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COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – IBRA

DISCIPLINA

Política e Organização da Educação


no Brasil
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................... 2

1.OS PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ........................... 4

2.LDB - LEI N° 9.394/96 ............................................................... 18

2.1.Educação básica ..................................................................... 19

2.2.Ensino Superior: .................................................................... 20

2.3.A estrutura da LDB ................................................................. 21

2.4.Os princípios da Educação ...................................................22

2.5.Os deveres do Estado com a Educação ..............................23

2.6.CNE 24

2.6.1.Atribuições ............................................................................ 24

3.PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO............................. 30

3.1.O que é o PNE? ...................................................................... 30

MATERIAIS COMPLEMENTARES ............................................... 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 38

1
APRESENTAÇÃO

Prezado (a) aluno (a),

Ao longo dessa disciplina discorremos sobre a Legislação e


Políticas Educacionais. Note que o termo educação deriva de educare, e
quer dizer, ação de amamentar. Pode também ter origem na raiz latina
educere, que significa a ação de orientar o educando. Atualmente, as
tendências pedagógicas refugiam esta etimologia.
Legislação é atuação de constituir leis através do poder legislativo.
A legislação em campo educacional, alude-se à instrução ou aos
procedimentos de concepção que se dão não somente nas instituições de
ensino, entretanto ocorrem além disso em outras instâncias culturais tais
como a família, a igreja, a associação, ou mesmos os grupos comunitários
entre outros. Transcorre do latim legislatio, e quer dizer, justamente, ação
de legislar, direito de realizar, ordenar ou produzir leis. A legislação é,
dessa forma, o ato de compor leis através do poder legislativo. Legislação
educacional explana um conjunto de cláusulas legais sobre o tema
educacional.
Ao usarmos a expressão legislação educacional ou legislação da
educação estaremos aludindo à legislação que trata da educação escolar
em seus níveis e modalidades em contorno abrangente, à educação
básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e à
educação superior.
Assim, a educação elevou-se à categoria de direito público subjetivo
a partir da última constituinte, instaurada em 1988. Esse ordenamento

2
jurídico definiu o direito na educação ou, mais presentemente chamado,
o Direito Educacional e assim deu a origem as presentes leis
educacionais. Tendo alguma dúvida, não deixe de encaminhar as suas
perguntas ao setor pedagógico por meio do protocolo ou atendimento aos
alunos.

Bons estudos!

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1. OS PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Fonte: Veja Abril1

Note que o termo Políticas Públicas é binominal, dessa forma,


consideramos indispensável apontar o sentido de cada uma. De acordo
com o dicionário da língua portuguesa, “política” é a ciência da
governança de um Estado ou Nação e além disso uma arte de negociação
para compatibilizar instâncias.
O termo possui origem no grego politiká, provém de polis que indica
aquilo que é público. O significado de política é bem abrangente e está,
em regra, relacionado com aquilo que profere sobre o espaço público. Do
mesmo modo, “pública”, de origem latina publicus, significa o povo
(populus).

1 Retirado em: http://veja.abril.com.br

4
Assim, para finalizarmos vemos que as Políticas Públicas é uma
atuação governamental para satisfazer o interesse do povo, e como a
política é a arte da negociação, essas ações deveriam ser
compartilhadas, pensadas e planejadas coletivamente com o povo.

De acordo com Medeiros (2000, p.1), a “[...] área de


políticas públicas consolidou na última metade do
século XX um corpo teórico próprio e um instrumental
analítico voltado para a compreensão de fenômenos de
natureza político-administrativa [...]”. Por isso, o autor
indica que não há consenso com relação à definição do
que seja política pública. Mas, de maneira geral, os
conceitos usados são aqueles que definem tais
políticas como ações do governo (SOUZA, 2006).
Conforme Souza (2006), a política pública é um campo
de conhecimento da ciência política, que os governos,
ao mesmo tempo em que agem, analisam suas ações
para propor mudanças no curso das ações, ou seja, a
formulação de políticas públicas traduzem propostas
de eleição em programas, projetos, base de dados,
sistemas de informações e pesquisas e se essas ações
implementadas pelo governo darão resultados ou
mudanças reais (submetidas a acompanhamento e
avaliação). Para essa autora, os cientistas, ao definir
que as políticas públicas estão a serviço da resolução
de problemas, se esquecem do “[...] aspecto
conflituoso e os limites que cercam as decisões dos
governos. Deixam também de fora possibilidades de
cooperação que podem ocorrer entre os governos e
outras instituições e grupos sociais” (SOUZA, 2006, p.
25). Por isso, as definições embora minimizadas,
assumem uma visão mais holística da área, “[...] a
política pública em geral e a política social em particular
são campos multidisciplinares, e seu foco está nas
explicações sobre a natureza da política pública e seus
processos” (SOUSA E SILVA, 2016).

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Afora de refletirem e inter-relacionarem com outros campos da
ciência como: ciência política aplicada, economia, sociologia, geografia,
antropologia, planejamento e gestão.

Fonte: TCE MG2

Dessa maneira, a implementação das políticas públicas está mais


conexa à autonomia concernente do Estado, ao espaço de ação (contidas
à influência externa e interna do mesmo), à sua competência para atuar
nos períodos históricos do país, do que com as coações dos grupos de
interesse, o elitismo ou classes sociais majoritárias.

2 Retirado em: http://receitas.tce.mg.gov.br

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Souza (2006, p. 36-37) aponta que: A política pública
permite distinguir entre o que o governo pretende fazer
e o que, de fato, faz; [...] envolve vários atores e níveis
de decisão, embora seja materializada através dos
governos, e não necessariamente se restringe a
participantes formais, já que os informais são também
importantes; [...] é abrangente e não se limita a leis e
regras; [...] é uma ação intencional, com objetivos a
serem alcançados; [...] embora tenha impactos no curto
prazo, é uma política de longo prazo. A política pública
envolve processos subsequentes após sua decisão e
proposição, ou seja, implica também implementação,
execução e avaliação. A política pública desejada deve
ser planejada para promover as melhores escolas, o
que de fato é preciso e necessário ser realizado, desde
que, satisfaça o bem comum e esteja de acordo com
legislação e as instituições e, sobretudo, seja uma
política eficiente, norteada pelos princípios de
planejamento, acompanhamento e avaliação (SOUSA
E SILVA, 2016).

Desse jeito, como já mencionamos, para que as políticas públicas


apresentem o devido significado, seria preciso a participação popular e,
presentemente, esta organização ganha foco por meio do neo-
institucionalismo, isto é, a participação das instituições para deliberar,
estabelecer e aplicar tais políticas. Esse debate aufere repercussão
porque as políticas públicas solicitam intenção pública para o conjunto.

Contudo, segundo Medeiros, 2000, p.2: É preciso


considerar que uma política pública pode ser elaborada
pelo Estado ou por instituições privadas, desde que se
refiram a “coisa pública”, por isso, as políticas públicas
vão além das políticas governamentais, se
considerarmos que o governo não é a única instituição
a promover políticas públicas e, nesse caso, o que
define uma política pública é o “problema público”
(MEDEIROS, 2000, p. 2). A partir dessa ideia, as

7
políticas públicas não são apenas responsabilidade do
governo, o autor apresenta um novo conceito, citando
Volker Schneider (2005). Kenis e Schneider (1991) que
utilizam a expressão “redes de políticas públicas”
indicam a ideia de que os problemas, a discussão, a
implementação e processamento político de uma
dificuldade pública “não é mais um assunto exclusivo
de uma hierarquia governamental e administrativa
integrada, senão que se encontra em redes, nas quais
estão envolvidas organizações tanto públicas quanto
privadas” (SCHNEIDER, 2005, p. 37 apud MEDEIROS,
2000, p. 2) (SOUSA E SILVA, 2016).

É indispensável ver as políticas públicas como uma parceria, que


possam colaborar com governos e Organizações Não Governamentais
(ONGs) para procurar resolver os problemas globais. Em uma visão
operacional, as políticas públicas, constituiriam uma tomada de decisão
com uma ação e omissão, prevenção ou correção, para conservar ou
transformar uma realidade de um ou muitas esferas da sociedade, por
meio de desígnios e estratégias de atuação e alocação de recursos
indispensáveis para tornar exequíveis os fins sugeridos.
Dessa maneira, o processo de política pública não é racional, existe
em sua natureza uma agitação que contrafaze todos os partícipes: os que
esquematizam, os executores e os favorecidos das políticas, porque ela
própria é uma complexidade em si mesma e o Estado parece ter um certo
enfraquecimento em aplicá-las.
Assim, a elaboração de políticas públicas adota os seguintes
passos:

1. Agenda: diz respeito à escolha do problema a ser posto na


agenda enquanto política pública (enquanto debate);

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2. Elaboração: trata da identificação (delimitação) do problema
da comunidade, determinar suas alternativas de solução,
avaliação de custos e efeitos e estabelecer prioridades;
3. Formulação: consiste na seleção mais acertada da alternativa
(tomada de decisão), definição de objetivos e seus fundamentos
jurídicos, administrativos e financeiros;
4. Implementação: consiste em planejar, organizar o Estado e
seus recursos (todos viáveis e necessários) para executar a
política;
5. Execução: é pôr em prática a realização dos objetivos
planejados;
6. Acompanhamento: traduz-se numa sistemática supervisão da
execução da atividade e objetiva fornecer dados para as
possíveis correções;
7. Avaliação: é a análise dos efeitos produzidos nos atores
sociais pelas políticas públicas (SOUSA E SILVA, 2016).

Vale ressaltar que as fases descritas são mais uma intervenção


teórica, do que se constitui na prática, todavia os procedimentos
geralmente são os citados a seguir:

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Ademais, uma política pública está: [...] integrada
dentro do conjunto de políticas governamentais e
constitui uma contribuição setorial para a busca do
bem-estar coletivo [...] As políticas públicas são
influenciadas, a partir da sua incorporação ao elenco
de ações setoriais do governo, pelas contingências que
afetam a dinâmica estatal e pelas modificações que a
teoria sofre como consequência. É por isso que, no
começo, estão impregnadas pelas ideias vigentes em
matéria de planejamento: fixação de metas
quantitativas pelos organismos centrais de
planejamento, geralmente dominados por técnicos
mais ou menos esclarecidos; subordinação de toda a
vida social ao crescimento econômico; determinação
do futuro com base em projeções das tendências do
passado (SOUSA E SILVA, 2016).

Ao avaliar a racionalidade técnica na elaboração das políticas


públicas, os autores distinguiram para os aspectos que esse fator
influencia diretamente as decisões ao longo do planejamento.

No entanto, Saravia e Ferrarezi (2006, p. 35) afirmam


que “[...] o poder político dos diferentes setores da vida
social e sua capacidade de articulação dentro do
sistema político são os que realmente determinam as
prioridades”. Para entender o porquê das políticas
públicas, é preciso compreender a importância das
instituições políticas na formulação das proposições,
pois delas “[...] emanam ou elas condicionam as
principais decisões. Sua estrutura, seus quadros e sua
cultura organizacional são elementos que configuram a
política. As instituições impregnam as ações com seu
estilo específico de atuação” (SARAVIA; FERRAREZI,
2006, p. 37). Dentro delas há forças tangenciais
(indivíduos diversos) a sua estrutura racional e, muitas
vezes, sujeitas a pressões do seu contexto social
(SOUSA E SILVA, 2016).

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Logo, as Políticas Públicas incidem em atuações tomadas pelo
Estado que possui como desígnio atender aos diversos setores da
sociedade civil. Diversas vezes, essas políticas são realizadas com o
apoio de ONGs ou empresas privadas.

Os tipos de Políticas Públicas: definindo suas


características As Políticas Públicas são “[...] ações
geradas na esfera do Estado e que têm como objetivo
atingir a sociedade como um todo ou partes dela”
(SANTOS, 2016, p. 5), o autor indica que toda política
pública tem uma intencionalidade, um/mais
formulador(es) e um contexto (político, social,
econômico e histórico) (SOUSA E SILVA, 2016).

Porquanto, existem quatros tipos de políticas públicas:

• Políticas Públicas Distributivas: são políticas amplas,


concedidas ao povo de maneira consensual, através de bens,
direitos ou poder, onde os recursos são distribuídos pelos
Estado, os quais são arrecadados através de impostos.
Exemplo: Sistema Único de Saúde (SUS).
• Políticas Públicas Redistributivas: são aquelas que
objetivam “[...] redistribuir o acesso a recursos, direitos e/ou
poder na sociedade, redefinindo, qualitativa e quantitativamente,
mesmo que por via indireta, as relações de poder na sociedade”
(SANTOS, 2016, p. 6). Essa redistribuição de acesso tende a ser
conflituosa, polêmica e causar dissensos na sociedade, pois a
reestruturação dos recursos rompe com o status anteriormente
adquirido. Exemplo: as cotas para negros e afrodescendentes
em universidades públicas.

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• Políticas Públicas Regulatórias: é a conversão das políticas
anteriores em leis e decretos. Essas políticas, como o próprio
nome diz, regulam o acesso aos direitos, ou seja, ditam as
regras e as normas do fazer políticas públicas. Exemplo: a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
• Políticas Públicas Instituintes: são aquelas que determinam
o regime político, a forma do estado e a maneira como este se
apresenta composto. Exemplo: a Constituição Federal. Santos
(2006) apresenta um quadro-resumo das políticas públicas e as
características de cada uma delas (SOUSA E SILVA, 2016).

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Note que as Políticas Sociais proferem que sobre o espaço da
Educação, logo, o termo “política social” começou em meio aos
pensadores alemães em meados do século XIX, que idealizaram, em
1873, uma associação para realizar pesquisas sobre esse tema. A partir
disso, o termo passou a ser largamente empregada e, em determinadas
vezes, sem um baseamento conceitual.
Logo, com a ascensão do capitalismo, junto a Revolução Industrial
e as lutas das classes, essa movimentação acarretou no aparecimento
das políticas sociais, entretanto, são percebidas como produto social, da

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correlação entre as pessoas de diferentes lugares, com interesses
diversificados. A autora também menciona:

A política social surge no capitalismo com as


mobilizações operárias e a partir do século XIX com o
surgimento desses movimentos populares, é que ela é
compreendida como estratégia governamental. Com a
Revolução Industrial na Inglaterra, do século XVIII a
meados do século XIX, esta trouxe consequências
como a urbanização exacerbada, o crescimento da
taxa de natalidade, fecunda o germe da consciência
política e social, organizações proletárias, sindicatos,
cooperativas na busca de conquistar o acolhimento
público e as primeiras ações de política social. Ainda
nesta recente sociedade industrial, inicia-se o conflito
entre os interesses do capital e os do trabalho (PIANA,
2009, p. 23-24). Piana (2009) ressalta que, o
surgimento das políticas sociais não possui uma data
de fato ou um momento particular. Elas surgem como
resposta a Revolução Industrial e suas demandas de
desigualdades sociais, sindicalização, urbanização,
cooperativismo etc. Dessa forma, as lutas sociais e as
mobilizações operárias no século XIX foram a
demarcação da gênese da política social. No entanto,
para alguns outros autores, a política social, mesmo
sem definição propriamente dita e de maneira geral,
pertence às Ciências Sociais e é entendida como uma
categoria de política pública, como uma atitude de
governo, como preconizou Vianna (2002, p. 1): Política
social é um conceito que a literatura especializada não
define precisamente (SOUSA E SILVA, 2016).

De um ângulo bem geral, no campo das Ciências Sociais, a política


social é compreendida como modalidade de política pública e, porquanto,
como atuação de governo com desígnios específicos. A definição parece
inequívoca e um tanto vaga.

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Todavia, contém dois artifícios que, se desativados, minimizam a
obviedade e possibilita alcançar maior exatidão conceitual, ao dizer que
têm “duas armadilhas” na definição de político social. Ainda, necessita-se
avaliar o fato da expressão “ações de governo” como a “primeira
armadilha”, porquanto o termo é oco e vem acompanhado da
indispensável qualificação: que governo?
Desse jeito, a política social assim como as políticas públicas são
estabelecidas sob múltiplas estruturas legais e institucionais, em díspares
contextos, sistemas e regimes políticos, resultante de influências sociais
(aparelhadas ou não, representativas ou não da coletividade como um
todo).

A autora ainda afirma que faz uma enorme diferença se


a ação do governo é efetivada de forma tecnocrata,
ditatorial ou com a participação popular. Se as ações
governamentais são produzidas apenas pela elite
dominante ou se é formulada abertamente por diversos
setores sociais. A “segunda armadilha” do conceito de
política social apontada pela autora está relacionada à
definição de política social como ação governamental
com objetivos específicos, pois não esclarece por
quem serão especificados os objetivos, em que esferas
e com que legalidade. Dessa forma, Vianna (2002)
indica que faz uma diferença se a determinação dos
objetivos for apenas feita pelo governo (autoritária), e
outra se for demarcada de maneira democrática (com
interesses amplos ou restritos da sociedade). A autora
afirma categoricamente que, mais do que atribuir rigor
absoluto à concepção de política pública, é relevante
considerar seu caráter político. Como política pública,
a política social carece ser compreendida em sua
dimensão política e histórica. E tais dimensões quando
articuladas é que se pode progredir mais e mais na
definição de política social e na caracterização de seu
objeto. Um dos objetos da política social são as lutas

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sociais (se não o único), pois não há política social se
não estiver diretamente relacionada às lutas da
sociedade (SOUSA E SILVA, 2016).

Dessa maneira, o Estado adota determinadas dessas


reivindicações populares, transformando-as em políticas sociais no
decorrer da história, e elas advêm a se configurarem como direitos sociais
(proferem respeito primeiramente à consagração jurídica de exigências
dos trabalhadores).
Assim, a divergência da definição de políticas sociais continua.
Sendo que, as políticas sociais se diferenciam conforme a posição do
grupo representativo, se influente ou influenciado, se governo ou povo.
Na verdade, o que ambicionamos aqui demonstrar é que as políticas
sociais, tais como política pública é direito de todo e qualquer cidadão
pertencente àquela sociedade.

Direito como uma categoria que lhe confere o


ordenamento jurídico. Quando falamos de direitos, o
Capítulo II da Constituição Federal (CF) de 1988 foi
reservado para os direitos sociais, e nele se encontra o
Artigo 6º que trata de todos os direitos sociais que os
brasileiros têm direito, como: “[...] educação, a saúde,
a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL,
1988). Portanto, as políticas sociais que subentendem
serem políticas públicas, congrega toda e qualquer
ação governamental para atender aos direitos sociais
da população, em especial, o direito (SOUSA E SILVA,
2016).

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2. LDB - LEI N° 9.394/96

Fonte: Prova fácil web3

Note que a LDB 9394/96 corrobora com o direito à educação,


afiançado pela Constituição Federal.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a


alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o

3 Retirado em: http://provafacilnaweb.com

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exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. (BRASIL, 1988).

Assim, estabelece os princípios da educação e os deveres do


Estado pertinente à educação escolar pública, deliberando as
responsabilidades, em regime de cooperação, entre a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios.
Afora a Constituição Federal, de 1988, têm-se ainda duas leis que
regulamentam e completam a do direito à Educação:

 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990;


 Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996.

Conectados, estes mecanismos garantem as aberturas das portas


da escola pública a todos os brasileiros, visto que nenhuma criança,
jovem ou adulto tem direito a uma vaga para estudar.
De acordo com a a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida
em dois níveis: a educação básica e o ensino superior.

2.1. Educação básica

 Educação Infantil: Compreende as creches (de 0 a 3 anos) e


pré-escolas (de 4 e 5 anos). Deve ser gratuita, entretanto não é
obrigatória. Sendo competência dos municípios.
 Ensino Fundamental: Compreende os anos iniciais (do 1º ao
5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano). Sendo obrigatório e
gratuito. A LDB constitui que, gradualmente, os municípios serão

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os responsáveis por todo o ensino fundamental. No exercício os
municípios estão cuidando dos anos iniciais e os Estados, dos
anos finais.
 Ensino Médio: Compreende o antigo 2º grau (do 1º ao 3º
ano). Sendo, responsabilidade dos Estados.

 Ensino Superior:

É de competência da União, podendo ser proporcionado pelos


Estados e Municípios, sendo que estes já tenham recebido os níveis pelos
quais é responsável em seu todo. Cabe a União aprovar e fiscalizar as
instituições privadas de ensino superior.

Note que a educação brasileira conta também com determinadas


modalidades de educação, que transcorrem todos os níveis da educação
nacional. São elas:

 Educação Especial: Consiste em atender aos estudantes


com necessidades especiais, de preferência na rede regular de
ensino.
 Educação a distância: Consiste em atender aos estudantes
em tempos e espaços diferentes, com o emprego de meios e
tecnologias de informação e comunicação.
 Educação Profissional e Tecnológica: Consiste em
preparar os estudantes a desempenharem atividades
produtivas, modernizar e aperfeiçoar conhecimentos
tecnológicos e científicos.

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 Educação de Jovens e Adultos: Consiste em atender os
indivíduos que não tiveram acesso à educação na idade
adequada.
 Educação Indígena: Consiste em atender as comunidades
indígenas, de maneira a respeitar a cultura e língua materna de
cada tribo.

Afora as determinações compreendidas pela LDB 9394/96, ainda


aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos
profissionais da educação.

2.2. A estrutura da LDB

Assim, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional possui 92


artigos, que são divididos em 9 títulos. Sendo eles:

1. Da Educação.
2. Dos Princípios e Fins da Educação Nacional.
3. Do Direito à Educação e do Dever de Educar.
4. Da Organização da Educação Nacional.
5. Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino.
6. Dos Profissionais da Educação.
7. Dos Recursos financeiros.
8. Das Disposições Gerais.
9. Das Disposições Transitórias.

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Dessa forma, a LDB organiza a educação escolar e dirige os
princípios de funcionamento da educação no país. Assim, é tão cobrada
em concursos públicos do campo de educação.

2.3. Os princípios da Educação

 Igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola.
 Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura,
o pensamento, a arte e o saber.
 Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
 Respeito à liberdade e apreço à tolerância.
 Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
 Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
 Valorização do profissional da educação escolar.
 Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e
da legislação dos sistemas de ensino.
 Garantia de padrão de qualidade.
 Valorização da experiência extraescolar.
 Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
 Consideração com a diversidade étnico-racial.
 Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da
vida.

Logo, não é necessário memorizar cada princípio, entretanto


devemos compreender os valores que eles protegem.

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2.4. Os deveres do Estado com a Educação

Vejamos que os deveres da LDB, do Estado com a Educação, são:

 Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17


(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:
a) pré-escola;
b) ensino fundamental;
c) ensino médio.
 Educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos
de idade.
 Atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino.
 Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio
para todos os que não os concluíram na idade própria.
 Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
da criação artística, segundo a capacidade de cada um.
 Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando.
 Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos,
com características e modalidades adequadas às suas
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem
trabalhadores, as condições de acesso e permanência na
escola.

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 Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
 Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
 Vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino
fundamental mais próxima de sua residência, a toda criança a
partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade
(NASCIMENTO, 2018).

2.5. CNE

Note que o CNE possui a missão de procura por meio da gestão


democrática, as alternativas e mecanismos institucionais que permitam
na esfera de seu âmbito de competência, asseverar a participação da
sociedade no desenvolvimento, refinamento e consolidação da educação
em todo território nacional de qualidade.

2.5.1. Atribuições

Note que as atribuições do Conselho são normativas, deliberativas


e de assistência ao Ministro de Estado da Educação, na performance das
funções e pertinências do poder público federal em objeto de educação,
competindo-a legislar e ajuizar a política nacional de educação, zelar pela
qualidade do ensino, acautelar-se pelo cumprimento da legislação

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educacional e afiançar a informação da sociedade no aperfeiçoamento da
educação brasileira.

Compete ao Conselho e às Câmaras exercerem as


atribuições conferidas pela Lei 9.131/95, emitindo
pareceres e decidindo privativa e autonomamente
sobre os assuntos que lhe são pertinentes, cabendo,
no caso de decisões das Câmaras, recurso ao
Conselho Pleno (MEC, 2016).

2.5.2. Compromissos

1 - Consolidar a identidade do Conselho Nacional de Educação


como Órgão de Estado, identidade esta afirmada e construída
na prática cotidiana, nas ações, intervenções e interações com
os demais sistemas de ensino.
2 - Participar do esforço nacional comprometido com a qualidade
social da educação brasileira, cujo foco incide na escola da
diversidade, na e para a diversidade, tendo o PNE e o PDE como
instrumentos de conquista dessa prioridade.
3 - Articular e Integrar num diálogo permanente, as Câmaras de
educação básica e de educação superior, correspondendo às
exigências de um Sistema Nacional de Educação que,
ultrapasse barreiras burocráticas, mediante prática orgânica e
unitária. As câmaras devem intensificar o diálogo entre si. Não
há subordinação entre elas, pois representam níveis de ensino
de um único sistema nacional de educação (MEC, 2016).

25
Taticamente, a articulação e coerência da CES e CEB permite
desenvolver as leituras das diferentes fases do processo de
escolarização, beirando as câmaras, formando um todo orgânico, que se
desempenha no Conselho Pleno e, por conseguinte, um verdadeiro
Conselho Nacional de Educação.

4 - Consolidar a estrutura e diversificar o funcionamento do CNE.


Não queremos que ele responda apenas às demandas, mas que
se constitua em espaço de fortalecimento de suas relações com
os demais sistemas de ensino e com os segmentos sociais,
espaço de estudos para as comissões bicamerais, audiências
públicas, fóruns de debates, sempre cuidando da dotação de
infraestrutura material necessária e do quadro de pessoal
próprio.
5 - Instaurar um diálogo efetivo, articulado e solidário, com todos
os sistemas de ensino (em nível federal, estadual e municipal),
em compromisso com a Política Nacional de Educação, em
regime de colaboração e de cooperação (MEC, 2016).

Sendo assim, seja este se constitua no maior desafio para o CNE.

26
Fonte: MEC.gov

27
28
29
3. PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Fonte: Veja Abril4

Note que o Plano Nacional de Educação (PNE) é uma lei brasileira


que situa as diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual,
bem como o municipal da educação. Logo, o Plano vincula os entes
federativos às suas competências, e os obriga a tomar medidas próprias
para conseguir cumprir as metas previstas.

3.1. O que é o PNE?

Assim, o Plano Nacional de Educação é um documento elaborado


periodicamente, por meio de lei, que abarca desde diagnósticos sobre
a educação brasileira até mesmo a conjectura de metas, diretrizes e
estratégias para o desenvolvimento do setor.
Dessa maneira, projetos e ideias de “planos educacionais”
permanecem constante desde a década de 1930 no Brasil, entretanto o

4 Retirado em: http://veja.abril.com.br

30
primeiro plano a nível nacional foi publicado somente em 1962. Desde
então, adotaram tão-somente planos menores, com foco em setores ou
lugares específicos.
A ideia regressou e voltou a ter força com a Constituição de 1988,
que assegurou um Plano Nacional de Educação em seu art. 214. Note
que em seu texto traça os desígnios e as características do documento.

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de


educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em regime de
colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e
estratégias de implementação para assegurar a
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
ações integradas dos poderes públicos das diferentes
esferas federativas que conduzam a:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do
País.
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos
públicos em educação como proporção do produto
interno bruto (BRASIL, 1988).

Posteriormente com a previsão constitucional, bastava


regulamentar como obraria em detalhes a criação do Plano. Isto foi
realizado por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
(LDB 9394/96). De acordo com a lei, o PNE seria organizado pela União,
com a cooperação dos demais entes federativos (estados, municípios e
Distrito Federal).

31
Em 2001, sob a administração do até então ex-Presidente Fernando
Henrique Cardoso, foi convencionado o primeiro Plano Nacional de
Educação como o conhecemos atualmente.
A cooperação entre os entes federativos é indispensável porque a
própria Constituição Federal constituiu a educação sendo como
responsabilidade de todos eles, assim cada um com seu campo de
atuação específico.

O Art. 211 da Constituição determina que a


organização dos sistemas de ensino será feita em
colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. O parágrafo 2º estabelece que os
Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil, enquanto o
parágrafo 3º determina que os Estados e o Distrito
Federal atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e médio. Nos parágrafos seguintes, há
dispositivos que determinam como será redistribuída a
verba destinada à educação entre a União e os entes
federativos (BRASIL, 1988).

Ponderando a precisão de uniformizar tanto o sistema de ensino em


si quanto o seu custo, o PNE foi convencionado a nível federal,
compreendendo todo o país.
O atual Plano Nacional de Educação, ou Lei 13.005/20145, foi
publicado em 2014, com vigência de 10 anos. Seu projeto começou a ser
organizado ainda em 2011, ao longo da gestão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.

5 Pode ser consultado em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-


2014/2014/lei/l13005.htm

32
Logo, as metas são as seguintes:

META 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na


pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil
em creches de forma a atender, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos
até o final da vigência deste PNE.
META 2 Universalizar o ensino fundamental de 9
(nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14
(quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada, até o último ano de
vigência deste PNE.
META 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar
para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete)
anos e elevar, até o final do período de vigência deste
PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para
85% (oitenta e cinco por cento).

33
META 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro)
a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao
atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a
garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados.
META 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até
o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental.
META 6Oferecer educação em tempo integral em, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e
cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação
básica.
META 7Fomentar a qualidade da educação básica em
todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo
escolar e da aprendizagem de modo a atingir as
seguintes médias nacionais para o Ideb.
META 8 Elevar a escolaridade média da população de
18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a
alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no
último ano de vigência deste Plano, para as populações
do campo, da região de menor escolaridade no País e
dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar
a escolaridade média entre negros e não negros
declarados à Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE.
META 9 Elevar a taxa de alfabetização da população
com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e
três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até
o final da vigência deste PNE, erradicar o
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta
por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
META 10 Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por
cento) das matrículas de educação de jovens e adultos,
nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada
à educação profissional.
META 11 Triplicar as matrículas da educação
profissional técnica de nível médio, assegurando a

34
qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por
cento) da expansão no segmento público.
META 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação
superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa
líquida para 33% (trinta e três por cento) da população
de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada
a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos,
40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no
segmento público.
META 13 Elevar a qualidade da educação superior e
ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo
docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de
educação superior para 75% (setenta e cinco por
cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco
por cento) doutores.
META 14 Elevar gradualmente o número de matrículas
na pós-graduação de modo a atingir a titulação anual
de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e
cinco mil) doutores.
META 15 Garantir, em regime de colaboração entre a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política
nacional de formação dos profissionais da educação de
que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei
n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que
todos os professores e as professoras da educação
básica possuam formação específica de nível superior,
obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atuam.
META 16 Formar, em nível de pós-graduação, 50%
(cinquenta por cento) dos professores da educação
básica, até o último ano de vigência deste PNE, e
garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação
básica formação continuada em sua área de atuação,
considerando as necessidades, demandas e
contextualizações dos sistemas de ensino.
META 17 Valorizar os (as) profissionais do magistério
das redes públicas de educação básica de forma a
equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais
profissionais com escolaridade equivalente, até o final
do sexto ano de vigência deste PNE

35
META 18 Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a
existência de planos de Carreira para os (as)
profissionais da educação básica e superior pública de
todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira
dos (as) profissionais da educação básica pública,
tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal, nos termos do
inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal
META 19 Assegurar condições, no prazo de 2 (dois)
anos, para a efetivação da gestão democrática da
educação, associada a critérios técnicos de mérito e
desempenho e à consulta pública à comunidade
escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo
recursos e apoio técnico da União para tanto.
META 20 Ampliar o investimento público em educação
pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%
(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País
no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo,
o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do
decênio. (BRASIL, 2014).

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MATERIAIS COMPLEMENTARES

Links “gratuitos” a serem consultados para um acrescentamento no


estudo do aluno de assuntos que não poderão ser abordados na apostila
em questão:

http://pne.mec.gov.br/#onepage

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DE 1988.
BRASIL. LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014.

BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

DE EDUCAÇÃO, CONSELHO FEDERAL. Legislação. Lei, v. 540, p. 68.

GONZÁLEZ PÉREZ, Teresa. Políticas Educativas Igualitarias en España.


La Igualdad de Género en los Estudios de Magisterio. Education Policy
Analysis Archives, v. 26, 2018.

GUIMARÃES, Heloisa Oliveira; DA SILVA BATISTA, Luana Karoline;


BATISTA, Eraldo Carlos. A inclusão escolar e as políticas educacionais:
possibilidades e novos caminhos. Revista FAROL, v. 5, n. 5, p. 114-128,
2017.
MEC. Conselho Nacional de Educação – CNE. 2016. Retirado em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=754&id=12449&option=com_c
ontent&view=article
NASCIMENTO, Danilo. LDB atualizada. Segredos dos concursos, 2018.
PAVEZI, Marilza; MAINARDES, Jefferson. Análise das influências de
documentos internacionais na legislação e políticas de Educação
Especial no Brasil (1990-2015). Interacções, v. 14, n. 49, p. 153-172,
2018.
RIBEIRO, Vanda Mendes; BONAMINO, Alicia; MARTINIC, Sergio.
Implementação de políticas educacionais e equidade: regulação e
mediação. Cadernos de Pesquisa, v. 50, n. 177, p. 698-717, 2020.

SILVA, Antonia Almeida; JACOMINI, Márcia Aparecida. Pesquisa em


Políticas Educacionais: escolhas temáticas e fontes em debate. Revista
de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, v. 4,
p. 1-17, 2019.

38
SOUSA, Harley Gomes De; SILVA, Graça Maria De Morais Aguiar E.
Política e Legislação da Educação. Inta, Prodipe, Sobral, 2016.

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