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Anatércia Cuambe
Angelina Nhangale
Dorcia Matavel
Hélio Cossa
Nelson Maposse
SEMI-PRESENCIAL
2023
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I. Na perspectiva de SUREL (2002) e SECCHI, Politicas Públicas é o processo
pelo qual são formulados e implementados programas de acção pública,
coordenados em termo de objectivos específicos. Em outras palavras refere-
se ao processo de construção e intervenção junto a realidade social por meio
de instrumentos considerados adequados. Ele enfatiza que essas acções
devem ser baseadas em uma análise rigorosa das questões sociais a serem
abordadas, bem como em um trabalho colaborativo entre diferentes agentes
do governo, da sociedade civil e do sector privado.
Segundo SECCHI (2015, p2) define políticas publicas como uma directriz
elaborada para enfrentar o problema público, isto é, pode assumir as mais
diversas formas concretas, sendo decidida nas mais diferentes instâncias da
sociedade, publica ou privada. Ele destaca que as políticas públicas devem
estar em sintonia com as demandas e expectativas da sociedade, e devem ser
eficazes e eficientes na resolução dos problemas sociais.
Eles também destacam que as políticas públicas devem ser permeadas por
princípios democráticos e de transparência, garantindo a prestação de contas e a
responsabilidade dos agentes públicos envolvidos.
3. R: As razões do estudo das políticas publica são várias dentre elas destacam:
Razões científicas, razões profissionais e razões politicam.
Razões científicas
As razões científicas para o estudo das Políticas Públicas devem-se à
importância adquirida por essa matéria principalmente nas democracias
ocidentais modernas. A possibilidade de prever os impactos da acção do Estado
sobre a sociedade movimenta cientistas, notadamente do campo das ciências
humanas (cientistas políticos, sociólogos, administradores, antropólogos,
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economistas etc.) que têm por objectivo criar modelos que possam auxiliar tanto
o Estado quanto a sociedade no processo de formulação, implementação e
avaliação de Políticas Públicas, além de fornecer instrumental explicativo dos
fenómenos sociais que envolvem esse campo.
Razões profissionais
As razões profissionais para o estudo das Políticas Públicas geralmente
relacionam-se com a utilização dos conhecimentos adquiridos para resolução de
problemas práticos. O estudo das Políticas Públicas é muito importante para
tomada de decisões e planeamento das empresas e corporações comerciais e
industriais, pois estas se utilizam dos estudos de Políticas Públicas para prever
os impactos das acções do Estado sobre a sociedade e assim planejar suas acções
no curto e médio prazo principalmente.
Razões políticas
A principal razão política para o estudo das Políticas Públicas está em elevar o
grau de conscientização da sociedade em torno das interferências do Estado na
vida social e, dessa maneira, aumentar a qualidade das Políticas Públicas.
Através da explanação detalhada das políticas adoptadas pelo Estado, o estudo
das Políticas Públicas proporciona o instrumental necessário para acender a
discussão política e, dessa forma, tornar mais eficaz o resultado das Políticas
Públicas, além de aproximar através da informação a sociedade das acções do
Estado.
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Dificuldade em alcançar os objectivos propostos: Uma política pública bem-
sucedida deve ser apropriada às necessidades da população e aos objectivos
propostos. Quando isso não acontece, a política pode não atender às
necessidades da população e não alcançar seus objectivos.
As políticas públicas têm sido objecto de estudo e prática por muitas décadas,
mesmo antes do surgimento formal da disciplina. A tradição do planeamento
governamental, por exemplo, remonta ao início do século XX e foi uma
importante fonte de desenvolvimento de políticas públicas. Além disso, os
movimentos sociais e políticos, especialmente aqueles relacionados à Justiça
Social e à cidadania, há muito tempo têm pressionado os governos para
implementar políticas que atendam às necessidades das pessoas e ajudem a
combater a desigualdade e a exclusão social.
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no centro do debate público. Os formuladores de políticas e académicos
começaram a se concentrar mais nas políticas públicas como forma de lidar com
questões sociais, económicas e políticas, e a disciplina de políticas públicas se
desenvolveu rapidamente como resultado. As mudanças económicas e políticas
globais afectaram a implementação de políticas em todo o mundo,
proporcionando um novo contexto para a disciplina de políticas públicas se
desenvolverem.
7.R: Como um modelo social e político dominante na Europa Ocidental durante a Idade
Média, o feudalismo teve uma grande influência na organização do Estado e das
relações de poder. No entanto, com o declínio gradual do sistema feudal no final da
Idade Média, novas formas de organização política começaram a surgir, criando um
espaço para a reflexão sobre o papel e as acções do Estado.
Foi nesse período de transição que muitos pensadores, filósofos e cientistas começaram
a explorar a natureza do Estado e da autoridade política. Embora as ideias variem,
muitos argumentaram que o Estado tinha a responsabilidade de proteger e servir o bem
comum da sociedade como um todo. Essas reflexões iniciais lançaram as bases da teoria
política moderna.
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Porém, vale ressaltar que esse estudo do papel e das acções do Estado é recente em
relação à história humana como um todo. Enquanto o Estado e a autoridade política
existem há milhares de anos, foi somente nos últimos séculos que houve uma reflexão
mais profunda sobre o assunto e a construção de teorias políticas sistemáticas.
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9. R: As principais diferenças entre abordagem racionalista e abordagem
incrementalista das Políticas Públicas são: Abordagem racionalista as alternativas são
criados para problemas específicos ou sejam, os problemas nascem primeiro depois são
buscadas as soluções, elas devem combinar as melhores opções em torno do tempo,
custo, rapidez ou quaisquer outros critérios tomados como referencia, enquanto que
Abordagem incrementalista enfatiza que a analise das alternativas será limitada ao que é
familiar e que afectara apenas marginalmente. As novas políticas serão desenhadas a luz
das anteriores conformando um processo de mudança incremental, o decisor parte
daquilo já é realizado conhecido ou das capacidades existente.
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Controle e avaliação: as políticas públicas devem ser constantemente avaliadas e
controladas, para garantir que os objectivos estabelecidos serão alcançados e para
corrigir eventuais desvios que possam surgir no processo.
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14. R: A tipologia das Políticas públicas na perspectiva de LOWI (1972), existem
quatro tipos:
Distributivas- são políticas que estabelecem benefícios concentrados para um grupo
beneficiário especifica (grupos de pessoas, categoria sociais, habitantes de certas
regiões, com custos difusos para toda a sociedade;
Regulatórios- são politicas que estabelecem padrões de comportamento das pessoas e
de qualidade dos produtos e serviços, impondo condições, interdições e/ou
obrigatoriedades;
Redistributiva- Politicas que também estabelecem benefícios concentrados para grupos
específicos de actores, porem mediante custos concentrados sobre outros grupos de
actores;
Constituitivas ou Metapolíticas- estabelecem as estruturas da disputa política onde
ocorre a elaboração das políticas públicas.
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As características fundamentais do incrementalismo são a importância da mudança
gradual, a ênfase na elaboração de políticas públicas por meio de pequenas ações e a
abordagem gradual na tomada de decisão. O incrementalismo também destaca a
importância da participação do público na tomada de decisões.
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Modelo de Sistema de Crenças (Discursivo)
Modelo Racional
•Enfatiza racionalidade humana
•Os decisores de políticas ou actores políticos tomam decisões racionais em função de
Um problema identificado
Um objectivo seleccionado na base das preferências dos indivíduos
Recursos disponíveis para alcançar tal objectivos que por sua vez são avaliados
em termos de sua efectividade, consistência, custos, etc.
Selecção dos recursos/meios que mais asseguram as preferências dos indivíduos
Crítica ao Modelo Racional
As vezes as decisões são feitas na base de informação inadequada e as vezes não
precisas
Modelo Incremental
Incrementalismo é uma estratégia no qual tomadores de decisão apenas
procuram afastr-se dos problemas do quer esolvê-los
Os decisores tendem a operar dentro do mesmo quadro, ajustando a sua posição
a luz da resposta em forma de informação acerca do impacto da decisão anterior;
Faz apenas pequenos ajustes comvista a mudar circunstâncias
Críticasao Modelo Incremental
Demasiado conservativo
Não traz inovação
Interessado nos problemas do dia-a-dia do que tentar resolver problemas de
longo prazo
Modelo Burocrático-organizacional
Modelo do processo organizacional
Enfatiza o impacto sobre as decisões dos valores que são encontrados numa
organização;
As decisões são vistas como reflexo da cultura da agência ou departamento
governamental que as fazem;
Modelo político-burocrático
Enfatiza o impacto sobre as decisões da barganha entre o pessoal e agências, cada um
deles com diferentes interesses[
Decisões são tomadas na base de competição
Crítica ao Modelo Burocrático Organizacional
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O modelo organizacional permite pouco espaço para que a lideranca política
possa ser imposta de cima(seria uma irracionalidade dizer que todas as decisões
são formadas pelas pressões e percepções organizacionais);
Seria muito simplista dizer, no modelo político- burocrático, que actores
políticos apenas detém visões baseadas da sua posição e interesses das
organizações nas quais trabalham;
Modelo de Sistema de Crenças(Discursivo)
Assume que as crenças e ideas(ideologias) dominantes influenciam as Políticas
públicas.
Esta tendência e inconsciente e baseada no etnocentrismo
Embora o decisor acredite que está a agir racional e imparcialmente, seus
valores sociais e políticos agem com um filtro forte;
Certas informações e opções particulares não são apreciadas ou mesmo
consideradas;
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19. R: Existem diversos modelos teóricos utilizados no estudo das políticas públicas,
que são guiados por diferentes questões de análise. Algumas das principais abordagens
são:
Modelo racional: Este modelo busca explicar como decisões são tomadas em relação às
políticas públicas. Ele parte do pressuposto de que os atores envolvidos nesse processo
são racionais e buscam maximizar seus interesses. Dessa forma, a análise racional tenta
identificar os objectivos dos diferentes atores, suas preferências e as informações que
possuem para construir modelos de decisão baseados em critérios de eficiência e
efectividade.
Modelo institucional: Este modelo enfatiza o papel das instituições formais e informais
na formulação e implementação de políticas públicas. Ele se concentra nos
constrangimentos e oportunidades criados pelas regras e normas estabelecidas pelos
sistemas políticos e burocráticos. Questões relacionadas à capacidade de governança, ao
arranjo institucional, à coordenação intergovernamental e ao papel dos atores sociais são
algumas das questões analisadas.
Teoria das redes: Esta teoria busca compreender o papel das redes de atores que se
formam em torno das políticas públicas. Ela analisa como essas redes são estruturadas,
quais são suas características e como elas podem influenciar o processo decisório e a
implementação das políticas. A análise de redes pode envolver a identificação de atores
importantes na rede, a identificação de padrões de interacção entre eles e a análise da
influência que têm nesses padrões.
Teoria crítica: Essa teoria enfatiza a dimensão ideológica e política das políticas
públicas. Ela busca compreender como as políticas públicas são construídas e
negociadas por diferentes agentes sociais, que trazem consigo diferentes interesses,
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valores e visões de mundo. A análise crítica pode enfocar, por exemplo, questões
relacionadas à justiça social, democratização e participação popular.
20. R: O processo descritivo das políticas públicas é um método utilizado para analisar e
compreender como as políticas são desenvolvidas e implementadas pelo governo em
uma determinada área de actuação. Para que este processo seja feito de forma cuidadosa
e fundamentada, é preciso seguir algumas etapas importantes.
A primeira etapa consiste em identificar qual área de política pública será analisada.
Essa escolha deve ser orientada pelos objectivos do estudo e pela relevância da política
para a sociedade. Em seguida, é necessário levantar informações sobre o contexto em
que a política foi desenvolvida, incluindo a legislação que regulamenta sua criação e
funcionamento, sua estrutura institucional, o orçamento destinado, as modalidades de
prestação de serviços e outros dados relevantes.
Uma vez colectadas as informações iniciais, é importante definir os atores que estão
envolvidos na implementação da política, desde o poder público até a sociedade civil. É
preciso também compreender e analisar as iniciativas de participação popular e os
mecanismos de transparência e accountability envolvidos na gestão da política.
Por fim, é importante realizar uma análise crítica de todos os dados colectados,
considerando o contexto e as limitações presentes na política pública, para propor
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acções que possam melhorar o funcionamento da política e garantir a sua efectividade
na busca pelo bem comum.
20. R: As políticas públicas são importantes no dia-a-dia porque são decisões tomadas
pelo governo para solucionar problemas e atender às demandas da sociedade, seja nas
áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente, entre outras. Essas políticas
afectam directamente a vida das pessoas, pois estabelecem o acesso a serviços e
benefícios sociais. Além disso, as políticas públicas também têm o poder de regular a
economia e o mercado, promovendo maior equidade e justiça social. Sem essas
políticas, haveria um caos social e económico, com desigualdades e injustiças ainda
maiores.
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sequencial ou ciclo político; o modelo dos fluxos múltiplos; o modelo do equilíbrio
interrompido e o quarto teórico das coligações de causa ou de interesse.
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