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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA

LUIZA FERNANDES DUTRA DE ARAUJO

PROJETO DE ENSINO
EM LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Belo Horizonte
2022
LUIZA FERNANDES DUTRA DE ARAUJO

PROJETO DE ENSINO
EM LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA

Projeto de Ensino apresentado à Faculdade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial à
conclusão do Curso de Licenciatura em
Sociologia.

Docente supervisor: Prof. Daniel Saebe

Belo Horizonte
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
1 TEMA........................................................................................................................ 4
2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................5
3 PARTICIPANTES..................................................................................................... 6
4 OBJETIVOS..............................................................................................................7
5 PROBLEMATIZAÇÃO.............................................................................................. 8
6 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................9
7 METODOLOGIA..................................................................................................... 14
8 CRONOGRAMA..................................................................................................... 15
9 RECURSOS............................................................................................................16
10 AVALIAÇÃO..........................................................................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................18
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INTRODUÇÃO

Ano de eleições e eu não poderia deixar de passar a oportunidade de produzir


um Projeto de Ensino que gere uma reflexão sobre política. A ideia desse projeto é
trabalhar todo o eixo temático de Política e Sociedade, mesmo sabendo que a
proposta é abordar apenas um dos temas dentro desse eixo.
Em um primeiro momento, proponho buscar dos alunos seus conhecimentos
em relação à política, o que eles entendem que seja, o que são escolhas políticas e
onde ela se realiza, o que política tem a ver com ética e porque é importante. O que
se espera desse levantamento é que seus conhecimentos sejam muito parecidos
com o que encontramos no senso comum. Após aulas expositivas, proponho a
realização de uma Batalha de Conhecimento, na qual os alunos devem expor como
eles enxergam a sua realidade na forma de poesia falada. Em uma Batalha de
Conhecimento, os Mestres de Cerimônias normalmente falam da realidade da
periferia, temas como racismo, feminismo, desemprego, violência. Ao falar de sua
realidade, sugiro aos alunos que a relacionem com os elementos estudados.
Em um outro momento, proponho a escuta de uma música do MC Garden,
“Cadê o Gigante?”, de 2016. A música é do gênero funk consciente e trata das
manifestações de junho de 2013, movimento importante para se entender a política
atual. A partir da música, podemos abordar a organização do governo e participação
política. A avaliação consiste em pesquisar diferentes formas de organizar o governo
e, a partir da forma de governo pesquisada, criar um candidato político fictício que
defenda aquelas ideias.
O objetivo desse Projeto de Ensino é abarcar o conteúdo de política proposto
para o ensino médio com ferramentas bem próximas da realidade do aluno.
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1 TEMA

No Brasil tem um dito popular de que “religião, política e futebol não se


discutem”. Nele se traz o entendimento de que os indivíduos possuem crenças
políticas que não podem ser questionadas por quem pensa diferente. Além
disso, no entendimento do senso comum, política abarca somente os políticos e
o conjunto de atividades exercidas pelo Estado, como se fosse apartada do
nosso dia a dia. Porém, esse é apenas um de seus diversos significados.
Podemos considerar que a política ocidental se iniciou na Grécia antiga,
onde surgiram filósofos que questionaram e analisaram o mundo ao redor,
atentando para o modo como organizamos a sociedade. Essas questões eram
consideradas parte da filosofia moral ou ética, na qual a sociedade deveria ser
estruturada não somente para garantir a felicidade e segurança das pessoas,
mas capacitá-las a uma vida com dignidade. Cada cidade-Estado grega, com
seus costumes e suas leis, possuía seu governante que tomava as decisões
sem contestação. Aos poucos, os conflitos entre diferentes setores da sociedade
provocaram mudanças na forma de organização dessas cidades. Foram criadas
assembleias e outras instituições que reuniam os cidadãos para discutir os
interesses da comunidade. Dessa forma, atribuímos aos gregos a invenção da
política tal como concebemos hoje.
A importância desse projeto é que os alunos percebam que a política está
presente em nosso cotidiano e se relaciona com os problemas que surgem na
relação entre indivíduos. A atividade política é uma forma de relação que exige
negociação e discussão entre os indivíduos, a fim de encontrar soluções aos
diferentes interesses das pessoas. Assim, é necessário construir argumentos
que justifiquem determinadas escolhas.
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2 JUSTIFICATIVA

Em 2018, houve o menor número de eleitores jovens no Brasil desde


2002. O voto é facultativo entre pessoas de 16 e 17 anos e essa queda de
eleitores jovens demonstra a perda de interesse dessa parcela da população no
processo eleitoral. Essa situação é apenas um exemplo de um processo mais
amplo que é a chamada negação da política, expressão utilizada para descrever
o crescente desinteresse de setores da sociedade na participação da política
tradicional, por meio de eleições, organização de partidos e associações
políticas e até mesmo no envolvimento direto na construção da democracia.
A política está em toda parte e todos podem exercê-la. Quando os
indivíduos perdem o interesse na política e deixam de participar do processo,
abrem caminho para que pequenos grupos ou setores da sociedade se
apropriem do discurso político e passam a tomar decisões de forma autoritária, e
essas decisões afetarão a vida de todos.
Trazer o conteúdo da disciplina para a realidade do jovem facilita a
aprendizagem dos conjuntos de conhecimentos básicos para a formação do
aluno. A introdução à política faz parte da Base Curricular Comum do Ensino
Médio para trazer aos estudantes a reflexão de que tomamos decisões políticas
no nosso dia-a-dia.
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3 PARTICIPANTES

O projeto elaborado se destina aos alunos do 1º ou 3º ano do ensino


médio, uma vez que o conteúdo está previsto na PCN+ Ciências Humanas e é
sugerido para essa faixa etária. Uma introdução à política no ensino médio é
importante, uma vez que esses alunos são os jovens que poderão votar nas
eleições próximas.
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4 OBJETIVOS

Os objetivos a serem alcançados são muitos devido a amplitude e


ambição desse projeto. O principal objetivo é contextualizar, compreender e
analisar criticamente o que é política, quem são os autores envolvidos na política
e o que é uma atividade política no cenário brasileiro. Para isso, é necessário
que o aluno consiga identificar as diferentes ideologias de cada um dos grupos
presentes na sociedade brasileira, avaliar as formas e sistemas de governo,
reconhecer uma atividade política e compreender as diferentes formas de se
entender cidadania.
Além desses objetivos, o projeto também busca desenvolver várias das
competências e habilidades previstas na Base Nacional Curricular Comum.
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5 PROBLEMATIZAÇÃO

A questão identificada, e que reitera a importância desse projeto, é que


atualmente há um movimento de negação da política. Cientistas políticos formulam
diferentes hipóteses para explicar esse fenômeno, que vem crescendo não só no
Brasil, mas em várias partes do mundo e representa um grave problema social.
Fatos como as crises econômicas e sociais provocando o aumento da
pobreza e da desigualdade social, os escândalos de corrupção e a incompetência
dos governantes na resolução de problemas podem explicar a desconfiança e a
insatisfação dos jovens diante das instituições políticas. Nesse contexto, abre-se
espaço para que grupos questionem a importância da democracia e defendam
ações autoritárias como forma de solucionar os problemas. Assim, o princípio
fundamental da ação política, a de convencer o outro por meio da argumentação, se
perde em discursos intolerantes e ganham força nas redes sociais e em espaços
cotidianos.
A desconfiança em relação à política ainda é acompanhada da perda de
credibilidade dos meios de comunicação tradicionais e abre caminho para a
disseminação de fake news, que enfraquece o dialogo uma vez que as notícias
falsas não são baseadas em fatos.
É muito importante problematizar a questão da negação política, assim como
a desconfiança em relação à democracia, porque é só a partir da construção coletiva
de soluções políticas que os problemas sociais do presente poderão ser resolvidos
de maneira que atenda aos interesses e às necessidades de todos.
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6 REFERENCIAL TEÓRICO

Um elemento essencial para se entender política é o estudo da


organização do Estado. Segundo Giddens, existe um Estado onde há um
mecanismo político de governo controlando determinado território. O controle
exercido se legitima com o amparo de um sistema de leis e o uso de uma força
militar. Giddens afirma que as sociedades modernas são estados-nações, nos
quais a maioria da população é composta de cidadãos que se consideram parte
de um mesmo território como uma nação. As principais características de um
estado-nação são:
 Soberania: noção de que o governo possui autoridade, poder legítimo,
sobre uma área que tenha fronteira, dentro da qual exerce seu poder.
 Cidadania: direitos e deveres comuns às pessoas que pertencem a uma
nação.
 Nacionalismo: principal forma de expressão dos sentimentos de
identidade em uma comunidade soberana.
Outro elemento importante é o conceito de governo. Para Giddens,
governo refere-se à representação de políticas, decisões e assuntos de Estado por
meio de um mecanismo político. A política diz respeito aos meios pelos quais o
poder é utilizado para influenciar o alcance e o conteúdo das atividades humanas. O
poder é a habilidade dos grupos fazerem valer suas demandas, interesses e
preocupações, mesmo diante de resistência.
Existem diferentes formas de organização de governo, baseada no
princípio da divisão de poderes. A divisão de poderes foi proposta por Platão com
base nas experiências da sociedade em que viveu. Ao longo da história, foram
criadas outras formas de organização e estabelecidos novos critérios de análise. Os
governos possuem atribuições, criação de leis, administração de tributos e impostos,
aplicação das leis, manutenção da ordem, julgamento do descumprimento das leis,
entre outros, que constituem os poderes de um governo.
A distribuição de poderes da atualidade tem origem no modelo
proposto pelo filósofo francês Montesquieu durante o iluminismo. Para ele, as
atribuições do governo não poderiam se concentrar em um único indivíduo para que
não ocorresse no exercício do governo beneficiar uns em detrimento de outros.
Dessa forma, Montesquieu propôs a distribuição das atribuições do governo em três
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esferas distintas: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, de maneira que fossem
controlados por instituições distintas de modo a promover equilíbrio e evitar abusos.
O Poder Legislativo tem como função a criação de leis e normas que
regulamentam as ações do Estado e a convivência entre os indivíduos. Para atender
todas as pessoas ou um grupo delas, as leis devem ser abstratas, gerais e
impessoais, não atendendo a interesses individuais. No Brasil, o poder legislativo na
esfera federal é exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal. A câmara dos Deputados é formada pelos
Deputados Federais, que são os representantes do povo, enquanto o Senado
Federal é formado pelos Senadores, representantes dos estados.
No âmbito estadual, temos as Assembleias Legislativas, compostas
pelos Deputados Estaduais, que elaboram as leis válidas dentro da unidade
federativa. E na esfera municipal, temos a Câmara dos Vereadores, onde os
vereadores criam leis que se aplicam apenas dentro do município.
O Poder Executivo é responsável por aplicar as leis elaboradas pelo
Poder Legislativo, a fim de governar e administrar o país. É o órgão responsável por
pôr em prática os atos de chefia de Estado, de Governo e de administração. No
Brasil, o Poder Executivo federal é exercido pelo Presidente da República, auxiliado
pelos Ministros de Estado. Nos estados e municípios, o Poder Executivo é exercido
respectivamente pelos Governadores e pelos Prefeitos, auxiliados pelas suas
Secretarias, estaduais e municipais.
Por último, temos o Poder Judiciário, o poder estatal responsável por
exercer a jurisdição, ou seja, a função de solucionar os conflitos de interesses entre
as pessoas. A maneira que o Poder Judiciário exerce sua função é através do
processo judicial, um sistema de resolução de conflitos que envolvem várias etapas
nas quais se tenta descobrir em cada caso qual das partes faz jus ao direito
reivindicado. No Brasil, há uma justiça federal e uma estadual. A justiça federal
concentra os conflitos em que o próprio Estado e os órgãos da administração pública
federal estão envolvido. Na justiça estadual concentram-se as outras demais
causas.
Os poderes do Estado são configurados de acordo com a
organização política adotada em cada Estado, dependendo da sua forma de
governo ou regime político. As formas de governo podem ser a monarquia e a
república. A monarquia é uma forma de governo em que o representante é um único
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indivíduo, normalmente o rei. Na maior parte dos casos, as monarquias são
hereditárias, nas quais o título passa de pai pra filho. A monarquia pode se organizar
em um sistema de governo parlamentar, no qual o rei não concentra todos os
poderes. Nesse sistema, o Parlamento, na maioria das vezes formado por meio do
voto dos cidadãos, passa a controlar o Poder Legislativo. Geralmente, no sistema
parlamentarista, é controlado pelo primeiro-ministro, um membro do parlamento que
pode ser escolhido pelo rei ou pelos parlamentares. O judiciário é independente do
executivo e do legislativo.
Outra forma de governo é a república, na qual o mandatário é
escolhido pelos cidadãos ou seus representantes por meio do voto. As repúblicas
podem ser Parlamentaristas ou Presidencialistas. Na primeira, os cidadãos votam
para escolher os parlamentares, que compõem o poder legislativo. Cabe ao
parlamento a escolha do primeiro-ministro responsável pelo poder executivo. Nesse
sistema de governo, o presidente é o chefe de Estado, sendo seus poderes
limitados. Já na República presidencialista, os cidadãos votam para escolher o
presidente, representando o Poder Executivo, e o parlamento, representando o
Legislativo. Normalmente o judiciário não é escolhido por meio do voto.
Os governos ainda podem ser organizados em regimes, sendo eles
o absolutismo, a democracia e a ditadura. O absolutismo é o regime de governo
muito comum nas monarquias, onde as principais atribuições do governo se
concentram num único indivíduo, geralmente o rei.
Assim como o absolutismo, a ditadura é um regime de governo
autoritário. As ditaduras frequentemente se formam a partir de um golpe de Estado,
quando um grupo derruba os governantes ou subverte as leis com o objetivo de
controlar o governo. Nesse regime, a divisão de poderes deixa de funcionar, uma
vez que o ditador e seus aliados ampliam seus poderes agindo de acordo com seus
interesses. É importante ressaltar que o fascismo é uma forma específica de
ditadura, que surgiu nas primeiras décadas do século XX na Itália e na Alemanha, e
estabelece um controle mais radical sobre os cidadãos. Em um regime fascista, um
grupo passa a controlar o governo de modo a tentar anular todo tipo de oposição e a
perseguir e exterminar grupos vistos como uma ameaça.
Por fim, a democracia é um regime de governo baseado na
participação dos cidadãos nas decisões políticas. Essa participação frequentemente
se dá por meio do voto, do envolvimento nas instituições e organizações sociais e
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pela livre manifestação das ideias. Para assegurar o direito dos cidadãos, uma
democracia se organiza a partir de um sistema de divisão dos poderes, visando
evitar que um indivíduo ou grupo possa exercer suas atribuições de forma
autoritária. O Brasil, se apresenta como uma república presidencialista democrática.
Ao longo do tempo, foram criadas diferentes formas de organização
de governo, o que significa que houve diferentes maneiras de participação política
no decorrer da História. Existem diferentes modos de participar da política, de
acordo com o tipo de governo ou de sociedade. A definição de participação política
envolve distintas possibilidades de intervenção dos indivíduos ou grupos humanos
nas decisões políticas e nas sociedades em que vivem. Uma das formas de
participação política é a representação por meio do voto, na qual os políticos são
eleitos para representar os interesses dos cidadãos. Outra forma de participação
política é a organização da sociedade civil em órgãos estatais, movimentos sociais e
manifestações públicas.
Ao longo do século XX, os jovens se tornaram uma força política
importante, organizando várias ações para influenciar governos e promover
transformações sociais. No Brasil, na segunda década do século XXI, dois
movimentos contaram com a intensa participação dos jovens: as Jornadas de Junho
de 2013 e a mobilização estudantil de 2015.
As Jornadas teve início após o anúncio do aumento das tarifas dos
transportes públicos em diversas cidades brasileiras. Esse episódio fez presente a
articulação de movimentos sociais que lutam pelo direito ao transporte. Esses
movimentos se organizaram nas redes sociais e conquistaram a opinião pública.
Com adesão de grande parte da população, os protestos ganharam força. Grandes
manifestações populares ocorreram nos centros urbanos de várias partes do Brasil.
O movimento acabou extrapolando o objetivo inicial, incorporando pautas variadas.
Já a mobilização estudantil de 2015 ocorreu no estado de São
Paulo, organizada por estudantes de ensino médio e universitários que
questionavam a decisão do governo de promover uma reestruturação do ensino
público paulista. O movimento também utilizou das redes sociais para se organizar,
ocuparam as escolas e expuseram seus argumentos contra a reforma. Apesar das
tentativas violentas do governo de conter o movimento, os jovens conquistaram
amplo apoio de setores da sociedade civil e forçaram a Secretaria de Educação a
rever a reforma.
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7 METODOLOGIA

As metodologias utilizadas para a realização desse projeto se dividem em


dois momentos. Para iniciar o projeto, podemos aplicar a metodologia de um
grupo focal, a fim de investigar o conhecimento prévio dos alunos. Para isso,
devemos elaborar previamente perguntas que serão distribuídas aos grupos de
alunos que serão formados. Nesses grupos, os jovens deverão discutir e
elaborar um registro do que foi conversado entre eles. Esse registro será
exposto para o restante da turma, que poderão questionar as respostas,
adicionar um pensamento ou reiterar o que foi dito pelo grupo. O papel do
professor nesse momento é de mediar as discussões, garantindo que os alunos
se mantenham em torno do assunto original e favoreça a inter-relação entre os
membros do grupo e entre estes e a turma.
Após coletar as informações dos alunos, realiza-se aulas expositivas a fim
de expor e contextualizar os conceitos a respeito do tema, baseada nas
problematizações levantadas pelos alunos. Ao final, com o objetivo de avaliar os
conhecimentos construídos pelos alunos, realiza-se uma Batalha do
Conhecimento entre a turma, na qual eles devem, divididos nos mesmos grupos,
elaborar uma poesia falada relacionando aspectos de sua realidade com o
conteúdo discutido.
Em um segundo momento, podemos realizar um estudo de recepção,
para investigar a recepção e o consumo de bens culturais. Nesse estudo, é
apresentado aos jovens uma música (em anexo) que aborda o tema estudado.
Com a análise da música, podemos contextualizar o período histórico político
brasileiro.
Após a contextualização, novamente realiza-se aulas expositivas para
expor conceitos relacionados ao tema. A fins de avaliação, proponha um estudo
de caso, no qual os alunos realizarão leituras previamente selecionas pelo
professor. A partir da leitura, jovens deverão descrever, no formato de um
“santinho” de um candidato político, uma pequena bibliografia do pensador, um
resumo das ideias que ele defende e criar propostas para solucionar problemas
atuais, além de adicionar uma foto do pensador.
A execução completa do projeto é prevista para um bimestre, podendo
ser extendida ou reduzida.
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8 CRONOGRAMA

A proposta é que o projeto seja desenvolvido em um bimestre, sendo uma


aula de planejamento, duas aulas de execução e uma aula de avaliação para
cada momento do projeto.
A disciplina de sociologia conta com uma aula semanal, o que faz com
que o cronograma seja bem apertado. Dessa forma, há possibilidade de
extensão ou redução do projeto.

Metodologia Execução
Grupo focal Uma aula
Aulas expositivas Duas aulas
Avaliação – Batalha do Conhecimento Uma aula
Estudo de recepção Uma aula
Aulas expositivas Duas aulas
Avaliação – Estudo de caso Uma aula
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9 RECURSOS

Os recursos utilizados para a realização desse projeto, para cada etapa,


incluem:
 Grupo focal: os alunos precisarão de papel, lápis, borracha e caneta.
 Aulas expositivas: o professor precisará de uma apresentação, podendo
usar um projetor, quadro branco e caneta de quadro branco.
 Avaliação – Batalha do conhecimento: os alunos precisarão de papel,
caneta ou lápis e borracha. O professor poderá providenciar uma batida,
com caixas de som e um aplicativo de música, para dar ritmo às poesias.
 Estudo de recepção: o professor providenciará cópias da letra da música
para os alunos. Em seguida, tocará a música com um aplicativo de
streeming e uma caixa de som ou com o YouTube e um projetor. É
necessário que o professor tenha acesso à internet.
 Avaliação – Estudo de caso: o professor deve providenciar o material de
leitura que os alunos irão realizar a descrição. Para isso, os alunos
precisarão de papel em branco ou colorido, tesoura, cola, canetas ou
lápis coloridos.
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10 AVALIAÇÃO

A avaliação ocorre durante todas as etapas do projeto. Nos dois


momentos do projeto, a primeira avaliação é a diagnóstica, aplicada ao grupo
focal e ao estudo de recepção com o objetivo de identificar o que os estudantes
sabem e em quais aspectos eles se encontram defasados.
Outra avaliação é a formativa, aplicada às aulas expositivas. Nessa
avaliação, o professor realiza uma observação sistemática para aprimorar as
atividades de classe e garantir que todos aprendam.
A avaliação somativa é realizada ao final de cada momento do projeto, na
Batalha de Conhecimento e no estudo de caso. O objetivo é mensurar o quanto
os estudantes aprenderam a partir destes instrumentos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender como a variedade das ideias e teorias políticas são concebidas


ao longo da história faz com que o presente adquira sentido. A vida política é, em
parte, uma resposta necessária aos desafios da vida cotidiana e o reconhecimento
de que a ação coletiva é quase sempre melhor do que a ação individual.
Os temas abordados nesse projeto permitem desenvolver com os estudantes
as competências socioemocionais voltadas para o convívio social, que envolvem
consciência social, habilidades de relacionamento e de responsabilidade na tomada
de decisões. Assim, os estudantes são convidados a refletir sobre os desafios de
construção da democracia brasileira e os compromissos necessários para que isso
aconteça a partir da compreensão de seus papéis como sujeitos históricos e
políticos, bem como sobre os conceitos relacionados à forma, ao sistema e ao
regime de governo.
O ensino de política na educação básica se faz importante uma vez que a
política tem a ver com todos nós, assim todos devem estar envolvidos nesse debate.
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REFERÊNCIAS

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

BOBBIO, Norberto. Estado, governo e sociedade: para uma teoria geral da


política. São Paulo: Paz e Terra, 2017.

JÚNIOR, João Feres. Democracia, cidadania e justiça. Coleção Explorando o


Ensino, Brasília, v. 15, p. 249 - 266, 2010.
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ANEXOS

instante?
Cadê o Gigante? Aquela marra quando é gol do seu
MC Garden feat. DJ Qap atacante?
Álbum: Destrancando o Quarto Chega de farra!
2016 Por que estamos tão distantes? (hein?)
Cadê o gigante? (cadê?)
O gigante que acordou dormiu Cadê o gigante? (cadê?)
Chamado Brasil quer viver em paz
Deu dois passos pra frente Mas eu sei que o povo brasileiro
Logo na sequência dez passos pra trás É sempre guerreiro e já vai levantar
E tem mais, esse rapaz Porque nós temos sede de vingança
Voltou a abraçar a imagem da tela E isso só bomba não vai dispersar
Não é possível que o milhão da Avenida Falta ética na política
É o mesmo milhão que assiste a novela No país do carnaval
Nós fomos pra rua Aproveita e já joga a granada
Em plena luz da lua Pra ver se o efeito é mesmo de moral
Unidos porque chega Ele acordou
De cada um na sua Mas logo tirou uma soneca
Estávamos com a mão no troféu O dinheiro do povo é o povo que usa?
E deixamos escapar o primeiro lugar Ou será que já voltou pra cueca?
Agora molhou porque nesse intervalo Eu te garanto não estão mais tranquilo
Quem tinha parado voltou a roubar E tão vendo a nação como uma ameaça
Será que temos que ir pra rua Só que apenas com um telefonema
Só quando acontece a corrupção? Eles vão abrir temporada de caça!
Quando falta médico no hospital? Da rua nós vamos pra urna
Só quando eles lotam os nossos busão? Depois nós iremos pra rua de novo
(Ah!) O que é pra cobrar de quem ganhou na
Então tu tá perdendo tempo urna
Aí no seu sofá esperando a melhora O que foi proposto para o nosso povo
Pois tudo isso ainda está acontecendo A creche que não construiu
E o momento da gente ir pra rua é O buraco na rua que ainda não sumiu
agora! Criminalidade não diminui
Eu sei que é difícil encarar E os royalties no que refletiu?
Eu sei também que é mais fácil falar Mas vamos parar pra pensar um
O dia a dia puxado de trampo segundo
O dever te chamando pra manifestar Em tudo aquilo que já foi citado
Vocês também estão cientes Promessa atrás de promessa
Que a gente pode resolver a parada O povo tem pressa de ser amparado
E fazer valer cada noite perdida, Explorado!
Bandeira estendida e cada borrachada! Enganado!
Disso estamos saturados!
Refrão Gente da gente sofrendo,
Cadê O povo gemendo e sendo exterminado!
Aquela garra de quem luta a todo
Refrão

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