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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Critérios primários da Investigação Científica

Nome do estudante: Magalhães Anselmo Alberto

Código do estudante: 708237502

Curso: L. em Ensino de Biologia


Cadeira: MIC I
Ano de Frequência: 1⁰ Ano
Turma: L
Docente: dr. Edson José de A. Rafael

Milange, Junho, 2023

i
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Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª  Rigor e coerência


Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 1

Objectivos ................................................................................................................................... 1

Metodologia ................................................................................................................................ 1

1. Critérios primários da Investigação Científica ....................................................................... 2

1.1. Conceito e Definições .......................................................................................................... 2

1.1.1. Características da uma investigação científica ............................................................ 2

1.2. Tipos de conhecimentos .................................................................................................. 3

1.2.1. Conhecimento científico .............................................................................................. 3

1.2.2. conhecimento teológico (religioso).............................................................................. 4

1.2.3. Conhecimento empírico ............................................................................................... 4

1.2.4. conhecimento filosófico ............................................................................................... 5

1.2.5. Conhecimento táctico .................................................................................................. 5

1.3. Análise textual, análise temática e análise interpretativa ................................................ 6

1.3.1. Análise textual ............................................................................................................. 6

1.3.2. Análise temática ........................................................................................................... 7

1.3.3. Análise interpretativa ................................................................................................... 7

1.4. Método qualitativo, quantitativo e princípios de investigação ........................................ 8

1.4.1. Método qualitativo ....................................................................................................... 8

1.5. Citação directa, indirecta e citação da citação ................................................................. 9

1.5.1 Citação directa ................................................................................................................. 10

1.5.2. Citação indirecta – características .................................................................................. 11

1.5.3. Citação de citação ........................................................................................................... 11

1.6. Os princípios éticos e sua importância numa investigação científica ........................... 11

Conclusão ................................................................................................................................. 13

Referencias bibliográficas ........................................................................................................ 14

iv
Introdução
A pesquisa científica consiste em um processo ordenado e sistemático de análise e estudo.
Tudo isso, através da aplicação de determinados métodos e critérios. Bem como, com o
objectivo de obter conhecimentos ou aumentar o já existente. Em outras palavras, a pesquisa
científica permite que a ciência seja feita por meio dela. Portanto, a pesquisa científica é a
base de muitos outros tipos. Por exemplo, podemos estar interessados em estudar correlações
-correlacionais. Também podemos analisar documentos -documentários. Outra opção é
explorar novos caminhos para estudos -exploratórios- posteriores.
O trabalho comporta como objectivo principal, conhecer os criterios primarios da
investigacao cientifica, nele está complementado com outros objectivos de uma maneira mais
especifica, com o intuito de dar uma finalidade desejada ao tarabalho. No presente trabalho,
começa-se dando conceitos em alguns termos, como investigação e investigação cientifica,
mais adiante desenvolve-se em torno dos tipos de conhecimentos, metodos quali-
quantitativos, citaçães e os princípios éticos e sua importância
A pesquisa científica é necessária para compreender o ambiente que nos rodeia. Baseia-se
principalmente na observação e no método do mesmo nome. Por isso é tão importante, porque
sem ela não existiriam os avanços que conhecemos hoje. Sem ela, o conhecimento que
permitiu o desenvolvimento e o progresso não existiria. Além disso, possui uma série de
elementos que devem ser conhecidos. Isso nos permite estabelecer o protocolo apropriado
para realizá-lo.
De uma forma organizacional, o presente trabalho está organizado desde a introdução,
objectivos, metodologias, desenvolvimento, conclusão e sua devida referência bibliográfica.
Objectivos
Geral
 Conhecer os criterios primarios da Investigacao Cientifica.
Específicos
 Conceituar os termos investigação e investigação científica;
 Identificas os tipos de conhecimentos;
 Caracterizar cada tipo de conhecimento;
 Explicar princípios éticos e sua importância numa investigação científica.

Metodologia

Para a materialização deste trabalho, usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, como


forma de obtenção da informação
1
1. Critérios primários da Investigação Científica
1.1. Conceito e Definições

A palavra ―investigar‖ (do latim investigare), este verbo refere-se à acção de seguir os
vestígios de algo ou alguém.
Para Severino (2001), a investigação científica é ―um método de experimentação matemática
e experimental que consiste em explorar, observar e responder a perguntas que permitirão a
construção e teste de uma hipótese previamente estabelecida‖.
Segundo Demo (1985), a investigação científica consiste em ―um processo ordenado e
sistemático de análise e estudo. Tudo isso, através da aplicação de determinados métodos e
critérios‖.
De acordo com Rudio (1978), a investigação científica é ―a aplicação prática de um conjunto
de processos metódicos de investigação utilizados por um pesquisador para o
desenvolvimento de um estudo‖.
Nesta ordem de ideias, o autor conclui que, uma investigação é a procura de conhecimentos
ou de soluções para certos problemas.

1.1.1. Características da uma investigação científica


Conforme Severino (2001), ―essa forma de fazer ciência e gerar conhecimento possui uma
série de características que devem ser conhecidas‖. Tais como:
 Em primeiro lugar, permite realizar uma metodologia específica - não um método.
Isso permite que o experimento seja replicado e refutado;
 Por outro lado, esses métodos são aceitos pela comunidade científica. Dessa forma,
suas conclusões são válidas. Além disso, é verificável ou replicável;
 É objectivo. Como já dissemos, pela forma como é realizado, reduz ao mínimo a
subjectividade. Isso significa que evita vieses na pesquisa e que, nas mesmas
condições, as mesmas conclusões devem ser tiradas;
 É inovador. Seu objectivo é expandir um conhecimento existente ou gerar um novo.
Portanto, use o passado, mas aprenda com ele no futuro;
 A estrutura onde o conhecimento é criado permite o desenvolvimento de teorias. Por
sua vez, serão publicados na mídia científica e podem ser contrastados ou refutados
por outros especialistas.
Matos e Vieira (2001), dizem que ―entre as principais características do processo de
investigação científica estão as seguintes‖.
 A hipótese deve ser testável, mesmo se o resultado a negue;
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 A pesquisa deve envolver raciocínio dedutivo para incluir premissas verdadeiras para
chegar a uma conclusão lógica e raciocínio indutivo para adoptar uma abordagem
oposta;
 Deve ser composto por uma variável independente, ou seja, não muda, e uma variável
dependente ou variável;
 O processo de experimentação consiste em um grupo experimental que se compara a
um grupo controle.

1.2. Tipos de conhecimentos


A partir das relações que o ser humano estabelece com o meio, surgem diferentes tipos de
conhecimento que o ajudam a compreender (ou tentar entender) os vários fenómenos que o
rodeiam e são observados.
Conforme com Gil (2007), ―esses conhecimentos podem ser classificados em cinco principais
vertentes‖:
 conhecimento científico;
 conhecimento teológico;
 conhecimento empírico’
 conhecimento filosófico;
 conhecimento tácito.
1.2.1. Conhecimento científico
Segundo Severino (2001), ―conhecimento científico é ―a informação e o saber que parte do
princípio das análises dos factos reais e cientificamente comprovados‖.
Descartes (1978), afirma que, ―para ser reconhecido como um conhecimento científico, este
deve ser baseado em observações e experimentações, que servem para atestar a veracidade ou
falsidade de determinada teoria‖.
A razão deve estar atrelada a lógica da experimentação científica, caso contrário o
pensamento se configura apenas como um conhecimento filosófico.
Características
Perlini, Leite e Furini (2007), ―‖as principais características do conhecimento científico são‖:
 sistematização, pois consiste num saber ordenado, ou seja, formado a partir de um
conjunto de ideias que são formadoras de uma teoria.
 verificabilidade. Determinada ideia ou teoria deve ser verificada e comprovada sob a
óptica da ciência para que possa fazer parte do conhecimento científico.

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 falível, isso significa que não é definitivo, pois determinada ideia ou teoria pode ser
derrubada e substituída por outra, a partir de novas comprovações e experimentações
científicas.
Entre outras características inerentes ao conhecimento científico, destaca-se o facto de ser:
 racional, objectivo, factual, analítico, comunicável, acumulativo, explicativo, entre
outros factores relacionados a investigação metódica.
1.2.2. conhecimento teológico (religioso)
Conhecimento religioso (também chamado de conhecimento teológico) é todo conhecimento
baseado em doutrinas sagradas ou divinas.
Segundo Descartes (1978), ―o conhecimento religioso é sustentado pela fé religiosa, ou seja, a
crença de que todos os fenómenos acontecem pela vontade de entidades ou energias
sobrenaturais. Por esse motivo, o conhecimento religioso apresenta explicações dogmáticas
que não podem ser refutadas‖.
Ao redor do mundo, o conhecimento religioso é organizado em diferentes religiões que
possuem seus próprios conjuntos de crenças, rituais e códigos morais, a exemplo do
cristianismo, islamismo, hinduísmo, judaísmo, etc.

Características
 Valorativo: o conhecimento religioso baseia-se em julgamentos subjectivos e não em
fatos e acontecimentos comprovados;
 Inverificável: por lidar com questões espirituais, metafísicas, divinas e sobrenaturais,
o conhecimento religioso não é submetido à verificação científica;
 Infalível: o conhecimento religioso explica os fenómenos e mistérios da vida através
de proposições dogmáticas (verdades absolutas) que não podem ser refutadas;
 Sistemático: independente da religião, o conhecimento religioso é organizado em um
conjunto de regras que se complementam;
 Inspiracional: o conhecimento religioso é baseado em doutrinas e ensinamentos
revelados de forma sobrenatural.
1.2.3. Conhecimento empírico
Conhecimento empírico é uma expressão cujo significado reporta ao conhecimento adquirido
através da observação. É uma forma de conhecimento resultante do senso comum, por vezes
baseado na experiência, sem necessidade de comprovação científica.
Com base no conhecimento empírico pode-se saber que uma determinada acção
provoca uma reacção, sem que, contudo, se saiba qual o mecanismo que leva da acção
à reacção. Exemplo disso foi, durante séculos, o conhecimento de que largado um
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objecto, ele entra em queda livre até que encontre algo que o sustenha, mesmo antes
de ser conhecida a teoria da gravitação.
Sendo o conhecimento empírico adquirido de forma ingénua, através da mera observação e
com base em deduções simples, é por vezes passível de erro. Por exemplo, durante muito
séculos, aceitou-se como fruto do conhecimento empírico que o Sol girava em torno da Terra,
tendo a ciência mais tarde vindo a demostrar que, contrariamente ao que possa indicar a nossa
percepção é, na realidade, a Terra que gira em torno do Sol.

1.2.4. conhecimento filosófico


Conhecimento filosófico é o tipo de conhecimento baseado na reflexão e construção de
conceitos e ideias, a partir do uso do raciocínio lógico em busca do saber.
De acordo Severino (2001), afirmam que
O conhecimento filosófico surgiu a partir do abandono da mitologia como forma de
explicar a realidade. A curiosidade e a vontade de conhecer gerou a necessidade de
desenvolver explicações lógicas e racionais a partir capacidade humana de reflectir e
criar conceitos e ideias.
O conhecimento filosófico utiliza-se da razão, mas dispensa a necessidade da verificação
científica, visto que os seus objectos de estudo são os próprios conceitos.
A principal preocupação do conhecimento filosófico é questionar e encontrar respostas
racionais para determinadas questões, mas não necessariamente comprovar algo. Neste
sentido, pode-se afirmar que este modelo de conhecimento é crítico e especulativo.

Características
 Sistemático: acredita que a base para a resolução das questões seja a reflexão
orientada pela lógica;
 Elucidativo: tenta entender os pensamentos, os conceitos, os problemas e demais
situações da vida que são impossíveis de seres desvendados cientificamente;
 Crítico: todas as informações devem ser profundamente analisadas e reflectidas antes
de serem levadas em consideração;
 Especulativo: as conclusões são baseadas em hipóteses e possibilidades, devido ao
uso de um conhecimento teórico puro.
1.2.5. Conhecimento táctico
A palavra tácito se originou no latim tacitus, que significa "silencioso" ou "não expresso em
palavras".
Conhecimento tácito é um modelo subjectivo e individual de conhecimento, adquirido ao
longo das experiências e vivências particulares de cada pessoa.

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O conhecimento tácito é, portanto, difícil ou impossível de explicar e ensinar para
outras pessoas por métodos didácticos tradicionais. Por se tratar de uma qualidade ou
habilidade individual, o conhecimento tácito só consegue ser retransmitido através do
convívio quotidiano e experimental, ignorando qualquer tipo de explicação
formalizada (Severino, 200, p. 78).
Um exemplo de conhecimento tácito é andar de bicicleta, pois se trata de algo que é
aprendido apenas a partir da experiência e tentativa, sendo desnecessário o uso de instruções
escritas ou orais.
O conhecimento tácito pode ser subdividido em:
 cognitivo e técnico, entende-se todas as habilidades informais do chamado know-
how de cada indivíduo.
 tácito cognitivo é basicamente a percepção de mundo criada por cada pessoa ao longo
dos anos, suas crenças, filosofias, etc.
1.3. Análise textual, análise temática e análise interpretativa
Segundo Severino (2001), ―para analisamos um texto devemos fazer por etapas,
possibilitando por fim, a construção de um raciocínio global, obedecendo a algumas etapas de
análises‖:
1.3.1. Análise textual
De acordo com Demo, P. (1985), ―é a primeira forma de aproximação do leitor com o texto,
por meio do qual o pensamento do autor será conhecido. Visa preparar para a análise temática
(etapa subsequente)‖.
Passos
 Estabeleça a unidade de leitura. Pode ser o capítulo de um livro, uma parte deste
capítulo ou até um parágrafo;
 Leia a unidade de leitura do começo ao fim, sem se preocupar em desenvolver ser uma
leitura profunda, ou exaustiva em termos de compreensão);
 Assinale as dúvidas, os vocábulos desconhecidos e pontos que requerem posteriores
esclarecimentos que possam prejudicar a compreensão do pensamento do autor. Nesse
momento, a descoberta de pontos de dúvidas é mais importante que a própria
compreensão em si;
 Após a primeira leitura, procure solucionar as dúvidas assinaladas, buscando conhecer
o sentido dos termos desconhecidos e verificar o seu significado no contexto;
 Informe-se melhor a respeito do autor, isto é, sobre sua vida, obra, formação e outros
aspectos relevantes;
 Crie um esquema provisório do que foi estudado.

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1.3.2. Análise temática
Severino (2007), diz que ―a compreensão profunda do texto: não cabe aqui ainda a
interpretação, mas a apreensão. Nessa etapa o leitor não discute o texto, não debate seus
conceitos ou ideias, somente interroga-o e aguarda resposta = Escutar + descoberta e
reflexão‖.
A ideia central do texto é o elemento a ser descoberto pelo leitor nessa etapa. Ela é a directriz
do trabalho do autor. Para descobrir a ideia central, deve-se perguntar: do que trata o texto? O
que mantém sua unidade global?
Passos
 Procure captar qual é o problema que motivou o autor a escrever ao texto;
 Descubra como o autor aborda o tema e expõe sua problemática, como fundamenta
sua argumentação e em que baseia sua conclusão;
 Perceba o processo de raciocínio do autor = perceber a coluna vertebral do texto;
 Verifique se houve compreensão do que o autor considera como essencial;
 Identifique ideias secundárias ou complementares. Elas integram a argumentação;
 Avalie a capacidade de estabelecer com segurança o esquema definitivo do
pensamento do autor.
É através do raciocínio que o autor expõe, passo a passo, seu pensamento e
transmite a mensagem. O raciocínio, a argumentação, é o conjunto de ideias e
proposições logicamente encadeadas, mediante as quais o autor demonstra sua
posição ou tese. Estabelecer o raciocínio de uma unidade de leitura é o mesmo
que reconstruir o processo lógico, segundo o qual o texto deve ter sido
estruturado (Rudio, 1978).
1.3.3. Análise interpretativa
Segundo Severino (2007), define que:
Interpretar é tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas, é superar a
estrita mensagem do texto, é ler na entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é
explorar a fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las com outros, é dialogar com o
autor (p.94).
Nas etapas anteriores o leitor foi ouvinte. Nessa etapa, ele cuidará da interpretação do texto,
inferindo e interpretando o que apreciou.
Passos
 Relacione as ideias expostas pelo autor com o contexto da cultura científica e
filosófica, recorrendo a outras fontes;
 Descubra como o texto em questão está relacionado com o restante da obra do autor (a
que corrente filosófica o autor está associado, se sua contribuição é original);

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 Procure ler o que se encontra nas entrelinhas = descobrir e inferir o que está implícito
no texto e que serviu de base para o autor fundamentar seu raciocínio;
 Adopte uma posição pessoal fundamentada em relação ao texto estudado, procurando
apoiar-se em argumentos válidos, lógicos e convincentes (atitude científica de
julgamento);
 Elabore um resumo crítico do estudo.
1.4. Método qualitativo, quantitativo e princípios de investigação
1.4.1. Método qualitativo
Segundo Creswell (2014), ―é um conjunto de praticas que transformam o mundo visível em
dados representativos, incluindo notas entrevistas, fotografias, registos e lembretes.
O método qualitativo se preocupa com a qualidade dos dados da pesquisa. As pesquisas que
usam métodos qualitativos buscam explicar o porque das coisas.
O conceito de Minayo (2001), deixa claro a ideia de que, ―pesquisa qualitativa trabalha com o
universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a
um espaço mais profundo das relações, dos processos e de fenómenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis‖.
De uma forma objectiva , a pesquisa qualitativa busca produzir informações
aprofundadas e ilustrativas. Independente do tamanho da amostra, seja pequena ou
grande, o que importa é que seja capaz de produzir novas informações. A pesquisa
qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser
quantificados, centrando-se na compreensão e na explicação da dinâmica das relações
sociais (Minayo, 1994).
Isto quer dizer que é capaz de identificar e analisar dados que não podem ser mensurados
numericamente.
Características
Conforme explicam Gerhardt e Silveira (2009), ―as características da pesquisa qualitativa
são‖:
 Objectivação do fenómeno;
 Hierarquização da acções de descrever, compreender, explicar, precisão das relações
entre o global e o local em determinados fenómenos;
 O observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural;
 Respeito ao carácter interactivo entre os objectivos buscados pelos investigadores,
suas orientações teóricas e seus dados empíricos;
 Busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que
defende um modelo único da pesquisa para todas as ciências.

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Em fim, utiliza-se método qualitativo para compreender os motivos e os comportamentos dos
fenómenos.
Método quantitativo
De acordo com Gil (2007), ―os métodos quantitativos são aqueles que empregam a
quantificação tanto na colecta de informações, quanto no tratamento delas por meio de
técnicas estatísticas‖ (p. 65).
Os métodos de pesquisa quantitativa, são geralmente implementados para concluir
uma relação entre duas ou mais variáveis dentro de um publico-alvo. Pra um
pesquisador , a pesquisa quantitativa é um processo em que se utiliza lógica, algum
tipo de softwere, etc.. As conclusões de uma investigação baseiam-se principalmente
no facto de que a maioria dos membros de uma população possui características
semelhante (Severino, 2007, p. 31).
A pesquisa quantitativa é normalmente derivada de uma hipótese que será testada. Os cálculos
estatísticos resultarão em um valor que dada a interpretação do(a) pesquisador(a), pode
validar ou não a hipótese da pesquisa.

Características
Conforme Creswell (2014), ―as principais características da pesquisa quantitativa são‖:
 Tem como principal objectivo investigar um fenómeno em amplitude;
 O viés do(a) pesquisador(a) é diminuído através dos tipos de dados colectados e das
técnicas de analise aplicadas;
 Baseada no raciocínio dedutivo ou seja, você somente desenha conclusões explicitadas
nos resultados;
 Permite a generalização dos resultados para uma população, quando utiliza as técnicas
de analise da estatística inferencial;
 Baseia-se sempre em população e amostra definidas.
1.5. Citação directa, indirecta e citação da citação
Segundo Rudio (1978), ―uma citação é uma forma abreviada de fazer referencia no texto a
conteúdo de outro autor e deve conter toda a informação necessária para permitir uma
correspondência inequívoca entre si e as respectivas referencias bibliográficas no final do
documento.
Para Gil (2007), ―pode-se considerar três tipos de citações‖:
 Directa;
 Indirecta;
 Citação de uma citação.

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1.5.1 Citação directa
Esse tipo de citação ocorre quando o autor copia o texto de forma integral, exactamente igual
ao texto de origem.
Deve-se citar o ultimo nome do autor, o ano em que a obra foi publicada e o numero da
página de onde a citação foi retirada. Essas informações devem aparecer separadas por
vírgula.
Exemplo:
Pois, ―onde quer que o escravismos se tenha implantado constatamos o surgimento de
comunidades formadas por escravos fugidos de seus senhores‖ (Guimaraes, 1996, p.142).
Segundo as normas APAs, nestes casos tendo em conta a extensão do texto transcrito, são
aplicadas as seguintes regras:

Citações curtas
 esta define a transcrição litoral do texto do documento consultado que não excede as
40 palavra;
 a transcrição é inserida no próprio texto, entre aspas;
 deve incluir a indicação da página entre parênteses (p.) ou o intervalo das páginas
(pp.).
Exemplo:
Segundo Descartes (1978), afirma que, ―para ser reconhecido como um conhecimento
científico, este deve ser baseado em observações e experimentações, que servem para atestar a
veracidade ou falsidade de determinada teoria‖.
Citações longas
 a citação directa longa define a transcrição litoral do texto do documento consultado
com mais de 40 palavras;
 sem aspas nem itálico;
 a transcrição é destacada do texto com avanço da mensagem esquerda com (1.25 cm)
para todas as linhas com espaçamento duplo entre linhas;
 deve incluir a indicação da página (p.) ou intervalo das páginas (pp.).
Exemplo:

Segundo Severino (2007), define que:


Interpretar é tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas, é superar a
estrita mensagem do texto, é ler na entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é
explorar a fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las com outros, é dialogar com o
autor (p.94).

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1.5.2. Citação indirecta – características

 a reprodução da ideia de outros autores por palavras próprias e diferentes dos mesmos
designa-se citação indirecta;
 o rescrever de uma ideia de um autor por palavras nossas é o tipo de citação que é
usada com mais frequência ao longo de um documento;
 após a leitura e a analise de um documento, a transcrição do conhecimento do autor
deste documento no texto que se encontra a redigir deve ser sempre acompanhada dos
devidos créditos ao autor do documento consultado;
Segundo as normas APAs, transcrição do conhecimento dos autores dos documentos
consultados deve ser sempre acompanhada da citação ao mesmo, ou seja, a referencia em
texto ao apelido do autor, ano de publicação e a localização (páginas).

1.5.3. Citação de citação


Segundo Severino, (2001), citação de citação é:
Quando se insere no texto ideias de uma pessoa autora que foram encontradas em
outra fonte de pesquisa. Ou seja, você não tem acesso à fonte original da ideia, apenas
tem acesso a uma outra pessoa que escreve sobre aquelas ideias.
Como fazer citação de citação?
Para fazer uma citação de citação você deve fazer a referencia da fonte original da ideia
seguido + apud (quer dizer ―citado por‖) +referencia da fonte que você teve acesso.
Exemplo:
De acordo com Marianne Willianson (apud Hooks, 2021), ―dizem-no que esses problemas são
secundários ou que seria muito custoso conserta-los – como se o dinheiro fosse o mais
importante. A ganância é considerada legitima, agora, enquanto o amor fraternal não é‖.

1.6. Os princípios éticos e sua importância numa investigação científica


De acordo com Demo (1985), ―a ética em pesquisa se baseia nos três princípios fundamentais
abaixo‖:
 Respeito pelas pessoas
 Beneficência
 Justiça
Estes princípios são considerados universais — são aplicáveis em qualquer lugar do mundo.
Estes princípios não têm fronteiras nacionais, culturais, legais ou económicas. Todas as partes
envolvidas em estudos de pesquisa com humanos devem entender e seguir esses princípios.
Minayo (1994), salienta que:

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Embora estes princípios sejam universais, a disponibilidade dos recursos necessários
para manter estes princípios durante todo o processo de pesquisa não é universal, nem
distribuída equitativamente. Por exemplo, os recursos financeiros disponíveis para um
comité de ética ou um conselho consultivo comunitária podem ser limitados.
Entretanto, esses princípios devem guiar o pensamento e comportamento de todos os
indivíduos envolvidos no planejamento, condução e patrocínio da pesquisa que envolva
participantes humanos, independente das limitações.
Para Minayo (2001):
Os investigadores devem funcionar dentro de uma ética de respeito por todos os
envolvidos, directa ou indirectamente, na investigação, sejam eles indivíduos humanos
singulares, grupos ou organizações‖. A adesão a uma ética de respeito implica que os
envolvidos, sem excepções ou preconceitos, sejam tratados de forma justa, com
sensibilidade e dignidade.
Dai que, traduz-se nas responsabilidades que se passa a enunciar:
 Consentimento voluntário informado - O respeito pelos participantes encontra no
quesito do consentimento voluntário informado um princípio fundamental a ser
respeitado;
 Direito de retirada - Os investigadores informam os participantes que em qualquer
momento se podem retirar da investigação e respeitam tal direito;
 Evitar dano - Os investigadores devem procurar assegurar o menor desconforto,
constrangimento, sobrecarga possíveis aos participantes na investigação;
 Incentivos - A eventual decisão de uso de incentivos à participação deve ser objecto de
séria ponderação, de modo a que tal opção não implique efeitos indesejáveis o
 Confidencialidade/Anonimato - Os investigadores devem respeitar os direitos dos
participantes à sua privacidade, garantindo os seus direitos de confidencialidade e
anonimato;
 Divulgação - Os investigadores devem informar os participantes sobre os resultados da
investigação em que estiveram envolvidos, pelos meios que se lhes afigurem
adequados.

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Conclusão
Depois de mui trabalho levado acabo ao longo do conteúdos desenvolvidos, concernentes aos
criterios primarios da Investigacao Cientifica, concluiu-se que a investigação científica é a
aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de investigação utilizados por um
pesquisador para o desenvolvimento de um estudo. Nesta ordem de ideias, o autor conclui
que, uma investigação é a procura de conhecimentos ou de soluções para certos problemas.
No que diz respeito tipos de conhecimento, concluiu-se também que, A partir das relações que
o ser humano estabelece com o meio, surgem diferentes tipos de conhecimento que o ajudam
a compreender (ou tentar entender) os vários fenómenos que o rodeiam e são observados.
Esses conhecimentos podem ser classificados em cinco principais vertentes: conhecimento
científico, conhecimento teológico, conhecimento empírico, conhecimento filosófico,
conhecimento tácito. Para citações, entendeu-se que, uma citação é uma forma abreviada de
fazer referencia no texto a conteúdo de outro autor e deve conter toda a informação necessária
para permitir uma correspondência inequívoca entre si e as respectivas referencias
bibliográficas no final do documento, e que existem três tipos de citações, sendo directa,
indirecta e citação de uma citação.
Em relação aos princípios éticos, concluiu-se que Os investigadores devem funcionar dentro
de uma ética de respeito por todos os envolvidos, directa ou indirectamente, na investigação,
sejam eles indivíduos humanos singulares, grupos ou organizações‖. A adesão a uma ética de
respeito implica que os envolvidos, sem excepções ou preconceitos, sejam tratados de forma
justa, com sensibilidade e dignidade.

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