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Alzarda José

Anatércia Cuambe
Angelina Nhangale
Dorcia Matavel
Hélio Cossa
Nelson Maposse

Tema: Resolução do Questionário

Curso de Licenciatura em Administração Pública

SEMI-PRESENCIAL

Politicas Públicas 3º ANO

Universidade São Tomas de Moçambique


Delegação de Gaza

2023

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I. Na perspectiva de SUREL (2002) e SECCHI, Politicas Públicas é o processo
pelo qual são formulados e implementados programas de acção pública,
coordenados em termo de objectivos específicos. Em outras palavras refere-
se ao processo de construção e intervenção junto a realidade social por meio
de instrumentos considerados adequados. Ele enfatiza que essas acções
devem ser baseadas em uma análise rigorosa das questões sociais a serem
abordadas, bem como em um trabalho colaborativo entre diferentes agentes
do governo, da sociedade civil e do sector privado.
Segundo SECCHI (2015, p2) define políticas publicas como uma directriz
elaborada para enfrentar o problema público, isto é, pode assumir as mais
diversas formas concretas, sendo decidida nas mais diferentes instâncias da
sociedade, publica ou privada. Ele destaca que as políticas públicas devem
estar em sintonia com as demandas e expectativas da sociedade, e devem ser
eficazes e eficientes na resolução dos problemas sociais.
Eles também destacam que as políticas públicas devem ser permeadas por
princípios democráticos e de transparência, garantindo a prestação de contas e a
responsabilidade dos agentes públicos envolvidos.

2. R: O século XX é marcado pelo surgimento de uma nova e importante função


do Estado, a promoção do bem-estar social. Essa nova demanda social, o bem-
estar, requer do Estado uma actuação diferenciada e mais directamente ligada
aos problemas quotidianos da sociedade. É nesse contexto que surgem as
Políticas Públicas, com o objectivo de dar respostas a demandas específicas da
sociedade.

3. R: As razões do estudo das políticas publica são várias dentre elas destacam:
Razões científicas, razões profissionais e razões politicam.

Razões científicas
As razões científicas para o estudo das Políticas Públicas devem-se à
importância adquirida por essa matéria principalmente nas democracias
ocidentais modernas. A possibilidade de prever os impactos da acção do Estado
sobre a sociedade movimenta cientistas, notadamente do campo das ciências
humanas (cientistas políticos, sociólogos, administradores, antropólogos,

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economistas etc.) que têm por objectivo criar modelos que possam auxiliar tanto
o Estado quanto a sociedade no processo de formulação, implementação e
avaliação de Políticas Públicas, além de fornecer instrumental explicativo dos
fenómenos sociais que envolvem esse campo.

Razões profissionais
As razões profissionais para o estudo das Políticas Públicas geralmente
relacionam-se com a utilização dos conhecimentos adquiridos para resolução de
problemas práticos. O estudo das Políticas Públicas é muito importante para
tomada de decisões e planeamento das empresas e corporações comerciais e
industriais, pois estas se utilizam dos estudos de Políticas Públicas para prever
os impactos das acções do Estado sobre a sociedade e assim planejar suas acções
no curto e médio prazo principalmente.

Razões políticas
A principal razão política para o estudo das Políticas Públicas está em elevar o
grau de conscientização da sociedade em torno das interferências do Estado na
vida social e, dessa maneira, aumentar a qualidade das Políticas Públicas.
Através da explanação detalhada das políticas adoptadas pelo Estado, o estudo
das Políticas Públicas proporciona o instrumental necessário para acender a
discussão política e, dessa forma, tornar mais eficaz o resultado das Políticas
Públicas, além de aproximar através da informação a sociedade das acções do
Estado.

4.R: Para CHIAVENATO, (1999:15), os problemas das políticas publicas são:


Falta de planeamento e gestão adequados: Segundo Chiavenato, muitas políticas
públicas são planejadas e implementadas de forma desorganizada e sem um
planeamento adequado. Isso pode levar a desperdício de recursos e falta de
efectividade.

Ausência de avaliação: O autor defende que é importante avaliar


sistematicamente as políticas públicas para identificar seus pontos fortes e
fracos, corrigir distorções e melhorar seu desempenho. A falta de avaliação pode
resultar em políticas ineficazes e desperdício de recursos públicos.

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Dificuldade em alcançar os objectivos propostos: Uma política pública bem-
sucedida deve ser apropriada às necessidades da população e aos objectivos
propostos. Quando isso não acontece, a política pode não atender às
necessidades da população e não alcançar seus objectivos.

Falta de articulação entre diferentes políticas públicas: Chiavenato destaca que


uma política pública isolada de outras políticas pode ser menos efectiva. As
políticas públicas devem ser integradas e complementares entre si.

Corrupção: Infelizmente, a corrupção é um problema em muitas políticas


públicas. A má gestão dos recursos públicos e o desvio de verbas podem
prejudicar a eficácia das políticas e afectar sua credibilidade.

5. R: A afirmação é parcialmente correta. Embora as políticas públicas como


disciplina e área de conhecimento tenham-se consolidado na Europa Ocidental
no final do século XX, elas tiveram suas raízes em outros movimentos e
tradições intelectuais anteriores a esse período. Além disso, a globalização e o
desenvolvimento do neoliberalismo podem ser vistos como factores importantes
na popularização e difusão das políticas públicas na academia e na sociedade em
geral, mas não são os únicos ou mesmo os principais determinantes do
surgimento da disciplina.

As políticas públicas têm sido objecto de estudo e prática por muitas décadas,
mesmo antes do surgimento formal da disciplina. A tradição do planeamento
governamental, por exemplo, remonta ao início do século XX e foi uma
importante fonte de desenvolvimento de políticas públicas. Além disso, os
movimentos sociais e políticos, especialmente aqueles relacionados à Justiça
Social e à cidadania, há muito tempo têm pressionado os governos para
implementar políticas que atendam às necessidades das pessoas e ajudem a
combater a desigualdade e a exclusão social.

A globalização e o surgimento do neoliberalismo na década de 1970 foram


importantes porque colocaram a política - e as escolhas de políticas específicas -

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no centro do debate público. Os formuladores de políticas e académicos
começaram a se concentrar mais nas políticas públicas como forma de lidar com
questões sociais, económicas e políticas, e a disciplina de políticas públicas se
desenvolveu rapidamente como resultado. As mudanças económicas e políticas
globais afectaram a implementação de políticas em todo o mundo,
proporcionando um novo contexto para a disciplina de políticas públicas se
desenvolverem.

6. R: Actualmente, os estudos de politicas públicas estão difundidos em diversos


países e são de grande valia para a planificação das acções dos governos, seja
em nível municipal, estadual, das Empresas até ao cidadão comum porque são
importantes para tomada de decisões e planeamento das empresas e corporações
comerciais e industriais, pois estas se utilizam dos estudos de Políticas Públicas
para prever os impactos das acções do Estado sobre a sociedade e assim planejar
suas acções no curto e médio prazo principalmente. Elas são uma ferramenta
valiosa para a planificação das acções dos governos, ajudando a tomar decisões
informadas e baseadas em evidências que possam abordar os desafios e
necessidade da sociedade. Além disso, esses estudos podem fornecer
informações valiosas para empresas e indivíduos que buscam se envolver no
processo de formulação de políticas públicas.

7.R: Como um modelo social e político dominante na Europa Ocidental durante a Idade
Média, o feudalismo teve uma grande influência na organização do Estado e das
relações de poder. No entanto, com o declínio gradual do sistema feudal no final da
Idade Média, novas formas de organização política começaram a surgir, criando um
espaço para a reflexão sobre o papel e as acções do Estado.

Foi nesse período de transição que muitos pensadores, filósofos e cientistas começaram
a explorar a natureza do Estado e da autoridade política. Embora as ideias variem,
muitos argumentaram que o Estado tinha a responsabilidade de proteger e servir o bem
comum da sociedade como um todo. Essas reflexões iniciais lançaram as bases da teoria
política moderna.

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Porém, vale ressaltar que esse estudo do papel e das acções do Estado é recente em
relação à história humana como um todo. Enquanto o Estado e a autoridade política
existem há milhares de anos, foi somente nos últimos séculos que houve uma reflexão
mais profunda sobre o assunto e a construção de teorias políticas sistemáticas.

8. R: As principais dimensões conceituam inseridas na definição de políticas são


a dimensão institucional, a dimensão processual e a dimensão substantiva.

A dimensão institucional refere-se às estruturas formais e informais que


compõem o universo da acção política, como os diferentes níveis de governo,
partidos políticos, grupos de interesse, organizações da sociedade civil e
cidadãos.

A dimensão processual diz respeito aos procedimentos e mecanismos utilizados


para a produção, implementação, monitoramento e avaliação das políticas
públicas, incluindo a participação e o envolvimento dos diversos atores sociais.

Dimensão substantiva diz respeito aos conteúdos e objectivos das políticas


públicas, ou seja, às metas, objectivos, prioridades e estratégias utilizadas para
enfrentar os problemas sociais e para promover o bem-estar e o desenvolvimento
social.

A dimensão substantiva é a que mais se aproxima do que conhecemos


comummente como políticas, uma vez que se relaciona directamente com a
definição relativa e proactiva das acções e dos programas governamentais para
atender às demandas sociais.

A separação metodológica dessas dimensões implica em um desafio para os


formuladores de políticas públicas, pois cada uma delas demanda diferentes
técnicas e metodologias para a sua análise e intervenção. É necessário, portanto,
uma articulação constante entre as diferentes dimensões conceituais da política
pública para se obter um resultado mais efectivo e sustentável de implementação
das políticas públicas

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9. R: As principais diferenças entre abordagem racionalista e abordagem
incrementalista das Políticas Públicas são: Abordagem racionalista as alternativas são
criados para problemas específicos ou sejam, os problemas nascem primeiro depois são
buscadas as soluções, elas devem combinar as melhores opções em torno do tempo,
custo, rapidez ou quaisquer outros critérios tomados como referencia, enquanto que
Abordagem incrementalista enfatiza que a analise das alternativas será limitada ao que é
familiar e que afectara apenas marginalmente. As novas políticas serão desenhadas a luz
das anteriores conformando um processo de mudança incremental, o decisor parte
daquilo já é realizado conhecido ou das capacidades existente.

10.R: As políticas públicas possuem diversas características, dentre as quais destacam-


se:
Finalidade pública: as políticas públicas são implementadas pelo Estado com o
objectivo de promover o bem-estar da sociedade, solucionar problemas sociais e atender
às demandas da população.

Objectivos claros e definidos: as políticas públicas possuem objectivos específicos, que


devem ser claros e precisos para que possam ser avaliados e monitorados.

Participação social: é fundamental que as políticas públicas contemplem a participação


da sociedade civil na sua formulação, implantação e avaliação, para que haja um
alinhamento entre as necessidades da população e as medidas adoptadas pelo Estado.

Universalidade e equidade: as políticas públicas devem ser universais e alcançar a todos


os cidadãos, sem discriminação de género, raça, idade ou condição económica.

Inter-sectoriaidade: as políticas públicas devem ser articuladas entre diferentes áreas do


governo, de forma a atender às necessidades da população de forma integrada e
abrangente.

Participação das instâncias de governo: as políticas públicas devem contar com a


participação de diferentes instâncias de governo (federal, estadual e municipal), para
que haja uma acção coordenada e eficiente.

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Controle e avaliação: as políticas públicas devem ser constantemente avaliadas e
controladas, para garantir que os objectivos estabelecidos serão alcançados e para
corrigir eventuais desvios que possam surgir no processo.

11.R: Os actores de Politicas Publicas são dois, nomeadamente os Actores Privas e


Estatais.
Actores Estatais- são oriundo do governo ou Estado, eles exercem funções publicas no
Estado, tendo sido eleitos pela sociedade para um cargo por tempo determinado, ou
actuando de forma permanente como servidores públicos, e na sua forma de agir os
políticos são eleitos com base em suas propostas de politicas apresentadas para a
população durante o período eleitoral e buscam tentar realiza-las, enquanto actores
privados- são aquele que não possuem vinculo com estrutura administrativa do Estado.
Os actores políticos.

12. R: O processo de formulação de Politicas Públicas, também chamado de ciclo das


Politicas Publica, apresenta diversas fases:
 Primeira Fase- Formação da Agenda (Selecção das Prioridades):
 Segunda Fase- Formulação de Politicas (Apresentação de Solução ou
Alternativa):
 Terceira Fase- Processo de Tomada de Decisão (Escolha das Acções);
 Quarta Fase- Implementação (ou Execução das Acções);
 Quinta Fase- Avaliação.

13. R: As formas de agregação de actores das políticas públicas segundo FARIA,


(2003), As redes temáticas (Issue networks) - são aquelas questões mais debatidas, em
torno das quais os actores têm preferências intensas e, por isso, catalisam o conflito. Um
inssue é a descriminalização do aborto; no debate sobre a formulação do código
florestal, a delimitação da reserva legal, parcela das propriedades rurais que deve manter
a vegetação;
Comunidade de Politicas Publicas- está relacionada a um conjunto limitado e
relativamente estável de actores, especialistas em uma determinada área que possuem
uma base e conhecimento e linguagem compartilhadas.

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14. R: A tipologia das Políticas públicas na perspectiva de LOWI (1972), existem
quatro tipos:
Distributivas- são políticas que estabelecem benefícios concentrados para um grupo
beneficiário especifica (grupos de pessoas, categoria sociais, habitantes de certas
regiões, com custos difusos para toda a sociedade;
Regulatórios- são politicas que estabelecem padrões de comportamento das pessoas e
de qualidade dos produtos e serviços, impondo condições, interdições e/ou
obrigatoriedades;
Redistributiva- Politicas que também estabelecem benefícios concentrados para grupos
específicos de actores, porem mediante custos concentrados sobre outros grupos de
actores;
Constituitivas ou Metapolíticas- estabelecem as estruturas da disputa política onde
ocorre a elaboração das políticas públicas.

15. R: Descrever de forma pormenorizada, as caracteristicas percursssores, fundamentos


e criticas das teorias seguintes:

(i) Teoria Institucionalismo:


O institucionalismo estuda as relações entre as organizações e as instituições que as
cercam. Seu objetivo é analisar como as instituições influenciam o comportamento dos
indivíduos e organizações em um determinado sistema social. O institucionalismo é
importante para entender a mudança nas estruturas sociais, as lutas por direitos e a
legitimidade das instituições.

As características fundamentais do institucionalismo são a ênfase nas normas e


regras da sociedade, a importância da cultura e das instituições na formação do
comportamento humano e a análise das mudanças institucionais. O institucionalismo
também é identificado pela sua abordagem histórica, isto é, o reconhecimento de que as
instituições são produtos de eventos históricos e que as mudanças institucionais ocorrem
por meio de eventos históricos.

Características críticas do institucionalismo são a falta de foco na estrutura social e


econômica, a falta de atenção à tomada de decisão individual e o valor da cultura como
justificação para as desigualdades.
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(ii) Teoria de Elite:
A teoria de elite sugere que as sociedades são governadas por uma elite de pessoas que
têm um poder desproporcional em relação ao resto da população. A elite detém a
maioria das instituições de poder, como partidos políticos, instituições financeiras e
setores privados.

As características fundamentais da teoria de elite são a visão de que a elite controla a


sociedade e a economia e a importância da posição social em determinar quem faz parte
da elite. A teoria de elite também enfatiza a hierarquia social e econômica como um
fator importante na tomada de decisões.

Características críticas da teoria de elite são a falta de atenção às estruturas


econômicas, a subestimação do papel do Estado e das relações internacionais na tomada
de decisões e a marginalização de grupos sociais e culturais em detrimento das elites.
(iii) Racionalismo
O racionalismo se concentra na tomada de decisão individual e na maximização da
utilidade das escolhas. Os racionalistas acreditam que os indivíduos tomam decisões
com base em informações claras e que procuram sempre maximizar sua posição.

As características fundamentais do racionalismo são a ênfase na tomada de decisão


individual, a importância da informação na tomada de decisão e a importância da
maximização da utilidade. O racionalismo também destaca a necessidade de uma
abordagem científica para a análise da tomada de decisão.

Características críticas do racionalismo são a falta de consideração do contexto social


e econômico, a subestimação do papel da emoção e da intuição na tomada de decisão e
a marginalização das decisões coletivas.
(iv) Incremetalismo
O incrementalismo é uma abordagem para a tomada de decisões que enfatiza a
mudança gradual e incremental no decorrer do tempo. Os incrementalistas afirmam que
as mudanças políticas e sociais ocorrem lentamente, com pequenas mudanças que se
acumulam ao longo do tempo.

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As características fundamentais do incrementalismo são a importância da mudança
gradual, a ênfase na elaboração de políticas públicas por meio de pequenas ações e a
abordagem gradual na tomada de decisão. O incrementalismo também destaca a
importância da participação do público na tomada de decisões.

Características críticas do incrementalismo são a subestimação da força da mudança


social abrupta e a falta de atenção às questões estruturais e sistêmicas subjacentes.

16. R: Formulação de Política Publica- é o processo de elaboração de politicas no


Executivo, Legislativo e outras instituições publicas sob, ponto de vista de:
 Racionalidade económica,
 Racionalidade politico-sistêmica
 Formulação responsável de Politicas Públicas.

Modelos de Tomada de Decisão de Politicas Publicas


 Modelo elitista
Nesse modelo a influência e a pressão nas decisões são realizadas pela elite
(governamental) e ao seu redor o que mais conta é o prestígio pessoal, a reputação e a
capacidade de se aliar com outros “grupos”
 Modelo burocrático
A influência é exercida por economistas, profissionais administradores bem treinados
dominando alguma área de política no governo, independentemente de partidos e de
políticos.
Avaliação das Politicas Publicas
 Aqui consideram-se quais os padrões distributivos das políticas resultantes;
 Isto é, quem recebe o que, como e quando; e
 Que diferença fez em relação a situação anterior à implementação.
 Analisam-se os efeitos pretendidos e as consequências indesejáveis, bem como
quais os impactos mais gerais na sociedade, na economia e na política.

Modelos Teóricos de Tomada de Decisão


 Modelo Racional
 Modelo Incremental
 Modelo Burocrático-organizacional

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 Modelo de Sistema de Crenças (Discursivo)
Modelo Racional
•Enfatiza racionalidade humana
•Os decisores de políticas ou actores políticos tomam decisões racionais em função de
 Um problema identificado
 Um objectivo seleccionado na base das preferências dos indivíduos
 Recursos disponíveis para alcançar tal objectivos que por sua vez são avaliados
em termos de sua efectividade, consistência, custos, etc.
 Selecção dos recursos/meios que mais asseguram as preferências dos indivíduos
Crítica ao Modelo Racional
 As vezes as decisões são feitas na base de informação inadequada e as vezes não
precisas
Modelo Incremental
 Incrementalismo é uma estratégia no qual tomadores de decisão apenas
procuram afastr-se dos problemas do quer esolvê-los
 Os decisores tendem a operar dentro do mesmo quadro, ajustando a sua posição
a luz da resposta em forma de informação acerca do impacto da decisão anterior;
 Faz apenas pequenos ajustes comvista a mudar circunstâncias
Críticasao Modelo Incremental
 Demasiado conservativo
 Não traz inovação
 Interessado nos problemas do dia-a-dia do que tentar resolver problemas de
longo prazo
Modelo Burocrático-organizacional
Modelo do processo organizacional
Enfatiza o impacto sobre as decisões dos valores que são encontrados numa
organização;
As decisões são vistas como reflexo da cultura da agência ou departamento
governamental que as fazem;
Modelo político-burocrático
Enfatiza o impacto sobre as decisões da barganha entre o pessoal e agências, cada um
deles com diferentes interesses[
Decisões são tomadas na base de competição
Crítica ao Modelo Burocrático Organizacional

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 O modelo organizacional permite pouco espaço para que a lideranca política
possa ser imposta de cima(seria uma irracionalidade dizer que todas as decisões
são formadas pelas pressões e percepções organizacionais);
 Seria muito simplista dizer, no modelo político- burocrático, que actores
políticos apenas detém visões baseadas da sua posição e interesses das
organizações nas quais trabalham;
Modelo de Sistema de Crenças(Discursivo)
 Assume que as crenças e ideas(ideologias) dominantes influenciam as Políticas
públicas.
 Esta tendência e inconsciente e baseada no etnocentrismo
 Embora o decisor acredite que está a agir racional e imparcialmente, seus
valores sociais e políticos agem com um filtro forte;
 Certas informações e opções particulares não são apreciadas ou mesmo
consideradas;

17. R: Importância da Análise de Políticas Públicas


As Políticas Públicas contribuem ou devem contribuir para
 Desenvolvimento humano;
 Redução da pobreza;
 Melhoria das condições de vida dos cidadãos
 Integração social dos grupos sociais; vulneráveis;
 Capacitação da administração pública;

18. R: Administração pública refere-se á estrutura e funcionamento da organização


responsável pela gestão e execução das políticas públicas. É o conjunto de órgão,
servidores e actividades que tem como objectivo garantir a efectividade e eficiência na
prestação dos serviços públicos e na gestão do património publico, enquanto que
Política é o conjunto de decisões, medidas e acções tomadas pelos governantes e pelos
cidadãos em relação á gestão do país. Ela está às escolhas e aos processos de
transformação social, económica e política do Estado, buscando solucionar as demandas
da sociedade. Política é uma actividade que busca o bem-estar da sociedade como um
todo, visando o alcance de objectivos colectivos.

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19. R: Existem diversos modelos teóricos utilizados no estudo das políticas públicas,
que são guiados por diferentes questões de análise. Algumas das principais abordagens
são:
Modelo racional: Este modelo busca explicar como decisões são tomadas em relação às
políticas públicas. Ele parte do pressuposto de que os atores envolvidos nesse processo
são racionais e buscam maximizar seus interesses. Dessa forma, a análise racional tenta
identificar os objectivos dos diferentes atores, suas preferências e as informações que
possuem para construir modelos de decisão baseados em critérios de eficiência e
efectividade.

Modelo institucional: Este modelo enfatiza o papel das instituições formais e informais
na formulação e implementação de políticas públicas. Ele se concentra nos
constrangimentos e oportunidades criados pelas regras e normas estabelecidas pelos
sistemas políticos e burocráticos. Questões relacionadas à capacidade de governança, ao
arranjo institucional, à coordenação intergovernamental e ao papel dos atores sociais são
algumas das questões analisadas.

Modelo de advocacy coalition framework: Focado na análise de políticas públicas


controversas, esse modelo se concentra na organização e mobilização das coalizões de
interesses que se formam em torno dessas políticas. É comum se buscar investigar como
essas coalizões são formadas, quais são seus objectivos e recursos disponíveis e como
elas podem influenciar o processo decisório.

Teoria das redes: Esta teoria busca compreender o papel das redes de atores que se
formam em torno das políticas públicas. Ela analisa como essas redes são estruturadas,
quais são suas características e como elas podem influenciar o processo decisório e a
implementação das políticas. A análise de redes pode envolver a identificação de atores
importantes na rede, a identificação de padrões de interacção entre eles e a análise da
influência que têm nesses padrões.

Teoria crítica: Essa teoria enfatiza a dimensão ideológica e política das políticas
públicas. Ela busca compreender como as políticas públicas são construídas e
negociadas por diferentes agentes sociais, que trazem consigo diferentes interesses,

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valores e visões de mundo. A análise crítica pode enfocar, por exemplo, questões
relacionadas à justiça social, democratização e participação popular.

Modelo de múltiplos fluxos: Este modelo considera a constelagem de eventos e actores


que afectam decisões governamentais. O termo "fluxo" se refere a diferentes tipos de
acção governamental, cada acompanhada por um subconjunto diferente de atores e
instituições. Esse modelo se concentra em analisar esses múltiplos fluxos e os atores que
os alimentam, e busca explicar por que certos problemas públicos são mais propensos a
serem priorizados do que outros problemas.

20. R: O processo descritivo das políticas públicas é um método utilizado para analisar e
compreender como as políticas são desenvolvidas e implementadas pelo governo em
uma determinada área de actuação. Para que este processo seja feito de forma cuidadosa
e fundamentada, é preciso seguir algumas etapas importantes.

A primeira etapa consiste em identificar qual área de política pública será analisada.
Essa escolha deve ser orientada pelos objectivos do estudo e pela relevância da política
para a sociedade. Em seguida, é necessário levantar informações sobre o contexto em
que a política foi desenvolvida, incluindo a legislação que regulamenta sua criação e
funcionamento, sua estrutura institucional, o orçamento destinado, as modalidades de
prestação de serviços e outros dados relevantes.

Uma vez colectadas as informações iniciais, é importante definir os atores que estão
envolvidos na implementação da política, desde o poder público até a sociedade civil. É
preciso também compreender e analisar as iniciativas de participação popular e os
mecanismos de transparência e accountability envolvidos na gestão da política.

Outras etapas importantes incluem a análise dos dados quantitativos e qualitativos


referentes à política, a identificação das principais barreiras e obstáculos enfrentados na
implementação da política e a avaliação dos impactos socioeconómicos e políticos que a
política tem gerado na sociedade.

Por fim, é importante realizar uma análise crítica de todos os dados colectados,
considerando o contexto e as limitações presentes na política pública, para propor

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acções que possam melhorar o funcionamento da política e garantir a sua efectividade
na busca pelo bem comum.

20. R: As políticas públicas são importantes no dia-a-dia porque são decisões tomadas
pelo governo para solucionar problemas e atender às demandas da sociedade, seja nas
áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente, entre outras. Essas políticas
afectam directamente a vida das pessoas, pois estabelecem o acesso a serviços e
benefícios sociais. Além disso, as políticas públicas também têm o poder de regular a
economia e o mercado, promovendo maior equidade e justiça social. Sem essas
políticas, haveria um caos social e económico, com desigualdades e injustiças ainda
maiores.

4.R: A disciplina administração publica, ao se construir, tinha por objectivo formar


servidores públicos, entendidos como os integrantes da burocracia governamental,
vinculada ao executivo, ela era, em última instancia, a administração governamental.
Mas nas últimas décadas, o “publico” da administração publica foi redefinido,
ampliando suas fronteiras para além do estado, passado a incluir organização não
governamentais, entidades do sector privado e da comunidade e instituições voltadas à
inclusão dos cidadãos no processo de formulação, implementação e controle de políticas
públicas.
Estas obras estabelecem uma diferenciação entre administração pública e política,
diferenciação está associada ao propósito de superação das práticas de apadrinhamento
e patrimonialismo que marcavam a administração pública até então naquele país. Sendo
que o foco da disciplina era a preparação dos servidores para atividades-meio, centrais à
atuação do executivo e à implementação de políticas públicas.

5.R: As políticas públicas, configuram em primeiro lugar, processos complexos e


multidimensionais que se desenvolvem em múltiplos níveis de ação e de decisão-local,
regional, nacional e transnacional. Em segundo lugar, envolvem diferentes actores –
governantes, legisladores, eleitores, administração publica, grupos de interesse, público-
alvo e organismo transnacionais, que agem em quadros institucionais e em contextos
geográficos e políticos específicos, visando a resolução de problemas públicos. Sendo
que os modelos que procuram explicar estes padrões de relacionamento são : modelo

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sequencial ou ciclo político; o modelo dos fluxos múltiplos; o modelo do equilíbrio
interrompido e o quarto teórico das coligações de causa ou de interesse.

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