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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

GISELE FERNADA SOARES PONTE


PEDRO LUAN ARAÚJO LIMA

A POLARIZAÇÃO POLITICA NO BRASIL ENTRE A DIREITA E ESQUERDA NOS


ANOS DE 2018 A 2022

Teresina
2022
GISELE FERNADA SOARES PONTE
PEDRO LUAN ARAÚJO LIMA

A POLARIZAÇÃO POLITICA NO BRASIL ENTRE A DIREITA E ESQUERDA NOS


ANOS DE 2018 A 2022

Projeto de pesquisa apresentado à disciplina


Metodologia do Trabalho Científico do Curso de
Bacharelado em Ciência Política da Universidade
Federal do Piauí para a obtenção de nota.
Prof.: Deyvison Lima

Teresina
2022
SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA............................................................................ 3

2 OBJETIVOS.................................................................................. 4

2.1 Objetivo Geral.............................................................................. 4

2.2 Objetivos Específicos................................................................ 4

3 METODOLOGIA........................................................................... 5

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................... 6

5 CRONOGRAMA......................................................................... 9

REFERÊNCIAS .......................................................................... 10
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1 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho teve como objetivo analisar a polarização política no


Brasil nos anos de 2018 a 2022, sobretudo elencar como, e até que ponto, a
polarização influencia e molda o identitário político e social dos indivíduos, além de
que, é de suma necessidade compreender o cenário atual político brasileiro para
uma melhor analogia sobre as novas formas de políticas que estão sendo criadas.
De maneira intrínseca, os estudos sobre a polarização no Brasil ainda é
muito escasso e desatualizado (Borges e Vidigal, 2018), embora isso ainda esteja
em processo de mudanças contínuas. Desse modo, foi pensando em tal
problemática que, surge a intenção de enfatizar e destacar novas análises a cerca
da polarização política brasileira, sobretudo entre 2018 até os dias atuais,
possibilitando uma melhor compreensão sobre as diferente ideologias partidárias,
limitando-se entre a esquerda e a direita, como as principais posições acirradas
deste atual contexto e, principalmente, na qual tem influenciado diretamente
ideologicamente os indivíduos.
Nesse sentido, ainda de acordo com Borges e Vidigal (2018), há um
debate crescente sobre a identificação partidária dos indivíduos, na qual vem
apontando diretamente sobre os posicionamentos e votos destes eleitores no Brasil.
O que se entende inicialmente é que, a polarização, bem como a esquerda e a
direita, por diversas questões tem sofrido mudanças conceituais e de poucas
análises, e com o acesso as redes sociais de maneira desenfreada, os indivíduos
inseridos nesse contexto estão debatendo de maneira não tão lógica, por vezes, as
suas ideologias e pré-conceitos sobre determinadas questões, fazendo assim por
dizer, nosso atual cenário político.
Portanto, a presente problemática surge com a seguinte questão: até que
ponto a polarização tem modificado o comportamento dos indivíduos, tanto
socialmente (em termos de culturas, hábitos, etc.) e politicamente, como isso
influencia de maneira direta o cenário político brasileiro, sobretudo no debate público
a respeito da democracia como um todo.
À vista disso, a justificativa tende a desenvolver temas contundentes para
serem analisados acerca da sociedade brasileira, na qual justifica-se basicamente
sobre a falta ou ausência de políticas públicas, que segundo Costa (p. 27, 2019)
possam acolher as estruturas sociais necessárias do país em sua totalidade.
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2 OBJETIVOS

Nesta seção, apresenta-se o objetivo geral e os objetivos específicos da


pesquisa em questão.

2.1 Objetivo Geral

Analisar de maneira intrínseca, como se iniciou a polarização política no


Brasil e quais são os fatores que contribuíram para que chegássemos no cenário
atual.

2.2 Objetivos Específicos

✔ Abordar os efeitos que a polarização política traz para os indivíduos na

sociedade atual;

✔ Verificar como a polarização política influência na democracia, bem

como identificar fatores contribuintes;

✔ Explicar a relevância social do problema ao ser explorado, sobretudo a

cerca dos benefícios possíveis ao ser compreendido o tema;


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3 METODOLOGIA

Esse projeto consistirá em uma pesquisa exploratória relacionada à temática:


A polarização política no Brasil entre a esquerda e a direita nos anos de 2018 a
2022, visando a problemática presente nesse contexto, que é o fator contribuinte
para o surgimento do atual cenário político brasileiro, na qual será feito um
levantamento de dados, análise e leitura social pertinente e necessária para o
desenvolvimento do tema, tendo principalmente as bases dos textos científicos
explorados.
No que se refere a pesquisa exploratória, consiste na realização de um
estudo para a familiarização dos pesquisadores com o objeto que está sendo
investigado na pesquisa. Será também adotado como estratégia de pesquisa o
estudo bibliográfico, desenvolvido com base em um material já elaborado,
constituído principalmente de livros, dissertações, teses e principalmente artigos
científicos.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De maneira conceitual, sabe-se que a polarização nada mais é que, dois


polos em conflitos em um cenário que se afasta da ideia de centro, o fazendo
desaparecer, na qual alcançasse as extremidades destas ideias (COSTA, 2019).
Intencionalmente, segundo a literatura, há pelo menos duas definições de
polarização: ideológica e afetiva. De acordo com Fuks e Marques (2020), a
polarização ideológica representa as extremidades das ideias políticas que afastam-
se do centro, ou seja, o aumento das distâncias ideológicas entre os indivíduos,
enquanto por outro lado, a polarização afetiva representa o aumento de desafetos
entre políticos iguais.
Desse modo, é necessário compreender essa temática pois dimensiona o
cenário atual da política brasileira, que por diversas razões, encontra-se polarizado.
Nesse sentido, destaca-se a partir de Costa (2019), que a polarização no Brasil
iniciou em 1994 entre os partidos PT e PSDB. No entanto, é atribuído dados do
Eseb de 2002 a 2014, que constituem a simpatia e a antipatia entre PT e PSDB,
resultando posteriormente o antipetismo e petismo em 2013, que é evidenciado nas
eleições de 2018, demonstrando quão forte é o antipetismo na política interna
brasileira.
De grosso modo, percebe-se que são diversas as razões históricas e
sociais para tal polarização, demonstrando problemas sérios para a democracia
brasileira. De acordo com a literatura presente, o excesso de polarização de 2018 a
2022 vem comprometendo cada vez mais a democracia, principalmente por que
compromete todas as formas de pensamento diferente nessa esfera, visto que
adversários são vistos como inimigos, além de que segundo McCarthy, Poole e
Rosenthal (2016), a polarização dificulta o processo constitucional sobre a reforma
ou elaboração de leis.
À vista disso, o advento tecnológico, sobretudo acesso as redes sociais,
facilitou ainda mais o processo polarizatório no mundo todo. A polarização política,
sobretudo no Brasil, se intensificou na internet a partir de 2010, quando houve
barateamento de smarthphones, explodindo o número de usuários na Internet,
quando em 2014, inicia-se o ecossistema concentrado de plataformas conduzidas
pelos algoritmos (preferências pessoais). Na qual as TICs (Tecnologia da
Informação e Comunicação), auxiliaram ainda mais esse processo, reduzindo
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contatos pessoais e polarizando ideias de maneira contínua (Machado e Miskolci, p.


953, 2019).
Nessa perspectiva, na política, ainda de acordo com Machado e Miskolci
(2019), o surgimento das Fakes News, bem como notícias sensacionalistas, só foi
uma das várias consequências do advento tecnológico sob o contexto da
polarização nesse espaço.

Hoje poucos questionam o poder de mobilização das redes sociais, mo-


bilização compreendida no sentido de que efetivamente quem usa uma
plata-
forma de socialização tende a se sensibilizar por causas de algum tipo a
pon-
to de compartilhar conteúdos sobre elas e até sair às ruas em protesto. Tais
causas podem ser coletivas, como a luta contra a corrupção, mas nas redes
elas tendem a serem lidas em chave personalística. Isso deu margem para
o
sensacionalismo e a emergência das fake news10 como estratégia de
formação de opinião e mobilização. As plataformas tendem a incentivar um
tipo de associação política que frequentemente induz à vigilância alheia
criando ondas de denúncias, perseguições e até linchamentos online.
Sobretudo, uma ação coletiva fundada em valores individualistas e sob uma
perspectiva privatizada da política que tende a colocar instituições sob
suspeita e, eventualmente, voltar-se contra elas (MACHADO;MISKOLCI, p.
954, 2019).

Portanto, entende-se que as redes sociais trouxeram diversas


possibilidades para os indivíduos, tanto positivas como negativas, mas para a
política, ela tem se intensificado de diversas formas, sobretudo a cerca da
polarização e como a mesma é tratada apenas como um fenômeno normal da
sociedade. A polarização, quando não interfere no modo de pensar e agir do sujeito,
compreende-se até como algo positivo para a sociedade, porém quando ela atinge
diretamente no modo de pensar, agir e de se comportar, principalmente quando se
refere á questões políticas, é de extrema necessidade a ser vigiado.
Desse modo, quem se promove da polarização política, são os grupos
extremistas, partidos e principalmente políticos. Atualmente no Brasil, o embate
entre a esquerda e a direita e seus principais líderes são responsáveis pelo controle
da difusão de suas ideias para a população. E quando isso não é feito de maneira
coerente, o resultado é por vezes, medidas cada vez mais extremistas.
Desse modo, de maneira conclusiva, percebe-se que entre os anos de
2018 a 2022, a polarização política se intensificou de maneira intrinsecamente
extrema, demonstrando fatores de risco para sociedade, como foi demonstrado
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nesta pesquisa. No entanto, foi possível perceber todo um contexto histórico para a
formação da polarização entre as ideologias, o que evidencia que a temática não é
de hoje, porém, como as ideias mais conservadoras estão em pauta no mundo todo,
urge a necessidade de ideias contrárias, surgindo tal embate para a sociedade e
entre esses principais grupos, bem como para a toda nação em sua totalidade que
se vê dividida.
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5 CRONOGRAMA

ATIVIDADES SEG TER QUA QUI SEX.

Inicialização do Projeto x x

Escolha da ferramenta x

Inicialização da Justificativa x x

Decisão do Nome do Projeto,


x x x
Referencial teórico

Produção, revisão e redação


x x x
final

Defesa x
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REFERÊNCIAS

BORGES, A.; VIDIGAL, R. Do lulismo ao antipetismo? Polarização, partidarismo e


voto nas eleições presidenciais ̃brasileiras. Revista Opinião Pública, v. 24, n. 1, p.
53-89, 2018.
COSTA, André Bello Sá Rosas. Origem, causas e consequências da polarização
política. 2019. xii, 217 f., il. Tese (Doutorado em Ciência Política)—Universidade de
Brasília, Brasília, 2019.
ESEB: Estudo Eleitoral Brasileiro, 2002-2014 (Banco de dados). In: Consórcio de
Informações Sociais.
FUKS, Mário; MARQUES, Pedro. Afeto ou ideologia: medindo polarização política no
Brasil?. In: 12º ENCONTRO DA ABCP, 2020, Universidade Federal da Paraíba,
João Pessoa (PB). Área Temática: Comportamento Político e Opinião Pública [...].
[S. l.: s. n.], 2020.

McCarty, N., Poole, K. T., & Rosenthal, H. Polarized America: The dance of ideology
and unequal riches. mit Press, (2006).

MACHADO, Jorge Alberto Silva e MISKOLCI, Richard. Das jornadas de junho à


cruzada moral: o papel das redes socias na polarização política brasileira.
Sociologia & Antropologia, v. 9, n. 3, p. 945-970, 2019 Tradução. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/2238-38752019v9310 . Acesso em: 13 out. 2022.

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