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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Agentes internos e externos na origem e modelação do relevo

Abdul António Sualei-708212408

Docente: Geraldo Cardoso Sotaria

Licenciatura em Ensino de Geografia


Geomorfologia
2º Ano, Turma H

Milange, Setembro, 2022

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bibliografia

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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 1

1.2. Metodologias ........................................................................................................................ 1

2. Agentes internos e externos na origem e modelação do relevo.................................................. 2

2.1. Conceito de relevo ................................................................................................................ 2

2.2. Agentes modeladores do relevo ............................................................................................ 2

2.3. Agentes endógenos ou internos............................................................................................. 3

Imagem 1 ........................................................................................................................................ 4

2.4. Agentes exógenos ou externos .............................................................................................. 5

Imagem 2 ........................................................................................................................................ 6

Imagem 3 ........................................................................................................................................ 7

Imagem 4 ........................................................................................................................................ 7

2.5. Diferença entre os elementos endógenos e exógenos ............................................................ 8

Agentes de transformação do relevo ................................................................................................ 8

Imagem 5 ........................................................................................................................................ 8

Esquema 1: Ilustração de a ação dos agentes da Dinâmica............................................................... 9

3. Conclusão .............................................................................................................................. 10

4. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 11

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1. Introdução

Ao observar as diferentes paisagens do nosso planeta, podemos fazer, entre outras constatações, a
verificação óbvia de que o relevo terrestre apresenta diferentes formas ao longo de sua extensão.
Essa dinâmica está associada ao fato de o relevo estar sempre em processo de transformação,
causada principalmente por uma série de elementos naturais, que são chamados de agentes de
transformação do relevo, neste trabalho será desenvolvido o tema de agentes internos e externos na
origem e modelação do relevo, os agentes que influenciam na origem e modelação do relevo são o
vento, a agua e muitos outros que neste trabalho irão se abordar.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Analisar os agentes internos e externos que dão origem e modelam o relevo.
1.1.2. Específicos
Conceito de relevo;
Caracterizar os agentes internos e externos da modelação do relevo;
Explicar os agentes internos e externos da modelação do relevo.

1.2.Metodologias

A realização do presente trabalho delineou-se segundo a modalidade da pesquisa bibliográfica, esta


pesquisa sendo bibliográfica foi feita a partir do estudo de artigos e revistas que abordam os temas
que foram pesquisados, por meio deles, o aporte teórico foi produzido.
Este trabalho está estruturado em introdução (objectivos e metodologias usadas), desenvolvimento,
conclusão e referências bibliográficas.

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2. Agentes internos e externos na origem e modelação do relevo
2.1.Conceito de relevo

O relevo corresponde ao modelado da superfície terrestre. Camargo (2000)

O autor acima diz ainda que o relevo é formado a partir da atuação de fatores ou agentes exógenos
(externos), responsáveis pelo intemperismo físico e químico-biológico e também pela erosão, e
pelos agentes endógenos (internos), que dizem respeito às forças de soerguimento e rebaixamento
de áreas, bem como vulcanismo e pressões magmáticas.

O relevo é a expressão e a modelagem da superfície terrestre, um resultado de uma infinidade de


acontecimentos que marcaram a história geológica da Terra, que se encontra em constante
dinamismo e transformação. Assim, ele expressa a sua história pelos seus desníveis, suas diferenças
de altitudes, suas fisionomias e todos os elementos que compõem e dão forma às paisagens.
Para melhor compreendermos a estrutura da superfície, foi elaborada uma classificação responsável
pela divisão do modelado terrestre em quatro diferentes formas de relevo, a saber: montanhas,
planaltos, planícies e depressões. Essas tipificações são importantes não apenas para o entendimento
do meio natural, mas da sua influência sobre as atividades humanas.
O solo representa a camada superficial da crosta terrestre, na qual nós vivemos e onde se acham
fixados os vegetais. Essa camada constitui o relevo ou modelado terrestre.
O relevo compreende também uma parte situada abaixo do nível do mar, encoberta pelas águas.
Relevo é um conjunto de acidentes, irregularidades ou desnivelamentos na superfície da crosta
terrestre. Camargo (2000)
É chamado de relevo terrestre ou positivo, quando se encontra acima do nível do mar; é
denominado relevo submarino ou negativo, quando se acha abaixo do nível do mar.
O relevo terrestre atual é, porém, apenas uma fase da longa evolução de que resultou o modelado
terrestre. Isto porque a natureza está em permanente alteração e quase sempre são muito lentas as
mudanças que nela se operam. É necessário que decorram milhares de anos para que se notem as
modificações naturais do relevo.
2.2.Agentes modeladores do relevo
O relevo terrestre, apesar de aparentemente estático, é dinâmico e está em constante transformação.
Abreu (1983)
Tal dinâmica deve-se aos processos internos e externos que contribuem para que essa dinâmica
aconteça, são os agentes transformadores do relevo.

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Os agentes transformadores do relevo são classificados conforme a origem de suas ações,
aqueles que atuam abaixo dos solos são chamados de agentes endógenos ou internos e
aqueles que atuam sobre a superfície são chamados de agentes exógenos ou externos. Abreu
(19983)

A Terra é mais antiga do que muitos imaginam: possui entre 4 e 5 bilhões de anos! Assim, é
possível perceber que, em relação à idade do planeta em que vivemos, os seres humanos são muito
recentes.

Por isso, é comum termos a ideia de que o relevo é estático, de que determinada montanha ou vale
sempre existiram. Só que não é bem assim.

Com o tempo, o relevo sofre diversas alterações, o que faz cadeias montanhosas e outros tipos de
relevo surgirem e desaparecerem constantemente.

Essas mudanças acontecem por causa da ação dos agentes modeladores de relevo, que podem ser de
natureza interna ou externa.

2.3.Agentes endógenos ou internos

Na luz de Araújo (2008) os chamados agentes formadores de relevo internos, ou endógenos, são
classificados em três tipos: vulcanismo, abalos sísmicos e tectonismo.

Abalos sísmicos: estão diretamente ligados à dinâmica tectônica. São gerados pelo movimento
agressivo das massas da crosta interior da Terra ou do manto terrestre, resultante de abruptas
acomodações das camadas rochosas. Araújo (2008)

Podem ser resultantes do choque entre duas placas que se encontram (movimentos convergentes),
do afastamento entre elas (movimentos divergentes) ou quando placas vizinhas movimentam-se
lateralmente, raspando uma na outra (movimentos transformantes).

Vulcanismo: são atividades de erupção do magma localizado no interior da Terra em direção à


superfície. Araújo (2008)

Esse material quente e pastoso costuma encontrar brechas para a sua ascensão nas zonas de
encontro entre duas placas tectônicas, onde existem falhas e fraturas que permitem a sua passagem.

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Dos agentes endógenos de transformação do relevo, o vulcanismo é o que provoca mudanças na
superfície de forma mais rápida, através da ação do magma sobre os solos, mas também atua de
forma lenta, durante a formação dos próprios vulcões, o que leva milhares de anos para acontecer.

Geralmente, os solos localizados em regiões vulcânicas, ou cuja origem remonta a atividades


vulcânicas em tempos pretéritos, costumam ser extremamente férteis, em virtude da quantidade de
minerais que são liberados durante as erupções.

Tectonismo: Também chamado de diastrofismo, é todo e qualquer movimento realizado a partir de


pressões advindas da região localizada sobre o magma da Terra. Araújo (2008)

Aqueles processos de duração longa (sob o ponto de vista do tempo geológico) são chamados
de epirogênese e aqueles de curta duração são chamados de orogênese.

Dentre as paisagens formadas pelo tectonismo, temos as montanhas, as cordilheiras, os vulcões e


todas as paisagens que, posteriormente, são novamente modificadas pelos agentes externos de
transformação do relevo.

Imagem 1

Cordilheira do Himalaia – conjunto de cadeias montanhosas onde se encontram as maiores altitudes do mundo

O tectonismo é o agente transformador de relevo responsável pelo surgimento de cordilheiras,


montanhas e vulcões.

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2.4.Agentes exógenos ou externos

Os agentes formadores de relevo externos são ação de elementos que estão fora da superfície
terrestre, como a água, os ventos, os seres vivos, entre outros. Esses agentes causam erosão e
sedimentação do solo. Embrapa (1999)

Os Agentes externos ou exógenos, também chamados de esculpidores, são responsáveis


pela erosão (desgaste) e sedimentação (deposição) do solo. Embrapa (1999)

Eles são ocasionados pela ação de elementos que se encontram sobre a superfície, como os ventos,
as águas e os seres vivos.

O agente externo mais atuante sobre a transformação dos solos é a água, seja de origem pluvial
(chuvas), seja de origem fluvial (rios e lagos), ou até de origem nival (derretimento do gelo).
Penteado (1978)

A ação das águas também pode ser dividida em fluvial, marinha e glacial. A água provoca
transformação e modelagem dos solos e contribui para a formação de processos erosivos.

A erosão pluvial ocorre pela ação das águas da chuva, que contribuem para o processo
de lixiviação (lavagem da camada superficial) dos solos. Forma também alguns “caminhos”
ocasionados pela força das enxurradas. Penteado (1978)

Quando mais profundos, esses caminhos podem contribuir para a formação de ravinas (erosões mais
profundas) e voçorocas (quando a erosão é muito grande ou quando ela atinge o lençol freático).

A erosão fluvial acontece pela ação dos cursos d’água sobre a superfície, modelando a paisagem e
transportando sedimentos. Penteado (1978)

Podemos dizer que são os próprios rios que constroem os seus cursos, pois ao longo dos anos, as
correntes de água vão desgastando o solo e formando os seus próprios caminhos, que vão se
aprofundando conforme a força dos cursos dos rios vai erodindo o solo.

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Imagem 2

Os cursos d’água provocam o desgaste dos solos, formando os seus próprios cursos

A erosão fluvial é causada, também, quando a retirada da mata ciliar provoca danos sobre as
encostas dos rios, que ficam mais frágeis e cedem à pressão das águas.

A erosão marinha é aquela provocada pela ação das águas do mar sobre a superfície, provocando o
desgaste das formações rochosas litorâneas. Penteado (1978)

Tal processo é lento e gradual, contribuindo para a erosão das costas altas (abrasão marinha) e pela
deposição de sedimentos nas costas mais baixas. Contribui também para a modelagem do relevo
litorâneo, com as falésias, restingas, tômbolos e praias.

A erosão glacial é provocada pelo derretimento de geleiras localizadas em regiões montanhosas e


de elevadas altitudes, que formam cursos d’água que modelam a superfície por onde passam.
Penteado (1978)

Outra forma de ação é o congelamento dos solos, que se rompem com a “quebra” das geleiras.

Outro importante agente externo são os ventos, que atuam no relevo também em um processo lento
e gradual, esculpindo as formações rochosas e transportando os sedimentos presentes no solo em
forma de poeira. A ação dos ventos sobre o relevo é também chamada de erosão eólica.

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Imagem 3

Exemplo de formação rochosa esculpida pela ação dos ventos

Além dos processos erosivos, há também o intemperismo, que é resultante da ação de


transformações físicas, químicas e biológicas sobre os solos. Penteado (1978)

Esse processo também é conhecido como meterorização e é responsável pela desintegração e


decomposição dos solos e das rochas.

Imagem 4

Exemplo de intemperismo causado pela ação do clima

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O intemperismo físico é causado pelas variações climáticas, que podem provocar a desintegração
das rochas, algo comum em regiões extremamente secas ou desérticas. Já o intemperismo químico
ocorre em função da ação das águas e da umidade sobre a superfície, ocasionando a destruição da
base original dos solos.

2.5.Diferença entre os elementos endógenos e exógenos

Agentes de transformação do relevo

Imagem 5

O relevo está em constante transformação em função das ações dos diferentes elementos

Apesar de nem sempre percebemos diretamente, o relevo terrestre é bastante dinâmico e está
sempre se transformando. Algumas dessas transformações podem ser mais facilmente
visualizadas, como as erosões; outras já são mais longas e demoram milhares de anos para
acontecer, como a formação de montanhas. Brasil (2006)

Essas transformações acontecem graças aos agentes de transformação do relevo, que são elementos
responsáveis pelas alterações e construções das formas que observamos na superfície terrestre.
Assim, para melhor compreender esses agentes, eles foram divididos em agentes internos ou
endógenos e agentes externos ou exógenos.

Os agentes internos ou endógenos de transformação do relevo são aqueles que surgem ou agem de
dentro da Terra, ou seja, abaixo da superfície. São os terremotos, os vulcanismos e o tectonismo.

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Os agentes externos ou exógenos,, por outro lado, são aqueles que agem acima do relevo, ou seja,
sobre a superfície. São as ações dos ventos, das águas, do intemperismo e dos seres vivos.

Os agentes endógenos atuam graças às fforçasorças exercidas pela movimentação do magma


terrestre, que movimenta os vários “pedaços” que formam a crosta terrestre, chamados
de placas tectônicas.. Assim, graças ao choque e ao afastamento de duas dessas placas, temos
a ocorrência dos vulcões e dos terre
terremotos,
motos, além da formação de montanhas, vales, entre
outras formas de relevo. Brasil (2003)

Já os agentes exógenos “esculpem” as formas de relevo que se formaram e se transformaram ao


longo do tempo. Aquela expressão “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” expressa bem
essa questão. Por exemplo, as águas da chuva, ao escoarem sobre a superfície, “lavam” o solo,
retirando dele algumas de suas camadas, que são transportadas para os rios. Quando não há
vegetação no local, essa enxurrada pode provocar a formação de grandes buracos, chamados
de erosões.

Esquema 1: Ilustração de a ação dos agentes da Dinâmica

Fonte: Internet (2022)

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3. Conclusão

No estudo do relevo leva-se em consideração os aspectos morfológicos e litológicos que adquire a


crosta terrestre, através da atuação de fatores endógenos e exógenos, estes são responsáveis pela
modelagem e estruturação das mais diversificadas formas de relevo existentes na superfície da
Terra. Desde o surgimento do homem, o relevo e o modelado que este assumia sempre chamaram a
sua atenção. A evolução da espécie humana trouxe consigo uma mudança na maneira que o ser
humano via e se relacionava com o relevo. Este, que antes era tido apenas como objeto de
admiração pela sua forma, beleza e imponência, passou a exercer papel fundamental no surgimento
e desenvolvimento das grandes civilizações.

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4. Referências Bibliográficas

Abreu A.A. (1983). A teoria geomorfológica e sua edificação: análise crítica. São Paulo.

Araújo, J. L. L. (2008). Atlas Escolar do Piauí: geo-histórico e cultural. João Pessoa: Editora
Grafset.

BRASIL. (2003). Serviço Geológico do Brasil-CPRM. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do


Brasil: texto, mapas & SIG. Brasília: CPRM- Serviço Geológico do Brasil.

BRASIL. (2006). Serviço Geológico do Brasil- CPRM. Mapa Geológico do Estado do Piauí.

Camargo L.H.R.de. (2000). Análise da relação natureza sociedade e da sua influência na ciência
geográfica. Uberlândia, Sociedade & Natureza, 12(23):147- 165.

Embrapa. (1999). Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de


Solos. Brasília: Embrapa Solos.

Penteado, M. M. (1978). Fundamentos de Geomorfologia. (2ª Ed). Rio de Janeiro: IBGE.

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