accao Das Ondas Do Mar

Fonte: Cesário (s/d)

Fonte: Cesário (s/d)

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2.3.Conceito de Relevo
Observando aparte superficial da litosfera, isto é, o terreno sobre o qual vivemos, sobre o qual
construímos cidades e estradas, vemos que ela apresenta formas variadas. Ao conjunto de
formas variadas da superfície da Terra damos o nome de relevo. Podemos afirmar que o
relevo é o modelado da superfície terrestre.

Porque o relevo é constituído de áreas mais altas, áreas mais baixas, terras planas, terras
acidentadas, que modelam, isto é, dão forma à paisagem da superfície terrestre. De acordo
com Cesário (s/d), refere-se que:

O relevo não se caracteriza apenas pela sua altitude mas também pelo seu aspecto. Ao
longo de milénios a superfície da Terra foi-se alterando e dando origem a diferentes
formas de relevo. Na superfície terrestre as formas do relevo são muito variadas, no
entanto destacamos quatro principais: planície, planalto, depressão e montanha (p. 61).

Segundo Bertolini & Valadão (2009), o relevo é um aspecto da natureza e constituinte do


espaço físico que exerce grande fascínio sobre os olhares atentos à paisagem. Seu significado
ultrapassa a beleza, a imponência ou a monotonia de suas formas e diz muito sobre as
influências que o espaço físico exerce nas relações dos homens com a natureza. Suertegaray
(2000, cit. em Bertolini & Valadão, 2009) afirma que:

O estudo do relevo comprometido não apenas às denominações dos diferentes


modelados da superfície terrestre, mas, também, em reconhecer de que maneira sua
influência se manifesta na organização sócio-espacial. A importância de se estudar o
relevo é amparada não somente pelo seu significado no condicionamento dos
processos de organização geográfica das sociedades humanas, mas também pelas
contribuições que podem ser fornecidas a partir daí para o reconhecimento mais
substantivo do espaço vivido e para o ensino de geomorfologia (p. 28).

Bertolini & Valadão (2009) diz ainda que, não é possível ignorar as formas da superfície
terrestre, independente do tamanho. Por mais modificadas e descaracterizadas que sejam em
seus constituintes naturais e originais, é sobre elas que a humanidade está assentada e é
também por meio delas e de suas transformações que se dão as diferentes funcionalizações do
espaço.

De acordo com os pensamentos dos autores acima citados, pode-se dizer que o relevo
é toda forma assumida pelo terreno (montanhas, serras, depressões, planícies,
planaltos) que sofreu mudanças com os agentes internos e externos sobre a crosta
terrestre. Os agentes externos são chamados também de agentes erosivos (chuva,
vento, rios) (Bertolini & Valadão, 2009).

Segundo os autores acima citados, os agentes externos actuam sobre as formas definidas pelos
agentes internos. As forças tectónicas (movimentos orogenéticos, terremotos e vulcanismo)
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que se originam do movimento das placas tectónicas são os agentes internos. A altitude do
relevo é medida com referência no nível do mar, em metros. O relevo em função das altitudes
e dos planos, pode se apresentar nas formas de: montanhas, planaltos, planícies e depressões.

Fig. 4: As Formas do Relevo

Fonte: Suertegaray (2000)

2.4.As Formas do Relevo


2.4.1. Montanhas
Montanhas são grandes elevações da superfície terrestre. Apresentam altitudes superiores a
300 metros e paisagem acidentada. Formam-se por meio de acidentes geográficos. Possuem
as maiores altitudes do relevo terrestre (Normalmente acima de 3 mil metros). Essas
elevações quando isoladas constituem, os montes, colinas; quando estão agrupadas,
constituem as serras, cordilheira e maciço. De acordo com Aguiar et al. (2009), refere-se que:

Montanhas são formas de relevo que se caracterizam por suas elevadas altitudes
quando comparadas a outros tipos de superfícies, sendo então consideradas os pontos
mais altos do planeta. Possuem encostas íngremes, paisagem acidentada e
normalmente apresentam vales profundos, localizando-se geralmente em áreas de
intensa atividade tectónica e vulcânica (p. 50).

Para a Geologia (ciência que estuda a crosta terrestre), montanhas são formações de relevo
recentes. Quando agrupadas, extensas e altas, as montanhas formam as chamadas cordilheiras
ou cadeia de montanhas. Se alinhadas, formam as serras.

Aguiar et al. (2009) afirma que, as montanhas podem ser recentes e apresentarem as seguintes
características:

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 Grandes altitudes;
 Picos abruptos;
 Atividade vulcânica intensa;
 Datam geralmente do período Terciário da Era cenozóica.

Segundo Aguiar et al. (2009), as montanhas velhas (Morros) apresentam características como:

 Pequenas altitudes (inferior à 3 mil metros);


 Formas arredondadas;
 Formadas na Era Arqueozóica, Proterozóica ou Paleozóica.

A Geologia considera que as montanhas são formações recentes, portanto, não sofreram tanto
desgaste por meio de agentes exógenos de modificação do relevo, como a acção dos ventos e
das chuvas. Comummente as montanhas são formadas pela acção das placas tectónicas, que se
chocam e geram na superfície dobras ou soerguimentos.

Conforme Aguiar et al. (2009), as montanhas são classificadas por diversos autores de acordo
com vários critérios, como origem, idade, altitude. A classificação mais comum está
relacionada à origem. Segundo esse critério, as montanhas podem ser:

1. Montanhas de falhas: são originadas a partir de um falhamento na crosta terrestre.


Quando dois blocos colidem, provocam rupturas nas rochas, originando as falhas, e
um dos blocos acaba ficando soerguido em relação ao outro. (Exemplo: Pico Olancha,
localizado nos Estados Unidos).
2. Montanhas de dobramentos: são originadas a partir da acção de agentes internos de
relevo, principalmente o movimento das placas tectónicas. O choque ou atrito entre
dois blocos tectónicos gera o aparecimento de montanhas por causa do levantamento
das áreas. Esse tipo de montanha é uma formação recente, com elevadas altitudes e
datada na Era Cenozóica. Apresenta pouco desgaste erosivo. Exemplo: Cordilheira
dos Andes
3. Montanhas vulcânicas: são originadas a partir de vulcões (erupções vulcânicas), em
atividade ou não. Por esse motivo, apresentam grande quantidade de rochas
magmáticas extrusivas. Possuem altitudes médias.
4. Montanhas de erosão: são originadas pelo desgaste das rochas que constituem o
relevo da área em questão. É um processo bastante prolongado: leva milhares de anos

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para acontecer. Essas montanhas são formadas geralmente por rochas sedimentares e
são relativamente mais baixas.

INDE (2009) afirma que, em Moçambique as principais montanhas estão localizadas no


centro e norte do país e as mais importantes são: Cadeia montanhosa Maniamba-Amaramba,
que está localizada na província de Niassa, onde a serra Jéci apresenta as maiores altitudes,
1836 metros (Muchangos, 1999). 80 Formações Chire-Namúli, na província da Zambézia,
tem como pontos mais elevados o monte Namúli, 2419 metros e a serra Imago com 1807
metros. Ainda segundo INDE (2009), refere-se que:

Cadeia de Manica, estende-se ao longo da fronteira entre a província de Manica e o


território zimabweano. Nesta cadeia localiza-se o monte Binga, que é o mais elevado
do país com 2436 metros. Também nesta cadeia encontramos o Monte Goróngué, com
1887 metros e a serra Choa com 1844 metros. A cadeia dos Libombos estende se ao
longo da fronteira com a África de Sul, nas províncias de Gaza e Maputo (p. 28).

De acordo com Muchangos (1999), as altitudes desta cadeia não atingem os 1000 metros,
porém no conjunto do relevo do sul de Moçambique, ela destaca-se por ser a única formação
elevada, O ponto mais elevado desta cadeia é o Monte Mponduíne, com 801 metros, e esta
localizada no distrito da Namaacha, província de Maputo.

2.4.2. Planaltos
Planalto é uma forma de relevo com área irregular e altitude superior a 300 metros. São
relativamente planos ou inclinados. O planalto é resultante de processos erosivos. Nas bordas
dos planaltos geralmente aparecem as escarpas, que são chamadas de serras. Mas ao contrário
do que se pensa, não é a altitude que determina os planaltos, mas si, o predomínio do processo
de erosão. De acordo com Werlang (2019), refere-se que:

Planalto é uma forma de relevo composta por uma superfície elevada, com cumes
pouco salientes, ou seja, nivelados. Os planaltos normalmente são ondulados e
situados acima do nível de 300 m. As serras, escarpas e chapadas integram os
planaltos. São também chamados de platôs. Devido à declividade de suas encostas,
eles liberam sedimentos para as áreas mais baixas. Contribuem desta forma para a
formação das planícies e depressões, que são geralmente formadas por rochas
sedimentares e apresentam relevos planos (p. 75).

Segundo o autor acima citado, os planaltos são formados por processos variados,
predominando a erosão provocada pela água ou pelo vento. Mas podem também decorrer da
emersão e dispersão do magma vindo do interior da crosta, que provoca a elevação do relevo.

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Ou então pela acção erosiva das geleiras; nestes casos, costumam se localizar ao redor de
montanhas. São compostos por rochas variadas: cristalinas, vulcânicas ou sedimentares.
Werlang (2019) afirma ainda que:

Os platôs podem ser circundados por diferentes relevos. Os mais elevados são os
planaltos de plataforma, cercados por formações montanhosas. Os pedimontes são
limitados por montanhas em um dos lados, e por planícies ou mares no outro.
Finalmente, os planaltos continentais são formados longe das montanhas e cercados
por planícies ou mares. Exemplos dos três casos são o Planalto Tibetano, as
Montanhas Apalaches e o Planalto Antárctico (p. 76).

Conforme INDE (2009), os planaltos são superfícies elevadas e relativamente planas, com
encostas íngremes e bem delimitadas. Nesse tipo de relevo há a predominância da erosão e
sua localização vária de 300 a 2000 metros acima do nível do mar. De acordo com o autor
acima citado refere-se que, os principais tipos de planaltos são:

 Sedimentares: formados por rochas sedimentares;


 Cristalinos: formados por rochas metamórficas e magmáticas originadas do desgaste
de montanhas;
 Basálticos: formados por rochas provenientes de erupções vulcânicas.

Werlang (2019) afirma que são exemplos de planaltos os seguintes: Planalto Antárctico,
localizado na Antártida; Planalto da Patagónia, localizado entre a Argentina e o Chile;
Planalto Tibetano, localizado na China. Planaltos e planícies são diferentes, mas não
exactamente pela altitude. As planícies são áreas planas e geralmente baixas, no fundo dos
vales e ao longo dos litorais. Mas podem também ocorrer em maiores altitudes. Nas planícies
os rios correm encaixados, enquanto nos planaltos eles são escavados. O autor acima citado,
afirma ainda que:

As planícies podem ter-se originado de superfícies estruturalmente deprimidas ou


denudadas pelas forças erosivas, sejam como sempre da água, do vento ou do gelo.
Mas podem também ter resultado da deposição dos solos, como nas formações
aluviais, lacustres, vulcânicas ou glaciais. A estepe eurasiana, que se estende por 8 mil
km da Hungria à China, e as pradarias norte-americanas, que percorrem 3 mil km do
Texas ao Canadá, são talvez as mais importantes planícies do mundo – pela enorme
extensão, clima temperado, fácil penetração e cobertura vegetal (p. 80).

Para INDE (2009), planalto é a classificação dada a uma forma de relevo constituída por uma
superfície elevada, com cume quase nivelado, geralmente devido à erosão eólica ou pelas
águas. São como topos rectos, superfícies topográficas, que podem ser regulares ou não. A

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altitude do planalto veria entre (200 – 1000m de altura). Os planaltos localizam-se no centro e
norte de Moçambique e dividem-se em 2 partes:

 Planaltos médios (200 – 500 m de altitude)


 Altos Planaltos (500 – 1000 m de altitude)

De acordo com INDE (2009), os principais planaltos de Moçambique são:

 Planalto Moçambicano – nas províncias da Zambézia e Nampula;


 Planalto de Niassa – na província de Niassa, ao longo do lago Niassa;
 Planalto de moeda – na Província de Cabo Delgado;
 Planalto de Chimoio – na província de Manica;
 Planalto de Marávia – na província de Tete junto a fronteira com Zimbabwe;
 Planalto de Angónia – na província de Tete junto a fronteira com Malawi.

A região montanhosa localiza-se na região centro de Moçambique sobretudo nas províncias


de Zambézia Tete e Manica. Cadeias de Libombos estendem-se ao longo da fronteira com a
Swazilândia, África de sul e Zimbabwe nas províncias de Maputo e Gaza, o ponto mais alto e
o monte M’ponduine com 801 metros de altitude (INDE, 2009).

Cadeia Chimanimani – na província de Manica. É o ponto mais alto é o monte Binga com
2436 metros de altitude. Planalto de Chire - Namúli – na província da Zambézia e o ponto
mais alto é o monte Namúli com 2419 meã serra – mago com 1807m. Cadeia de Maniamba-
Amaramba (Serra Jéci) – na província de Niassa ao longo do lago N lassa e o ponto mais
elevado é Serra Jéci – 1836m (INDE, 2009).

2.4.3. Planícies
As planícies são uma forma de relevo caracterizada por apresentar uma morfologia pouco
acidentada, com altitudes muito próximas, senão iguais, às do nível do mar, não ultrapassando
os 200 metros. Os seus terrenos são majoritariamente planos e os processos de acumulação de
sedimentos sobrepõem-se aos de deposição. As rochas predominantes são as sedimentares.
Afonso et al (2014) afirma que:

Planície é uma forma de relevo plana ou pouco inclinada, pouco acidentada,


predominando a acumulação de sedimentos. A planície caracteriza-se por ser uma
superfície plana, pouco acidentada e de baixa altitude. O processo de formação das
planícies é a sedimentação, pelo acúmulo de sedimentos geralmente provenientes das
regiões mais altas, onde é maior a erosão (p. 120).

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De acordo com Afonso et al (2014), as planícies podem ser:

 Costeira, quando resulta do levantamento da plataforma continental;


 Aluviais, resultado da acumulação de sedimentos feitos pelos rios;
 De Piemonte, quando é formada na parte baixa entre as montanhas.

Segundo Werlang (2019), as regiões onde se localiza essa forma de relevo costumam ser
bastante receptivas às actividades humanas, isto é, não oferecem grandes obstáculos ao
desenvolvimento de práticas produtivas, excepto em casos de adversidades climáticas. Por
esse motivo, a maioria das civilizações antigas instalou-se em áreas de planícies, geralmente
em vales fluviais, a exemplo dos egípcios, que se desenvolveram às margens do vale do Rio
Nilo. Conforme o autor acima citado, refere-se que:

Quando se fala de planície, trata-se de uma forma de relevo em construção.


Normalmente, as planícies situam-se nas proximidades de montanhas e planaltos.
Exemplos de planícies: Planície da Panônia, localizada na Europa Central; Planície
Jeffara, localizada entre Tunísia e Líbia; Planície do Pantanal, localizada no Brasil e
pequena porção em outros países da América do Sul (p. 89).

Vale destacar que planície não é mesma coisa que bacia sedimentar. Enquanto a planície é
uma forma de relevo, a bacia sedimentar é uma estrutura geológica. De acordo com
Muchangos (1999), As planícies localizam-se no sul do save e ao longo do litoral de
Moçambique desde a foz de rio Rovuma até ponta de ouro. Ocupa 1/3 do território nacional
ou seja 250 mil km2. Ao longo dos vales dos principais rios podemos destacar as seguintes
planícies:

 Planície de Incomáti- atravessado pelo rio Incomáti;


 Planície de Limpopo-atravessado pelo rio Limpopo;
 Planície do Save- atravessado pelo rio Save;
 Planície de Buzi — atravessado pelo rio Buzi;
 Planície do Lúrio — atravessado pelo rio Lúrio.

2.4.4. Depressões
Depressões configuram uma unidade de relevo que possui área mais baixa em relação às áreas
que estão em suas margens. As altitudes dessa forma de relevo variam entre 100 e 500 metros,
podendo ser encontradas também em níveis altimétricos abaixo do nível do mar. Sua
paisagem é caracterizada por apresentar inclinações e por ser irregular, apesar de plana. Sua

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superfície acidentada é resultado de longos processos de erosão. Segundo Bertolini & Valadão
(2009), refere-se que:

As depressões são formadas por meio de prolongados processos erosivos.


Normalmente pode-mos encontrar em suas laterais bacias sedimentares. A erosão
natural causada nessas bacias, seja por agentes exógenos (como água e vento), seja por
agentes endógenos (como tectonismo e vulcanismo), origina as depressões. Quando
forças advindas do interior da Terra abalam a superfície terrestre, provocando o
afundamento de áreas, depressões são também formadas. Rochas cristalinas e
rochas sedimentares podem gerar depressões quando sofrem desgaste e geram
sedimentos que se acumulam nas áreas mais baixas.
INDE (2009) afirma que, depressões é uma parte do relevo mais plana que o planalto, com
suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros. Uma depressão geográfica caracteriza-se
como uma superfície mais baixa em relação às regiões vizinhas, com predominância da
erosão. Esse tipo de relevo pode estar situado próximo de montanhas, planaltos e planícies.
As depressões são Classificadas com cabe em dois critérios, a altitude e a localização.

Para INDE (2009), segundo a altitude as depresoes podem ser:

 Depressões relativas: suas altitudes são inferiores as do relevo ao seu redor, seja uma
chapada, planalto ou outro. encontram-se a níveis altimétricos superiores ao nível do
mar, mas inferiores às áreas que estão em suas margens.
 Depressões absolutas: as altitudes são inferiores ao nível do mar. Encontram-se a
níveis altimétricos inferiores ao nível do mar.

INDE (2009) diz que, segundo a localização as depressões podem ser:

 Marginais: situam-se em áreas de formação sedimentar.


 Periféricas: situam-se em áreas onde há o contato entre escudos cristalinos e bacias
sedimentares.
 Interplanálticas: situam-se entre regiões de planaltos, estando rebaixadas em relação
a essas áreas.

De acordo com Muchangos (1999), das principais depressões existentes em Moçambique


destacam-se os vales dos rios e as formas de relevo negativas onde se instalaram os lagos e
pântanos. Estas depressões interrompem frequentemente a continuidade das planícies, dos
planaltos e das cadeias das montanhas.

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A depressão de maior significado geomorfológico é o Vale do rio Zambeze, não só por
constituir um dos maiores do continente africano, como ainda por atravessar regiões de
fitologia e tectónica complicadas, às quais o rio teve que se adaptar. Em alguns pontos do seu
percurso o rio Zambeze, dada a resistência de certas formações rochosas por onde atravessa,
escava o seu leito, constituindo gargantas apertadas e profundas, com grande relevância para a
topografia (Muchangos, 1999).

2.5.Acção dos animais e do homem


De acordo com INDE (2009), muitos animais, como tatus, fazem buracos fundos e a areia
removida fica acumulada junto as suas tocas. Eles também são modificadores do relevo. O
homem age como modificador do relevo de uma maneira mais ampla e intensa. O homem
constrói túneis, destróis montanhas com dinamite, aterra lagos e pântanos. O resultado desse
trabalho nem sempre é positivo. O homem na maioria das vezes destrói o natural sem pensar
nas consequências e acaba colhendo resultados desastrosos.

Fig. 5. As Formas de Relevo

Fonte: Cesário (s/d)

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3. Conclusão
Conclui-se que, o relevo é um aspecto da natureza e constituinte do espaço físico que exerce
grande fascínio sobre os olhares atentos à paisagem. Seu significado ultrapassa a beleza, a
imponência ou a monotonia de suas formas e diz muito sobre as influências que o espaço
físico exerce nas relações dos homens com a natureza

Montanhas são formas de relevo que se caracterizam por suas elevadas altitudes quando
comparadas a outros tipos de superfícies, sendo então consideradas os pontos mais altos do
planeta. Planalto é uma forma de relevo com área irregular e altitude superior a 300 metros.
São relativamente planos ou inclinados. O planalto é resultante de processos erosivos. Nas
bordas dos planaltos geralmente aparecem as escarpas, que são chamadas de serras.

Planície é uma forma de relevo plana ou pouco inclinada, pouco acidentada, predominando a
acumulação de sedimentos. A planície caracteriza-se por ser uma superfície plana, pouco
acidentada e de baixa altitude. O processo de formação das planícies é a sedimentação, pelo
acúmulo de sedimentos geralmente provenientes das regiões mais altas, onde é maior a erosão

Depressões é uma parte do relevo mais plana que o planalto, com suave inclinação e altitude
entre 100 e 500 metros. Uma depressão geográfica caracteriza-se como uma superfície mais
baixa em relação às regiões vizinhas, com predominância da erosão. Esse tipo de relevo pode
estar situado próximo de montanhas, planaltos e planícies.

A Terra é constituída por camadas concêntricas e de diferentes materiais, Ao longo de


milénios a superfície da Terra foi-se alterando e dando origem a diferentes formas de relevo.
No âmbito desta unidade haverá contributo para que o aluno seja capaz conhecer a influência
realizada por agentes internos e externo na formação e modificação das formas do relevo bem
como condições de formação.

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4. Referências Bibliográficas
Afonso, A.; & et al. (2014). Geomorfologia Geral. v.1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ.

Aguiar, C., Rodrigues, O., & Domingos, T. (2009). Chapter · January 2009 (Issue January).

Bertolini, W. Z.; & Valadão, R. C. (2009). A abordagem do relevo pela geografia: uma
análise a partir dos livros didácticos. Terræ e Didáctica, 5(1):27-41
http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/

Cesário, A. (s/d). Geomorfologia. Universidade Católica de Moçambique – Centro de Ensino


a Distância. Moçambique – Beira.

INDE. (2009). Atlas de Moçambique. Editora Nacional de Moçambique. S.A. Maputo.

Muchangos, Aniceto dos. (1999). Moçambique Paisagens e Regiões Naturais. Edição do


autor, s/l.

Werlang, M. K. (2019). Geomorfologia (1ª Edição). Editora e-book. Universidade Federal


Brasil.

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