Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3. Conclusão ............................................................................................................................ 8
1. Introdução
O conceito de participação política é extremamente complexo porque inclui, ou leva em
consideração, uma variedade enorme de atividades e práticas que estão orientadas para a
política. Definição mínima de participação política: ação de indivíduos e grupos com a
finalidade de influenciar o processo político. Com base nessas considerações preliminares, o
objectivo deste trabalho é levar ao conhecimento dos estudantes as formas mais comuns de
participação política que existem, bem como o entendimento das hipóteses que ajudam a
explicar as razões que inibem ou estimulam os cidadãos a participarem da política da forma
como o fazem.
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender sobre a participação política.
1.1.2. Específicos
Definir o conceito de participação politica;
Identificar os tipos de participação política;
Explicar a causalidade da participação política.
1.2.Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza
como base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses, assim
como também materiais disponíveis na internet.
4
2. Participação política
2.1. Noção de participação política
Conforme o contexto histórico, social e político, a expressão “participação política” se presta a
inúmeras interpretações. Se considerarmos apenas as sociedades ocidentais que consolidaram
regimes democráticos, por si só, o conceito pode ser extremamente abrangente.
A participação política designa uma grande variedade de atividades, como votar, se candidatar
a algum cargo eletivo, apoiar um candidato ou agremiação política, contribuir financeiramente
para um partido político, participar de reuniões, manifestações ou comícios públicos, proceder
à discussão de assuntos políticos etc. De acordo com Silveira (2018), o conceito de participação
política obedece duas dimensões, nomeadamente: dimensão objectiva e dimensão subjectiva.
Na dimensão objectiva, a participação política implica acções concretas por parte dos indivíduos
face ao sistema político. Baseia-se no comportamento. Por outro lado, na dimensão subjectiva
a participação política implica predisposições para a acção por parte dos indivíduos face ao
sistema político. Baseia-se nas atitudes (Silveira, 2018, p. 27).
Em relação ao campo da cultura política, Almond & Verba (1989, cit. em Silveira, 2018)
definiram três dimensões da cultura política:
Nesta concepção, mais importante do que a acção (participação efectiva), a participação política
exprime as atitudes face à acção (participação latente). Até porque esta define em grande
medida aquela. Entretanto, a participação política pode ser compreendida como sendo o
conjunto de acções e de comportamentos que aspiram a influenciar de forma mais ou menos
directa e mais ou menos legal as decisões de detentores do poder no sistema político (Silveira,
2018).
Estes são alguns exemplos de formas de participação política activa (ou seja, participação
política numa perspectiva objectiva). Numa perspectiva subjectiva, seria igualmente
participação o apoio.
Existe cada vez mais um esbatimento entre a participação convencional e não convencional,
sendo esta integrada institucionalmente e encarada como natural. Alguns autores falam por isso
apenas em “velhas” e “novas” formas de participação política, sendo as novas caracterizadas
por uma maior espontaneidade, cariz mais directo e maior visibilidade social.
Mas mesmo esta visão da participação política limitada ao voto, acaba na prática por envolver
outros tipos de participação associada às eleições: angariação de financiamento e de pessoas
para fazer campanha; procura de informação sobre candidatos; discussão de propostas eleitorais;
juízo de avaliação dos incumbentes e dos novos candidatos; etc (Silveira, 2018, p. 28).
Esta é a centralidade da participação eleitoral: ela desperta outros tipos de participação política.
No entanto, vários estudos empíricos têm vindo a registar um aumento recente significativo da
participação não convencional (e um decréscimo acentuado da participação convencional).
L. Milbrath distingue entre três tipos de participantes: gladiadores, espectadores e apáticos. “Os
termos gladiadores, espectadores e apáticos foram tirados de uma analogia com os papéis
desempenhados numa competição de gladiadores romanos. Um pequeno grupo de gladiadores
luta para agradar os espectadores, que por sua vez torcem, batem palmas e finalmente votam
para decidir quem ganhou a batalha (eleição). Os apáticos nem assistem ao show” (Silveira,
2018, p. 29).
A distribuição pela sociedade americana (anos 60) era a seguinte: gladiadores (7%);
espectadores (60%); apáticos (33%). Outra classificação é a de Kaase e Marsh (1979):
orientação afectiva (atracção ou repulsa) que, quando existe, faz o indivíduo envolver-se mais
(Silveira, 2018, p. 30).
3. Conclusão
Conclui-se que, o conceito de participação política obedece duas dimensões: objectiva e
subjectiva. Na dimensão objectiva, a participação política implica acções concretas por parte
dos indivíduos face ao sistema político. Baseia-se no comportamento. Por outro lado, na
dimensão subjectiva a participação política implica predisposições para a acção por parte dos
indivíduos face ao sistema político. Baseia-se nas atitudes. Entretanto, a participação política
pode ser compreendida como sendo o conjunto de acções e de comportamentos que aspiram a
influenciar de forma mais ou menos directa e mais ou menos legal as decisões de detentores do
poder no sistema político.
Quanto ao tipo de participação politica existem tres tipos que são: Participação convencional:
tipo de participação política típica de um sistema político democrático, ligada às eleições.
Relacionada com a estabilidade. Participação não convencional: tipo de participação política de
protesto quanto ao funcionamento de um sistema político, sendo os meios de protesto legais ou
no limite da lei. Relacionada com a mudança. Participação ilegal: tipo de participação política
de protesto quanto ao funcionamento de um sistema político, sendo os meios de protesto
contrários à lei. Relacionada com a ruptura.
9
4. Referências Bibliográficas
Dallari, Dalmo de Abreu. (2004). O que é participação política. São Paulo: Brasiliense.