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ISSN 1678-0817 Qualis B2

A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS


NO COMPORTAMENTO ELEITORAL
BRASILEIRO
Edição 119 FEV/23 SUMÁRIO / 03/02/2023

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7602567

Fabiana Cruz Silva Pinto1


Airton Pereira da Silva Leão2
Randal Silva Gomes3
Ronnyere Pereira Staiger4
Gustavo Moreira Borges5
Adriano Evangelista Freitas6
Solange Borges Alves Pessoa7
Ian Victor Celestrino Sousa8

RESUMO
O presente artigo visa tratar acerca das
influências das redes sociais no
comportamento eleitoral brasileiro. Diante o
avanço da comunicação em massa as redes
sociais ganharam espaços abrangentes no
cotidiano dos indivíduos, nesse sentido, para
as democracias o marketing político tem sido
um dos principais pilares, é ele quem
oportuniza dinâmicas políticas,
planejamentos e ações com foco central no
eleitorado. Em frente a essa temática, o artigo
busca responder o questionamento: Como as
redes sociais podem influenciar o
comportamento eleitoral brasileiro? De acordo
com o estudo “O eleitor brasileiro: uma análise
do comportamento eleitoral” de Radmann
(2001), o comportamento eleitoral brasileiro,
apesar de alguns grupos encaixarem-se em
alguma das três escolas de comportamento
eleitoral, a maioria dos brasileiros detém um
comportamento emotivo, e que não se
encaixa perfeitamente em uma das teorias
citadas durante a pesquisa. Para o
desenvolvimento, foi-se utilizado a pesquisa
bibliográfica para construção teórica e
conceitual da pesquisa, além da exploratória
para englobar autores nas concepções
necessárias. Dentre os autores utilizados estão
Rubim e Azevedo (1998), Miguel (2002), Porto
(1997), Tavares e Massuchin (2015), Zago e
Bastos (2013), Silva e Pellizzaro (2015), Castro
(1994), Moro (2009) e Radmann (2001).

PALAVRAS-CHAVE: Marketing digital; Mídias


digitais; Campanhas.

1 INTRODUÇÃO

A comunicação em massa no viés da Ciência


Política é um assunto pouco abordado
considerando que a maioria das concepções
teóricas dessa ciência social foi constituída
antes do período da mídia, as áreas em que
essa temática ainda é abordada são
relacionadas a opinião política, opinião
pública, comportamento eleitoral/escolhas
políticas e cultura política.

Apesar das poucas teorias que consagram a


mídia sobre o viés da Ciência Política, sabe-se
a importância de tratar sobre a temática, pois
com a evolução tecnológica as condições
midiáticas ficaram mais abrangentes, ainda
mais no que se refere aos meios de
comunicação atual.

De acordo com estudos realizados pelo


Estatista, conforme o site Convergência
Digital, entre os 20 países da pesquisa de
dados, o Brasil aparece entre os principais
colocadas na utilização de redes sociais
somando cerca de 159 milhões de pessoa
conectadas as mídias digitais ocupando a 5a
posição dos países que mais utilizam redes
sociais no mundo. Esses dados apenas
reforçam como a redes sociais estão presente
no dia a dia do brasileiro e como podem ter
diferentes influências, entre elas a influência
política.

É possível afirmar que dependendo do


contato do eleitorado com a mídia ela pode
influenciar na decisão de voto, considerando
campanhas políticas com marketing digital.
Diante disso, nas democracias o marketing
político tem sido um dos principais pilares, é
ele quem oportuniza dinâmicas políticas,
planejamentos e ações com foco central no
eleitorado.

Tendo em vista o cenário político, o marketing


político digital vem se consolidando
fortemente no cenário das redes sociais, ele
possibilita o contato mais próximo com o
eleitorado, e diante disso ele tem impacto
direto ou indireto no que se relaciona com o
comportamento eleitoral.

O comportamento eleitoral é definido em três


escolas, sendo a Escola Sociológica, a Escola
Psicossocial e a Escola da Teoria da Escolha
Racional. Teorias essas que se encaixam no
âmbito da ciência política que estuda os
fatores que influenciam a decisão de voto do
eleitorado e os perfis de eleitores.

Para tanto, o artigo apresenta uma


argumentação teórica-conceitual para coletar
dados e definir as influências das redes sociais
no comportamento eleitoral do eleitor
brasileiro. A problemática que pretende ser
elucidar é: diante da evolução da
comunicação em massa, como as redes
sociais podem influenciar o comportamento
eleitoral brasileiro?

Tem-se a hipótese de que o comportamento


eleitoral brasileiro está ligado às conexões que
o eleitor faz com a imagem dos candidatos,
considerando confiáveis ou não, diante disso, o
artigo responderá se essa posição pode ser
influenciada através das mídias digitais
presentes no dia a dia do eleitorado.
Nesse sentido, o objetivo geral é: argumentar
acerca das possíveis influências que as redes
sociais têm no comportamento eleitoral
brasileiro. Como objetivos específicos foi
definido: apresentar a relação entre mídia e
Ciências Políticas; Analisar como funcionam o
marketing político nas redes sociais;
conceituar sobre as Escolas de
Comportamento eleitoral; expor o perfil do
eleitorado brasileiro e como podem ser
influenciados através das redes sociais.

Dessa maneira, a presente temática justifica-


se por ser um tema atual é de suma
importância considerando a era digital que
vivemos. As interconexões digitais através das
redes sociais são intensas no dia a dia do
indivíduo e consequentemente a política
migrou para utilizar dela como estratégia, seja
de forma justa como divulgação de projetos e
imagem como de forma injusta como
divulgação de fake news. Nesse sentido, vê-se
claramente como tratar das influências das
redes sociais no comportamento eleitoral é
importante para a compreensão do meio
político que se vive atualmente.

Para isso, foi utilizado a pesquisa bibliográfica


para construção teórica e conceitual da
pesquisa, além da exploratória para englobar
autores nas concepções necessárias. Dentre
os autores utilizados estão Rubim e Azevedo
(1998), Miguel (2002), Porto (1997), Tavares e
Massuchin (2015), Zago e Bastos (2013), Silva e
Pellizzaro (2015), Castro (1994), Moro (2009) e
Radmann (2001).

O atual capítulo trata das considerações


iniciais a respeito do trabalho, logo em
seguida será comentado a respeito da relação
da mídia com a ciência política, marketing
político digital nas redes sociais, fake news e
escolas do comportamento eleitoral e
comportamento eleitoral brasileiro. Por fim
tem-se as considerações finais a respeito da
pesquisa. Essa temática pode ser de
interesses de todos, visando que questões
políticas sejam abrangentes, especificamente
para áreas afins das Ciências Políticas.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Mídia e Ciência Política

O conceito de mídia é recente no que se


relaciona a área da comunicação,
considerando que somente a partir da década
de 90 começou-se a tratar abertamente sobre,
apesar de muitas vezes ainda ser utilizada
como imprensa, jornalismo, veículo, entre
outros. A palavra mídia está mais relacionada
no que se refere aos estudos de Comunicação
e Política.

Segundo Rubim e Azevedo (1998) foi somente


a partir das eleições de 1989, em houve o
fenômeno Collor, que os estudos a respeito de
Comunicação e Política tiveram seu “ponto de
virada”, quando passaram a compreender
nesse período a importância da comunicação
em massa para o processo político brasileiro.
Diante disso, para compreender essa
novidade tiveram que relacionar estudos
multidisciplinares entre as perspectivas da
Comunicação, Sociologia, Ciência Política e,
até mesmo, Psicologia Social e foi nesses
estudos que a palavra mídia passou a ser
bastante utilizada.

No que se refere à Ciência Política, as


pesquisas a respeito de mídia estão
relacionadas geralmente a opinião política,
opinião pública, comportamento
eleitoral/escolhas políticas e cultura política.
Segundo Miguel (2002), a mídia não é um
assunto muito abordado nos estudos de
Ciência Política, considerando que a maior
parte das importâncias teóricas construídas
ao longo dos anos pela área foram
consolidadas no período pré-mídia.
Porto (1997) menciona a escassez da mídia,
por exemplo, nos estudos relacionados ao
comportamento eleitoral, para tanto, ele
admite que a maneira como a mídia se
relaciona com a sociedade é complexa de ser
analisada. Nesse sentido, Miguel (2002)
relembra que Walter Lippmann, em 1920,
lastimava o fato que a ciência política era
ensinada nas universidades como se jornais
não existissem, e continua citando que,
oitenta anos depois, é capaz mencionar que a
ciência política já identifica a existência do
jornal, bem como do rádio, da televisão e até
da internet.

Aldé (2004) apresenta que dependendo das


situações de comunicação do indivíduo com a
mídia pode ser um fator que influencia suas
ações políticas. Nesse sentido, trazendo para o
contexto atual, a mídia sofreu grande
ascensão e as informações passaram a serem
captadas em tempo real a partir da criação
das redes sociais com a internet, é possível
então, compreender que a facilidade e rapidez
com que as informações chegam atualmente
para os indivíduos, eles se encontram muito
mais propensos às influências políticas
garantidas pela presença das redes sociais em
seu dia a dia.

2.2 Marketing político digital nas redes


sociais

De acordo com Aldé e Borges (2004), a


internet foi palco para visibilidade política dos
candidatos no Brasil em 2002, nesse ano a
disputa presidencial foi violenta com ultrajes e
ataques entre os candidatos. Nesse sentido,
ainda conforme Aldé e Borges, a internet
configura um espaço para os candidatos
ganharem visibilidade e se tornarem uma
nova modalidade de fazer campanha política.

Conforme Tavares e Massuchin (2015), nas


campanhas políticas, há diversas condições
que auxiliam para a conduta dos candidatos
que concorrem a votação, incluindo intenção
de votos entre os candidatos, programa
eleitoral, acontecimentos sociais e políticos
contextuais, além das coberturas jornalísticas.

Com o avanço das mídias digitais e as


interconexões entre usuários de redes sociais,
os candidatos passaram a fazerem suas
campanhas na internet, e nesse ambiente ele
pode revelar suas intenções, seu plano de
governo, auxiliando na demonstração de suas
posturas, fazendo com que os eleitores fiquem
frente a frente com as ideologias dos
candidatos, além de ser criada uma relação
maior entre candidato e eleitor através das
redes.

Com o avanço da internet foi-se


desenvolvendo meios de comunicação em
massa que gera interação instantânea, as
redes sociais. Nas redes é possível conectar-se
a um aglomerado de pessoas de forma digital.
De acordo com Zago e Bastos (2013), o fluxo
de informações se expandiu e aperfeiçoou
com as mídias digitais. Se antes as
informações só eram obtidas através de leitura
de jornais impressos, agora, além dos jornais
tradicionais, há meios que as notícias
conseguem atingir grande quantidade de
pessoas, como Facebook. Com os
mecanismos de “compartilhamento”,
“curtida”, “comentário”, muito mais pessoas
alcançam aquela mesma informação.

Diante disso, no processo eleitoral os meios de


comunicação são as principais maneiras que
os políticos encontram para propagar suas
informações a respeito das suas candidaturas
de acordo com Silva e Pellizzaro (2015). Dessa
maneira, as redes sociais são ótimas
ferramentas para campanhas eleitorais, em
que os políticos utilizam delas para propagar
suas propostas das campanhas eleitorais,
além de um novo espaço para que os
candidatos ganhem visibilidade (MARQUES,
2012). Assim, os candidatos passaram a
trabalhar o marketing digital em suas redes
sociais.

O art. 57-A da Lei n. 9.504/1997 (Lei das


Eleições), dispõe ser permitido o uso da
propaganda eleitoral na internet a partir do
dia 5 de julho do ano da eleição, nesse sentido,
sendo incluído, blog, sites, redes sociais e
entre outros. Esse dispositivo foi acrescentado
à Lei das Eleições pela Lei n. 12.034/2009, até
então utilizava-se apenas recursos de rádio e
TV como propaganda eleitoral.

Nessa abordagem, a partir da implementação


da Lei, as redes sociais se tornaram
importantes ferramentas eleitorais no Brasil.
Na eleição presidencial de 2014, por exemplo,
Tavares e Massuchin (2015) ao analisar os
candidatos que concorriam à presidência da
república nessa eleição, constataram que
todos utilizaram o Facebook como estratégia.
Atualmente, além do Facebook outras redes
sociais também estão sendo muito acessadas,
como Instagram, Twitter e WhatsApp.

Se no ano de 2014 a utilização das redes


sociais para campanha eleitoral já era
considerável, nas eleições presidenciais de
2018 se tornaram ferrenhas. Somente no
Twitter, segundo estudo da FGV DAPP, no
primeiro mês de campanha oficial, foram
identificados 22.572.583 posts relacionados
aos candidatos à presidência melhores
estabelecidos (Jair Bolsonaro, Ciro Gomes,
Geraldo Alckmin, Marina Silva e Fernando
Haddad). O candidato que se elegeu à
presidência neste ano, Jair Bolsonaro, teve o
marco de 47 milhões de visualizações de seus
vídeos na plataforma Youtube, de acordo com
Ruediger et al. (2018).

De acordo com uma pesquisa do Instituto do


DataSenado em que 2,4 mil pessoas foram
entrevistadas a respeito das eleições de 2018.
Um dos questionamentos feitos foi “Ao
decidirem seu voto durante um período de
eleições, você já levou em consideração
informações vitais em alguma rede social?”

Gráfico 1: Voto e redes sociais

Fonte: Pesquisa Data Senado, 2019

De acordo com a pesquisa, 45% dos


entrevistados afirmaram que tomaram
decisões de voto a partir de informações que
obtiveram nas redes sociais, como representa
o gráfico da figura 1. Nessa abordagem,
considera-se que quase metade dos
entrevistados tiveram influências através de
redes sociais na última eleição presidencial do
Brasil.
Ainda segundo a pesquisa, a principal rede
social utilizada como meio de informação é o
WhatsApp, sendo a resposta de 79% dos
entrevistados, aplicativo que o brasileiro mais
utiliza para comunicações diárias atualmente.
Além disso, o gráfico abaixo apresenta as
redes sociais tiveram impacto para a tomada
de decisão dos entrevistados:

Gráfico 2: Redes sociais

Fonte: pesquisa Data Senado, 2019

É possível notar, então, que o Facebook foi a


resposta de 31% dos entrevistados, sendo essa
rede social mais utilizada para a decisão de
voto, logo em seguida o WhatsApp com 29%.
Além disso, 80% dos entrevistados acreditam
que as redes sociais influenciam as decisões
de voto, dessa forma, para tanto, compreende-
se como as redes são meios determinantes
para as eleições.

2.3 Fake news

Com o processo eleitoral sendo realizado


também nas redes sociais, uma grande
problemática surge com o crescimento
expressivo das mídias digitais, a fake news, as
falsas notícias sendo disseminadas
diariamente na internet com o grande poder
de influenciar internautas. A problemática das
fakes news se dá pela disseminação da notícia
falsa e as desinformações que ela pode trazer,
seja por jornal impresso, televisão, rádio ou on-
line.

Diante disso, quando se trata das fakes news


no campo das mídias digitais, trata-se da
rapidez que a desinformação chega aos
usuários, com o intuito de enganar, manipular
para fins financeiros e políticos, com
manchetes falsas, algumas vezes
escandalosas para chamar a atenção dos
internautas.

De acordo com ManhanellI (1988) as eleições


são como guerras e as campanhas como
batalhas, enquanto a artilharia são a
publicidade através dos veículos de
informações, nesse sentindo, pode-se
compreender o porquê alguns políticos
utilizam como ferramentas as fakes news na
luta pela candidatura, considerando que a
divulgação de notícias falsas gera um
engajamento negativo ao político
concorrente. De acordo com Junior (2021) as
fakes News tornaram-se instrumentos
estratégicos de comunicação política muito
utilizado na última eleição presidencial, nesse
sentido, as agências de checagem Lupa e Aos
Fatos e o projeto Fato ou Fake, do Grupo
Globo, tiveram que revelar 104 fake news que
prejudicaram Fernando Haddad (PT) e outras
19 contra a Bolsonaro (PSL).

Portanto, percebe-se que as fakes news são


grandes responsáveis por gerar
desinformação intencional para ludibriar e
manipular os eleitores e as disseminações nos
meios digitais são ainda mais expansivas.
Dessa maneira, o processo de decisão de voto
nas eleições pode ser prejudicado através de
informações falsas e tendenciosas.

2.4 Comportamento eleitoral e suas


principais características

No estudo da Ciência Política, historicamente


se desenvolveram três escolas de
comportamento eleitoral, sendo: a escola
sociológica (escola de Colúmbia), a escola
psicossocial (escola de Michigan) e a escola da
teoria da escolha racional. Durante esse
capítulo, será apontado brevemente algumas
características acerca de cada uma delas.
A escola sociológica se trata do argumento
relacionado à posição social, ou seja, cada
indivíduo determina seu voto e posição
política a partir da sua condição
socioeconômica. De acordo com Junior
(2009), o eleito sociológico, as pessoas que
vivem, se divertem ou trabalham juntos
inclinam-se a votarem em um mesmo
candidato, portanto, eles tendem a unirem
socialmente diante a questão política
considerando apenas sua questão social.

Nesse sentido, a classe baixa tende a votar na


esquerda, a classe média vota no centro e a
classe alta vota na direita. Cada indivíduo se
encaixa socialmente em partidos que
defendem as suas condições sociológicas,
para tanto, condutas que se distanciam desse
padrão são consideradas um “desvio”.
Conforme Boudon (1990) explica, desvio
significa uma transgressão, como estivesse
infringindo sua condição social e pode
acontecer por dois fatores: a alienação e a
imitação.

A alienação é marcada pelo desinteresse do


eleitor pela política, enquanto a imitação é
definida como imitar o eleitor de outra classe
social. Nesse sentido, compreende-se que na
escola sociológica a decisão do voto é
determinada pela situação socioeconômica
do eleitor e considera a análise de um eleitor
social, com interesses voltados ao seu grupo
social.

No que se refere à escola psicossocial, ela


relaciona-se ao indivíduo, não só ao grupo
social e reconhece os “desvios” da outra escola
citada como variáveis. Nessa escola, a
condição psicológica e social do indivíduo é
relevante para a tomada de decisão no voto.
Segundo Camino, Silva e Souza (1998) tanto as
questões relacionadas ao sentimento de
pertencimento de um grupo quanto os
interesses necessários dos grupos sociais,
dependendo da sua posição econômica, são
fatores pertinentes à decisão do voto nessa
escola.

De acordo com Castro (1994) aqui a ideologia


não é relevante, o que importa são as crenças,
sentimentos e laços afetivos. Nesse sentido, a
escolha política varia de indivíduo para
indivíduo considerando os estímulos políticos
do seu grupo social, contudo, sem atribuições
de classe social, origens e fatores
socioeconômicos.

Em contrapartida, a escola da teoria da


escolha racional rompe as questões sociais
abordadas na escola sociológica e na
psicossocial. Nessa escola o voto é decidido a
partir de questões e interesses individuais que
podem ser de curto prazo. Nesse sentido, o
indivíduo realiza cálculos e põe na balança o
que o seu voto pode lhe possibilitar e
favorecer, assim, agem de forma racional para
escolher suas predileções de votos que
alcance suas metas, esses indivíduos analisam
a alternativa de voto que melhor os beneficia
(MORO, 2009).

2.4.1 O comportamento eleitoral brasileiro

De acordo com o estudo “O eleitor brasileiro:


uma análise do comportamento eleitoral” de
Radmann (2001), o comportamento eleitoral
brasileiro, apesar de alguns grupos
encaixarem-se em alguma das três escolas de
comportamento eleitoral, a maioria dos
brasileiros detém um comportamento
emotivo, e que não se encaixa perfeitamente
em uma das teorias citadas.

Conforme Radmann (2001) apresenta em seu


estudo, o eleitor brasileiro apresenta uma
cultura política cética e personalista,
considerando que a maior parte dos eleitores
brasileiros não acreditam em política com
uma visão negativa a respeito dos políticos,
Radmann define que os eleitores brasileiros
apresentam uma desilusão (por conta que
fatores históricos e estruturais) mas, ao
mesmo tempo uma esperança constante na
hora de votar.

Pois à medida que o eleitor é pessimista


diante o cenário brasileiro, ele tem esperanças
de que um dia encontre “um bom candidato”,
por isso ele escolhe o candidato em que vai
votar por afeição e simpatia, aquele que mais
lhe passa confiança, caracterizando, assim, o
comportamento emotivo. Nesse sentido, a
imagem que o candidato passa torna-se
elemento-chave para a decisão do voto
brasileiro, portando, Radmann afirma que o
perfil do eleitor brasileiro é emotivo e sempre
está à procura do candidato “menos pior”,
embora tenha esperança, o eleitor ainda
mantém seu comportamento cético e
pessimista.

3 METODOLOGIA
O presente projeto pode ser classificado como
uma pesquisa de caráter exploratório, logo,
este tipo de estudo visa proporcionar uma
visão geral de um determinado fato. A
respeito do método de abordagem, foi
utilizado o método quantitativo para oferecer
informações numéricas e o qualitativo para
obter dados significativos, pois, esclarecem os
procedimentos lógicos que deverão ser
seguidos no processo de investigação
científica dos fatos da natureza e da
sociedade.

Como mencionado, para elucidação da


problemática que consiste em compreender
como as redes sociais influenciam no
comportamento eleitoral brasileiro, o artigo
baseou-se na pesquisa exploratória para
fomentar as ideias iniciais e para proporcionar
maior familiaridade com o tema abordado.
Em relação aos procedimentos técnicos foi
utilizada a pesquisa bibliográfica que consiste
na busca de embasamentos teóricos, com o
intuito de levantar informações literárias como
base da exploração e buscou-se artigos e
materiais que apresentassem teorias sobre a
temática apresentada.

Além da pesquisa exploratória utilizou


também a pesquisa descritiva, a fim de
elencar conhecimentos acerca das relações da
Ciência Política com a mídia e o
comportamento eleitoral. Primeiramente,
buscou-se relacionar o conceito de mídias e a
Ciência Política, em seguida foi tratado acerca
das campanhas eleitorais nas redes sociais e
fake news, por fim, tratou-se sobre o
comportamento eleitoral brasileiro.

O desenvolvimento da pesquisa se deu pelas


buscas de dados através do site ‘Google
acadêmico” em que apresenta artigos
científicos confiáveis acerca da temática
abordada. Diante disso, foi coletado
bibliográficas a respeito das mídias digitais
foram utilizados diferentes autores, enquanto
o último ponto preocupou-se em abordar
brevemente o perfil do eleitor brasileiro a
partir do estudo da Radmann (2001). No
quadro 1 observa-se a disposição de autores a
respeito de cada parte do referencial teórico.

Quadro 1 – Metodologia

Objetivos Capítulos Autores

Rubim e
Azevedo
Entender as (1998);
relações que há Miguel
2.1 Mídia e
entre o conceito (2002);
Ciência Política
de mídia com a Porto
Ciência Política. (1997);
Aldé
(2004).

Entender como 2.2 Campanha Aldé e


funcionam as nas redes Borges
campanhas (2004);
eleitorais nas Tavares
redes sociais. Massuch
(2015);
Zago e
Bastos
(2013);
Silva e
Pellizzar
(2015);
Marque
(2012);
Brasil
(2009);
Ruedige
(2018);

Compreender a
problemática
Junior
das fake news 2.3 Fake News
(2012).
no processo
eleitoral.
Junior
(2009);
Boudon
(1990);
Apresentar as
Camino
escolas de 2.3
Silva e
comportamento Comportamento
Souza
eleitoral e o eleitoral e suas
(1998);
comportamento principais
Castro
eleitoral características.
(1994);
brasileiro.
Moro
(2009);
Radman
(2001).

Fonte: desenvolvido pela autora, 2022.

Diante disso, tem-se o aparato bibliográfico


para a construção da fundamentação teórica
que possibilitou os resultados baseados nos
dados coletados para elucidação da
problemática a respeito da influência das
redes sociais no comportamento eleitoral
brasileiro.

O primeiro passo foi a delimitação do tema,


em seguida, a busca por materiais que
abrangesse a temática, logo desenvolveu-se a
construção do artigo visando estudos teóricos
que respondessem os questionamentos da
problemática.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Diante do exposto percebeu-se que apesar de


poucos estudos no que se relaciona a Ciência
Política e as mídias, é perceptível como essa
abordagem é indispensável para se tratar de
algumas questões relacionados a Ciências
Sociais, pois na realidade atual identifica-se a
forte presença da mídia no cotidiano dos
indivíduos, logo também, nas questões
políticas.
As redes sociais, são os principais meios de
comunicação da atualidade, nelas as pessoas
interagem simultaneamente e de forma
instantânea mesmo a quilômetros de
distância, é através delas que a comunicação
em massa ganha caminhos diferentes e a
rapidez das informações é imediata. As
conexões interpessoais na navegação na
internet ficaram muito mais intensas com
compartilhamentos, curtidas e comentários,
com isso criam-se ligações com pessoas sem
ao menos ter contato pessoalmente.

Nessa abordagem, o uso das redes sociais


para cunho político torna-se uma estratégia a
favor da criação de laços com os eleitores, pois
ali é um local que se garante a identificação
tanto ideológica quanto sentimental. As
campanhas políticas nas redes sociais são
formas estratégicas para alcançar o maior
número de pessoas em menos tempo, por
isso os políticos têm investido em marketing
digital. As mídias digitais como Facebook,
Instagram, Twitter, YouTube, WhatsApp
conectam o eleitor às informações dos
candidatos de forma mais intensa, em que o
acesso ao feito, a conduta, aos planos de
governo e ideologias do político ficam mais
acessíveis.

Diante do levantamento teórico acerca do


comportamento eleitoral, para a escola
sociológica e a escola psicossocial, as
campanhas políticas nas redes sociais não
têm tanta importância, considerando que os
votos nessas escolas são decididos por
questões socioeconômicas, históricas e
psicológicas. Contudo, no que se refere aos
considerados “desvios” mencionado na escola
sociológica, pode ser que as campanhas nas
redes sociais influenciam o que foi chamado
de alienação e imitação, considerando que na
alienação não há interesses políticos e podem
votar de acordo com influências das redes e os
de imitação, que imitam outras classes
também por intervenção midiática.
Em contrapartida, na escola racional as
campanhas nas redes socais e o contato com
o candidato através das mídias digitais é
primordial para a tomada de decisão, já que
para o indivíduo dessa escola tomar decisões
ele precisa de informações para calcular seus
interesses e as redes sociais disponibiliza isso a
ele, nesse sentido, o indivíduo pode analisar,
calcular e decidir quais seriam seus benefícios
com seus votos através de informações
obtidas facilmente pelas redes sociais.

No que se refere ao comportamento emotivo


do eleitor brasileiro, as mídias digitais
proporcionam grande influência para a
decisão, tendo em conta que eles precisam
identificar confiança pelo perfil do candidato,
já que eles votam pela imagem e atributos
pessoais segundo Radmann (2001). Dessa
maneira, os candidatos, obviamente,
trabalham a questão de conduta e imagem
nas redes sociais, através dela o eleitor pode se
identificar com o político e ter a esperança
que ele possa fazer a diferença no Brasil.

Portanto, compreende-se que diante os


avanços na comunicação e o surgimento e
ascensão das redes sociais é perceptível como
as elas representam forte influência na
decisão de voto, ou seja, no comportamento
eleitoral do brasileiro, tendo em vista, a rapidez
das informações, o marketing digital e as
conexões instantâneas, contudo, pode-se
afirmar que as fakes news também
influenciam de forma negativa os resultados
nas urnas eleitorais, como apresentado,
disseminar notícias falsas contra o oponente
político se tornou também uma estratégia na
política atual. É válido se pensar em um
letramento midiático para não haver
influências negativas nas redes sociais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a teorização levantada durante a
pesquisa percebeu-se que a mídia e a Ciência
Política tem grandes relações, contudo, pouco
estudada por teóricos da área considerando
que a maior parte da concepção teórica dessa
área foi construída no período pré-mídia, o
que não quer dizer que não tem importância
ou que não tenha como construído
argumentos válidos a respeito.

A evolução da tecnologia foi um fator


determinante nas comunicações diárias, com
o uso das redes sociais muito pôde ser
utilizado no campo político considerando a
rapidez das informações e o grande número
de pessoas que as mídias digitais alcançam. O
Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp são
as principais plataformas utilizadas como
meio de comunicação.

Durante a pesquisa apresentada do


DataSenado, 45% de 2,4 mil pessoas
entrevistadas afirmaram que tomaram
decisões de voto a partir de informações que
obtiveram nas redes sociais durante as
eleições presidências de 2018. Ainda segundo
a pesquisa, a principal rede social utilizada
como meio de informação é o WhatsApp,
sendo a resposta de 79% dos entrevistados,
aplicativo que o brasileiro mais utiliza para
comunicações diárias atualmente. Nesse
sentido, cabe ressaltar que muitos são os
fatores que geram influências nas redes
sociais no que determina a decisão de voto e
necessárias as considerações a respeito tendo
em vista a utilização em massa dos aplicativos
de comunicação.

O comportamento eleitoral brasileiro foi


definido por Radmann (2001) como um
comportamento emotivo, em que os eleitores
vivem em situação de desilusão, pessimista,
mas, ao mesmo tempo, com esperanças de
achar um candidato ideal que seja no mínimo
o “menos pior”, dessa forma, os eleitores
brasileiros votam a partir da imagem que o
candidato passa e a rede social é essencial
para a construção da imagem de um
candidato, portando, é perceptível que a rede
social pode ser o eixo principal que o
candidato utiliza para a construção da
confiança que o eleito necessita.

Para além desta pesquisa, pode-se seguir com


as análises e apoios teóricos aqui
apresentados com uma pesquisa de campo
que atinge esferas mais amplas, por isso, cabe
dizer que a pesquisa não se finda aqui, ela é
ponto de partida para outras que desejam
prosseguir na mesma temática.

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notícias no Twitter e no Facebook. Revista
Jounarlism Research, v. 9, n. 1, 2013.
1Graduando em Adminstração pela

Universidade Estadual da Região Tocantina do


Maranhão (UEMASUL)
Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão (UEMASUL)
R. Topázio, 100 – Vila São Francisco, Açailândia
– MA, 65930-000
fabianacruz.20200006280@uemasul.edu.br

2Doutorando em Administração e

Contabilidade pela Fucape Business School


(FUCAPE). Mestrado em Administração e
Contabilidade pela Fucape Business School
(FUCAPE). Especialista em Gestão Pública
pela Universidade Estadudal do Maranhção
(UEMA). Graduado em Adminstração pela
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Br 222, KM-02, Nº 01, Bairro Jardim de Alah.
Açailândia-MA. CEP 65930-000
airtonleao@outlook.com
3Engenheiro Civil (CEULP/ULBRA).

Especialização em Docência no Ensino


Superior (FACIBRA). Especialização em
Estruturas e Fundações (IPOG). Especialização
em Infraestrutura de Transportes e Rodovias
(IPOG). Pós-graduando em Engenharia
Ferroviária. Mestrando em Estrutras e
Materiais (UFPA).
Faculdade Valo do Aço (FAVALE)
Br 222, KM-02, Nº 01, Bairro Jardim de Alah.
Açailândia-MA. CEP 65930-000
randal.gomes@hotmail.com

4Engenheiro Civil (CEULP/ULBRA).

Especialização em Infraestratura e Transportes


(UNYLEYA).
Centro Universitário Luterano de Palmas
(CEULP/ULBRA)
1503 sul alameda 29 lote 12, plano diretor sul,
Palmas – TO, CEP: 77025-416
ronnyere15gmail.com
5Graduando em Adminstração pela

Universidade Estadual da Região Tocantina do


Maranhão (UEMASUL)
Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão (UEMASUL)
R. Topázio, 100 – Vila São Francisco, Açailândia
– MA, 65930-000
gustavo.uemasul@gmail.com

6Graduado em Tecnólogo em Gestão

Ambiental pela Universidade Estadual do


Maranhão (UEMA)
Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão (UEMASUL)
adrianoevangelistafreitas05@gmail.com
iansousa.20200006137@uemasul.edu.br

7Especialista em Gestão Pública pela

Universidade Federal do Maranhão (UFMA).


Graduação em Ciência Contábeis.
Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão (UEMASUL)
R. Topázio, 100 – Vila São Francisco, Açailândia
– MA, 65930-000
gestao.contadora@gmail.com

8Graduando em Adminstração pela

Universidade Estadual da Região Tocantina do


Maranhão (UEMASUL)
Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão (UEMASUL)
R. Topázio, 100 – Vila São Francisco, Açailândia
– MA, 65930-000
iansousa.20200006137@uemasul.edu.br

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